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04/11/2016

 

Porto Alegre, 04 de novembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.385

 

Carrefour oferece aos consumidores a chance de votarem no preço do leite

A rede de supermercados Carrefour deu aos consumidores franceses a chance de votarem sobre os preços que deveriam pagar aos produtores por seu leite junto com outro critério de qualidade. A maioria escolheu €0,39 (US$ 0,43) por litro, comparado com apenas 3% que optaram pelo preço mundial de mercado, de €0,27 (US$ 0,29).

Eles também votaram pelo leite produzido na França, por vacas que puderam passar pelo menos três meses ao ano em pastagem e que foram alimentadas com ração localmente obtida, livre de organismos geneticamente modificados.

O produto resultante, um leite UHT, foi vendido nacionalmente na quarta-feira (02/11) a €0,99 (US$ 1,09) por litro, comparado com €0,70-€0,90 (US$0,77-US$ 0,99) de outros leites.

O design da embalagem do leite diz tudo. Em letras grandes e maiúsculas em embalagem azul ou vermelha, está escrito: "esse leite dá aos produtores um preço justo". Abaixo, a questão "quem é o chefe?" é respondida com: "a marca do consumidor". (FoodBev)

  
 
Blairo: produtos agropecuários sustentáveis devem ter preferência no mercado global

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) sugeriu que os países do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) se unam e cobrem preferência para seus produtos no mercado global de alimentos como recompensa por ações ambientais. A proposta foi feita pelo ministro nesta quinta-feira (3), em Assunção, durante a 32ª Reunião Ordinária do CAS, formado por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. Blairo disse também ser importante que produtores de outros países passem a ter maior responsabilidade com a preservação do planeta.

De acordo com o ministro, o Brasil superou em 5 milhões de hectares o compromisso que havia firmado de ter, em 2015, 6 milhões de hectares no programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. O programa promove a recuperação de áreas de pastagens degradadas agregando sistemas produtivos, como os de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia.

Segundo o ministro, seus colegas do bloco devem ainda participar dos fóruns mundiais ambientais, a fim de que as políticas ambientais sejam decididas de forma conjunta, e não apenas por ministros de meio ambiente. "Quem deve reivindicar isso somos nós mesmos. Se não fizermos isso, ninguém nos oferecerá espaço para debate."

Para o ministro, o mundo precisa reconhecer os esforços que países como o Brasil vem fazendo para garantir a preservação ambiental e criticou atividades que não têm avançado na preservação. "Não é justo que outros setores poluam e mandem a conta para a agricultura." Ao mesmo tempo, ressaltou que a política ambiental brasileira é muito dura. "Já entregamos muitas coisas, mas não temos recebido compensação."

Blairo Maggi divulgou números sobre a ocupação da terra no Brasil, observando que 61% do território nacional está preservado. "Apenas 8% são usados para agricultura e outros 19% para a pecuária." Isso mostra, assinalou, que a conta ambiental não pode continuar sendo cobrada somente dos agricultores, vistos sempre como vilões pelos ambientalistas.

A reunião foi aberta pelo presidente do CAS, o ministro da Agricultura do Uruguai, Tabaré Aguirre. Além da questão ambiental, os participantes abordaram outros temas, como a agricultura, situação sanitária regional e segurança alimentar. O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Ribeiro e Silva, e o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques, acompanharam Blairo no encontro. (As informações são do Mapa)

Ideas for Milk: projetos selecionados para a 2ª etapa são divulgados

Dos 137 projetos inscritos para o Ideas for Milk, 40 deles foram divulgados ontem (03) no Dairy Vision e vão para a segunda etapa. Ao todo, serão oito finais locais com cinco equipes aprovadas para cada uma delas e as cidades na qual elas serão realizadas são: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Viçosa, Lavras, Porto Alegre, São Carlos, Campinas e Piracicaba.  

As propostas envolvem soluções em hardware, como sensores, aplicativos mobile e softwares web. A classificação será feita com base nas dimensões tecnologia ou recursos computacionais, mercado e inovação. O processo será conduzido por uma comissão formada pelas empresas organizadoras - Embrapa, Litteris Consulting, Agripoint e Carrusca Innovation. Reúne pessoas com expertise em agronegócio do leite, modelos de negócio, inovação e tecnologia da informação. Detalhes sobre os projetos selecionados, clique aqui.  (MilkPoint)

Nova ferramenta dá incentivos financeiros para fazendas de laticínios serem mais ecológicas

Em breve o setor leiteiro será capaz de participar dos mercados de crédito de carbono internacionais, graças a nova metodologia que permite que os produtores e projetistas documentem como estão reduzindo as emissões de gases do efeito de estufa.

