Pular para o conteúdo

Porto Alegre, 15 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.16

 Investimentos setoriais do Fundesa superam R$ 9 mi em 2019

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (15) em Porto Alegre, conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul aprovaram a prestação de contas referente ao exercício de 2019. Os investimentos superaram R$ 9,15 milhões ao longo do ano, recorde em toda a história do fundo. Os aportes foram feitos principalmente para indenizações, obras em inspetorias e aquisição de insumos e produtos.

As indenizações em pecuária leiteira foram de R$ 5,9 milhões, com o pagamento referente a 3774 animais em 578 processos. Ainda no setor leiteiro, o Fundesa  aprovou o aumento do período de vigência do auxílio chamado “risco alimentar” aos estabelecimentos que realizarem vazio sanitário dos atuais três para seis meses, mantendo os mesmos valores.

Na prestação de contas, também foi abordada a reforma, promovida pelo fundo, em inspetorias veterinárias da Secretaria da Agricultura, totalizando mais de R$ 1 milhão. As reformas nas unidades de Santa Vitória do Palmar, Santana do Livramento e Pelotas ainda estão em execução. Outras três inspetorias também deverão receber recursos para revitalização nos próximos meses.

No ano de 2018 o Fundesa encerrou o exercício com um saldo de R$ 84,4 milhões, tendo investido nos setores mais de R$ 6,6 milhões. Em 2019 o saldo registrado foi de R$ 92 milhões, mesmo tendo sido aplicados quase 10% deste valor em investimentos. A prestação de contas é enviada para Assembleia Legislativa, secretarias da Agricultura e da Fazenda e para a Cage e fica disponível para consulta no site fundesa.com.br/prestacao-de-contas. (Fundesa)

Fonte: Fundesa/Crédito: Thaís D'Ávila

Carlos Joel é reeleito como presidente da Fetag-RS

Após o término de mais um processo eleitoral, onde mais de 600 delegados estavam aptos a votar, a nova diretoria da FETAG-RS foi eleita para a gestão 2020/2024, no dia de hoje(14).

A votação teve expressiva participação de agricultores e agricultoras familiares de todo o estado. Com 95% de aprovação, a nova diretoria da FETAG-RS têm como maior desafio fortalecer a agricultura familiar, potencializar a produção mantendo qualidade, e ao mesmo tempo, gerando renda. Para isso, afirma o presidente reeleito Carlos Joel da Silva, “precisamos continuar com o projeto de assistência técnica, buscar políticas públicas diferenciadas que façam a diferença na vida das pessoas do campo. Estamos aqui representando os mais de 700 mil agricultores e agricultoras familiares do nosso estado, a responsabilidade é imensa, pois nossas ações impactam diretamente a vida de quem está no meio rural”.

Juntamente com o presidente, foram eleitos vice-presidentes, secretários, tesoureiros, coordenadora estadual de mulheres, suplentes e conselho fiscal, num total de 26 vagas preenchidas. 

“Temos como obrigação de estarmos sempre vigilantes, atentos, mas principalmente atuantes para honrar o nome da nossa instituição” finaliza Carlos Joel.

A chapa eleita para a gestão 2020/2024 é composta pelos seguintes nomes: 
Presidente- Carlos Joel da Silva (Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí)
1º Vice-presidente - Eugênio Edevino Zanetti (Serra)
2º Vice-Presidente - Elisete Kronbauer Hintz (Ijuí)
Secretário Geral - Jaciara Maria Muller (Vale do Caí)
1º Secretário - Pedrinho Signori (Santa Rosa)
2º Secretário - Diana Hanh Justo (Litoral)
Tesoureiro - Agnaldo Barcelos da Silva (Missões II)
1º Tesoureiro - Sergio de Miranda (Passo Fundo)
2º Tesoureiro - Marlene Weber Klassmann (Alto Jacuí)
Coordenadora de Mulheres - Maribel Costa Moreira (Sul)

RS deve enviar ao governo reivindicações para minimizar prejuízos da seca
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deve encaminhar a Brasília, nesta terça-feira, 14, uma lista elaborada por entidades rurais do Estado, com solicitações ao Ministério da Agricultura para minimizar prejuízos causados à agropecuária pela estiagem, informou em nota a Secretaria da Agricultura do Estado.

Dentre as demandas, estão a prorrogação de dívidas e de parcelas a serem pagas; a criação de linhas de crédito emergenciais para agricultores familiares, cooperativas e fornecedores, além da ampliação do zoneamento da soja, para 31 de janeiro, e do milho, para 29 de fevereiro. “Dessa forma, os agricultores poderão realizar o plantio tardio destas culturas sem perder a cobertura do seguro rural”, afirma o secretário em exercício da Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez.

Na nota, o secretário também informou que tenta, junto à Secretaria da Fazenda, conseguir recursos extras, com a intenção de ampliar a oferta de sementes de forrageiras pelo programa Troca Troca de Sementes e de contratação de empresas que perfurem 20 poços pelo Estado. “Esses poços deverão ser abertos em áreas com extrema restrição hídrica. A avaliação técnica será feita pelo departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da secretaria”, explica.

Até sexta-feira, 10, pelo menos 31 municípios decretaram situação de emergência. As lavouras mais afetadas no momento são as de milho, fumo, soja e feijão. “O milho é a base da cadeia produtiva, e deve afetar também a produção de leite. É uma cultura sensível. O feijão não foi prejudicado em algumas regiões mas, em outras, as perdas variam entre 30% e 40%. O fumo foi bastante atingido pelo calor e falta de chuva, que enfraquece a folha. A soja também sofreu impactos severos nas regiões de Passo Fundo e de Não-Me-Toque”, detalhou Rodriguez. (Estadão)

Prazo da consulta pública sobre revisão do programa de erradicação da aftosa termina no dia 16
Termina no dia 16 de janeiro o prazo para envio de propostas à consulta pública de revisão do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA).

O objetivo da consulta é atualizar a legislação em relação às mudanças do Código de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e adequá-la ao processo de retirada gradual da vacinação contra a doença no Brasil. A última revisão das normas sobre febre aftosa ocorreu em 2007.

Entre as normas que serão atualizadas estão o controle sobre os produtos de origem animal e as restrições à movimentação dos rebanhos entre as áreas livres com e sem vacinação. Também deverão ser inseridos novos conceitos presentes do código da OIE, como a zona de contenção, que permite ao país, caso ocorra um foco da doença, isolar a área afetada mantendo a condição sanitária, a comercialização e a movimentação dos rebanhos no restante do país. 

O chefe da Divisão de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Diego Viali dos Santos, alerta para “a importância da participação de todos os segmentos envolvidos no PNEFA, para que a retirada da vacinação contra a aftosa no Brasil possa avançar”.

As sugestões, tecnicamente fundamentadas, deverão ser encaminhadas via Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), por meio do endereço: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/ (MAPA)

RS: estiagem deve diminuir oferta do leite
A captação diária de leite no Rio Grande do Sul caiu 8 % em janeiro, o que representa 1 milhão de litros de leite a menos para as indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do estado. O motivo é a estiagem, que está prejudicando os pastos, e também as altas temperaturas, que provocam estresse nos animais. Nesta terça-feira (14) subiu para 42 o número de municípios que decretaram situação de emergência, segundo a Defesa Civil. Confira clicando aqui a entrevista do Secretário Executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ao Terra Viva sobre o assunto. (Terra Viva)

 

Porto Alegre, 14 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.15

 Sindilat alerta para impacto da estiagem na produção leiteira do Estado

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) alerta que a produção leiteira gaúcha, além de estar entrando no período de entressafra, já está apresentando uma queda acentuada na captação de leite, provocada pela falta de pastagem verde no campo e pelo estresse calórico animal, visto as temperaturas elevadas nesta época do ano. Esse é um dos efeitos previstos da estiagem que assola diversos municípios do Estado. Isso porque, de acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o evento climático já causa perdas significativas no desenvolvimento do milho para a silagem, alimento essencial que é produzido para nutrição do gado durante todo o ano, e o aumento da temperatura provoca um estresse calórico para o animal, que acaba não se alimentando de maneira correta, refletindo na queda da produção de leite em 2020 e prejudicando o período reprodutivo dos mesmos.  “Já no mês de março começaremos a sentir os efeitos mais fortes em relação à escassez de alimentos para o rebanho”, frisa Guerra.

Os primeiros dias de janeiro já indicaram um impacto importante da estiagem sobre a atividade no Rio Grande do Sul. Segundo Guerra, a captação diária nas propriedades gaúchas reduziu próximo a 8%, devido às altas temperaturas e chuvas muito abaixo das médias no Estado, índice que representa 1 milhão de litros de leite a menos entregues às indústrias associadas à entidade. “Esse cenário deve persistir durante todo o mês, mas a ocorrência de chuvas neste período, mesmo que em pouca quantidade, já poderá amenizar a situação”, pontua o presidente do Sindilat. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Mercado mundial 2020
Um resumo do comércio e dos mercados internacionais de lácteos elaborados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) – traduzidos e adaptados pelo Observatório da Cadeia Láctea (OCLA) – permite visualizar o que passou em 2019 e as perspectivas para 2020 nos principais países produtores de leite e mercados lácteos.
 
Para 2020 as previsões de exportações de lácteos pelos Estados Unidos são boas; principalmente porque se esperam maiores volumes e melhores preços de alguns produtos. Nesse aspecto os produtos desnatados têm um valor especial nas exportações estadunidenses. O leite em pó desnatado (SMP) aumentou em 2019 e representou 25% do valor total embarcado. A projeção é de que em 2020 haja aumento de 5% no SMP destinado ao mercado externo.
 
Um aspecto chave tem sido o aumento persistente do preço do SMP, tanto nos Estados Unidos (EUA), como nos mercados internacionais, desde 2018. Vários fatores parecem sustentar essa posição. Dentre eles, o aumento da demanda mundial (sobretudo da China, Filipinas e Indonésia), produção de leite menor do que a esperada em 2019, junto com a queda tanto dos estoques de intervenção da União Europeia (UE), como os excedentes nos EUA. Aliás, este último pode ser o único exportador a ter oferta adicional de SMP para o mercado internacional.
 
