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A adoção de medidas simples de manejo dos rebanhos em propriedades leiteiras pode reduzir de 15% a 20% as emissões de gases do efeito estufa. A constatação faz parte de estudo realizado pela Embrapa, que considerou dados de 500 propriedades nos estados de Goiás, Minas Gerais e Paraná. Os resultados foram divulgados durante o 1º Seminário RS Carbon Free, realizado na manhã desta terça-feira (29/08), na Casa do Sindicato das Indústrias de Laticínio do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) durante a Expointer, em Esteio (RS). Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Luiz Gustavo Pereira, a análise dos dados indica que ações básicas como nutrição adequada, tratamento de dejetos e controle sanitário têm impacto muito positivo, podendo reduzir consideravelmente as emissões, chegando, inclusive, a taxas de 60% em algumas localidades. “Se o produtor fizer a coisa certa, a tendência é ir baixando a pegada de carbono”, aponta. De acordo com Pereira, a chave da questão das emissões está em quantificá-las. “Precisamos mensurar a pegada de carbono ao longo do tempo. Temos identificado que, com práticas básicas, se consegue reduções de 15% a 20% ao ano em propriedades leiteiras comerciais”, reafirma.

Ao abrir o evento, Caio Vianna, presidente da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) e diretor secretário do Sindilat/RS, defendeu que a palavra para a virada ambiental é união, numa agenda que coloque os sistemas produtivos no mesmo compasso a fim de alcançarem as melhores práticas de proteção ao meio-ambiente, assumindo sistemas mais eficientes em resultados produtivos e ambientais. “Isso vai fazer a diferença, pois precisamos fazer esta transição para um modelo de futuro, para produzirmos alimentos de qualidade valorizando tudo o que a natureza nos fornece e ensina”, assinala.

Ao longo da manhã, foram realizadas seis palestras e uma mesa redonda. “Neste primeiro dia do seminário tivemos a participação de um público muito interessado em compreender qual o processo para esta virada de chave para a produção verde que, sem dúvida, está logo aí no horizonte e, não apenas dos tambos, mas para todos os sistemas da produção primária”, avalia Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.

Nesta tarefa, Fernando Cardoso, destacou que a Embrapa tem diversificado suas pesquisas nas seis unidades da empresa de pesquisa, Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, focado em tecnologia. “Confirmamos que teremos a oportunidade de aliar o desenvolvimento econômico à melhoria da eficiência do sistema de produção com sustentabilidade. Estamos demonstrando isso aos produtores, para que tenham melhores resultados aliados à preservação, este é o grande propósito”, afirma Cardoso.

Para Ayrton Pinto Ramos, diretor técnico do Sebrae/RS, outra faceta para o progresso dos sistemas de baixo carbono é a implementação dos avanços da tecnologia integrada aos sistemas de melhoria e produção, com incentivo para que se efetivem no campo. “Também não existe se trabalhar a sustentabilidade sem estar próximo ao desenvolvimento econômico. Esta sinergia é vital, também para outros avanços”, acrescentou. Na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS na 46ª Expointer, também participaram da abertura dos trabalhos nesta terça-feira Mariana Tellechea, presidente da Associação Brasileira de Angus, e Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag-RS.

A programação (veja abaixo) seguirá na quarta-feira (30/8), quando, ao final, está prevista a apresentação e a assinatura de protocolo sobre a cultura de carbono para o Rio Grande do Sul.

Programação 1º Seminário RS Carbon Free - 2º Dia - quarta-feira (30/08)

9h: Abertura
9h05min: Marjorie Kauffmann (SEMA): Estratégia Governamental para a Agenda do Clima do RS
9h20min: Alexandre Berndt (Embrapa Pecuária Sudeste): Estratégias para uma pecuária de baixo carbono.
9h35min: Jackson Freitas Brilhante de São José (Seapi): Plano de Agricultura de Baixa de Carbono do Rio Grande do Sul - Plano ABC+RS
9h50min: Domingos Velho Lopes (Farsul): Os desafios do setor produtivo frente à economia verde e aos compromissos internacionais
10h05min: Cimélio Bayer (UFRGS): Caminhos para uma agricultura de baixa emissão de carbono no RS
10h20min: Walkyria Bueno Scivittaro (Embrapa Clima Temperado): Estratégias para a mitigação de emissões da lavoura de arroz
10h35min: Mesa redonda, mediador Caio Vianna (diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS)
10h50min: Assinatura do protocolo estadual e encerramento

Crédito da foto: Dudu Leal
 
Acesse as apresentações das palestras aqui.

