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O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) vai apoiar a iniciativa da Prefeitura de Estrela (RS) para a implantação de uma Escola Técnica Laticinista no município. O projeto tem como objetivo gerar conhecimento de soluções tecnológicas às empresas da área. A proposta foi detalhada pela secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, Carine Schwingel, e pelo coordenador do Departamento de Trabalho do Executivo municipal, Daniel da Silva, ao secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini.

Um encontro reunindo representantes e entidades do Vale do Taquari e do Estado está sendo articulado a fim de reunir forças para o desenvolvimento do projeto. “Neste primeiro momento o foco é fornecer qualificação para quem já está na cadeia produtiva do setor lácteo, seja na indústria ou nas agroindústrias. O projeto da prefeitura vem ao encontro do que o Sindicato já faz, que é apoiar a formação continuada, lembrando da importância de trabalharmos também o aumento do consumo através do projeto Na Fazenda Doce de Leite”, aponta Palharini.

Em reunião na sexta-feira (14/04), na sede do sindicato em Porto Alegre (RS), Carine explicou que está no horizonte da escola técnica incentivar a formação de mão de obra qualificada para indústrias; a implantação de novas modalidades industriais na criação de negócios derivados do leite; a geração de mão de obra especializada; e a formatação de novas concepções de negócios digitais, como Startups, a fim de impulsionar a cadeia láctea.

“Temos avançado nas parcerias e, junto ao Governo do Estado, obtivemos avaliação positiva por parte da Secretaria da Educação. Para o financiamento, recebemos indicação de emendas parlamentares e seguimos buscando a viabilização financeira. Vamos iniciar a fase de formatação da proposta pedagógica”, aponta a secretária. Para as aulas teóricas, a Prefeitura deve utilizar a estrutura da Escola Estadual de Educação Profissional Estrela e o espaço do Centro Empresarial de Inovação, Tecnologia e Qualificação (Ceitec). Já as aulas práticas serão ministradas em parceria com a Universidade do Vale do Taquari (Univates).

Foto: Jéssica Aguirres

A Cooperativa Agropecuária Petrópolis Ltda, a Piá é a marca de Leite mais lembrada entre os consumidores gaúchos. O reconhecimento pelo 1° lugar no Top of Mind foi entregue pela Revista Amanhã, em cerimônia realizada na terça-feira (11/04), em Porto Alegre (RS). A empresa ainda se consagrou no ranking entre as marcas mais destacadas na categoria Doce de Leite.

Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), a Piá foi fundada em 1967, na cidade gaúcha de Nova Petrópolis. Além da unidade de processamento de leite e da unidade de processamento de frutas, conta ainda com duas fábricas de rações, dois centros de distribuição, dois postos de recebimento de leite, uma rede de supermercados e agropecuárias com 17 lojas. Atualmente, sua área de atuação abrange 85 municípios e a distribuição dos produtos concentra-se basicamente nos três estados do Sul e em regiões de São Paulo.

O prêmio Top of Mind chega a 33 edições revelando e premiando o ranking de marcas mais lembradas. É realizado pela Revista Amanhã e Engaje Pesquisas através de entrevistas com 1.200 consumidores de todas as regiões do Rio Grande do Sul, que foram captadas entre os dias 5 e 26 de janeiro de 2023. Veja todos os vencedores por categoria aqui.  

Foto: Revista Amanhã

Pelo 13º ano consecutivo, a Cooperativa Santa Clara conquistou o 1° lugar no Top of Mind na categoria Queijos. O reconhecimento foi entregue pela Revista Amanhã, em cerimônia realizada na terça-feira (11/04), em Porto Alegre (RS). Com a vitória, a empresa se consagra no ranking das marcas que seguem invictas desde o início de suas categorias na premiação. A cooperativa ainda pontuou entre as quatro marcas de leite mais lembradas.