Produção de leite nos principais exportadores
Argentina: Em 2019 a produção de leite acumulada foi menor em comparação com 2018, devido, principalmente, condições climáticas adversas, com temperaturas elevadas que causaram maior estresse das vacas. Ainda que as margens confortáveis e a alimentação disponível tenham melhorado a situação, a previsão é de que 2019 tenha queda de 1% no volume total de leite em relação a 2018, o que corresponde a 10,64 milhões de toneladas de leite no total. Para o ano que começa, se forem mantidas as margens, é provável que a produção de leite cresça 1,5%, com expansão do rebanho e maior produtividade animal das vacas.
 
Austrália: A expectativa é de que os números de 2019 da produção registrem queda de 2% na produção de leite devido às condições de seca que afetaram, particularmente, o estado de Victoria, o maior produtor de leite do país. Além disso, as más condições das pastagens e elevados custos da alimentação levaram muitos produtores a descartarem vacas provocando redução de 3% no rebanho leiteiro. Recentemente, as chuvas melhoraram as condições e junto com preços recordes do leite, estancaram o percentual de queda da produção. Para 2020, existe a expectativa de que as condições continuem melhorando e que os preços do leite continuem sendo elevados.

União Europeia: A seca do verão provocou escassez de forrageira nos principais membros produtores, o que levou a uma redução do rebanho, similar ao ocorrido na Austrália. Como resultado, o crescimento na produção de leite foi mais lento do que o previsto. Olhando para 2020, à medida que as condições das pastagens voltem ao normal, a esperança é de que a produção de leite seja intensificada e que durante todo o ano cresça 0,4%. Como o rebanho está menor, é provável que mudanças de manejo e a genética compensem a situação.
 
Nova Zelândia: A previsão é de que a produção de leite de 2019 termine sendo 2% menor em relação ao ano anterior devido à primavera fria e úmida, que afetou negativamente a produtividade animal. No início deste ano, as previsões meteorológicas apontam precipitações e temperaturas de verão normais ou superiores, melhorando as condições de produção. Isso permite prever leve crescimento dos volumes (menos de 1%). Um fator chave é o recente aumento do preço do leite ao produtor na temporada 2019/2020 de NZ$ 6,75, [R$ 1,39/litro], para NZ$ 7,05/kgMS, [R$ 1,46/litro]. Seguramente isto incentivará a utilização de alimentação suplementar das vacas para aumentar a produção de leite.
 
Leite em pó desnatado (SMP) 
União Europeia: As exportações estavam no caminho de alcançar mais de um milhão de toneladas em 2019, sendo os maiores envios para os países asiáticos como China e Indonésia. Em 2020 se esperam menos excedentes exportáveis, e portanto, queda em torno de 8% nas exportações.
 
Nova Zelândia: A produção de SMP em 2019 deverá fechar em baixa. Ainda se espera que a produção de leite em 2020 se expanda, e o adicional provavelmente será utilizado para produzir leite em pó integral (WMP) ou queijo, prevendo queda de 4% na fabricação de SMP. Mesmo assim existe a previsão de que as exportações de SMP cresçam 5%, puxadas pela grande demanda mundial.
 
Estados Unidos: Em 2019 as exportações de SMP apresentaram forte concorrência no mercado global, que, junto com as tarifas adicionais impostas a produtos estadunidenses em retaliação a medidas do governo dos EUA contra diversos países importadores, as vendas externas caíram. Para 2020, com a maior disponibilidade de excedentes exportáveis (devido à produção excedente de 2% de leite) é possível que o embarque de SMP cresça 5%. Os EUA é o principal fornecedor do México, mas o acordo UE-México estabelece uma cota livre de impostos para o SMP procedente da UE, e isto está tendo impacto nas vendas dos EUA, que caíram 10% no último ano.
 
Leite em pó integral (WMP) 
A China é o maior importador de WMP do mundo e depois de uma forte queda em 2014, as importações entre 2015 e 2018 cresceram a uma taxa média anual de 15%, embora a previsão é de que este ano o crescimento seja mais moderado. O grande fornecedor é a Nova Zelândia, que nos últimos anos tem ocupado 90% de todas as importações de WMP, e está perto de alcançar o recorde de 1,6 milhões de toneladas. Em 2020, o quadro deverá se manter sem alterações.
 
Exportações de queijo 
União Europeia: A UE continua sendo o maior exportador mundial de queijos, enviando praticamente um quarto de seus produtos para os EUA e Japão. Em 2020 está previsto crescimento de 1% devido à maior produção de leite. Levando em consideração que 75% do queijo produzido é consumido no mercado interno, o excedente será exportado. A recente imposição de tarifa alfandegária adicional pelos EUA ao queijo e à manteiga procedente da UE poderá ter um impacto limitado, já que a demanda de queijos importados de maior valor agregado é relativamente inelástica.
 
Bielorrússia: A importância deste país é crescente, já que as exportações de queijo aumentaram à média anual de 6% de 2014 a 2018, e assim como ocorre desde 2014 quando foi estabelecido o embargo aos produtos procedentes dos EUA e UE, em 2019 enviou 95% de sua produção para a Rússia. A previsão para 2020 é de que as exportações cresçam 8%. Embora o destino preferencial continue sendo a Rússia, é possível que haja aumento nas vendas para países vizinhos como Cazaquistão e Quirguistão.
 
Nova Zelândia: Como reflexo do pouco aumento na produção de leite prevista, a produção de queijo deverá crescer 1% em 2020, embora as exportações possam expandir 3%. Os principais destinos são: Japão, China e Austrália. As perspectivas são de que a China se transforme no maior importador de queijos da Nova Zelândia em 2020, já que a taxa média de crescimento vem sendo de 13% de 2014 a 2018. A projeção é de incremento de 10% em 2020. O outro comprador preferencial é a Austrália, já que os dois países se beneficiam do acordo de livre comércio que permite a importação sem tarifas alfandegárias pela Nova Zelândia ou taxas reduzidas para a Austrália.
 
Manteiga 
União Europeia: A previsão é de que as exportações de manteiga termine 2019 com crescimento de 30% devido às vendas para os EUA, Japão e Emirados Árabes Unidos. Para 2020, é provável que a produção se contraia ligeiramente, e o consumo interno cresça, limitando as exportações. Em relação às tarifas adicionais de 25% por parte dos EUA, o impacto será limitado pelas mesmas razões expostas para os queijos.
 
Nova Zelândia: A previsão é de que 2019 encerre com queda de 6% nas exportações devido à redução dos embarques para a China (-40%). Para 2020, a produção de manteiga deverá diminuir já que o leite adicional produzido será destinado, preferencialmente, para WMP e queijo. A previsão é de que as exportações cresçam 1%.  (Terra Viva)

Alemanha institui novos padrões para produção de leite
O Qualitätsmanagement Milch (QM Milch), um órgão alemão que define padrões para o leite, com sede em Berlim, introduziu uma nova norma nacional para a produção de leite.

A organização, que é uma iniciativa da Associação Alemã de Agricultores (DBV), da Associação Alemã Raieisen (DRV) e da Federação Alemã de Indústria de Laticínios (MIV), fornece um sistema de garantia de processos para produção de leite. O objetivo do padrão QM Milch é monitorar a produção, garantindo assim a qualidade do leite cru na fazenda.

O padrão cobre todos os requisitos básicos ao longo do processo de produção de leite na Alemanha. Aplica-se a todos os produtores  que participam do programa de certificação QM Milch e está de acordo com os termos e condições para entrega de leite definidas pelos laticínios.

A lista de critérios da QM Milch define as condições a serem cumpridas para o programa de certificação, que decorre de disposições legais, boas práticas agrícolas e outros requisitos para a produção de leite.

Saúde e bem-estar animal
A produção de leite deve respeitar certas condições de higiene e instalações, diz o documento. Além disso, existem disposições rigorosas relacionadas à saúde do gado. Também, as vacas não devem apresentar sinais de problemas gerais de saúde. Inspeções mensais de rotina do rebanho são realizadas para verificar a saúde do úbere. Se houver suspeita de que um animal tenha alguma infecção no úbere, é necessário um exame individual para determinar o tratamento, ou para verificar se ele sofre de uma infecção crônica ou se há resistência ao medicamento utilizado.

Identificação dos animais e registro da fazenda
Disposições estatutárias estipulam que os produtores de leite devem fazer duas marcas auriculares em cada vaca. A respeito da circulação de animais (Viehverkehrsverordnung -VVVO), cada produtor de gado também deve manter um registro agrícola a respeito. Quaisquer alterações no rebanho devem ser registradas no banco de dados oficial sobre identificação de origem (HI-Tier-Datenbank).

Produção e armazenamento de leite
As salas de ordenha devem ter iluminação e ventilação adequadas. O equipamento de ordenha e os tanques de resfriamento devem ser reparados regularmente. Existem requisitos de higiene específicos para a ordenha que devem ser cumpridos pelos colaboradores. O leite deve ser resfriado e armazenado de forma a garantir que não será afetado adversamente.

Alimentação
Existem requisitos especiais para a compra e o uso de alimentos para animais. Os produtores de leite só podem usar alimentos para animais comprados de fabricantes e comerciantes que respeitam um contrato com base no sistema nacional padrão de alimentos para animais.

Os alimentos são testados quanto a substâncias indesejáveis por programas de monitoramento realizados por órgãos oficiais e outras instituições. Toda entrega de ração também deve ser documentada pelo produtor de leite com certificados de entrega, faturas detalhadas ou outros elementos de prova.

Medicamentos veterinários (VMPs)
Os produtores de leite devem identificar claramente todos os bovinos que foram tratados. O leite será regularmente verificado quanto a inibidores (várias vezes por mês) e todos os produtores de leite deverão realizar suas próprias avaliações na fazenda, com a ajuda de um veterinário. Os produtores de leite também devem registrar todas as instâncias de VMPs usadas em seus animais.

