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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.476


Leite do RS mira futuro sustentável e inovador 

Setor do leite gaúcho debate sustentabilidade e inovação na Expointer 2025, com foco em novas políticas e potencial da cadeia.

A produção de leite no Rio Grande do Sul esteve no centro do debate sobre sustentabilidade e inovação durante a 48ª Expointer, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
O painel “Caminhos para o leite – sustentabilidade e inovação”, promovido pelo Centro de Inteligência do Agro da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT), reuniu representantes da indústria, entidades e produtores rurais no último sábado (6).

A mediação foi conduzida por Denize da Rosa, CEO da Suport D Leite, que ressaltou a importância do tema diante da implementação de novas políticas públicas estaduais voltadas para a cadeia leiteira.

Segundo ela, o objetivo foi abrir espaço para que diferentes atores do setor – indústrias, técnicos, comunidades e produtores – apresentassem suas visões.

“Esse debate, no momento de novas políticas públicas, vem para fomentar e divulgar o quanto a produção de leite apresenta um grande potencial para o nosso Estado”, afirmou.

Sustentabilidade como requisito indispensável

Para Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat, a sustentabilidade é hoje um requisito essencial para a competitividade do leite gaúcho.

Ele destacou que a gestão responsável de recursos naturais, como água e energia, e a adoção de boas práticas na indústria e no campo já não são diferenciais, mas exigências do mercado. “Até pouco tempo, o soro era um grande passivo para o setor.

Hoje, o whey protein é altamente valorizado no consumo e um exemplo de aproveitamento tecnológico dentro da cadeia láctea”, lembrou Palharini.

A discussão também evidenciou que a sustentabilidade não se limita à produção ambientalmente correta, mas se conecta diretamente com a saúde do consumidor.

A produtora Jéssica Fachini enfatizou que práticas equilibradas entre economia, sociedade e meio ambiente resultam em um leite mais saudável, que contribui para benefícios como recuperação muscular, fortalecimento ósseo e melhor qualidade de vida.

“Nossa cartada é mostrar que sustentabilidade no campo é saúde na mesa”, destacou.

União do setor e valorização do leite
Outro ponto central do painel foi a necessidade de união entre entidades, produtores e indústria para fortalecer o setor.

Marcos Tang, presidente da Febrac, defendeu que o caminho para uma produção sólida começa pelo bem-estar animal e pelo compromisso com práticas sustentáveis. “A cadeia do leite é uma das que mais incorporam tecnologia, mas seguimos sendo alvo de críticas.

Está na hora de mostrarmos a qualidade e o valor do nosso produto, que é um dos alimentos mais completos depois do leite materno”, afirmou.

Tang também ressaltou que, embora os produtores já tenham avançado em aspectos técnicos e de manejo, ainda há um longo percurso em termos de marketing e comunicação. “O produtor já entendeu a importância da sustentabilidade, mas precisamos comunicar melhor essa evolução para a sociedade”, completou.

Inovação como motor de transformação
A presença de indústrias, técnicos e representantes do governo reforçou que a inovação é uma das principais aliadas do setor.

Desde tecnologias de reaproveitamento de subprodutos até ferramentas digitais de gestão e monitoramento da produção, o avanço tecnológico tem permitido aumentar a eficiência, reduzir impactos ambientais e abrir novos mercados para produtos derivados do leite.

O evento na Expointer mostrou que há um consenso crescente sobre a necessidade de alinhar as demandas de mercado – cada vez mais orientadas para produtos sustentáveis e saudáveis – com a realidade do produtor gaúcho, que enfrenta desafios como custos elevados, volatilidade de preços e necessidade de modernização constante.

Um futuro promissor, mas desafiador
A conclusão do painel reforçou que a cadeia láctea do Rio Grande do Sul possui um enorme potencial para se tornar referência em sustentabilidade e inovação no Brasil, mas que isso exige continuidade de políticas públicas, incentivo à pesquisa, capacitação de produtores e estratégias de comunicação mais assertivas para reconectar o setor com o consumidor.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Correio do Povo


Projeto piloto de rastreabilidade bovina foi lançado durante a Expointer

Cinquenta propriedades voluntárias vão participar do projeto piloto de rastreabilidade individual de bovinos no Rio Grande do Sul, coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O lançamento do projeto foi realizado nesta quinta-feira (4/9), na Casa do Fundesa, durante a Expointer.“A Seapi vem discutindo sobre rastreabilidade desde 2017, começando pelo gado leiteiro nas propriedades certificadas como livres de brucelose. Hoje temos 100 mil bovinos de leite identificados. A partir dessa experiência, entendemos que o estado já tem uma base de rastreamento que atende aos padrões do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB)”, destacou o secretário adjunto Marcio Madalena.

A rastreabilidade individual de bovinos é um sistema que permite acompanhar todo o ciclo da vida de um animal, dados sobre sua raça, sexo, idade, vacinas, até o abate. Esses dados ficam em um sistema, vinculado a um número de registro de um brinco ou bóton. A partir de um grupo técnico formado por representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), órgãos estaduais de sanidade agropecuária e associações de produtores, foi elaborado um plano estratégico para a implementação do PNIB, com escalonamento de prazos que totalizam oito anos de adaptação até a adoção obrigatória, a partir de 2033. "O Rio Grande do Sul tem interesse em ser pioneiro na implementação da rastreabilidade", frisou o secretário.

As 50 propriedades que irão participar do projeto piloto estão sendo selecionadas pelo Serviço Veterinário Oficial. “Mais de 20 municípios terão propriedades selecionadas, com diferentes características de produção, como leite e corte, ciclo completo, recria e terminação. Será com uma distribuição geográfica que nos dá um retrato fidedigno da agropecuária gaúcha”, complementou Madalena.

O secretário contou que o projeto foi desenhado a partir de conversas com uma grande diversidade de entidades e produtores, ligados aos segmentos de corte e leite, com estrutura empresarial ou familiar. O cronograma prevê que o projeto piloto seja concluído na Fenasul/Expoleite 2026 para, a partir dele, ser elaborado o Plano Estadual de Rastreabilidade Individual. “Praticamente todos os segmentos da pecuária no Rio Grande do Sul estiveram na discussão para a elaboração do projeto. O nosso plano estadual será escrito de dentro da porteira, para depois ir ao gabinete da secretaria”, frisou.

Três propriedades gaúchas já utilizam o sistema de rastreabilidade individual bovina e estão com animais participando da feira. “A Expointer já está com animais identificados de acordo com o que prevê o PNIB. Não poderíamos apresentar o projeto piloto só na projeção, queríamos apresentar já em funcionamento”, concluiu Madalena.

Durante o evento, também foi assinado um protocolo de intenções entre a Seapi e a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) para integração entre os sistemas de defesa agropecuária dos dois estados. (Expointer)

 

Países da América do Sul puxam alta global do leite em 2025
 
Dados referentes ao primeiro semestre de 2025, trouxeram uma perspectiva diferente sobre o crescimento da produção de leite no mundo: países do Cone Sul puxando a alta. Confira a análise detalhada!
 
Dados compilados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), referentes ao primeiro semestre de 2025, trouxeram uma perspectiva diferente sobre o crescimento da produção de leite no mundo.
 
Na média dos países e blocos considerados, a produção cresceu 1,05%, com algumas regiões (União Europeia, China e Austrália) tendo redução de produção e, outras apresentando forte aumento. 
 
O que chama a atenção é que os 4 países que mais cresceram percentualmente foram Argentina (11,7%), Chile (8,0%), Brasil (6,2%) e Uruguai (5,7%). Todos do Cone Sul!
 
Tabela 1. Países/Blocos com suas variações interanuais acumuladas. Período de janeiro a junho de 2025.
 

 
Ainda que seja importante ressalvar que a Argentina venha de uma base muito fraca, em função da forte queda de 12,5% frente ao primeiro semestre de 2023, e que o Uruguai também vinha de queda, embora menor (4,0% frente ao primeiro semestre de 2023), a liderança no crescimento mundial nos países do Cone Sul não deixa de ser relevante, representando uma reversão de uma tendência de mais de uma década.
 
Após atingir 10,3% da produção mundial de leite bovino em 2011, a América do Sul foi perdendo gradativamente participação, alcançando 8,67% em 2023, segundo a FAO.
 
Gráfico 1. Dados da participação sobre o total produzido.
 

 
Fonte: FAO STATS
 
Embora cada país tenha a sua história, como por exemplo o processo de aumento de escala e profissionalização que começa a dar um contorno diferente para o leite brasileiro, influenciando a oferta, é interessante pensarmos sobre o porquê o esquecido Cone Sul ter liderado o crescimento global.
 
Minha visão é que esse crescimento inusitado reside em uma combinação de fatores:
 
Clima: parte da região tem sofrido hora com duras secas, hora com fortes chuvas. O primeiro semestre de 2025 foi tranquilo nesse sentido.
 
Ambiente institucional: principalmente na Argentina, o ambiente político-econômico parece mais calmo, o que favoreceu a retomada dos investimentos que haviam sido adiados em 2024
 
Relação de troca: o primeiro semestre foi bom para o produtor de leite praticamente no mundo todo. Aí entra o quarto fator que explica o maior crescimento no nosso continente:
 
Condições propícias para o crescimento: menor regulamentação ambiental, se comparado a Europa e Nova Zelândia; sem restrição hídrica crônica, se comparado a Austrália e parte dos EUA; disponibilidade farta de insumos (milho, soja, etc)
 
A reflexão que se pode fazer é que o Cone Sul foi um carro que andou por mais de 10 anos com o freio de mão puxado. Ora era o clima, ora era a economia, ora era a política que fazia o papel de freio (às vezes, alguns desses fatores juntos). De repente, nesse primeiro semestre de 2025, os astros se alinharam positivamente para o leite na região.
 
As projeções feitas por agências e bancos especializados não apontam que a região vai mudar seu papel como fornecedora de leite no mundo. Porém, essas projeções muitas vezes olham com os olhos do passado, porque prever uma mudança de curso é sempre arriscado.
 
Esse primeiro semestre de 2025 nos dá uma pista de que as coisas podem ser diferentes no futuro, desde que tenhamos as condições adequadas. Nesse cenário, podemos crescer mais do que os outros e ser, enfim, mais protagonistas no mercado externo.
 
