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Porto Alegre, 30 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.251

Canadá: produtores desmascaram mitos sobre leite promovendo visitas virtuais às fazendas

A Dairy Farmers of Canada (DFC) anunciou o lançamento de uma nova campanha desmistificando os mitos sobre o leite para pais millennials, dando a palavra aos especialistas: os produtores de leite canadenses. No Hey Dairy Farmer – Parents' Virtual Tour, os produtores fornecem visitas virtuais à fazenda para esclarecer os consumidores sobre os altos padrões de produção praticados nas fazendas leiteiras canadenses e tranquilizá-los sobre a qualidade e a segurança do leite, tudo de maneira interativa e envolvente.

A Hey Dairy Farmer simula uma videoconferência entre um produtor e um grupo de pais millennials, na qual o produtor conta um pouco mais sobre a pecuária leiteira. Por meio dessa abordagem única, os produtores se envolverão com os consumidores de maneira inovadora e memorável, alimentando assim um forte senso de orgulho pelos produtos lácteos canadenses.

"Nestes tempos de incerteza, os consumidores têm muitas perguntas sobre o conteúdo dos alimentos que ingerem e de onde vêm", diz Pamela Nalewajek, vice-presidente de marketing da DFC. "Por meio do Hey Dairy Farmer, a DFC está destacando que o leite usado em produtos marcados com o logotipo Blue Cow foi produzido por fazendeiros de comunidades de todo o Canadá, que seguem rigorosos padrões de qualidade e segurança para que os canadenses possam confiar nos laticínios que eles conhecem e amam".

"Ao colocar os verdadeiros produtores de leite canadenses no centro da história, a Hey Dairy Farmer está educando os consumidores sobre os padrões rigorosos que são seguidos para produzir laticínios seguros e de alta qualidade, de maneira transparente e envolvente", acrescentou.

Trabalhando  com o confinamento e do distanciamento social, a DFC criou a campanha usando desktops e telefones celulares com câmera para imitar uma videoconferência na qual um grupo de pais recebe um tour virtual privado em uma fazenda de gado leiteiro com um produtor como guia. Todo o criativo foi direcionado remotamente e capturado com habilidade, sem que ninguém precisasse sair de casa.

Os elementos fora de casa (publicidade ao ar livre) da campanha foram lançados em 15 de junho, enquanto os elementos sociais e digitais da campanha serão lançados em 24 de junho, até 16 de julho. Os consumidores também notarão um componente significativo da televisão, incluindo veiculações de anúncios durante a programação do Dia do Canadá da CBC e durante transmissões de notícias. Os influenciadores também desempenharão um papel fundamental na ampliação da campanha. A agência de criação líder nesta campanha foi a DDB Canadá, com a compra de mídia pela Initiative. Para visualizar a campanha, clique aqui. (As informações são do Dairy Farmers of Canada, traduzidas pela Equipe MilkPoint)     

               

RS: produtores de leite comemoram retorno da chuva na região
O primeiro final de semana foi de frio intenso na região da Campanha/RS. As temperaturas mínimas chegaram a 2 graus em Bagé e a previsão é de que a chuva retorne à Rainha da Fronteira.

A precipitação  deverá chegar a 42 milímetros. O mês de junho tem sido o com maior volume de chuvas até o momento, mais de 170 milímetros no acumulado. Essas precipitações têm amenizado a situação dos produtores que enfrentaram meses de severa estiagem.

A produtora Rosângela Willrich destaca que depois das chuvas, as pastagens de inverno estão crescendo  bem, as que foram adubadas estão com ótimo crescimento. “Aveia e azevém estão com boa recuperação. Nos dias de geada o pasto dá uma freada no crescimento, mas quando temos esse sol maravilhoso durante o dia, o campo verdeja”, detalha a produtora que trabalha com pecuária leiteira. Rosângela comenta ainda que os produtores de leite que foram atingidos com a estiagem e também por a série de desvalorização no preço do produto. “Esperamos que a produção se mantenha, aumentando na verdade, depois da falta de alimento pela seca agora temos melhores condições de produzir leite. Esperamos que os dias de geada sejam alternados. Afinal estamos nos recuperando ainda”, aponta.

Opinião semelhante tem o produtor rural de Aceguá, Sérgio Hubert. Ele destaca que com o retorno das chuvas, as pastagem voltaram a surgir. “Tanto a aveia e o azevém gostam muito desse clima de umidade e luminosidade. Houve alguns dias, que até a situação foi fora do normal, onde houve um 'calorzinho' fora de época. Esse calor com umidade proporcionaram o retorno das pastagens”, relata o produtor rural. Hubert destaca que, pelo retorno do frio e, consequentemente, das geadas, é provável que essas pastagens deem uma parada de novo. “O trevo e o cornichão também estão surgindo novamente, porém com o desenvolvimento um pouco mais lento. As chuvas também trouxeram de volta a tranquilidade em relação à captação de água para os animais. Em muitos casos, os açudes já estão cheios novamente. Aos poucos a situação está se normalizando de novo”, enfatiza o produtor rural.

Em Bagé, os reservatórios principais da cidade já estão próximos da normalidade. A Piraí está sem déficit. Já a barragem da Sanga Rasa está com -2,20 metros, melhor índice do reservatório em muitos meses. (As informações são da Folha do Sul)

Subsídios agrícolas em grupo de 54 países atingiram US$ 708 bi por ano de 2017 a 2019, diz OCDE
O apoio total oferecido por governos de 54 países a seus agricultores chegou a US$ 708 bilhões por ano no período de 2017 a 2019, mostra relatório anual da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre políticas agrícolas.

Do montante total, nada menos do que US$ 536 bilhões foram transferidos pelos governos ao setor agrícola sob a forma de apoio direto que falseia a situação nos mercados, prejudica a inovação e causa danos ao ambiente.

São subsídios que mantêm preços internos acima das cotações internacionais, o que prejudica consumidores e aumenta o fosso de renda entre pequenos e grandes produtores agrícolas. A conclusão, claramente, é que essa injeção de subvenções só amplia as distorções do mercado e torna o setor menos competitivo.

Refletindo sua posição como exportador competitivo, o Brasil fornece pouco suporte e proteção à agricultura. A ajuda aos produtores brasileiro caiu de 7,6% de sua renda bruta, entre 2000 e 2002, para 1,7% de 2017 a 2019.

Para se ter uma ideia, os subsídios dados pelo governo asseguram 59,0% da renda dos agricultores na Noruega, 47,9% na Coreia do Sul e 41,4% no Japão. Na China, a ajuda representa 13,3% da receita bruta do agricultor.

No total, apenas US$ 106 bilhões foram fornecidos pelos governos para serviços úteis na agricultura, e US$ 66 bilhões para beneficiar os consumidores.

No grupo de 54 países estudados estão os membros da OCDE e da União Europeia, além de 12 emergentes. Desse universo, em seis países, entre os quais Argentina e Índia, os governos taxam implicitamente seus produtores agrícolas em cerca de US$ 89 bilhões, minorando artificialmente seus preços.

Desta vez, o relatório da OCDE é publicado em meio à situação excepcional da crise de Covid-19, em que alguns países estão impondo restrições às exportações e outros estão facilitando importações.

Outra constatação da entidade é que, no grupo pesquisado, ganhos de produtividade das últimas décadas e algumas iniciativas para melhorar o desempenho ambiental marcam o passo. Mas as emissões de gases no setor agrícola aumentaram em vários países.

Para Ken Ash, da OCDE, em boa parte das vezes os subsídios à agricultura atualmente não têm utilidade ou são prejudiciais. Para ele, num momento em que os governos têm poucos recursos, no rastro do Covid-19, seria propício reduzir as subvenções que geram distorções nos mercados e fortalecer a ajuda que pode ter melhores resultados para o setor e para a sociedade. (Valor Econômico)
                    

 
Proteínas/EUA
O Departamento de Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos anunciou que permitirá o uso de Proteína Concentrada de Leite (MPC), Proteína Isolada de Leite (MPI) e Proteína Concentrada de Soro de Leite (WPC) em produtos com rotulagem “leite com alto teor de proteína”.  “A decisão do FDA de permitir a utilização de proteínas concentradas de alta qualidade nos rótulos com ‘leite com alto teor de proteína’ é positiva dando um grande salto para a flexibilização e inovação da indústria de laticínios. Esse tipo de flexibilidade permite que a indústria forneça ao público norte-americano produtos lácteos mais nutritivos e de alta qualidade. Empresas de laticínios estão inovando e criando novas formas de fornecer produtos saudáveis, mais convenientes, e mais saborosos para degustação de um crescente número de consumidores”, disse Joe Scimeca, vice-presidente de assuntos regulatórios e científicos da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA). “O IDFA acredita que os padrões e regulamentos desempenham um papel importante para garantir a segurança, qualidade e consistência dos alimentos, mas, regras excessivas podem sufocar a inovação e reduzir a competitividade do setor lácteo. A IDFA continuará trabalhando com o FDA sobre flexibilidade dos rótulos para permitir mais inovação em produtos lácteos”, acrescentou Scimeca. (Dairy Reporter - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

 

Porto Alegre, 29 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.250

Cuidados para afastar a Covid-19 das propriedades leiteiras são tema de live

Os cuidados que o produtor de leite precisa ter na propriedade para afastar a possibilidade de contaminação por coronavírus foram tema de live promovida na manhã desta segunda-feira (29/6) pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Reunindo um time de especialistas da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr) e da Embrapa, o debate remoto elencou dicas importantes que o produtor deve adotar – ou redobrar – para que a doença não chegue aos proprietários e colaboradores das propriedades rurais e, assim, não comprometa a produção e os resultados financeiros.