O documento também observa que os laticínios precisam realizar análises químicas regulares do leite ou produtos lácteos. As verificações gerais e os exames individuais testam substâncias (resíduos e contaminantes) que são prejudiciais ou podem levar a alterações indesejáveis nas propriedades organolépticas do leite ou produtos lácteos.

O novo padrão entrou em vigor em 1º de janeiro de 2020 e substitui o padrão QM Milch 2.0. A norma é um sistema dinâmico, constantemente aprimorado para incluir novos achados e requisitos, e será atualizado a cada três anos.

Os documentos estão disponíveis online (https://www.qm-milch.de/standarddokumente), em alemão, com versões em inglês. (Dairy Reporter tradução Equipe MilkPoint)


Receita cresceu
A arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul aumentou 6,13% em 2019. Como a inflação do ano ficou em 4,31% houve crescimento real da receita do Estado. O problema é que as despesas subiram ainda mais, fruto da expansão dos gastos com pessoal. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 13 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.14

 Impacto além das espigas
O maior impacto sobre as lavouras de milho para a produção de silagem, usada na alimentação do gado de leite, está estimado na região da Serra. Pelo levantamento da Emater, a área deve ter redução de 65% sobre a produtividade inicialmente esperada, de 44,3 quilos por hectare.
Realidade que os técnicos confirmam a campo. Engenheiro agrônomo do escritório de Nova Prata, João Carlos Reginato tem percorrido propriedades para fazer laudos que embasam as solicitações de Proagro, programa do governo federal acionado por agricultores familiares em caso de perdas climáticas.
- A produção de silagem pressupõe a existência de grão. O que se vê, além de espigas falhadas (no detalhe), são manchas causadas pelo excesso de calor. O grão praticamente "cozinha" - explica Reginato.
Além da perda em volume, a silagem produzida deverá ter redução de valores nutricionais, obrigando produtores a usar proteínas complementares.
Na Serra, os parreirais também têm sido afetados pelo tempo. As frutas tiveram amadurecimento forçado. (Zero Hora)

Comércio exterior
As importações brasileiras de produtos lácteos NCM 04 no acumulado do ano de 2019 caíram tanto nos valores (-7,2%), quanto em volumes (-7,0%), em relação a 2018. Argentina (54,7%) e Uruguai (30%) continuam tendo a maior participação no mercado brasileiro. 
O leite em pó desnatado (13,8%) e o integral (42,6%), juntos, representaram mais da metade das importações de 2019, mantendo os níveis de 2018, que foram 14,4% e 43,6%, respectivamente. Os queijos foram responsáveis por 27,2% das importações em 2019, variando ligeiramente o percentual em relação a 2018 que foi de 27,6%.      
 


 
As exportações dos produtos NCM 04, em dezembro, representaram 13,6% das importações, em valores, e 19,1% em volume. No acumulado do ano, os percentuais foram, respectivamente, 12,2% e 16,7%, consolidando a condição brasileira de importador líquido de lácteos.  

Em equivalentes litros de leite, as importações somaram pouco mais de 1 bilhão de litros, e as exportações ficaram pouco menos de 100 milhões, resultando em um déficit de 969.766.051 equivalentes litros de leite. O leite em pó foi responsável por 69,5% do percentual internalizado.

 

 
Em relação a 2018, as importações caíram 7,8% em valores e 7,5% em volume. Já as exportações caíram 3,8% em valores, embora tenham crescido em 4,3% em volume.  Argentina (53,8%) e o Uruguai (30,6%) continuam dominando o mercado brasileiro e, no acumulado do ano são responsáveis por 84,4% das importações totais de lácteos em divisas. O leite em pó, que representa 56% de nossas compras, os dois países do Mercosul praticamente têm controle absoluto, a Argentina tem 50,7% do mercado, enquanto o Uruguai tem 43,7%. (MDIC – Elaboração Terra Viva)
 
 
 
Automação ajuda a aumentar produção de leite em propriedades
A propriedade rural da Família Cassel, localizada em área de 100 hectares no Distrito de Atafona, em Santo Ângelo, é uma das pioneiras no confinamento e na automação da produção leiteira e já registra aumento na produtividade com apenas dois meses de adesão ao sistema. O investimento gira em torno de R$ 1 milhão, e a meta da família é continuar aperfeiçoando a produção com a robotização da ordenha.
A família investiu na construção de um galpão de alvenaria com mais de 1,5 mil metros quadrados, com climatização, ventilação, iluminação controlada e bebedouros automatizados, dotado de sistema de videomonitoramento, e com capacidade para confinar cerca de 100 bovinos. De acordo com o produtor Nardeli Cassel, atualmente, o plantel de cerca de 70 reses atingiu, em dezembro, uma produção de 54 mil litros, representando média de 1,8 mil litros/dia.
Cassel explicou que a decisão pela automação foi tomada em virtude da dificuldade de encontrar mão de obra para o setor leiteiro, mesmo com um vasto campo de trabalho e um salário considerado atrativo pelo produtor. "Isto também nos leva a projetar a robotização da produção leiteira", assinalou.
O prefeito em exercício de Santo Ângelo, Bruno Hesse, que visitou propriedade para conhecer o sistema, gostou do que viu e parabenizou os empreendedores rurais pelos investimentos em tecnologia como ferramenta para o incremento da produção leiteira no município. "É um investimento bastante alto, mas consolida financeiramente a propriedade e o aumento da produção", declarou Hesse.
Fábio Cassel, sócio do pai em setores produtivos da propriedade, está bastante otimista com o investimento. Ele constatou que, em apenas dois meses de confinamento, o aumento na produção por animal alcançou em torno de 50%. Com isso, a expectativa também é de superar os valores com a comercialização de produtos em 2020, graças à tecnologia. (Jornal do Comércio)
 
Estiagem
Técnicos do Ministério da Agricultura chegam ao Rio Grande do Sul entre os dias 27 e 31 para avaliar os estragos da estiagem. Vinte e oito municípios já decretaram situação de emergência no RS. A análise será feita pelos técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que também farão a projeção da safra gaúcha. (Zero Hora)

 

 

 

Porto Alegre, 10 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.140

  As IN’s 76 e 77 ESTÃO TE TIRANDO O SONO? A GENTE DESCOMPLICA

Elas finalmente chegaram, as novas instruções normativas do leite vieram com tudo para melhorar ainda mais a qualidade do leite brasileiro e fazer com a pecuária leiteira do Brasil atinga um reconhecimento internacional.

Porém, com elas  também chegaram algumas dores de cabeças, quedas de cabelo e falta do sono, tanto para os produtores quanto para os laticínios.

Todos nós sabemos que entender legislações não é uma coisa fácil, por isso trazemos para você os mínimos detalhes das novas regras do leite de uma forma muito esclarecedora.

Tudo começa com o aumento da responsabilidade dos laticínios. Antes, a responsabilidade começava à partir da coleta, mas as coisas mudaram e agora os laticínios possuem a responsabilidade de controlar o leite desde o manejo a campo.

Vamos ver mais alguns pontos das novas regras do leite:

1.  O laticínio deve ter todas as evidências que comprovem a sanidade dos rebanhos leiteiros. Isso é uma exigência!

2. Todos os rebanhos que produzem leite, obrigatoriamente, devem ter um veterinário responsável.

3. As documentações devem comprovar que as práticas solicitadas estão sendo realizadas sistematicamente pelo produtor.

4. A indústria está responsável por evidenciar o cumprimento das práticas realizadas dentro das propriedades.

5. O laticínio deverá mapear na íntegra os processos, ter planos de autocontrole,  identificar falhas, desenvolver planos de melhoria e colocar tudo isso em prática!

6. O produtor deve realizar todos procedimentos e registros e boas práticas necessárias para a sanidade dos rebanhos e da qualidade do leite.

7. Os processos de acompanhamento veterinário devem estar nos Programas de Autocontrole dos laticínios.

8. Ainda, o laticínio está responsável pela implantação de boas-práticas nas propriedades e também pela capacitação dos seus produtores de leite.

Alguém aí tem alguma dúvida do tamanho da complexidade?  Aos poucos iremos decodificar tudo pra você se garantir com as novas INs 76 e 77. (MilkWiki)

Interessados já podem participar da consulta pública sobre temas regulatórios de defesa agropecuária
Interessados já podem participar da consulta pública sobre lista de temas da Agenda Regulatória 2020-2021 da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As sugestões podem encaminhadas no prazo de 45 dias pelo link: https://forms.gle/6cu3WtycDf7aSnxm8.  
A Portaria SDA 283 trata da consulta pública foi publicada na segunda-feira (6).  A agenda enfoca as prioridades em relação à elaboração e revisão de normas de defesa agropecuária e será formulada com a participação da sociedade. 
Para a construção desta agenda, foi realizada uma oficina em Brasília, no período de 12 a 14 de novembro de 2019, com representantes de mais de 140 entidades (governo, setor regulado, sociedade civil e academia), com um total de 276 inscritos. 
Foram analisados 166 temas. Desse total,  60 foram considerados prioritários pelos participantes.
A consulta pública submete a relação priorizada à avaliação da sociedade e convida os interessados a contribuírem no ranqueamento dos demais temas (106) para compor um banco secundário de demandas regulatórias, que servirá de referência para a SDA na definição de normas adicionais à Agenda Regulatória 2020-2021, que estará condicionada à capacidade operacional dos departamentos envolvidos. 
Após o encerramento da consulta pública, a SDA processará o envio das contribuições e será proposta à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a homologação dos temas que irão compor a Agenda Regulatória 2020-2021 e o banco secundário (assuntos que não foram selecionados para a agenda regulatória).
Segundo o coordenador-geral de Análise e Revisão de Atos Normativos da SDA, Rodrigo Padovani, a agenda "terá como objetivos a organização, planejamento, racionalização, previsão e transparência da produção de normas que regem a Secretaria e que devem ser executadas pelos diversos segmentos do agronegócio”. (Mapa)