Oferta e demanda: o desafio
Percentagens são sempre uma maneira de ver os números. Além da questão do comparativo já comentado acima, em que uma base histórica muito fraca pode distorcer a análise, é sempre interessante ver também o aumento absoluto, que sofre influência do volume total produzido.
 
Nesse sentido, apesar do aumento de 11,7% verificado pela Argentina, o acréscimo de cerca de 500 milhões de litros no semestre é próximo ao dos Estados Unidos, que cresceu somente 1%, mas a partir de um volume muito maior.
 
Mais interessante ainda: o maior aumento em volume no mundo no primeiro semestre foi justamente do...Brasil (considerando os dados do IBGE), com acréscimo de mais de 760 milhões de litros.
 
Esse acréscimo no Brasil (aliado ao leite importado que ainda entra em bons volumes) é o que está desafiando os preços nesse momento. Não é que a demanda esteja fraca; é que a quantidade ofertada aumentou muito. Em valores per capita, a disponibilidade aparente em 2025 deve chegar a 178 kg/pessoa/ano, contra 175 kg no ano passado, segundo apontam as estimativas da MilkPoint Ventures e está ilustrado no gráfico abaixo.
 
Gráfico 2. Disponibilidade per capita de leite.
 

 
Aliás, vale notar que é o terceiro ano de recuperação no consumo aparente, representando uma mudança de cenário se compararmos ao período entre 2011 e 2022, quando ficamos andando de lado, oscilando em torno dos 165-172 kg. Como nós raramente olhamos sob uma perspectiva menos de momento, acabamos não vendo isso. Mas é uma mudança, uma retomada.
 
O desafio é evidente: mantendo-se esse crescimento na oferta, como continuar dando vazão a esse volume no mercado interno?
 
Há espaço para ocupar parte do leite importado no ano que vem, caso os preços externos/câmbio e sua relação com os preços internos resulte em cenário desfavorável para importar. Mas mesmo que isso ocorra, e depois?
 
Substituídas as importações, haverá um limite para o crescimento da oferta interna se o nosso campo de batalha for o mercado interno. É pouco realista apostar em crescimento de consumo total da ordem de 3-4% ao ano, continuamente. O caminho, então, será a exportação.
 
Mas, a dúvida que fica é: conseguiremos jogar esse jogo?


Jogo Rápido
Ideias em campo: o presente e o futuro do agro
Porto Alegre se transformará em um Campo das Ideias nesta quinta-feira. É quando ocorre o evento que leva esse nome, organizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), e que se propõe a ser uma grande arena de troca de ideias sobre temas relevantes para o agro. – Fizemos uma Expointer legal, com muito público mas o volume de negócios demonstra a fragilidade da situação. A gente sabe que o agro tem um papel estratégico nessa situação – pondera o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli. Diante dos desafios que se colocam, a ideia foi trazer analistas, pensadores, formadores de opinião, com histórico de políticas públicas no Brasil, experiências para “nos fazer repensar, refletir em outras óticas”, acrescenta o superintendente. O evento começa às 9h, no Teatro do Bourbon Country, e terá quatro painéis que vão da importância do agro ao cenário político e geopolítico. O seminário Campo das Ideias é aberto ao público e as inscrições são gratuitas. A programação completa pode ser conferida no site do Senar-RS. (Zero Hora)


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Porto Alegre, 08 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.475


Governo anuncia R$ 12 bilhões para produtores do RS

Comunicação em redes sociais do Presidente ocorreu instantes antes da abertura oficial da Expointer

Um pouco antes da abertura da Expointer, evento com a presença de autoridades, incluindo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e também protestos de produtores, o presidente Luiz Inácio da Silva anunciou, por meio de suas redes sociais, a liberação de R$ 12 bilhões em apoio aos agricultores gaúchos atingidos pelos problemas climáticos.

“Assinei medida provisória para renegociação de dívidas em condições especiais. Serão R$ 12 bilhões do Tesouro para serem operados pelos bancos”, disse Lula, que lembrou que nos últimos anos as “secas prolongadas e enchentes provocaram grandes perdas aos nossos agricultores, gerando dívidas e travando o crédito para a preparação da nova safra”. “Por isso tomei a decisão de darmos mais uma garantia ao setor”, acrescentou.

“A medida vale para pequenos, médios e grandes produtores com duas grandes perdas nos últimos cinco anos em municípios que decretaram calamidade duas vezes neste período”, lembrou.

Conforme Lula, a expectativa é beneficiar 100 mil agricultores, 96% destes pequenos e médios agricultores inadimplentes ou com dívidas prorrogadas. O pequeno terá acesso a até R$ 250 mil de crédito com taxa de 6% ao ano.

Já o médio, a até R$ 1,5 milhão com taxa de até 8%, enquanto os demais, até R$ 3 milhões e taxas de até 10% ao ano. “Não é perdão, é renegociação responsável. Os produtores terão até nove anos para pagar, com um ano de carência pra se reorganizar e poder plantar”, lembrou. E ainda mencionou terem sido criados estímulos para que os bancos renegociem dívidas com recursos próprios. (Correio do Povo)


Balança comercial de lácteos: importações voltam a apresentar queda

Agosto registra redução de importações de lácteos, exportações estáveis e movimentações fortes em queijos, soro e leite em pó integral.

O saldo da balança comercial de lácteos apresentou menores importações no mês de agosto. Com um total de -155,4 milhões de litros em equivalente-leite, agosto apresentou um avanço de 10,97 milhões de litros em relação ao mês anterior, saldo menor do que em julho, já que as importações voltaram a apresentar queda, mas as exportações apresentaram certa estabilidade.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em agosto, as exportações de lácteos somaram 5,16 milhões de litros em equivalente-leite, sendo esse um leve recuo de 4,8% em relação a julho, no comparativo com agosto do ano anterior houve um aumento de 26,8%. 

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações totalizaram 160,5 milhões de litros em equivalente-leite em agosto, com recuo mensal de 6,53%. Em relação a agosto de 2024, a redução foi de 12,15%, como ilustra o Gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 
Em agosto, as exportações de lácteos apresentaram um cenário diversificado entre os principais produtos. O leite UHT foi um produto que apresentou grande retração nas exportações (-63%), assim como o leite em pó integral (-67%). O leite condensado também foi outro produto que apresentou forte queda de -31%, e a manteiga também (-26%). Já os queijos totais apresentaram alta de 45% em relação ao mês passado, o soro de leite também apresentou maior exportação, com alta de 25%. 

Em relação às principais categorias de lácteos importados apresentaram movimentações predominantemente negativas. O leite em pó desnatado registrou a queda mais expressiva, com redução de 26% nas importações em relação ao mês anterior, o soro de leite também apresentou retração de 14%. Por outro lado, algumas exceções pontuais foram observadas: os queijos tiveram um discreto aumento de 7% nas importações.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em agosto de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em julho de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?
A competitividade dos preços dos produtos importados tem se mostrado mais atrativa em comparação aos nacionais. No entanto, o aumento da captação de leite no Brasil já pressiona as cotações internas e pode influenciar a dinâmica do mercado, diminuindo a competitividade.

Além disso, os preços do leite em pó no mercado internacional, como no GDT, permanecem em níveis historicamente elevados, mesmo com a queda vista no último leilão. Outro ponto de atenção é o Leilão da ONIL - Argélia, que demandou grandes quantidades de leite em pó integral e desnatado, e pode impactar na disponibilidade destes produtos para os próximos meses, e portanto, no saldo da balança.

Por outro lado, a volatilidade cambial deve ser acompanhada de perto, pois pode impactar diretamente a competitividade dos importados. (Milkpoint)

Expointer 2025 encerra com marca de 1 milhão de visitantes

Crescimento no público que visitou a feira representa um crescimento de 22,82% frente a 2023, maior recorde até então

Quando fecharam os portões da 48ª Expointer, às 20h deste domingo (7/9), a feira conquistou mais uma marca inédita. Foram 1.010.020 de visitantes durante os noves dias do evento, que aconteceu no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Só neste domingo, foram 147.812 mil visitantes, batendo o público de sábado (6/9), quando havia sido registrado o marco de 143.806 pessoas, marcando o novo recorde diário. 

O maior recorde de público havia sido em 2023, com 822.340 mil visitantes. O resultado representa um crescimento de 22,82% frente a 2023. Em relação ao ano passado, quando foram registrados 662 mil pessoas, o aumento de visitante é de 52,6%.

“O Parque esteve lotado durante todos os dias, então já prevíamos alcançar a marca de 1 milhão de pessoas. É uma feira que se consolida a cada ano e encanta os visitantes, trazendo cada vez mais público. Nossa meta para a próxima edição é melhorar cada vez mais a experiência do cidadão no Parque, disponibilizando melhor infraestrutura e serviços”, afirmou o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum.

Durante a tarde, houve a divulgação do balanço geral dos números da Expointer, com destaque para a venda da agricultura familiar que também teve números recordes.A 49ª Expointer acontecerá de 29 de agosto a 6 de setembro de 2026. (Expointer)


Jogo Rápido
Sindilat na Expointer 2025 – 06/09/2025
No sábado (6), o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) encerrou sua participação na 48ª Expointer contribuindo para o debate sobre o futuro da cadeia produtiva. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participou como debatedor no painel “Caminhos para o Leite – Sustentabilidade e Inovação”, promovido pela Suport D Leite no estande do Governo do Estado, no Pavilhão Internacional do Parque Assis Brasil, em Esteio. O encontro reuniu lideranças do setor para discutir estratégias que garantam eficiência, competitividade e responsabilidade socioambiental na produção de leite. Durante os 25 minutos de debate, foram apresentadas diferentes visões sobre os caminhos para tornar a cadeia mais sustentável e inovadora, além de reflexões finais que reforçaram a importância da união entre indústria, produtores e poder público. Com essa participação, o Sindilat concluiu uma semana de intensa agenda de atividades, reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade, a valorização dos produtores e a defesa do setor lácteo gaúcho. (Sindilat)


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Porto Alegre, 05 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.474


Governo do RS e Lactalis Brasil anunciam investimento de R$ 400 milhões no Rio Grande do Sul

O governador do Estado, Eduardo Leite, e a Lactalis anunciaram, nesta quinta-feira (4/9), na 48ª Expointer, um investimento de R$400 milhões em cinco unidades industriais no Rio Grande do Sul.