O Webinar 'Covid-19: o que o produtor precisa saber' deu um foco importante na biosseguridade na cadeia da bovinocultura de leite na rotina do transporte – uma das mais sensíveis do processo, uma vez que o caminhão de coleta passa por diversas propriedades. De acordo com Rogério Dereti, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, diante do cenário é essencial que o produtor adote mudanças de hábitos, reforçando que a atividade leiteira em si, já exige uma série de regras e boas práticas de produção que contemplam parte das recomendações das autoridades de saúde. “Não é algo fácil de se fazer no cotidiano e, no caso dos transportadores, que mantêm diversos contatos ao longo do dia, é recomendável que mantenha a distância de dois metros dos indivíduos que atuam na propriedade, bem como faça uso sempre do álcool em gel 70%", afirma Dereti. 

Guilherme Nunes de Souza, também pesquisador da Embrapa Gado de Leite, lembra que o momento de coleta do leite do resfriador também merece atenção especial. “O ideal é o que o próprio transportador encaixe a mangueira no equipamento e, após isso, faça a higiene do registro com álcool”, explica Nunes. Segundo ele, os produtores ainda devem manter a tampa do registro no local adequado, uma vez que isso ajuda na manutenção da qualidade e assepsia de todo o processo. Em outra frente da rotina da propriedade, Dereti sugere que as tarefas na fazenda sejam bem divididas para evitar que diferentes pessoas tenham contato com equipamentos e superfícies – ação que facilita a contaminação pela Covid-19. “Na sala de ordenha, por exemplo, em uma propriedade com quatro conjuntos de ordenha, não é preciso mais de uma pessoa para fazer o serviço. Essa é a proporção ideal neste momento de cuidados extremos”, afirmou Dereti.

Na rotina que não depende de fatores externos, as famílias devem restringir o acesso/visitas de pessoas que não sejam fundamentais para dar andamento à atividade leiteira. No caso da entrega de insumos feita por pessoas de fora, sempre manter a distância recomendada de dois metros e, depois, higienizar as superfícies que tenham sido tocadas pelo visitante. Em outros casos de pessoas da família do produtor que mantenha atividades fora da fazenda, é altamente recomendável manter o distanciamento, além da rotina que se faz necessária a todos nos dias atuais: troca de roupas e assepsia total quando chegar em casa.

A pesquisadora da Secretaria da Agricultura do Estado Laura Lopes de Almeida reforçou a importância dessas medidas preventivas dentro da propriedade, uma vez que 80% das pessoas contaminadas por coronavírus são assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas. Isso significa que os sintomas físicos não podem ser unicamente considerados na hora de manter proximidade com as pessoas. “Dois metros é a distância ideal, além do uso permanente de máscaras quando em contato com pessoas de fora, higiene das mãos e das superfícies regularmente são as armas que temos para enfrentar esta guerra”, pontuou Laura, coautora de um guia organizado pela Embrapa Clima Temperado, que traz orientações aos produtores de leite e como tomar medidas de precaução para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
                   

Uma fazenda leiteira média argentina produz 2.865 litros de leite diariamente
Um relatório elaborado pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA) detalha o panorama das camadas das fazendas leiteiras na Argentina a partir de maio de 2020, com base nos dados fornecidos pelo SIGLeA.

Pode-se observar que os aproximadamente 340 fazendas de + 10.000 litros no estrato, que produziram uma média de 18.210 litros por dia durante o mês de maio, fornecem 18,5% mais leite do que as 5.430 fazendas que produziram entre 1 e 2.000 litros por dia (com 1.140 litros de leite).

Outro fato interessante é que as propriedades com mais de 10.000 litros de leite por dia representaram 2,7% do total de fazendas leiteiras e 19,1% da produção em maio do ano passado, com uma produção média diária de 16.951 litros de leite.

O processo de concentração da produção em grandes fazendas é contínuo e se acelerou nos últimos anos, com taxas entre 2 e 4% ao ano. Informações publicadas na OCLA, com base na Situação Mundial dos Laticínios da Federação Internacional de Laticínios 2019 (FIL/IDF), mostram uma taxa para os principais países leiteiros do mundo, levemente acima de 4% de redução anual na pecuária leiteira.

Com base na produção mensal e na quantidade anual de fazendas leiteiras (SENASA em 31/03/19), pode-se inferir o tamanho da fazenda média em maio de 2020, que produz de 2.865 litros de leite diariamente, 16,4% a mais que o no ano anterior (note-se que a produção em maio de 2020 foi 10,9% superior a maio de 2019).

Se avaliarmos seu comportamento ao longo do tempo, apesar da diminuição no número de unidades produtivas e no número de vacas, a fazenda média acumula uma taxa de crescimento anual de 2,78% no período 2009-2020, o que, apesar da redução nas unidades de produção e no rebanho, permite a manutenção dos níveis agregados de produção no nível nacional.

 

A série de número de fazendas leiteiras (SENASA) utilizada para os cálculos de produção por fazenda é a única disponível e, apesar de haver algumas deficiências na pesquisa de informações, o critério é mantido ao longo do tempo e permite avaliar a tendência. (As informações são do TodoAgro.com.ar, traduzida pela Equipe MilkPoint)

Despesa caiu e receita de serviços cresceu
A Emater/RS-Ascar conseguiu reduzir suas despesas de custeio em 15% e aumentar sua receita de serviços de classificação e certificação em R$ 1,2 milhão, segundo Balanço Patrimonial apresentado ontem, junto com o Relatório de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social, ao Conselho Técnico Administrativo da Emater/RS e ao Conselho Administrativo da Ascar, em teleconferência. 

O presidente da Emater/RS-Ascar, Geraldo Sandri, destacou que a diminuição nas despesas se deu em razão da implantação do gerenciamento matricial, que prioriza a gestão de recursos sem prejudicar a qualidade dos serviços prestados. 
No ano passado, segundo o relatório de atividades, a Emater atendeu 236 mil famílias nos 497 municípios gaúchos, das quais 55 mil voltadas para a produção de grãos, principalmente milho, e outras 4,7 mil dedicadas à agroindustrialização. 

“Observamos a retomada na produção de milho”, relatou o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, indicando que isso gerou mais investimentos em silos secadores. (Correio do Povo)
                   

 
Kiformaggio é a nova associada do Sindilat
A empresa de laticínios Kiformaggio, de Nonoai (RS), é a nova associada do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS). Fundado em 1992, o grupo, que fica há cerca de 416 quilômetros de Porto Alegre, possui filial em Carlos Barbosa, na Serra. Focada na produção de queijos cobocó, parmesão, tropical, colonial e queijos ralados, a Kiformaggio também atende mais de 30 marcas próprias, em parceria com outras empresas e indústrias. Representada pelo diretor Humberto Döering Brustolin, com 24 anos de casa, a empresa passa por constante crescimento, após expansão da fábrica. “A Kiformaggio ampliou o atendimento para além da região Sul do Brasil, levando a marca ao Sudeste e Centro-oeste. Além disso, a empresa também possui queijos premiados entre os melhores do Rio Grande do Sul e hoje é conceituada como uma marca de renome nacional”, afirma Brustolin. Com a pandemia de Covid-19, Brustolin destaca que o momento foi de adaptação às novas necessidades. “Foi feito um trabalho de conscientização com os colaboradores. Hoje a empresa possui uma série de protocolos que reforçam a segurança nas indústrias. Também vem se preparando para atuar com vendas on-line e buscando novos nichos de mercado”, pontua. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

 

 

Porto Alegre, 26 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.249

Sindilat avalia impacto da pandemia no setor lácteo

Os planos sociais criados para fazer frente à pandemia do coronavírus no Brasil – que somam mais de R$ 200 bilhões incluindo auxílio emergencial, liberação de FGTS e antecipação do 13° salário - foram fundamentais para manter o consumo de produtos lácteos no Brasil nos últimos meses. Em live Roda de Conversa – Mercado do Leite - promovida na manhã desta sexta-feira (26) por Emater-RS e Secretaria da Agricultura do Estado, o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, pontuou que os recursos injetados na economia contribuíram para reduzir o impacto da crise sobre o setor – uma vez que as famílias priorizaram a compra de alimentos neste período. “Em meio às incertezas, dependemos dos planos sociais para também contribuir no giro da economia interna, o que inclui a manutenção do consumo de lácteos pelas famílias”, pontuou Guerra. Segundo ele, o segmento também foi ancorado no momento de crise pelo fator câmbio sobre a parcela da produção que é importada - essencialmente o leite em pó.

Como representante da indústria, Guerra destacou que uma das linhas mais afetadas pela crise foi a de food service, voltada a um grande mercado que atende hotéis, restaurantes, lancherias e o setor de eventos em geral. “Com o fechamento desses estabelecimentos e os cancelamentos de todos os eventos, essa linha simplesmente parou”, afirmou o presidente do Sindilat. No entanto, o isolamento das famílias e a impossibilidade de se investir em outras ações – viagens ao exterior por exemplo – levaram muitos brasileiros a direcionarem seus recursos para a qualidade de vida dentro de casa. “O setor lácteo neste mês de junho já sentiu esse impacto positivo das famílias apostando em novas receitas, pois houve um aumento das vendas de itens diferenciados da cadeia láctea, como manteigas, cremes de leite, leite em pó e queijos, equilibrando assim a perda da comercialização no food service”, constata Guerra.

Apesar do aumento do consumo em algumas linhas, desde março o mercado se mantém bastante volátil em relação a preços, oferta, estoque e demanda – acompanhando o movimento de consumo que em um primeiro momento da pandemia cresceu exponencialmente para depois oscilar. “As incertezas prevalecem no setor e o que vemos é um mercado sem saber como proceder diante do cenário”, destacou. Para Guerra, a fragilidade do momento exige ações de equilíbrio para acompanhar a evolução do mercado. “Isso passa pela lição de casa, fazendo a gestão da atividade e buscando a equação, como produzir mais com menos”, afirma Guerra. Outras iniciativas importantes partem do governo, com a promoção de uma reforma que simplifique e unifique o sistema tributário nacional, e do próprio setor, com redução de despesas, diversificação de linhas e inserção no e-commerce, que nos últimos meses vem se mostrando importante ferramenta de comercialização para todos os segmentos da economia.