Lácteos/China
Segundo dados que surgem do Instituto Nacional do Leite (INALE) o gigante asiático reduziu as tarifas de alguns produtos lácteos, como queijos e soro. A China reduziu as tarifas alfandegárias para importação. Para o setor lácteo, em particular, reduziu os seguintes produtos:
04041000 – soro e soro modificado – de 6% para 2%
04062000 – queijo ralado ou em pó – de 12% para 8%
04063000 – queijo processado – de 12% para 8%
04064000 – queijo azul – de 15% para 8%
04069000 – outros queijos – de 12% para 8%
São tarifas previstas para 2020. (TodoElCampo, tradução Terra Viva)

 
Leite/América do Sul
Em 2019, a produção de leite na América do Sul foi cheia de altos e baixos. Começou lentamente o ano, assim permanecendo durante todo o primeiro semestre, para reagir subitamente na segunda metade de 2019, e se aproximar dos volumes de 2018. 
Parte dessa flutuação na produção de leite foi causada pelas variações climáticas durante todo o ano. O clima foi mais favorável para as vacas leiteiras no terceiro e no quarto trimestre de 2019. Os efeitos do El Niño foram fracos nas últimas semanas do ano, mas, levaram o tempo seco para diversas bacias leiteiras, prejudicando a qualidade das forrageiras e algumas culturas destinadas aos concentrados.
 
Entretanto, os estoques de grãos permanecem em bons níveis no continente e a preços acessíveis para os produtores de leite. Excluindo o Brasil, a oferta de leite atende bem a indústria. Apesar disso, o volume de creme é muito abaixo das necessidades de processamento de produtos lácteos favoritos do verão, como sorvetes e sobremesas congeladas.
 
Na Argentina, o novo presidente eleito anunciou a possível adoção de tarifas sobre exportações das commodities agrícolas, incluindo milho, soja, e leite em pó, entre outros, para aumentar a arrecadação.
• Alguns analistas avaliam que a imposição dessas medidas poderá ser prejudicial para o futuro da indústria de laticínios do país, e pode desestimular a produção e a exportação, bem como levar à desvalorização desses produtos exportados. (Usda, tradução Terra Viva)
 
 
 
 
Queijo Prato Santa Clara ganha mais cremosidade
O Queijo Prato Santa Clara, na versão aproximada de 400g, conhecido como Lanchinho, chega agora aos clientes com muito mais cremosidade e toques de maciez e leveza. A nova composição do produto da Cooperativa Santa Clara mantém o formato retangular e é destinado tanto para food service como para consumidores finais. O Queijo Prato Duplo Creme combina perfeitamente com pratos que exigem sabor e textura ainda mais acentuados, como sanduíches, pizzas, baurus e preparos onde é degustado em forma derretida. Além disso, também é uma excelente opção para ser servido em cubos, como petisco. (Milkpoint)
 

 

Porto Alegre, 09 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.139

  Produtor começa a pedir o Proagro

Solicitações do seguro para perdas por intempéries como a estiagem se multiplicam

O Estiagem secou folhas da plantação de milho no interior de Santa Cruz do Sul número de produtores de milho que protocolaram o pedido de Proagro, seguro agrícola destinado a pequenos e médios agricultores, chegou a 332 nas últimas semanas, segundo a Emater. A região de Ijuí concentra metade das ocorrências, com 166. O cultivo do cereal é, até o momento, o mais impactado pela escassez de chuvas, que perdura desde dezembro e atingiu principalmente as lavouras semeadas em setembro, que estavam em fase de florescimento e enchimento de grãos.

Desde novembro de 2019, a instituição registra 1.942 pedidos protocolados. O número equivale à metade do total de ocorrências encaminhadas durante todo o ano passado. Porém, a maior parte - 1.048 casos - está relacionada ao cultivo do trigo, que enfrentou excesso de chuvas na fase final da colheita, em novembro.

As propriedades que comunicam prejuízos utilizaram recursos de financiamento para custeio da lavoura. "O seguro agrícola repõe ao menos o valor que o agricultor financiou. (Caso contrário) haveria um passivo maior ainda", observa o responsável pela área de crédito rural na gerência técnica da Emater, Célio Colle.

O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, encaminhou mensagem aos presidentes de sindicatos rurais recomendando que auxiliem os órgãos de pesquisa a mensurar as perdas e discutam com as prefeituras para que seja decretada situação de emergência nos municípios. Também orientou produtores a solicitar o laudo técnico agronômico de profissional responsável, documento que será fundamental para renegociações e discussões com as seguradoras. (Correio do Povo) 

Uruguai: provável crescimento na captação de leite em 2020
A captação de leite pelas indústrias uruguaias contraiu cerca de 4% no ano passado e, para este ano, segundo o Escritório de Política e Programação Agrícola (Opypa), espera-se uma expansão de 3% em relação ao ano anterior. Isso foi indicado pela análise de Ángela Cortelezzi "Situação e perspectiva das cadeias agroindustriais 2019/2020", publicada no anuário da Opypa.
No ano passado, houve uma redução no número de fazendas leiteiras, na área dedicada a laticínios e também no tamanho dos rebanhos. Isso também resultou em uma queda nos volumes exportados pelo Uruguai, que combinados com preços médios de vendas relativamente estáveis, resultaram em uma queda aproximada de 9% no valor exportado em relação a 2018, ano em que foi observada uma pequena recuperação, indicou a análise da economista do Opypa.
Até 2020, a captação de leite deverá exceder o limite de 2 milhões de litros por ano enviados à indústria de laticínios para processamento. Se o crescimento for alcançado, o impacto nas exportações do setor neste novo ano será muito positivo.
Por outro lado, em todo o mundo, a consultoria holandesa Rabobank analisou o desempenho dos produtos lácteos em 2019/2020, destacando que a produção e os preços do leite aumentaram, o que representa um desafio para os produtores.

O analista de produtos lácteos da RaboResearch, Ben Laine, disse: "Os preços mais altos das commodities são uma mudança bem-vinda para os produtores de laticínios. No entanto, à medida que esses preços atingem os consumidores, sua disposição de pagar preços altos em restaurantes e mercearias não é tão alta, pois grande parte do mundo ainda está se recuperando, no meio ou no limite de algum grau de recessão. (El País Digital tradução MilkPoint)

 
Custos da pecuária leiteira subiram 3,6% em 2019, em relação a 2018
Os custos de produção da atividade leiteira tiveram o terceiro aumento consecutivo em dezembro/19. O indicador calculado pela Scot Consultoria teve alta de 1,3%, frente ao mês anterior. Desde o início das altas, o índice subiu 5,7%. A alta dos alimentos concentrados energéticos e proteicos, dos suplementos minerais e dos produtos para sanidade animal contribuíram para que os custos de produção da atividade aumentassem em dezembro. 
Em relação a igual período do ano passado, o indicador está 6,8% maior este ano. Os custos de produção da atividade leiteira encerraram 2019, 3,6% maiores que em 2018. Lembrando que a situação foi melhor para o produtor na primeira metade do ano passado, quando os custos de produção estavam mais baixos em relação ao segundo semestre. Para saber mais sobre o mercado de leite, custos de produção, clima, preços dos lácteos no atacado e varejo e expectativas para a cadeia assine o Relatório de Mercado de Leite da Scot Consultoria. (AgroLink)
 
Índice FAO dos produtos lácteos - dezembro de 2019
O Índice FAO dos produtos lácteos atingiu 198,9 pontos em dezembro, aumento de 6,3 pontos (ou 3,3%) em relação a novembro. Isto foi decorrente dos preços de queijos, que depois de três meses de baixa contínua, tiveram aumento em decorrência da forte demanda mundial de importação e a redução dos estoques exportáveis na União Europeia (UE) e na Oceania. Depois da forte alta em novembro as cotações do leite em pó desnatado continuaram subindo em dezembro, sustentadas pela oferta limitada, sobretudo na UE. O contrário ocorreu com a manteiga e o leite em pó integral, que tiveram a demanda mundial enfraquecida. O Índice FAO dos produtos lácteos fechou 2019 com a média de 199 pontos, ou seja, alta de 5,8 pontos (3%) em relação à média de 2018. O leite em pó desnatado registrou o maior aumento anual, seguido pelo queijo e o leite em pó integral, enquanto os preços da manteiga foram estabelecidos em valores médios menores.  (FAO traduzido por Terra Viva)

 

Porto Alegre, 08 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.138

  Nove municípios em emergência

A Defesa Civil já recebeu nove decretos de situação de emergência provocada pela estiagem no Rio Grande do Sul, dos municípios de Boqueirão do Leão, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Chuvisca, Maquiné, Mariana Pimentel, Pantano Grande, Sinimbu e Venâncio Aires. Ainda não estão contabilizados Encruzilhada do Sul e Mato Leitão, onde as prefeituras anunciaram ter recorrido à medida. O número pode aumentar nos próximos dias porque o déficit hídrico tende a permanecer. 

O governador Eduardo Leite determinou ontem à Defesa Civil que agilize a homologação dos decretos de emergência e convocou reunião com equipes das secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente, Defesa Civil e Emater para avaliar a situação e definir providências na sexta-feira. O prognóstico é que as atuais condições meteorológicas se estendam até o final de fevereiro. Segundo o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, a preocupação decorre não apenas da falta de chuvas, mas também das elevadas temperaturas, que impactam, por exemplo, na produção de leite e no bem-estar dos animais. Entre os municípios afetados pela estiagem, Mato Leitão apontou prejuízos superiores a R$ 10,3 milhões, sofridos por cerca de 450 famílias.