Os recursos serão aportados ao longo dos próximos três anos (até 2028) na ampliação da produção de queijos prato e mussarela, whey protein, manteiga, requeijão e composto lácteo em Ijuí, Teutônia, Santa Rosa e Três de Maio, além da expansão de dois centros de distribuição em Ijuí e Teutônia.

“Este anúncio da Lactalis é uma demonstração clara de confiança no Rio Grande do Sul e na força do nosso agro. Com esse novo aporte, chegamos à marca histórica de R$1 bilhão investido aqui. Isso significa mais oportunidades para milhares de famílias produtoras, mais empregos no campo e na cidade e a consolidação do RS como protagonista no setor lácteo no Brasil”, disse o governador Eduardo Leite.

A expectativa é elevar a produção no Estado de 304 mil toneladas (base 2024) para 453 mil toneladas em 2028. Para isso, a captação no campo precisará sair dos atuais 900 milhões de litros/ano para 1,3 bilhão de litros/ano. “Para se ter uma ideia, isso significa aumentar em 10% a produção do Rio Grande do Sul apenas para atender à demanda da Lactalis”, salientou o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Júnior.

O executivo reuniu-se no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e também contou  com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, e do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

Ampliação

Entre as linhas de produção a serem incrementadas no RS, haverá ganho substancial no processamento de queijos. Ao fim de 2028, a empresa pretende produzir 100 mil toneladas de queijos/ano no Rio Grande do Sul, 70% mais do que as atuais 58 mil toneladas.

Líder mundial em captação de leite, a Lactalis comemora, nesta Expointer, 10 anos de Brasil. Neste período, o Rio Grande do Sul recebeu R$600 milhões em investimentos, que, somados aos R$400 milhões anunciados, atingem a marca de R$1 bilhão aportados. Atualmente, a Lactalis tem 23 fábricas, 49 centros logísticos e 14 mil empregados em oito estados do Brasil. Ao ano, a empresa de origem francesa capta 2,8 bilhões de litros de leite no Brasil.

O CEO da Lactalis Brasil destaca que o projeto faz parte dos planos da empresa para ampliar sua presença no mercado brasileiro. “Nos seus dez anos de atuação, a Lactalis reafirma seu compromisso com o Rio Grande do Sul e com os produtores de leite. A marca de R$1 bilhão investido confirma esse comprometimento, que começa no campo e se solidifica em um setor industrial forte capaz de lastrear o crescimento que projetamos para o setor lácteo no Rio Grande do Sul e no Brasil”.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, o anúncio de hoje reafirma a confiança do setor privado no potencial produtivo gaúcho. “Este investimento fortalece nossa cadeia leiteira, que é uma das mais importantes para a nossa economia e para milhares de famílias que vivem do agro. Este aporte contribuirá diretamente para a geração de empregos - no campo e na cidade - e para a valorização da produção local, além de demonstrar o compromisso do governo do RS de tornar o Estado um local onde as empresas queiram ampliar seus negócios. Por meio do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, continuaremos criando um ambiente de negócios com segurança jurídica, diálogo permanente e políticas públicas que estimulem o crescimento”, disse. (Jardine comunicação)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1883 de 04 de setembro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

As temperaturas amenas, a radiação solar e a redução de chuvas proporcionam bem estar, manutenção da produtividade e da sanidade dos animais, além do bom aproveitamento das pastagens. A oferta de volumosos de qualidade permitiu diminuir o uso de alimentos concentrados na maioria das regiões. A higienização e o manejo dos rebanhos foram facilitados pela ausência de excesso de umidade. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o período sem chuvas facilitou os trabalhos de higiene da ordenha e permitiu o uso mais racional das reservas de feno e silagem. Houve aumento da produção em função das condições climáticas.

Na de Erechim, os rebanhos apresentaram apropriado estado sanitário e nutricional. A oferta de pastagens de inverno diminuiu a dependência de volumosos conservados e concentrados, embora a suplementação tenha sido utilizada para compensar déficits energéticos. O clima mais seco e ensolarado do período melhorou as condições nos arredores das instalações e a movimentação dos animais, contribuindo para a recuperação do estado nutricional e para maior eficiência produtiva.

Na de Frederico Westphalen, apesar das baixas temperaturas, o tempo seco e ensolarado contribuiu para a oferta de pastagens de qualidade, permitindo a redução de alimentos concentrados na dieta.

Na de Ijuí, a produção de leite acompanhou o pico da curva de sazonalidade, elevando a oferta no mercado. Nos sistemas de produção a pasto, os custos diminuíram devido à maior disponibilidade de forragem de alta qualidade e à menor necessidade de alimentos concentrados. As condições sanitárias dos animais estão apropriadas, e há poucos registros de problemas digestivos e de cascos.

Na de Passo Fundo, a produção de leite está estável. Os rebanhos estão em condições nutricionais e sanitárias adequadas. 

Na de Pelotas, alguns rebanhos apresentaram desempenho satisfatório devido à oferta de forragem de qualidade e da entrada das vacas no período de lactação. No entanto, em algumas localidades, o frio e as chuvas limitaram a disponibilidade de pasto e exigiram maior uso de silagem de milho. Nesses casos, o desempenho dos animais foi mais baixo.

Na de Santa Maria, os produtores intensificaram a suplementação alimentar dos rebanhos, recorrendo à silagem de milho, a outras fontes de volumoso e a rações concentradas para assegurar o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais.

Na de Santa Rosa, houve alta na produção de leite, mas menor do que no período anterior. A disponibilidade e a qualidade dos volumosos, associadas à concentração de partos próximos ao inverno e ao pico de forrageiras, favoreceram o aproveitamento dos nutrientes e a produtividade. O tempo seco contribuiu para o manejo e reduziu o barro nas instalações, melhorando a higiene e a saúde dos animais. No geral, as condições sanitárias estão dentro dos padrões, assim como a maior parte do leite. 

Em Cândido Godói, um levantamento do Emater/RS-Ascar e do Escritório de Defesa Agropecuária apontou redução de produtores de leite bem com aumento da tecnificação e de investimentos em sistemas de confinamento, refletindo a tendência regional de menor participação familiar e maior produção em propriedades empresariais. (Emater/RS)

Previsão do tempo

Os últimos sete dias foram marcados por calor e chuva forte no RS. A próxima semana terá chuva e retorno do frio ao RS. 

Em 05/09 (sexta), ocorrerá grande variação de nuvens, com pancadas de chuva nos setores Norte e Nordeste. 

Em 06 e 07/09 (domingo), o ingresso de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas baixas e possibilidade de formação de geadas, especialmente na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. 

Nos dias 08 (segunda) e 09/09 (terça-feira), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados em todas as regiões. 

Em 09/09 (quarta-feira), a entrada de uma massa de ar seco e frio ocasionará novo declínio da temperatura e garantirá o tempo firme em todo o Estado. 

Os totais esperados oscilarão entre 30 e 60 mm na maioria das regiões, e somente no Extremo Sul e no Noroeste deverão ocorrer valores inferiores a 30 mm. Em alguns municípios da Campanha, Zona Sul e Região Central, os volumes previstos podem alcançar 100 mm. (Agrometerologia Seapi)


Jogo Rápido
Sindilat na Expointer 2025 – 05/09/2025
A sexta-feira (5) foi marcada por uma agenda diversificada para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) na 48ª Expointer, em Esteio. Pela manhã, o sindicato esteve presente no Encontro sobre Reforma Tributária, realizado na Casa do Fundesa. O evento discutiu os impactos da reforma no setor de proteínas, reunindo lideranças e especialistas para avaliar os desafios e oportunidades do novo modelo tributário. À tarde, o Sindilat acompanhou a palestra “A importância do ESG para os resultados das organizações”, promovida pelo Simers na Casa Simers, que abordou práticas de sustentabilidade, governança e responsabilidade social aplicadas ao setor produtivo. Na sequência, participou do Circuito Exceleite 2024-2025, na Casa do Gadolando, que premiou destaques da cadeia leiteira, valorizando a excelência na produção. Encerrando a programação, o sindicato acompanhou a Cerimônia de Lançamentos de Tecnologias e Assinatura de Parcerias da Embrapa, no Pavilhão Internacional, em conjunto com o Ministério da Agricultura e a Conab, reforçando a importância da inovação para o fortalecimento do setor. Representaram o Sindilat nas atividades o presidente Guilherme Portella e o secretário-executivo Darlan Palharini. (Sindilat)


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Porto Alegre, 04 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.473


Expointer 2025: Relatório da Emater/RS-Ascar aponta produção estável, com menos produtores na atividade leiteira

A 6ª edição do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS foi apresentada pela Emater/RS-Ascar na tarde desta quarta-feira (03/09) na Arena da Extensão, durante a 48ª Expointer, que acontece até domingo (07/09) no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

O levantamento aponta que a produção de leite no RS vem se mantendo estável, apresentando um leve aumento de 0,2% em relação ao último relatório, de 2023, passando de 3,83 bilhões de litros para 3,84 bilhões por ano. Já o número de estabelecimentos produtores de leite que comercializam o leite cru para a indústria ou processam em agroindústria legalizada caiu de 33.019 (2023) para 28.946 (2025), uma redução de 12,3%. Há dez anos, quando o primeiro relatório foi feito, eram 84.199 estabelecimentos no Estado.

O Valor Bruto da Produção (VBP), usando o valor do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), representa R$ 9,5 bilhões por ano, sendo o quinto produto gaúcho mais importante em VBP, atrás apenas da soja, arroz, frango e suíno. "Então o leite, apesar de não estar crescendo em volume e estar reduzindo o número de produtores, continua ainda fundamental para movimentar a economia do Estado, pois esse dinheiro acaba entrando de forma distribuída nesses municípios todos", ressalta Jaime Ries, assistente técnico estadual da Bovinocultura Leiteira e coordenador das pesquisas sobre a cadeia produtiva do leite pela Emater/RS-Ascar.

REBANHOS E ESTABELECIMENTOS PRODUTORES

O rebanho leiteiro também apresentou redução nos dois últimos anos, mas menos expressiva que a do número de produtores. A queda de 3,5% representa 27.234 animais a menos, ou seja, de 769.812 vacas em 2023, passou para 742.578. Apesar disso, a produção se mantém. Conforme Ries, isso ocorre porque os produtores que permanecem na atividade acabam sendo mais especializados.

