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11/07/2018

Porto Alegre, 11 de julho de 2018                                              Ano 12 - N° 2.775

Câmara aprova MP que estabelece preços mínimos de frete; texto concede anistia a multas de trânsito 

Medida atende a reivindicação dos caminhoneiros, que paralisaram todas as atividades por 11 dias em maio. Texto não define o valor do preço mínimo, que será estipulado por tabela da ANTT. A Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta-feira (11) a medida provisória que estabelece preços mínimos para o serviço de frete. O texto concede anistia às multas de trânsito e de decisões judiciais aplicadas entre os dias 21 de maio e 4 de junho em razão da greve de caminhoneiros.

Havia consenso entre os partidos e a votação ocorreu de maneira simbólica, sem a contagem de votos no painel eletrônico. O texto segue agora para o Senado A medida atende a uma das principais reivindicações dos caminhoneiros para encerrar a greve, que durou 11 dias e paralisou o abastecimento de bens e combustível no país. O texto não define o valor dos preços mínimos. Caberá à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) calcular os pisos mínimos, levando em consideração o tipo de carga, a distância, os custos de pedágio e preço do diesel.

Anistia
A emenda que concede anistia às multas aplicadas aos caminhoneiros foi apresentada pelo deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP). Havia um destaque do PSB para que a anistia fosse retirada do texto, mas o partido concordou com a rejeição do destaque. No entanto, o relator da proposta, deputado Osmar Terra (MDB-RS), costurou um acordo entre os partidos e anunciou em plenário, dizendo falar em nome do governo, que o presidente Michel Temer vai vetar a anistia. A proposta concede anistia às infrações ocorridas entre o dia 30 de maio e 19 de julho, período em que vigorou a medida provisória, antes de virar lei. (G1)

 

GlobalDairyTrade faz mudanças para atrair mais fornecedores

GDT -  O Conselho Supervisor do GDT (Global Dairy Trade) aprovou mudanças de duas regras para incentivar um maior número de vendedores a oferecerem ingredientes lácteos na plataforma de leilões para expandir a amplitude dos preços publicados regionalmente. As alterações permitirão que os vendedores participen da plataforma mantendo um nível de privacidade sobre seus dados comerciais mais sensíveis. O diretor do GDT, Eric Hansen, disse que as mudanças permitirão o aumento de ofertas de produtos no GDT, reduzindo ainda mais as barreiras para a entrada de novos fornecedores. "As mudanças contaram com o apoio unânime de todos os membros do Conselho Supervisor, que inclui representantes de compradores, vendedores e agentes do mercado financeiro", disse Hansen.

Publicação dos Preços
A primeira mudança permitirá que a média de preços seja publicada como um substituto dos preços individuais, ou seja uma informação complementar aos preços individuais de cada vendedor. Isso permitirá que os vendedores participem dos Eventos GDT e tenham seus preços vencedores publicados combinados com outros preços de venda dentro da média regional, em vez de, necessariamente, precisarem publicar o preço individual de cada vendedor. Os atuais vendedores Amul, Arla, Arla Foods Ingredients e Fonterra confirmaram que continuarão publicando seus preços vencedores de cada produto. A segunda alteração acaba com uma lacuna onde o licitante tinha acesso ao preço inicial e à quantidade de produto ofertado, através do log-in privado no website. Essa nova configuração evitará potenciais conflitos entre proponentes e reduz o risco anti-truste, pois evitará que vendedores de um mesmo produto que negocie fora do GDT, tenha acessoa a informações confidenciais. A alteração não terá impacto na transparência pública, pois os dados pré-evento não serão disponibilizados na seção pública do site.

Transparência dos preços
Hansen disse que as duas alterações irão tornar o GDT mais atraente para os vendedores, e irão tonar o GDT habilitado a oferecer benefícios como preços transparentes para uma gama maior de ingredientes lácteos básicos e demais regiões de fornecimento da Europa e Estados Unidos. As mudanças serão implantadas nos próximos meses à medida que as adaptações no sistema forem sendo concluídas. (DairyReporter - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Argentina - Produtores de leite estudam um protesto nacional

Produção/AR - A falta de reajuste do preço do leite, a impossibilidade de acesso ao crédito e a desvalorização cambial são os principais problemas enfrentados pelos produtores de leite. Todos os temas que não têm solução serão discutidos em uma assembleia a ser realizada em Rosario. 