Serão revelados, na quinta-feira (31/8), os 12 vencedores da 2ª edição do Prêmio Referência Leiteira. Ao todo, a premiação, promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) contou com a participação de 150 iniciativas. Ao título de Propriedade Referência em Produção de Leite, concorrem 116 tambos divididos entre os que adotam sistemas à base de pasto e os de semiconfinamento ou confinamento. Já na categoria de cases, há 34 projetos na disputa entre os grupos Protagonismo Feminino, Inovação, Gestão da Atividade Leiteira, Sucessão Familiar, Sustentabilidade Ambiental e Bem-estar Animal.

A premiação é um reconhecimento aos produtores e propriedades que têm se destacado no setor lácteo do Rio Grande do Sul, premiando aqueles que têm desenvolvido um excelente trabalho e também incentivado a implementação de avanços e as inovações para impulsionar o setor rumo a uma produção cada vez mais sustentável e eficiente.

A definição dos vencedores dos cases se deu através da avaliação da comissão julgadora composta por nomes relevantes do setor: Gisele Loeblein e Andreia Meira, na categoria Protagonismo Feminino; Rogério Dereti e Aline Balbinotto, na de Gestão da Atividade Leiteira; Saionara Araújo Wagner e Nereida Vergara, na de Sucessão Familiar; Jonas Wesz e Sérgio Elmar Bender, na de Inovação; Carlos Magno e Letícia Vieira, na de Sustentabilidade Ambiental.

Já as propriedades que concorrem nas categorias Propriedade Referência em Produção de Leite: sistemas à base de pasto e Propriedade Referência em Produção de Leite: sistemas de semiconfinamento ou confinamento são avaliadas com base em critérios que levam em consideração a soma da pontuação das propriedades inscritas, com foco nos seguintes fatores: produtividade por hectare de terra (litros de leite/hectare/ano); produtividade por pessoa envolvida na mão de obra (litros de leite/pessoa/ano); qualidade do leite, avaliada através dos resultados de análises mensais em laboratórios oficiais da RBQL, acrescido de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose. Estes critérios são tabulados pela Emater/RS e levam em conta os dados obtidos de 01 de julho de 2022 a 31 de junho de 2023.

A cerimônia, que acontecerá das 9h20min às 12h, contará ainda com a apresentação de iniciativas e tecnologias inovadoras para a cadeia leiteira, conforme a programação abaixo. Ao serem premiados, os destaques receberão troféu e certificado, bem como um notebook como prêmio. Durante o evento, também será lançada a 1ª Edição da Revista Referência Leiteira e o 3º Prêmio Referência Leiteira.

PROGRAMAÇÃO OFICIAL

9h20min - Abertura com degustação de produtos lácteos
9h30min - Alexandre Berndt, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste
Tema: Plataforma Embrapa de Leite Baixo Carbono
9h50min - Premiação "Propriedades Referência em Produção de Leite nos Sistemas à base de pasto"
10h - Vinícius do Nascimento Lampert, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul
Tema: PSP Leite - Ferramenta de gestão da produção de leite
10h20min - Premiação "Propriedades Referência em Produção de Leite nos Sistemas de semiconfinamento ou confinamento"
10h30min - José Reck, pesquisador do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (DDPA/Seapi)
Tema: O carrapato bovino na propriedade leiteira
10h50min - Premiação “Cases de sucesso”: Sucessão Familiar e Bem-estar Animal
11h - Apresentação da 1ª Escola Técnica de Laticínios do RS e Vitrine Tecnológica do Leite
- Elmar André Schneider - Prefeito de Estrela
- Carine Schwingel - Secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade de Estrela
- Alceu Moreira - Deputado Federal
- Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS
- Guilherme Portella - presidente do Sindilat/RS
Apresentação do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas (Parceria Univates e Sindilat/RS)
- Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS
- Letícia Vieira, assessora de Qualidade do Sindilat/RS
- Carlos Candido da Silva Cyrne, pró-reitor de Pesquisa e Extensão da Univates
- Cíntia Agostini, gerente comercial da Univates
- Cristiani Reimers, coordenadora do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari
- Daniel Lehn, Coordenador do curso
11h20min - Premiação “Cases de sucesso”: Protagonismo Feminino e Inovação
11h30min - Maria de Lourdes Magalhães, diretora técnica da Scienco Biotech
Tema: Testes Rápidos como inovação tecnológica para seleção de Rebanho A2
11h40min - Denize da Rosa Fraga, docente Unijuí e coordenadora Suport D Leite Empresa Suport D Leite
Tema: Mastite x Tratamento SuporTest Antibiograma
11h50min - Premiação “Cases de sucesso”: Gestão da Atividade Leiteira e Sustentabilidade Ambiental
12h - Lançamento do 3º Prêmio Referência Leiteira e encerramento

