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24/01/2018

 

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.662

 

Produção de leite deve crescer 2,5% em 2018

A produção brasileira de leite deve crescer entre 2% e 2,5% neste ano, em um cenário de custo de produção mais elevado em relação a 2017, estima a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A projeção representa um incremento menor que o reportado em 2017, estimado pela CNA em 4%, ou 34,9 bilhões de litros. Se a estimativa da entidade para o período se concretizar - os dados serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março -, a produção brasileira de leite em 2018 deverá chegar a 35,8 bilhões de litros, voltando aos patamares de 2014.

De acordo com o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues, o aumento da captação de leite está amparado na expectativa de um incremento do consumo esperado para este ano com a melhora da economia. Tanto indústria quanto produtores estão animados com a projeção de crescimento do PIB para 2018. 

"Esse aumento da demanda deve garantir um cenário um pouco melhor de preços ao produtor neste ano", afirma o dirigente. 

Essa perspectiva de recuperação de preços ocorre após um ano de margens apertadas para o produtor de leite. Ainda que o custo de produção tenha recuado 4% no ano passado, devido à oferta farta de soja e milho (principais insumos para a alimentação dos animais), o preço pago ao produtor recuou 8,7% no ano passado, para um valor médio de R$ 1,1769/litro em 2017, segundo o Cepea. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, 2018 será um período de margens ajustadas tanto para a indústria quanto ao produtor, após um ano trabalhando no prejuízo. "Isso será importante para recuperar as margens da indústria e, em um segundo momento, permitirá repasses ao produtor."

A melhora dos preços deve ganhar fôlego em março, quando a safra termina no Sudeste e no Centro-Oeste, com o enfraquecimento das pastagens causado pelo término do período de chuvas, reduzindo a oferta de leite, ao passo que a demanda tende a aumentar com o fim das férias escolares. 

Desafios
Embora aposte em um cenário otimista para este ano, Rodrigues destaca que o produtor terá questões preocupantes para lidar neste ano. A começar pela perspectiva de um aumento dos custos de produção, que deve ocorrer devido à queda da oferta de grãos, especialmente do milho, projetadas para este ano.

Outro fator que exigirá atenção é o mercado externo. "Os estoques elevados em dois grandes players, Estados Unidos e União Europeia, podem reduzir os preços internacionais e tornar a importação do produto mais atrativa para as indústrias que operam no Brasil", salienta Rodrigues. 

"Hoje os nossos preços estão em linha com o mercado externo, mas não está descartada a hipótese de que as importações se tornem mais atrativas", diz.

Segundo ele, isso deve ocorrer se os preços internacionais recuarem para patamares abaixo de US$ 3 mil a tonelada de leite em pó, em um cenário de manutenção da cotação atual do dólar. No ano passado, a importação de leite e derivados recuou 31%, e somou 169,1 mil toneladas. "Na realidade, a importação foi maior do que o habitual em 2016, e está voltando aos patamares normais", explica Guerra, do Sindilat. 

Ele salienta que isso foi possível devido à redução dos preços pagos ao produtor no ano passado, o que deixou o produto interno mais competitivo. "Nos níveis atuais, ainda está mais atrativo para a indústria adquirir o produto interno, mas a continuidade desse cenário vai depender se as perspectivas que temos para este ano vão se concretizar", destaca o dirigente, referindo-se ao crescimento da demanda. (As informações são do DCI)  

Cadeia leiteira da Argentina faz convênio em Buenos Aires

Objetivo de garantir a segurança da industrialização do leite para a comercialização de produtos e subprodutos derivados.

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina e o Ministério da Agroindústria da província de Buenos Aires assinaram um acordo de cooperação para o controle coordenado da cadeia de lácteos com o objetivo de garantir a segurança da industrialização do leite para a comercialização de produtos e subprodutos derivados.

A assinatura do acordo contou com a presença do presidente do Senasa, Ricardo Negri, e do ministro da Agroindústria de Buenos Aires, Leonardo Sarquís, junto com autoridades e técnicos de ambas as agências.