Com 111 anos de atuação, a Santa Clara é a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), tem capacidade instalada que permite a industrialização de 800 mil litros de leite por dia e que resultam em uma linha de mais de 200 itens, entre leite, queijos, bebidas lácteas, Temper Cheese, requeijão e outros derivados. As indústrias estão localizadas nas cidades gaúchas de Carlos Barbosa, Getúlio Vargas e Casca.

O prêmio Top of Mind chega a 33 edições revelando e premiando o ranking de marcas mais lembradas. É realizado pela Revista Amanhã e Engaje Pesquisas através de entrevistas com 1.200 consumidores de todas as regiões do Rio Grande do Sul, que foram captadas entre os dias 5 e 26 de janeiro de 2023. Veja todos os vencedores por categoria aqui.  

Foto: Revista Amanhã

O governador Eduardo Leite receberá, no dia 24 de abril, uma comitiva de representantes dos diferentes setores relacionados à produção de proteína animal. O encontro, agendado para 15h no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), foi uma solicitação conjunta encabeçada pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, de Economia, de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e pela Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa. Um dos proponentes da agenda, o deputado Zé Nunes, reforça que o momento é de ouvir o governador sobre os encaminhamentos a serem dados sobre a crise que atravessam os setores. O pleito ganhou eco em diferentes bancadas e contou com apoio de parlamentares a exemplo dos deputados Elton Weber e Luciano Silveira e, inclusive, de secretários de Estado, como o titular da pasta de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) acompanhará a agenda com integrantes da diretoria, que estarão ao lado de lideranças de outros setores. “Estamos enfraquecendo uma cadeia produtiva importante para o Rio Grande do Sul e na qual somos referência. Neste momento, a cadeia está se inviabilizando por um conjunto de fatores. Queremos que o governo diga o que pretende, que medidas deve tomar e se visa desativar medidas que já tomou”, frisou Nunes, lembrando que um dos pleito principais é pela suspensão do FAF.

A preocupação das lideranças é com o desinvestimento por parte de grandes grupos no Rio Grande do Sul, uma vez que projetos que uma hora estiveram em solo gaúcho já foram deslocados para outras unidades da federação. “Cada aviário, cada produtor de leite, cada matriz que sai de produção no Rio Grande do Sul aparece em outro estado”, alertou Nunes.

A ideia é que o encontro sirva como diálogo entre setor produtivo e governo e que lideranças entreguem ao governador suas principais pautas formalizadas. Entre os pontos a serem debatidos está a necessidade de políticas de estímulo à produção e abastecimento de milho e a liberação de fundos setoriais criados para estímulo à produção e que seguem com recursos congelados.

Foto: Carolina Jardine

O avanço da pecuária leiteira como atividade estratégica nos sistemas produtivos sustentáveis e o balanço da emissão de carbono em sistemas agropecuários estão no foco do trabalho que vem sendo desenvolvido em conjunto pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e pela Embrapa Pecuária Sul. Juntas, as entidades darão início a elaboração de uma estratégia com vista à captação de R$ 4 milhões, valor necessário para a aquisição de um conjunto de quatro medidores com os quais será possível iniciar as aferições em rebanhos gaúchos. “Para viabilizar a compra, vamos trabalhar para apresentar uma proposta ao Fundoleite e também levá-la aos parlamentares gaúchos, visando a destinação de recursos através de emendas”, detalha Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.

Segundo o chefe-geral e pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, os equipamentos buscados para dar início ao processo medem os gases metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e, opcionalmente, oxigênio (O2) e hidrogênio (H2) de animais individuais. De acordo com o especialista, também é possível agregar dados de emissões e determinar médias de rebanho. “A atuação conjunta das instituições para a descarbonização da produção de leite no RS, tem como base a expertise já existente no centro de pesquisa com a avaliação do balanço de carbono em bovinos de corte É um passo inicial para realizarmos pesquisas que gerem protocolos para redução das emissões por unidade de leite produzida”, disse.

