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Porto Alegre, 20 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.048

   Valor do leite estabilizado no Rio Grande do Sul

Apesar de estar em plena safra, o valor de referência do leite se mantém estável no Rio Grande do Sul . Segundo dados divulgados nesta terça-feira (20/08) pelo Conseleite, o valor estimado para o mês de agosto é de R$ 1,0870, 0,08% menor do que o consolidado de julho, que fechou em R$ 1,0879. Segundo o professor da UPF Eduardo Finamore, é preciso pontuar que o leite fechou julho com 4 centavos acima do projetado (R$ 1,0486), o que indica um ajuste ocorrido no final do mês passado que já se estabilizou no início de agosto. "Os preços caíram muito. O que tivemos foi um ajuste". Para justificar esse cenário, o que se viu foi a elevação do leite UHT em 4,12% e a queda do leite em pó em -2,89%. Finamore alertou que os dados não consideram a recente elevação da cotação do dólar uma vez que tabulam apenas os dez primeiros dias de agosto. 

Finamore alertou que o Rio Grande do Sul precisa de um plano estratégico para escoamento de sua produção tendo em vista que, em breve, será preciso concorrer com mais competitividade por mercados externos e até mesmo dentro no Brasil. "A demanda de leite no Brasil está estabilizada, e a produtividade das vacas vem aumentando em outras regiões como Minas Gerais. O Rio Grande do Sul precisa ser mais competitivo ou achar novos mercados para seu leite" 

A reunião, realizada na sede da Fetag, em Porto Alegre (RS), foi comanda pelo vice-presidente do Conseleite, Pedrinho Signori. Segundo ele, é essencial que a análise de preços leve em conta um estudo dos custos de produção, uma vez que os insumos da atividade leiteira vêm aumentando com força. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Na foto: Wlademir Dall'Bosco, Pedrinho Signori e Darlan Palharini

Crédito: Carolina Jardine

 

GDT


 
(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat)

Preço/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 16 de agosto de 2019, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de julho de 2019 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de agosto de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul) 
 
 
Homenageados definidos
A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) divulgou a lista dos Vencedores do Agronegócio 2019. O prêmio homenageia projetos dedicados à agroindústria gaúcha e será entregue dia 28, dentro da programação da 42ª Expointer, em Esteio. Os vencedores são: Ilsa Brasil, com o projeto Transformação Industrial de Resíduos de Couro em Fertilizantes Orgânicos (categoria Antes da Porteira); Agrobella, com Carnes Premium (Dentro da Porteira); Cooperativa Languiru, com o Programa de Inclusão Social e Produtiva no Campo: Mobilização que Diversifica a Renda do Produtor Rural (Depois da Porteira); Associação dos Fumicultores do Brasil, com o projeto Verde é Vida (Sustentabilidade) e Avelã Public Affairs pelos projetos dos Observatórios da Carne e do Leite (categoria Elas no Agro). (Correio do Povo)

Porto Alegre, 19 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.047

   Sindilat leva à Expointer oficinas de harmonização de queijo

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) leva mais uma edição do Pub do Queijo, espaço gastronômico para degustação de queijos especiais, para a Expointer, em Esteio (RS). O estande, que aposta na harmonização do queijo com diferentes produtos, estará montado na Avenida Boulevard, quadra 46 e contará com uma agenda de oficinas de 24 a 31 de agosto, no Parque de Exposições Assis Brasil.

A ideia é levar à feira agropecuária um produto com harmonizações diferenciadas ao lado de cervejas, vinhos, espumantes, geleias e azeites, que estarão à venda no local. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o objetivo do Pub do Queijo é mostrar que o produto não é apenas uma alternativa de consumo com o vinho. "Queremos mostrar todas as potencialidades gastronômicas do produto", afirma.

Confira a programação completa do Pub do Queijo na Expointer 2019:

Dia 24/08 – sábado
18h30: HARMONIZAÇÃO QUEIJOS E VINHOS

Dia 25/08 – domingo
18h30: HARMONIZAÇÃO QUEIJOS E CERVEJAS

Dia 26/08 – segunda-feira
10h30: COLETIVA DE IMPRENSA E LANÇAMENTO DO 5º PRÊMIO SINDILAT DE JORNALISMO
18h30: COMO MONTAR UMA TÁBUA DE FRIOS PARA RECEBER CONVIDADOS

Dia 27/08 – terça-feira
18h30: QUEIJOS GAÚCHOS & GELEIAS

Dia 28/08 – quarta-feira
18h30: HARMONIZAÇÃO QUEIJOS E ESPUMANTES
19h: JANTAR DE ASSOCIADOS DO SINDILAT

Dia 29/08 – quinta-feira
18h30: COMO MONTAR UMA TÁBUA DE FRIOS PARA RECEBER CONVIDADOS

Dia 30/08 – sexta-feira
18h30: HARMONIZAÇÃO QUEIJOS E CERVEJAS

Dia 31/08 – sábado
18h30: HARMONIZAÇÃO QUEIJOS E AZEITES GAÚCHOS
*Programação sujeita a alteração sem aviso prévio

 

Leite/AR

A desvalorização progressiva da moeda argentina registrada até julho passado provocou melhora substancial no preço do leite recebido pelos produtores de leite. Mas, esse fenômeno começará a desinflar a partir deste mês de agosto.
Em julho passado o preço médio ponderado do leite pago ao produtor a nível nacional foi de 15,31 pesos por litro, o equivalente a US$ 0,36/litro, considerando o câmbio médio de referência publicado pelo Banco Central (BCRA).

É um valor 4% acima do registrado em junho deste ano (US$ 0,34/litro) e 39% superior ao de julho do ano passado (US$ 0,25/litro), segundo dados publicados pelo Departamento Nacional de Laticínios com base nos pagamentos registrados no Sistema de Controle (Siglea).

Ainda que o preço médio no primeiro trimestre de 2018 tenha ficado entre US$ 0,29 e US$ 0,30/litro, devido à defasagem cambial, a desvalorização abrupta destruiu os preços do leite que chegou ao mínimo de US$ 0,20/litro em setembro de 2018.

 

A redução do faturamento, agravada pelos eventos climáticos severos em algumas bacias leiteiras, promoveu uma aceleração do processo de fechamento de fazendas de leite e redução do rebanho leiteiro, provocando a queda na oferta disponível de leite na primeira metade de 2019.

Diante da restrição da oferta, no primeiro semestre algumas indústrias de laticínios argentinas passaram a adotar uma concorrência agressiva para conseguir a matéria prima, fazendo com que os preços subissem, acompanhando a concorrência crescente. A partir do mês de julho, com a recuperação sazonal da produção de leite, o processo altista perdeu fôlego.

Enquanto isso, o BCRA manteve a média do dólar em 42,5 pesos em julho. No entanto, logo depois das eleições primárias (PASO) a cotação da moeda norte americana disparou, podendo superar os 56 pesos por dólar, o que irá derreter o preço do leite em dólar. (valorsoja – Tradução livre: Terra Viva)

 
CTC/Leite: especialistas discutem situação da produção do setor leiteiro
A situação da produção e a qualidade do leite no Brasil foram debatidas na última semana, em Brasília, na 1ª reunião da Comissão Técnica Consultiva (CTC/Leite). Participaram da reunião representantes da Rede Brasileira de Laboratórios da Qualidade do Leite (RBQL), da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados e das secretarias de Política Agrícola, de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação e de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os técnicos analisaram os dados do sistema informatizado para monitoramento da qualidade do leite e apresentaram propostas de ações de curto e médio prazo para a melhoria da qualidade do produto, com base nas avaliações e análises realizadas, conforme a portaria nº 142, de 19 de julho deste ano, que cria a CTC/Leite. Foram apresentados estudos de competitividade da cadeia produtiva do leite, do Programa Mais Leite Saudável e do Observatório da Qualidade do Leite. A próxima reunião está marcada para o dia 4 de setembro. (As informações são do Mapa)

Porto Alegre, 15 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.045

   Ministério da Agricultura projeta valor da produção no campo em R$ 603 bi

A melhora das perspectivas no mercado de milho levou o Ministério da Agricultura a elevar levemente sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do país em 2019. Segundo levantamento divulgado ontem, (13), a Pasta passou a prever o VBP total em R$ 603,4 bilhões, cerca de R$ 600 milhões a mais que o projetado em julho e montante 1,2% superior ao de 2018.