Já o número de vacas em cada propriedade praticamente dobrou nos últimos dez anos (em 2015, a média era de 13,95 e hoje é de 25,65 animais), apresentando produtividade e volume médio diário de produção maior. Em 2015, a produtividade média era de 11,8 litros/estabelecimento/dia e o volume médio diário, de 137,1 litros/estabelecimento/dia. Em 2025, passou para 17 litros e 363,8 litros, respectivamente). "Isso faz com que o menor número de produtores, com um rebanho menor, consiga produzir a mesma quantidade de leite, basicamente. Então, a escala de produção está maior, o que significa que sai mais da atividade produtor pequeno e entra mais produtor grande", frisa Ries. Ainda segundo ele, 85,5% desses produtores e 86,1% da produção de leite para industrialização estão concentrados em 273 municípios gaúchos (54,9% dos municípios), especialmente do Vale do Caí, Planalto, Alto Uruguai, região Nordeste e Celeiro. No total, 451 municípios gaúchos produzem leite para a industrialização, abrangendo 28.773 estabelecimentos. Já outros 111 municípios possuem agroindústrias leiteiras legalizadas e 173 estabelecimentos.

Sobre os motivos para essa constante redução do número de produtores, Ries cita a rentabilidade e a mão de obra. Independente do tamanho e do porte da propriedade, o filho nem sempre quer ficar na atividade, e não fica sem remuneração”, avalia. O extensionista também ressalta, como gargalo da atividade leiteira no RS, que hoje o Estado produz mais leite do que consome. "Hoje, de 40 a 50% do que é produzido aqui vai para outros estados. Precisamos investir em estratégias de logística e aumentar o consumo interno do leite", observa.

AVALIAÇÕES

Presente no lançamento do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), e coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), ressaltou que a atividade leiteira é fundamental para a economia do Estado, "pois também cumpre uma importante função social. Por isso, é preciso unir esforços para encontrar alternativas, beneficiando inclusive a agricultura familiar", defendeu, ao dizer considerar preocupante a redução da produção leiteira do RS.

O diretor geral da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Márcio Amaral, representando o secretário Edivilson Brum, destacou a busca por alternativas que motivem o produtor de leite para seguir e investir na atividade com renda. "Através da pesquisa, da Extensão Rural e Social e de políticas públicas podemos fortalecer a cadeia produtiva do leite no RS", disse.

Para o diretor geral da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Romano Scapin, representando o secretário Vilson Covatti, a cadeia leiteira é mais uma atividade acompanhada pela pasta, juntamente com a Emater/RS-Ascar, "e tem capacidade de fomentar políticas públicas, como o Bônus Mais Leite, que oferece bônus financeiro aos produtores de leite para complementar a renda e estimular o setor, especialmente após os eventos climáticos de 2024". Os bônus são concedidos no âmbito do Plano Safra 24/25, através do Pronaf, e focam na recuperação de unidades afetadas pelas enchentes e no fomento da agroindustrialização.

Ao avaliar como preocupante a redução da produção de leite no RS, o superintendente regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Milton Bernardes, sugere o debate dos envolvidos, a partir do Diagnóstico, apontando modelos de produção e investindo em sistemas produtivos.

Para o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, "o Relatório traz rumos e propósitos, um retrato da cadeia produtiva do leite no RS, em quase a totalidade das propriedades rurais", observa, ao parabenizar o trabalho realizado pela equipe da área da Bovinocultura Leiteira da Emater/RS-Ascar, conduzida por Ries. Representando o presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, a assessora Luana Machado parabenizou a pesquisa realizada sobre a atividade, que representa, para o Estado, um retrato aprofundado da cadeia produtiva do leite.

Neste ano, a realização do Relatório do Leite no RS completa dez anos de pesquisas, "e representa um importante documento que oferece informações e dados concretos da produção de leite no Estado", avalia o zootecnista e extensionista Jaime Ries, ao reafirmar o compromisso da Emater/RS-Ascar, a partir de contrato com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). O Relatório será publicado nos próximos dias no site da Emater/RS-Ascar e enviado para as entidades parceiras e representativas dos produtores de leite, bem como para cooperativas e indústrias.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar


GDT 387: maior volume negociado desde 2018 e quedas mais fortes nos preços

Leilão GDT de 2/09 registra queda média de 4,3% nos preços, destaque para LPI (-5,3%) e LPD (-5,8%), e aumento de 13,4% no volume negociado.

No 387º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado em 2 de setembro, o preço médio dos produtos negociados recuou para US$ 4.043 por tonelada. O evento foi marcado por fortes quedas nas cotações, apesar do volume significativamente maior de vendas.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O leite em pó integral (LPI), principal referência do mercado, registrou queda de 5,3%, cotado a US$ 3.809 por tonelada, após dois meses sem registros de recuos. O leite em pó desnatado (LPD) seguiu a mesma tendência, com retração de 5,8%, fechando a US$ 2.620 por tonelada, ampliando a queda já observada no segundo leilão de agosto.

Gráfico 2. Preço médio LPI

O Cheddar, que vinha acumulando cinco quedas consecutivas, destoou do comportamento geral do leilão e foi o único produto a apresentar valorização. Seu preço subiu 3,6%, alcançando US$ 4.709 por tonelada. 

Em contrapartida, todos os demais produtos registraram retração. A gordura anidra do leite, que havia se mantido estável ao longo de agosto, recuou 2,6% neste primeiro evento de setembro. A manteiga prolongou sua sequência negativa, chegando à quinta queda consecutiva, desta vez de 2,5%. Já a muçarela manteve a mesma tendência baixista, acumulando a sexta queda seguida, com desvalorização de -4,6%.

A lactose seguiu não sendo negociada neste evento. 

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 02/09/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Volume negociado mostra certo padrão
O volume negociado neste leilão somou 41,4 mil toneladas, um aumento significativo de 13,4% em relação ao último evento. Já em relação ao evento correspondente no ano passado, o aumento é de 8,1%. Este é o maior volume desde novembro de 2018.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

 

Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NZX registraram nova queda nos preços projetados para os próximos meses, com a tendência baixista se estendendo até dezembro de 2025. As cotações apontam para uma recuperação nos preços apenas a partir de janeiro, período em que, historicamente, a produção começa a recuar na Nova Zelândia, resultando em uma oferta mais restrita.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
A forte queda nos preços do GDT tem relação com o início da safra de leite na Nova Zelândia, principal player do comércio internacional do setor. Historicamente, entre julho e agosto, a produção no país cresce em média 350%, ampliando de forma expressiva a oferta global e pressionando a relação entre oferta e demanda. Esse movimento se soma a outros fatores relevantes: nos Estados Unidos, onde tradicionalmente a produção recua em agosto, há sinais de reversão da tendência, com possibilidade de aumento neste ano; já na União Europeia, a disponibilidade de leite também segue elevada, reforçando o cenário de maior oferta no mercado internacional.

Esses fatores podem influenciar o mercado brasileiro, uma vez que os principais parceiros comerciais, Argentina e Uruguai, tendem a seguir a tendência do GDT, e também estão em período de maior produção de leite, reduzindo preços e impactando a competitividade dos produtos nacionais. Em contrapartida, os volumes de leite em pó do Mercosul destinados ao leilão ONIL, da Argélia, contribuíram para a redução da oferta regional, devido aos menores volumes em estoques. Internamente, o aumento da captação formal de leite também pressiona os preços, o que pode balancear a competitividade dos produtos brasileiros. 

Outro elemento a ser monitorado é a taxa de câmbio: caso o dólar permaneça próximo a R$ 5,40, os produtos importados tendem a ser favorecidos, ampliando a concorrência no mercado interno. (Milkpoint)


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Sindilat na Expointer 2025 – 04/09/2025
A quinta-feira (4) foi marcada por uma série de atividades estratégicas e celebrativas para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) durante a 48ª Expointer, em Esteio. Pela manhã, o sindicato acompanhou o lançamento dos Novos Indicadores da Economia Gaúcha, no estande do Governo do Estado. A iniciativa busca fortalecer o diálogo e a colaboração estratégica, oferecendo dados atualizados para subsidiar políticas públicas eficazes e decisões no cenário econômico estadual. Na sequência, o Sindilat participou da inauguração oficial do estande do Uruguai na feira, reforçando a integração e as parcerias internacionais no setor agroindustrial. Durante a tarde, a entidade acompanhou o anúncio de investimentos da Lactalis Brasil para expansão da produção leiteira. O ato, realizado na Casa da Lactalis, contou com a presença do CEO da empresa, Roosevelt Júnior, do governador Eduardo Leite e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. Logo após, o Sindilat prestigiou a inauguração do Memorial do Queijo Gaúcho, promovida pela Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (APIL). O espaço celebra a tradição, a qualidade e o orgulho dos produtores gaúchos, além de marcar a conquista de um recorde nacional com a apresentação do maior queijo do Brasil em monumento. Encerrando o dia, a entidade participou da reunião do Conselho do Agronegócio da FIERGS (Conagro), que marcou o lançamento do Observatório da Agroindústria, destacando a representatividade do setor para a economia gaúcha. Representaram o Sindilat nas agendas o presidente Guilherme Portella, o 1º vice-presidente Alexandre Guerra e o secretário-executivo Darlan Palharini. (Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 03 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.472


Sindilat aponta urgência na reconstrução do Programa Mais Leite Saudável

Com a entrada em vigor da reforma tributária e a substituição do PIS e da Cofins pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), será preciso concentrar esforços para reconstituir o Programa Mais Leite Saudável (PMLS). “Temos um grande desafio colocado que é o de restabelecer os critérios tributários para garantir a manutenção do programa”, alertou Alexandre Guerra, 1º vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). As alíquotas que serão extintas compõem a base do cálculo das contrapartidas para liberação de recursos ao fomento ao setor.

Aos representantes das cadeias leiteiras do Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Paraná (PR) e Mato Grosso do Sul (MS), o dirigente reforçou que o alinhamento precisa ser célere para assegurar que um novo modelo esteja definido ainda no próximo ano, antes da entrada em vigor da reforma. “A urgência é para garantir que não haja interrupção no programa, pois ele é fundamental para preservar a competitividade do leite nacional por meio de ações de fomento junto a produtores, indústrias e cooperativas, beneficiando toda a cadeia produtiva”, assinalou Guerra.

