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Gestão, tecnologia e inovação irão conduzir a 20ª edição da Expodireto Cotrijal. O evento de lançamento da feira reuniu, na manhã dessa segunda-feira (11/02), autoridades, representantes do setor e imprensa no Centro de Convenções do Hotel Deville Prime, em Porto Alegre (RS). A feira ocorre de 11 a 15 de março de 2019, no Parque da Expodireto Cotrijal, Não-Me-Toque (RS).

De acordo com o presidente da Cotrijal, cooperativa organizadora do evento, Nei César Mânica, um dos principais desafios da feira é acompanhar todos os avanços tecnológicos trazidos pelo agro 4.0. Outra ação é a de filtrar aquelas que se adéquam melhor a cada cadeia produtiva.

Mânica destacou a importância do evento para o agronegócio do Estado, tendo em vista que reúne diversos elos do setor, promovendo debates e bons negócios. Estima-se que a feira movimente cerca de R$ 2 bilhões e reúna um público de 200 mil pessoas.

Durante o lançamento, o governador do Estado, Eduardo leite, reforçou a importância da Expodireto para o agronegócio gaúcho. De acordo com Leite, a feira é uma ótima oportunidade para prospecção de negócios no cenário nacional e internacional. Além disso, Leite reiterou o compromisso do governo estadual com o setor. "Existe a capacidade de ganhar mercado, nós precisamos reduzir os custos da produção e isso está ligado à diminuição dos gastos logísticos e a redução dos custos burocráticos", afirmou.

Sobre o setor lácteo, Mânica afirmou que a cadeia produtiva do leite está enfrentando grandes dificuldades, por isso, é indispensável pensar soluções para que o setor possa voltar a crescer. "É necessário que os governos estadual e federal revejam algumas posições, como a medida adotada pela União em retirar a tarifa sobre a importação de leite europeu e da Nova Zelândia", avaliou.

A feira contará com um evento específico para discutir o futuro da cadeia produtiva do leite, a 15° edição do Fórum Estadual do Leite, acontecerá no dia 13 de março. O evento conta com apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). Estima-se que durante o encontro, 280 pessoas entre os participantes, entre pesquisadores, técnicos e produtores passem pelo Auditório Central da Expodireto Cotrijal.

Foto: Camila Silva

Ao completar 15 edições, o Fórum Estadual do Leite, tradicional evento realizado na Expodireto Cotrijal, destacará o uso de soluções tecnológicas na produção de leite, a ampliação do consumo de produtos lácteos no Brasil e lições para que torná-lo mais competitivo. O ciclo de palestras será realizado no dia 13 de março, no turno da manhã, no Auditório Central da Feira, localizado em Não Me Toque (RS).

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, os temas escolhidos para a composição das palestras são excelentes. “Por serem tão distintos, permitem o engajamento de diversos elos da cadeia produtiva”, avaliou. Palharini destacou também a importância de discutir os mecanismos para tornar o leite brasileiro competitivo, tendo em vista que, estarão presentes produtores de leite que enfrentam dificuldade por conta da crise no setor.

Além disso, considera fundamental o espaço para pensar ações que ampliem o consumo de lácteos no mercado interno. Segundo ele, é indispensável engajar os consumidores por meio de campanhas e, para isso, é indispensável a participação do setor público.

O Fórum contará com a palestra da médica veterinária Flávia Fontes, coordenadora do programa “Beba mais Leite”; do chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG), Paulo do Carmo Martins, e do economista da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho.

