Pular para o conteúdo

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de outubro de 2020                                                     Ano 14 - N° 3.321


Abertas inscrições para o 6º Prêmio Sindilat de Jornalismo

Foram abertas nesta quarta-feira (7/10) as inscrições para o 6º Prêmio Sindilat de Jornalismo, mérito concedido anualmente pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) em reconhecimento ao trabalho da imprensa que acompanha o setor. Neste ano, a premiação contemplará três categorias: Impresso, Eletrônico e On-line. O período de inscrição dos trabalhos vai até 23 de novembro.

Podem se inscrever ao 6º Prêmio Sindilat de Jornalismo profissionais que tenham trabalhos publicados entre 26/10/2019 e 23/11/2020 em veículos nacionais e que abordem a produção de lácteos e derivados na bacia leiteira do Rio Grande do Sul. Para participar, basta preencher a ficha de inscrição e remeter documentação e cópia do trabalho para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Mais detalhes sobre o processo podem ser conferidos no regulamento.

As reportagens serão avaliadas por uma Comissão Julgadora formada por profissionais de instituições de imprensa e de entidades ligadas ao setor lácteo. Os finalistas devem ser divulgados no dia 4 de dezembro e o anúncio final dos vencedores será feito em live realizada pelas redes sociais do Sindilat na primeira quinzena de dezembro. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a decisão foi por manter a premiação mesmo em um ano de dificuldades e pandemia em reconhecimento aos jornalistas que se mantiveram ativos abordando os dilemas e inovações do agronegócio. “O setor lácteo seguiu produzindo durante a pandemia para levar alimentos aos lares brasileiros. Ao nosso lado, estiveram muitos profissionais, entre eles, os jornalistas que são incansáveis na busca por informação de qualidade”, salientou.

Os primeiros colocados nas três categorias do 6º Prêmio Sindilat de Jornalismo receberão um troféu e um iPhone. Os segundos e terceiros premiados receberão troféu.

>> Confira aqui o Regulamento do 6º Prêmio Sindilat de Jornalismo

>> Baixe aqui a Ficha de Inscrição


Demanda por crédito rural dispara

Com os produtores capitalizados, linhas para investimentos já têm poucos recursos

A demanda por crédito rural continuou forte no país em setembro e levou ao esgotamento precoce dos recursos de algumas linhas de investimentos com juros controlados do Plano Safra 2020/21. No total, os desembolsos já somaram R$ 73,8 bilhões de julho a setembro, 28% mais que nos primeiros três meses do ciclo anterior, segundo dados do Banco Central compilados pelo Valor.

No caso das linhas para investimentos, o crescimento foi de 73% na comparação, para quase R$ 20 bilhões. Nas operações de custeio o incremento foi de 20%, para R$ 42,5 bilhões, e nas linhas de comercialização e industrialização também houve avanços (ver infográfico).

Diante de tamanha procura, no fim de setembro as instituições financeiras que operam os empréstimos foram avisadas que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estava suspendendo o recebimento de novas propostas de financiamentos para investimentos via Pronaf (agricultura familiar) e Pronamp (médios produtores). E que projetos no âmbito do Inovagro (inovação tecnológica) também teriam que esperar, devido ao nível elevado de comprometimento dos recursos reservados.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou no fim de semana que esse é um “bom problema”, já que mostra a confiança dos produtores rurais no futuro de seus negócios. “Fizemos um Plano Safra maior que todos os outros, e ele foi tão bem recebido que hoje já gastamos quase todos os recursos de investimentos”. A ministra realçou, ainda, que o movimento acontece mesmo com taxas de juros superiores às desejadas, acima de 6% em boa parte das linhas.

Os investimentos via Pronaf cresceram 34% de julho a setembro, para R$ 4,5 bilhões, enquanto os via Pronamp aumentaram 46%, para R$ 1,01 bilhão. No caso do Pronamp, lembrou Wilson Vaz de Araújo, diretor de Financiamento e Informações do ministério, a maior parte dos valores programados para investimentos vem dos recursos obrigatórios, que não têm equalização.

O Banco do Brasil e as cooperativas de crédito Sicredi e Bancoob ainda têm recursos equalizados para investimentos no Pronamp, mas estão no fim. Não existe muito espaço para remanejamentos de recursos de uma linha para outra, mas ajustes pontuais sempre podem ser realizados.

“Os atuais preços altos de boa parte dos produtos estimulam os agricultores a acelerarem investimentos, o que é um bom sinal”, disse Antônio da Luz, economistachefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Mas, segundo ele, o cenário também preocupa porque comprova que o modelo de crédito rural que ainda prevalece no país é insuficiente para atender às demandas, embora o crédito privado continue a avançar no campo.

As instituições públicas mantiveram a ponta nos desembolsos de julho a setembro. Líder absoluto desse segmento, o Banco do Brasil emprestou, no total, quase R$ 6 bilhões a mais no primeiro trimestre da temporada atual. Entre os bancos privados, Bradesco, Santander e Itaú mantiveram o ritmo de avanço, e as cooperativas de crédito também apertaram o passo e continuaram com 20% do mercado.

Os recursos equalizados, provenientes da poupança rural dos bancos, alimentaram desembolsos de R$ 26,5 bilhões de julho a setembro, mais de um terço do total. Os depósitos à vista, que também são controlados, mas sem subvenção, representaram R$ 16,5 bilhões. Menos atrativas agora devido ao risco de mercado agrícola, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) alavancaram R$ 7,1 bilhões em empréstimos, ante R$ 8,5 bilhões no mesmo período do ano passado. Os recursos controlados representaram aproximadamente 80% do total emprestado até agora. (Valor Econômico)

hgf

CNA e Embrapa debatem novas tecnologias e plano de competitividade para o setor leiteiro

A Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu, na terça (6), as tecnologias da Embrapa para o setor e uma proposta do Ministério da Agricultura para elaboração de um plano de competitividade para o setor leiteiro no país.

O chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, apresentou as ações da empresa como os softwares Sisleite, Gepleite e Gisleite para gestão da propriedade, nanotecnologia, melhoramento genético e pecuária de precisão, além da prospecção para projetos em produção de leite orgânico.

“A Embrapa não faz a tecnologia sozinha, mas junto ao setor produtivo. Fazemos questão de atuar juntos. A lógica da produção de leite mudou com o novo consumidor que exige um produto com pegada de carbono, rastreabilidade plena, insumos alternativos, cadeias curtas, redução de desperdícios, bem-estar animal, entre outras questões”, disse.

A Embrapa Gado de Leite tem 15 laboratórios que fazem análise de alimentos, microbiologia do leite, qualidade do leite, sanidade animal, entre outros trabalhos. A unidade realiza também capacitações e dias de campo em parceria com entidades como Senar, OCB e Emater. Em 2019, capacitou 19,6 mil pessoas.

Martins ressaltou que a pesquisa da Embrapa tem seguido dois caminhos promissores, que são a nanotecnologia (para controle de carrapato, mastite, etc) e a genômica (edição genética de animais para evitar futuras doenças).

“Ficamos surpresos com o conteúdo da Embrapa ligado às tecnologias e à conectividade. Foi uma ótima apresentação”, disse Ronei Volpi, presidente da Comissão de Pecuária de Leite da CNA.

Em relação ao Plano de Competividade do Leite, Volpi afirmou que a Embrapa é fundamental para qualificar esse plano, que deve ser uma iniciativa de toda a cadeia produtiva.

“Será um documento para nortear o trabalho da cadeia nos próximos anos. Queremos que todos os membros da Comissão da CNA colaborem com o documento, com sugestões e críticas. No dia 19 de novembro, na reunião da Câmara Setorial do Ministério, apresentaremos uma nova minuta para a ministra Tereza Cristina com propostas do setor lácteo como um todo.”

Segundo Volpi, o plano deverá ter cinco capítulos. Entre os tópicos que farão parte do plano estão: políticas públicas e privadas para melhoria da gestão da propriedade e da qualidade do leite; infraestrutura da produção e escoamento; aumento da previsibilidade dos preços e contratos; melhoria do estado sanitário e melhoria dos instrumentos de políticas para a cadeia do leite. (As informações são do Agrolink)


Jogo Rápido
Queijos Santa Clara são Top Of Mind, pelo 10º ano consecutivo
A Cooperativa Santa Clara é mais uma vez destaque no Top Of Mind, pesquisa realizada pela Revista Amanhã. Desde a inclusão da categoria na pesquisa, há 10 anos, a Santa Clara é campeã invicta em Queijos. Em 2020, os Queijos Santa Clara lideram com 34,9% das citações dos entrevistados. A Cooperativa também aparece entre as mais lembradas da categoria Leite, com 11,3%. A pesquisa foi realizada com 1.200 consumidores de 16 a 75 anos, de todas as classes sociais de todo o estado. As entrevistas foram realizadas entre os dias 10 de abril e 25 de maio, via internet. A premiação dos Top Of Mind 2020 ocorre no dia 08 de outubro, às 19h30, e será on-line pelo Canal do Grupo Amanhã no Youtube. (As informações são da Assessoria de Imprensa Santa Clara)


 

Porto Alegre, 06 de outubro de 2020                                      Ano 14 - N° 3.320
______________________________________________________________________________________

Secretaria cria grupo de combate a abusos regulatórios

Frente investigará denúncias de normas anticoncorrenciais

A Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade (Seae) do Ministério da Economia criou a Frente Intensiva de Avaliação Regulatória e Concorrencial (Fiarc). O objetivo, conta o secretário Geanluca Lorenzon, é combater abusos regulatórios.  “A nossa ideia é investigar e cassar abusos regulatórios, como diz a Lei da Liberdade Econômica, para exercer a competência que a lei de concorrência nos dá, que é identificar atos normativos anticompetitivos”, afirma.

“Estamos criando agora um procedimento padrão, transparente e público. Queremos deixar uma cultura organizacional correta ”, afirma Lorenzon.

A Fiarc vai trabalhar com denúncias. Determinado agente, pessoa física ou jurídica, vai encaminhar à frente uma denúncia relacionada a alguma norma da administração pública federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, que esteja causando problema concorrencial. Pode ser uma regra da Comissão de Valores Mobiliários, para citar um exemplo.