 

Para os 21 produtos agrícolas que fazem parte da pesquisa, o VBP foi ajustado pelo ministério para R$ 399 bilhões, mesmo patamar previsto em julho e com queda de 0,4% em relação ao ano passado. Essa queda virá sobretudo da piora apontada para a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro. Segundo o ministério, o VBP do grão deverá atingir R$ 128,8 bilhões neste ano, 13,4% menos que o recorde histórico de 2018. Influenciam essa redução a queda da colheita nesta safra 2018/19 e a tendência de retração de preços, em parte derivada da menor demanda.

Para o VBP do milho, cuja safrinha bateu novo recorde, a projeção do ministério voltou a melhorar. Passou a ser de R$ 60,5 bilhões, 22,9% superior ao montante de 2018. No caso da cana, a Pasta ajustou sua estimativa para R$ 58,3 bilhões em 2019, 8,4% menos que no ano passado. Vale destacar, ainda, as altas na comparação com 2018 de algodão (16,6%, para R$ 41,4 bilhões), laranja (8,1%, para R$ 14 bilhões), banana (20,5%, para R$ 12,8 bilhões) e trigo (8,2%, para R$ 5 bilhões), além da baixa projetada para o café (24,7%, para R$ 19,6 bilhões).

Para o VBP conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o ministério ajustou sua estimativa para R$ 204,4 bilhões, 4,5% mais que em 2018. Pesam para esse aumento os reflexos positivos da epidemia de peste suína na China para demanda e preços no mercado global de carnes em geral e sobre as exportações brasileiras em particular. Para o frango, a previsão de VBP do ministério foi mantida em R$ 62,9 bilhões, 13,4% mais que em 2018. Também há aumentos projetados para os bovinos (1,3%, para R$ 81,4 bilhões) e para os suínos (9,3%, para R$ 15,9 bilhões). E há quedas calculadas para o leite (1,6%, para R$ 33 bilhões) e para os ovos (4%, para R$ 11 bilhões). (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

Italac recebe troféu Agroleite na categoria laticínios 

Concorrendo com outras duas marcas de laticínios, a Italac venceu, pelo terceiro ano consecutivo, a disputa da categoria no Prêmio Troféu Agroleite, promovido pela Castrolanda. A cerimônia ocorreu na noite desta quarta-feira (14/8), no Memorial da Imigração Holandesa, localizado na cidade de Castro, Paraná.

Neste ano, completando 18 anos de premiação, o Oscar do Leite, como é conhecido, apresentou um novo regulamento que contou com 11 categorias distintas, cuja votação foi realizada pela internet.  São elas: Genética, Nutrição, Medicamentos, Bem-Estar, Sementes, Ordenha e Refrigeração, Máquinas e Equipamentos, Produtor de Leite, Agente Financeiro, Laticínios e Embalagens.

Disputando com a Italac na categoria laticínios estavam as marcas Nestlé e Xandô. Para o presidente da Italac, Cláudio Teixeira, é uma honra para a empresa participar da cerimônia.  "Se Deus quiser ano que vem estaremos aqui recebendo, mais uma vez, esse importante prêmio para nós", declarou, parabenizando a cooperativa pelo trabalho e sucesso que tem conquistado. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 

UE pressiona Austrália pela proteção de nomes de produtos lácteos no acordo de livre comércio

Enquanto a União Europeia (UE) e a Austrália negociam um acordo de livre comércio, a UE deu à Austrália uma lista de mais de 400 produtos que deseja proteger como parte de qualquer acordo, com muitos termos de laticínios incluídos.

O Ministro de Comércio, Turismo e Investimento da Austrália, Simon Birmingham, disse que o processo de consulta pública sobre Indicações Geográficas (IG) oferecerá à indústria um período de três meses para comentários. 

A designação IG é pretendida pela UE para proteger produtos tradicionais e localizados e, assim, garantir uma qualidade padrão. Em resposta, o governo australiano está à procura de comentários públicos sobre os planos, com a Federação Nacional de Agricultores do país (NFF) já afirmando que não está impressionada com a perspectiva. “Os australianos podem ter certeza de que faremos uma barganha muito difícil - como sempre fazemos - para conseguir um acordo geral que ofereça mais oportunidades para os agricultores e empresas do nosso país. Em última análise, só faremos este acordo se, no geral, for do interesse da Austrália fazê-lo”, disse Simon.

Definir demandas
A UE é o segundo maior parceiro comercial da Austrália e, em 2008, a Austrália concordou com um acordo de comércio de vinhos que cobria algumas restrições da UE às IGs. As exigências da UE incluem qualquer uso comercial direto ou indireto de um nome de IG para produtos comparáveis, o que significa que um produtor australiano não poderia comercializar um queijo 'estilo feta' ou um produto 'semelhante ao camembert'.

Enquanto muitos dos queijos não possuem nomes conhecidos, outros são, como camembert de Normandie, feta, brie, stilton branco e azul, mussarela, provolone, gorgonzola, parmiggiano reggiano e gruyère. No total, existem 56 queijos na lista, além de duas manteigas e um produto cremoso.

NFF (Federação Nacional de Agricultores) preocupada
A NFF disse que está desgostosa que o governo australiano tenha dado o próximo passo para proibir o uso de nomes comuns de alimentos na Austrália, como feta, brie e camembert. "Os agricultores australianos ficarão em uma situação pior se o governo concordar com as exigências da UE de que nós estendamos proteção para as indicações geográficas (IGs) para alimentos e outros vinhos e bebidas alcoólicas", disse o presidente-executivo da NFF, Tony Mahar.

"As negociações do acordo devem abrir mercados e liberar o comércio entre parceiros de livre comércio. Tudo o que ouvimos da UE desde o início das negociações foi que a agricultura era um setor ‘sensível’ para a UE e a Austrália precisaria concordar em estender a proteção às IGs da UE se quiséssemos um acordo de livre comércio”.  

Mahar disse que, se o governo "ficasse fraco" nas IGs, seria um golpe duplo para os agricultores. "Não só nos foi dito que o novo acesso para produtos agrícolas ‘sensíveis’ será difícil, e que não obteremos nenhum novo acesso para açúcar, laticínios, pequenos produtos e outros produtos, mas também, teremos que abrir mão de nomes de alimentos comuns e as vendas que os acompanham?"

A NFF comentou que, durante anos, os agricultores australianos sofreram com políticas protecionistas da UE, incluindo sua política de IGs. O acordo de livre comércio apresenta uma oportunidade crítica para nivelar o ‘campo de jogo’.

Mahar acrescentou: "o sistema de proteção de marcas da Austrália pode fornecer a mesma proteção, se não melhor, para produtos especializados. Não precisamos de um sistema novo, separado e financiado pelos contribuintes para proteger os nomes de produtos europeus. O governo australiano não deve considerar qualquer extensão da proteção das IG sem um compromisso garantido da UE de acesso excepcional ao mercado para todos os produtos agrícolas australianos sem nenhuma exclusão. Se a UE realmente acreditar em sua retórica sobre o livre comércio, esse resultado beneficiará os agricultores e consumidores europeus tanto quanto os agricultores australianos".