A expectativa é que cerca de 280 pessoas, entre pesquisadores, técnicos e produtores, participem do evento. O Fórum Estadual do Leite é uma promoção da Cotrijal e da CCGL, com apoio do Sindilat, da Sementes Adriana e do Senar/RS.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

8h30: Abertura

9h: Palestra - Consumo de Lácteos no Brasil: como avançar, com a médica veterinária Flávia Fontes – coordenadora do Programa Bebamaisleite

10h: Palestra - Agro 4.0 e sua contribuição para o futuro do leite, com o doutor Paulo do Carmo Martins – chefe-geral da Embrapa Gado, de Leite de Juiz de Fora (MG)

11h20: Palestra - Quais lições deveremos aplicar para obter competitividade no leite brasileiro?, com o doutor Glauco Carvalho – economista da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG)

12h10: Debate

12h30: Encerramento

Foto: RusN/Istock

Dirigentes das principais indústrias laticinistas gaúchas avaliaram, na tarde desta terça-feira (22/01), os resultados da reunião realizada com a ministra da Agricultura Tereza Cristina Corrêa na última semana, em Brasília (DF). Representado o Sindilat, o presidente Alexandre Guerra relatou aos colegas as decisões tomadas durante o encontro. “O Sindilat é uma entidade regional e foi convocado para esse encontro porque somos o primeiro estado a sentir o impacto do livre comércio do Mercosul e temos representatividade em âmbito nacional por defender as bandeiras da produção laticinista”, pontuou.

Segundo Guerra, na oportunidade, foi criado um grupo de trabalho nacional via Câmara Setorial do Leite, que contará com participação do Sindilat, para alinhar ações em cinco grandes frentes: Medidas de defesa comercial contra as importações, Competitividade, Inovação e tecnologia, Promoção do consumo e Estímulo às exportações. “O setor irá trabalhar unido pelas mesmas demandas. É assim que a ministra pretende atuar”, indicou. Os trabalhos para elaboração de ações de curto, médio e longo prazos devem ter início já nas próximas semanas.

Durante a reunião de hoje, os executivos ainda avaliaram os impactos das novas instruções normativas (INs 76 e 77) que regem a qualidade do leite, um dos pontos essenciais a ser trabalhado com o governo federal, garante Guerra. O tema, informa ele, ainda não foi tratado com a ministra, mas deverá estar na lista de assuntos a ser alinhada com o grupo de trabalho. “Precisamos achar formas que viabilizem ao setor cumprir esse novo regramento e, para isso, precisaremos de tempo”, informou.

Reunidos na sede do Sindilat, os representantes das indústrias ainda avaliaram os dados divulgados pelo Conseleite e o cenário do mercado gaúcho, que sinaliza com estabilidade de preços no campo.

Fotos: Carolina Jardine 

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) anunciou nesta terça-feira (15/1) durante Assembleia Geral Extraordinária o aumento de recursos destinados a indenização de produtores de leite em 2018 com relação a 2017. O ano fechou com R$ 4,2 milhões designados a erradicação de animais positivos para tuberculose ou brucelose - 9,64% a mais do que no ano anterior. Esses números, de acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, sinalizam que os criadores estão cada vez mais conscientes sobre a importância da eliminação dessas zoonoses no Estado. 
 
O valor que coube ás indenizações no setor leiteiro correspondem a mais de 60% do valor utilizado nas quatro cadeias que compõem o Fundo (aves, suínos, pecuária de corte e pecuária de leite) - R$ 6,5 milhões. Para o presidente do Fundo, Rogério Kerber, os números demonstram que o Rio Grande do Sul está trabalhando com muita competência para redução na incidência da tuberculose e da brucelose nos rebanhos. Além disso, para Kerber os dados também enfatizam que os criadores vêm trabalhando o saneamento em suas propriedades. 
 
Na ocasião, o Fundesa divulgou o saldo do fundo que fechou o ano em R$ 84,84 milhões, com o ingresso de R$ 10,5 milhões em contribuições de produtores e indústrias. 
 
Foto: torwai/Istock

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participou, na manhã desta sexta-feira (14/12), de reunião do Conselho Estadual do Leite, realizada na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) em Porto Alegre. O grupo foi criado pela entidade e reúne produtores, indústria e setor público para discutir medidas e alternativas para sanar as dificuldades dos produtores de leite no Rio Grande Sul.
 