A partir da denúncia, a Fiarc vai abrir uma investigação, fará um estudo, ouvirá o órgão envolvido, fará audiência pública, convidará especialistas e, no fim desse período, que deverá ser de 120 dias, chegará a uma conclusão. Se for identificado o abuso regulatório, a frente vai encaminhar essa conclusão ao órgão cuja norma foi denunciada com uma sugestão de revisão. Se chegar à conclusão de que o assunto merece apenas algum aprimoramento, igualmente a secretaria recomendará algum caminho ao órgão. A terceira possibilidade é a frente avaliar que não há nenhum problema com a norma.

A expectativa, no primeiro ano de vida da Fiarc, é de aceitar três denúncias para análise por mês. Internamente, a avaliação é que os principais setores analisados serão mercado de capitais, insumo para a construção civil e saúde e sanitário como um todo.

Até o fim do mês, a Fiarc deverá ter um chefe nomeado, diz Lorenzon. A formação da frente vai variar conforme a denúncia. A Seae é dividida entre diversas coordenações setoriais, como mineração, petróleo e gás, saúde, outra serviços  financeiros, mercado de capitais e comércio exterior. “Dependendo da área que será questionada, haverá uma equipe para a frente.”

A criação da Fiarc foi publicada do “Diário Oficial da União” de ontem, por meio de uma instrução normativa. É mais uma iniciativa do governo, explica Lorenzon, para transformar a carga regulatória brasileira, que define como a mais cara e a segunda pior do mundo, citando dados de estudos do Banco Mundial e da OCDE.
______________________________________________________________________________________

GDT - Global Dairy Trade

______________________________________________________________________________________

Audiência final expõe embate sobre tributária e parecer fica sem prazo

Relator não deu prazo para apresentar o texto

A audiência pública final da comissão do Congresso sobre a reforma tributária mostrou poucos acordos após meses de debates e acabou com grandes divergências entre governo federal, Estados, municípios e os formuladores das duas propostas de emenda constitucional (PEC). Responsável por criar o consenso, o relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), não deu prazo para apresentar o texto.

Ribeiro só defendeu uma proposta mais ampla, ao contrário dos prefeitos das grandes cidades, e deixou a reunião bem antes do fim. “A reforma tributária é urgente. Embora possa se discordar de alguns modelos e propostas, há muito mais convergências do que divergências”, disse, sem citá-las.

Os formuladores técnicos de cada proposta, porém, foram pródigos em destacar as diferenças. “Simplificação não se confunde com a unificação de tributos diversos”, disse Alberto Macedo, indicado pela Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo.

Para ele, o grande problema não é o ISS, municipal, mas o ICMS, estadual, e o PIS e Cofins, federais, por isso é melhor que cada ente reformule seus próprios tributos - o “Simplifica Já”. Ele listou economistas que criticam a tese de crescimento da economia com a aprovação das PECs.

Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), que formulou a PEC 45, rebateu que o crescimento do país compensará eventuais altas em saúde e educação por causa de ganhos com a desburocratização e maior renda das famílias.

“Esses mesmos economistas já fizeram várias propostas de reforma e nunca apresentaram impacto sobre o crescimento. Portanto, é só crítica por crítica, sem nada de construtivo”, acusou.

PEC 45 propõe um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) único, que juntaria IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS. O IVA Dual, com modelos distintos propostos pela PEC 110 e pelo governo, é pior, na opinião de Appy, porque haverá duas interpretações diferentes sobre a mesma legislação. “É o fim do mundo? Não, mas claramente é muito melhor ter um IVA só.”

O ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB), autor da PEC 110, listou 25 pontos em que sua proposta seria melhor e mais ampla que a PEC 45. Ele sugere juntar os cinco tributos com IOF, salário-educação, Cide e Pasep. “Tirar o salário-educação e botar no IVA é tirar de uma base super tributada, que é a folha, e colocar em outra super tributada, o consumo”, divergiu Appy. “A base salário pode ser IVA porque vai para o preço”, rebateu Hauly.

O secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, afirmou que houve avanços com os Estados sobre o contencioso administrativo e “alguma coisa” do contencioso judicial, além da criação de um grupo para debater as alíquotas. “Não conseguimos avançar em relação aos temas dos fundos, do comitê gestor, da transição, no possível imposto seletivo e no tratamento do Simples”, elencou.

Desses, os fundos foram o maior embate ontem. Os governadores querem que 3% do IVA referente ao governo seja direcionado para um fundo que permitiria aos Estados menos desenvolvidos atraírem empresas, já que a guerra fiscal acabaria com as PECs. “O fundo de desenvolvimento regional é imprescindível”, disse o secretário de Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, representante dos Estados.  Ele somaria mais de R$ 400 bilhões, mas iniciaria em apenas R$ 10 bilhões em 2024, argumentou.

A assessora especial do ministro da Economia, Vanessa Canado, disse que isso aumentará o endividamento da União e que a contraproposta do governo é remodelar os atuais fundos regionais. “Em todos esses anos foram bilhões e bilhões de reais aplicados em políticas que resultaram em nenhum emprego adicional.”

“No caso da reforma tributária, não voto pelo Brasil. Tenho que votar pelo meu Estado, o Mato Grosso do Sul. E a maioria dos senadores é do Norte, Nordeste e Centro-Oeste [que também querem o fundo]”, alertou. (Valor Econômico)

______________________________________________________________________________________

Jogo Rápido
Milho já tem 53% da área plantada
O plantio de milho já se estendeu por 53% da área estimada para a cultura n a safra 2020/2021, de 786,9 mil hectares, segundo estimativas da Emater/RS-Ascar, e está ligeiramente mais adiantado do que na mesma época do ciclo 2019/2020, quando chegava a 49% de uma área total de 751,6 mil hectares. Segundo o gerente de planejamento estadual da Emater/Ascar-RS, Rogério Mazzardo, as interferências climáticas que ocorreram foram pontuais. Ele observa que o frio tardio prejudicou um pouco a Metade Sul e a região Central do Estado. A região de Santa Rosa, que deve ser a maior produtor a d e milho n a safra 2020/2021, com uma estimativa de cultivo próxima de 124 mil hectares, vive o problema da falta de chuvas volumosas. O técnico em agropecuária do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Rosa, Gustavo Lorenzzatto, observa que no município só ocorrem pancadas isoladas há quase 30 dias, o que compromete a produtividade do milho, que começou a ser plantado em agosto. O presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho/RS), Ricardo Meneghetti, afirma que a safra atual está dentro de padrões normais, com locais específicos atingidos por algum tipo de problema sem, no entanto, comprometer a totalidade.  COMPARAÇÃO: O dirigente espera que a safra estadual de 2020/2021 supere a de 2018/2019, de 4,5 milhões de toneladas, já que a safra 2019/2020, com 4 milhões de toneladas, deixou de ser parâmetro por causa da quebra provocada pela estiagem. “Pretendemos concluir o ciclo com cerca de 5,9 milhões de toneladas colhidas”, projeta (Correio do Povo)


 

Porto Alegre, 05 de outubro de 2020                                      Ano 14 - N° 3.319
______________________________________________________________________________________

Sindilat participa de almoço com o vice-presidente da República no encerramento da Expointer Digital

O formato híbrido da Expointer 2020, presencial para poucos eventos e online para a maioria, serviu para mostrar que é possível repetir parte deste modelo nos próximos anos. Encerrada neste domingo (04/10), a feira contou com a presença do vice-presidente Hamilton Mourão, que visitou algumas instalações do Parque Assis Brasil, em Esteio e, após, participou de almoço oferecido pela Febrac.

O presidente do Sindicato da Industria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, esteve presente ao encontro que contou com a presença de autoridades e representantes de entidades do agronegócio. “Foi bastante destacado o sucesso da Expointer Digital que, mesmo diante das dificuldades, menor público e expositores, obteve êxito e mostrou que é possível avançar no formato híbrido”, disse Guerra. Um exemplo positivo, segundo ele, foi o setor de máquinas, que com sua feira virtual conseguiu agregar compradores de mercados que nunca estiveram presencialmente em Esteio. “O mesmo ocorreu com os eventos online, cuja participação foi grande e mostrou que o formato possibilita o acesso de mais pessoas que não têm condições de se deslocar até à feira”, afirmou.

Mourão parabenizou todos os agentes envolvidos na promoção do evento e disse esperar por uma Expointer muito mais forte em 2021. “"Vivemos esse momento difícil de pandemia, e a feira que representa as forças produtivas do Estado, junto com os entes do governo, produziu essa edição que ficará na história”, salientou o vice-presidente. O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho destacou que a Expointer foi um ato de superação. “Construímos, em conjunto com as entidades copromotoras, todo esse sistema de protocolos. Além da parte presencial, criamos o ambiente virtual para transmitir todas as provas técnicas e um ambiente de comercialização, com o drive-thru da agricultura familiar”, disse. O governador Eduardo Leite prestigiou o encerramento da feira, ocasião em que também confirmou que, mesmo diante das dificuldades, a feira foi exitosa. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

______________________________________________________________________________________

IN 55 traz novos parâmetros de temperatura do leite visando adequação ao novo Riispoa

O Sindilat alerta aos associados que, a partir de 1° de novembro de 2020, a Instrução Normativa 55, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entrará em vigor estabelecendo novos parâmetros para a temperatura do leite cru e pasteurizado nos laticínios. A IN veio para adequar o texto da IN 76 em função do mais recente decreto 10.468/2020 que traz novas orientações ao Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa).

“A IN 55 apenas altera a temperatura de resfriamento e de conservação de leite cru e leite pasteurizado de 4 para 5 graus Celsius para adequar o que já diz o novo decreto, ou seja, apenas atualiza as orientações que constam na IN 76”, destaca Leticia Vieira, consultora de Qualidade do Sindilat.

De acordo com a nova IN 55, passará a ser exigida a temperatura de 5 graus Celsius nas seguintes etapas e processos: conservação e expedição do leite no posto de refrigeração; conservação do leite na unidade de beneficiamento de leite e derivados antes da pasteurização; estocagem em câmara frigorífica e expedição; conservação do leite cru na granja leiteira; e estocagem do leite pasteurizado tipo A em câmara frigorífica e expedição. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

______________________________________________________________________________________

Leite/Oceania

A produção de leite em julho de 2020 na Austrália, o primeiro mês da nova temporada, aumentou 2,9% em relação a julho de 2019, de acordo com a Dairy Australia. Muitas bacias leiteiras tiveram chuvas durante a maior parte do mês de setembro. Embora necessárias, em certas regiões o volume foi acima do normal. Houve relatos de desabamento de celeiros atribuídos ao peso de fenos estocados que foram molhados.