A manifestação ocorreu durante reunião da Aliança Láctea Sul-Brasileira, realizada nesta quarta-feira (03/09), na sede da Fudesa, durante a 48ª Expointer. Também foi anunciado que, em 2025, quando a instância completa 11 anos, o termo de programação do fórum que reúne os principais estados produtores de leite do Brasil será assinado pelos quatro governadores em outubro, durante encontro do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul).

Jardine Comunicação


No Banho de Leite, Sindilat doa mil litros para famílias em vulnerabilidade social em Esteio

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) marcou presença no tradicional Banho de Leite, promovido pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), durante a Expointer 2025. A ação celebra os vencedores do Concurso Leiteiro da raça Holandesa, um dos momentos mais tradicionais de Esteio (RS).

Na ocasião, o Sindilat realizou a doação de 1.000 litros de leite à Prefeitura Municipal de Esteio, destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social. O presidente do Sindilat, Guilherme Portella, destacou o simbolismo da iniciativa. “Ao mesmo tempo, em que premiamos aqueles que se destacam na produção, também temos a oportunidade de ajudar com a doação de leite”, afirmou.

Jardine Comunicação

Expointer 2025: Espaço da Emater/RS-Ascar apresenta inovação, genética e sustentabilidade na pecuária

O espaço da Emater/RS-Ascar na Expointer 2025 conta uma parcela temática dedicada à pecuária, com programação diversificada, reunindo tecnologias, demonstrações práticas e debates sobre os principais desafios e avanços do setor. A proposta é integrar diferentes cadeias produtivas e apresentar soluções que reforçam a importância da pecuária para a agricultura familiar e para o desenvolvimento rural sustentável.

De acordo com o extensionista rural Carlos Roberto Vieira da Cunha, entre os destaques está a apresentação de novilhas oriundas de trabalhos de melhoramento genético, resultado de ações a campo em propriedades assistidas pela Emater/RS-Ascar. "O espaço também faz referência aos 50 anos do curso de Inseminação do Centro de Treinamento de Agricultores de Montenegro (Cetam), com material alusivo à trajetória histórica da formação de profissionais na área".

Outro tema em evidência é a maria-mole, conhecida como "flor das almas" e de aparência inofensiva, mas que contém substâncias tóxicas que, quando ingeridas pelo gado, podem causar lesões graves e, em muitos casos, a morte dos animais. Assim como as telas metálicas de contenção animal, apresentadas em parceria com empresas do setor, reforçando alternativas eficientes para a lida diária dos produtores.

Na parte de ovinocultura, os visitantes podem acompanhar demonstrações do pastoreio com cães da raça Border Collie, além de informações sobre verminoses e problemas de casco. O espaço conta ainda com uma mangueira modelo para ovinos, trazendo soluções práticas para o manejo dos rebanhos. Os búfalos também recebem destaque especial, com ações de valorização da espécie pela sua rusticidade e docilidade, tanto para produção de carne quanto de leite.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Junto à parcela temática da Pecuária, na 48ª Expointer, a Emater/RS-Ascar apresenta também a área de Bovinocultura de Leite, com áreas de produção de forragens. Segundo o extensionista rural que atua no Escritório Municipal de Nova Hartz, Elder Leitzke, uma verdadeira vitrine de conhecimento, inovação e tecnologia, com cultivares que integram o Programa Estadual de Sementes e Mudas Forrageiras. "A iniciativa busca disseminar tecnologias para agricultores familiares, em parceria com mais de 300 entidades que já acessaram sementes e mudas desenvolvidas especialmente para potencializar a pecuária leiteira e de corte no Rio Grande do Sul".

Entre as espécies expostas estão três tipos de azevém e três tipos de aveia para pastejo, além de diferentes variedades de trigo, triticale e cevada. Os trigos de duplo propósito e o Tarumaxi, desenvolvido para pastejo intensivo, se destacam pela alta produtividade. "Em algumas propriedades, possibilitam até 19 pastejos consecutivos, contribuindo para maior retorno financeiro e melhor aproveitamento do solo", ressalta Elder.

As cultivares apresentadas foram melhoradas pela Embrapa e têm se mostrado eficientes no planejamento forrageiro das propriedades rurais, "permitindo que os produtores superem o tradicional uso de aveia e azevém no inverno e ampliem as alternativas de manejo".

Elder explica que o objetivo é mostrar que as pastagens devem ser encaradas como uma lavoura de pasto, que precisa ser manejada com técnica para gerar o máximo de produção de leite e carne.

A 48ª Expointer acontece de 30 de agosto a 7 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O Espaço da Emater/RS-Ascar situa-se na quadra 9, ao lado do Pavilhão da Agricultura Familiar, com mais de 200 trabalhadores prontos para receber os visitantes com um bom chimarrão, informações e demonstrações tecnológicas.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar


Jogo Rápido
Inscrições abertas para o 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo
As inscrições para o 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo abrem nesta segunda-feira (1/09/2025) e seguem até 1º de novembro de 2025. Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a premiação busca reconhecer a contribuição da imprensa para o desenvolvimento do setor lácteo gaúcho. Neste ano, terá duas categorias: Audiovisual e Texto. Podem participar jornalistas devidamente registrados, individualmente ou em equipes. Não há limite de trabalhos por candidato, e serão aceitas produções publicadas entre 2 de novembro de 2024 e 1º de novembro de 2025.  Para o secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a distinção reforça a importância do jornalismo especializado no fortalecimento da atividade leiteira. “O setor lácteo gaúcho tem desafios e conquistas que precisam ser contados e nossa imprensa tem acompanhado de perto todo o desenvolvimento desta cadeia”, destaca. As inscrições podem ser feitas através do link disponível no site do Sindilat/RS, anexando a documentação solicitada conforme o Regulamento. Os finalistas serão anunciados até 28 de novembro de 2025, e os vencedores, em dezembro. A Comissão Julgadora será formada por profissionais de comunicação e representantes de instituições ligadas ao agronegócio. 


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Porto Alegre, 02 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.471


Sindilat na Expointer 2025 – 02/09/2025

A terça-feira (2) foi marcada por debates sobre sustentabilidade, valorização dos produtores e iniciativas solidárias para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) na Expointer.

Durante a tarde, o sindicato acompanhou duas agendas no Auditório do espaço do Governo do RS. A primeira tratou dos Roteiros para a Descarbonização das Cadeias Produtivas no RS, com a apresentação de diagnósticos de emissões e propostas para setores como soja, arroz, pecuária de corte, pecuária de leite e silvicultura. Na sequência, ocorreu a apresentação dos Resultados Parciais do Edital de Monitoramento de Gases de Efeito Estufa (GEE) nos Sistemas Produtivos Primários, que trouxe avanços das pesquisas, metodologias aplicadas e perspectivas para integrar ciência, gestão pública e setor produtivo.

Ainda nesta terça, o Sindilat participou do tradicional Banho de Leite, promovido pela Gadolando (Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul), em celebração aos vencedores do Concurso Leiteiro da raça Holandesa. Na ocasião, o sindicato realizou a doação de 1.000 litros de leite à Prefeitura Municipal de Esteio, destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social.

Representaram o Sindilat nas agendas o secretário-executivo, Darlan Palharini, e, no Banho de Leite, o presidente da entidade, Guilherme Portella.


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT - adaptado pelo Sindilat

Tarde de campo em Encantado aborda bovinocultura de leite, pastagens de inverno e manejo de solos

Uma atividade multidisciplinar, com o objetivo de levar aos participantes informações sobre bovinocultura de leite, pastagens de inverno, manejo de solos e outros temas. Assim foi a Tarde de Campo realizada na propriedade do casal Maicon Fraporti e Suélen Toldo, da localidade de Linha Barra do Coqueiro, em Encantado. Na ocasião, um grupo próximo de 50 produtores acompanhados de lideranças e representantes de entidades parceiras, percorreu o local trocando conhecimentos com os técnicos sobre tecnologias disponíveis, programas de Estado e outros temas de interesse. A ideia, de acordo com o supervisor da Emater/RS-Ascar Cezar Burille, foi discutir assuntos relevantes para os produtores ligados à qualidade do solo, a importância da adoção de alternativas para a lavoura - como no caso do triticale ou do trigo duplo propósito -, à nutrição dos bovinos, e a defesa sanitária animal. Em uma das etapas, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Governo do Estado detalharam o Programa de Sementes e Mudas Forrageiras, política pública que possibilita a aquisição de sementes com bônus adimplência de 50% via Feaper. 

Anfitrião da tarde, Fraporti, bovinocultor de leite com quase duas décadas de experiência, enfatizou a importância da eficiência e da busca por uma produtividade máxima para cada "palmo de terra" que se tem. "Se a gente voltar no tempo, lá pra primeira década do ano 2000, provavelmente os nossos números fossem metade do que são hoje", avalia, citando que cada uma das 29 vacas em lactação produz cerca 24 litros de leite por dia. Uma evolução que decorre de uma série de fatores, que vão desde o melhoramento genético, passando pela busca por uma dieta mais equilibrada para o rebanho, até chegar à higiene. 

Aberto a novas experiências e a aposta em tecnologias diferenciadas, Fraporti adotou recentemente, em parceria com a Embrapa Trigo, uma área experimental de 4,5 hectares de triticale, grão que é uma cruza de trigo com centeio e que possui grande potencial produtivo e excelente desempenho para a produção de silagem, especialmente pela sua rusticidade. Para o bem ou para o mal, as mudanças de rumo da família, na busca por adaptação, parecem ser uma constante, como fica claro no exemplo da Agroindústria Ouro Branco, que deixou de funcionar há três anos. "A realidade é que não tínhamos do que nos queixar, já que o empreendimento era um sucesso, tinha mercado consolidado, com todo o leite produzido sendo destinado para os queijos e os iogurtes", recorda Suélen, que lembra com carinho da inauguração ocorrida em 2013, com presença de grande público. "Só que queríamos ser pais", explica o casal, enquanto o pequeno Arthur, de dois anos corre pela casa. 

"Fora alguns problemas burocráticos, envolvendo questões sanitárias, que também enfrentamos na época, o que nos fez optar por dar um tempo", pontua a produtora. Nas estações, os temas foram explorados, com a intenção de alertar agricultores sobre os riscos de doenças como tuberculose, brucelose e raiva bovina; valorizar a alimentação balanceada para os animais; enfatizar os diferenciais do triticale como cereal de inverno e destacar a importância do manejo do solo, com possíveis correções de acidez ou adoção de sistemas de plantio direto. 

