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A fim de implementar aquela que será a primeira Escola Técnica Laticinista do Rio Grande do Sul, aconteceu na quinta-feira (20/04), a instalação do Comitê Gestor. O grupo, que congrega representantes da prefeitura de Estrela (RS), Univates, entidades de ensino e da indústria leiteira, já definiu entre as diretrizes a oferta de vagas para todas as cidades do Estado durante o encontro realizado na cidade de Estrela.

Conforme Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e integrante do Comitê, as definições incluem que as vagas serão destinadas, neste primeiro momento, para quem já está atuando nas indústrias, com formação a partir do ensino médio. “Tiramos a orientação de que a Escola Técnica Laticinista deve ser uma solução rápida para a indústria, além de apresentar modelos de negócio e abrir novos mercados”, assinala.

A secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade da prefeitura de Estrela, Carine Schwingel, informa que o grupo definiu a oferta de três módulos de ensino em diferentes cidades do Vale do Taquari, aproveitando a estrutura da rede de ensino já existente através das instituições parceiras. Os módulos práticos serão em Teutônia; os analíticos na Univates, em Lajeado; e os teóricos em Estrela.

O espaço onde acontecerão as aulas teóricas está reservado nas instalações da Escola Estadual de Educação Profissional Estrela (EEEPE), que foi visitada pela diretoria do Sindilat. “A diretora, Claudia Barth nos apresentou os espaços onde o curso deve acontecer. É uma estrutura muito qualificada e pronta para receber o projeto, o que é um indicativo positivo tanto para a rápida evolução da sua implantação quanto da união da comunidade para que a Escola realmente se viabilize”, afirma Palharini. Além da disponibilidade na região, o secretário-executivo do Sindilat reforçou que o projeto precisará da liberação dos recursos do Fundoleite para ser viabilizado.

Foto: Karine Pinheiro

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) deu sequência, na manhã desta quarta-feira (17/4), aos debates sobre análises oficiais de leite no estado. O Serviço de Análise em Rebanhos Leiteiros (Sarle), da Universidade de Passo Fundo (UPF), foi o segundo convidado da série que visa esclarecer os processos de análise aos associados. A iniciativa integra o Grupo de Trabalho de Qualidade, reunião mensal promovida pelo sindicato.

Segundo o professor da UPF e coordenador do Laboratório Sarle, Carlos Bondan, o laboratório foi o primeiro credenciado pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL) e tem uma longa trajetória, o que lhe garante um conhecimento bastante aprofundando no processo. “E estando dentro da universidade, o laboratório tem contribuído para trazer muitas informações (por meio de pesquisas)”, reforça. A UPF e o Sindilat/RS estão trabalhando, inclusive, na realização de um seminário para tratar de temas voltados à produção.

Assistente Técnica de Laboratório do Sarle Angela Zanin detalhou a logística de recebimento de amostras enviadas diariamente pelas indústrias através de transportadoras indicadas pelos clientes. Os resultados das análises de rotina referentes à IN 77/2018 são disponibilizados em até cinco dias úteis. Angela ainda destacou o processo realizado em amostras de qualificação, aquelas de novos clientes, e de requalificação, aquelas em que o produtor estava suspenso e volta a coletar. Nesses casos, segundo ela, o retorno para o resultado é de até 48 horas. A análise para antibiótico, realizada desde 2018, também foi abordada pela técnica.

O próximo convidado será o Laboratório Universitário de Análises Clínicas da URI.

O governador Eduardo Leite receberá, no dia 24 de abril, uma comitiva de representantes dos diferentes setores relacionados à produção de proteína animal. O encontro, agendado para 15h no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), foi uma solicitação conjunta encabeçada pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, de Economia, de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e pela Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa. Um dos proponentes da agenda, o deputado Zé Nunes, reforça que o momento é de ouvir o governador sobre os encaminhamentos a serem dados sobre a crise que atravessam os setores. O pleito ganhou eco em diferentes bancadas e contou com apoio de parlamentares a exemplo dos deputados Elton Weber e Luciano Silveira e, inclusive, de secretários de Estado, como o titular da pasta de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) acompanhará a agenda com integrantes da diretoria, que estarão ao lado de lideranças de outros setores. “Estamos enfraquecendo uma cadeia produtiva importante para o Rio Grande do Sul e na qual somos referência. Neste momento, a cadeia está se inviabilizando por um conjunto de fatores. Queremos que o governo diga o que pretende, que medidas deve tomar e se visa desativar medidas que já tomou”, frisou Nunes, lembrando que um dos pleito principais é pela suspensão do FAF.