Em agosto de 2020 os sólidos registrados na Nova Zelândia pela DCANZ, foi de 124.6 milhões de quilos, mais de cinco vezes o volume de julho, e 4,6% a mais que os sólidos de agosto de 2019, 119,1 milhões de quilos. A produção de leite em agosto de 2020 chegou a 1,47 milhões de toneladas, mais de cinco vezes a produção de julho de 2020, e 5,8% acima das 1,19 milhões de toneladas de agosto de 2019.

O clima de primavera está confortável para a produção de leite. Atualmente as projeções são de que a produção desta temporada será maior do que a do último ano. Ocorreram boas chuvas nas últimas semanas deixando muitas pastagens em condições excepcionais.

A China continua sendo um cliente bastante significativo para a Nova Zelândia. De janeiro a julho de 2020 comprou mais manteiga, leite em pó integral (WMP) e leite em pó desnatado (SMP) do que qualquer outro país. Foi o segundo maior cliente para queijos, atrás apenas do Japão. As expectativas atuais são de que a demanda da China continuará forte durante a temporada. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

______________________________________________________________________________________

Jogo Rápido
A Expointer de 2021
A Expointer de 2021 tem data definida. a exposição agropecuária ocorrerá entre 28 de agosto e 5 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em esteio. o objetivo é voltar a realizar o evento com presença do público e programação completa, mas mantendo atrações digitais no período. (Zero Hora)


 

Porto Alegre, 02 de outubro de 2020                                      Ano 14 - N° 3.318
______________________________________________________________________________________

Ministra da Agricultura participa de café da manhã com autoridades promovido pelo Sindilat na Expointer Digital

O dia da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, começou cedo no Parque Assis Brasil nesta sexta-feira (02/10). O seu primeiro compromisso oficial na Expointer Digital 2020 foi participar de café da manhã oferecido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) a ela e demais autoridades que estiveram em Esteio/RS para participar da cerimônia de abertura do evento e desfile dos animais grandes campeões. Antes de seguir para a tribuna, junto à pista central do parque, a ministra aproveitou o momento para degustar os produtos do setor lácteo de marcas associadas ao Sindilat.

A edição deste ano da Expointer foi diferente. Sem público, com poucos eventos e com transmissão 100% digital. Apesar do ineditismo do formato, todas as autoridades que discursaram na abertura oficial afirmaram que o modelo de feira veio para ficar e pode ser considerado um legado para as futuras gerações que participarão da mostra – sejam expositores, organizadores e público em geral.

Em seu discurso, a ministra destacou a ousadia dos produtores gaúchos em realizar a feira, ao mostrar para o Brasil e ao mundo a força que o agronegócio tem mesmo em meio a dificuldades. “A Expointer 2020 não foi pequena, foi diferenciada. E eu não poderia deixar de prestigiar essa iniciativa que deu o exemplo de que o agronegócio não para. O produtor seguiu trabalhando, plantando e colhendo”, destacou. Tereza Cristina aproveitou o momento para dar o recado de que o governo não está priorizando o mercado externo em suas ações e, sim, está buscando o equilíbrio entre o mercado doméstico e o internacional. “Não existe desabastecimento, o que vai para fora é o excedente”, pontuou. A ministra também lembrou que o agronegócio atravessa um momento ímpar, com preços favoráveis em todas as culturas, assim como um cenário exportador bastante otimista para o setor, a exemplo do que já acontece com a soja e com a proteína animal. No discurso dos representantes do setor de máquinas agrícolas e da agricultura familiar, a ministra ouviu o pleito para que não faltem recursos do Plano Safra nas linhas do Moderfrota e do Pronaf – que já estariam praticamente esgotados. A ministra afirmou que entendeu a necessidade da reivindicação e que levará o pedido a Brasília.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, lembrou que a Expointer Digital 2020 pode ser considerada uma vitrine que ilustra bem que a criação de oportunidades gera crescimento, algo que o Rio Grande do Sul sempre almejou. Lembrou que a pandemia ampliou a preocupação para muito além da sanidade animal, pois exigiu um grande esforço em manter protocolos de saúde diante da pandemia. “Criamos uma bolha de segurança para que o evento pudesse acontecer. E aí estão as 18 raças de animais presentes no parque que mostram que isso foi possível”, salientou.

A Expointer deste ano é muito especial para todos nós. Ela é marcada por duas características que são próprias do povo gaúcho: superação e reinvenção. A realização da feira, apesar de todas as dificuldades, materializa o empenho do governo e do agronegócio em superar uma das maiores crises sanitárias de todos os tempos”, destacou o governador Eduardo Leite em vídeo transmitido durante a abertura. Quem esteve presente em Esteio foi o vice-governador e governador em exercício Ranolfo Vieira Júnior, já que Leite está em compromisso fora do Estado.

Em uma versão reduzida, o Desfile dos Campeões contou com cerca de 40 animais de diferentes raças de ovinos, bovinos de corte e de leite e equinos.

Além do desfile dos campeões, o evento incluiu apresentação musical da Fanfarra do Exército, uma exibição do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda – Regimento Osório e discursos, entre eles da ministra Tereza Cristina, do prefeito de Esteio, e dos presidentes das entidades parceiras: Febrac, Ocergs, Fetag e Farsul. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

______________________________________________________________________________________

Surpresa na festa do leite
A estreante Granja Bazzoti, de Ponte Preta, no norte do Estado, fez dobradinha no concurso leiteiro da raça holandesa na Expointer: venceu nas categorias jovem e adulta. E, em ano de pandemia, também houve inovação na hora de celebrar as campeãs, com o tradicional banho de leite dando lugar a uma chuva de confetes. Algo inédito na história da competição realizada pela Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando).

- Tivemos esse cuidado pelo protocolo sanitário: não molhar as pessoas, não deixá-las com a máscara molhada, uma vez que podiam demorar para tomar um banho. Foi por isso a inovação, eles não sabiam - esclarece Marcos Tang, presidente da Gadolando, que também é médico.

Surpreendido pela novidade, Mateus Bazzotti, um dos proprietários, diz se sentir orgulhoso pelo trabalho realizado e por levar títulos na estreia da participação, com as vacas Vetia e Onca, como são chamadas as campeãs adulta e jovem. Oficialmente, são Santa Clara Bazzotti 352 Garrett, que produziu o equivalente a 76,7 litros de leite, e Santa Clara Bazzotti 491 Josuper, com 75,85 litros (na disputa, a medida é em quilos).

A preparação especial começou há cerca de 60 dias. Elas foram colocadas em local separado, com ventilação, água e alimentação balanceada. O ingrediente especial, no entanto é outro:

- Muito amor e dedicação, o melhor remédio que a gente pode dar para elas - diz Bazzotti.

Na competição, são feitas cinco ordenhas - as duas maiores são excluídas, e as restantes, somadas. Nesta edição, estavam disputando o concurso cinco vacas adultas e seis jovens. (Zero Hora)

______________________________________________________________________________________

Márcio Rodrigues assume Gerência de Agronegócios da Apex-Brasil
Ampliar a quantidade de empresas exportadoras e diversificar os mercados e produtos enviados pelo Brasil para o mundo afora. Esse será o foco do trabalho de Márcio Rodrigues, 35 anos, que assumiu nesta quinta-feira (1/10) a Gerência de Agronegócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Rodrigues visa expandir a participação do agronegócio brasileiro no exterior através de ações de qualificação, apoio e divulgação de todos os setores, entre eles o de lácteos.

Mestre e doutorando em Ciências Sociais, Rodrigues afirma que trabalhará para inserir mais empresas do setor leiteiro no comércio exterior, auxiliando-as por meio de iniciativas de qualificação, e buscará expandir a quantidade de produtos exportados. Além disso, intensificará a promoção comercial em mercados já existentes como, por exemplo, China e Rússia, através de uma série de ações como feiras e rodadas de negócio.

Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, o trabalho realizado pela Apex-Brasil contribui para o desenvolvimento do segmento. “As iniciativas da Agência junto ao setor privado auxiliam a abertura de mercados para exportação de produtos lácteos, uma antiga demanda do setor leiteiro”.

A expectativa de Rodrigues é auxiliar o Brasil para que ao final de sua gestão a atuação do agro seja mais incisiva no mercado externo. “Acreditamos que o agronegócio brasileiro tem capacidade de exportar mais produtos para o mundo”, declara. Arábia Saudita, Bolívia, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai, Peru, Rússia e China são alguns dos mercados prioritários para ações da Apex-Brasil. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

______________________________________________________________________________________

Jogo Rápido
Fórum MilkPoint Mercado: os novos caminhos do leite
Quais os efeitos da pandemia no consumo de lácteos? Quais as categorias “vencedoras” neste novo cenário de mercado? O que esperar do consumo de derivados lácteos em 2021? Mikael Quialheiro, Gerente de Novos Negócios da Nielsen, trará informações preciosas sobre o consumo de lácteos e os possíveis cenários de mercado para 2021! Confira no vídeo nossa conversa com ele e faça já sua inscrição no Fórum MilkPoint Mercado Online.
(Milkpoint)

 

Porto Alegre, 01 de outubro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.317

Sindilat participa da abertura oficial da Expointer Digital
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) participa nesta sexta-feira (2/10) da abertura oficial da Expointer Digital 2020, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O presidente da entidade, Alexandre Guerra, vai acompanhar a solenidade, agendada para às 11h, na Tribuna de Honra da Pista Central, que contará com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do governador do Estado, Eduardo Leite, do secretário da Agricultura, Covatti Filho, e demais convidados.
Na cerimônia, a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) fará a entrega da medalha Paulo Brossard a lideranças que se dedicaram ao agronegócio neste ano. Os homenageados serão a ministra Tereza Cristina, o presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira, o ex-secretário da Agricultura Odacir Klein e os pecuaristas Eduardo Macedo Linhares e Antonio Martins Bastos Filho.
Para Guerra, apesar da pandemia de Covid-19, que tem assolado os planejamentos do ano, a Expointer Digital tem demonstrado a força e organização do agronegócio brasileiro. "O evento está sendo um sucesso, mesmo com todos os obstáculos enfrentados ao longo deste ano. Isso prova a grandiosidade do agronegócio no país, tendo ao seu lado o apoio do setor lácteo para fortalecer essa união", reforça. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

                     

Os fatores que poderão trazer preços mais estáveis para o leite
Mês de setembro encerrou com valorização de 9,7% no preço médio do litro no país, segundo Cepea

Em números, setembro encerra com valorização do litro de leite ao produtor. Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, aponta R$ 2,1319, na média Brasil, 9,7% maior do que no mês anterior e recorde na série histórica. Para o Rio Grande do Sul, a média é de R$ 1,9996, avanço de 9,34%. No mercado, no entanto, já há sinais de mudança no panorama que sustentou essa alta ao longo de 2020. Em tempos de pandemia, é difícil precisar, mas as alterações em curso devem se traduzir em preços mais estáveis, no campo e na cidade.