No entanto, o ministro Birmingham disse: “há enormes oportunidades para os agricultores e empresas australianos se pudermos melhorar seu acesso aos mercados em toda a UE. A UE possui mais de 500 milhões de consumidores e, mesmo com as restrições comerciais existentes, já é o terceiro maior mercado de exportação da Austrália. Embora compreendamos a importância que a UE atribui às indicações geográficas, a nossa prioridade é garantir que os nossos agricultores e empresas possam obter um melhor acesso ao mercado e serem mais competitivos na UE. Esse processo de consulta nos ajudará a entender melhor as visões da indústria australiana, o que nos ajudará em nossas discussões contínuas com a UE sobre o porque a proteção solicitada de certos termos não será aceitável em alguns casos”. Os comentários públicos podem ser feitos até 13 de novembro. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

PIB do agronegócio calculado por Cepea e CNA cresceu 0,65% em maio
 O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 0,65% em maio, de acordo com cálculos conjuntos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Com isso, informou o Cepea, de janeiro a maio o PIB do setor passou a apresentar alta de 0,68%. Entre os ramos que compõem o agronegócio, o agrícola registrou aumento de 0,13% em maio, mas nos primeiros cinco meses do ano a variação ainda ficou negativa (0,39%). No pecuário houve avanço de 2,06% em maio e, nos primeiros cinco meses, de 3,63%. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Porto Alegre, 14 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.044

  IBGE aponta alta de 7,1% na prévia da captação de leite para o 2º tri de 2019

De acordo com os dados prévios divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (14/08), os resultados parciais da Pesquisa Trimestral do Leite para o segundo trimestre de 2019 apontam uma alta de 7,1% em relação ao segundo trimestre de 2018, com uma captação de 5,86 bilhões de litros de leite. Confira a evolução das variações trimestrais anuais no gráfico 1.

Gráfico 1. Captação formal: variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE.

Um dos principais fatores para o aumento contínuo de produção é o fato de o indicador Receita Menos Custo da Ração (RMCR) se manter em patamares historicamente altos durante todo o ano de 2019, acima de R$ 20/vaca/dia até o momento. O acumulado janeiro-julho de 2019 está 26% acima do acumulado de janeiro-julho de 2018, como mostra o Gráfico 2.

Gráfico 2. Evolução do indicador Receita Menos Custo da Ração (RMCR). Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do DERAL/SEAB/PR e do Cepea.


 
Em relação ao aumento de captação durante o segundo trimestre de 2019, é válido destacar que essa variação foi ainda maior devido ao fato de que - durante o segundo trimestre de 2018 - ocorreu a greve dos caminhoneiros no Brasil, o que prejudicou a captação de leite principalmente para o mês de maio de 2018. (Milkpoint Mercado)

 

Produção/UR 

Entre janeiro e junho deste ano, 89 produtores de leite deixaram a atividade, de acordo com dados oficiais do Fundo de Financiamento e Desenvolvimento Sustentável da Atividade Leiteira (FfDSAL). A comissão administradora desse fundo é integrada por representantes do Ministério da Pecuária, outros dois delegados dos ministérios da Indústria e Economia, além de representantes dos produtores, da indústria de laticínios e do Inale.

Segundo informou o site Blasina y Asociados, confirmado por El Observador, em 31 dezembro de 2018 estavam registrados 2.448 produtores de leite. No dia 30 de junho eram 2.359, pecuaristas entregando leite para as indústrias. De acordo com as matrículas registradas no FfDSAL, em março de 2016 eram 2.634 produtores de leite, enquanto em 2019 já havia caído para 2.411, ou seja, 223 menos.

Estes dados oficiais implicam que a cada 48 horas um produtor de leite abandona a atividade, número que se alinha à análise realizada pela Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), que verificou que a cada 42 horas uma fazenda de leite fechava a atividade.

É até provável que os números apresentados pelo FfUDAL estejam subestimados, dado que muitos produtores que adquirem novas fazendas de leite podem manter a matrícula por uma questão financeira, esclarece o Blasina y Asociados, segundo as entidades.

No caso do trabalho realizado pela ANPL, são considerados os altos e baixos das matrículas da Conaprole, e dados procedentes do cumprimento das obrigações com o FfDSAL, que registra a média de 24 fazendas de leite a menos por mês, o que equivale a 288 estabelecimentos anuais.

Por outro lado, o fechamento de fazendas começa refletir no abate de vacas de leite. De acordo com dados do Instituto Nacional de Carnes (INAC), em julho foram abatidas 7.190 vacas de leite, o que representou 35% a mais em relação às 5.340 de junho. De janeiro a julho foram 50.354 vacas abatidas, o que representou aumento de 9% em relação aos abates no mesmo período de 2018.

Nos últimos 12 meses móveis, foram 84.484 vacas de leite abatidas, segundo divulgou Blasina y Asociados, marcando uma queda em relação ao máximo histórico alcançando em maio passado, quando 86.122 vacas de leite foram encaminhadas para corte. (El Observador – Tradução livre: Terra Viva)

Desvalorização cambial/AR 

Diante da forte desvalorização, depois da derrota do governo nas eleições primárias, “voaram os custos da produção de leite, e o preço do leite caiu de US$ 0,35 para US$ 0,26/litro” ao produtor, disse a entidade de classe Coprolecoba, que representa os produtores de leite. 

Quando o cenário comercial para o setor lácteo parecia haver encontrado um equilíbrio razoável em matéria de preços ao produtor, também para a indústria e preços favoráveis para o leite em relação a insumos “chave” para a produção, vieram resultados imprevisíveis. “A reação imediata dos mercados determinou uma forte queda no valor das empresas argentinas e os bônus emitidos pelo Estado, e uma disparada do risco país e do dólar, com o qual, outra vez, voaram os custos de produção”, destacou a entidade setorial.

Isso representou um banho de água fria no curto prazo: “Em situações assim, a experiência indica tratar de manter a calma, compartilhar informações e opiniões com os colegas e colaboradores, e não tomar decisões importantes precipitadamente”, alerta a Caprolecoba.

Diante de uma nova situação conjuntural na Argentina como consequência deste resultado das primárias, a Caprolecoba destacou a necessidade, diante da quase inevitável mudança de governo que se aproxima, de apoiar e continuar aquelas políticas leiteiras que surgiram como conquista da categoria, e que deverão ser consolidadas e desenvolvidas. “Sobre os grupos de discussão, Siglea e a Mesa de Competitividade Láctea – MCL – é importante que se possa assegurar a continuidade e a melhora de seus funcionamentos. A MCL reúne produtores e industriais com os setor público estadual e nacional, e já tem uma agenda de trabalho própria, elaborada pelos próprios participantes. Esta continuidade pouparia tempo a todos e pode ser de grande utilidade para o setor no próximo governo”, disse a entidade. (TodoAgro – Tradução livre: Terra Viva)

 
Lactalis
Pensando nas oportunidades dessa categoria, que vai além do consumo queijos tradicionais e frescos, a marca aposta em maior A Lactalis tem investido na marca Président para ampliar seu alcance nacional na categoria de queijos, cujo consumo cresceu 13% no Brasil em 2018, na comparação com 2017, segundo dados da Kantar. acessibilidade, por meio da oferta de frações menores, que ajudam a quebrar a ideia de que é preciso gastar muito para ter produtos como Brie e Emmental. Diversos itens da marca Président já estão sendo comercializados em frações que variam de 150 g a 350 g, com preço ao consumidor entre R$ 10 a R$ 15. A empresa também tem investido em divulgação, com ativações com a apresentadora Ana Maria Braga e o patrocínio do programa Top Chef. Para os pontos de venda, a marca desenvolveu as Geladeiras Président e mesas de queijo. (Giro News)

Porto Alegre, 13 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.043

  Fonterra prevê perda de até NZ$ 675 milhões no ano financeiro que acabou de terminar

A Fonterra divulgou que as baixas contábeis levariam a cooperativa a uma perda de NZ$ 590 milhões a NZ$ 675 milhões (US$ 381 a 436 milhões) no ano financeiro que acabou de terminar. A cooperativa disse que não pagaria um dividendo para o ano até 31 de julho para poder pagar as dívidas. A perda anual seria apenas a segunda da Fonterra desde sua criação em 2001.