A preocupação das lideranças é com o desinvestimento por parte de grandes grupos no Rio Grande do Sul, uma vez que projetos que uma hora estiveram em solo gaúcho já foram deslocados para outras unidades da federação. “Cada aviário, cada produtor de leite, cada matriz que sai de produção no Rio Grande do Sul aparece em outro estado”, alertou Nunes.

A ideia é que o encontro sirva como diálogo entre setor produtivo e governo e que lideranças entreguem ao governador suas principais pautas formalizadas. Entre os pontos a serem debatidos está a necessidade de políticas de estímulo à produção e abastecimento de milho e a liberação de fundos setoriais criados para estímulo à produção e que seguem com recursos congelados.

Foto: Carolina Jardine

As principais pautas do setor leiteiro serão levadas pelos representantes da Aliança Láctea Sul-Brasileira (ALSB) aos novos governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estados que integram o grupo. A decisão foi alinhada nesta segunda-feira (20/03) na primeira reunião de 2023 da Aliança, que aconteceu de forma híbrida em Porto Alegre (RS). “A cadeia produtiva do leite tem uma grande importância socioeconômica, reconhecida nos três estados. Será mais um momento para aproximarmos os Executivos nas pautas que são comuns pelo fortalecimento e crescimento do setor”, destaca o Coordenador Geral da ALSB, Airton Spies. A reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) está prevista para abril, ocasião em que o governador Eduardo Leite (PSDB) assumirá a condução da entidade.

Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Guilherme Portella, fortalecer as pautas do setor cumpre a missão da Aliança em trabalhar pelas questões ligadas à competitividade do leite. “Por conta da falta de competitividade, o leite brasileiro não está inserido no mercado internacional. Para agravar, há um aumento nas importações”, destacou, ao apontar a necessidade de mudanças tributárias e melhorias na produção.

Ao longo da tarde, foram relatadas ainda as atividades da ALSB junto à Câmara Setorial de Leite e Derivados do MAPA, a análise comparativa dos custos de produção dos produtos lácteos no Mercosul, o andamento da Reforma Tributária na Câmara Federal e o estágio atual do processo de levantamento de dados para o elaboração da quinta edição do Diagnóstico e Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS, PR e SC,  que está sendo elaborado pela Emater-RS, Epagri e IDR-Paraná.

O encontro ainda teve a participação dos secretários estaduais dos três estados do Sul que reafirmaram o compromisso com o setor leiteiro: Giovane Feltes, da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul; Valdir Colatto, da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural de Santa Catarina; e Norberto Ortigara, da Agricultura e Abastecimento do Paraná. O próximo encontro da Aliança Láctea Sul-Brasileira está previsto para o dia 14 de junho, em Curitiba (PR).

Foto: Gisele Ortolan

O setor lácteo gaúcho é um dos primeiros a abrir debate junto ao governo do Estado do Rio Grande do Sul sobre a qualificação e monetização dos créditos de carbono.

O setor lácteo gaúcho é um dos primeiros a abrir debate junto ao governo do Estado do Rio Grande do Sul sobre a qualificação e monetização dos créditos de carbono. O assunto foi abordado em reunião na terça-feira (28/02) entre a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, e o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Preocupação entre produtores e indústrias, a produção sustentável está na pauta do sindicato, incluindo projetos de ações para mensuração e mitigação de emissões.

Segundo Palharini, a secretária mostrou-se muito interessada nos projetos de carbono neutro e garantiu o agendamento de novos encontros para dar encaminhamento ao tema. A ideia é inclui no debate integrantes da Embrapa Clima Temperado e Sebrae.

Empenhado em avançar com consistência no estudo, Palharini indicou que a produção de leite com menor impacto ambiental é uma preocupação e deve dar o tom das linhas de investimentos nos próximos anos. Neste momento, indicou o executivo, o setor produtivo estuda junto ao Executivo estadual forma de viabilizar a pesquisa e métodos eficientes e viáveis de mensuração das emissões de carbono e sequestro das pastagens. “Queremos trabalhar em sistemas sustentáveis que garantam a continuidade da produção e a preservação do meio ambiente”, salientou.

Foto: Carolina Jardine

A produção láctea brasileira precisa de ajustes básicos em seus sistemas de custo e de tratos relacionados à sustentabilidade para vencer barreiras comerciais e ambientais e avançar rumo a novos mercados.