 

No dia 29 de agosto de 2023, terça-feira, a casa do Sindicato das Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), receberá o painel Os Desafios da Indústria de Laticínios no Brasil, realizado pela KPMG Deal Advisory & Strategy, empresa Big Four e consultoria focada em otimização financeira de negócios e com expertise no Middle Market da região sul, para discutir desafios e oportunidades.

“Será uma oportunidade para que o setor leiteiro tenha acesso a uma análise aprofundada sobre a dinâmica da indústria de laticínios, assim como seus desafios tanto em escala global quanto local”, aponta Darlan Palharini, secretário-executivo Sindilat/RS.

A programação terá início às 11h30min, com a abertura do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Em seguida, as painelistas Thais Balbi e Giovana Araujo, sócias da KPMG Deal Advisory compartilharão suas perspectivas. O evento será encerrado às 12h30min, após um período dedicado para as perguntas e respostas, conduzido por Daniel Cifu, sócio da KPMG Corporate Finance, especialista em avaliação de ativos e negócios e líder da Regional Sul.

A 46ª edição da Expointer dará o pontapé inicial na discussão sobre balanço de carbono na evolução da pecuária de leite, corte e grãos. O Seminário RS Carbon Free vai reunir, pela primeira vez, produtores, pesquisadores, professores, estudantes e representantes de entidades públicas e privadas para trocar informações, estudos e experiências relacionados ao tema que tem ganho cada vez mais espaço no processo de tecnificação da produção.

A programação (veja abaixo) se estenderá ao longo de dois dias: terça e quarta-feira (29 e 30/8) na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A abertura será terça-feira, às 9h. Os temas relacionados à mitigação e ao balanço do carbono serão discutidos em 12 palestras e duas mesas-redondas que contemplarão desde as estratégias para uma agricultura de baixa emissão de carbono, chegando aos desafios para o setor produtivo frente à economia verde. Ao final, será apresentado e assinado um protocolo sobre a cultura de carbono para o Rio Grande do Sul.

O evento é uma promoção do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e do Sebrae/RS, com o apoio das Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, além da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi) e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA).

A articulação está a cargo do Sindilat/RS. “É uma ação planejada há muitas mãos e que vai garantir pioneirismo para o Rio Grande do Sul, tanto por iniciar a discussão sobre um tema tão latente para qualificar a produção, quanto pelo fato de que o resultado desta ação poderá ser balizador de uma política de Estado”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato.

Programação:
1º dia - 29/08 - terça-feira
9h: Abertura
9h20min: Luiz Gustavo Ribeiro Pereira (Embrapa Gado de Leite): Como estamos quantificando a sustentabilidade: resgatando conexões regenerativas na fazenda leiteira
9h35min: Paulo César de Faccio Carvalho (UFRGS e Aliança SIPA): Pecuária Carbon Free
9h50min: Vanessa Romário de Paula (Embrapa Gado de Leite): Pegada de carbono do leite: direcionamento para a produção sustentável
10h20min: Patrícia Perondi Anchão Oliveira (Embrapa Pecuária Sudeste): Sistemas de produção e balanço de gases
10h35min: Cristina Genro (Embrapa Pecuária Sul): Descarbonização da pecuária bovina: que caminhos podemos seguir?
10h50min: Giovani Stefani Faé (Embrapa Trigo) e Pedro Albuquerque (CCGL): Arquitetando Modelos de Produção Rentáveis e Sequestradores de Carbono: A Lógica da Operação 365
11h10min: Mesa redonda, mediador André Bordignon (Sebrae/RS)
11h20min: Encerramento