Jaime Ries, assistente técnico estadual em Bovinocultura de Leite da Emater-RS, falou sobre os desafios do setor produtivo diante do cenário que inclui balança comercial deficitária, redução drástica do número de produtores na atividade (especialmente os menos tecnificados) e queda no consumo. De acordo ele, no período que compreende 2009-2018, o déficit da balança do setor equivaleu a 2,8% do volume total de leite. “São cerca de 900 bilhões de litros/ano daquilo que é consumido no país”, afirma Ries. No mesmo período analisado, em todos os anos o Brasil foi deficitário no comércio exterior , sempre importando mais que exportando. “A exceção foi em 2008, quando a curva se inverteu, mas logo depois voltamos à realidade de importador”, pontuou o técnico. Segundo ele, em média, o Brasil exporta apenas 1% daquilo que produz e importa 3,50%. Para Guerra, apesar de tudo o setor segue trabalhando, captando todo o leite das propriedades e industrializando para fazer chegar nas casas dos consumidores um produto tão essencial para saúde das pessoas.(Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

                    

Produtores de leite uruguaios voltaram a receber mais pelo leite que os argentinos

Os produtores de leite uruguaios novamente estão recebendo mais do que seus colegas argentinos após a queda nos preços sofridos devido à recessão global impulsionada pela pandemia de Covid-19.

Em maio passado, o preço médio ponderado do leite pago ao produtor de leite argentino foi equivalente a US$ 0,269 por litro, segundo dados publicados pela Direção Nacional de Laticínios, enquanto no Uruguai estava em uma média de US$ 0,290 por litro, de acordo com dados do Instituto Nacional do Leite (Inale).

Diferentemente da Argentina, onde há uma multiplicidade de indústrias de laticínios, no Uruguai, o principal determinante dos preços do leite é a cooperativa Conaprole, que exporta a maioria dos produtos lácteos que produz.

Embora a política da Conaprole seja evitar ajustes bruscos de preços nos acordos feitos a seus parceiros produtores de leite, a queda na demanda internacional por lácteos registrada no início da pandemia de Covid-19 obrigou a empresa a reduzir o valor do leite que só pode ser parcialmente corrigido em maio.

O preço médio do leite em pó integral a granel exportado pelo Uruguai, que atingiu US$ 3329 por tonelada em março, caiu para US$ 3222 e US$ 3071 por tonelada em abril e maio, respectivamente.

Na Argentina, o efeito combinado da valorização da taxa de câmbio – no quadro de um mercado de câmbio interposto pelo Estado – juntamente com uma crescente disputa das indústrias de laticínios para comprar leite, impulsionaram os valores do leite medido em dólares.

No entanto, a partir de abril, o aumento do consumo de laticínios no mercado interno – o principal cliente –, juntamente com as dificuldades na exportação, causaram uma queda considerável no valor do leite medido na moeda americana.

No Uruguai, um dos crescentes riscos presentes no setor é o conflito trabalhista no campo industrial da Associação de Trabalhadores e Empregados da Conaprole (AOEC), que na semana passada, paralisou algumas linhas de produção da cooperativa provocando uma escassez temporária de alguns produtos lácteos no mercado local. (As informações são do Valor Soja, traduzida pela Equipe MilkPoint)

 
 

Governo edita portaria sobre prevenção e controle da transmissão da Covid-19 no trabalho

O Ministério da Saúde e a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia editaram a Portaria Conjunta nº 20/2020, contendo orientações gerais sobre prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 nos ambientes de trabalho. Veja a íntegra da portaria clicando aqui.

Editada em 18 de junho de 2020, a portaria estabelece orientações para organizações visando à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 em ambientes de trabalho, de forma a preservar a segurança e a saúde dos trabalhadores, os empregos e a atividade econômica.

De acordo com o Governo Federal, esses dispositivos não se aplicam aos serviços de saúde, para os quais devem ser observadas as orientações e regulamentações específicas. “Também é importante pontuar que as disposições contidas na Portaria são de observância obrigatória apenas entidades da administração pública federal indireta a este vinculadas, nos termos do Decreto n° 9.960, de 1° de janeiro de 2019, e por seus respectivos agentes públicos, durante o enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020”.

No entanto, esclarece o governo, o ato normativo segue como sugestão de referencial para elaboração de medidas de prevenção, controle e mitigação de riscos de transmissão da COVID-19 em ambientes de trabalho de forma geral. “Complementarmente, orientações setoriais complementares poderão ser emitidas pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia ou pelo Ministério da Saúde, no âmbito de suas competências”. (AMP)
                   

 
EUA: USDA já aprovou US$ 4 bilhões em pagamentos a produtores afetados por covid-19
A Agência de Serviços Agrícolas (FSA, na sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aprovou até agora mais de US$ 4 bilhões em pagamentos a produtores rurais afetados pela pandemia de Covid-19, de acordo com dados atualizados pela FSA na segunda-feira, dia 22. A ajuda financeira total disponível é de US$ 16 bilhões. Desde 26 de maio, a agência recebeu mais de 360 mil solicitações de ajuda. Até agora, a FSA fez pagamentos a mais de 252 mil produtores. Estes receberão 80% de seu pagamento total máximo após a aprovação do pedido. A parcela restante será paga posteriormente. Do montante total aprovado até agora, US$ 1,04 bilhão foi para lavouras não especiais (soja, milho, algodão, etc.), US$ 84,3 milhões para lavouras especiais (frutas, vegetais, castanhas, cogumelos), US$ 1,98 bilhão para criadores de bovinos, suínos e ovinos e US$ 895,3 milhões para produtores de lácteos. (As informações são do Terra Viva) 
 

 

 

Porto Alegre, 25 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.248

Live sobre biosseguridade debate cuidados permanentes na cadeia leiteira durante e pós pandemia

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr) promovem, no dia 29 de junho, live sobre os cuidados e prevenções para Covid-19 dentro das propriedades rurais. O evento, que surgiu da necessidade de discutir biosseguridade na cadeia leiteira, apresentará um guia informativo intitulado de “Covid-19 - O que o produtor de leite precisa saber?”. O debate também vai abordar as rotinas de higienização que os transportadores de leite precisam manter durante as coletas. A transmissão será gratuita e ao vivo, às 10h, pelo canal no Youtube da Embrapa.

Segundo a palestrante Laura Lopes de Almeida, médica veterinária e virologista no laboratório do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), da Secretaria de Agricultura, as discussões sobre biosseguridade vêm crescendo na rotina dos produtores de leite. Para ela, o coronavírus é uma doença do estilo de vida moderno, que irá modificar para sempre algumas rotinas de higienização dentro e fora dos grandes centros urbanos. “Agora, estamos precisando mudar de forma emergencial, mas algumas transformações precisam ficar para sempre, e a biosseguridade é uma delas. Esses conceitos que os produtores e indústrias têm de higienização são desafios que precisamos inserir também dentro da nossa vida urbana. Higienização e segurança do pasto ao prato”, explica. 

Para a médica veterinária da Embrapa Clima Temperado Lígia Pegoraro, uma das grandes lições que a Covid-19 trouxe foi a necessidade da saúde única: o homem, os animais e a propriedade. A técnica ainda afirma que biosseguridade interna e externa precisam andar de forma transversal. “O transportador de leite, os veterinários, as pessoas que vendem insumos, os produtores rurais e as indústrias devem estar juntos. É uma corrente e se algum elo quebrar põe em risco todo o sistema”, destaca. 

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat-RS), Darlan Palharini, reforça que eventos como esses vêm ao encontro da dedicação das indústrias em manter os processos de higienização alinhados aos produtores rurais. “As indústrias de laticínios, assim como outras empresas que também trabalham com alimentos, sempre estiveram atentas às seguranças necessárias para entregar qualidade aos consumidores. Durante a pandemia, essa preocupação triplicou e as mudanças seguirão na rotina na cadeia leiteira”, enfatiza. 

Também participam do evento os médicos veterinários da Embrapa Gado de Leite Guilherme Nunes de Souza e Rogério Derreti, e a médica veterinária da Embrapa Suínos e Aves Clarissa Vaz. (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)
                    

Sooro Renner Nutrição faz seu primeiro embarque de soro de leite em pó à Ásia
No dia 24 de junho de 2020, a Sooro Renner realizou seu primeiro embarque de produtos lácteos para fora do Mercosul, uma carga de 25 mil quilos de soro de leite em pó, com destino às Filipinas. A carga corresponde a um container de 40 pés. A exportação ocorrerá por meio da planta industrial de Marechal Cândido Rondon/PR e representa um marco para a empresa.

Após a fusão entre as empresas Sooro e Relat, hoje, conhecida como Sooro Renner Nutrição, e oportunizando a junção das duas plantas industriais, logrou-se um aumento exponencial na capacidade de produção, momento em que estrategicamente decidiram ultrapassar as fronteiras do Mercosul, exportando os produtos para outros continentes.

“Hoje especificamente estamos muito felizes e realizados já que operamos a primeira exportação de soro de leite em pó para o continente asiático. É o início de uma nova caminhada e de novos desafios, fruto do trabalho e dedicação desenvolvido por um time de profissionais de primeira linha e do investimento em novas tecnologias”, aponta o Diretor Presidente, William da Silva.

“Apesar do momento ser de incertezas, ocasionado pela pandemia, nós da Sooro Renner, ao longo desses 20 anos de história, continuaremos acreditando em dias melhores, como acreditamos também na recuperação da economia brasileira e mundial”, ressalta Silva.