A nova metodologia para pequenos produtores de lácteos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), aborda dois grandes desafios que a agricultura enfrenta hoje: a necessidade de tornar a agricultura mais produtiva, aumentando os rendimentos, enquanto ao mesmo tempo tentar reduzir a pegada de carbono. Ao abrir novas fontes de financiamento, a metodologia aborda a questão essencial de como financiar a transição necessária para um setor pecuário mais ecológico. A nova metodologia, desenvolvida pela FAO e parceiros, pela primeira vez identificou claramente as áreas dentro da produção leiteira onde as emissões de gases podem ser controladas - por exemplo, alterando a composição alimentar ou práticas de alimentação, ou melhorando a eficiência energética do equipamento - e explica como as reduções podem ser medidas e relatadas. Mais importante é que a metodologia foi certificada pela Gold Standard, um órgão independente que avalia projetos climáticos. Esta certificação é fundamental para permitir que as operações dos pequenos produtores recebam créditos de carbono internacionalmente aceitos em troca da redução da emissão de gases. Estes podem ser vendidos nos mercados de carbono - fluxo de receita potente que cria incentivo financeiro para a indústria de laticínios ser mais ecológica.

"Investir em maneiras de tornar os sistemas de lácteos para pequenos produtores mais produtivos é uma forma eficiente de reduzir simultaneamente as emissões de gases do efeito estufa e garantir a segurança alimentar", disse Henning Steinfeld, chefe do setor de Pecuária, Análise Setorial e Política da FAO. "Esta metodologia ajudará a canalizar financiamento para projetos que tenham impactos reais nos meios de vida de milhões de pequenos produtores de leite", acrescenta.

Ele estima que a produção de leite terá que crescer 144 milhões de toneladas até 2025 para atender a crescente demanda. Mudanças estratégicas nos abrigos e alimentação dos animais, na gestão do esterco e na seleção de raças que produzem mais leite, são chaves para atender a essas demandas com o menor dano ambiental possível. (The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

Os 9 principais fornecedores de leite fluido para a China

O volume de leite enviado para a China, o país mais populoso do mundo, aumentou 126% desde 2010, segundo estatísticas da alfândega. A importaçõa de leite pela China está avaliada em US$ 333 milhões, e é dominada pela União Europeia. 
Han Qi, professor da Escola de Comércio Internacional da Universidade de Economia e Negócios Internacionais, ressaltou que muitos consumidores ficaram desconfiados em relação ao consumo de produtos locais desde o escândalo de 2008, quando um produto adulterado com melamina matou quatro bebês e intoxicou milhares. Por isso os chineses preferem comprar produtos lácteos estrangeiros, especialmente se for para seus filhos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos também lembrou que os consumidores chineses, alarmados com escândalos passados, consideram o leite importado como uma alternativa mais segura e confiável. Os principais fornecedores de leite fluido para a China durante o ano de 2015.

Nº 1 - Fórmulas infantis importadas em um supermercado de Xuchang, província de Henan. Alemanha - 196.300 toneladas;
Nº 2 - Fórmulas infantis em um supermercado de Pequin. Austrália - 61.200 toneladas;
Nº 3 - Fazenda de Matakana, ao norte de Auckland, Nova Zelândia. Nova Zelândia - 52.300 toneladas;
Nº 4 - Leite em pó e fórmulas para bebês em um supermercado da cidade de Qiqihar, província de Heilongjiang. França - 14.300 toneladas;
Nº 5 - Leite em pó e fórmulas para bebês em um supermercado da cidade de Xuchang, província de Henan. Itália - 12.400 toneladas;
Nº 6 - Leite em pó e leite fluido em um supermercado da cidade de Qiqihaer, província de Heilongjang - [Polônia - 11.700 toneladas];
Nº 7 - Um homem seleciona fórmula infantil em um supermercado de Qionghai, na província de Hainan. Reino Unido - 9.200 toneladas;
Nº 8 - Supermercado em Nanjing, província de Jiangsu. Uruguai - 6.200 toneladas;
Nº 9 - Supermercado em Qingdao, província de Shandong. Espanha - 5.300 toneladas. (PeopleDaily - Tradução livre: Terra Viva)
 

Projeto de lei contra fraudes
O deputado Alceu Moreira apresentou projeto de lei à Câmara Federal propondo punições idênticas a quem mascarar a qualidade do leite em todo o país. O parlamentar se inspirou na legislação que o Rio Grande do Sul está adotando desde que as operações Leite Compensado e Queijo Compensado detectarem adulterações nos dois produtos. Moreira entende que a unificação das regras em legislação nacional facilitará a fiscalização e o combate ao crime. (Correio do Povo)
 

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