"É um evento com muitas possibilidades, que permite uma discussão mais ampla sobre uma série de assuntos de interesse", analisa o extensionista da Emater/RS-Ascar Eduardo Mariotti Gonçalves. Organizado pela Emater/RS-Ascar, com o apoio da SDR e da Embrapa Trigo, a Tarde de Campo contou com a presença de lideranças, como o representante da Divisão de Sistemas Produtivos da SDR, Douglas Velho e o assistente técnico regional da área de Culturas da Emater/RS-Ascar Alano Tonin. O apoio foi da Associação de Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Cooperativa Sicredi, Secretaria Municipal de Agricultura e Duagro. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Lajeado


Jogo Rápido
Expointer deste ano começa a se consolidar como a edição dos recordes
Um veranico em pleno inverno gaúcho impulsionou público recorde da 48ª Expointer em seu primeiro fim de semana. Na soma dos visitantes de sábado (30/8) e domingo (31/8), 258.940 pessoas estiveram no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio – o maior número já registrado em dois dias nos últimos dez anos, desde que há registros oficiais. No sábado, abertura da feira, o parque recebeu 119.539 visitantes, superando a marca histórica para o primeiro dia do evento. O movimento intenso se repetiu no domingo, consolidando o novo recorde. De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, os números refletem tanto o clima favorável quanto a diversidade da programação. “É um resultado que nos motiva ainda mais para os próximos dias da feira, mesmo que a previsão do tempo não seja tão favorável. A Expointer mostra sua força como vitrine do agro e espaço de convivência cultural e econômica”, destaca. Além do público, a feira bateu recorde, neste ano, no número de animais inscritos em toda a história: 6.696 exemplares entre rústicos e de argola. A ovinocultura é um dos destaques, com 997 ovinos. O pavilhão das agroindústrias também tem o maior número de expositores da história da Expointer, reunindo 456 empreendimentos. E as vendas confirmam o crescimento no primeiro fim de semana em relação a 2024. Nos dois primeiros dias, o volume comercializado chegou a R$ 3.049.992,75, aumento de 35,43% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o valor acumulado foi de R$ 2.252.141,87. Com programação até 7 de setembro, a 48ª Expointer reúne expositores de máquinas e implementos agrícolas, pecuária de elite, agricultura familiar, artesanato e atrações culturais. A expectativa da organização é de que o público total supere o da edição anterior, consolidando o evento como a maior vitrine do agronegócio brasileiro e espaço de integração entre campo e cidade. (Ascom Expointer)


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Porto Alegre, 01º de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.470


Inscrições abertas para o 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo

As inscrições para o 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo abrem nesta segunda-feira (1/09/2025) e seguem até 1º de novembro de 2025. Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a premiação busca reconhecer a contribuição da imprensa para o desenvolvimento do setor lácteo gaúcho. Neste ano, terá duas categorias: Audiovisual e Texto. Podem participar jornalistas devidamente registrados, individualmente ou em equipes. Não há limite de trabalhos por candidato, e serão aceitas produções publicadas entre 2 de novembro de 2024 e 1º de novembro de 2025. 

Para o secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a distinção reforça a importância do jornalismo especializado no fortalecimento da atividade leiteira. “O setor lácteo gaúcho tem desafios e conquistas que precisam ser contados e nossa imprensa tem acompanhado de perto todo o desenvolvimento desta cadeia”, destaca.

As inscrições podem ser feitas através do link https://forms.gle/wpumktj4g51Hd69UA, anexando a documentação solicitada conforme o Regulamento. Os finalistas serão anunciados até 28 de novembro de 2025, e os vencedores, em dezembro. A Comissão Julgadora será formada por profissionais de comunicação e representantes de instituições ligadas ao agronegócio. (SINDILAT/RS)


Fundesa inaugura nova sede e será a casa da sanidade animal no estado

A nova sede do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul no Parque de Exposições Assis Brasil já está aberta e tem programação intensa ao longo da Expointer. A inauguração aconteceu na tarde desta sexta-feira (29), com a presença de autoridades, lideranças do setor de proteína e entidades do agronegócio gaúcho. Também estiveram presentes personalidades que fizeram parte da história do Fundesa-RS, como o ex-secretário da Agricultura, Odacir Klein, que estava à frente da pasta quando o fundo foi criado em 2005. Para Klein, “o Fundesa representa uma ideia-símbolo de organização e decisão democrática”

O Fundesa-RS, que completa 20 anos em 2025, tem como objetivo trazer agilidade na indenização dos produtores e também na aplicação de recursos de forma preventiva, atendendo as necessidades do Serviço Veterinário Oficial para a sanidade no segmento da proteína. A nova sede representa um local para atender eventos como treinamentos, capacitações, reuniões setoriais e para a recepção de missões internacionais. “Queremos que esse espaço constitua a casa da sanidade, e acrescente melhores condições para definir a qualificação da produção e dos serviços, fazendo frente aos desafios que se impõem ao setor”, afirmou o presidente Rogério Kerber durante a solenidade de inauguração.

O Fundesa-RS recebeu a autorização de uso da casa, pela subsecretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Elizabeth Cirne Lima. “Nós conquistamos, na área da sanidade, o respeito do mundo inteiro, e o Fundesa é a personificação deste trabalho de desenvolvimento e destas conquistas”, destacou a subsecretária. O secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, afirmou que o segmento de proteína animal tem grande importância para a economia do estado. Sobre o fundo, Polo comparou que o Fundesa foi uma semente plantada que nasceu, cresceu e hoje produz bons frutos. “Hoje nós podemos afirmar, com toda a convicção, que nós temos no RS o melhor e mais organizado fundo de sanidade animal do Brasil”. Já o secretário da Agricultura, Edivilson Brum, lembrou que no recente episódio de gripe aviária registrado no Rio Grande do Sul e que teve solução ágil e efetiva, o Fundesa teve papel fundamental.

Representando o Sindilat/RS, participaram do evento, o secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, o 1º vice-presidente do sindicato, Alexandre Guerra e o Presidente, Guilherme Portella. (Fundesa adaptado pelo Sindilat)

Sindileite-PR sob nova gestão - Elias Zydek toma posse e define metas

Com o desafio de integrar a cadeia láctea, Elias Zydek assume o Sindileite-PR e promete fortalecer a competitividade do leite paranaense.

Sindileite Paraná vive um novo capítulo com a posse de Elias Zydek como presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná (Sindileite-PR).
Em cerimônia realizada nesta terça-feira (26/08) no Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba, lideranças políticas e do agronegócio prestigiaram a solenidade, que também marcou a homenagem ao legado do ex-presidente-executivo Wilson Thiesen, falecido em julho.

O evento contou com a presença do governador em exercício, Darci Piana; do vice-presidente da Fiep, João Alberto Soares de Andrade; e dos secretários estaduais Márcio Nunes (Agricultura) e Norberto Ortigara (Fazenda).

Também participaram representantes do cooperativismo, como José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar; Ágide Eduardo Meneguette, da Faep; o deputado estadual Luis Corti; e o ex-governador Orlando Pessuti. A composição reforça a relevância do setor lácteo para a economia do Paraná.

Desafios: integração e competitividade
Em entrevista ao Informe Paraná Cooperativo, Zydek, que também preside a Cooperativa Central Frimesa, destacou que a principal meta de sua gestão será integrar produtores, indústria e varejo para gerar mais valor em toda a cadeia.

“O varejo precisa ser convocado a participar do desenvolvimento da geração de valor”, afirmou. “Com essa união, o Paraná poderá buscar valores distribuídos de forma mais justa a todos os envolvidos.”

Outro ponto central, segundo o dirigente, é a sanidade animal. Zydek defende ações imediatas para resolver pendências sanitárias, adequar modelos de produção e reduzir custos, garantindo que o leite paranaense seja competitivo frente aos produtos importados.

Continuidade e legado
A posse também foi marcada pela lembrança do trabalho de Wilson Thiesen. Emocionado, Zydek afirmou que recebeu do antecessor, pouco antes de seu falecimento, informações estratégicas e operacionais que servirão de guia para a nova gestão.

“O Thiesen tem um lugar especial na agropecuária, especialmente na cadeia do leite, por tudo que representou e liderou”, declarou.

Cooperativismo como força motriz
Segundo José Roberto Ricken, do Sistema Ocepar, a presença de Zydek na presidência representa uma oportunidade de fortalecer a integração entre o setor lácteo e o cooperativismo, dois pilares que Thiesen já havia consolidado. A nova diretoria também reflete essa linha, incluindo lideranças como Armando de Paula Carvalho Filho (Castrolanda), Raphael Cornelis Hoogerheide (Frísia) e Arthur Sawatzky (Witmarsum).

Atualmente, 18 cooperativas agropecuárias atuam no segmento lácteo do Paraná, operando 10 unidades industriais que reúnem 3,5 mil cooperados responsáveis por uma produção anual de 1,55 bilhões de litros de leite. Isso representa 43% do leite industrializado do estado.

Nova diretoria 2025–2028
A composição para o próximo triênio inclui:

Presidente: Elias Zydek
Secretário: Armando de Paula Carvalho Filho
Tesoureiro: Guilherme Portela
Suplentes: Raphael Cornelis Hoogerheide, Eder Quinto Salvadori Desconsi, Lino Alfeu Zeni
Conselho Fiscal – Efetivos: Silvestre Ferreira, Valter Pereira da Rocha, Arthur Sawatzky
Suplentes: Marco Rhoden, Rafael Felipe Schuck, Lucio Pelanda
Delegados Representantes – Efetivos: Elias Zydek, Armando Carvalho Filho
Suplentes: Raphael Cornelis Hoogerheide, Eder Desconsi
Perspectivas para o setor lácteo paranaense
Com a posse de Zydek, o Sindileite-PR inicia um novo ciclo que busca conciliar modernização produtiva, sanidade animal e justiça na distribuição de valor. O desafio será fortalecer a cadeia frente ao aumento das importações e manter a relevância do Paraná como um dos principais polos de produção de leite do Brasil.