Ampliação da capacidade produtiva: A Sooro Renner está investindo na ampliação do parque industrial de Marechal Cândido Rondon. A obra tem previsão de conclusão no primeiro semestre de 2021. Com esse investimento a capacidade de produção de soro de leite e seus derivados deve chegar a 230 toneladas por dia, nas duas plantas. “Não paramos por aqui, continuaremos a investir em novas tecnologias e aumentando cada vez mais a capacidade de produção industrial, a fim de atender às novas demandas e oferecer novos produtos ao mercado”, aponta Silva.

A Sooro Renner Nutrição S.A. é uma indústria de ingredientes lácteos e o princípio básico dos processos da Sooro é a concentração de nutrientes do soro de leite, ou seja, a retirada da água do soro de leite transformando-o em pó, gerando os produtos: WPI (Isolado Proteico), WPC (Whey Protein, Permeado e Soro de Leite em Pó. Atualmente, a empresa conta com duas unidades industriais, sendo uma na cidade de Marechal Cândido Rondon, Paraná e outra em Estação, no Rio Grande do Sul. (As informações são da Assessoria de Imprensa)

Apesar da instabilidade causada pela pandemia, setor leiteiro está otimista e movimenta R$ 6 milhões mensais em Ijuí

Após longo período de estiagem que atingiu diversos setores do agronegócio, produtores de leite comemoram a alta nos preços e o retorno da oferta de forrageiras de boa qualidade, o que resulta em retorno aos patamares normais de produção.

Conforme Oldemar Heck Weiller, médico veterinário, assistente técnico regional da Emater de Ijuí, os produtores passaram por um período crítico causado pela falta de chuva que comprometeu as lavouras de milho e reduziu as pastagens.

Apesar desse problema já ter sido superado, ainda há instabilidade no mercado, em função da incerteza em relação à evolução da pandemia.

Darlan Palharini secretário executivo do Sindilat, sindicato da indústria de laticínios e derivados afirma que no início da pandemia houve uma corrida aos supermercados em busca de leite. Em 12 dias foram comercializados o equivalente a média de 2 meses. No entanto, hoje esse mercado já é considerado regulado e o cenário, conforme ele, é positivo e calmo, levando em consideração que a produção está dentro do que é consumido.

Atualmente a cadeia do leite movimenta grande volume financeiro na região de Ijuí. Conforme levantamento da Emater, nos 44 municípios que compõe o regional aproximadamente 8 mil 400 produtores trabalham com vacas de leite. Somente em Ijuí são 480 trabalhadores rurais que possuem 8 mil e 200 animais. 

A produção da região no último ano foi de 790 mil toneladas de leite. Ijuí produz anualmente 60 mil toneladas do alimento. A média diária, conforme Oldemar, é 2 mil 160 toneladas de leite por dia. Ijuí produz 165 mil litros diariamente. (Rádio Progresso)                    

Subvenção vai a R$ 955milhões
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou ontem o cronograma de liberação dos recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural em 2020. Do total de R$ 955 milhões, serão destinados R$ 280 milhões para as culturas de inverno; R$ 535 milhões para soja, milho 1ª safra, arroz, feijão e café; R$ 70 milhões para frutas; R$ 10 milhões para pecuária; R$ 10 milhões para florestas e R$ 50 milhões para as demais culturas. O governo calcula que com o montante previsto será possível contratar 220 mil apólices, cobrir 15 milhões de hectares e segurar R$ 43 bilhões. (Correio do Povo)
 

 

 

 

Porto Alegre, 24 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.247

  Marcas próprias do varejo ganham espaço entre os consumidores

A crise causada pela pandemia fez o brasileiro colocar no carrinho mais arroz, feijão e leite com marcas dos supermercados. Em abril, as vendas desses alimentos de marcas próprias cresceram 32,6%, em base anual, bem acima da taxa de 10% de todo o setor de alimentos, segundo a Nielsen. Até o consumidor de alta renda está comprando esse tipo de produto, mais barato que o vendido por fabricantes tradicionais.

 
O cenário leva a uma projeção de avanço de 9,6% nas vendas das mercadorias de marca própria em 2020, considerando também outras categorias, como os produtos de higiene e limpeza. Essas linhas devem movimentar R$ 8 bilhões até dezembro, conforme projeção da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro).

“O custo-benefício em relação às marcas das fabricantes é um diferencial para o consumidor”, disse Roberto Butragueño, diretor de atendimento do varejo e ecommerce da Nielsen. No mês de abril, os produtos de marca própria movimentaram R$ 420 milhões, 8,1% mais que em igual período de 2019. Desse total, R$ 91 milhões foram provenientes da venda de commodities, ou alimentos básicos. Nessa categoria, o leite liderou o crescimento nas vendas, com avanço de 73,7% no mês, seguido por óleo (65,9%) e farinha de trigo (63,9%).

Segundo Neide Montesano, presidente da Abmapro, os preços dos produtos são até 40% menores quando comparados às demais marcas. “Os fornecedores são pequenos, portanto, têm menos custos com folha de pagamento, marketing, embalagem e logística. A margem deles também é menor”, afirmou.

Pesquisa da consultoria Bain & Company corrobora a busca do consumidor por produtos de menor preço como forma de reduzir gastos na pandemia, sejam itens de marca própria ou versões de marcas tradicionais em embalagens menores.

O movimento deve levar fabricantes a rever seu portfólio. “É melhor ter uma segunda oferta, ter uma canibalização você mesmo, do que a marca ser abandonada”, afirmou Federico Eisner, sócio-diretor da Bain.

Entre os consumidores de baixa renda, 35% a 40% dos entrevistados migraram para produtos de menor preço em maio. O movimento também foi verificado na camada mais abastada da população no mês passado.

Eisner disse que, até abril, cerca de 10% das pessoas com renda maior buscavam marcas mais baratas em segmentos como comida, bebida, e itens de higiene e limpeza. Em maio, essa fatia dobrou ou mais que dobrou em algumas categorias. Em comida embalada, subiu de 9% para 30%. Em cuidados com a casa, o salto foi de 11% para 28%.

Segundo Eisner, o movimento surpreendeu, porque havia uma expectativa de que os mais ricos migrassem para produtos ainda mais caros como forma de indulgência em um momento de privações. “Os mais ricos veem a crise e também fazem a mudança de marcas para gastar menos e poupar, já que têm expectativas ruins sobre o futuro próximo”, afirmou.

Na avaliação do diretor da Nielsen, o brasileiro está confiando mais nas marcas dos supermercados e isso é resultado do trabalho de anos feitos por grandes varejistas como GPA, dono de redes como Pão de Açúcar e Extra, e Carrefour para mostrar os benefícios de seus produtos ao consumidor. O varejo regional e as farmácias também registram crescimento maior nesta área.

Entre os produtos de higiene pessoal, os destaques em marcas próprias são o papel higiênico e sabonete líquido, enquanto na cesta de limpeza, os mais populares são desinfetante, sabão líquido para lavar roupa e detergente. “Os produtos de limpeza são a porta de entrada dos varejistas nas marcas próprias”, disse a presidente da Abmapro. (As informações são do Valor Econômico)

              

Argentina - Preço ao produtor de leite fica estagnado

Segundo o Quadro do Comando Setorial do mês de junho do Ministério da Agricultura da Argentina, o preço de referência pago ao produtor para sólidos foi de AR$ 253,21 e em litros AR$ 18,24, sem variação em relação ao mês anterior, mas 25% maior que o valor pago um ano antes.

Na Província de Santa Fe, o preço de referência sem mantém em AR$ 18,20 o litro (em media R$ 1,38). Em relação à produção, o Quadro mostrou uma produção de 870,5 milhões de litros em maio, com variação interanual de 11% e variação mensal na produção diária de 6%.

Por outro lado, as vendas de leite fluido no mercado interno, de janeiro a abril, aumentaram 9%, as de leite em pó +5%, queijos -1%, e outros produtos +3%. (CampoLitoral - Tradução livre: Terra Viva)

 

Uruguai – O preço pago em maio subiu em pesos e em dólares

Durante o mês de maio, último mês com os dados totais consolidados, o preço médio pago ao produtor de leite alcançou UY$ 12,52 o litro, registrando aumento de 1,9% em comparação com abril.

Em pesos, o registro de maio é maior do ano, e o mínimo de UY$ 11,93 o litro, ocorreu em janeiro.
Em maio de 2019 o preço foi de UY$ 10,51/litro, e em maio de 2018 foi de UY$ 10,37/litro.
Em dólares, o preço ao produtor em maio foi de US$ 0,29/litro, registrando ascenção de 1,8% em relação ao mês anterior.

Em maio de 2019 o preço foi de US$ 0,30/litro e em maio de 2018 US$ 0,34/litro.

Os cálculos foram realizados por técnicos do Instituto Nacional do Leite (Inale), com base nos registros da indústrias de laticínios e entidades sindicais.

O quilo de sólidos foi UY$ 166,20, 0,4% mais que em abril, quando foi pago a UY$ 165,5/quilo.
Em maio de 2019 era UY$ 141,3 e maio de 2018 foi UY$ 141,7/litro.