– Já sentimos que os preços começam a estabilizar. É um momento de cautela em virtude da mudança de cenário – afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS.
Há pelo menos dois itens com comportamento diferente. Um é o aumento na importação do produto. Ao longo do ano, as compras vinham sendo inibidas pelo câmbio, que deixava o leite vindo de fora muito caro.

Dados mostram, no entanto, que as aquisições de outros países cresceram 39,9% em agosto, em relação a julho. Na parcial de setembro, 27%.

Outro ponto de atenção vem da redução no auxílio emergencial do governo de R$ 600 para R$ 300. Ainda não se sabe qual será o reflexo disso no consumo. O que se tem certeza é de que os bilhões injetados na forma de benefícios foram cruciais para o aumento substancial na demanda.

– O ano ficou totalmente diferente do imaginado. No início da pandemia, houve insegurança e volatilidade. Depois, o mercado fez a alta, em itens como leite UHT, em pó e queijo muçarela e em pó. Foi uma valorização importante e necessária, porque custos de produção subiram muito – acrescenta Guerra.

Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), acrescenta que o produtor hoje recebe “um preço justo”. No Estado, o valor de referência do Conseleite em setembro foi projetado em R$ 1,65. O custo de produção é de cerca de R$ 1,35. Durante muito tempo, o valor recebido mal ou nem cobria os gastos.

Neste momento, a preocupação no radar vem da combinação de período de safra com aumento das importações de leite.

– Recomendamos cautela nos investimentos. O produtor não pode projetar o futuro com valores de agora – diz Zanetti.

A produção de leite é destaque nesta quinta-feira (01) nas provas da Expointer. (Zero Hora)

 

Leite/Europa
A produção de leite no mês de julho de 2020 foi 2,2% acima do volume registrado em julho de 2019, de acordo com o Eurostat. De janeiro a julho de 2020 a produção foi 2% maior em relação ao mesmo período do ano passado. A produção nacional em julho de 2020 subiu em muitos dos principais países produtores, ao contrário de julho de 2019.
Bélgica (+4,8%); Irlanda (+4,4%); Itália (+3,3%); França (+1,1%); Holanda (+1,1%); Espanha (+1,1%); Dinamarca (+1%); e Alemanha (+0,8%).
No acumulado do ano até julho, os percentuais de alteração em relação ao mesmo período de 2019 foram Alemanha (+1%); França (+0,9%); Irlanda (+3,8%) e Holanda (+1,8%).


A produção de queijo durante o mês de julho de 2020 foi 1,5% mais elevada do que em julho de 2019, de acordo com o Eurostat. De janeiro a julho de 2020, também subiu 2% na comparação dom janeiro-julho de 2019. A produção de queijo na Alemanha, em julho subiu 3,4% na comparação interanual, mas, na França houve decréscimo, (-3,1%).
Em alguns dos principais países produtores de queijo da Europa Ocidental, de janeiro a julho de 2020, em comparação janeiro a junho de 2019, as variações percentuais foram: Alemanha (+3,4%); França (-0,5%); Holanda (+3,5%) e Irlanda (+5,7%).
De janeiro de julho de 2020 as exportações de queijo pela União Europeia (UE) totalizaram 547.000 toneladas, aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2019. Os principais países importações em quantidade e variação percentual foram: Japão 76.515 toneladas (-14,5%); Estados Unidos 67;344 toneladas (-11,9%); e Suíça 36.890 toneladas (+12,9%).
No Leste Europeu, a Polônia subiu 2,7% de janeiro a julho de 2020, em relação ao mesmo período de 2019.
A produção de algumas das commodities lácteas na Polônia nos primeiros 7 meses do ano em comparação com janeiro e julho de 2019 variaram da seguinte forma: queijo (+4,4%); manteiga (+10,2%); SMP (+5,6%) e WMP (-10,4%).
O principal importador de manteiga, SMP, WMP da Bielorrússia é a Rússia. De janeiro a julho a quantidade de produtos embarcados e variação percentual na comparação do mesmo período de 2019 foram: manteiga 40.999 toneladas (-4,4%); SMP 71.770 toneladas (+3,7%); e WMP 15.706 toneladas (+17%). (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Fórum MilkPoint Mercado: os novos caminhos do leite
O mercado em 2021, como estarão os preços, a produção, a demanda e a rentabilidade dos diferentes agentes da cadeia é uma preocupação constante e foco das discussões do Fórum MilkPoint Mercado Online, notadamente em seu primeiro dia (13/10, à tarde). Mas, quais os novos caminhos que o leite e os derivados lácteos estão tomando e que devem fazer parte do “novo normal logístico” do mercado, depois da pandemia? Vemos que os canais de comércio eletrônico (e-commerce) cresceram vertiginosamente depois da pandemia, com a digitalização das vendas do varejo. Ao mesmo tempo, o consumidor, principalmente aquela dos grandes centros urbanos, passa a ter novas preocupações no momento de avaliar seu consumo, como a estória que o alimenta que seleciona na gôndola carrega, a segurança do mesmo e outros aspectos que passaram a ser relevantes em sua decisão de compra. O “novo normal” de mercado é então bem mais complexo do que uma “simples” curva de preços de leite.... Venha acompanhar e participar desta discussão relevante sobre o futuro do mercado e dos negócios de sua empresa! Inscreva-se agora mesmo. (Milkpoint)

 

Porto Alegre, 30 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.316

Produtores de leite comemoram preços em alta, mas adotam cautela
A presença de pouco mais de 50 vacas na Expointer 2020, devido a restrições da pandemia que, entre outras medidas, retirou os visitantes do Parque Assis Brasil, contrasta com os melhores preços ao produtor de leite da história. O setor chegou a receber R$ 2,00 e R$ 2,10 pelo litro, mas produtores e entidade adotam cautela, indicando que os ganhos de agora devem ser dosados com os custos em alta nos insumos daqui para frente.
“O produtor está respirando e não ganhando ‘lucro’”, resume Itamar Tang, um dos donos da Granja Tang, de Farroupilha, contrastando a valorização dos últimos meses com a elevação dos custos de insumos, que seguem o dólar. Além disso, Tang, que expõe animais na Expointer e nesta quarta- -feira (30) vai ter competidoras no Concurso Leiteiro, cita que as propriedades sentem ainda impactos da estiagem.
O produtor de Farroupilha considera que os atuais patamares são “justos”, com ganhos de 20% em granjas bem estruturadas, observa, o que exige um plantel mínimo de vacas e média de mais de 30 litros ao dia por animal. Itamar diz que o setor terá de buscar ração, que tem alta de milho e soja, até porque as exportações de grãos dispararam, pois a oferta de silagem foi prejudicada.
“Tivemos um longo tempo que subsidiamos o produto para o consumidor. E está caro agora? Não é não. Caro é pagar R$ 10,00 por uma cerveja”, provoca o produtor. “Agora tem de plantar a lavoura para fazer silagem para o ano que vem”, complementa Mateus Bazzotti, da Granja Bazzotti, de Ponte Preta, que estreou na Expointer. Aos 21 anos, Bazzotti diz que não pretende fazer investimentos e manterá o plantel, de 70 animais, e focará a melhoria na qualidade da produção. “Fazemos confinamento, o custo com ração é alto. Futuramente talvez vamos ampliar o número de animais”, projeta o jovem.
O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, observa que os impactos da estiagem estão longe de ter terminado. O investimento já feito tem ciclo de médio e longo prazo para pagar. O dirigente recomenda que a hora não é para novos aportes.
“Nunca recebemos o valor atual, mas o custo está num patamar que nunca pagamos”, resume o presidente da Gadolando, lembrando que muitos produtores tiveram de refinanciar compromissos, em função da quebra das lavouras de verão. Na hora de pensar em novas aquisições, Tang adverte: “não pode esquecer que tem de pagar a conta também quando o preço não estiver bom”. Mesmo que o preço ao produtor tenha ficado em R$ 1,80 no pagamento em agosto - a alta acumulada do ano supera 42% -, o quilo da ração bem balanceada está a R$ 2,10, compara o dirigente. “Portanto, mais cara que o litro de leite.”
Parte da alta do produto, que é sentida na gôndola dos supermercados, está associada a uma demanda mais aquecida, com mais gastos na compra de derivados, como queijo. Marcos Tang avalia que os consumidores que estavam mais em casa buscaram mais diversidade de itens, o que favoreceu o setor. (Jornal do Comércio)

                     

Arrecadação reage
O Tesouro do Estado realiza hoje o primeiro depósito da folha de setembro dos servidores do Executivo, no valor de R$ 2,2 mil. Serão quitados com o pagamento 48% dos vínculos. O próximo crédito está previsto para 9 de outubro, no valor de R$ 1,8 mil, quitando a folha para os que recebem até R$ 4 mil líquidos, que representam 73% dos vínculos. O pagamento integral da folha está previsto para 13 de outubro. O atraso dos salários, atualmente em 13 dias, já chegou a 40 dias. Segundo a Secretaria da Fazenda, os pagamentos serão possíveis devido à tendência de retomada da economia. De acordo com os dados, a arrecadação tem se mantido em valores próximos aos projetados antes do impacto da pandemia do coronavírus. Em agosto, foi apresentado leve crescimento de 0,9%, que significa R$ 26 milhões, em relação ao previsto antes da crise. Em setembro, a evolução foi ampliada, atingindo melhora considerável em relação ao ano anterior. O crescimento real foi de 8,9%, ou R$ 266 milhões, em comparação com 2019, relativo à arrecadação de ICMS. Setembro fechará com arrecadação de cerca de R$ 3,2 bilhões, a segunda maior do ano. A tendência deve ser mantida em outubro. Os documentos eletrônicos, que são notas fiscais eletrônicas e notas dadas ao consumidor, entre outros, deverão fechar 2020 no patamar de R$ 118 bilhões, 8% a mais do que em 2019. É com base nelas que a Receita Estadual tem controle on-line, em tempo real, da arrecadação e da movimentação da economia. Entre os motivos para a ampliação da arrecadação estão a injeção de recursos por meio do auxílio emergencial, pago a milhões de pessoas pelo governo federal, e, gasto, majoritariamente em consumo, o que, rapidamente, leva à reação da economia. Também contribui o comércio on-line, que viu o volume de vendas crescer. O setor é considerado praticamente insonegável. (Correio do Povo)

 

Auxílio emergencial chega a R$ 8,67 bi em depósitos no RS
Desenhado para mitigar impactos da crise econômica, o auxílio emergencial transferiu R$ 8,67 bilhões para o Rio Grande do Sul durante a pandemia de coronavírus. Isso quer dizer que, até o momento, o Estado foi responsável por absorver cerca de 4% do total gasto pelo governo federal com o programa (R$ 216,84 bilhões).