A estiagem atinge milho, soja, tabaco, bovinos de corte, produção de leite, pastagens, hortaliças e o abastecimento de água para animais em diversas propriedades. Em Pantano Grande, as perdas na agropecuária estão estimadas em R$ 48 milhões. No município não há ocorrência de chuva significativa há um mês.  (Correio do Povo)

Adesão ao Regime Optativo de Tributação já começou no Estado

Atendendo a pedidos de diversos setores econômicos do Rio Grande do Sul, já estão em vigor os novos ajustes da Substituição Tributária (ST). Por meio do decreto nº 4.938/2019, a Secretaria da Fazenda criou o Regime Optativo de Tributação da Substituição Tributária (ROT-ST) para empresas com faturamento inferior a R$ 78 milhões por ano. Desde sexta-feira (3), as empresas já podem acessar o Portal e-CAC, no site da Receita Estadual, e fazer a adesão ao regime.

O prazo para aderir vai até o dia 28 de fevereiro e terá validade durante todo o ano de 2020. Os contribuintes que optarem pelo ROT-ST terão suas operações amparadas pela definitividade da Substituição Tributária, ou seja, não será exigida a complementação e nem permitida a restituição. Dessa forma, os ajustes na apuração da ST, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2016 que abrange todos os Estados, só entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2021. Da mesma forma, o prazo para a obrigatoriedade dos contribuintes do Simples Nacional, cerca de 250 mil empresas, foi prorrogado para 1º de janeiro de 2021. 

Segundo o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, essa medida é resultado de muito diálogo com todos os setores produtivos “buscando um entendimento e a simplificação do processo para as empresas e para o fisco”. Pereira também destacou que o Rio Grande do Sul defende junto ao governo Federal a aprovação de uma legislação que restabeleça os princípios da definitividade da ST. 

Como parte desse processo de ajuste da ST, também foi publicado o decreto nº 54.842, em outubro de 2019, com a revisão das Margens de Valor Agregado (MVA) aos produtos da ST, que estão vigorando desde 1º de janeiro de 2020. Não há aumento de ICMS e não há novidade em relação a revisão das margens. Ela sempre existiu, em todos os Estados, e continua sendo realizada periodicamente pela Receita Estadual. A verificação é feita para que o preço médio de tributação dos produtos fique próximo do praticado pelo mercado.

As novas margens foram baseadas em diálogo com os setores e entidades e pesquisas com parâmetros definidos nacionalmente pelo Confaz. Com a nova sistemática da ST, definida pelo STF, passa a valer o recálculo da tributação e a possibilidade de complemento ou restituição do ICMS com base no valor praticado na venda ao consumidor final, no caso das empresas que não optarem pelo ROT-ST e já estão na obrigatoriedade do ajuste. (Jornal do Comércio)

Leite/Chile

A captação de leite registrou em novembro de 2019 sua segunda alta mensal consecutiva ao registrar incremento de 1,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando 238,3 milhões de litros.
 
No acumulado de janeiro a novembro de 2019, a captação continua no terreno negativo, com queda de 1,5%, o que corresponde a 1.908,5 milhões de litros.  
 
A região de Los Lagos, a principal zona produtora do país, registrou queda de 2,2% em novembro, e no acumulado do ano também o volume foi menor do que no ano passado, em 5,2%.

Em compensação a região de Los Rios, a segundo maior zona de produção, a captação de leite em novembro aumentou 6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, no entanto, registrou crescimento de 0,1%. (Terra Viva)

EUA – Conselho Lácteo do Estado da Califórnia lança série de vídeos
O Conselho Lácteo da Califórnia, uma organização de educação nutricional, está iniciando o ano novo com o lançamento da Ask a Nutritionist [Pergunte ao Nutricionista], uma série de vídeos educacionais. Disponíveis no YouTube, cada episódio contará com um nutricionista que abordará uma preocupação com alimento ou nutrição específica.  Destinados a profissionais da educação, serviços de alimentação e saúde, o Ask a Nutritionist é um recurso educacional gratuito destinado a estimular o diálogo sobre nutrição, abordando perguntas comuns. O Dairy Council da Califórnia disse que serão abordados mitos relacionados ao leite e derivados, padrões de alimentação saudável, tendências alimentares e a importância de consumir uma dieta equilibrada e sustentável. “Não existe uma abordagem única para a nutrição, e comer saudavelmente pode ser um desafio para as famílias”, disse Maureen Bligh, diretora de marketing e comunicação do Conselho Lácteo da Califórnia. “Proporcionar informações e abordagem educacional online gratuitamente de especialistas em nutrição permite que outros aprendam mais sobre temas específicos e entrem em contato com outro ponto de vista”. Os nutricionistas de cada episódio fornecem respostas gerais sobre tendências ou perguntas mais frequentes, com base nas mais recentes pesquisas sobre nutrição, educação e conhecimento. (Dairy Reporter – Tradução livre: Terra Viva)

Fundesa
Com a atualização do valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF) para 2020, fixado em R$ 20,2994, o cálculo para o recolhimento da taxa do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) para a cadeia produtiva da bovinocultura de leite passa para R$ 0,00126 por litro industrializado, sendo R$ 0,00063 pagos pela indústria e R$ 0,00063 pelo produtor. O montante arrecadado é destinado para promover ações preventivas contra zoonozes nos animais das propriedades rurais localizadas no Rio Grande do Sul. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 07 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.137

  Estiagem é a mais severa em sete anos no Estado

Falta de chuva já dura seis semanas e está prejudicando produtores rurais gaúchos, especialmente os que cultivam milho, tabaco e soja.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) criou grupo de trabalho para acompanhar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul, que já dura seis semanas e está prejudicando produtores rurais. 

O secretário em exercício, Luiz Fernando Rodriguez Júnior, solicitou à Emater um acompanhamento aprofundado da situação da safra do milho e da soja. “São colheitas que impactam também a produção de carne e leite”, justifica. De acordo com Rodriguez Júnior, trata-se da estiagem mais severa dos últimos sete anos. O diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri disse que milho, tabaco e soja são as plantações mais afetadas. 

A criação de um grupo de trabalho havia sido reivindicada por entidades do setor, como a Fetag. A federação encaminhou um ofício aos governos federal e estadual pedindo atenção especial aos agricultores familiares. Segundo o secretário-geral da Fetag, Pedrinho Signori, o objetivo é manter as informações atualizadas por meio de acompanhamento técnico. “A cada dia que passa, o estrago fica muito grande”, observa, citando prejuízos na produção de grãos e na cadeia do leite.

Nesta quinta-feira, prefeitos, secretários e outros gestores municipais se reunirão no auditório da Famurs para verificar demandas e problemas que o Estado está enfrentando com a falta de água. Ao final, um documento será enviado aos governos estadual e federal. 

Conforme a MetSul Meteorologia, a região mais crítica é a Metade Sul e o Leste do Estado. A meteorologista Estael Sias afirma que a diminuição de chuvas é normal nesse período. “O problema é que houve resfriamento de parte do Oceano Pacífico próximo à América do Sul. Quando esfria mais do que o normal, a chuva diminui e há frio tardio”, esclarece. 

A meteorologista prevê que a situação não irá melhorar tão cedo. “Para recuperar esse solo, o ideal seria mais de 200mm de precipitação, e por vários dias seguidos”, afirma. A Defesa Civil já emitiu alertas meteorológicos. Até agora, apenas os municípios de Chuvisca e Camaquã tiveram situação de emergência homologada. (Correio do Povo)

Nova tabela de frete rodoviário deverá ser publicada até o dia 20 deste mês
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tem até o dia 20 de janeiro para publicar a nova tabela com os pisos mínimos do frete rodoviário no país, após consulta pública finalizada em 8 de dezembro. Segundo Thiago Péra, coordenador do grupo da Esalq-Log, que participou de reuniões com representantes de motoristas, empresas e do governo em torno dos novos parâmetros, as correções de preços ainda não foram definidas. A Esalq-Log foi contratada pela ANTT em janeiro de 2019, por dois anos, para revisar a metodologia de definição da tabela e atualizar seus valores mínimos.
Neste momento, a Esalq-Log estuda incluir na tabela uma nova categoria de carga (silo pressurizado) e uma remuneração especial para transporte de alto desempenho (carregamento e descarregamento em até três horas, por exemplo). Também avalia considerar gastos dos motoristas com pernoite e refeições, entre outros, como custo fixo.
Segundo Péra, as perspectivas para o segmento em 2020 são boas, diante da queda na taxa de juros do país, da retomada da atividade econômica e de mais uma safra recorde de grãos. “Os indicadores de vendas de veículos pesados e de consumo de combustível mostram que a demanda está maior, o que significa mais carga transportada”.
A tabela do frete foi criada pelo então presidente Michel Temer em 2018, após uma greve dos caminhoneiros que parou o país por dez dias. Na época, os motoristas reivindicaram a diminuição do preço do diesel e uma tabela mínima para prestar serviços. Associações do setor produtivo e empresas, porém, questionaram a constitucionalidade da tabela, que será julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do processo, ministro Luiz Fux, pediu suspensão da decisão até a realização de audiência pública, que já foi feita. O julgamento foi remarcado para o dia 19 de janeiro. (Valor Econômico)
 
 
Leilão GDT – Global Dairy Trade
 
 
 
Produção de leite tende a cair
Além de prejudicar o cultivo de grãos, a estiagem começa a ser sentida também na produção de leite. Produtor de Boa Vista do Cadeado, na região Noroeste, Rafael Hermann afirma que as chuvas estão escassas desde novembro, com raras pancadas. A situação das pastagens, segundo Hermann, está “precária”, o que compromete a nutrição dos animais. A produção diária da propriedade caiu de 1,2 mil para 600 litros e “tende a diminuir mais”, conforme o produtor. O clima fez com que os açudes secassem. Hermann teve de pedir auxílio para a prefeitura, que enviou uma máquina para fazer limpeza de nascentes. “É bem semelhante a um clima de deserto”, descreve o produtor, que conta com 45 animais e teme uma elevação ainda maior dos custos da atividade.  Segundo o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, os prejuízos à cadeia do leite ainda estão sendo mensurados. Ele alerta, porém, que a situação não é generalizada em todo o Estado. Entre as orientações ao produtor estão fornecer sombra para os animais e disponibilizar pastoreio durante a noite. Conforme o especialista, as raças criadas no Rio Grande do Sul são muito suscetíveis ao estresse térmico. O cenário alerta para a necessidade de irrigação para culturas de pastagem, que, segundo Ries, é um investimento viável para o produtor de leite. (Correio do Povo)

 

 

 

Porto Alegre, 06 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.136

  Taxa do Fundesa é atualizada para 2020 

Com a atualização do valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF) para 2020, fixado em R$ 20,2994, o cálculo para o recolhimento da taxa do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) para a cadeia produtiva da bovinocultura de leite passa para R$ 0,00126 por litro industrializado, sendo R$ 0,00063 pagos pela indústria e R$ 0,00063 pelo produtor. 