2º Dia - 30/08 - quarta-feira
9h: Abertura
9h05min: Marjorie Kauffmann (SEMA): Estratégia Governamental para a Agenda do Clima do RS
9h20min: Alexandre Berndt (Embrapa Pecuária Sudeste): Estratégias para uma pecuária de baixo carbono.
9h35min: Jackson Freitas Brilhante de São José (Seapi): Plano de Agricultura de Baixa de Carbono do Rio Grande do Sul - Plano ABC+RS
9h50min: Domingos Velho Lopes (Farsul): Os desafios do setor produtivo frente à economia verde e aos compromissos internacionais
10h05min: Cimélio Bayer (UFRGS): Caminhos para uma agricultura de baixa emissão de carbono no RS
10h20min: Walkyria Bueno Scivittaro (Embrapa Clima Temperado): Estratégias para a mitigação de emissões da lavoura de arroz
10h35min: Mesa redonda, mediador Caio Vianna (diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS)
10h50min: Assinatura do protocolo estadual e encerramento

 

Atravessando uma de suas maiores crises de rentabilidade, o setor lácteo brasileiro carece mais do que nunca de políticas de crédito específicas. Apesar de ser uma atividade pulverizada, lastreada na agricultura familiar e de lidar com um item básico para a alimentação da população, o leite ainda não dispõe de linhas próprias dentro do Plano Safra nem verbas de investimento que estimulem a modernização no campo e na indústria. A posição vem sendo trabalhada por lideranças no Rio Grande do Sul a fim de sensibilizar os poderes Executivos e Legislativos para que costurem uma solução para a falta de crédito oficial com juros subsidiados. Segundo o diretor tesoureiro do Sindilat, Angelo Sartor, é urgente uma política clara de estímulo ao leite, uma ação que simbolize o interesse do governo em fomentar a atividade e fazer frente às importações crescentes. “Estamos carentes de ações específicas que busquem a retenção do produtor no campo e a operação de tradicionais indústrias de lácteos. Já tivemos ações concretas como o Mais Leite Saudável, mas hoje não dispomos de nada focado nesse segmento”, pontuou.

O pedido ganha eco em outros setores da cadeia da proteína animal. Reunido com integrantes da Casa Civil e secretarias de Desenvolvimento Econômico, Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação e Desenvolvimento Rural, Sartor participou de audiência pública coordenada pela Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, com o diretor de operações financeiras do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Alexandre Abreu, no dia 5 de julho no Rio de Janeiro (RJ). O Sindilat e demais entidades presentes querem a liberação de R$ 2 bilhões em crédito específico ao segmento da proteína. Para isso, no entanto, é preciso a aprovação no Congresso Nacional de legislação que dê ao BNDES autonomia para alocar verbas para socorro aos produtores atingidos pelas estiagens consecutivas e perdas. Só com a aprovação da matéria, BRDE e Badesul poderiam operar como agentes de apoio local.

A principal preocupação, alerta Sartor, é que o aporte via BNDES demoraria um tempo que o setor lácteo não dispõe, uma vez que, além do êxodo de muitos produtores da atividade, algumas indústrias já vêm apresentando alto endividamento. “Algumas operações não estão rentáveis em função de um cenário difícil e do custo da matéria prima e dos insumos que subiram muito acima do viável”. O setor clama por linhas de crédito mais baratas e que o governo, através de instituições como Banrisul, Bandesul e BRDE, refinancie as dívidas dos produtores, das indústrias de laticínios pelo prazo de 13 anos como o Uruguai fez para amenizar a crise do setor. A consequência veio tornando os produtos lácteos daquele país mais competitivos do que os produzidos  no Rio Grande do Sul, principalmente itens como leite em pó, queijo parmesão e soro de leite.

O assunto está no radar da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pasta comandada pelo titular Ernani Polo. “Nós vamos seguir o nosso trabalho, nesse caminho que fizemos junto ao BNDES, com o Congresso Nacional e com os Ministérios da Agricultura e da Fazenda, ficando à disposição para articular junto à bancada federal do Rio Grande do Sul e à Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha para avançar no fortalecimento de uma via sustentável para esses setores”, salientou Polo.

Crédito da imagem: Tais Teixeira

 

Com o objetivo de fortalecer as iniciativas que buscam ampliar a presença da tecnologia no campo, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) passará a integrar o grupo que está participando das discussões e cocriação do Centro de Inteligência do Agro. O projeto é liderado pela Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) em parceria com a Secretaria da Agricultura do Governo gaúcho e conta, ainda, com a colaboração da iniciativa privada, academia, atores ligados à cadeia do agro e sociedade civil.