O diretor executivo, Miles Hurrell, disse que ficou claro que a Fonterra precisava reduzir o valor contábil de vários de seus ativos e levar em conta outros ajustes contábeis pontuais, que totalizam cerca de NZ$ 820-860 milhões (US$ 530-US$ 555,6 milhões). "Desde setembro de 2018 estamos reavaliando todos os investimentos, grandes ativos e parcerias para garantir que eles ainda atendam às necessidades da cooperativa. Não estamos deixando pedra sobre pedra no trabalho para transformar nosso desempenho. Analisamos nossos negócios de ponta a ponta, incluindo a venda e a revisão do futuro de vários ativos que não são mais essenciais para nossa estratégia", disse ele em um comunicado.

O processo de revisão também identificou um pequeno número de ativos que foram supervalorizados, com base nas perspectivas de seus retornos futuros esperados. "Enquanto a faixa de lucro subjacente do ano fiscal de 2019 da cooperativa está dentro da atual orientação de 10-15 centavos por ação, quando você leva em consideração essas prováveis baixas, esperamos ter uma perda reportada de US$ 590-675 milhões (US$ 381 a 436 milhões) este ano, o que é uma perda de 37 a 42 centavos (23,9 a 27 centavos de dólar) por ação", completou ele.

Hurrell citou a maioria dos ajustes contábeis pontuais relacionados a despesas com depreciação não-caixa em quatro ativos específicos e os desinvestimentos que a cooperativa fez este ano como parte da revisão do portfólio. "A DPA Brasil, o negócio de consumidores da Nova Zelândia, o desempenho da China Farms e da Australian Ingredients têm melhorado, mas mais lento do que o esperado e não no nível em que baseamos nossos valores anteriores", disse ele.

A avaliação contábil da Fonterra para a DPA Brasil será prejudicada em cerca de NZ$ 200 milhões (US$ 129,2 milhões), devido principalmente às condições econômicas no Brasil. O fechamento de seu negócio de consumo venezuelano significaria um ajuste contábil de cerca de NZ$ 135 milhões (US$ 87,2 milhões), relacionado principalmente à liberação da reserva acumulada de conversão de moeda estrangeira adversa. O valor contábil para a China Farms será prejudicado em aproximadamente NZ$ 200 milhões (US$ 129,2 milhões) devido ao desempenho operacional mais lento do que o esperado.

Em seu negócio de consumo na Nova Zelândia, o efeito combinado dos desafios operacionais, juntamente com uma recuperação mais lenta do que planejada na participação de mercado da Fonterra, resultaram na reavaliação de seus ganhos futuros. "Estamos agora reconstruindo este negócio e, como parte disso, vendemos o Tip Top, que permite que a equipe se concentre em seu core business. O impacto combinado é uma redução de cerca de NZ$ 200 milhões (US$ 129,2 milhões)", disse Hurrell.

O presidente John Monaghan disse que, à luz das reduções significativas que refletem importantes ajustes contábeis que a Fonterra precisava fazer, a diretoria apresentou sua decisão sobre o dividendo anual.

"Em última análise, somos acusados de atuar nos melhores interesses de longo prazo da cooperativa. O desempenho subjacente da empresa está alinhado com os últimos resultados, mas não podemos ignorar a perda reportada entre NZ$ 590 - NZ$ 675 milhões (US$ 381 a 436 milhões) quando você olha para o quadro geral", disse ele.

"Não pagar dividendos para o ano fiscal de 2019 faz parte da nossa intenção declarada de reduzir a dívida da cooperativa, que é do interesse de todos a longo prazo", finalizou ele.

Em 12/08/19 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,64607
1,54781 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) 
(As informações são do Otago Dairy Times, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Preços/AR 

Este ano o preço da matéria prima começou tomar um caminho ascendente que poucas vezes foi registado na história. O calor fez cair a produção, tal como ocorre em todo o verão, mas a demanda extraordinária de leite com destino social fez com que houvesse a necessidade de assegurar leite cru às indústrias, que começaram a elevar os preços de uma forma extraordinária.

Deve-se ter em conta que o leite produzido em janeiro foi comprado a AR$ 9,63/litro, [R$ 0,72/litro], na média nacional, enquanto que no mês de junho foi pago AR$ 15,15/litro, [R$ 1,14/litro]. São quase seis pesos de aumento no preço da matéria prima, mas, não por decisões políticas sábias, mas pela simples equação da oferta e demanda.

Em fevereiro a produção caiu para 668 milhões de litros, e em junho 808 milhões. Definitivamente, a produção de leite continua estagnado desde 1999.

No meio de tudo isso e sem alcançar novos mercados internacionais, e apesar das previsões feitas pela Agroindústria, as 19 indústrias de laticínios registradas para exportar fazem seus negócios e precisam cumprir seus contratos. 

O consumo interno está muito baixo, porque somente o litro de leite em embalagem Tetra Pak já aumentou cerca de 20 pesos no semestre, e ainda continua mantendo o sistema de remarcação. Cada vez que nos deparamos com os lácteos nas gôndolas, é preciso refazer os cálculos e, cortar itens acaba sendo inevitável. O consumo reduzido pode ser explicado pelos cremes, iogurtes e sobremesas que custam acima de 30 pesos por unidade, pelo queijo pastoso em torno de 90 pesos, ou o queijo cremoso por 300 pesos o quilo.   

Segundo dados oficiais a queda na demanda interna de leite fluido foi de 13%, leite em pó (-11%); queijos (-6%), e os outros lácteos (-13%) até o quinto mês de 2019, em relação a 2018.

Nesse contexto, a expectativa era de que na primavera, com um pouco mais de leite, o mercado iria se acalmar no ajuste dos preços ao produtor, no entanto, o tempo se antecipou. 

A matéria prima produzida em julho, que começa ser paga agora, não trás boas notícias. A maioria das indústrias interrompeu os reajustes, sobretudo as que estavam pagando acima de 15 pesos. A novidade é ainda mais complexa se for levado em consideração a desvalorização do peso desta semana. A conta no campo, onde os insumos são comprados em dólar, começa não fechar. Uma vez mais o produtor é o primeiro da cadeia que perde e não há compensação possível.

Quando os produtores foram alertados de que era hora de negociar, e encorajados a fechar contratos, é porque o horizonte mostrava essa tendência. Mas, as nuvens chegaram mais cedo do que o esperado. Deve-se entender que a formalização do setor lácteo deve começar pelas partes, já que a política não tem intenção de solucionar os conflitos. Foram poucos os que se atreveram e tiveram sucesso. Com um valor de referência real, terão em mãos os valores futuros e maior segurança em seus negócios. (Portalechero – Tradução livre: Terra Viva)


Leite/UR

O presidente da União Rural de Flores (URF), Daniel Laborde disse que para os produtores de leite as notícias “não são boas” porque “estamos em um setor que manteve em dez pesos durante muito tempo em um país dolarizado, e que muitos produtores não têm a escala necessária para manter a fazenda em funcionamento”. 

Felizmente tivemos “um bom ano. Se tivesse ocorrido seca, inverno muito chuvoso ou frio, seguramente as consequências seriam muito mais graves”, avaliou.