O montante arrecadado é destinado para promover ações preventivas contra zoonozes nos animais das propriedades rurais localizadas no Rio Grande do Sul e, também, para a indenização desses animais ou propriedades declarados pelo Serviço Oficial sob risco alimentar.   

A UPF serve como indexador para corrigir taxas e tributos cobrados pelo Estado. O novo valor para 2020, divulgado por meio de instrução normativa da Receita Estadual, foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) em 31 de dezembro de 2019, passando a valer em 1º de janeiro.

Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, o não recolhimento da taxa pelos laticinistas implica na perda do direito aos créditos fiscais e o produtor não recebe as indenizações previstas, conforme a Lei Nº12.380, de 28 de novembro de 2005, que descreve em seu artigo 5º: "As indústrias, abatedouros, entrepostos e produtores que não estiverem adimplentes com o pagamento da taxa de que trata o art. 4º desta Lei, terão cancelado quaisquer benefícios fiscais concedidos em programas oficiais do Estado do Rio Grande do Sul". (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Normas tratam de resíduos de medicamentos veterinários em alimentos de origem animal
Entrou em vigor na quinta-feira (26/12) a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 328/2019, que trata da avaliação do risco à saúde humana de medicamentos veterinários e dos métodos de análise para fins de avaliação da conformidade. Paralelamente, foi publicada a Instrução Normativa (IN) 51/2019, que estabelece a lista de limites máximos de resíduos, ingestão diária aceitável e dose de referência aguda para insumos farmacêuticos ativos de medicamentos veterinários em alimentos de origem animal. 
Os medicamentos veterinários são utilizados para o tratamento, a prevenção e a promoção do crescimento de animais produtores de alimentos. Mesmo com a aplicação das boas práticas veterinárias, o uso desses medicamentos pode resultar em resíduos nos alimentos de origem animal, como carne, leite e ovos. 
 
De acordo com a RDC, o risco à saúde humana devido ao emprego de medicamentos veterinários em animais pode ser reavaliado a qualquer tempo e, sempre que justificado, a ingestão diária aceitável (IDA), a dose de referência aguda (DRfA), quando aplicável, e o limite máximo de resíduos (LMR) podem ser alterados. 
 
A partir da vigência da RDC 328/2019, três resoluções foram revogadas. São elas: RDC 4/2001 (regulamento técnico de glossário de termos e definições para resíduos de medicamentos veterinários); RDC 5/2001 (regulamento técnico para métodos de amostragem para programas de controle de resíduos de medicamentos veterinários em alimentos de origem animal); e RDC 53/2012 (regulamento técnico do Mercosul). 
 
Com a aprovação desses novos regulamentos pela Diretoria Colegiada da Anvisa, foram ampliados de 24 para 658 o número de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) com limites estabelecidos. Isso se traduz em mais proteção à saúde da população brasileira e a um ambiente de maior segurança jurídica para os setores envolvidos na produção de alimentos de origem animal, favorecendo o comércio internacional de alimentos. 
 
Acesse a íntegra da RDC 328/2019 e da IN 51/2019.  (Anvisa)
 
 
 
Nielsen: retrospectiva do consumo brasileiro em 2019
O consumidor brasileiro vem adotando uma visão muito mais holística em relação à economia, ao consumo, à saúde e ao meio ambiente, o que vem sendo concretamente refletido nas vendas e, por consequência, nas estratégias da indústria e do varejo.
Ao longo de 2019, combinando os resultados das nossas pesquisas do Painel de Lares, com nossa Mensuração Regular do Varejo e nossas meta análises de Connect e de Mídia, identificamos que a população brasileira está: 
 
• Mais prática: 55% dos entrevistados declarando ir direto à loja para efetuar suas compras;
 
• Mais conectada: 64% tem um smartphone e as compras das categorias de Alimentos e Bebidas aumentaram 82% no e-commerce brasileiro, em comparação com 2018;
 
• Mais saudável: 57% reduziu o consumo de gordura e 56% diminuiu a ingestão de sal;
 
• Mais negociadora: 64% opta por marcas devido ao baixo preço oferecido, mas estão dispostos a pagar mais por aqueles produtos que apresentam valor agregado claro;
 
• Mais sustentável: 42% está mudando seus hábitos de consumo para reduzir o impacto no meio ambiente;
 
• Menos fiel: apenas 5% são super leais a produtos, marcas e bandeiras varejistas.
 
Isto, combinado à pluralidade de mídias, vem contribuindo com a criação de novas experiências e, portanto, novas demandas, o que desafia as marcas e canais varejistas a se reinventar a todo mundo para se adaptar à dinâmica multicanal e multi-tela do atual consumidor. 
 
Para sobreviver nesse ambiente mais complexo e volátil e, ao mesmo tempo, com mais oportunidades do que nos anos anteriores, conhecer bem o consumidor é fundamental para ampliar o mercado, oferecendo mix de produtos assertivos, programas de fidelidade, ações regionais, promoções relevantes, campanhas de marketing assertivas e, assim, alcançar o sucesso nos seus negócios. (Nielsen)
 
 
 
LEITE/CEPEA: Fugindo da tendência sazonal, preços ficam firmes no fim do ano
O preço do leite pago ao produtor em dezembro (referente ao volume captado em novembro) foi de R$ 1,3535/litro na "Média Brasil" líquida, ligeira alta de 0,3% frente ao mês anterior e aumento de 6,3% em comparação a dezembro/18. 
O intenso recuo que sazonalmente se observa no final do ano não foi verificado em 2019, devido ao fato de a produção não ter crescido como esperado. De acordo com pesquisas do Cepea, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) subiu apenas 2,25% de outubro para novembro.
 
O ano de 2019 foi atípico para o setor de lácteos, marcado por sustentação dos preços no campo, em decorrência da oferta limitada e do aumento da competição entre os laticínios para assegurar mercado. E isso foi verificado num contexto de consumo retraído. Como resultado, os preços ao produtor não seguiram a tendência sazonal. Entre julho e agosto (pico de entressafra), houve queda nos valores, devido ao baixo consumo e às margens espremidas da indústria, ao passo que, no último trimestre (início da safra), o atraso das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste limitou a recuperação da produção e as cotações ficaram estáveis.
 
No balanço de 2019, os preços registraram alta acumulada de 6,3% ao longo do ano, em termos reais. A média anual do preço do leite, deflacionada pelo IPCA de novembro/19, foi de R$ 1,4219/l, valor 6,5% acima da média de 2018.
 
PERSPECTIVAS - O aumento dos preços dos grãos neste final de ano pode diminuir o potencial de crescimento da atividade nos próximos meses. Ademais, as cotações atrativas no mercado de gado de corte têm incentivado o abate de vacas. A elevação nos preços de bezerro para reposição no mercado de corte também pode incentivar a criação desses animais em fazendas leiteiras, o que significa destinar parte da produção de leite para a alimentação desses animais. A expectativa de agentes consultados pelo Cepea é de que o volume de captação em dezembro permaneça estável em relação a novembro, o que pode sustentar as cotações de janeiro. Deve-se levar em conta que a produção do Sul do País tende a cair entre dezembro e fevereiro, o que pode ajudar a manter os preços firmes no início de 2020. (CEPEA)
 
 
Estiagem - Município decreta emergência
O prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert, deve assinar hoje o decreto de situação de emergência em razão de perdas agropecuárias causadas pelo clima. Dados da Emater apontam que o prejuízo aos produtores ultrapassa os R$ 40 milhões. As perdas, que são consideradas irreversíveis, abrangem mais de 1,5 mil famílias produtoras de milho, tabaco, bovinos de corte e leite, soja, arroz, olerícolas, moranga, feijão e pastagens. No caso do tabaco, calcula-se uma redução de 14,9% na estimativa de produção. (Correio do Povo)

 

 

 

Porto Alegre, 23 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.15

  Leite/América do Sul

Nas duas últimas semanas, o clima quente e seco foi prevalente na Argentina, limitando a umidade para o desenvolvimento das culturas de milho e soja, acelerando a secagem e colheita de grãos de inverno. 

Enquanto isso, chuvas moderadas e fortes mantiveram as condições favoráveis para a soja e a primeira safra de milho nas áreas produtoras do centro e sul do Brasil. O volume e a qualidade das forrageiras são boas ou regulares nas principais bacias leiteiras do continente.  

Os custos de concentrados permanecem relativamente baixos, enquanto o preço ao produtor é aceitável para a maioria dos produtores de leite, de forma a obter margens justas entre receitas e custos.

A produção ao nível de fazenda é sazonalmente em declínio na Argentina, Uruguai, mas, encontra-se estabilizada no Brasil. A oferta de leite é suficiente para atender as necessidades de processamento de leite engarrafado, incluindo UHT, em todo o Cone Sul. Mas, com chegando as férias escolares de verão, as vendas de leite engarrafado/UHT caem.
 