A intenção é que o centro seja sediado no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e lançado oficialmente durante a Expointer, no RS Innovation Agro, espaço da Febrac com apoio estratégico da Sict. “É muito importante que o sindicato que representa as indústrias de lácteos no Rio Grande do Sul esteja conosco nestas iniciativas, inclusive como painelista tratando as inovações no setor”, destacou a titular da pasta de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp

A articulação aconteceu nesta segunda-feira (24/07), durante encontro no Centro Administrativo do Estado em Porto Alegre (RS). Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, lembra que a assimilação de tecnologias nos tambos é fundamental para o desenvolvimento do setor, principalmente quanto à garantia de produtividade e competitividade do leite gaúcho. “Para o Sindilat, a tecnologia é essencial no impulsionamento de toda a cadeia leiteira. Isso passa pela facilitação para aquisição de robôs de ordenha, de sistemas de monitoramento e automação nas propriedades rurais, de seleção de genética A2A2 e até pela produção de baixo carbono. Com o suporte da tecnologia, os produtores podem otimizar os processos, identificar desafios, tomar decisões embasadas e elevar a competitividade”, assinala.

No encontro, que contou com a participação de Everaldo Daronco, diretor de Ambientes de Inovação da Sict, Palharini reforçou que as pautas já estão inseridas no cotidiano do Sindilat/RS que irá premiar, também durante a Expointer, as iniciativas que se destacam durante a segunda edição do Prêmio Referência Leiteira. A premiação irá reconhecer os melhores cases nas categorias de Protagonismo Feminino, Inovação, Gestão da Atividade Leiteira, Sucessão Familiar, Sustentabilidade Ambiental e Bem-estar Animal, além da Propriedade Referência em Produção de Leite.

Foto: Gisele Ortolan

 

Para auxiliar as empresas do setor lácteo gaúcho na correta adequação às novas exigências das regras para a rotulagem de alimentos, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) iniciou uma série de três encontros voltados a sanar dúvidas com relação às exigências contidas na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) número 429/2020 e na Instrução Normativa número 75/2020, da Anvisa.

Realizado em formato híbrido, o primeiro encontro aconteceu nesta segunda-feira, dia 24/07, e contou com a palestra de Giuliana de Moura Pereira, Engenheira de Alimentos, Engenheira de Segurança do Trabalho e Mestre em Engenharia de Produção. “As medidas implicam na padronização da tabela de informações nutricionais e na inclusão da rotulagem frontal de alto teor, apresentada em forma de lupa”, explica.

Na prática, as embalagens precisarão trazer o indicativo de altas concentrações em relação ao açúcar adicionado, a gordura saturada e ao sódio. Na tabela de informação nutricional, além da inclusão de novos elementos, agora é necessário informar os valores para a porção de 100 gramas. “A intenção dessas atualizações é auxiliar o consumidor a comparar e escolher os alimentos de acordo com as suas necessidades", destaca Giuliana. Ela salienta ainda que, para a tabela nutricional, serão permitidas apenas letras na cor preta e fundo branco, de forma a evitar contrastes que possam atrapalhar a legibilidade das informações, garantindo assim a padronização das informações.

As próximas etapas do seminário acontecem nas cidades de Frederico Westphalen e Passo Fundo. Nestes encontros as inscrições estarão abertas para todos os interessados e o formato será apenas presencial. “A intenção do Sindilat é promover a disseminação de informações sobre as regulamentações a fim de garantir que as empresas estejam adequadamente preparadas para atender às exigências legais, oferecendo aos consumidores as informações precisas sobre os alimentos comercializados”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.

(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, confirmou que o governo federal irá propor medidas de apoio à cadeia leiteira a fim de fazer frente à elevação da entrada de derivados lácteos no Brasil através da importação do alimento, ameaçando a produção nacional. Segundo ele, a iniciativa, que inclui ações de curto, médio e longo prazo, já foi apresentada em carta enviada à Câmara de Comércio Exterior (Camex) e será debatida em encontro do órgão na terça-feira (18/07).

“O MDA está muito preocupado com o aumento elevado da importação de leite no Brasil, porque com essa importação exagerada, o preço do leite está alto, mas comprime o preço do leite do nosso produtor. Uma parte desse leite vem do Mercosul, por isso nós achamos que tem que fazer um processo de diminuição da importação para não prejudicar o produtor de lácteo nacional”, disse Teixeira em entrevista veiculada no programa Agro Manhã do Canal Terraviva desta sexta-feira (14/07).