“O setor lácteo é basicamente de produtores familiares, sem escala: poucas vacas em produção e cujo resultado do trabalho de todos os dias é o salário. Se o salário cai 20 ou 30% e os custos sobem 8% ou 10%, anualmente, então estará com problemas. Isto é o que se passar no setor leiteiro. O preço do leite foi mantido durante os último três anos, os custos em dólares continuaram subindo e evidentemente existem muitos produtores em dificuldades”, explicou.

Quanto à produção, Laborde disse que “o ano ajudou muito”. “No primeiro semestre a produção foi menor em relação a anos anteriores, possivelmente associado ao fato de que tivemos um bom verão, e como as contas não fechavam, a produção de leite foi a mais barata possível. Hoje a produção está muito próxima à do ano passado. Estamos tendo um ano muito bom, com um verão e um outono favorável. Esperamos uma boa primavera para melhorar a produção, e que os números comecem a fechar. Cabe esperar que “os preços internacionais e a situação interna do país acompanhe um pouco para poder recompor o setor que está em dificuldades”, concluiu. (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva) 
 
Leite UHT 
Os preços médios na primeira quinzena de agosto do leite UHT e do queijo muçarela se elevaram em 3,12% e 0,99%, respectivamente, fechando a 2,5108/litro e R$ 17,7432/kg, na mesma ordem. Esse cenário se deve, ainda, ao aumento na cotação do leite no mercado spot e à elevação nos valores da matéria-prima no campo. Quanto às negociações entre indústrias e atacados, pesquisas do Cepea apontam que ainda permanecem enfraquecidas. (Cepea)

Porto Alegre, 12 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.042

  Leilão GDT apresenta desvalorização em todos os derivados lácteos!

O leilão GDT, realizado na última semana resultou em uma queda dos preços de todos os derivados lácteos negociados. Neste leilão, o índice de preços GDT caiu 2,6%, com o preço médio fechando em US$ 3.253/tonelada, como ilustra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preços médios e variação no índice de preços em relação ao leilão anterior. Fonte: Global Dairy Trade. 
 

As tensões que envolvem países produtores de petróleo – em especial o Irã – fizeram o preço do barril de petróleo atingir o valor de 55,70 dólares nessa semana, o menor valor desde de 20 de junho de 2019. Há uma série de países exportadores de petróleo que compram leites em pó e outros derivados lácteos, o que pode explicar uma maior pressão por uma queda no leilão dessa quinzena.

O leite em pó integral, que corresponde por 51% da formação de preços do “GDT Price Index”, apresentou uma queda de 1,7%, com o preço médio a US$ 3.039/tonelada. Na mesma toada, a desvalorização do leite em pó desnatado – que corresponde a 21% do índice GDT – foi de 1,6%, com preço médio a US$ 3.039/tonelada.

Os Estados Unidos, um país tipicamente exportador de leite em pó desnatado, buscou oferecer preços mais competitivos após uma redução de 15,3% no volume exportado de leite em pó desnatado ao compararmos o primeiro semestre de 2019 (período o qual foram exportadas 327 mil toneladas) com o primeiro semestre de 2018 (quando foram exportadas 387 mil toneladas no período). É possível notar essa evolução no gráfico abaixo. 

Gráfico 2. Exportações de leite em pó desnatado dos Estados Unidos em toneladas para o primeiro semestre de 2018 e para o primeiro semestre de 2019. Fonte: USDEC.


Com todos os derivados lácteos negociados no leilão apresentando queda, é possível notar desvalorização também para a gordura anidra (-5,1% e preço médio de US$ 5.246/tonelada), para a manteiga (-5,5% e preço médio de US$ 4.165/tonelada), e para o queijo (-2,0% e preço médio de US$ 3.838/tonelada).


Após um mês de setembro com vendas comprometidas a valores mais altos para o leite em pó integral nos preços futuros do GDT - os quais se distanciam nesse mês dos preços praticados na bolsa NZX, de outubro até janeiro, tanto para os preços do GDT como para os preços da bolsa NZX - os preços ficaram próximos a US$ 3.000/tonelada, como é possível notar no gráfico 3. (Milkpoint Mercado)

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral – GDT vs. NZX. Fonte: Global Dairy Trade. 
 

 

Com a crise, consumidor está mais preocupado com qualidade e menos com marcas

A crise mudou os hábitos de compra. Junto com o acesso à tecnologia, o consumidor mudou a forma de enxergar a relação custo-benefício. De acordo com um estudo do Instituto Locomotiva, 67,9 milhões de pessoas dizem que não se identificam com nenhuma marca. A pesquisa afirma que aconteceram mudanças no consumo em todas as classes sociais.

Os pesquisados colocaram como item de menor importância a marca na hora de decidir comprar algo que equilibre bom preço e qualidade. O preço, que antes era o fator mais relevante para a realização da compra passou para o terceiro lugar.

81% dos pesquisados disseram estar mais preocupados com a qualidade do que adquirem. Além disso, 89% afirmaram ter hoje mais consciência de seus direitos como consumidor e 77% que passaram a exigi-los mais do que há 10 anos.

Simone Nicolasi, professora de comunicação mercadológica pelo Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), considera a mudança “um reflexo muito positivo do nosso amadurecimento enquanto sociedade economicamente ativa. Mesmo com as incertezas econômicas, independente da classe social, temos consumidores que têm pesado outras questões para além do preço, pessoas que não caem mais no truque do produto barato que quebra rápido”.

Um exemplo disso seria o mercado de móveis, que explodiu com o estimulo à compra da casa própria. As fabricantes de móveis se aproveitaram para vender itens de baixa qualidade e que traziam altos custos no médio prazo.

Este cenário colaborou para que parte dos consumidores deixasse de se identificar com as marcas. Quando analisados grupos como de mulheres, negros ou idosos, o percentual é ainda maior. Esta mudança revela que apenas o nome não é mais suficiente para garantir vendas e que “novas marcas ainda têm espaço para ganhar mercado”, afirmou Nicolasi.

43% dos consumidores não se sentem representados pelas marcas. As pessoas estão mais exigentes, querem empresas e produtos que resolvam seus problemas antecipadamente, de forma rápida. Elas querem ofertas individualizadas, personalizadas. Assim, o online é, cada vez mais, a escolha natural. Este deve ser o caminho dos varejistas que querem cativar o consumidor. (Newtrade) 

 
 
Indústria do leite também estará presente na Expointer
O sindicato das indústrias de laticínios e produtos derivados do RS (Sindilat-RS) estará presente na Expointer com o PUB queijo. O diretor tesoureiro da entidade, Jéferson Smaniotto, falou da participação na feira, bem como do acordo Mercosul/União Europeia. CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista. (Agert)

Porto Alegre, 09 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.041

   Exportações/UR 

As exportações de lácteos cresceram em julho graças à demanda da Argélia que compensou o menor volume de negócios com o mercado brasileiro. As compras totalizaram 19.022 toneladas, ao custo de US$ 63 milhões no mês passado. Assim sendo, houve aumento de 5% em volume e de 16% em dólares, em relação a igual mês de 2018, segundo dados da Alfândega.
 
 


 
As exportações de leite em pó integral foram as maiores do ano, com 14.083 toneladas pelo valor de US$ 46,9 milhões. A Argélia foi o principal destino, 8.902 toneladas ao custo de US$ 30,2 milhões. Em valor, representou 47% do total das vendas. O leite em pó integral foi o único produto exportado para a Argélia.

Em valores, depois vem a Rússia, que comprou por US$ 8,8 milhões, 1.947 toneladas de manteiga, leite em pó integral, queijos e leite em pó desnatado. A Rússia teve participação de 10% na quantidade exportada e de 14% em valor.