A produção láctea brasileira precisa de ajustes básicos em seus sistemas de custo e de tratos relacionados à sustentabilidade para vencer barreiras comerciais e ambientais e avançar rumo a novos mercados. As estratégias para alcançar esse objetivo foram debatidas, na manhã desta quarta-feira (8/3), no 18° Fórum Estadual do Leite, promovido pela CCGL e Cotrijal com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), durante a Expodireto Cotrijal 2023, em Não-Me-Toque (RS).

Segundo o presidente da CCGL e diretor-secretário do Sindilat/RS, Caio Vianna, é essencial que se busque maior eficiência sanitária e produtiva. “O Brasil tem ampla capacidade de produção, com abundância de luz, terras e grãos. Mas temos visto leite conseguindo entrar no nosso mercado de outros países. Há coisas a serem feitas além das barreiras tarifárias”, recomendou, lembrando que além do apoio do poder público, essa é uma tarefa também do setor, incluindo produtores e indústrias.

Um caminho na busca de maior eficiência é ampliar o uso da tecnologia na produção, tema que também deu rumo aos debates da manhã. Além da robotização da ordenha, o uso de plataformas de gestão como a Smartcoop, lançada em 2021 pela RTC/CCGL, são vistas como tendência. O uso do Smartcoop nas propriedades foi detalhado pela produtora de leite da CCGL e sucessora familiar, Larissa Zambiasi. De forma didática, ela apresentou as funcionalidades da plataforma e como o uso pode ser traduzido em benefícios e facilidades aos produtores. “É possível ter uma propriedade digital, com tudo na palma da mão e em tempo real. O Smartcoop é de todos os produtores de leite associados em cooperativas. Foi criado para facilitar a vida dos produtores, é uma plataforma nossa”, afirmou.

A 18ª edição do Fórum do Leite reuniu representantes dos produtores e das indústrias. O vice-presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, e o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, acompanharam as discussões, observaram a importância da digitalização para se alcançar avanços e como a união de esforços de produtores, indústrias e agentes públicos é o caminho para se ter um cenário mais positivo no setor leiteiro.

Segundo Guerra, só é possível melhorar a gestão de um serviço, como a produção leiteira, se o produtor tiver indicadores que possam ser analisados. “É de suma importância falar sobre o Smartcoop, como foi apresentado durante o fórum. Digitalizar uma propriedade, ter um aplicativo que possa dar orientações, ter um banco de dados para auxiliar na tomada de decisões é fundamental para ver onde o produtor está e onde pode melhorar”, afirmou. Para ele, o Fórum demonstra que os desafios do setor estão associados a oportunidades. “Os desafios postos nesse encontro são traduzidos em oportunidades. Precisamos integrar ações, ter movimentos conjuntos rumo a um mesmo propósito para alcançar os resultados necessários”, completou.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, um dos grandes desafios apresentados é a necessidade do setor avançar em nível de competitividade. “Uma grande quantidade dos produtores no Rio Grande do Sul ainda precisa evoluir na competitividade. Para ele saber se é competitivo ou não, precisa de indicadores. Competitividade significa ter controles, como o Smartcoop proporciona, por exemplo. Quando falamos de competitividade, estamos comparando o Rio Grande do Sul a outros estados e também a outros países, principalmente Argentina e Uruguai”, observou. O evento também contou com a palestra ‘Mercado de lácteos: o que esperar para 2023’, ministrada pelo representante da companhia Rabobank, Andrés Padilha.

Foto: Gisele Ortolan

O Rio Grande do Sul terá um novo espaço de capacitação para os profissionais que atuam na produção láctea através do Programa de Atualização para a Indústria de Laticínios, fruto da parceria entre o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e a Universidade de Passo Fundo (UPF). A apresentação do programa educacional aconteceu durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), nesta quarta-feira (08/03). A primeira formação estará voltada para os laboratoristas que trabalham com a análise do leite para a indústria. A previsão é de que as aulas práticas e teóricas tenham início em abril deste ano.

O secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, lembrou que o RS produz em média 12,02 milhões de litros ao dia, sendo que 92% deste volume se destina às indústrias de laticínios, conforme o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite. “Com esta parceria do sindicato com a UPF, estaremos proporcionando um espaço de aprendizado adequado para atender às demandas da indústria pela formação de profissionais, através da qualificação e da troca de experiências, o que deve promover melhorias na produção, agregando ainda mais valor à toda cadeia leiteira”. O RS é o terceiro maior produtor de leite entre os estados brasileiros, segundo a Food and Agriculture Organization (FAO).