Em relação à composição do leite cru recebido nas fábricas em maio, os valores médios foram 3,99% de matéria gorda, e 3,54% de proteína. Esses teores, com o câmbio fixado em UY$ 43,43 correspondem aos pagamentos mencionados de UY$ 12,52 ou US$ 0,29 por litro e UY$ 166,16 por quilo de sólidos. (El Observador – Tradução livre: Terra Viva) 

             

Para Fiergs, decreto traz mais perdas
A ampliação de restrições à atividade da indústria determinada por decreto pela Prefeitura de Porto Alegre ontem traz mais perdas ao setor e desorganiza a economia privada, avalia a Federação das Indústrias do RS (Fiergs). A entidade defende o equilíbrio entre cuidados com a saúde e economia. “Essas constantes mudanças nos dão muita insegurança. O industrial não pode programar sua produção e o empregado não sabe quando vai trabalhar, se vai trabalhar ou manter o emprego”, afirmou o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. A justificativa da prefeitura é a velocidade do crescimento exponencial da demanda por leitos de UTI na Capital. A nova medida prevê limitações a partir desta sexta à construção civil eàindústria, com exceção das consideradas essenciais, como saúde e segurança. Segundo pesquisa divulgada pela Fiergs no início do mês, a atividade da indústria gaúcha caiu mais de 13% em abril ante março, quando já havia recuado 10%. “Poderia intensificar as medidas de acesso, controle e segurança para a saúde, mas sem decretar o fechamento total”, sugeriu Petry. (Correio do Povo)
 

Porto Alegre, 23 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.246

Valor de referência do leite tem recuperação no RS

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) indicou recuperação no valor de referência do leite em junho. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (23/06), a projeção para o litro considerando os primeiros dez dias do mês é de R$ 1,3721, 8,63% acima do consolidado de maio (R$ 1,2630).  Responsável pelo estudo, o professor da UPF Marco Antônio Montoya informa que a variação percentual reflete a recuperação de parte da queda atípica registrada em função da pandemia de Covid-19. O levantamento também constata que o valor real do litro (descontada a inflação) em junho de 2020 está acima da média histórica para o período. 

Montoya explica que a projeção dos primeiros dez dias do mês não espelha exatamente o consolidado, mas indica uma tendência a ser seguida. O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo,  frisa a importância do colegiado, que traz mensalmente dados essenciais para nortear o mercado gaúcho e a relação entre produtores e indústrias. “Trabalhamos com projeções que podem ser confirmadas, ou não, ao final de cada período”. 

O vice-presidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, indica que o mercado está incerto, o que vem se refletindo em alta volatilidade nos últimos meses. No entanto, junho vem tendo oscilação menor e uma certa recuperação. “O desempenho do setor lácteo também depende agora da manutenção dos programas sociais do governo e da recuperação da economia”, projeta Guerra. Um fator positivo verificado em 2020, citou o representante das indústrias, é a redução de importações em função da desvalorização cambial, o que torna os produtos importados (leite em pó) pouco competitivos para internar no Brasil.

O Conseleite vem estudando formas de agregar ao estudo dados relacionados ao custo de produção dos produtores. Uma das possibilidades já encaminhadas é a de utilização de informações compiladas pela Emater a campo. A ideia, explica o presidente Rodrigo Rizzo, é que a instituição de assistência técnica passe a integrar o quadro do Conseleite com cadeira fixa. Atualmente, a Emater participa como convidada e no suporte à Câmara Técnica do colegiado. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

              

Mapa tem novo Plano Estratégico 2020-2027
A versão preliminar do Plano Estratégico 2020-2027 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já está disponível no Portal da Agricultura. Desenvolvido de forma coletiva e colaborativa, por meio de oficinas realizadas desde 2019, e estruturado pela Coordenação de Planejamento Estratégico da Assessoria de Gestão Estratégica do Gabinete da Ministra , o Plano Estratégico 2020-2027 traz, de forma sintética, a missão, a visão de futuro, os valores organizacionais e as estratégias do Mapa para o período. 

Iniciada em 2005, a construção e implementação da Gestão Estratégica no Ministério gerou importantes mudanças organizacionais, como a melhoria da participação em missões internacionais e a recente reestruturação visando incorporar novas responsabilidades atribuídas ao Mapa a partir de 2019.

Presente em grande parte desse trabalho de anos, o coordenador-geral da AGE, Paulo Fresneda, destaca: “O desafio agora é consolidar o processo de gestão estratégica no Mapa, de tal forma que seja apropriado cada vez mais pelos seus servidores. Os resultados só serão alcançados se houver o engajamento de todos na execução da estratégia formulada e o comprometimento dos gestores com o monitoramento e a avaliação constantes dos objetivos estratégicos, indicadores de desempenho e projetos estratégicos.”

O Plano Estratégico descreve como o Ministério irá responder, de forma estruturada e sinérgica, aos desafios nos próximos anos.

O adido agrícola no Marrocos, Nilson César Castanheira Guimarães, ressalta os objetivos elencados no plano. "Chama minha atenção o Objetivo Estratégico 02. Em tempos de Covid-19, se soubermos assegurar o abastecimento e acesso da população brasileira a alimentos e outros produtos de qualidade, diversificados e seguros ao consumo em qualquer situação, já preparando inclusive mecanismos de resposta para situações de emergência como a atual, e vou além, o abastecimento e o fluxo comercial com os países importadores de produtos do agro brasileiro, seja em tempos de normalidade e ou situações extremas como a atual, teremos a grande carta na manga que nos transformará num player ainda mais fundamental do que já somos.”

Outro destaque é o componente Mapa Estratégico 2020-2027 que apresenta os Objetivos Estratégicos do Ministério de forma fácil e didática, uma das metas da AGE. O diálogo direto, simples e humanizado permite uma leitura mais leve a todos os servidores e à sociedade brasileira.

Mesmo em meio à atual pandemia de Covid-19, a AGE continua com o trabalho de definição dos indicadores de desempenho, que são a base para avaliar o que está sendo produzido para o alcance da visão de futuro do Mapa. O trabalho, executado lado a lado com todas as Secretarias e organizações coligadas, é constante e visa a integração de todo o Ministério para levar à sociedade os resultados esperados.
>> Conheça a versão preliminar do Plano Estratégico 2020-2027

Dia do Leite reforça a importância nutricional e econômica do alimento

Instituído pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO) em 2001, o Dia Internacional do Leite é comemorado em 24 de junho com o objetivo de mostrar à sociedade a importância dos lácteos para uma alimentação saudável e equilibrada. Considerado um dos mais nobres alimentos, o leite desempenha uma função essencial em todas as fases do desenvolvimento humano. Na infância, ajuda na formação e no desenvolvimento do organismo como fonte de proteína, sais minerais e gordura; na adolescência oferece condições para o crescimento rápido com boa constituição muscular óssea, e endócrina; e para pessoas da terceira idade, é fonte de cálcio, essencial na manutenção da integridade dos ossos. Por todos esses benefícios, figura no calendário anual de datas comemorativas pela organização internacional. 
Além de ser fonte de nutrição para milhares de famílias no mundo, o leite também é matéria-prima principal de vários outros produtos e ingredientes de preparações da culinária, desde queijos, requeijão, creme de leite, natas, iogurtes e muitos outros. 

No Brasil, o leite tem um peso importante na economia brasileira, sendo um dos quatro produtos principais da agropecuária considerando o Valor Bruto da Produção (VBP): a cadeia somou R$ 55,7 bilhões no ano passado. A atividade também é responsável pelo sustento de milhares de família no Brasil e, para muitos, a principal fonte de renda na propriedade. 

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, leite é o produto mais completo que existe e seus derivados são fontes inesgotáveis de energia, cálcio e outros elementos essenciais para a saúde. Além disso, Guerra reforça que o produto tem papel fundamental na economia de milhares de famílias de pequenos produtores gaúchos. “São eles que, lá no início da cadeia produtiva, iniciam o processo de valorização e de qualidade crescente do produto que chega à indústria”, destaca Guerra. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

             

Lactalis Ingredients lança o leite em pó desnatado para leite condensado
De acordo com a Lactalis Ingredients, o consumo de leite evaporado e leite condensado continua aumentando e a expectativa é de que registre, na média anual, crescimento de 2% de 2019 a 2024. Esse maior consumo virá principalmente da América Latina e Oriente Médio, e em menor grau, da Ásia. Usar leite fresco local para produção de derivados de leite nem sempre é fácil, porque a coleta é pequena. Essa é a razão pela qual os processadores usam leite em pó em substituição ao leite fluido. O leite em pó desnatado, HHHS da Lactalis Ingredientes é adequado para a produção do leite condensado ou evaporado porque é estável para a temperatura de esterilização da lata. O pó é feito pela secagem do leite fresco pasteurizado e desnatado, que passa por um tratamento térmico específico. O objetivo desse tratamento térmico é desnaturar a proteína para obter um pó estável a altas temperaturas e prevenir a coagulação da proteína durante a produção do leite condensado. (Dairy Industries – Tradução livre: Terra Viva)
 

 

 

Porto Alegre, 22 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.245

Reforma elevaria ritmo do PIB em 20% 

Estudo indica que aprovação da PEC 45, ainda em 2020, teria efeito positivo indireto em variáveis financeiras como o risco-país
O ritmo de crescimento da economia brasileira pode aumentar até 20,2% em 15 anos caso o Congresso aprove a reforma tributária prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019. A estimativa é do economista Bráulio Borges, da LCA Consultores, que fez um estudo a pedido do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF).

O cálculo identificou efeitos diretos da mudança do sistema tributário sobre o ambiente de negócios, o custo dos investimentos e, sobretudo, a melhoria da produtividade. O estudo considera, ainda, o fim da guerra fiscal entre os Estados.

A aprovação da PEC, ainda em 2020, também teria efeito positivo indireto em variáveis financeiras como o risco-país. Isso levaria o PIB potencial (o ritmo de crescimento que não gera pressões inflacionárias) a crescer em até 33%. A melhora ocorreria por causa de uma percepção mais benigna dos investidores quanto à solvência das contas públicas. A reforma elevaria a arrecadação da União, Estados e municípios, no prazo de 15 anos, em R$ 753 bilhões, um subproduto do avanço mais rápido da economia. (Valor Econômico)


              

Governo determina medidas de prevenção e controle da Covid-19 em frigoríficos e laticínios

Os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Economia (ME) e da Saúde (MS) definiram em portaria conjunta as medidas destinadas à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da Covid-19 nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano e laticínios. O objetivo da norma, que foi elaborada após conversas com o Ministério Público do Trabalho, é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores, o abastecimento alimentar da população e os empregos.