Durante a reunião, realizada dia 05/04 na sede da Embrapa em Bagé, a pesquisadora Cristina Genro também apresentou a Prova de Emissão de Gases (PEG), metodologia que vem sendo utilizada nas pesquisas pelo instituto e que buscam mensurar a emissão de gás metano (CH4) por reprodutores bovinos. Segundo ela, o teste visa identificar os animais que têm menor emissão de metano em se considerando cada quilo de alimento consumido e o quilo de peso vivo produzido. “A Embrapa pode contribuir na avaliação dos sistemas de produção leiteira quanto à emissão de Gases de Efeito Estufa, na formação de Unidades de Referência Tecnológica com as boas práticas para se conseguir uma produção de leite com sustentabilidade, de baixo carbono, assim como na capacitação e transferência de tecnologia para os produtores de leite gaúchos”, destaca.

Outra ação prevista, conforme o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins, é a realização durante a Expointer 2023 de um seminário sobre pesquisa e métodos de medição de carbono em propriedades leiteiras, efetuado por Sindilat/RS e Embrapa.

A produção de leite com menor impacto ambiental é uma preocupação que deve dar o tom das linhas de investimentos nos próximos anos. Conforme Palharini, atento a isso, o setor lácteo gaúcho foi um dos primeiros a abrir debate junto ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul sobre a qualificação e a monetização dos créditos de carbono, tema que foi abordado em reunião do Sindilat/RS, no dia 28/02, com a presença do presidente, Guilherme Portella, e da secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.

Foto: Gabriel Aquere

Após uma reunião com representantes do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) o deputado federal gaúcho, Heitor Schuch (PSB), encaminhou duas pautas importantes para a indústria leiteira ao vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. As solicitações tratam da necessidade de revisão da redução de 14% para 4% na alíquota de importação de Suplemento Proteico à base de Whey Protein Concentrado (WPC 80) e Whey Protein Isolado (WPI), ambos proteínas concentradas de soro de leite, para aquisições provenientes de países fora do Mercosul, bem como dos prejuízos causados para os produtores e principalmente para as indústrias de leite em pó e queijos, frente aos subsídios em espécie que vêm sendo concedidos na cadeia do leite na Argentina e no Uruguai.

“As demandas são muito justas e já estão nas mãos do ministro Alckmin. Acredito que tem caminho para soluções rápidas e definitivas. Na minha opinião, o governo passado errou ao reduzir a alíquota do Whey, pois inviabiliza a produção nacional que perde mercado para o importado. Pedi ao ministro para revogar a medida e salvar a indústria brasileira. Os decretos dos governos argentino e uruguaio são protecionismo puro para o produtor local, mas liquidam com o setor de lácteos do Brasil”, destaca Heitor Schuch ao indicar que também levará as pautas para a Comissão de Indústria e Comércio da Câmara, da qual é presidente.

Cláudio Hausen de Souza, diretor Comercial e de Marketing da Sooro Renner Nutrição S/A, empresa com plantas nas cidades de Marechal Cândido Rondon (PR) e Estação (RS), aponta que o setor industrial detectou no mercado de Whey que o favorecimento para a compra do insumo no mercado externo tem crescido, causando prejuízos para a indústria brasileira. “Essa redução no imposto está fazendo com que estejam sendo importados grandes volumes destes ingredientes, a preços muito baixos, se comparados à 2022. O prejuízo é claro às empresas nacionais, dedicadas à produção destes e outros itens lácteos”, afirma.

Também as pequenas queijarias vêm sendo impactadas negativamente, uma vez que grande parte do que é absorvido de soro pela indústria brasileira é fornecido por estas plantas. “Além disso, o preço desta matéria-prima já caiu no mercado interno, agravando ainda mais os efeitos negativos da desoneração do imposto”, acrescenta o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini.