Entre os pontos do acordo, que reforçam o cumprimento do Decreto nº 815/99 do Sistema Nacional de Controle de Alimentos, destacam-se o estabelecimento de um procedimento consensual de inspeção e controle, o acordo de procedimentos de compartilhamento de informações, priorizando o uso de sistemas informatizados, a definição de um programa de controle analítico mínimo dos produtos, o treinamento contínuo e a concordância no controle das plantas de consumo interno quando solicitado.

Por outro lado, e com base na Lei 27.233, que declara as normas sanitárias e de segurança de interesse nacional e ordem pública, promove-se uma visão de melhoria contínua e adoção de programas de autocontrole pelas empresas, como a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) por empresas.

Através da ação conjunta da Nação e da Província de Buenos Aires, não só é esperado otimizar o uso de recursos, mas também melhorar em quantidade e qualidade os controles de higiene e segurança dos produtos lácteos que chegam aos consumidores argentinos. (Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Sudeste da Ásia é a área mais importante para o setor de produtos lácteos

O Sudeste da Ásia está se tornando a área mais importante para o comércio de produtos lácteos. No período de janeiro a novembro de 2017, a região importou produtos semi-processados e processados no volume de 3.717.000 toneladas, 10% a mais que no mesmo período do ano anterior. Esse crescimento da demanda no Sudeste da Ásia corresponde a um aumento da oferta de leite nos principais países produtores, que exportam para essa área.

De fato, em novembro de 2017, a tendência de produção de leite foi positiva para: Austrália (+ 4,3%), Nova Zelândia (+ 4,2%), EUA (+ 1%) e UE-28 (+ 4,2%, dados de outubro). A China continua sendo o principal país importador, com um aumento de 13,4% em volume e 39,7% em valor, no período de janeiro a novembro de 2017. Em novembro, os aumentos no volume foram registrados para: leite em pó desnatado (+ 52,8%); fórmulas de leite infantil (+ 46,6%); leite fluido (+ 12,2%) e creme de leite (+ 77,4%). Enquanto reduções foram registradas para: manteiga (-11,7%) e queijo (-22,3%).

Em novembro de 2017, os preços unitários das importações da China, em relação aos dados de novembro de 2016, aumentaram para: manteiga (+ 71,0%); leite fluido (+ 20,3%); creme de leite (+ 31,3%); leite em pó integral (+ 31,1%); soro de leite em pó (+ 20,7%); queijo (+ 13,4%); leite em pó desnatado (+ 5,6%). (As informações são do CLAL.it.\)

 

 

Consumidores americanos confiam nas informações dos rótulos dos lácteos
A revista Dairy Foods Magazine publicou alguns dados sobre como os consumidores dos Estados Unidos avaliam os rótulos dos produtos lácteos. Confira: 42% Essa é a porcentagem de consumidores dos EUA que dizem que contam com o rótulo do produto como fonte de informações úteis e precisas sobre saúde e bem-estar.  65% Essa é a porcentagem de consumidores dos EUA que dizem que olham o rótulo do produto para ver se os alimentos ou bebidas são "minimamente processados". Alguns dos identificadores chave para um produto menos processado são ingredientes curtos, pronunciáveis e reconhecíveis; ingredientes que "fazem sentido" para o produto; cores adequadas aos ingredientes do produto primário; e as adições de sabor "desnecessárias" conhecidas, como açúcares e sais, aparecendo abaixo na lista de ingredientes. 8,4% É o crescimento anual projetado para o mercado global de kefir de 2017 a 2025. A associação de benefícios para a saúde pelo consumo da bebida probiótica inclui melhora na imunidade, aumento da força óssea, maior digestão e risco reduzido de osteoporose e asma. Em 2016, a Europa representou a maior participação na receita, seguida pela América do Norte. US$ 59 bilhões Esse é o valor que o mercado global de ingredientes de proteínas deverá atingir até 2025. O mercado de proteínas animais ocupou uma participação de 75% no mercado de ingredientes de proteínas em 2016 devido ao aumento do consumo de ovos e produtos lácteos globalmente. (Dairy Foods Magazine, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint)

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