As orientações contidas na Portaria Conjunta Nº 19, publicada na última sexta-feira (19) no Diário Oficial da União, são de observância obrigatória. A fiscalização ficará a cargo do Ministério da Economia. No mês passado, o governo já havia divulgado um manual com recomendações para frigoríficos em razão da pandemia, que será substituído pelas medidas previstas na portaria. 

“Essa portaria vai harmonizar mais as ações para que os frigoríficos possam, neste momento de pandemia, trabalhar com a segurança de seus funcionários e também para que possam continuar a produção, trabalhando de maneira normal e trazendo os alimentos para abastecer o Brasil e o mundo”, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Entre as orientações trazidas pela portaria está a necessidade de acompanhamento de sinais e sintomas de Covid-19 e afastamento imediato por 14 dias dos funcionários que tiverem casos confirmados, suspeitos ou contactantes de confirmados de Covid-19. Os afastados do trabalho só poderão voltar às suas atividades antes de 14 dias de afastamento mediante exame laboratorial descartando o Covid e se estiverem sem sintomas por mais de 72 horas.

No interior das indústrias, o distanciamento entre os funcionários deverá ser de pelo menos 1 metro, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Se essa distância não puder ser implementada, os trabalhadores devem usar máscaras cirúrgicas além dos equipamentos de proteção individual (EPI), e serem instaladas divisórias impermeáveis entre esses funcionários ou fornecidas viseiras plásticas ou óculos de proteção, além de medidas administrativas como escalas de trabalho diferenciadas.

A organização deve promover o trabalho remoto quando possível e adotar medidas para evitar a aglomeração de trabalhadores na entrada e saída do estabelecimento.

As instalações devem dar preferência à ventilação natural e, se o ambiente for climatizado, deve ser evitada a recirculação do ar, com reforço na limpeza e desinfecção dos locais de trabalho.

Todos os trabalhadores devem ser orientados para a necessidade de higienização correta e frequente das mãos, evitando filas com distanciamento inferior a 1 metro, além de aglomerações. Também deverão ser reforçados os cuidados nos refeitórios, nos vestiários e no transporte dos trabalhadores, quando fornecido pelas organizações.

Quando houver a paralisação das atividades em decorrência da Covid-19, devem ser feitas a higienização e desinfecção do local de trabalho, áreas comuns e veículos utilizados antes do retorno das atividades. Também deve haver triagem dos trabalhadores por médico do trabalho, garantindo afastamento dos casos confirmados, suspeitos e contactantes com os confirmados de Covid-19.

Não deverá ser exigida a testagem laboratorial de todos os trabalhadores como condicionante para retomada das atividades. Quando for adotada a testagem de trabalhadores, ela deve ser realizada de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde em relação à indicação, metodologia e interpretação dos resultados.

As empresas devem continuar cumprindo todas as normas de segurança do trabalho já previstas e outras medidas de saúde, higiene e segurança previstas em acordo coletivo. As medidas previstas na portaria poderão ser revistas ou atualizadas a qualquer momento, em razão dos avanços no conhecimento e controle da pandemia.

Apenas nos frigoríficos existem atualmente 3.299 estabelecimentos processadores de carnes e derivados registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), dos quais, 445 comercializam proteína animal. Nas linhas de inspeção dos frigoríficos trabalham 1.948 pessoas. (As informações são do Mapa)

FAO: produção mundial de leite deve crescer em 0,8% em 2020
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, em seu relatório Food Outlook – Biannual Report on Global Food Markets, previu que a produção mundial de leite em 2020 crescerá em 0,8%, alcançando 859 milhões de toneladas, principalmente devido às expectativas de expansão da produção na Ásia e na América do Norte, com aumentos moderados na América Central e no Caribe, Oceania e África, parcialmente compensados por leves declínios previstos na Europa e América do Sul.

A contínua modernização agrícola na China e a mobilização de cooperativas de vilarejos na Índia estão sustentando o crescimento da produção de leite na Ásia. O aumento do rendimento é antecipado nos Estados Unidos, ajudando uma expansão moderada da produção, apesar das restrições nas cadeias de fornecimento de laticínios, enquanto a produção de leite do México está se expandindo devido a uma forte demanda industrial e do consumidor.

Na Austrália, está prevista uma recuperação da produção, enquanto na Nova Zelândia é provável a contração induzida pelo clima seco. Nos 27 países membros da União Europeia (UE) e no Reino Unido, um rebanho leiteiro menor está por trás da leve contração esperada na produção agregada, apesar das melhorias no rendimento.

Em grande parte impulsionado pelas modernas fazendas leiteiras, a produção de leite está aumentando na Rússia. Também se espera uma recuperação da produção na Argentina, enquanto o tempo seco pode restringir o crescimento da produção em outros lugares da América do Sul.

Prevê-se que as exportações mundiais de produtos lácteos em 2020 se contraiam de 4% a 74 milhões de toneladas (em equivalente de leite), o que, se confirmado, marcaria o maior declínio ano a ano em três décadas. Essa perspectiva negativa se baseia em prováveis ??declínios nas importações principalmente da China, Argélia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, atribuíveis aos bloqueios da Covid-19 e medidas físicas de distanciamento, mas também a desacelerações econômicas generalizadas e baixos preços do petróleo.

A demanda global por produtos lácteos deprimida provavelmente reduzirá as exportações da UE e do Reino Unido, Nova Zelândia, Emirados Árabes Unidos e Uruguai, enquanto os embarques dos EUA e Argentina podem aumentar um pouco.

A contração nas importações mundiais de laticínios, juntamente com o acúmulo de suprimentos não vendidos nos principais países exportadores, explicam a fraqueza dos preços dos laticínios observada até agora neste ano. Dadas as dificuldades econômicas que muitos países enfrentam, é provável que a demanda permaneça moderada nos próximos meses, o que provavelmente manteria os preços internacionais de produtos lácteos sob pressão. (As informações são da FAO, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

            

Importações de leite
As importações brasileiras de leite e derivados em maio foram de 48,9 milhões de litros, alta de 4,5% sobre abril. As exportações também aumentaram, em 7%, com volume de 5,6 milhões de litros. Na comparação com maio de 2019, os volumes importados e exportados foram menores, 53,2% e 9,6% respectivamente. O saldo da balança no período de janeiro a maio de 2020 está negativo em 282 milhões de litros equivalentes, representando um déficit de US$118 milhões. Os preços internacionais do leite em pó tiveram pequena recuperação nesse início de junho, com o leite integral a US$2.761 e o desnatado a US$2.530 por tonelada. (Embrapa/CiLeite)
 
 
 

 

 

Porto Alegre, 19 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.244

Mudança na data da Expointer divide opiniões de organizadores

O anúncio do governo estadual de mudança da data da Expointer, uma das principais feiras do calendário do agronegócio, é uma definição diante de cenário marcado por incertezas. Mas não é garantia da realização. Tudo dependerá da situação da covid-19 até lá. A alteração para 26 de setembro a 4 de outubro evita frustração antecipada de quem entende como fundamental que o evento ocorra. Ao optar, neste momento, pela medida, o Piratini evita "queimar a largada".

- Temos a expectativa de que, com esse adiamento de cerca de um mês, tenhamos condições de fazer a feira. Que será menor e especialmente dedicada aos negócios - disse o governador Eduardo Leite, acrescentando que "só acontecerá se houver absoluta segurança" .

Com essa premissa, o secretário da Agricultura, Covatti Filho, diz que o foco, a partir de agora, será para que se possa colocar a feira de pé:

- Em virtude dessa situação peculiar que estamos vivendo, vamos programar uma feira totalmente diferente das anteriores. Logo vamos passar os anúncios de como serão as adaptações que teremos de fazer em razão da pandemia.

O próximo passo será reunir entidades organizadoras da Expointer ao lado da Secretaria da Agricultura. Será apresentado estudo prévio da Saúde, com algumas recomendações (leia mais no quadro abaixo). Ainda sem data marcada, o encontro deverá ser o primeiro desafio do secretário. A data escolhida e os formatos sugeridos não são consenso.

A Federação Brasileira de Associações de Criadores de Raça (Febrac) entende que é importante realizar a exposição, ainda que menor e diferente.

- Para que as associações de criadores possam realizar seus julgamentos, concluir ciclos e não venham a perder uma geração de animais de genética - diz Leonardo Lamachia, presidente da entidade.

A Federação da Agricultura (Farsul) tem uma avaliação diferente. O presidente Gedeão Pereira acha "muito temerária a realização da exposição em ano de pandemia":

- Vemos muita dificuldade na execução, em vários aspectos: do ponto de vista do setor de máquinas, do produtor. Quem vai estar? Vamos selecionar público?

Presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos (Simers), Claudio Bier também avalia como complicada a definição de visitantes e aponta outra dificuldade com a nova data.

- O produtor está começando a plantar. Tentarei convencer o pessoal do setor a vir, mas tem chance de ser uma feira pequena - admite o dirigente.

O formato também preocupa a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), que tem no Pavilhão da Agricultura Familiar importante vitrine.

- Não vemos a feira sem público e sem as agroindústrias - diz o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva. (Zero Hora)
         

CONSELEITE/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Junho de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Maio de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2020.

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 
1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso. 