Segundo o ministro, outra ação é a instauração pela União de um processo antidumping, a fim de averiguar a possibilidade de concorrência desleal ou triangulação no comércio de leite. Outra medida do MDA é fomentar o processo de contratação de compras públicas de lácteos e derivados, o que se complementaria com uma quarta providência, com resultado a longo prazo, que é o estabelecimento de um programa federal, em convênio com instituições como a Embrapa, para o aumento da produtividade no setor lácteo brasileiro. “Já determinei, dentro do Ministério, a criação de um grupo de trabalho para atuar na melhoria da produtividade da cadeia do leite, trazendo a Embrapa, trazendo as universidades, as associações, sindicatos e especialistas nessa área para adotarmos as políticas para aumentar a produção de leite no Brasil”, afirmou Teixeira na entrevista.

Desde o início deste ano, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) tem defendido a necessidade de implementação de políticas públicas que protejam a indústria leiteira frente aos incentivos que vêm sendo concedidos ao setor, principalmente no Mercosul por países como Uruguai e Argentina. “Esta sinalização do ministro Teixeira vem num momento importante para frear a escalada da entrada estrangeira e para promover a preservação da produção interna da cadeia produtiva do leite”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato.

Confira a entrevista completa do ministro no link

Por conta do papel fundamental dos produtores de leite, a 5ª Jornada Técnica do Setor Alimentício abrigará o Seminário de Lácteos, que acontecerá no dia 19 de outubro e irá oferecer oportunidades de qualificação e capacitação para quem atua na cadeia láctea. “A programação engloba oportunidades para a inovação na indústria, desenvolvimento de novos produtos, práticas de manejo sustentáveis e a implementação de tecnologias mais eficientes”, detalha Adriana Nunes Machado, diretora de eventos da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (ACIL), responsável pela organização do evento.

"O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) acredita que estas parcerias beneficiam todos os elos da cadeia, por isso é uma apoiadora do evento e está imbuída em incentivar a participação de seus associados", afirma o secretário-executivo da do sindicato, Darlan Palharini.

Prevista para acontecer de 16 a 19 de outubro, no Clube Tiro e Caça, em Lajeado (RS), a Jornada Técnica do Setor Alimentício tem como objetivo qualificar a troca de informações e promover o networking entre técnicos, compradores, gestores e acadêmicos da indústria alimentícia. Na edição deste ano, palestras, exposições, workshops, seminários e meetings empresariais vão abordar inovações em pesquisas, qualidade, desenvolvimento e legislação. “Teremos uma ampliação das atividades ofertadas e o aumento da abrangência dos temas que serão discutidos. A Jornada deve atrair profissionais de indústrias de pequeno, médio e grande porte de todas as regiões do Brasil. Já a exposição terá fornecedores de todos os setores que envolvem a alimentação”, aponta.

A expectativa é de que o evento repita o sucesso atingido nas edições anteriores. No ano passado, foram mais de 900 participantes. As inscrições devem ser abertas nas próximas semanas por meio do site www.jornadaalimentaacao.com.br/. O Salão do Expositor ainda tem espaços disponíveis. Os interessados podem entrar em contato através do telefone (51) 3011-6900 ou pelo e-mail: eventos@acilajeado.org.br.

Foto: Frederico Sehn

A importância de políticas públicas do setor leiteiro voltadas para o desenvolvimento da atividade nos municípios do interior gaúcho e para assegurar a sucessão nas propriedades rurais estiveram no centro da agenda realizada entre o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, e o prefeito de Quinze de Novembro (RS), Gustavo Peukert Stolte.

O município, localizado na região do Noroeste gaúcho, tem na atividade leiteira uma das suas principais fontes de renda, registrando uma média de 39,7 milhões de litros por ano, de acordo com dados do IBGE de 2019. "A bacia leiteira é uma locomotiva importante no desenvolvimento do nosso interior e, por isso, o apoio do Sindilat é fundamental a fim de alcançarmos projetos que incentivem as boas práticas de gestão e sanitárias, visando melhorar cada vez mais a qualidade da produção", afirmou Stolte.

Durante a reunião, ainda foi ressaltada a necessidade de os municípios estarem próximos dos produtores, desenvolvendo estratégias para assegurar a competitividade dos tambos e, com isso, possibilitar que as famílias se sucedam na produção, permanecendo no campo e produzindo na região. “Quando o trabalho está articulado neste sentido, vemos os municípios crescendo economicamente, mantendo as propriedades produzindo com qualidade e com as tecnologias necessárias para se manterem ativas", ressalta Palharini.

Também participaram da reunião o vice-prefeito, Marcos Petri, o vereador Tiago Spielmann e o coordenador de Agricultura da prefeitura, Laudeno Eickstaedt.

Foto: Lucas Lorenzoni