Em todo o continente existe escassez na oferta de creme, pois está havendo queda nos teores de proteína e matéria gorda, dado que as elevadas temperaturas do verão afetam o conforto das vacas. Portanto, os produtos industrializados que tenham o creme como base, como manteiga, sorvete e doce de leite, foi um pouco reduzida em algumas plantas. Apesar disso, os pedidos de queijos e manteiga para as festas de fim de ano pelos varejistas e alguns canais de food service foram entregues, resultando em considerável queda dos preços no mercado spot, principalmente para leite em pó. (Terra Viva)

Celso Moretti será efetivado na presidência da Embrapa

Interino desde julho, o pesquisador ficará no comando da empresa de forma definitiva por dois anos

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, decidiu nesta sexta-feira (20) indicar o pesquisador Celso Luiz Moretti para a presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Interino desde julho, ele ficará no comando da empresa de forma definitiva por dois anos, prazo prorrogável até três vezes, segundo a Lei das Estatais.

A nomeação deve ser publicada nos próximos dias no "Diário Oficial da União" (DOU). A Casa Civil vai analisar as documentações necessárias para que ele assuma o cargo e o Conselho de Administração da Embrapa (Consad), presidido pelo secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo, vai editar a portaria com a confirmação.

“É a pessoa que pode implementar as mudanças que a gente quer”, disse, ao Valor, a ministra. Haverá troca nas três diretorias executivas da Embrapa. Os diretores Lúcia Gatto e Cléber Soares serão substituídos nas áreas de Gestão Institucional e Inovação e Tecnologia, respectivamente. Moretti vai deixar de acumular a chefia de Pesquisa e Desenvolvimento, que terá novo comando. Ainda não há definição de nomes para os lugares deles. Isso só deve ocorrer em janeiro, quando Tereza Cristina retornar do recesso. A expectativa é que sejam indicadas pessoas de dentro e de fora da Embrapa para os cargos.

Moretti, que completa 25 anos de trabalho na Embrapa no próximo dia 30 e com longo currículo de pesquisador — é doutor em produção vegetal e foi chefe de unidade — tem 11 anos de experiência em gestão pública. A boa relação com a ministra, o desempenho no cargo nos cinco meses como interino e os planos para o futuro da empresa, focados em parcerias com setor privado, redução de custos e monetização dos ativos da Embrapa, foram o que o credenciaram a conquistar a indicação, segundo ele. O fato de ser de dentro da empresa também colaborou.

“Recebo com tranquilidade, serenidade e muita responsabilidade a indicação. Muita energia para fazer o que precisa ser feito a partir de 2020”, afirmou Moretti. (Valor Econômico)

Preço Cepea

2019 foi um ano atípico para o setor de lácteos, marcado por sustentação dos preços no campo, em decorrência da oferta limitada e do aumento da competição entre os laticínios para assegurar mercado. 

E isso foi verificado num contexto de consumo retraído. O resultado: os preços ao produtor não seguiram a tendência sazonal de aumentos entre fevereiro e agosto e de quedas entre setembro e janeiro. As cotações no campo já iniciaram o ano em alta e a oferta restrita sustentou as consecutivas elevações de janeiro a junho. No período, foi verificado aumento real de 22 centavos por litro na “Média Brasil” líquida¹, com as cotações reais atingindo os mais altos patamares da série histórica do Cepea para um primeiro semestre. No entanto, a estagnação econômica, a diminuição do poder de compra do brasileiro e a pressão das redes varejistas para atrair consumidores com preços baixos restringiram a valorização dos derivados lácteos. 

De acordo com pesquisas do Cepea, os preços médios anuais do leite UHT e da muçarela caíram 6,1% e 3,3% de 2018 para 2019, respectivamente, em termos reais (foram consideradas as médias de janeiro a novembro). A dificuldade das empresas em repassar a alta da matéria- -prima para os lácteos sem comprometer seus shares de mercado espremeu as margens das indústrias. Com isso, a participação média anual do preço do leite ao produtor nas cotações do UHT e muçarela aumentou 10,4% e 8,6%, nessa ordem, de um ano para o outro (considerando-se as médias de janeiro a novembro). Por esse motivo, os preços do leite ao produtor registraram quedas em julho e agosto, que, sazonalmente, são períodos de picos de entressafra – apenas nestes dois meses, o recuo real foi de 12 centavos/litro. 

Contudo, a competição entre indústrias para garantir a compra de matéria-prima continuou acirrada no terceiro trimestre, já que a produção não se recuperou. O desequilíbrio entre oferta e demanda levou ao encadeamento de altas nos preços dos derivados, no leite spot e, por fim, nos pagos ao produtor em setembro. A produção de leite enxuta no que seria, sazonalmente, o início da safra acarretou em volumes mais baixos nos estoques de derivados, o que trouxe incertezas aos agentes. Assim, o intenso recuo que normalmente se observa no final do ano não deve ser verificado em 2019. Dois pontos explicam a oferta limitada no campo em 2019 e também o fato de a produção do segundo semestre não ter sido estimulada, mesmo com os preços favoráveis até a metade do ano – oposto ao ocorrido em 2017. O primeiro ponto é clima. 

De janeiro a março, as chuvas irregulares diminuíram a disponibilidade de pastagens e a produtividade das lavouras de milho; no segundo e terceiro trimestres, o inverno seco prejudicou a captação leiteira no Sudeste e a produção do Sul não foi tão alta quanto se esperava. Por fim, o atraso das chuvas da primavera, que tipicamente marcam o início da safra do Sudeste e Centro-Oeste, limitou a recuperação da produção no último trimestre. Em segundo lugar, deve-se destacar que a restrição da oferta foi intensificada pela saída de produtores da atividade nos últimos anos e pela grande insegurança – verificada em anos anteriores e neste também – em realizar investimentos de longo prazo frente às incertezas no curto prazo. Assim, as dificuldades de 2017 e 2018 se desdobraram em efeitos de longo prazo, que impactaram negativamente a produção em 2019. 

Ressalta-se, ainda, que o aumento dos preços dos grãos neste final de ano pode diminuir o potencial de crescimento da atividade. Ademais, as cotações atrativas no mercado de gado de corte têm incentivado o abate de vacas e podem, nos próximos meses, levar à destinação de parte da produção de leite para a alimentação de bezerros. Se, no início do ano, perspectivas apontavam para aumento da produção anual em torno de 3%, neste final de 2019, já se revisam os cálculos para uma possível estagnação da produção. Por outro lado, com menor oferta de leite, a captação formal deve se elevar em 2019. Os dados da Pesquisa Trimestral do Leite (PTL) apontam alta de 3,4% no volume formal captado entre o 1º e 3º trimestres de 2019 frente ao mesmo período de 2018. É importante lembrar que, segundo levantamento do IBGE, a diferença entre produção e captação formal no Brasil em 2018 foi de quase 9,4 bilhões de litros. (Por Natália Grigol/Cepea)

Leite/Europa – Neste final de ano a produção de leite na Alemanha está apresentando crescimento. 

Em relatório da última semana de novembro ficou em destaque o aumento da produção em relação à semana anterior e em relação à mesma semana do ano passado. A produção de leite na União Europeia (UE) em outubro foi 0,4% superior à de outubro de 2018. De acordo com a Eucolait, no acumulado do ano, a produção da UE ficou 0,5% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado entre os países variou: Irlanda (+6,9%); França (-0,5%); Holanda (-1,4%); e Alemanha (-0,4%). Apesar disso, França (+1,3%), e Holanda (+2%) apresentaram resultados positivos em outubro. 

A produção de queijo na UE em outubro foi 1,1% a mais em relação à produção do último ano. No acumulado do ano, o aumento é de 0,6%. A vitória eleitoral do Tory no Reino Unido parece ter legitimado a decisão de Boris Johnson de retirar o Reino Unido da UE até 31 de janeiro de 2020.

A expectativa é de que o período de transição dure até o final de 2020, mas, ainda não foi negociado o que acontecerá depois.
A Polônia, o maior produtor de leite do Leste Europeu, teve crescimento de 1,3% em outubro deste ano quando comparado com o mesmo mês de 2018, e no acumulado do ano aumento de 1,9%, em relação a 2018. (Terra Viva)

Fiscais agropecuários suspendem greve a partir de segunda-feira
Fiscais estaduais agropecuários e demais servidores da Secretaria da Agricultura decidiram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (20), suspender a greve da categoria a partir de segunda-feira (23). A paralisação teve início há 24 dias, motivada pelo parcelamento de salários e pelo pacote de reformas enviado pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa.
As categorias ligadas ao Sintergs, Sindicaixa e Sindsepe no entanto, optaram por manter o estado de greve até a próxima votação do pacote do funcionalismo no Parlamento, que deve ocorrer no final de janeiro. Em nota, os servidores afirmaram que voltarão às suas funções, mas que estarão mobilizados para qualquer desenvolvimento acerca do tema. Uma nova assembleia unificada já está agendada para o dia 21 de janeiro.
Os servidores ligados à Secretaria da Agricultura - fiscais agropecuários, técnicos agrícolas e os analistas agropecuários e florestais, além de servidores da área administrativa e os da antiga Caixa Estadual - estão em greve desde o dia 26 de novembro. Entre os principais motivos do movimento, destacam o atraso e parcelamento dos salários há 48 meses, a falta de reposição salarial há cinco anos e o pacote proposto pelo Executivo gaúcho. (Jornal do Comércio)

 

Porto Alegre, 20 de dezembro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.14

  Cadeia produtiva debate atualização do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite na UPF

Atualizado em novembro de 2019, o novo guia orientativo do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) foi tema de discussão na manhã desta quinta-feira (19/12), no auditório da Faculdade de Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF). O encontro, que reuniu 120 técnicos de indústrias de laticínios do Rio Grande do Sul, contou com palestras dos fiscais federais do Mapa Roberto Lucena e Milene Cé, a fim de esclarecer dúvidas, inclusive, sobre a consulta pública de normas do leite cru e derivados, que está aberta para manifestação até 27 de janeiro de 2020. O PQFL consiste em um plano de ação e gerenciamento que deve ser elaborado por todas as empresas e postos de resfriamento, é exigido quando o fiscal visita o estabelecimento. O plano contempla a verificação de mais de 150 pontos dentro da propriedade. O evento foi promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

 
Crédito: Darlan Palharini

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, levar o evento para o interior do Estado é uma maneira de aproximar os técnicos das indústrias e os fiscais do Mapa para que possíveis dúvidas sejam respondidas, principalmente no que se refere ao novo guia orientativo do PQFL. “Quanto mais conhecemos e compreendermos à legislação, mais aptos estaremos para qualificar os produtores”. O PQFL é um passo a passo para as empresas conseguirem conceituar melhor seus fornecedores, se adequando as exigências e boas práticas da produção leiteira. O objetivo geral do plano é atender todas as propriedades, com metas plausíveis dentro da estrutura da empresa.