Em volume o Brasil ocupou o segundo lugar em julho, com 2.584 toneladas (14% do total) por US$ 8,3 milhões (13% do total). O leite em pó integral foi responsável por 74% do volume exportado para o Brasil, e o restante foi em queijos.

Em relação a junho, os envios para o Brasil retrocederam 38% em volume e 36% em valor. Quase a metade enviada foi de leite em pó integral, caindo 47% em relação ao mês anterior, e os queijos vendidos para o país vizinho baixaram 9%.

Em comparação com o mesmo mês do ano passado, as exportações de lácteos para o Brasil caíram 23%, tanto em volume como em valor. (Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Setor leiteiro do mundo de olho na China depois da queda do yuan

O Banco Popular da China desvalorizou na última terça-feira (06) o yuan - a moeda de seu país - levando-o ao nível mais baixo por 11 anos, o que gerou medo nos laticínios mundiais. A China é o maior importador mundial de produtos lácteos - o grande comprador de leite em pó integral, entre outros produtos - e o fato de a moeda chinesa ter caído 1,4% em relação ao dólar pode reduzir o aumento dos preços que traziam os lácteos ao mercado, levando a uma nova queda.

“Se a China desvalorizou, o mais lógico é que tenda a diminuir o preço dos laticínios. Uma recuperação de preços havia começado e temos medo de gerar um novo problema de preços baixos que não era esperado”, explicou Justino Zavala, diretor da Associação Produtores de Leite de Canelones, Uruguai. Justin reconheceu que a China "é o motor da compra de produtos lácteos" e, para o Uruguai, é um mercado muito importante.

Crédito
Por sua vez, internamente, os produtores de leite uruguaios estão esperando, de um momento para outro, pela publicação do Decreto que habilita o Fundo de Garantia que servirá de apoio ao crédito em condições favoráveis implementado pelo Banco da República. O crédito voluntário para assistência aos produtores - em face da crise econômica no setor - também inclui os produtores de leite categoria 4 e 5 (com capacidade de pagamento comprometida), que não foram cobertos pelo Fundo de Garantia para Produtores de Leite (Fogale). Essa conquista foi alcançada pelos sindicatos após várias negociações com o governo e com as autoridades do banco do país.

O decreto de referência que os produtores esperam e que deve ser assinado pelo presidente Vázquez deve estabelecer algumas mudanças na regulamentação para que seja plenamente garantida aos pequenos produtores, segundo Zavala. Dificilmente ficará operacional no final deste mês, pois há muitos detalhes a serem resolvidos, tanto no Banco da República como no Banco Central do Uruguai. "Nós tínhamos a ideia de que conseguiríamos que ele estivesse operacional este mês, mas depois da reunião com as autoridades do Banco da República, vimos que é muito difícil", confirmou o diretor da Associação Produtores de Leite de Canelones.

Na produção, o clima vem acompanhando e estimula maior produção. “Espera-se que haja alguma recuperação na produção de leite em agosto. Também é esperado que este mês traga um preço melhor para o leite do produtor e não apenas por causa do aumento no consumo de leite”, disse Zavala. A esperança de conseguir um preço melhor ainda está viva. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Top 20 Rabobank 

O último relatório anual Rabobank sobre as maiores indústrias de laticínios do mundo revela os gigantes de um dos mais valiosos setores da alimentação. Em 2018, o baixo preço das commodities, as condições adversas de tempo em regiões chave, as elevadas cotações do dólar combinadas com variações cambiais, afetaram o desempenho das companhias TOP 20 do setor lácteo global. Em dólares, ainda houve aumento de 2,5%, em 2017 havia sido 7,2%, mas, em euros, houve queda de 2%, quebrando a tendência de 2017 quando houve crescimento de 5,1%.
 
Fusões e Aquisições (M&A) vieram para ficar
As fusões e aquisições nos setor lácteo ficaram ativas em 2018. O crescimento via M&A tornou-se uma estratégia para a maioria das empresas listadas no Global Dairy Top 20 do Rabobank. No entanto, toda a atividade de M&A não alterou os três primeiros lugares, embora a distância entre o número um e o número dois esteja sendo reduzida. Pelo terceiro ano consecutivo ninguém entre na lista, uma vez que não houve transação entre as grandes nos últimos 18 meses. (Rabobank - Tradução livre: Terra Viva)

 
Consumidor 60+ 
A participação dos idosos no mercado brasileiro é cada vez maior, devido ao aumento da expectativa de vida no país. Porém, este não é privilégio só nosso, já que estudos, informações, entrevistas e pesquisas realizadas pela emissora Rede Globo apontam uma maior participação desse público no consumo em todo o mundo. De acordo com as análises da central de inteligência da emissora, a população 60+ é a que mais cresce no mundo e dobrará até 2060. Além disso, daqui a 30 anos apenas a África não terá 25% da sua população na faixa etária com 60 anos ou mais. Portanto, é essencial que as estratégias dos supermercados comecem a dar mais atenção a este público e falar uma linguagem adequada a esse perfil de consumidor. Segundo os números reunidos pela Globo, o consumidor brasileiro mais maduro movimenta aproximadamente R$ 1,8 trilhão ao ano e R$ 15 bilhões anuais gastos somente no e-commerce brasileiro. Hoje, a média de idade em que o brasileiro se aposenta é 58 anos e em 2020, os aposentados responderão por 16% da renda do Brasil. (Fonte: Newtrade)

Porto Alegre, 08 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.040

   Com menor participação do Uruguai, importações voltam a cair!

Recentemente o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) divulgou dados de comércio internacional do Brasil referentes a julho/19. O volume internalizado de lácteos caiu 9% em relação a julho, e, 27% em comparação a julho/18. Ainda assim, como mostra o gráfico 1, o saldo da balança comercial dos lácteos em equivalente leite continua negativo em 67 milhões de litros.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil em equivalente leite (milhões de litros); elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Os produtos que tiveram maior redução no volume importado foram o leite em pó integral (-18%) e o soro de leite (-24%). Ambos representaram, em julho, cerca de 40,9% e 10,4% das importações totais, respectivamente.

Aliado a isso, os países que mais exportaram lácteos para o Brasil em julho foram, Argentina, Uruguai, Nova Zelândia, Paraguai e Canadá, respectivamente, continuando a ser os nossos dois vizinhos do Mercosul os nossos principais vendedores de leite, representando cerca de 85% das vendas totais ao mercado brasileiro, como mostra a tabela 1.

Tabela 1. Principais origens de importações lácteas em jul/19; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.

Vale ressaltar também que os uruguaios perderam participação, principalmente, para a Argentina em julho quando comparado com o mês anterior. Como mostra o gráfico 2, as importações do Uruguai caíram cerca de 17% enquanto que as argentinas subiram 16%. Esse movimento se deve, principalmente, em função da produção uruguaia menor em 2019. O acumulado desse ano (jan-jun) aponta redução em torno de 8%, enquanto que só em junho, a produção foi 6,2% menor do que o mesmo mês de 2018.

Gráfico 2. Comparativo da participação de Argentina e Uruguai nas importações brasileiras de lácteos em jun/19 e jul/19; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT. 


 
Na tabela 2, você encontra o detalhes de volumes e valores transacionados na balança comercial láctea brasileira em julho de 2019.

Tabela 2. Balança comercial láctea em julho de 2019; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.


  (Milkpoint Mercado)

 

Ranking/AR 

Quando, em 2003, a firma canadense Saputo comprou Molfino Hnos, a empresa com fábricas em Tío Pujio e Rafaela era a terceira maior processadora de leite do país. Uma década e meia depois, já está competindo pelo primeiro lugar com La Serenísima. O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) atualizou o ranking das indústrias de laticínios, com dados fornecidos pelas empresas correspondente ao período julho de 2018 a junho de 2019.