Ao também reforçar no encontro, que ocorreu na terça-feira (04/04), a necessidade da adoção de políticas públicas pelo governo federal que salvaguardem o setor leiteiro frente aos subsídios que vêm sendo concedidos na Argentina e no Uruguai, Palharini pontuou que os governos vizinhos abriram precedentes frente às regras do Mercosul e da Organização Mundial do Comércio (OMC) ao estabelecerem suas políticas de auxílios provocando a urgência de uma resposta do Brasil a fim de frear o avanço da entrada dos derivados no mercado nacional. “Precisamos encontrar uma forma de equalização neste cenário. Temos percebido, em 2023, um aumento muito grande das importações, principalmente de leite em pó e queijo parmesão, que chegam destes países com preços mais baratos do que os produzidos no Brasil. Há uma desigualdade e ela está atingindo principalmente os produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, alerta Palharini.

Foto: Lisiana dos Santos

Os nove alunos e alunas e suas professoras vencedores da etapa Pelotas (RS) do concurso Arte na Caixinha foram premiados nesta quarta-feira (05/04). No ato, realizado pela manhã no auditório da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed), os classificados em primeiro e segundo lugar foram agraciados com um tablet Galaxy Tab A7 e, assim como os terceiros colocados, com um ano de leite, certificado e medalha. As professoras responsáveis pelas inscrições dos primeiros colocados em cada categoria foram presenteadas com notebook, certificado e 12 meses de leite.

O Concurso Cultural Arte na Caixinha é uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), com apoio da Tetra Pak, e realizado em parceria com a Smed de Pelotas, Embrapa Clima Temperado, Núcleo Jersey de Pelotas, Sicredi, Biscoitos Zezé e Associação Rural de Pelotas. Nesta edição, estiveram em disputa 191 trabalhos, que foram realizados por crianças do Pré II ao 5º ano, sendo 63 deles na Infantil, 79 na Júnior e outros 49 na Juvenil.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, o evento encerra a primeira etapa da iniciativa, que propõe a utilização de diferentes técnicas artesanais e artísticas em caixas de leite UHT explorando a temática “O leite na sua vida”. “A expectativa é que entre os meses de maio e junho possamos dar início a segunda fase do projeto, com novas escolas envolvidas. Entendemos que essa ação é muito positiva, pois envolve as crianças, as famílias, os professores e os órgãos públicos. E ver os pequenos interagindo com o concurso é o ápice”. Para o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso, é uma satisfação participar de um projeto que vai além da pesquisa. “Atingimos a sociedade e o segmento das crianças, levando uma mensagem bonita do agro para eles”.

Prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, destaca que o projeto revela a cadeia produtiva do leite às crianças com um viés educativo e ao mesmo tempo artístico. “Queremos manter essa parceria com o Sindilat/RS. Nossas escolas reagiram muito bem a essa provocação. E estamos na expectativa da sua sequência”. Sentimento também compartilhado pela secretária Municipal de Educação e Desporto (Smed), Adriane Silveira, que reforça a importância de o concurso “colocar no currículo das escolas um conhecimento da vida”.

Vencedora da Categoria Juvenil com o trabalho A Fazenda, Quevelen Castro do Nascimento, conta que gostou da experiência de fazer o desenho e que “se sentiu emocionada” ao ganhar o concurso. Ela é aluna da Emef Núcleo Habitacional Dunas. Daniele Costa Gonçalves, que conquistou o segundo lugar na categoria com o trabalho Fazenda Genoveva, afirma que aprendeu como funciona o processo da produção de leite assistindo a peça teatral “Na Fazenda Doce de Leite”. Ela é aluna da Emef Núcleo Habitacional Dunas.

Confira os vencedores:

Categoria Infantil (Pré II e 1º ano)
1º Lugar: Sabrina Buchweitz, trabalho: Fazendinha da Sabrina - professora Elis Renata Barros Mattozo Jeske, da Emef Independência.
2º Lugar: Pietro Aguiar Almeida, trabalho: Celeiro - professora Tatiane Chollet Amaral, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.
3º Lugar: João Afonso Pinto Corrêa, trabalho: A fazendinha do João - professora Elis Renata Barros Mattozo Jeske, da Emef Independência.

