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12/07/2018

 

Porto Alegre, 12 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.776

A CONTA DA TABELA DE FRETE JÁ CHEGOU
 
A aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado da medida provisória (MP) que estabelece a tabela de frete é motivo de grande preocupação para entidades ligadas ao agronegócio. É porque a conta dessa medida já chegou para o setor e, inevitavelmente, virá também para o consumidor, dada a quantidade de atividades que dependem do transporte rodoviário.

A Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja) alertou, em nota, que o frete mínimo aumentará o custo de produção e inviabilizará a comercialização de muitos produtores, além de aumentar gastos com transporte de itens da cesta básica e provocar alta da inflação. A entidade acrescenta que a MP contraria a lei de oferta e demanda.

- A nossa esperança é de que, quando for julgado o mérito das ações de inconstitucionalidade que estão no Supremo Tribunal Federal, se revise essa questão de valores mínimos - diz Vicente Barbiero, presidente da Associação das Empresas Cerealistas do RS (Acergs).

Segundo levantamento feito pela assessoria econômica da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), o tabelamento foi responsável por dois terços do aumento médio de 44% verificado no valor do frete em pontos do Rio Grande do Sul, na comparação de julho deste ano com igual período em 2017 (veja quadro abaixo).

- Subir mais de 10 vezes o valor da inflação é algo intolerável, que denota um problema sério. Quando aumentamos o preço do frete, estamos, no fim do dia, gerando inflação na veia. Energia elétrica, combustíveis e fretes sempre impactarão todas as cadeias, porque são insumos que elas precisam - avalia Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul.

Ele acrescenta que os maiores prejudicados com a medida são os próprios motoristas autônomos, porque o mercado está parado. Produtores e indústrias com frota própria têm mantido nível de liquidez normal:

- Ninguém está querendo contratar autônomo.

A MP depende agora apenas da sanção do presidente Michel Temer. Na terça-feira, grupo de 39 entidades havia assinado manifesto repudiando a legalização do tabelamento dos fretes. No texto, as representações fazem menção ao fato de a tabela já ter elevado o IPC Fipe de junho para a área de alimentos em 3,14% e de impor danos à comercialização da safra. (Zero Hora)

 
 

Brand Finance revela as cinco principais marcas de produtos lácteos do mundo

A Nestlé dominou o ranking de marcas de alimentos, de acordo com um novo relatório da consultoria independente de avaliação de marcas Brand Finance, no entanto, o crescimento da empresa chinesa de laticínios Yili tem sido 'impressionante'.

Avaliada em US$ 19,4 bilhões, a Nestlé voltou a reivindicar o título de marca de alimentos mais valiosa do mundo, mais que o dobro do valor da segunda colocada Danone (US$ 9,1 bilhões). O valor da marca Nestlé não registrou praticamente nenhuma mudança em relação ao ano passado, com a receita se apresentando - no que a Brand Finance disse - ser apenas um nível satisfatório causado por vendas desafiadoras na América do Norte e do Sul.

David Haigh, CEO da Brand Finance, comentou: "com produtores e analistas acostumados com a falta de mudança entre os líderes da indústria de alimentos e bebidas, o desempenho das marcas de mercados emergentes provavelmente causará uma grande agitação. Já estamos começando a ver isso em marcas como a Yili. O valor da maior marca de laticínios da China saltou à frente de líderes internacionais como Kellogg, Kraft e Heinz".

Potencial da marca Yili
A indústria de lácteos é um dos setores com maior desempenho na indústria alimentícia, registrando um crescimento médio anual de 13%. Dentro do setor, o mercado chinês é o mais dinâmico do mundo, devendo ultrapassar os EUA como o maior mercado para produtos lácteos em 2022. Esse fenômeno é devido à crescente afluência e melhor acessibilidade dos produtos nas cidades chinesas de menor nível. Como os consumidores chineses preferem cada vez mais produtos lácteos que são premium, com benefícios para a saúde e sabores inovadores, marcas líderes, como a Yili, se concentram na mudança da demanda e na inovação de produtos.

A Yili subiu do oitavo lugar no ano passado para o terceiro, após um crescimento de 43%, para um valor de marca de US$ 6,2 bilhões. A marca é dominante no mercado chinês, mas tem um claro potencial para expansão em categorias não lácteas ou internacionalmente, disse a Brand Finance. Embora a Yili esteja à frente da Danone em termos de potencial de marca, a gigante francesa ainda é uma marca mais valiosa, crescendo acima da média da indústria em 15% ao ano.