O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UPF, Dr. Antônio Thomé, informa que estão em andamento as tratativas para a oferta de formação em outro curso, voltado para as Boas Práticas Agropecuárias (BPA). “A Universidade está sempre atenta às demandas do mercado. Com a teoria e a prática vivenciadas em sala de aula e toda a estrutura de pesquisa dentro das centenas de laboratórios existentes, a promoção de parcerias como esta que anunciamos hoje torna-se uma importante ferramenta para que o conhecimento chegue até a comunidade”, destaca.

Foto: Gisele Ortolan

Com o objetivo de melhorar a formação de profissionais na indústria do leite, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e a Universidade de Passo Fundo (UPF) farão o lançamento do Programa de Formação Continuada durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). A iniciativa será apresentada na quarta-feira (8/3), às 15h, na casa da UPF, através de mesa redonda com a participação dos professores Carlos Bondan e Ludmilla Salazar e da reitoria da universidade, além do presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella e do secretário executivo, Darlan Palharini.

“A oferta de formação atende a uma importante demanda da indústria para a qualificação dos colaboradores, garantindo treinamento e capacitação adequadas tanto para os profissionais que já atuam na área, quanto para os que desejam iniciar no setor”, destacou Palharini, ao detalhar a atividade em reunião dos associados do Sindicato nesta segunda-feira (27/02). O curso tem previsão de início em abril  para Analista de Laboratório de Plataforma e, posteriormente, para Formação de Equipes de Fomento para as Boas Práticas Agropecuárias (BPA).

Durante a Expodireto, o Sindilat também participará do 18° Fórum Estadual do Leite, com atividades programadas para iniciarem às 8h30min do dia 8 de março, no Auditório Central. Nesta edição, os temas em debate tratam de gestão, eficiência e lucro na propriedade, além de fazerem uma análise sobre as perspectivas para o setor de lácteos. A atividade é realizada com o apoio da RTC, SmartCoop, FecoAgro/RS e Sistema Ocergs e patrocínio do Senar/RS, Sindilat/RS e BRDE.

Confira a programação:
8h30min – Abertura.
9h – Palestra: Gestão da Propriedade Leiteira: O que os melhores fazem para ganhar dinheiro? Christiano Nascif. Labor Rural, Viçosa/MG.
10h05min – Palestra: SmartCoop: A revolução na gestão das propriedades de leite. Larissa Zambiasi. Produtora de leite CCGL e Sucessora Familiar, Coqueiros do Sul/RS.
10h40min – Palestra: Mercado de lácteos: O que esperar para 2023? Andrés Padilla. Rabobank, São Paulo/SP.
11h45min – Debate entre palestrantes e participantes.
12h15min – Encerramento.

Foto: Marcos Gruhn

O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) prepara projeto para mensuração de carbono via satélite, ação que contempla Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. A informação foi revelada pela secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, que apresentou ao setor lácteo oportunidades debatidas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27), relacionadas ao mercado de carbono e produção rural de baixo impacto como medidas para mitigação dos efeitos climáticos. A apresentação foi realizada para a Diretoria do Sindilat/RS, nesta quinta-feira (1/12), durante reunião no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

Na COP27, realizada no Egito, em novembro, o Estado participou levando uma Radiografia do RS, buscando reafirmar o compromisso com o futuro e prospectando interessados em financiar ações locais. Para alcançar este objetivo, uma das estratégias passará pela mensuração das emissões por satélite o que deverá ser realizado nos próximos meses, a partir de um protocolo assinado entre os estados integrantes do Codesul. “Identificamos que a atual metodologia toma por base o sistema adotado no hemisfério norte, em que o gado é criado confinado. Eles não sabem como fazemos aqui, nem que temos reserva legal e áreas de preservação permanente (APP)”, pontuou. Segundo a secretária, essa mudança precisa acontecer para valorizar a produção e os produtos do setor como um todo.

Presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, saudou a importância das ações de mitigação dos efeitos climáticos e destacou a necessidade de a cadeia incluir mais essas questões na pauta a fim de mensurar o impacto e os benefícios dos sistemas produtivos. “Se conseguir de alguma maneira mudar o formato como o mundo enxerga a questão do carbono relacionada à produção primária podemos vislumbrar o reconhecimento de que produzimos com respeito ao meio ambiente e assim atingirmos mercados que valorizam isso na hora da escolha”.

