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07/08/2020

 

Porto Alegre, 07 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.280

Importações crescem e cadeia produtiva fica de olho!

Segundo dados divulgados nessa quinta-feira (07/08) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as importações brasileiras de derivados lácteos cresceram bastante no mês de julho; foram cerca de 95 milhões de litros de leite equivalente internalizados no mês, com crescimento de 63% em relação ao volume do mês anterior e 26% maior que em relação a julho/2019.

Em contrapartida, as exportações brasileiras também cresceram; foram 16,7 milhões de litros exportados no mês, 38% a mais do que em junho deste ano e 95% maior do que julho/2019. Dados estes números, o saldo da balança comercial de lácteos foi de -78 milhões de litros (em equivalente leite), um aumento de 69% no déficit quando comparado a jun/20 e de 17% em relação a jul/19. É importante destacar que esse valor representa, também, o menor (mais negativo) saldo no ano. (Milkpoint)

 
 
Elaborado por Sindilat com dados do mdic e Milkpoint
            

Secretário Covatti Filho encaminha repasse de R$ 102 milhões para a EMATER/RS-ASCAR
O secretário da Agricultura Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho, ordenou na tarde desta quinta-feira (06) a solicitação de empenho de R$ 102 milhões para a contratação de prestação de serviço com a Emater/RS-Ascar, para o segundo semestre de 2020. Desta forma, garante a continuidade dos trabalhos de assistência técnica e extensão rural para mais de 250 mil famílias de pequenos agricultores.

“Resolvemos um imbróglio que já se estendia por muitos anos e envolvia inclusive pontos sobre a natureza jurídica da Emater. Agora, estamos liberando os recursos necessários para dar continuidade a esse serviço tão essencial e importante para a agricultura familiar gaúcha”, ressalta Covatti.

Em julho deste ano, por recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), houve alteração no regime de contratação da Emater, que passou a ser por dispensa de licitação, sem a necessidade de alterar a sua natureza jurídica.

No primeiro ano do novo vínculo, com validade até julho de 2021, serão repassados, no total, R$ 195 milhões para viabilizar a prestação de serviços.

“Fizemos um esforço enorme para garantir a sobrevivência da Emater. Encaminhamos a solução jurídica da contratação mediante parecer da Procuradoria Geral do Estado, oportunizando segurança para os seus funcionários estarem dentro das propriedades, ao lado do produtor”, comemora Covatti.

O ato de assinatura do empenho contou com a presença de Geraldo Sandri (presidente da Emater), Alencar Rugeri (diretor técnico), Erli Teixeira (presidente do Conselho da Emater) e Luiz Fernando Rodrigues (secretário adjunto da SEAPDR) (Seapdr)

Fepale apresenta panorama geral do setor lácteo na América Latina
Os dados do Observatório para a cadeia láctea da América Latina e Caribe mostram que nossa região, com cerca de três milhões de produtores de leite, produz em torno de 78,5 milhões de litros de leite, o que representa aproximadamente 11% da produção mundial.
Ariel Londinsky, Secretário Geral da Federação Panamericana de Leite (Fepale) disse durante o webinar “Comércio Internacional de lácteos – Oportunidades e Desafios”, organizado pela Comissão Nacional de Leite e ProChile, que o volume mencionado representa uma relativa estagnação da América Latina nos últimos anos.
“A produção de leite da região até 2014 estava em franco crescimento, mas a partir da crise de preços e das diversas crises que atingiram o setor, praticamente impossibilitou o crescimento, vivendo altos e baixos. Com algumas situações climáticas, outros problemas de mercado e agora a pandemia. Sempre existe algo para cortar o nosso crescimento o que impediu qualquer melhoria nos últimos cinco anos”, explicou.
Para este ano, as perspectivas da Fepale é de aumento da produção de leite, no entanto, é preciso refletir sobre as incertezas provocadas pela pandemia do coronavírus. “Tínhamos uma expectativa melhor de crescimento para 2020-2021, mas primeiro vamos ver como sairemos dessa crise sanitária em termos de produção. Como organizar a oferta e a demanda, duas variáveis afetadas imensamente pela pandemia”, acrescentou Londinsky.


 
Neste contexto, assegurou que um dos grandes desafios “para uma região com um perfil tão heterogêneo como a América Latina”, é formalizar em grande medida a produção primária de leite, que apresenta problemas nos países andinos e centro americanos, onde a informalidade é um elemento presente e quase predominante. Destacou, por exemplo, que o Chile está entre os países com a maior proporção da produção de leite processado pela indústria, superando 90%, assegurando inocuidade e qualidade ao leite.
                

 
EMATER/RS: condições climáticas favorecem produção das forrageiras de inverno para gado leiteiro
Foram boas as condições climáticas para a produção das forrageiras. Nesse período, destaca-se o azevém, principalmente o de variedades tetraploides. Os materiais genéticos comuns iniciam o espigamento/florescimento, e nessa fase perdem qualidade. Áreas com aveia precoce reduzem produção e qualidade, mas ainda ofertam volumoso. Destaque para áreas de trigo duplo propósito, que apresentam bom potencial para pastejo em semeaduras mais tardias. Semeaduras precoces desse trigo encontram-se em início de espigamento/florescimento, fase em que é necessário monitorar para possível intervenção com manejo fitossanitário. O clima mais seco e os dias ensolarados permitiram melhores condições no solo das pastagens e secagem do barro acumulado nos acessos a instalações de ordenha e manejo dos animais, que chegam mais limpos para a ordenha. A condição climática proporciona condições de conforto às vacas de alta produção; consequentemente, o consumo de pasto é alto. Essa condição permite fornecer rações com um pouco menos de proteína e menos silagem, reduzindo os custos da alimentação. O aumento da produção de leite se dá a partir do aproveitamento das pastagens de forrageiras anuais de inverno, que apresenta boa oferta de volumoso, tanto em quantidade como em qualidade. A abundância de pasto permite que as vacas permaneçam mais tempo na pastagem, aumentando a produção. A qualidade do leite se manteve em padrões aceitáveis, que cumprem as normativas do Mapa. A condição sanitária é boa; não há problemas sanitários graves, apenas situações pontuais como paresias puerperais devido ao manejo inadequado nas vacas secas ou recém-paridas, que muitas vezes têm sido alimentadas com pastagens muito ricas em potássio, as mais abundantes no momento. Na Fronteira Oeste, em Itacurubi, produtores estimulados pelo compensador preço do leite vêm investindo em aquisição de matrizes para melhorar a condição genética dos seus rebanhos. Na Campanha, em Candiota, o Incra liberou recursos dos projetos de crédito do programa “Fomento Mulher”, elaborados pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar, para 57 agricultoras assentadas, destinado cinco mil reais por beneficiária. O destino principal dos recursos será a aquisição de matrizes leiteiras, fomentando a atividade. Produtores iniciaram o preparo das lavouras para plantio de milho silagem. No Vale do Rio Pardo, iniciou a implantação do cereal. (As informações são da EMATER/RS)
 

 

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