Nesse período, a Mastellone Hnos AS processou, em média 3,31 milhões de litros de leite por dia, 6% abaixo dos 3,52 milhões processados de julho de 2017 a junho de 2019. Sua participação no total do leite produzido caiu de 12,4% para 11,8%, ainda que tenha mantido a liderança setorial.

Mas, com a Saputo em seus calcanhares, subiu o processamento diário de 3,12 milhões para 3,21 milhões de litros, alcançando uma participação de 11,5% este ano, contra 10,9% no exercício anterior. Ou seja, aumentou em 1,2% o percentual em um ano.

Ranking
O terceiro, quarto e quinto lugar também continuam inalterados. Embora tenha caído de 1,44 milhões de litros, para 1,36 milhões por dia, e a participação caído de 5,1% para 4,9%, a Williner (Ilolay) continua completando o pódio. O quarto posto ficou para a Sancor que reduziu 23$ de seu processamento diário, de um milhão de litros para 840 mil. Assim, baixou sua participação de 2,8% para 3%. Os cinco primeiros postos do Ranking é completado pela firma Villa María: Noal AS, que mantém um ritmo de processamento estável em torno de 750 mil litros diários, com uma participação de 2,7%. Também é preciso ressaltar um dado do OCLA que a Punta del Agua, também de Villa María, declinou de prestar informações. De qualquer forma, o OCLA estima que poderia estar ocupando quarto lugar deste ranking. (Agrovoz – Tradução livre: Terra Viva)

RS: fórum durante a Expointer vai debater programa de erradicação da febre aftosa

No dia 30 de agosto, será realizado o 1º Fórum Nacional bianual do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa 2017/2026 (PNEFA). O evento ocorrerá no auditório da administração central, na Expointer, em Esteio (RS), das 8h às 18h, e será aberto para a participação da sociedade.

O objetivo do fórum é discutir e informar sobre o andamento da execução do Plano Estratégico do PNEFA, além do seu impacto nacional para o setor produtivo, autoridades e sociedade em geral. O evento, que será transmitido ao vivo, terá palestras técnicas e mesas redondas com temas político-administrativos. O fórum será organizado pelo Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, através da Divisão de Febre Aftosa e com a colaboração da Superintendência Federal de Agricultura no Rio Grande do Sul, em parceria com a Secretaria Estadual ade Agricultura e outras instituições do agronegócio. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas neste link.

PNEFA
O objetivo do PNEFA é obter o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de novas zonas livres de febre aftosa sem vacinação no Brasil, a partir de 2019, alcançando todo país até 2023. Além disso, o PNEFA deverá projetar a demanda de vacinas, considerando o cronograma de retirada da vacinação contra a doença e a criação de um banco de antígenos e vacinas, o Banvaco, para atender possíveis emergências.

Paralelamente, o PNEFA prevê a ampliação e aprimoramento da capacidade de diagnóstico dos laboratórios para aftosa, fortalecendo a biossegurança destes locais e mitigando os possíveis riscos de escape e difusão do vírus da aftosa, entre outros pontos.

Programação
9h - 9h30: Credenciamento e retirada de material pelos participantes;
9h30 - 10h: Abertura - Mapa, SEAPDR e CNA;
10h - 10h30: Plano Estratégico 2017/2026 - Contextualização do PNEFA - importância da participação do setor privado - DSA/Mapa – Geraldo Moraes;
10h30 - 10h50: Intervalo;
10h50 - 11h20: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco I;
11h20 - 11h30: Discussões;
11h30 - 12h: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco II;
12h -12h10: Discussões;
12h10 - 14h: Intervalo para o almoço
14h - 14h30: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco III;
14h30 - 14h40: Discussões;
14h40 - 15h10: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico – Representante da CCGE do Bloco IV;
15h10 - 15h20: Discussões;
15h20 - 15h50: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico no estado do Paraná – Representante do estado do Paraná;
15h50 - 16h20: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico no estado do Rio Grande do Sul – Representante do estado do Rio Grande do Sul;
16h20 - 16h30: Discussões;
16h30 - 16h50: Intervalo;
16h50- 17h20: Principais desafios do PNEFA e a participação do setor privado -Representante da Equipe Gestora Nacional - Visão geral;
17h20 - 17h30: Discussões Finais;
17h30 - 18h: – Encaminhamentos e encerramento - Mapa, SEAPDR e CNA.
(As informações são do Mapa)

 
Preço Cepea 
Buscando aperfeiçoar sua metodologia, a pesquisa do leite ao produtor do Cepea passará a focar, a partir de 2020, no preço líquido negociado. A ideia é explicitar aos agentes de mercado que o preço acompanhado se refere apenas ao valor recebido pelos produtores, sem adição de frete e impostos, facilitando, assim, a comparação e análise das informações. Atualmente, o Cepea calcula tanto o preço líquido, que não contém frete e impostos, quanto o preço bruto, que contém frete e impostos. Tendo em vista a grande heterogeneidade nas condições de frete e impostos no Brasil, a presença dessas duas variáveis exógenas ao preço do leite pode dificultar a comparação entre médias das diferentes regiões. Por esse motivo, decidiu-se por interromper o cálculo do preço bruto no ano que vem. É importante ressaltar que, devido à natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável, portanto, que os agentes de mercado estejam precavidos desses aspectos ao utilizar os dados em suas negociações. (Cepea)

Porto Alegre, 07 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.039

   Mercado LTO 

A oferta de leite na União Europeia (UE) aumentou, modestamente, (+0,2%) em maio. O volume teve crescimento de 1,6% em março e abril. A oferta de leite da Irlanda cresceu consideravelmente (+11%) em maio. Esse resultado acima de dois dígitos foi obtido pelo terceiro mês consecutivo. No Reino Unido, também teve crescimento. Na Polônia, foi menor do que a ocorrida nos meses anteriores. Na Holanda, Alemanha e França foi registrada queda de produção em maio.   


Apesar dos preços da manteiga na Europa estarem abaixo das cotações do mercado mundial, a demanda por exportação tem sido pequena.
 
A produção de leite nos principais países exportadores registrou queda em maio, exatamente como ocorreu em março de abril. As perdas mais acentuadas foram verificadas na Austrália e no Uruguai, enquanto na Nova Zelândia houve estabilidade no quinto mês do ano. A produção de leite nos Estados Unidos reduziu 0,4%. Dada à estagnação nos primeiros cinco meses de 2019, a taxa de crescimento do valor agregado nos principais países exportadores foi negativa no período: -0,4%.