 

103,56 mil
visitas haviam sido registradas nos quatro dias de Expointer na plataforma digital. Só ontem foram 23,99 mil novos registros. Além de catálogo com fotos dos produtos vendidos no drive-thru da agricultura familiar, o ambiente virtual conta com cinco canais de web tv, com programação diária e também exibição dos julgamentos e provas de raças. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 29 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.315

Fórum MilkPoint Mercado Online debaterá o futuro do setor lácteo

Com foco em debater as perspectivas para o setor de lácteos de 2021, a MilkPoint reunirá profissionais e analistas do segmento no Fórum MilkPoint Mercado Online nos dias 13 e 14 de outubro. O objetivo do evento é discutir os rumos em curto e médio prazo do mercado de leite e derivados, abordando ainda os efeitos da pandemia no setor e as mudanças estruturais e o comportamento do consumidor. Em ambos os dias, a programação inicia-se às 13h50, com encerramento previsto para às 17h10.
Realizado de forma virtual, em função da pandemia, o fórum contará com a interação entre os participantes e palestrantes, networking e informação sobre diversos assuntos relacionados ao setor. Durante as duas tardes, os convidados falarão sobre os possíveis cenários para 2021, a evolução do consumo de lácteos em 2020, mercado internacional e nacional, a importância da rastreabilidade na cadeia de laticínios no mundo pós-pandemia, entre outros.
Neste ano, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) disponibilizará a seus associados, por meio de parceria com a MilkPoint, desconto na inscrição (preços de 1º lote) e divulgação semanal da programação. Saiba mais sobre o evento em http://www.interleite.com.br/forum/ (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)

                     

Governo trava reforma tributária até fim da eleição

Governo suspende debate sobre nova CPMF até fim da eleição

A proposta de reforma tributária do governo, de desonerar a folha de salários com a criação de um imposto sobre movimentações financeiras, nos moldes da extinta CPMF, só deve ser divulgada oficialmente após as eleições municipais, afirmaram
três deputados e um ministro ao Valor. O primeiro turno será em 15 de novembro, daqui a 45 dias.

A decisão levou o presidente da comissão da reforma no Congresso, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), a adiar audiência pública que ocorreria com os formuladores técnicos das propostas em discussão. Seria um debate final antes da
apresentação do parecer do relator, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O texto não será mais divulgado nesta semana, avisou ele aos integrantes da comissão, e não há data prevista.

O entendimento entre os governistas para adiar a proposta ocorreu ao longo de reuniões no fim de semana e na manhã de ontem. Deputados sugeriram ao governo que o momento era inoportuno, bem no início da eleição, o que faria com
que parte dos parlamentares se comprometesse contra o projeto para não haver desgaste na eleição. “Tem muito deputado candidato ou com esposa ou filho candidato. Isso tiraria votos”, disse um líder.
O tema nem entrou em debate no encontro mais ampliado com o presidente Jai Bolsonaro. Esse líder, que falou sob anonimato para evitar ser tachado como defensor da CPMF em plena eleição, justificou que o governo tem um discurso
coerente, de substituição dos encargos sobre a folha por outro imposto para criar mais empregos, mas que a oposição distorcerá isso durante as eleições. O próprio
Bolsonaro teria sinalizado que o desgaste seria grande para seus aliados.

Deputados dizem que a maioria dos partidos governistas está a favor do projeto, mas que ainda não haveria os 308 votos necessários na Câmara para aprovar o novo imposto. Partidos que costumam votar com o governo, como o DEM, por
exemplo, dizem que a derrubada da CPMF no governo Lula é uma vitória da legenda e que não há disposição interna em apoiar a volta do imposto neste momento.

O líder do PSC na Câmara, deputado André Ferreira (PSC-PE), disse que a proposta do governo tem muitas coisas boas, mas que é contra a volta da CPMF - que seria de 0,2% para quem transfere e 0,2% para quem recebe, “dando uma alíquota de 0,4%”.
“Querendo ou não, cria um imposto. Muita gente não vai ver a desoneração, vai ver esse imposto novo e o momento hoje não é bom”, disse.

Ainda não há estratégia desenhada pelo governo sobre como será a atuação da base aliada em relação à PEC 45, que unifica PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS em um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Mas a tendência é travar a discussão até a
formalização da CPMF.

Os governistas dizem que há mais consenso sobre outros pontos da PEC que será apresentada, como ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física de R$ 1,9 mil para R$ 3 mil e diminuir o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e cobrar
na distribuição de lucros e dividendos. A imunidade tributária de igrejas sobre a contribuições sociais, como a CSLL, também entraria aí. (Valor Econômico)

 

Agricultura de precisão já movimenta US$ 7 bi no mundo
A agricultura de precisão tem se firmado como um dos pilares das estratégias adotadas por produtores, entre eles cooperados, para acompanhar a evolução no campo com o uso de novas tecnologias. Pesquisa da consultoria MarketsandMarkets, sediada na Índia, aponta que esse mercado deve girar US$ 7 bilhões no mundo este ano e que a tendência é que o valor cresça 82,8% até 2025, para US$ 12,8 bilhões.

Na América Latina, o Brasil é principal expoente nessa frente, e, sozinho, gerou US$ 388,7 milhões em receitas com produtos e serviços no ano passado. Segundo Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá, chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, a tendência é de crescimento principalmente dos serviços no setor – partindo de atores como as cooperativas, porque o avanço tecnológico depende da capacitação na ponta, e não somente da venda de máquinas.
Na agricultura 4.0, ela afirma que o valor está em extrair conhecimento dos dados, e não apenas em gerá-los. “A agricultura de precisão é uma ferramenta da agricultura 3.0, que vem de mais de 20 anos atrás, e que ajuda a subsidiar essa nova fase [4.0], em que informações embasam tomadas de decisão e ações preditivas”, diz Silvia.
Para Gabriel Camarinha, coordenador de agricultura de precisão da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), de Piracicaba (SP) - que tem 14 mil cooperados e faturou R$ 1,7 bilhão em 2019 -, o grande valor da agricultura de precisão está no acompanhamento de processos, que é convertido em ganhos financeiros ao produtor. As melhorias vão desde a redução da sobreposição do trajeto de tratores no campo e a consequente diminuição da compactação do solo, até a economia de tempo, horas-máquina, combustível e insumos. Isso sem falar no incremento da qualidade da cultura implantada, destaca Camarinha.
Dos 750 agricultores de cinco culturas diferentes e 11 Estados do Brasil entrevistados pela consultoria McKinsey este ano, Camarinha lembra que 47% afirmaram usar pelo menos uma ferramenta de agricultura de precisão, ao passo que 33% disseram usar duas ou mais. A pesquisa da McKinsey também já apontava que os jovens são os grandes adeptos da aplicação de insumos a taxas variáveis e do uso de mapas de solo, além de drones. Na Coplacana, o perfil identificado entre os cooperados foi parecido: “Em geral, os agricultores de 25 a 44 anos são os que mais buscam inovação”, afirma Fábio Salvaia, especialista em agricultura de precisão da cooperativa paulista. (As informações são do Valor Econômico)

 

China tenta reduzir dependência de importações de carnes e lácteo
A China, que lidera a produção e o consumo de carne suína no mundo, estabeleceu como meta de longo prazo garantir que sua oferta doméstica do produto seja suficiente para atender a 95% da demanda. Conforme informou a agência Bloomberg, no caso da carne bovina o objetivo é que o percentual alcance 85%, enquanto em lácteos os planos oficiais são de que a produção interna cubra mais de 70% do consumo. No processo de reconstrução de sua produção depois da crise provocada pela disseminação da peste suína africana no país, a partir de 2018, a China prevê o aumento do tamanho médio do plantel de seus criadores de porcos. Hoje, milhões deles ainda engordam menos de 500 animais por ano, e o objetivo é que 70% do total sejam de grande escala até 2025 e que o percentual chegue a 85% em 2030. A China é o principal destino das exportações brasileiras de carnes bovina, suína e de frango, e a notícia pressionou as ações dos frigoríficos JBS, Marfrig e Minerva, como informou o Valor PRO, o serviço de informações em tempo real do Valor. (As informações são do Valor Econômico)

 

Porto Alegre, 28 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.314

Secretaria da Agricultura lança a Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2020

Foto: Emerson Foguinho
O potencial do agronegócio foi destaque no primeiro dia da Expointer Digital 2020 com o lançamento Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2020. A publicação on-line produzida pelo Departamento de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) foi apresentada pelo secretário Covatti Filho na tarde deste sábado (26/9), com transmissão ao vivo pelo site www.expointer.rs.gov.br.
O levantamento reúne números da agricultura no Rio Grande do Sul e destaca a importância do setor na geração de emprego e renda. “O estudo também tem conteúdo técnico para delinear novas políticas públicas e aperfeiçoar as existentes”, afirma Covatti Filho.
Ainda de acordo com o secretário, no ranking nacional o RS se destaca na liderança em produção, tecnologia e geração de receita, em diversas áreas do agronegócio. “Há um grande potencial para expandir as culturas agrícolas mais recentes, aprimorando os processos mais tradicionais e buscando solucionar os entraves que ainda dificultam a vida do produtor”.
Conforme o secretário, o relatório reconhece e demonstra a relevância da cadeia agropecuária no Estado, que passa pelas propriedades rurais, comércio e indústrias vinculadas à atividade rural, sendo responsável pela geração de 40% da riqueza gaúcha.
“Na Secretaria da Agricultura, reconhecemos esta importância com os espaços das Câmaras Setoriais. Em cada uma delas, discutimos, com as entidades representativas do setor, políticas públicas voltadas para eles. Esse fórum de discussão é fundamental e ocorre de forma mensal”, complementa.