“Desenvolver a cadeia local é essencial para que possamos competir em igualdade de condições”, concluiu Zydek.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Sistema Ocepar


Jogo Rápido
Sindilat na Expointer 2025
Nesta segunda-feira (01/09), o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) participou, pela manhã, da Conferência Agro em Transformação – Jornada de Direito, no Auditório da Administração. A tarde, aconteceu a reunião do Grupo de Trabalho do Leite: Produção de Leite a Pasto. O encontro, convocado pelo presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, deputado Zé Nunes, debateu a produção sustentável de leite na agricultura familiar, com foco em eficiência e rentabilidade no sistema a pasto. Participaram das agendas, o secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, e o 1º vice-presidente do sindicato, Alexandre Guerra. (Sindilat/RS)


Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.469


CONSELEITE – SANTA CATARINA

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 29 de Agosto de 2025 atendendo 
os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Julho de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 35/2025 – SEAPI 

A última semana apresentou chuva forte e o retorno do frio intenso ao RS.  Nas pastagens, os efeitos das chuvas variaram entre as regiões: em algumas, provocaram barro e retardaram o desenvolvimento das pastagens; em outras, estimularam o rebrote das áreas nativas e cultivadas, além de permitir a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura. A semeadura de milho para silagem continuou, e os produtores se organizaram para a implantação das forrageiras anuais de verão. As lavouras de aveia, estabelecidas no outono, encontram-se em fase final de ciclo, apresentando redução acentuada na disponibilidade de folhas e na qualidade da forragem.

Na bovinocultura de leite, devido às chuvas, a oferta de forragem ficou limitada, provocando queda significativa de produção nas propriedades dependentes exclusivamente de pastagens e de ração. Nas demais propriedades, a suplementação alimentar com silagem de milho, rações concentradas e outras fontes de volumosos permitiu manter a produção estável ou atingir o pico, conforme o manejo adotado. Em algumas localidades, a formação de barro nos arredores das salas de ordenha dificultou o 
manejo dos animais e limitou o acesso dos caminhões de coleta nas estradas principais.

Os próximos sete dias serão marcados pelo calor e chuva forte no RS. Entre a quinta-feira (28/8) e o domingo (31/8), o tempo permanecerá seco, com gradativa elevação das temperaturas e que deverão superar os 30°C na maioria dos municípios do estado no fim de semana. 

Na segunda-feira (01/9), o tempo firme e quente seguirá predominando na maior parte do RS, porém no decorrer do dia a aproximação de uma nova frente fria vai provocar chuva na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. 

Na terça (02/9) e quarta-feira (03/9), o deslocamento da frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Os volumes previstos deverão variar entre 50 e 100 mm na maioria dos municípios do Estado e poderão alcançar 150 mm em algumas localidades da Metade Sul. Nas Missões, Planalto, Região Metropolitana e na Fronteira Oeste são esperados totais entre 30 e 50 mm. (SEAPI)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1882 de 28 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O consumo de reservas de feno e silagem se intensificou para preservar as forrageiras e manter a produção. Nas propriedades dependentes exclusivamente de pastagens e de ração, houve queda significativa na produção. Em outras, a produção atingiu o pico. Diante da limitada oferta de forragem ocasionada pelas chuvas, os animais receberam suplementação alimentar com silagem de milho, além de rações concentradas e outras fontes de volumoso para conservar o desempenho produtivo e reprodutivo.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o barro formado pelas chuvas nos arredores dos galpões e das salas de ordenha dificultou o manejo e restringiu o acesso dos animais às pastagens. Em algumas propriedades, também ocorreram problemas para chegar ao resfriador ou para transitar pelas estradas principais, devido à elevação de cursos d’água e aos danos nas pontes, o que impediu a passagem dos caminhões para a coleta da produção, resultando no descarte do leite.

Na de Frederico Westphalen, a produção se estabilizou. A complementação com alimentos concentrados foi reduzida, o que diminuiu os custos de produção. 

Na de Ijuí, a produção de leite aumentou, seguindo a tendência sazonal. Nos sistemas de produção a pasto, o volume de leite atingiu o pico e ficou cerca de 50% superior em relação aos períodos de menor disponibilidade de forragem. 

Na de Passo Fundo, as condições de saúde e de nutrição dos rebanhos estão adequadas, assim como os níveis de produção de leite. Em relação à alimentação, foram priorizadas as vacas em produção, que tiveram acesso às pastagens de aveia e de azevém, complementadas com silagem, concentrados e sal mineral. As demais categorias também receberam silagem.

Na de Pelotas, os produtores reforçaram a alimentação dos animais com silagem. O solo encharcado e a formação de barro, em razão das chuvas, prejudicaram o acesso dos animais às forragens, causando queda de produção em algumas propriedades. 

Na de Santa Rosa, o período é de pico de produção de leite. A boa oferta de pastagens permitiu aos produtores reduzir a utilização de alimentos conservados, como silagem e feno, diminuindo o custo de produção. 

Na de Santa Maria, o acesso restrito dos animais às pastagens, devido às condições climáticas, impactou diretamente o escore corporal dos animais, que, de forma geral, está abaixo do ideal. (Emater/RS)


Jogo Rápido
LEITE/CEPEA: Oferta em alta supera capacidade da demanda e pressiona cotações
Levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em julho fechou a R$ 2,6236/litro na “Média Brasil”, com quedas de 1,16% frente a junho/25 e de 8,42% em relação a julho/24. O ICAP-L (Índice de Captação do Leite) subiu quase 1% de junho para julho na “Média Brasil”. Segundo dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a captação industrial de leite no Brasil alcançou 6,5 bilhões de litros no segundo trimestre de 2025, o que representaria um crescimento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024.  Além disso, ainda que de forma modesta (0,1%), esta seria a primeira vez na série histórica que o segundo trimestre apresentaria aumento frente aos primeiros três meses – historicamente, o segundo trimestre coincide com a entressafra, quando normalmente há retração na produção. (CEPEA)


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Porto Alegre, 28 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.468


​Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 27 de Agosto de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2025 a ser pago em Julho/2025.
b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2025 a ser pago em Agosto/2025.
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2025 a ser pago em Setembro/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.


China puxa demanda por lácteos: manteiga +72%, queijo +14% 

As importações lácteas da China cresceram 6%, impulsionadas por manteiga e queijo, enquanto leite em pó perde espaço pela produção interna.As importações lácteas da China registraram um aumento de 6% em volume nos primeiros sete meses do ano, segundo os dados mais recentes do setor.
Esse crescimento confirma o papel estratégico do país asiático como um dos principais motores da demanda global por lácteos.

No entanto, o avanço não foi uniforme: enquanto manteiga e queijo puxaram a alta, categorias tradicionais como leite em pó e leite UHT perderam ritmo, reflexo de mudanças estruturais na produção e no consumo interno.

De acordo com os números divulgados, a manteiga teve um salto impressionante de 72,6% nas importações, acompanhada por um aumento de 12,7% na demanda por creme de leite.

Essa tendência beneficia especialmente exportadores da Oceania, como a Nova Zelândia, e países europeus, entre eles França e Itália, que têm visto um incremento expressivo em seus embarques para a China.

No segmento de queijos, as compras chinesas cresceram 14,5%, com destaque para os produtos italianos, que vêm ganhando cada vez mais espaço nas gôndolas e no food service chinês.

Em contrapartida, o cenário é distinto para o leite em pó e o leite envasado, que apresentaram uma desaceleração nas compras.

Especialistas atribuem esse movimento a dois fatores centrais: o aumento da produção interna de leite na China, incentivado por políticas públicas voltadas para a autossuficiência, e uma demanda doméstica mais fraca para esses itens básicos.

Essa reconfiguração indica uma estratégia de importação mais seletiva, priorizando produtos de maior valor agregado e categorias que complementam — e não competem com — a produção nacional.

O valor das importações também apresentou crescimento expressivo. Em julho, houve um aumento de 13% em dólares, e no acumulado do ano, a alta chegou a 15,6%.

Esse avanço é resultado tanto do incremento no volume total quanto do aumento do preço médio por tonelada, reforçando a tendência de um mercado que busca qualidade e diferenciação, mesmo diante de um consumo doméstico que segue ajustando-se às novas dinâmicas econômicas e alimentares do país.

Para os exportadores globais, a notícia traz um misto de oportunidade e alerta.

O mercado chinês continua sendo vital para os lácteos internacionais, mas a segmentação crescente exige adaptação: o apetite chinês está cada vez mais voltado para produtos premium, ricos em gordura e com apelo gastronômico, enquanto commodities como leite em pó enfrentam mais barreiras competitivas.

Países da União Europeia e da Oceania seguem sendo os maiores beneficiados, enquanto outros players exportadores, como América do Sul e América do Norte, avaliam estratégias para não perder espaço.

Esse panorama também pode gerar impactos indiretos nos preços globais do leite e derivados, uma vez que a China dita grande parte do equilíbrio entre oferta e demanda internacional.

Caso essa tendência de valorização dos produtos premium se mantenha, é possível que novos investimentos em capacidade de produção e adaptação de portfólios sejam observados nos próximos meses, especialmente de indústrias que visam o mercado asiático como destino estratégico.

Em conclusão, o crescimento de 6% nas importações lácteas da China demonstra que o país mantém sua relevância no comércio internacional, mas com um perfil cada vez mais seletivo e orientado por valor.

Exportadores que entenderem esse movimento e ajustarem suas estratégias poderão não apenas preservar, mas também expandir sua participação nesse mercado-chave para o setor lácteo global.

*Adaptado para eDairyNews BR, com informações de eDairyNews ES

Laticínios podem proteger o coração

Novas pesquisas mostram que leite, queijo e iogurte podem reduzir riscos cardíacos e derrames, desafiando antigas recomendações sobre gordura saturada.

Nas últimas duas décadas, um conjunto crescente de pesquisas tem demonstrado uma ligação entre o consumo de laticínios e um risco reduzido de doenças cardiovasculares (DCV). O Conselho Nacional de Laticínios dos EUA (NDC) financia estudos e compartilha informações com base científica para esclarecer o impacto dos laticínios na saúde cardíaca.
 
Por que as orientações nutricionais estão mudando
Nos últimos 40 anos, as principais recomendações nutricionais indicavam reduzir a ingestão de gordura saturada, incluindo laticínios integrais, para diminuir o risco de doenças cardiovasculares. A justificativa era a preocupação com o aumento do colesterol LDL, considerado um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas.