Períodos de apuração
Mês de Abril/2020: De 06/04/2020 a 03/05/2020
Mês de Maio/2020: De 04/05/2020 a 31/05/2020
Decêndio de Junho/2020: De 01/06/2020 a 14/06/2020 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Governo parcela dívida tributária com desconto de até 70%

O governo anunciou um programa de renegociação de dívidas tributárias para pessoas físicas e empresas. Serão oferecidos descontos de até 70% do valor total dos débitos. A ação é uma resposta à crise financeira provocada pelo novo coronavírus. 

A chamada transação excepcional terá benefícios maiores para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, Santas Casas, instituições de ensino e outras organizações da sociedade civil. Nesses casos, haverá desconto até 100% sobre multas, juros e encargos, respeitando o limite de 70% do valor total da dívida. O cálculo da redução também levará em conta o impacto sofrido com a pandemia do novo coronavírus. 

Para empresas de médio e grande porte, o desconto será de até 100% sobre multas, juros e encargos, limitado a 50% do valor total da dívida. Técnicos do Ministério da Economia rejeitam classificar o programa como um novo Refis. O argumento é de que enquanto o Refis cria parcelamentos com desconto para qualquer contribuinte, a transação anunciada agora vai beneficiar apenas empresas e pessoas em situação financeira frágil.

Para aderir à renegociação, será necessário comprovar capacidade insuficiente de pagamento dos débitos. Para isso, serão analisados indicadores financeiros do candidato ao parcelamento. Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) apontam que mais de 80% dos contribuintes que se beneficiaram dos programas de Refis feitos até agora não estavam em situação de dificuldade e teriam condições de arcar com os tributos sem a concessão de descontos. “Transação tributária não é Refis. O Refis concede benefício linear. A transação tributária tem viés mais refinado, no sentido de avaliar a situação de cada contribuinte”, disse o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano de Alencar. Acesse a Portaria PGFN Nº 14402 DE 16/06/2020 clicando aqui.  (Jornal do Comércio)
            

Consumo de energia recua 10,4%
Os reflexos econômicos em função da pandemia do novo coronavírus atingiram um setor importante no Rio Grande do Sul: o de energia elétrica. A CEEE registrou declínio no consumo em abril (-13%) e em maio (-7,7) deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. No total do período, a queda totalizou 10,4% frente ao bimestre de abril a maio de 2019. Apesar desse cenário, em maio o consumo residencial apresentou elevação de +2,2% ante igual período do ano passado. De acordo com dados da CEEE, em maio o impacto da Covid-19 atingiu principalmente a indústria, que assinalou diminuição de 24,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O comércio também sofreu as consequências das medidas de distanciamento social e a consequente redução de circulação da população, com uma diminuição de 22,4% de consumo no período. Em compensação, por conta da maior presença de trabalhadores em casa, muitos atuando no sistema de teletrabalho, o consumo residencial mostrou elevação de 2,2% frente a 2019. Em maio deste ano a CEEE registrou consumo de 229.439 MW, enquanto no mesmo período de 2019 foram 234.558 MW.  A energia faturada caiu 8,1% em maio deste ano frente igual período do ano passado, quando o total apurado era de 636.105 MW. A CEEE atende 1,7 milhão de clientes em 72 municípios das regiões Sul, Centro-Sul, Campanha e parte da Metropolitana e do Litoral. Responsável pela distribuição de 65% da energia elétrica consumida no Rio Grande do Sul e por atender 2,86 milhões de clientes residenciais, industriais e comerciais em 381 municípios, a RGE, que é distribuidora da CPFL Energia, informou por meio de nota que a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2020 será realizada em agosto. (Correio do Povo)
 
 

 

Porto Alegre, 18 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.243

O que agradou e o que deixou a desejar no Plano Safra 20/21

Prioridade na lista de desejos dos produtores para o Plano Safra 2020/2021, o corte na taxa de juro saiu (veja quadro abaixo). E agradou em parte, já que os percentuais seguem acima da Selic, reduzida ontem a 2,25% em reunião do Copom.

- Juros mais baixos eram o grande anseio da classe de produtores - disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que agradeceu a Paulo Guedes por viabilizar o plano.

Quem acompanha a negociação sabe que nenhum esforço teria tido efeito sem o aval da Economia.

Diante do cenário atual, Antônio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), entende que esse foi o juro possível, apesar do desejo de que ficasse ainda menor:

- Com bancos empoçando liquidez, não adianta atribuir uma taxa que agrada ao ouvido, mas que ninguém acessa. Fica bom no discurso e ruim na prática.

Na mesma linha, Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), classifica como positiva.

- Sabemos do momento, do esforço do governo em função da crise. Se olharmos isso, a queda de juros é positiva.

Presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Paulo Pires avalia que, justamente por ser esse um momento atípico, é importante garantir as condições para investimentos do produtor:

- A redução do juro podia ser maior. Acho que os spreads bancários foram preservados.

Para produtores familiares, no entanto, o plano deixou a desejar. Hoje, haverá um detalhamento das linhas voltadas ao segmento. Houve redução de 0,25 a 0,6 ponto percentual, com as taxas ficando entre 2,75% e 4%.

- Não podemos concordar que os agricultores paguem juros acima da Selic - observa Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).

A unanimidade do Plano Safra é o R$ 1,3 bilhão para subvenção do seguro rural. A ferramenta é vital, sobretudo para Estados como o Rio Grande do Sul, onde o tempo pode impor duras perdas.

Destaques do pacote
1. O volume de recursos disponibilizados cresceu em relação à safra do ano passado (veja abaixo). Do total, serão R$ 154,3 bilhões a juros controlados e R$ 82 bilhões a juros livres. Nos que têm taxa definida, houve redução, que varia entre 0,25 e dois pontos percentuais, conforme o tipo de financiamento e a classificação do produtor (familiar, médio ou empresarial). Há ainda R$ 1,3 bilhão para subvenção do seguro rural e previsão de R$ 2,7 bilhões, a confirmar, para comercialização.

2. Pelo segundo ano consecutivo, o governo ampliou os recursos para subvenção do seguro rural. Projeção apresentada no anúncio do pacote aponta aumento de 30%, e a área segurada, em 40%, em 2021. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, enfatizou a relevância da ferramenta diante da ocorrência de problemas climáticos: - Neste ano, tivemos uma seca monumental. Há 15 anos o Rio Grande do Sul não tinha uma como a de agora.

3. Novas linhas de financiamentos entraram no pacote do Plano Safra 2020/2021. Na área de inovação tecnológica, por exemplo, haverá crédito para a instalação de estações meteorológicas e também para a produção de bioinsumos. Na irrigação, a possibilidade criada é para a aquisição de equipamentos de monitoramento. No escopo da sustentabilidade, que hoje já conta com a linha de Agricultura de Baixo Carbono, será possível financiar a compra de cotas de reserva ambiental. (Zero Hora)

          

Sanidade animal - Estado lança projeto de vigilância
A Secretaria da Agricultura lança hoje, em Jaguarão, o projeto do Programa de Vigilância Sanitária Animal de Fronteira - Sentinela. 

O programa é resultado da ação coletiva entre órgãos e instituições de Defesa, Segurança e Sanidade Agropecuária para intensificar a fiscalização de toda a fronteira no momento em que o Estado se prepara para retirar a vacina contra aftosa. (Correio do Povo)

 
Prorrogação do prazo de pagamento do INSS e PIS/CONFIS 
Foi publicada no Diário Oficial de de 15 de junho de 2020, Portaria Nº245 do Ministério da Economia que prorroga o prazo para o recolhimento de tributos federais, na situação que especifica em decorrência da pandemia relacionada ao Coronavírus. 
Confira a portaria na íntegra: 
PORTARIA Nº 245, DE 15 DE JUNHO DE 2020 
O MINISTRO DE ESTADO DA ECONOMIA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e tendo em vista o disposto na Emenda Constitucional nº 106, de 7 de maio de 2020, no art. 66 da Lei nº 7.450, de 23 de dezembro de 1985, na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, no Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e na Portaria MS nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, resolve: 
Art. 1º As contribuições previdenciárias de que tratam os arts. 22, 22-A e 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, o art. 25 da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994, e os arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, devidas pelas empresas a que se referem o inciso I do caput e o parágrafo único do art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991, e a contribuição de que trata o art. 24 da Lei nº 8.212, de 1991, devida pelo empregador doméstico, relativas à competência maio de 2020, deverão ser pagas no prazo de vencimento das contribuições devidas na competência outubro de 2020. 
Art. 2º Os prazos de recolhimento da Contribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS de que tratam o art. 18 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, o art. 10 da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o art. 11 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, relativas à competência maio de 2020, ficam postergados para o prazo de vencimento dessas contribuições devidas na competência outubro de 2020.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. (Diário Oficial)
 
            
Emater oferece curso de gestão
A Emater/RS-Ascar promove o Curso de Gestão de Agroindústria, em 23, 25 e 30 de junho, em seu canal no YouTube. São 60 vagas para produtores cadastrados no Programa Estadual de Agroindústria Familiar. A capacitação conta com aulas expositivas e monitoria on-line. A inscrição é gratuita e pode ser feita na página abre.ai/gesagro da Internet ou em escritórios municipais da Emater em todo o Estado. (Correio do Povo)
 
 

 

 

Porto Alegre, 17 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.242

Adaptação à nova bandeira

Com sede e unidade produtiva em Carlos Barbosa, na Serra, a Cooperativa Santa Clara precisou fazer nova adequação por estar em região de bandeira vermelha. Diretor administrativo, Alexandre Guerra também falou sobre o assunto. Veja trechos

Qual o impacto da bandeira no funcionamento da unidade de Carlos Barbosa?
Com a mudança para vermelha, precisamos ter 75% das pessoas, não passando disso na questão da lotação. A cada dois metros, uma pessoa com todos os EPIs (equipamentos de proteção individual) é o limite no chão de fábrica.