O mercado da manteiga enfraqueceu desde a segunda quinzena de maio, depois da relativa estabilidade verificada em abril. Demanda pequena e oferta confortável, entre outros fatores, ajudaram a elevar os estoques, pressionando os preços. Apesar da cotação da manteiga na Europa estar abaixo da do mercado mundial, houve pequeno crescimento na demanda por exportações. Já para o leite em pó desnatado, depois da ligeira queda em junho, houve aumento da procura no início de julho. Atualmente a demanda para o leite em pó desnatado está firme, diminuindo a pressão sobre os preços. O mercado de leite em pó integral está fraco, mas, estável. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

 

Nestlé vende fábricas e licencia produção de leite UHT para Bela Vista
SÃO PAULO - (Atualizada às 12h31) A Nestlé, maior compradora de leite do país, está mudando sua política para leite UHT, ou longa vida. Fechou contrato de licenciamento, por 10 anos, das marcas Ninho e Molico com a Laticínios Bela Vista, que já produz o leite UHT Piracanjuba e LeitBom. 
Faz parte do acordo a venda à Bela Vista de 100% de duas fábricas da multinacional no país - a de Três Rios (RJ) e a Araraquara (SP). A fábrica de Carazinho (RS) será compartilhada pelas duas empresas. 
"Com esse acordo, vamos acelerar a expandir a distribuição das marcas Ninho e Molico", disse ao Valor Frank Plaumer, vice-presidente de marketing da Nestlé. O valor da operação não é revelado pela Nestlé, que vai receber royalties da Bela Vista.
O acerto deve ser comunicado ao Cade nos próximos dias e a estimativa da Nestlé é que a autarquia avalie a operação até o fim do ano, quando a Bela Vista poderá, então, assumir a operação acordada. Para o vice-presidente de marketing da Nestlé, Frank Plaumer, não se trata de operação que crie um grau de concentração importante no mercado de leite UHT. 
A multinacional tem joint ventures com a General Mills, para a produção de cereais matinais, e com a Fonterra, para a produção de iogurtes. Esta parceria com a Fonterra, a Dairy Partners Americas (DPA), foi colocada à venda neste ano, segundo o Valor informou em julho. 
Do total de leite que a Nestlé compra no Brasil, cerca de 1,7 bilhão de litros no ano passado, 10% vão para UHT. Os 90% são divididos para leite em pó (a maior parte), leite condensado, bebidas lácteas prontas para beber, requeijão e outros itens. 
O acordo prevê a manutenção de todos os funcionários que trabalham nas fábricas que estão sendo transferidas para a Bela Vista, que tem quatro unidades fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC) e Sulina (PR). Juntas, as fábricas têm capacidade de processar mais de 5 milhões de litros de leite por dia. Emprega 2,6 mil pessoas.
O Laticínios Bela Vista possui um portfólio com mais de 140 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom, MeuBom e Viva Bem, além da parceria com a Blue Diamond, a maior produtora de amêndoas do mundo, para a produção das bebidas Almond Breeze. (Valor Econômico)
 
 
 
Presidente da Santa Clara receberá Medalha Don Charles Bird durante a 38ª Expoagas
No dia 20 de agosto, o presidente da Cooperativa Santa Clara, Rogerio Bruno Sauthier, será homenageado durante a 38ª Convenção Gaúcha de Supermercados, a Expoagas, promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Ele será condecorado com a Medalha Don Charles Bird, que agracia anualmente um fornecedor do varejo que se destaca no segmento mercadista do Rio Grande do Sul.
O anúncio da homenagem foi feito na manhã de terça-feira, 06, no lançamento oficial da Expoagas. Durante o discurso, o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, enfatizou o trabalho desenvolvido por Sauthier na direção da Cooperativa. "Queremos saudar o exemp7o de Rogerio Sauthier, um líder muito à frente do seu tempo que desenvolveu os pilares do associativismo para incentivar o crescimento dos cooperados", destacou. 
A medalha, que recebe o nome do primeiro presidente da Agas, será entregue durante a solenidade de abertura da Expoagas 2019, marcada para às 9h, no teatro do Sesi. A feira ocorre de 20 a 22 de agosto, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. (Assessoria de comunicação Santa Clara)
 

 

Porto Alegre, 06 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.038

   Pub do Queijo tem amostra durante o lançamento da Expointer

Quem participou da cerimônia de lançamento da Expointer 2019 nesta segunda-feira (5/8), no Teatro da Ospa, em Porto Alegre, pôde conferir de perto uma amostra do que os visitantes da exposição irão encontrar no Pub do Queijo. O público foi recebido com lascas de queijos especiais, produzidos no Rio Grande do Sul, sem falar no queijo coalho assado que exalou seu perfume delicioso pelos salões. Também foram oferecidos achocolatados, bebidas lácteas e iogurtes.

Um dos primeiros a chegar para conferir as delícias foi o secretário da Agricultura, Covatti Filho. Ele fez questão de degustar alguns tipos de queijo e destacar a parceria feita com o Sindilat para trazer o Pub do Queijo para o lançamento da Expointer. “É um projeto maravilhoso”, destacou.

Ao final da cerimônia, o governador Eduardo Leite também foi até o estande do Pub do Queijo experimentar algumas das delícias fabricadas no Rio Grande do Sul. Em seu discurso ao lançar mais uma edição da exposição, o governador ressaltou a força do povo gaúcho que não se acanha e segue em frente. “As dificuldades financeiras são do governo, não do Estado”. A cerimônia de lançamento da feira, que ocorre de 24 de agosto a 1º de setembro, foi prestigiada pelo diretor financeiro do Sindilat, Jéferson Smaniotto, e pelo secretário-executivo, Darlan Palharini.

O secretário da Agricultura lembrou que os ingressos para a Expointer já começam a ser vendidos na próxima semana e que, mais uma vez, poderão ser adquiridos junto com o ticket do Trensurb nas estações Mercado, Canoas e São Leopoldo. Apesar da queda geral de animais inscritos, Covatti Filho reforçou a expansão dos bovinos leiteiros e dos ovinos no Parque de Exposições Assis Brasil. Ainda destacou o crescimento da agricultura familiar nos últimos anos e mostrou-se otimista quanto aos resultados da feira, que deve bater o número de público e vendas de 2018. “Se existe progresso no campo é porque um homem chegou a cavalo”, ressaltou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Carolina Jardine

GDT

 
(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat)

USDA reduz previsão de produção de leite

Em seu recente relatório Dairy World Markets and Trade, o USDA Foreign Agricultural Service (FAS) reduziu sua estimativa para a produção de leite em 2019 em países selecionados, com relação à estimativa de dezembro, de 513,9 milhões de toneladas para 512,9 milhões de toneladas. O FAS reduziu sua previsão para a Argentina, Austrália e Estados Unidos, mas não alterou suas estimativas para a produção da UE-28 e da Nova Zelândia.

No entanto, a produção da UE-28 será provavelmente inferior à esperada, dado o recente calor extremo da Europa e à falta de chuva. O FAS ainda espera que a produção combinada dos principais exportadores de lácteos seja 0,5% maior que em 2018, abaixo da previsão de dezembro de crescimento de 1,5%.

O FAS revisou sua estimativa para a produção australiana para 8,6 milhões de toneladas, uma queda de 8% ano a ano. A revisão, apesar de difícil, não foi surpreendente, dada a contínua batalha do país com a seca e a grande liquidação da produção de leite. Até maio, a produção de leite na Austrália diminuiu 14% com relação ao mesmo período do ano anterior. O FAS disse que o consumo australiano deve permanecer estável, tornando menos leite disponível para uso industrial.

O relatório reduziu sua estimativa para a produção argentina em cinco pontos percentuais, mantendo a produção inalterada devido ao calor e umidade sustentados no início deste ano.

O FAS aumentou sua previsão de produção de leite na China e no México, prevendo 2,4% e 1,7% a mais de leite do que no ano passado, respectivamente. Na China, a modernização das fazendas e os altos preços do leite incentivaram os produtores a produzir mais. Ao mesmo tempo em que o FAS reduziu o aumento esperado na produção mundial, aumentou sua previsão para o consumo mundial de leite líquido, queijo e manteiga.

Se a previsão do USDA de maior demanda por produtos lácteos contra a oferta moderada de leite for acurada, os exportadores norte-americanos poderão ter uma oportunidade maior ainda este ano, mas a diferença atual entre os preços dos EUA e os mundiais pode ser difícil de exceder, a menos que os preços mundiais aumentem ou os preços dos EUA diminuam. (As informações são do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), com base no Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
PIB
O Banco Central estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar estável ou apresentar ligeiro crescimento no segundo trimestre, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, na qual voltou a indicar que há espaço para "ajuste adicional" nos juros básicos da economia. (Jornal do Brasil)