O diretor do Departamento de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural, Ivan Bonetti, informa que a pesquisa foi feita com coleta de informações relativas à safra 2019/2020 e, em alguns casos, 2018, junto a diversos órgãos oficiais e privados que desenvolvem levantamentos de dados agropecuários.
“O trabalho reúne 28 dos principais segmentos agrícolas, detalhando dados como área colhida, produção, receita agropecuária, número de produtores, valores de exportação e principais destinos, participação na produção nacional e nas exportações do agro gaúcho, além do número de municípios produtores, destacando sua escala”, acrescenta Bonetti.
A radiografia aponta que a riqueza total do Estado (PIB 2019) foi de R$ 480 bilhões; a receita das propriedades agropecuárias chegou a R$ 67 bilhões (14% do PIB) e a receita do agronegócio (lavoura, pecuária, serviços e indústrias) foi de R$ 192 bilhões (40% do PIB).
Com base no valor bruto de produção, os principais produtos agropecuários gaúchos são soja (36%), frango (13%), arroz (11%) e bovinos (7%). Principal produto, a soja ocupa área de 5,96 milhões de hectares, tem produção de 10,69 milhões de toneladas e valor bruto de produção de R$ 16,9 bilhões, conforme dados na Radiografia. Clique aqui e acesse a Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2020. (Seapdr)

                     

Famurs promove curso online para capacitação em APPCC
Gestores e médicos veterinários dos serviços de inspeção municipais e responsáveis técnicos de agroindústrias são o público-alvo do Curso EAD - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), promovido pela Famurs entre os dias 5 e 7 de outubro, das 14h às 17h. A plataforma EAD permite a capacitação no local escolhido pelo participante
O curso online com carga horária de 9 horas propõe a capacitação desses profissionais na rotina de interpretação e entendimento dos conceitos básicos da ferramenta de segurança alimentar. O conteúdo vai abordar cinco pontos fundamentais do APPCC: definição e histórico, conceitos básicos e pré-requisitos, estrutura do plano, os sete princípios do plano e verificação oficial.
A capacitação em APPCC será conduzida por Letícia de Albuquerque Vieira, médica veterinária, pós graduada em Tecnologia de Alimentos pelo IMEC/POA, Mestranda em Produtos de Origem Animal na FAVET/UFRGS, tendo atuado no DIPOA/MAPA, em empresas de produtos de origem animal na área de qualidade e segurança dos alimentos. De acordo com Letícia, o APPCC é exigido em todas as empresas com inspeção, mas muitas ainda não têm o plano desenvolvido e implantado, especialmente em níveis municipal e estadual. ‘A capacitação é importante para fazer com que os estabelecimentos estejam aptos quando foram fiscalizados e auditados”, afirma a técnica.
Outra parte do conteúdo será ministrado por Suzane Bittencourt, auditora fiscal federal aposentada, com experiência em auditorias operacionais e de sistemas de inspeção sanitária de produtos de origem animal, instrutora dos cursos de auditoria em BPF e APPCC, ministrados pela Organização Panamericana de Saúde – OPAS/OMS.
O investimento individual é de R$ 309,99 para inscrições feitas por prefeituras e de R$ 449,00 para os demais interessados. Mais informações aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)

 

FAO: produção global de leite está em crescimento rápido
A produção global de leite está aumentando rápido, devendo crescer 1,6% com relação ao ano anterior (para 997 milhões de toneladas em 2029) nos próximos 10 anos.
De acordo com o relatório Outlook Agricultural 2020-2029, da OCDE-FAO, este crescimento é mais rápido do que a maioria das outras principais commodities agrícolas. O relatório afirma que, embora o crescimento médio mundial dos rebanhos (0,8% anual) seja maior do que o crescimento médio da produtividade (0,7%), as médias variáveis são o resultado de rebanhos crescendo mais rápido em países com produtividade relativamente baixa. Na maioria das regiões do mundo, espera-se que o crescimento da produtividade contribua mais para o aumento da produção do que o crescimento do rebanho.
O crescimento da produtividade pode estar relacionado a fatores como a otimização dos sistemas de produção de leite, melhoria da saúde animal, maior eficiência na alimentação e melhor genética.
Espera-se que a Índia e o Paquistão contribuam com mais da metade do crescimento da produção mundial de leite e respondam por mais de 30% da produção mundial em 2029.
A produção na União Europeia deverá crescer mais lentamente do que a média mundial. Os rebanhos leiteiros devem diminuir (-0,6% anual), mas a produção de leite deve crescer a 1% na próxima década.
O maior rendimento médio por vaca é observado na América do Norte, já que a participação na produção a pasto é baixa e a alimentação é focada em vacas de alto rendimento de rebanhos leiteiros especializados. Os rebanhos leiteiros nos Estados Unidos e Canadá permanecerão inalterados e o crescimento da produção deverá se originar de novos aumentos de produção.
A Nova Zelândia tem visto um crescimento muito lento na produção de leite nos últimos anos. O crescimento da produção será definido para exportação, que enfrenta maiores incertezas, devido a medidas comerciais após a pandemia de Covid-19.
A África é vista como um caminho que leva a um forte crescimento da produção, principalmente como resultado de rebanhos maiores. Durante o período de projeção, cerca de um terço da população mundial do rebanho deverá estar localizada na África, respondendo por cerca de 5% da produção mundial de leite. (As informações são do Dairy Global, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Expointer Digital recebeu 33 mil visitas no sábado
A primeira Expointer Digital da história contou com tempo instável durante o final de semana no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Apesar disso, a Secretaria da Agricultura comemorou o acesso às atividades pela internet. Durante o sábado, o site recebeu 33 mil acessos, número considerado excepcional pelo secretário Covatti Filho. “Estamos muito satisfeitos”, disse. Segundo ele, o primeiro dia da feira foi de ajustes do modelo virtual, que deve permanecer quando o evento retomar o formato presencial. Profissionais da área da saúde fazem a testagem dos visitantes para diagnóstico de Covid-19 no portão 8. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 25 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.313

Novo Guia Alimentar pode comprometer consumo de lácteos e outros alimentos
O Ministério da Agricultura já enviou dois pedidos de revisão do “Guia Alimentar para a População Brasileira” ao Ministério da Saúde este ano. As demandas partiram de câmaras setoriais da Pasta de Tereza Cristina, que são fóruns consultivos formados por representantes do setores público e privado, e criticam reflexos negativos da publicação para a imagem e para o consumo de produtos como carnes, leite e até orgânicos.
A nota técnica do ministério que foi divulgada na semana passada – que aponta afirmações incoerentes e até “cômicas” no guia e sustenta que a classificação “NOVA”, que envolve alimentos “ultraprocessados”, foi feita a partir de dados “pseudocientíficos” – é um terceiro documento. Chegou a ser enviado por e-mail ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mas Tereza Cristina voltou atrás poucas horas depois e pediu que a mensagem fosse desconsiderada, conforme apurou o Valor.
A ministra rejeitou o teor da nota por avaliar que não era suficiente e consistente para fundamentar a discussão, e pediu ontem a sua equipe para que os argumentos sobre questões nutricionais (que envolvem produção e industrialização) sejam “tecnicamente bem embasados”.
Mas os questionamentos ao “Guia”, publicado em 2014, no governo de Dilma Rousseff, começaram antes. O primeiro pedido de alteração foi enviado em 21 de maio e partiu da Câmara Setorial de Agricultura Orgânica, que solicitou uma correção semântica. Direcionada a crianças com menos de 2 anos, a publicação coloca os produtos orgânicos em categoria inferior aos de base agroecológica, como se estes fossem mais justos socialmente por valorizar pequenos produtores, dar condições de trabalho mais justas e zelar pelo ambiente.
“Isso acaba prejudicando todo um esforço que vem sendo feito pelo próprio governo com as campanhas de incentivo ao consumo de orgânicos”, diz o presidente da câmara setorial desses produtos, Luiz Carlos Demattê.
No dia 2 de junho, a Pasta pediu outras alterações, desta feita por solicitação da Câmara Setorial de Carne Bovina. Na visão do segmento, há menções equivocadas em relação à sustentabilidade da pecuária brasileira, como a vinculação da atividade ao desmatamento e à poluição.
“O guia deixa claro o direcionamento ideológico ao criticar, de forma equivocada, as produções pecuárias. Ele não deve indicar a redução de produtos de origem animal, e sim indicar que devem ser consumidos em quantidades adequadas, conforme o perfil metabólico individual”, diz um documento de março assinado pelo presidente da Câmara Setorial da Carne Bovina, Antonio Pitangui de Salvo, que norteou o pedido de revisão.
A Câmara Setorial de Leite e Derivados também reclamou. “Os produtores não compreendem o porquê de haver restrições ao consumo de queijos e iogurtes saborizados, por exemplo. O consumo per capita de queijos no Brasil é um quinto do dos países desenvolvidos. Por que isto? Todos somos favoráveis a um guia que oriente principalmente os profissionais ligados à alimentação e à saúde, mas estritamente baseado na ciência. Nada mais”, relatou Ronei Volpi, presidente do colegiado.
Na visão do Ministério da Agricultura, o “Guia” tem menções inadequadas e inapropriadas para um documento oficial que precisa ser convergente com as políticas públicas plurais da parte de nutrição, saúde e oferta de alimentos do governo como um todo. Mas a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defende o diálogo. “Ninguém quer contrariar o que a ciência está dizendo. A discussão é sempre salutar e não vejo porque não se pode discutir o assunto”, afirmou ela esta semana.
O Valor apurou que o Ministério da Agricultura também se baseou em um estudo internacional, publicado este ano no periódico “The British Medical Journal” (BMJ), para indicar as alterações. Para a Pasta, o trabalho, que analisou guias do mundo inteiro, mostra que a publicação brasileira é de difícil compreensão e que a “falta de clareza” ou suas “incertezas” comprometem o sucesso das políticas públicas.
Os cientistas que elaboraram o estudo, no entanto, se disseram “chocados” com o uso do material para “atacar” o “Guia Alimentar” brasileiro. “Uma revisão defendida pelo Ministério da Agricultura, em vez do Ministério da Saúde, e influenciada pela indústria de alimentos, corre o risco de que as diretrizes se tornem menos ambiciosas em aspectos cruciais e não enfatizem adequadamente a importância de limitar o consumo de alimentos processados, de carne bovina e laticínios”, afirmou ao Valor Marco Springmann, pesquisador da Universidade de Oxford, no Reino Unido. “É ridículo sugerir que nosso estudo apoia a eliminação desse conselho”, reforçou Anna Herforth, pesquisadora da Universidade de Harvard, nos EUA.
Pesquisadores da USP, por outro lado, apontaram erros no conceito de processamento de alimentos do “Guia” e consideram algumas informações “alarmantes” – o termo “ultraprocessados”, realçaram, não é reconhecido pela Engenharia e Ciência de Alimentos. Sobre as sugestões para evitar esses alimentos devido à presença de ingredientes como sal, açúcar e gorduras, disseram que mesmo produtos minimamente processados podem contê-los. (As informações são do Valor Econômico)