O que vocês já tinham de cuidados e o que tiveram de adaptar com a pandemia?
Intensificamos o que já fazíamos. Incorporando mais ações para garantir saúde do trabalhador. No lar, no transporte, procuramos dar uma educação ao nosso trabalhador, para que siga todas as orientações. Demos quatro máscaras para cada trabalhador. No ônibus (que leva até a unidade), delimitamos uma pessoa a cada dois assentos. Ao chegar na indústria, fazemos medição de temperatura. No relógio de ponto, tiramos a digital e colocamos cartão, para não encostar o dedo. No refeitório, ampliamos horário de refeição e colocamos divisórias nas mesas. E, dentro das unidades, há troca de uniformes, divisórias e protetores faciais.

Quantos funcionários e qual o volume de leite que a cooperativa recebe por dia?
Nas três unidades, Getúlio Vargas, Casca e Carlos Barbosa, são 800 mil litros, em média. Em Carlos Barbosa, são 400 trabalhadores (só em laticínios). Em toda a cooperativa, são 2,2 mil. (Zero Hora)
           

IMUNODAY avança nas vendas e chega no varejo on-line

Marca amplia os canais de vendas para facilitar a vida de quem quer estar em dia com a imunidade e prefere fazer as compras de forma prática.

O IMUNODAY é a novidade da Divisão científica Piracanjuba Health & Nutrition e chegou ao mercado no mês passado. Desde então, o produto tem tido grande procura pelos consumidores. As vendas, que antes estavam restritas às farmácias, foram estendidas ao varejo alimentar no fim de maio. E agora, o IMUNODAY também está disponível no e-commerce. O produto pode ser encontrado no site da Americanas, Shoptime e Submarino, com exclusividade e, na próxima segunda-feira, 22, será comercializado também via Magalu, Amazon e Mercado Livre.
 
Os consumidores que navegarem nessas plataformas encontrarão os três sabores do IMUNODAY para colocarem no carrinho, fecharem as compras e receberem o produto em casa, com toda a praticidade e segurança que as compras online oferecem.
Nas farmácias, além das lojas físicas, o produto está disponível no site da Drogaria Araújo e no da Pague Menos. São muitas opções de locais para assegurar sua dose diária de imunidade!

Saiba mais
O IMUNODAY, com 250mg de beta-glucana de levedura é vendido nas embalagens de 200ml da Tetra Pak com tampa de rosca, nos sabores: original (0% de gordura), chocolate com aveia e chocolate zero lactose, todos eles fonte de fibras e sem glúten.
Para chegar ao ingrediente ideal para o IMUNODAY, a Piracanjuba Health & Nutrition recorreu a pesquisas e testes, que apontam o ingrediente beta-glucana de levedura como reforço para o sistema imunológico, em especial em infecções e sintomas relacionados ao trato respiratório, em todas as idades, praticantes de atividades físicas ou não.

Sobre a Piracanjuba
No mercado há 64 anos e na posição de 9ª marca mais escolhida nos lares de todo o país, a Piracanjuba preza pela qualidade, tradição, inovação e, sobretudo, por oferecer produtos que encantam os consumidores. A história apresenta marcos importantes, com lançamentos de produtos nutritivos e inovadores, como é o caso da Linha Zero Lactose para pessoas com intolerância à lactose e do Piracanjuba Whey, com 23g de proteínas e 5g de BCAA. Tudo isso para atender os desejos e necessidades dos consumidores, que não ABRE mão de sabor e praticidade.

Sobre o Laticínios Bela Vista
O Laticínios Bela Vista possui um portfólio com mais de 160 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e MeuBom. Mantém duas grandes parcerias: Blue Diamond (cooperativa americana produtora de amêndoas), para produção e comercialização da marca Almond Breeze, e Nestlé, para a produção e comercialização das marcas Ninho e Molico, na modalidade leite UHT.

A empresa reúne sete Unidades Fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS). Juntas, as fábricas têm capacidade de processar mais de 6 milhões de litros de leite por dia, mobilizando quase 3,2 mil colaboradores diretos.

A companhia é uma das quatro maiores indústrias de laticínios do Brasil e tem recebido importantes premiações e reconhecimentos nacionais e internacionais relacionados à marca Piracanjuba, aos produtos e à gestão, fundamentada em ideologia consistente e valores autêntico, como ética, valorização das pessoas e responsabilidade socioambiental. (Piracanjuba)

 
 
 

Locadora deve pagar IPVA no Estado onde o veículo circula 

Decisão do STF ainda responsabiliza locatário por eventual inadimplência

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as locadoras de veículos têm de pagar IPVA ao Estado onde o carro circula, ou seja, no local em que o veículo é colocado à disposição do cliente. No julgamento, os ministros ainda definiram que o locatário pode ser responsabilizado pelo imposto caso a locadora deixe de pagá-lo.  

A decisão deve impactar as finanças e também a forma como as empresas do setor se organizam. Especialistas afirmam que as locadoras costumam registrar toda a frota em um só Estado — geralmente aquele em que está localizada a sede da companhia. 

Dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla) mostram que 67% dos veículos disponibilizados para aluguel no país têm placas de Minas Gerais. Esse é o Estado onde fica a sede da Localiza, uma das maiores empresas do ramo na América do Sul, com mais de 200 mil carros.  

O Estado oferece alíquota reduzida de IPVA para as locadoras cadastradas na Secretaria de Fazenda. Rio de Janeiro e São Paulo também concedem benefício semelhante.  
Os ministros do STF decidiram sobre o pagamento do IPVA ao julgar uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) apresentada pela Confederação Nacional do Comércio contra uma lei de Santa Catarina, a nº 15.242, de 2010, que determina o pagamento do imposto mesmo se a empresa estiver domiciliada em outro Estado e os veículos estiverem lá registrados. 
“Não é a utilização do veículo que faz surgir a obrigação de pagar IPVA, mas sim a relação de propriedade que o dono mantém com o bem. O registro e o licenciamento são o sinal distintivo a justificar o tributo”, argumentou contra a lei, em vídeo disponibilizado aos ministros, o advogado Daniel Monteiro Peixoto, representante da Associação Nacional das Empresas de Aluguel de Veículos (Anav), que atuou como parte interessada no processo. 
A legislação de Santa Catarina também estabelece que os locatários poderão ser responsabilizados de forma solidária ao pagamento. A lei trata de sócios, diretores, gerentes ou administradores de empresas e também de gestores públicos responsáveis pelos contrato de locação do veículo com a locadora que não recolheu o imposto ao Estado. 
Toffoli vetou a possibilidade de responsabilizar o agente público que responde pela contratação do veículo e limitou a responsabilização do setor privado. Segundo o ministro, a empresa poderá ser chamada a pagar a dívida. Ele levou em conta o fato de que a companhia pode exigir da locadora de veículos a comprovação de que houve o pagamento do IPVA.  
Sobre quem deve cobrar o imposto — se o Estado onde está a sede da locadora ou aquele em que o veículo é disponibilizado ao cliente —, Dias Toffoli considera que a permissão para que toda a frota seja registrada em um único lugar cria um cenário favorável para que alguns Estados cobrem o imposto de maneira menos onerosa. “Isso estimula concentrações injustas de licenciamentos de automóveis nessas unidades federadas”, afirma em seu voto. 
Toffoli diz ainda, no voto, que a Constituição Federal “admite que o legislador eleja como fato gerador do IPVA não só a propriedade, mas também o domínio útil e a posse a qualquer título de veículo automotor”.  
Esse entendimento foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Luiz Fux. Divergiram Marco Aurélio, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.  
Para o advogado Luiz Massara, do escritório Massara Pieroni Advogados, que tem como clientes locadoras de veículos, a decisão “é um desastre” para o setor, especialmente do ponto de vista operacional. “Não é compatível com a dinâmica do mercado”, diz.  
O advogado afirma que nem sempre se consegue antever onde o veículo será utilizado. Seja porque o cliente pode retirá-lo em um Estado e entregar em outro, por exemplo, ou porque quando uma empresa contrata a locação, é ela quem define onde o carro será utilizado.  
O mercado foi pego de surpresa por essa decisão. O Supremo Tribunal Federal começou a julgar, em 2018, o RE 1016605, que também trata do tema. O ministros decidiriam, em repercussão geral, se o IPVA deveria ser pago ao Estado de domicílio da empresa ou ao Estado onde o veículo foi registrado.
Naquela ocasião, cinco ministros votaram pelo local do registro do veículo e três se posicionaram pelo domicílio da locadora. O julgamento só não se encerrou em 2018 porque Dias Toffoli pediu vista. Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes não estavam presentes na sessão de 2018. 
Esse julgamento — e o placar, até então — dava esperanças ao setor de que o desfecho seria favorável às empresas. O RE 1016605 também foi levado à votação no plenário virtual, de forma concomitante à ADI, e o placar virou. 
O ministro Luiz Fux, que em 2018 havia se posicionado pelo Estado de registro do veículo, mudou o voto. O placar final foi o mesmo da ADI. (Valor Econômico)
            
Definição da Expointer até amanhã
Depois de longa reunião com o governador Eduardo Leite, o secretário da Agricultura, Covatti Filho, espera ter até amanhã uma resposta sobre a data da Expointer. O assunto foi uma das pautas do encontro, em que também se falou sobre medidas relacionadas à estiagem. O secretário conta que apresentou o mapeamento de todos os processos envolvidos na organização da feira e também uma avaliação preliminar repassada pela pasta da Saúde. Um dos apontamentos é o de que a realização do evento em setembro tende a reduzir riscos pelas condições de tempo. - Ele levará essas informações para serem analisadas no gabinete de crise da covid-19 - diz Covatti Filho. O retorno esperado é com relação à data: se permanece a programada, de 29 de agosto a 6 de setembro, ou se opta por uma transferência, mantendo o mês de setembro como limite. (Zero Hora)