O compromisso da Secretaria, reforçou Marjorie é para renovar e fortalecer as cadeias produtivas, buscando formas de investimento e incentivo. Dentre as medidas em andamento, está o pagamento por serviços ambientais, já previsto na reformulação do Código Florestal de 2010. A Sema tem dois editais em andamento para áreas de Reserva Particular do Patrimônio Nacional (RPPN) e outro para recuperação de bacias hidrográficas. O objetivo é incluir pagamentos para diferentes atividades desde que comprovada a compensação. Dentro desta proposta, colocou a Secretaria à disposição para receber sugestões do setor lácteo e sugeriu que a cadeia organize um plano de descarbonização. “Internacionalmente os financiamentos estão sendo realizados por projetos e não por crédito de carbono. Precisamos apresentar o que fazemos com dados”.

Ainda como oportunidades para o setor, a secretária Marjorie destacou que o zoneamento florestal iniciado em 2010 está em fase final e já se sabe que o reflorestamento é positivo para manutenção dos recursos hídricos o que deve permitir aumentar a área de plantio. Secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, disse que isso é positivo para a cadeia, já que o alto custo da lenha usada para alimentação de caldeiras é um ponto de preocupação. A secretaria sinalizou que pode-se estudar uma forma de incentivar a produção e o consumo local, já que depois do boom das florestadeiras boa parte da madeira acaba sendo exportada para a China.

Desenvolvimento do setor produtivo
Nas ações para modernização e incentivo ao desenvolvimento, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento realiza o programa Energia Forte no Campo para qualificar as redes elétricas rurais, em especial passar de bifásica para trifásica. As ações estão sendo realizadas a partir de termos de cooperação com cooperativas e no próximo ano o objetivo é realizar termos com os munícipios para acelerar a implementação. Estão previstos R$ 30 milhões para 2023.

Na área de biodigestores o Estado desenvolveu projeto em que subsidia os juros para implementação nas propriedades. O edital de qualificação das tecnologias está em andamento e terá financiamento pelo Badesul.

Crédito da foto: Carolina Jardine

A Comissão Julgadora do 8º Prêmio Sindilat de Jornalismo reuniu-se nesta quarta-feira (23/11) e definiu os finalistas da edição deste ano. Os vencedores serão conhecidos na tradicional festa do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), que será realizada no dia 1º de dezembro no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS). Neste ano, o concurso contou com três categorias: Eletrônico, Impresso e On-line. A Comissão foi formada pelos jornalistas Antônio Goulart (ARI), Viviane da Silva Borba Finkielsztejn (Sindicato dos Jornalistas do RS), Gerson Raugust (Farsul) e Eduardo Oliveira (Fetag). O grupo também contou com as representantes do Sindilat Julia Bastiani e Jéssica Aguirres.

Segundo a presidente da Comissão Julgadora, Viviane da Silva Borba Finkielsztejn, as inscrições apresentaram trabalhos de grande qualidade, o que demonstra a relevância do jornalismo agro e da atividade desses profissionais que se dedicam a ir a campo apurar as notícias onde elas acontecem. “Fui repórter de agronegócio e, ao julgar os trabalhos, revivi esse tempo da minha carreira. É muito bom ver como esse mercado está em crescimento e que o jornalismo tem esse espaço”, pontuou.

Neste ano, o Prêmio Sindilat de Jornalismo volta a ter sua entrega de forma presencial. “Depois de anos de pandemia, será uma honra poder receber a imprensa novamente em nossa festa de fim de ano”, completou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Categoria Eletrônico
Débora Padilha de Oliveira e equipe – RBS (Caxias do Sul/RS)
Trabalho: Receita bicentenária de queijo garante venda de quem mora na Serra

Elizângela Maliszewski e equipe – Canal Rural (Canoas/RS)
Trabalho: Guardiãs do Leite

Gabriela Vaz Garcia e equipe – RBS (Bento Gonçalves/RS)
Trabalho: Saiba como é feito o queijo colonial em Carlos Barbosa

Categoria Impresso
João Carlos de Faria – Revista Balde Branco (São Paulo/SP)
Trabalho: Clima e custos altos afetam produção de leite no RS

Leonardo Gottems do Santos – Revista A Granja (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Ânimo Azedando – A realidade do segmento leiteiro brasileiro

Nereida Vergara - Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Produção de queijo ganha força em solo gaúcho

Categoria On-line
Camila Pessôa – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Atividades da Expointer aproximam crianças da produção leiteira

Leandro Augusto Hamester – Site Cooperativa Languiru (Teutônia/RS)
Trabalho: Pró-leite – Cooperativa lança programa de suporte aos produtores de leite

Patrícia da Silva Feiten – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Agroindústrias crescem e aparecem