Porto Alegre, 06 de abril de 2017. Ano 11- N° 2.475
Com a presença recorde de 1.321 associados, a Cooperativa Piá elegeu sexta-feira (31) a sua nova diretoria, conselho de administração e conselho fiscal. Para a diretoria foram eleitos Jeferson Smaniotto (Presidente), Darcísio Braun (Vice-Presidente) e Rogério Klering (secretário).
O conselho de administração será composto por: Antônio Normelio Lauer, Fabricio Perin Dalagnol, Inácio Zeno Franzen, Ari Arsenio Boelter, Remidio Frank, Fabio Wobeto, Liceo Hoff e Luiz Carlos Weber. Os suplentes são Gerson Neumann, Eloir Paulo Costa e Jonas Gottschalk. O conselho fiscal será composto por Maicon Weber, Algemiro Kasper, Luciano Reichert, tendo como suplentes Geraldo Dapper, Vera Zimmer e Ronaldo Espig.
Antes da eleição dos novos dirigentes, os associados da Piá aprovaram a prestação de contas relativas a 2016. A cooperativa teve receitas de R$ 708,7 milhões, um aumento de 5,27% em relação aos R$ 673,3 milhões obtidos em 2015. O resultado foi de R$ 22,2 milhões negativos, motivado pelos investimentos na nova fábrica de iogurtes, inaugurada em março, e que teve sua capacidade de produção triplicada. (Assessoria de Imprensa Piá)
Várias empresas de laticínios podem ser forçadas a fechar no Reino Unido neste ano devido à queda nos preços do leite e ao aumento da dívida que atinge um nível de crise para os fazendeiros em todo o país. A National Farmers Union (NFU) disse que muitos produtores de laticínios estão sem fôlego, operando com perda e não conseguem mais receber financiamento dos bancos. "Estamos ansiosos para sair da indústria até o final deste ano quando muitos fazendeiros usarão suas economias", disse o presidente da organização Rob Harrison, que também gerencia sua própria fazenda de laticínios, que teve uma perda de US$ 150 mil na receita em 2016.
Atualmente, existem em torno de 10,5 mil produtoras de laticínios em toda a Inglaterra, Escócia e no País de Gales. Segundo matéria da Nutrition Savvies, há 10 anos, esse número era mais próximo de 21 mil. O Conselho de Desenvolvimento Agrícola e Hortícola (AHDB) acrescentou que as explorações de laticínio britânicas que não estão com um contrato alinhado têm enfrentado perdas e faz uma avaliação sombria sobre o número de empresas que permanecerão em operação nos próximos meses. A Royal Association of Dairy Farmers diz que cinco fazendas têm fechado a cada semana e essa taxa pode aumentar. O analista da indústria Ian Potter da Ian Potter Associates prevê que pode haver menos de cinco mil produtoras de laticínios no Reino Unido em 10 anos. (Fonte:24Brasil/Guialat)
FUNDO DE INOVAÇÃO DO BNDES INVESTE EM STARTUP VOLTADA AO GADO LEITEIRO
O Fundo Criatec 3, fundo de fomento à inovação do país criado pelo BNDES, anunciou hoje sua primeira investida em uma startup do segmento de pecuária de precisão. A Chip Inside, do Rio Grande do Sul, receberá R$ 2 milhões de investimentos. Localizada em Santa Maria, a startup nasceu em 2010 dentro da Universidade Federal da cidade, a UFSM. Especializada no monitoramento em tempo real e com alta precisão do comportamento e do ciclo reprodutivo do gado de leite, tem como principal diferencial uma solução de coleta de dados que permite a detecção dos níveis de ruminação, atividade e ociosidade do animal.
Segundo a Inseed investimentos, que faz a gestão do Criatec 3, o monitoramento de saúde e reprodução de bovinos ocorre por uma coleira colocada no animal, que monitora 24 horas por dia o nível de ruminação, atividade e ócio. Além disso, o sistema possui um conjunto de antenas e um software de gestão, monitoramento e diagnóstico. Através dele o produtor consegue monitorar o status de saúde dos seus animais, recebendo no seu celular diariamente se existe algum animal alterado que deve ser observado ou examinado. É possível ainda efetuar o diagnóstico precoce de doenças que estão em estágio incipiente.
O mercado alvo da Chip Inside são propriedades de produção intensiva com um rebanho em lactação de 30 a 400 animais. Para os CEOs da startup, Leonardo Guedes e Thiago Martins, a entrada do Criatec irá contribuir para grande alavancada da empresa. "Hoje a empresa monitora cerca de 1,5 mil animais. Com o aporte a expectativa é que a empresa chegue 8 mil animais em 2017", diz Martins. A empresa espera chegar a 100 mil animais monitorados até 2021. (As informações são do jornal Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
CNA PROPÕE REFINANCIAR DÍVIDA DOS PRODUTORES COM O FUNRURAL
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, pediu nesta terça (4) ao governo federal a criação de um Programa Especial de Recuperação Fiscal (REFIS) para os produtores em débito com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). João Martins se reuniu, no Palácio do Planalto, com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Moreira Franco, para discutir a questão.
A CNA defende "como medida de justiça social e econômica para o setor agropecuário, que há anos contribui para o crescimento do país", a renegociação de valores decorrentes das ações ajuizadas por produtores questionando a constitucionalidade do Funrural. Nos últimos anos, uma parcela dos produtores deixou de depositar em juízo porque obteve decisões favoráveis na Justiça quando questionava a constitucionalidade da contribuição.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na semana passada, pela constitucionalidade do Funrural recolhido pelo empregador rural pessoa física. "A proposta da CNA é a de que o passivo seja refinanciado sem juros e sem correção. O que não se pode, de uma hora para outra, é estrangular a produção agrícola brasileira que vai muito bem", afirmou João Martins. O presidente da CNA disse ainda que os produtores afetados pela decisão do STF "podem ter certeza" de que a entidade está em busca da melhor solução possível.
O ministro Moreira Franco afirmou entender perfeitamente a reivindicação da CNA, "de permitir o pagamento parcelado do tributo". "A CNA pede, com muita Justiça, o que já foi feito no passado quando, em um caso semelhante, foi dada pelo governo a possibilidade do pagamento parcelado", disse o ministro.
Para Moreira Franco, existe "grande possibilidade" da CNA, em conjunto com o Ministério da Fazenda, "encontrar uma solução que dê segurança, dê estabilidade ao setor agropecuário que é fundamental para a economia brasileira".
Durante o encontro ficou decidido que a proposta será avaliada em conjunto pela Confederação e pelo Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida. (As informações são da Assessoria de Comunicação CNA)
No mercado atacadista de lácteos, considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria, os preços subiram 0,9% na segunda quinzena de março, em relação à primeira metade do mês. A maior concorrência pela matéria-prima (leite cru), com a produção em queda no país, dá sustentação aos preços no atacado, mas do lado da demanda, o cenário é ruim, com dificuldades de escoamento na ponta final da cadeia. Existe pressão de baixa por parte do varejo e redes atacadistas com relação às cotações dos produtos lácteos. O preço do leite longa vida andou praticamente de lado nas últimas semanas, corroborando com o cenário de dificuldade de escoamento do produto. De qualquer maneira, para o curto prazo, a produção de leite em queda é um fator de sustentação das cotações. (Agrolink)