                     

SP perdeu até 75 mil restaurantes e bares em 6 meses de quarentena
Em frente ao muro do cemitério da Consolação ficava o restaurante La Frontera. A fronteira era um recurso poético. Representava, na identidade cultural, o limite difuso entre a Argentina natal de Ana Massochi, a dona, e o Brasil que a acolheu há mais de quatro décadas.
A cozinha navegava ao longo de outra fronteira: a da alta gastronomia com a culinária rústica, do fogo. É a escola de dois célebres patrícios de Ana, os chefs Francis Mallmann e Paola Carosella.
A imagem fronteiriça se evidencia na situação física do restaurante. A rua Coronel José Eusébio divide os mortos do cemitério e os vivos que celebravam a própria finitude com berinjela defumada, lulinhas ao alho, nhoques macios, bifes, galetos, doce de leite e muito vinho. É a graça doce-amarga do humor argentino, sempre brincando com aquilo que apavora.
Num ano em que a morte passou dos limites, o cantinho de Ana Massochi cruzou a fronteira para o lado de lá. Ele é um entre dezenas de milhares de restaurantes fechados definitivamente em exatos seis meses de quarentena oficial no estado de São Paulo.
As baixas se acumulam desde 24 de março, quando um decreto do governador João Doria (PSDB) restringiu o funcionamento do comércio, devido à pandemia da covid-19.
Os dados, ainda que imprecisos, impressionam: nestes seis meses de quarentena, entre 20% e 25% dos estabelecimentos de alimentação encerraram as atividades no país. Quando transposto para o contexto estadual, o levantamento aponta de 50 mil a 75 mil restaurantes, bares e lanchonetes paulistas mortos por falta de faturamento.
O luto não é metáfora para os empresários do setor. Emparedados por dívidas, consternados com a demissão de funcionários e abatidos pela derrota, eles tentam superar as perdas.
"Prefiro deixar quieto agora", responde o chef Raphael Despirite à solicitação de entrevista sobre o fechamento do Marcel. O restaurante francês, aberto há 65 anos pelo avô de Rapha, servia o suflê mais famoso da cidade.
Outros pontos tradicionais também pereceram na pandemia. O espanhol PASV, desde 1970 na avenida São João. O árabe Abu-Zuz, há 31 anos no Brás. O próprio La Frontera já contava 14 anos de estrada. O velho Itamarati, no largo de São Francisco, balançou, mas não caiu: após a casa anunciar o fechamento, advogados frequentadores se engajaram numa campanha para resgatá-la.
A peste baixou inclemente também sobre os restaurantes jovens com nomes inspirados na fauna brasileira. São Paulo perdeu o Capivara, excelência em peixes num salão de boteco da Barra Funda. Foi-se o Cateto, que transferiu da Mooca para Pinheiros o combo queijos artesanais + charcutaria + cervejas especiais + coquetéis.
Havia apenas seis meses que Leo Botto tocava o Boto –com um tê só– quando a pandemia virou o mundo de ponta-cabeça.
"A gente ainda estava engatinhando", conta o cozinheiro e empresário. Acabrunhado, ele admite que o amadorismo contribuiu para o fechamento da casa. "Fico até com vergonha de dizer que contratamos 25 funcionários para a abertura." O Boto tinha 50 cadeiras no salão, 25 lugares no bar e nenhum sócio com currículo em gestão de restaurantes.
No afã de salvar o negócio, Botto trabalhou até como entregador. Pegou covid-19. "A exposição era extrema", lembra. Ele teve todos os sintomas clássicos do coronavírus, mas conseguiu se recuperar sem internação. Assim que o governo permitiu a reabertura, ele reabriu. "Estávamos completamente descapitalizados. Não funcionou."
Já Ana Massochi –que revelou Botto no La Frontera– não pode colocar o revés na conta da inexperiência. Desde 1980 ela está à frente do Martin Fierro, o argentino que assistiu impávido à playboytização da Vila Madalena. Na pandemia, ela percebeu ser inviável manter os dois restaurantes.
"Precisei escolher um deles", conta. Optou por fechar o filho mais novo porque a operação era cara, apenas se pagava.
A gota d'água foi a postura draconiana dos donos do imóvel, que se recusaram a negociar o valor do aluguel. Ainda em março, Ana decidiu abreviar o capítulo La Frontera e doar os equipamentos para um café comunitário na Vila Brasilândia. "Baixei a cortina e comecei a olhar para o outro lado."
A asfixia financeira é a principal queixa das duas entidades que representam o setor: a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e a ANR (Associação Nacional de Restaurantes). A primeira tem associados em cada boteco de cada cafundó do país; a segunda reúne a elite da categoria, empresários com dinheiro e influência. São elas as fontes dos números apresentados no começo do texto.
Ambas as associações reclamam do governo e dos bancos, que prometeram crédito e não entregaram. Ambas lamentam também a manutenção, ao cabo de seis meses, da ocupação e do horário restritos –em São Paulo, os restaurantes podem funcionar até as 22h, com 40% da capacidade.
"Vai quebrar muita gente ainda", estima Percival Maricato, presidente da seção paulista da Abrasel. "Mais de 40% dos empresários não resistem a outro ano de recessão. E tudo aponta para isso."
A aflição é compartilhada pelos grandes do setor. "Das redes de restaurantes, 40% precisaram fechar pelo menos uma unidade", afirma Cristiano Melles, presidente da ANR. Estão na lista a IMC (das marcas Frango Assado, Pizza Hut, KFC e Viena) e a CTC (das pizzarias Bráz, Lanchonete da Cidade e bares Pirajá e Astor).
A rede Galeto's, cujos restaurantes pontuavam a paisagem urbana em São Paulo, encerrou o atendimento presencial em todas as lojas. Os franguinhos agora só viajam de moto para a casa do freguês.
"O delivery veio para ficar", diz Percival Maricato. A verdade, porém, é que ninguém tem a mais remota ideia do futuro próximo. Planos abundam.
Raphael Despirite, taciturno em relação ao Marcel, se empolga ao falar da mistura de experiências digitais e físicas no projeto Fechado para Jantar. "Nos últimos que fizemos, tivemos lives com as pessoas recebendo a comida em casa."
Leo Botto pretende recomeçar pequeno, numa casa para uma dúzia de clientes, e servir cogumelos selvagens colhidos nas ruas de São Paulo. Sim, é isso que você leu – e eu mal posso esperar para provar.
Ana Massochi vai seguir concentrada no Martin Fierro, sólido, constante e de empanadas imortais. Levou para lá os nhoques de batata assada, receita surrealmente gostosa que Leo Botto criou para o restaurante em frente ao muro do cemitério.
O La Frontera vive. (As informações são do Valor Econômico)

 