Principais marcas de lácteos
A Brand Finance também destacou o desempenho da Mengniu, outra marca chinesa de laticínios, que cresceu a um ritmo semelhante ao da Yili, com alta de 45% em relação ao ano anterior, mas a uma base mais baixa, com o valor da marca estabelecido em US$ 3,4 bilhões.

O relatório apontou a maior marca de lácteos em 2018, com um valor de marca de US$ 9,1 bilhões, com a Yili na segunda posição, US$ 6,2 bilhões. A Mengniu saltou para o top 5 com o valor de US$ 3,45 bilhões da marca, enquanto a Arla perdeu um lugar com uma queda de 9% no valor da marca para US$ 3,43 bilhões. A cooperativa indiana Amul também caiu para o quinto lugar, com um valor de marca de US $ 2,5 bilhões. Em termos de potencial de marca, a Brand Finance classifica a Yili como a primeira colocada, seguida pela Danone e pela Mengniu. O relatório completo pode ser baixado aqui > http://brandfinance.com/knowledge-centre/reports/brand-finance-food-and-drink-2018/. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Curiosidade: mexicano cria antibiótico com pele de rã que contribui com o tratamento da mastite

Um pesquisador mexicano criou um antibiótico a partir da pele de rãs que pode contribuir com a cura da inflamação nas glândulas mamárias das vacas (mastite) sem deixar rastros tóxicos no leite, além de ser uma alternativa para combater as bactérias e curar algumas doenças em humanos. Alfonso Islas, acadêmico do campus de Ciências Biológicas da Universidade de Guadalajara, criou e patenteou a substância batizada como "ranimicina", que utiliza as propriedades antimicrobianas que a rã desenvolve de maneira natural para se proteger no meio ambiente. O especialista em imunologia explicou que desenvolveu um estudo financiado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia mexicana para aproveitar a pele da rã americana, matéria-prima muito usada na culinária na região de Valles de Jalisco.

Islas homogeneizou pedaços de pele, extraiu as moléculas e assim descobriu que existem 23 péptidos ou moléculas que servem como antibióticos naturais. Com elas, criou uma fórmula que elimina bactérias como a Staphylococcus aureus meticilina e a Pseudomona aeruginosa, causadoras de infecções hospitalares e que mostraram ser resistentes a antibióticos como a penicilina ou seus derivados, afirmou. "Submetemos a fórmula a exames bacteriológicos e com isso foi possível matar bactérias como a Escherichia coli, entre outras", disse o especialista. Um de seus colegas o desafiou a testar o composto em vacas, já que boa parte delas sofrem com mastite. O antibiótico aplicado em 280 vacas doentes conseguiu curá-las em cinco dias e evitou que elas fossem retiradas do processo de produção como ocorre quando recebem o tratamento convencional, pois o antibiótico natural não deixa nenhum resíduo no leite. Isto beneficiaria os produtores de leite, que veriam reduzir as perdas econômicas por retirar as vacas da produção e pela despesa nos antibióticos comerciais.

As patentes mexicanas e internacionais de Islas já permitem a comercialização do antibiótico, cuja dose tem um custo de 2,19 pesos (US$ 0,11). Além disso, uma pele de rã de 40 gramas pode render até 100 doses. O pesquisador já conversou com empresários do México e outros países interessados em adquirir os direitos para comercializar o antibiótico. Paralelamente, Islas realiza estudos para a aplicação do antibiótico em seres humanos. "Temos resultados na aplicação para a acne, fungos e na queratite oftálmica, que surge como complicação de alguma cirurgia", indicou. (As informações são da agência EFE, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 

Lactalis quer popularizar no Brasil marca famosa na França
Os queijos e manteigas da marca Président são muito populares na França. No Brasil, porém, são visto como produtos premium pela maioria dos shoppers. Para ganhar mais espaço para Président no mercado brasileiro, a Lactalis, dona da marca, decidiu fabricar parte do portfólio em seis das 14 fábricas da companhia no Brasil. Já são feitos por aqui queijo prato, muçarela, provolone, gruyere, gouda, manteiga e requeijão. Variedades como brie e camembert, que possuem denominação de origem controlada, continuam sendo trazidas da França. Ampliar as vendas de queijos especiais é uma das metas da Lactalis para o mercado nacional. André Salles, presidente da empresa no Brasil, informou que está replicando o modelo bem-sucedido de uma estratégia que ele implantou quando esteve a frente da Brasil Kirin. Na cervejaria, o executivo apostou em cervejas especiais, a exemplo de Eisenbahn,  por garantirem margens mais altas. No ano passado, a Lactalis faturou R$ 3,6 bilhões no Brasil. A empresa é vice-líder do mercado nacional de lácteos. (As informações são do portal Exame)
 
 

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