Categoria Júnior (2º e 3º ano)
1º Lugar: João Miguel Cardoso Sedrez, trabalho: As etapas da produção de leite - professora Dalila da Rocha Guths, da Emef Santa Teresinha.
2º Lugar: Martina Lopes Buchweitz, trabalho: O leite na nossa vida - professora Dalila da Rocha Guths, da Emef Santa Teresinha.
3º Lugar: Jonas Lacerda da Silva, trabalho: Beba mais leite - professora Gisele Oliveira da Cruz, da Emef Dr. Berchon.

Categoria Juvenil (4º e 5º ano)
1º Lugar: Quevelen Castro do Nascimento, trabalho: A Fazenda - professora Gloria Elisa Duarte Barcellos, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.
2º Lugar: Daniele Costa Gonçalves, trabalho: Fazenda da Genoveva - professora Maria de Fátima da Silva Reis, da Emef Núcleo Habitacional Dunas.
3º Lugar: Douglas Mickael Mailahn Kohn, trabalho: A Fazenda - professora Cleuza Regina Wetzel, da Emef Dr. Berchon.

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Crédito da foto: Gustavo Vara

A adoção de fontes limpas e renováveis de energia é um tendência nos sistemas produtivos tanto pelo fato de contribuir para a preservação do meio ambiente, descarbonizando a produção, quanto por proporcionar a redução de custos na medida em que possibilita o aproveitamento da energia captada para o funcionamento de equipamentos como bombas de água, irrigação, refrigeração, entre outros. O excedente ainda vai para o sistema elétrico e se transforma em créditos abatidos na conta e, neste ciclo, a economia gerada pode ser utilizada em investimentos.

De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, a adoção de placas solares tanto nas propriedades leiteiras quanto na indústria láctea representa avanços na melhoria da competitividade de todo o setor. “Com isso, tanto as propriedades quanto a indústria, podem avançar se tornando autossustentáveis e favorecendo ainda a redução de custos”, assinala.

Recentemente, um novo incentivo à ampliação das plantas fotovoltaicas veio com a ampliação da vigência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), prorrogada até 31 de dezembro de 2026. A iniciativa, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, passou também a desonerar peças e equipamentos usados para a fabricação de painéis solares. No total, são 24,25% a menos em impostos que foram zerados em taxas de Importação, era 6%; de Produtos Industrializados (IPI), era 6.5%; de PIS, era 2.1%; e de Cofins, era 9.65%.

"É uma decisão muito segura a de adquirir o projeto fotovoltaico pois, além de pagar a conta de luz reduzida, em quatro anos, em média, o projeto também estará pago”, analisa Celiana Kappler, da 300 Energy. A executiva de negócios lembra que, de acordo com a Lei 14.300, que entrou em vigor em janeiro deste ano, a redução é de, no mínimo, 80% sobre a conta de luz atual através da captação solar. Cada planta instalada tem estimativa mínima de produção de 25 anos, com no máximo 20% de depreciação.

Clique aqui e confira a íntegra do decreto 11.456, de 28 de março de 2023.

Foto: Vinícius Alves Teixeira

À frente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o deputado Luciano Silveira (MDB) tem atuado na discussão de políticas públicas que são importantes para o setor lácteo, principalmente por terem interferência no fomento da competitividade do leite gaúcho. É o caso da necessidade de revisão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), defendida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) em razão dos prejuízos causados à competitividade.

Conforme Silveira, entre as possibilidades em estudo junto à Fazenda Estadual e a Secretaria Estadual da Agricultura está a proposta de criação de uma excepcionalidade de desconto do ICMS presumido para a cadeia do leite. “Estamos empenhados em buscar uma alternativa e esta é uma das possibilidades, visto que o RS não é autossuficiente na produção de milho, afetando a alimentação do gado leiteiro, e ainda temos o problema das embalagens que vêm todas de fora, pois não são produzidas no Estado”, diz o parlamentar. Se consolidada, a medida poderá avançar por dois caminhos: via Assembleia Legislativa como Projeto de Lei ou pelo Executivo, através da publicação de uma portaria.