Hoje no Ministério da Agroindústria haverá uma reunião entre o governo, produtores e a indústria. Estará ausente o presidente Mauricio Macri que decidiu não participar talvez sabendo da assembleia organizada pela Confederação Rural Argentina (CRA) para decidir sobre os passos a serem seguidos se não houver resposta de nenhum dos lados. "Acontece que hoje o valor recebido pelo produtor pelo litro de leite está em torno de 6,5 pesos, quando, para cobrir os custos o preço deveria ser 9 pesos por litro", reconheceu a coordenadora do setor Lácteo da Confederação das Associações Rurais de Buenos Aires e do Pampa (Carbap), Andrea Passerini.

Um trabalho do Conselho Regional de Pesquisa Agrícola (CREA), destacou que em maio o índice de custo da produção de leite sofreu aumento de 7,2%. Nesse mesmo mês, La Sereníssima concedeu aumento de 4%, o que significa pagamento entre 6,20 e 6,50 pesos por litro de leite, dependendo da zona. Tudo isto antes à desvalorização cambial. Para junho já informou que pagará 0,30 a mais, ou seja 6,8 pesos por litro. A Sancor ofereceu pagar 7 pesos pelo litro de leite entregue em junho, mas, pela desconfiança gerada pela situação na qual se encontra a empresa, muitos preferem buscar outros compradores.

Fica claro, no entanto, que as empresas estão longe de pagar o que os produtores precisam. As fábricas argumentam que não existe volume suficiente para exportar, motivo pelo qual não se pode pensar em melhorar o valor ao produtor. Com um dólar mais competitivo não se entende onde está o problema. O Centro da Indústria Leiteira (CIL) não respondeu ao pedido de informação feito por esse jornal. Fontes da Agroindústria disseram "estar conscientes da difícil situação dos produtores de leite causada pela desvalorização que gerou distorções dos preços relativos, mas, confiamos na recuperação dos mesmos o mais rápido possível". Definitivamente a crise se amplia de ambos os lados. Como tudo na Argentina, o problema passa pelo preço. Se está abaixo dos custos, não existe rentabilidade possível. (ON24 - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Oceania - Relatório 27 de 05/07/2018

Leite/Oceania - A Austrália se encaminha para o tempo frio. As geadas estão sendo registradas através do país. Isso limita o crescimento de plantios. A preocupação é sobre a alimentação futura, na próxima temporada. Isso acelerou a contratação de produtos de leite. A produção está em seu menor nível sazonal, mas, muitos produtores estão otimistas em relação à nova temporada de produção de leite. De julho de 2017 a maio de 2018, a produção de leite na Austrália aumentou 3,4% em relação ao ano anterior.

A grande cooperativa de laticínios da Nova Zelândia e maior exportadora mundial de lácteos anunciou esta semana que a produção de leite de maio de 2018 foi 6,6% maior em relação a maio de 2017. Um outono favorável foi responsável pela melhor produção. No acumulado, a temporada 2017/2018 ficou 1% menor em relação à temporada anterior. Alguns observadores temem que o interesse da China por compras possa ser atenuado pela possível desvalorização cambial como resultado da guerra comercial. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva) 

 

LEITE/CEPEA: Cotações se estabilizam em altos patamares
Leite UHT - Os preços do leite UHT e do queijo muçarela se estabilizaram em patamares elevados, conforme apontam dados do Cepea. Entre 1º e 7 de julho, a média do UHT foi de R$ 3,34/litro e a do queijo muçarela, R$ 20,26/kg, ligeiros aumentos de 0,53% e 0,11%, respectivamente, frente ao período anterior. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa leve alta está atrelada ao elevado preço da matéria-prima no campo e também à baixa oferta. Segundo colaboradores, nas próximas semanas, os preços devem se manter ou recuar levemente, devido ao baixo consumo. (Cepea)
 
 

 

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