Argentina: setor lácteo funcionando, mas com rentabilidade menor
Desde que as medidas sanitárias foram instaladas para mitigar os efeitos da pandemia Covid-19, a indústria de laticínios da Argentina não fechou suas portas.
Por ser considerada uma atividade essencial e por ter um fornecedor – as vacas – que todos os dias gera matéria-prima perecível, que pode ser mantida resfriada por apenas até 72 horas, as empresas do setor continuaram operando.
Isso se deu de tal forma que, durante os meses da pandemia, o setor operou em um ritmo de produção superior ao do ano passado, baseado no crescimento do volume de leite recebido e na maior procura desde abril, tanto no mercado interno como externo.
Em Córdoba, de acordo com o Monitor de Atividade Produtiva elaborado pelo Ministério da Indústria da Província, a indústria de laticínios fechou agosto com uma produção, medida em litros, 24,5% acima do nível registrado em fevereiro. Na última semana do mês passado, o nível de emprego nas fábricas da província era de 97,1%.
Produção e demanda
O principal motivo para esse crescimento foi o aumento, até agora, da produção de leite nas fazendas leiteiras. Até julho, o crescimento foi de 9% em relação ao mesmo período de 2019, segundo dados do Ministério da Agricultura do país.
Soma-se a essa maior quantidade de matéria-prima, segundo os industriais, uma maior demanda externa e um aumento do consumo interno durante o isolamento, que variava mensalmente e no mix de produtos.
“Quando a pandemia começou, parecia que o mundo estava desmoronando e um quilo de leite em pó não estava à venda em lugar nenhum. Na verdade, o preço internacional caiu de US$ 3.200 para US$ 2.500 a tonelada e sem negociações. Agora se recuperou para US$ 3.000, com um câmbio um pouco melhor”, observou Javier Baudino, industrial de laticínios de Pozo del Molle e vice-presidente da Associação das Pequenas e Médias Empresas de Laticínios (Apymel).
Embora as empresas do setor afirmem que estão trabalhando com plena capacidade, alertam que a rentabilidade do negócio é inferior à de um ano atrás.
Eles garantem que há produtos – como algumas marcas de queijo fresco – cujo valor no atacado não mudou neste ano e outros que refletem até uma queda no valor. Aqueles que conseguiram atualizar o fizeram bem abaixo da inflação.
Enquanto isso, os custos industriais aumentaram. O último acordo conjunto, segundo os industriais, elevou no ano passado o salário-base inicial de um empregado da categoria B de 34.600 pesos (US$ 457,42) para 62.393 pesos (US$ 824,86).
No mesmo período, houve uma atualização de 25% no preço do leite pago ao produtor. Além disso, muitas outras entradas que estão envolvidas no processo têm valores dolarizados.
“Estamos com uma produção maior que a do ano passado e com um consumo que cresceu durante a pandemia, mas que, em termos anuais, está abaixo dos primeiros oito meses de 2019”, disse Ercole Felippa, presidente da cooperativa Manfrey, empresa que entre janeiro e agosto, vendeu mais volume no mercado interno do que no mesmo período do ano passado. “Temos 30% mais mercado”, disse ele.
Com a recuperação do número de litros de leite processado, as fábricas que a empresa Sancor possui na província (La Carlota, Balnearias e Devoto) também apresentam uma maior atividade do que em 2019.
Da cooperativa eles reconhecem que o crescimento poderia ser ainda maior se tivesse capital de giro para sair e comprar mais leite. No início da pandemia, vários produtos da marca, como doce de leite e a linha de queijos ficaram sem estoque.
Na área de Villa María, a empresa de laticínios Capilla del Señor, dedicada à fabricação de queijos, alguns deles funcionais (por exemplo, que ajudam a reduzir o colesterol), trabalhou em agosto com seus 35 funcionários a 80% de sua capacidade de elaboração.
“Em setembro vamos atingir cem por cento da capacidade”, disse Álvaro Ugartemendia, gerente geral da empresa, embora comente que os números de atividade são muito bons.
Além de ser uma atividade essencial, o aumento do contágio do coronavírus no interior da província acende algumas luzes de alerta na atividade.
Com uma recepção de leite entre 90.000 e 100.000 litros por dia, em Coronel Moldes, a empresa Cotahua trabalhou integralmente até agosto. Esse ritmo foi interrompido durante o mês de setembro, quando, devido à aplicação de protocolos de saúde, vários trabalhadores (a maioria devido ao contato próximo com transportadores) deixaram de frequentar a empresa.
“Tivemos que interromper o processamento por dois ou três dias para desviar o leite para outra empresa”, admitiu seu presidente, Mario García Díaz. No entanto, a planta estaria totalmente operacional novamente na próxima semana.
As informações são do La Voz, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

 

Lançamento oficial do novo site Sooro Renner
A Sooro Renner apresenta aos clientes, parceiros e colaboradores o lançamento do novo site. Há tempos a empresa tinha o desejo de atualizar e trazer novas funcionalidades para o portal. Agora, o portal conta com uma linguagem muito mais moderna e dinâmica, para se comunicar com esse novo mercado. A curadoria também cuidou para que todas as informações disponíveis sejam relevantes. Com o objetivo de estreitar os laços com o cliente final, ia Sooro Renner iniciou o projeto chamado “Mundo Whey”, um blog inteiramente dedicado à alimentação de alta performance, Sports Nutrition e diversos outros assuntos. A Sooro Renner convida você você para conhecer o novo site e também o Blog Mundo Whey. “É o nosso esforço para trazer sempre informações relevantes e de qualidade aos nossos clientes, parceiros e colaboradores”, reforçou a empresa. www.sooro.com.br (As informações são da Assessoria de Impreensa da Sooro)

 

Porto Alegre, 24 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.312

Fecoagro RS reelege presidente

Eleição da diretoria para o período 2020/2023 foi nesta terça-feira (23)

Em assembleia realizada nesta terça-feira, 22 de setembro, na sede da CCGL em Cruz Alta (RS), a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) elegeu sua diretoria para o período 2020/2023. Por aclamação, o atual presidente, Paulo Pires, foi reconduzido ao cargo, tendo como vice Darci Hartmann, de Cruz Alta.

Natural de São Luiz Gonzaga (RS), o engenheiro agrônomo Paulo Pires, 59 anos, foi presidente da Coopatrigo, no mesmo município. Pires vai para seu terceiro mandato frente à entidade representativa das cooperativas agropecuárias gaúchas.

Confira a nominata:

Presidente: Paulo Pires
Vice-presidente: Darci Pedro Hartmann

Conselho de Administração
Região 1
Titular: Dirceu Bayer - Coolan (Teutônia)
Suplente: Jefferson Smaniotto - Piá (Nova Petrópolis)

Região 2
Titular: José Paulo Kraemer Salerno - Cotrisel (São Sepé)
Suplente: José Alberto Pacheco Ramos - CAAL (Alegrete)

Região 3
Titular: Caio Cezar Fernandez Vianna - CCGL (Cruz Alta)
Suplente: Eduino Wilkomm - Cotrirosa (Santa Rosa)

Região 4
Titular: Nei César Mânica - Cotrijal (Não-Me-Toque)
Suplente: Leocézar Nicolini - Cotriel (Espumoso)

Região 5
Titular: Orildo Germano Belegante - Coasa (Água Santa)
Suplente: Rodoaldo Posser - Cotapel (Tapejara)

Conselho Fiscal
Titulares
Germano Dowich - Cotripal (Panambi)
Gelson Bridi - Cotricampo (Campo Novo)
Celso Leomar Krug - Cotribá (Ibirubá)

Suplentes
José Luis Leite dos Santos - Coagrisol (Soledade)
Dercio Sturmer - Coagril (Chapada)
Élio Luiz Duarte Pacheco - Cotrifred (Frederico Westphalen)

                     

FAO defende ampliação do uso de selos de sustentabilidade

A FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, recomendou que seja ampliado o uso de certificações voluntárias que atestam a sustentabilidade da produção agropecuária, em resposta à demandas dos consumidores.

A sugestão coincide com o aumento da pressão na Europa por novas certificações e “due diligence” nas importações de commodities do Brasil para evitar a entrada de produtos com suspeita de terem saído de áreas desmatadas ilegalmente.

A FAO nota, porém, que a proliferação de certificações é parte de uma conscientização sobre a questão ambiental não só nos países desenvolvidos, e que também há avanços nos emergentes e em desenvolvimento.

A harmonização de padrões e certificados de sustentabilidade entre os países pode facilitar sua aplicação nas cadeias globais de valor do setor agro-alimentar, diz a agência da ONU. E tudo isso pode encorajar investimentos.

Em relatório sobre os mercados de commodities agrícolas, a FAO também destacou que o comércio internacional agro-alimentar mais que dobrou de 1995 a 2018, chegando a US$ 1,5 trilhão. As exportações de países emergentes e em desenvolvimento representam mais de um terço do total, e para avançarem vão se apoiar também em certificações.

Desde 1995, o Brasil quase quadruplicou suas exportações em termos reais, com forte aumento de vendas de grãos, carnes e pescado, açúcar e cacau. Ao mesmo tempo, as importações brasileiras continuaram praticamente inalteradas.

O relatório estima que cerca de um terço das exportações globais agro-alimentares são feitas por cadeias globais de valor e atravessam fronteiras pelo menos duas vezes, com a matéria-prima inicialmente exportada para ser processada e esta, por sua vez, ser reexportada.

Nesse cenário, o Brasil continua com participação abaixo da média global nas cadeias de valor de produtos agrícolas e alimentos - significativamente abaixo de Gana, por exemplo. A maior parte do comércio brasileiro no setor é bilateral.

Conforme a FAO, participar das cadeias globais de valor permite a pequenos produtores reforçar sua produção e sua renda. Na média, e no curto prazo, um aumento de 10% nas cadeias de valor agrícolas poderá resultar em uma alta de 1,2% na produtividade do trabalho graças à difusão melhorada de tecnologias e conhecimento.

Um risco, contudo, é a emergência de cadeias globais de valor com requerimentos rígidos de qualidade dos alimentos e de segurança acabar por marginalizar pequenos produtores. A FAO destaca também a utilização de tecnologias digitais, que podem ajudar os mercados agrícolas a funcionar melhor. (As informações são do Valor Econômico)

 

UE – Captação sobe 2% nos 7 primeiros meses de 2020
Produção/UE – A captação de leite acumulada de janeiro a julho de 2020 cresceu 2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados do Observatório Lácteo da União Europeia (UE). Como pode ver no gráfico, a captação mês a mês em 2020 foi mantida durante todo o ano acima das dos meses precedentes.

Na Espanha, a captação entre janeiro e julho cresceu 2,2%, mas, em julho de 2020 ficou abaixo das captações de julho de 2019 e de 2018.

No próximo gráfico pode-se ver a evolução da captação de leite por países entre janeiro e julho de 2020. A grande maioria dos países aumentaram as entregas de leite. Os maiores percentuais foram registrados na Itália, Bélgica, Bulgária, República Checa, Malta e Chipre.
Entre os grandes produtores, cabe destacar o aumento de 3,8% na Irlanda, de 2,7% na Polônia e de 2,2% na Holanda. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

 

Ministra defende discussão para a revisão do "Guia Alimentar"
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu uma discussão aberta para a revisão do Guia Alimentar para a População Brasileira. Sem se posicionar contra ou a favor das críticas feitas na nota técnica da Pasta divulgada na imprensa na semana passada, ela disse que não quer contrariar a ciência e que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a releitura das publicações a cada cinco anos. O documento pedia alterações em orientações feitas na publicação quanto ao consumo de produtos de origem animal e à classificação feita para alimentos ultraprocessados. “Temos que discutir, sim. A hora que a discussão for aberta, todo mundo vai ter oportunidade de opinar. Ninguém quer contrariar o que a ciência está dizendo. A discussão é sempre salutar e não vejo porque não se pode discutir o assunto”, disse em entrevista à revista “Época” transmitida online. A ministra destacou que o tema está em debate em “quatro ou cinco” câmaras setoriais do ministério e que o documento com os pedidos de alterações será enviado ao Ministério da Saúde. “Vai ser mandado o documento para a Saúde que é quem decide, a gente só pode levar contribuições”. (As informações são do Valor Econômico)