Para o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, o setor precisa de apoio para avançar. “Todas estas pautas levam a um objetivo comum: melhorar a competitividade do leite gaúcho”, destaca.

O deputado, que assumiu a Comissão no início desta legislatura e ficará no cargo ao longo de 2023, acrescenta que é preciso utilizar os recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) para fortalecer o setor leiteiro. “O Fundoleite foi criado para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite e ele precisa ser utilizado para isso. A aplicação dos recursos necessita chegar na ponta, ou seja, nos produtores”, assinala, ao apontar outra medidas que apoia para ampliar a competitividade do leite gaúcho, como o aumento da produtividade por propriedades, descarbonização do setor leiteiro e industrialização de derivados lácteos mais sustentável com vistas a buscar novos mercados para o nosso produto.

Assessoria de imprensa Sindilat/RS

Foto: Guerreiro/ALRS

Apesar de ter uma das maiores margens no preço pago pelo leite na América Latina, o Brasil segue com o volume de captação estagnado, assim como seus vizinhos do Mercosul. Levantamento da Embrapa Gado de Leite apresentado em reunião da Aliança Láctea e debatido pelas indústrias gaúchas nesta terça-feira (28/03) indica que o preço por litro no Brasil em 2022 é de US$ 0,56, bem acima do valor praticado no Uruguai (US$ 0,42), Argentina (US$ 0,37) e Chile (US$ 0,44).

Apesar dos altos custos de insumos no país, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Lorildo Stock indica que os dados confirmam que o leite é uma atividade rentável quando praticado em escala. “Pode estar ruim para alguns, mas não para todos. O que vemos é uma tendência de concentração mundial da produção e isso acontece no Brasil também. Verifica-se um aumento de escala nas grandes propriedades, uma maior produção por animal, o que compensa o abandono de produtores da atividade. Por outro lado, a produção não reage”, explica, lembrando que a situação no Sul é um pouco mais favorável do que nas demais regiões do Brasil.

Dados da Embrapa sinalizam para concentração da atividade em propriedade com maior escala e redução de rebanho. Atualmente, 2% dos estabelecimentos em operação no Brasil produzem 30% de todo leite captado. E essa transformação avança com aumento médio de 1% da produção das fazendas em operação, que, em 2021, atingiu 31 litros/fazenda/dia. A produção por vaca vem aumentando ao longo do tempo. Em 2015, a produtividade média era de 1.615 litros por vaca ano, valor que atingiu 2.181 litros em 2021.

As transformações do setor lácteo, alega o pesquisador, são reflexo de um envelhecimento na gestão e da falta de sucessão. Quando os filhos resolvem ficar na atividade, justifica ele, geralmente o fazem com incremento de tecnologia e nos processos produtivos que ajudam no ganho de escala e tecnificação. Um relato que corrobora essa informação é o investimento no campo, alerta o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Dados da Emater indicam avanço do uso de robotização na ordenha nos municípios do RS. Em 2019, havia registro de apenas quatro unidades em operação no Estado, número que saltou para 110 em 2021. Atualmente, completa Palharini, estima-se 300 unidades em operação nos tambos gaúchos, o que deve se apresentar no próximo Relatório Socioeconômico da Cadeia do Leite da Emater/RS, que deve ser lançado ainda este ano.

Durante a reunião de associados, que foi conduzida pelo presidente do Sindilat, Guilherme Portella, ainda se tratou de encaminhamentos referentes aprovação do treinamento continuado que será realizado com a Universidade de Passo Fundo – UPF. A formação em qualidade do leite, em seu primeiro módulo, será voltada para a etapa de laboratoristas, o que foi muito bem recebido pelos associados.
(Assessoria de imprensa Sindilat)