No entanto, décadas de pesquisas revelaram que a relação entre gorduras lácteas e saúde do coração não é tão simples. Estudos da NDC e de terceiros indicam que o consumo de leite, queijo e iogurte, sejam integrais ou com baixo teor de gordura, não está associado ao aumento do risco de DCV.

 Revisões científicas apontam impacto neutro ou protetor
Diversas revisões sistemáticas e meta-análises constataram que os laticínios podem ter impacto neutro e, em alguns casos, até efeito protetor para a saúde cardiovascular.

Uma revisão sistemática de 2016, parcialmente financiada pelo NDC, encontrou uma associação neutra ou favorável entre o consumo de laticínios e os desfechos cardiovasculares. Os pesquisadores destacaram que a recomendação de priorizar laticínios com baixo teor de gordura não se baseia em evidências científicas sólidas e reforçaram a necessidade de mais estudos sobre o tema.
 
Queijo e leite podem reduzir riscos de doenças cardíacas e derrames
Uma revisão sistemática e meta-análise mais recente, de 2023, constatou que há evidências moderadas de que o consumo de cerca de uma porção de queijo por dia está associado a:

Redução de doenças cardíacas e derrames

Menor risco de mortalidade cardiovascular

Os pesquisadores observaram que a matriz do queijo, formada pela sua estrutura complexa de componentes físicos, nutricionais e bioativos, pode desempenhar um papel essencial na digestão, absorção e no impacto final na saúde humana.

Estudo reforça benefícios dos laticínios integrais
No estudo histórico Prospective Urban Rural Epidemiology (PURE), publicado em 2023, os pesquisadores descobriram que o consumo de duas porções diárias de laticínios, principalmente integrais, associado à ingestão de frutas, verduras, nozes, leguminosas e peixes, estava relacionado a:

30% de redução no risco de mortalidade por todas as causas

19% de redução no risco de acidente vascular cerebral

18% de redução no risco de doenças cardiovasculares

14% de redução no risco de ataque cardíaco

Os autores concluíram que os laticínios, incluindo os integrais, desempenham um papel importante na promoção da saúde do coração.
 
Associação positiva dos laticínios com a saúde
Outro estudo de 2023, baseado em dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição  (NHANES) com mais de 46 mil adultos nos EUA, revelou que o consumo de laticínios está associado à redução de 26% no risco de mortalidade por doenças cardíacas em pessoas com 19 anos ou mais.

Além disso, os pesquisadores constataram que o consumo de laticínios não aumenta a mortalidade por todas as causas nem está associado ao risco de morte por câncer.

Gorduras lácteas têm composição única
Os resultados dessas pesquisas destacam que a gordura láctea possui uma composição exclusiva, formada por mais de 400 ácidos graxos que parecem interagir de forma distinta em comparação com outras fontes de gordura saturada.

Além disso, os laticínios apresentam matrizes físicas e nutricionais complexas, que podem influenciar diretamente a digestão, a absorção e a biodisponibilidade de nutrientes, ampliando seus potenciais benefícios para a saúde cardiovascular.

As informações são da Dairy Foods Magazine, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint


Jogo Rápido
Sict terá ações focadas em inovação, ciência e tecnologia para o agronegócio na 48ª Expointer 
A Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) marcará presença na 48ª Expointer, que acontece de 30 de agosto a 7 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A pasta terá uma programação especial relacionada ao Centro de Inteligência do Agronegócio, incluindo atividades do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, e um evento de certificação do programa Produtos Premium. “Estar presente na Expointer é fundamental para reafirmarmos o papel da Sict como articuladora da inovação no agronegócio gaúcho. É nesse espaço que conseguimos mostrar, na prática, como políticas públicas na área de inovação, ciência e tecnologia se conectam à produção rural. Um exemplo disso é o Centro de Inteligência do Agronegócio, um hub estratégico para transformar dados em decisões, apoiar produtores e impulsionar a competitividade do setor”, destaca a titular da Sict, Simone Stülp. A programação do Centro de Inteligência do Agronegócio acontecerá no estande do governo do Estado na Expointer e será concentrada nos dias 5 e 6 de setembro, com início às 10h e final previsto para em torno das 17h. Entre os destaques do dia 5, estão os painéis “Azeites de Oliva do Rio Grande do Sul”, às 12h; “Living Labs no Agro: Inovação Colaborativa e Conexões Globais”, às 13h30; “Selo Cordeiro Premium Gaúcho: Organização da Cadeia, Qualidade e Valor Agregado”, às 15h; e “Certificação e Valorização da Lã Gaúcha: Rumo ao Selo Premium”, às 15h30. Já no dia 6, a Sict estará no painel “Inovação Agrícola 4.0: Tecnologias e Impactos Sustentáveis”, às 11h.  (Expointer)


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Porto Alegre, 27 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.467


​Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de agosto de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2025 é de R$ 4,3122/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.


Estudantes criam ração para reduzir emissão de metano na pecuária

Pesquisa tem parceria de rede de pesquisa e inovação

Inspirado pelo trabalho dos avós agropecuaristas, o estudante João Pedro Decarli, de 14 anos, está desenvolvendo uma ração para bovinos que visa reduzir as emissões de metano na pecuária. A ração é enriquecida com peptídeos antimicrobianos e metabólitos secundários extraídos do fungo Trichoderma.“Diante das mudanças climáticas e dos problemas gerados por elas na nossa região e no país, a ideia foi colocar essa funcionalidade, da redução de emissão do gás metano, na composição da ração”, ressalta João Pedro.O projeto está sendo desenvolvido na Academia Donaduzzi do Biopark Educação, em Toledo (PR), sob a orientação da docente Jessica Pandini Klauck. O estudante Leonardo Schroder Volkweis, também de 14 anos, se juntou ao colega no desenvolvimento da pesquisa. Em entrevista à Globo Rural, eles ressaltam que o objetivo também é potencializar a produção de leite, melhorar a qualidade da carne e fortalecer a imunidade dos animais.A professora afirma que a iniciativa alia biotecnologia e sustentabilidade, “buscando soluções naturais para diminuir os gases de efeito estufa e tornar a pecuária mais produtiva e ambientalmente responsável”.

O primeiro passo foi pesquisar os dados referentes à produção de metano na atividade pecuária. Leonardo destaca que o setor é responsável por cerca de 28% das emissões globais desse gás, principalmente devido à digestão dos ruminantes. “É um grande desafio ambiental, com forte impacto no aquecimento global”, reforça.

Pesquisa
Jessica explica que a principal estratégia da pesquisa é o uso da ração enriquecida com compostos antimicrobianos extraídos do fungo Trichoderma harzianum, capazes de reduzir a produção de metano no rúmen. Outra alternativa estudada é a macroalga vermelha Asparagopsis taxiformis, que pode diminuir em até 99% as emissões quando incluída em pequenas quantidades na dieta. “Já em testes nos Estados Unidos, seus resultados preliminares são bastante promissores”, acrescenta a professora.

João Pedro também destaca os benefícios do composto não envolver produtos químicos ou artificiais e que várias análises estão sendo feitas a fim de se chegar no melhor resultado. “Pensamos não só na melhora da produtividade, mas também na saúde do animal”, frisa.

Para dar andamento à proposta, foi firmada uma parceria com o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) do Biopark, que possibilitará que pesquisadores auxiliem na parte experimental do projeto. Os dois estudantes desejam que o produto seja disponibilizado no mercado e pretendem acompanhar os trâmites para aprovação. "Acredito que a pesquisa tem capacidade de ir para frente e revolucionar a indústria pecuarista", avalia Leonardo.

Premiações
João Pedro participa das atividades do clube de ciências no Biopark desde 2021. “É uma grande oportunidade, a gente pode realizar projetos, participar de feiras e ampliar nosso conhecimento”, comenta. Em 2022, ele criou um suplemento alimentar para bovinos, formulado com ingredientes naturais, com o objetivo de aumentar a produção de leite. Com esse projeto, conquistou o segundo lugar na categoria Ensino Fundamental II na 12ª Feira de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal do Paraná - Campus Palotina.

Em 2023, João Pedro desenvolveu um novo suplemento natural para bovinos, dessa vez com foco na redução da emissão de gás metano, contribuindo para a sustentabilidade ambiental. (Globo Rural)

SOJA/CEPEA: Indicadores atingem as máximas do ano

Soja estão firmes no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da maior demanda pelo grão e da valorização do dólar – o câmbio movimentou as negociações nos portos, acirrando a disputa entre consumidores domésticos e importadores. 

Os preços do complexo soja estão firmes no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da maior demanda pelo grão e da valorização do dólar – o câmbio movimentou as negociações nos portos, acirrando a disputa entre consumidores domésticos e importadores. Além disso, a redução dos custos com frete elevou os valores no interior do País. 

Nesse cenário, os Indicadores CEPEA/ESALQ – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja em grão operam nas máximas do ano. Para os derivados, as negociações estão aquecidas, sobretudo as envolvendo o farelo para a exportação. Pesquisadores do Cepea indicam que, atentos às recentes valorizações e temendo altas mais significativas, consumidores domésticos realizaram novas aquisições de farelo para completar os estoques. (Terra Viva)


Jogo Rápido
MILHO/CEPEA: Quedas nos preços domésticos perdem força
Milho perdeu a força ao longo da semana passada, com algumas regiões chegando a apresentar leve alta. Pesquisadores do Cepea indicam que a sustentação aos preços veio da posição firme de vendedores e das valorizações nos portos. Mesmo com a colheita em fase final, o movimento de queda nos preços do milho perdeu a força ao longo da semana passada, com algumas regiões chegando a apresentar leve alta. Pesquisadores do Cepea indicam que a sustentação aos preços veio da posição firme de vendedores e das valorizações nos portos, que, por sua vez, foram influenciadas pela melhora no ritmo dos embarques e pelos avanços do dólar e das cotações externas. Parte dos vendedores consultados pelo Cepea voltou a limitar a oferta no spot, se concentrando nas atividades de campo e no aguardo de melhores oportunidades. Outros que já estão com o cereal colhido e armazenado não mostram necessidade de venda imediata. Compradores domésticos, por sua vez, priorizam o consumo dos estoques e/ou preferem guardar a entrega dos lotes negociações antecipadamente – pesquisadores do Cepea destacam, inclusive, que esse contexto limitou maiores avanços preços internos. (Terra Viva)