Na oportunidade, ocorreu a apresentação do aplicativo Milk Wiki, desenvolvido pela empresa de mesmo nome, para facilitar o gerenciamento do PQLF dentro das propriedades. “O app visa suprir as dificuldades das indústrias de gerenciar os indicadores de eficiência ou não de cada propriedade rural”, disse Roberta Züge, da Ceres Qualidade, destacando que o questionamento, por parte do público, ao Mapa sobre a viabilidade do projeto foi bastante positivo. “O próprio Lucena disse que a ferramenta será muito importante e que poderia tornar mais ágil o cumprimento das exigências previstas nas INs 76 e 77”.

Quanto à consulta pública que trata das normas de destinação do leite cru, Milene Cé destacou que as mesmas são um complemento das INs 76 e 77 e do novo RIISPOA. O evento também contou com o apoio da UPF, Emater, Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), Associação de Pequenas Indústrias de Laticínios do RS (Apil) e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAP). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Conseleite indica estabilidade no preço de referência

O valor de referência do leite projetado para o mês de dezembro de 2019 registrou queda no Rio Grande do Sul. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (20/12) durante a última reunião do Conseleite do ano, realizada na sede do Sindilat, em Porto Alegre (RS), o valor estimado para o mês é de R$ 1,1096, 0,63% abaixo do consolidado do mês de novembro, que fechou em R$ 1,1166. Segundo o professor da UPF – instituição responsável pelo estudo – Marco Antônio Montoya, o leite UHT que possui maior participação no mix de 13 produtos analisados (39,43%), teve variação positiva de 3,45%, enquanto outros produtos, com participação de 33,86% no mix, caíram 3,88%. Essa alteração de preços entre componentes importantes do mix justifica a pequena variação no valor de referência do Conseleite. 


Crédito: Luciane Radicione

De acordo com Montoya, 2019 se encerra com um cenário de estabilidade no preço do leite, considerando todos os itens que compõem a cesta de produtos analisada. “Para 2020, a tendência é de iniciar com estabilidade nos preços, mas, com a recuperação da economia brasileira, a projeção é de melhora gradativa dos preços”, afirmou o professor da UPF. 

Os participantes do Conseleite debateram também sobre a importância da participação da assistência técnica periódica nas propriedades, a fim de orientar sobre os procedimentos que garantam à manutenção dos níveis de qualidade de produção de leite exigidos pelas INs 76 e 77. Neste contexto, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ressaltou a importância do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), recentemente atualizado, que trata da exigência de um planejamento elaborado por todas as empresas e postos de resfriamento e que devem ser apresentado no momento em que os fiscais visitam o estabelecimento. O plano contempla a verificação de mais de 150 pontos dentro da propriedade. “Estamos avançando praticamente 20 anos em um no que se refere a ações que visam à qualidade do leite produzido no Rio Grande do Sul”, afirmou o secretário-executivo do Sindilat. O presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra, afirma que o Rio Grande do Sul vive um momento diferenciado na busca pela qualidade do leite e que isso já se reflete no produto que vem sendo entregue à indústria. “O cenário está mudando, o mercado está cada vez mais exigente, por isso temos que trabalhar com toda a nossa competência”, reforçou. 

Relatório socioeconômico da cadeia do leite no RS é apresentado aos associados do Sindilat 

A reunião mensal das indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticinios do RS (Sindilat), realizada na tarde desta sexta-feira (20/12), fez um balanço das ações desenvolvidas ao longo de 2019, discutiu questões acerca do cenário lácteo e suas perspectivas para o próximo ano. Na oportunidade, o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, apresentou dados do relatório socioeconômico da cadeia do leite no  Estado para os associados do Sindilat. "Esse estudo mostra a evolução da cadeia produtiva", disse Ries, referindo-se ao produtor que está usando a tecnologia a seu favor. "A produção de leite está aumentando, a cada ano, 0,5l por vaca/dia".

Para a consultora de qualidade do Sindilat, Letícia Vieira, o estudo da Emater é de suma importância e serve como base para o setor identificar a evolução da produtividade dos animais nos próximos anos. "Imaginamos que, com a implementação das Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77, o próximo relatório terá grandes avanços", ponderou. Na mesma linha, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou o prazo para manifestação da consulta pública sobre as normas do leite cru e derivados (portaria 241). "A atualização dessas normas eram muito aguardadas pelo setor, visto que elas são um complemento das INs 76 e 77 e do novo RIISPOA". O Sindilat deixou agendada a data de 09 de janeiro para que o grupo de trabalho dos técnicos e gerente de qualidade das indústrias associadas se reúna a fim de enviar a manifestação sobre a referida consulta pública do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Na pauta do encontro também estava a divulgação sobre a escolha  do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, como novo coordenador geral da Aliança Láctea Sul Brasileira em 2020 e a nomeação do presidente da Piá, Jeferson Smaniotto, como coordenador da Câmara Setorial do Leite do RS. "Agora temos duas coordenações importantes para o setor: uma pela ALSB e outra pela Câmara Setorial do Leite do RS e isso é bastante significativo", frisou Guerra. Além disso, houve a apresentação da proposta orçamentária do sindicato para 2020 e um debate a respeito da substituição tributária dos estados. (Assessoria de imprensa Sindilat)

GO: governo apresenta indicador de referência para preço do leite

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mauro Borges (IMB), a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite) apresentarão, no dia 20 de dezembro, às 9 horas, no Auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia (GO), o 1º Relatório do Índice de Preços de Derivados Lácteos. Trata-se de um indicador para cálculo de referência do preço do leite, que vai auxiliar tanto produtor quanto laticínios nas negociações, visando proporcionar maior transparência, integração, cooperação e competitividade à cadeia leiteira goiana. 

A questão de previsibilidade do preço do leite pago ao produtor era uma demanda antiga do segmento, que causava conflito entre os elos da cadeia produtiva. Na busca por uma solução, o Governo de Goiás, por meio da Seapa, mediou a criação, em agosto deste ano, da Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea do Estado de Goiás, voltada para atender aos anseios de produtores de leite e das indústrias de laticínios. A proposta é também de garantir a qualidade e sanidade dos produtos lácteos ao consumidor final e tornar mais competitiva a cadeia leiteira em Goiás. 

Durante o evento, além da apresentação do relatório do Índice de Preços de Derivados Lácteos, a Câmara Técnica irá divulgar o Diagnóstico da Cadeia do Leite de Goiás, por meio da Faeg, enquanto o Sindileite entregará o Manual de Boas Práticas Agropecuárias e o de Transportes. Será assinada, ainda, a regulamentação do Selo Arte em Goiás. 

Índice de Preços de Derivados Lácteos
Por meio de técnicos, o Instituto Mauro Borges atuou, de forma independente, para auxiliar produtores e indústrias no desenvolvimento de uma metodologia que suprisse as necessidades dos envolvidos nos elos da cadeia láctea. A proposta foi de criação de um indicador que informasse sobre o comportamento dos preços ao mercado. Chamado de Índice de Preços de Derivados Lácteos, é calculado a partir da variação dos preços de uma cesta de derivados lácteos que representa o mix médio, ou representativo, de derivados produzidos pelos laticínios no Estado de Goiás. É feito com base em informações dos preços no atacado de produtos lácteos selecionados, por meio de ponderações sugeridas pelos representantes dos produtores de leite e indústrias de laticínios.

Segundo o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, a criação da Câmara de Conciliação, por intermédio do Governo de Goiás, e as soluções já estruturadas para resolver os conflitos que existiam no setor representam um grande avanço para a cadeia láctea no Estado. “Mostra o compromisso do governador Ronaldo Caiado de buscar melhorias para o setor agropecuário goiano, especialmente para o segmento do leite que está presente nos 246 municípios goianos, movimentando a economia e gerando renda para milhares de famílias. É importante ter essa visão do todo e buscar soluções que beneficiam todos os elos da cadeia. Por isso, o governo e a Câmara estão trabalhando de forma conjunta e integrada para somar forças e tornar o nosso Estado de Goiás cada vez mais competitivo no mercado leiteiro”, destaca. (Agrolink)

Qualidade do leite
Até o dia 11 de fevereiro estarão abertas as inscrições para o curso à distância sobre produção de leite com qualidade, produzido em parceria pelas equipes técnicas da Embrapa Agroindústria de Alimentos e Embrapa Gado de Leite. Com carga horária de 40 horas, pedido em três módulos, o curso aborda os principais conceitos e parâmetros de qualidade do leite; procedimentos de ordenha e armazenamento do leite; manutenção e limpeza do equipamento de ordenha e tanque de refrigeração. O público-alvo são técnicos de assistência técnica e extensão rural, produtores de leite, estudantes e profissionais de ciências agrárias. “Vamos ensinar como obter e manter a qualidade do leite, abordando temas como rotina padronizada de ordenha higiênica e procedimentos de higienização dos tanques de leite, com o objetivo de cumprir as exigências estabelecidas nas recentes instruções normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura”, afirma André Dutra, analista da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos e um dos instrutores.  A próxima turma está programada para acontecer no período de 11/02 a 21/03. Para se inscrever, acesse a página da Embrapa na internet clicando aqui. (Terra Viva)