Em documento a ser enviado ao Ministério da Agricultura, as entidades pontuaram medidas consideradas emergenciais para atender à principal demanda dos produtores gaúchos: o preço do leite. "O sofrimento é de todos, não existe produtor forte se a indústria não estiver forte", salientou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Ele reiterou o compromisso da indústria com os produtores e defendeu a necessidade de manter a mobilização em prol de preços melhores durante o ano todo. Também apontou a necessidade de criar uma agenda que discuta amplamente o assunto e busque alternativas para os momentos de excesso de oferta, como a inclusão do leite em pó, queijos e leite UHT nos leilões de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP).
 
A primeira demanda pontuada no documento pede que o Governo Federal efetue a compra pública de 30 mil toneladas de leite em pó do Rio Grande do Sul. A segunda solicita imediata suspensão da importação de produtos lácteos de outros países para a discussão das políticas de cotas. E a terceira requer um rebate de 30% nas parcelas dos custeios e investimentos da atividade leiteira. O secretário de Agricultura do Estado, Odacir Klein comprometeu-se, diante dos mais de cem produtores presentes no evento, em auxiliar nas negociações junto com Governo Federal para viabilizar a compra dos produtos. 
 
Fotos: Camila Silva

O Sindicato da Indústria de Laticínios no Rio Grande do Sul (Sindilat) promoveu, quarta-feira (07/12), a reunião anual de análises e projeções para o mercado de lácteos. O ciclo de palestras, realizado da Sala Juá, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, contou com a presença de representantes de entidades ligadas ao setor.

As mudanças no perfil do consumidor e as tendências mercadológicas para 2019 foram os assuntos centrais da palestra de Luís Eduardo Ramirez, representante da empresa Tetra Pak. Responsável pela abertura do evento, Ramirez destacou que a ampliação do acesso à internet no Brasil aproximou os consumidores das marcas, instigando as empresas a transformar a sua forma de se comunicar com o cliente.  "Mais do que um produto com bom sabor, os consumidores desejam uma experiência. É preciso desenvolver um vínculo emocional” afirmou.

De acordo com os dados apresentados por ele, para 2019, a expectativa no mercado brasileiro é positiva. Estima-se que 97% das indústrias brasileiras devam investir no próximo ano, 60% lançarão novos produtos e 69% irão ampliar suas vendas. Entretanto, essas empresas só chegarão próximo ao consumidor se houver o entendimento de que a sociedade está cada vez mais multicanal. Outra novidade é que os atacarejos – estabelecimentos que mesclam suas vendas em atacado e varejo – tendem a crescer cada vez no gosto dos consumidores, já que os clientes estão prezando pelo preço mais barato.

Quanto às novidades específicas para o setor lácteo, Ramirez destacou o interesse global pelos iogurtes ambientes – que ainda não estão inseridos no mercado brasileiro – estima-se que, puxado pelo mercado chinês, o consumo desses produtos (que não precisam ser refrigerados) cresça 5% até 2020.

O Chefe Geral da Embrapa Gado do Leite, Paulo Martins, apresentou os trabalhos desenvolvido pelo centro de pesquisa. Com sede em Juiz de Fora (MG), a Embrapa Gado do Leite possui um corpo técnico formado por 597 pessoas, sendo 78 pesquisadores e 76 analistas, onde são desenvolvidos projetos, artigos e soluções tecnológicas relacionadas ao setor, entre eles, o aplicativo GisleiteApp, pensado para auxiliar os produtores na gestão zootécnica e econômica de sistemas de produção de leite. Para Martins, as empresas que investirem em tecnologia ditarão o ritmo do mercado. Pensar novas maneiras da produção de leite é uma marca do Centro de Pesquisa que, nesse ano, desenvolveu a 3° edição do projeto Ideas for Milk, evento que contou com a presença do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra e do secretário-executivo, Darlan Palharini. O Ideas foi realizado na sede da instituição e consiste em dois grandes eventos: Vacathon e Desafio das Startups que visam fomentar soluções tecnológicas na cadeia produtiva.

De acordo com Martins, a Embrapa Gado do Leite está estudando a possibilidade de realizar uma edição do evento no Rio Grande do Sul, se adequando às características locais. No Estado, a Embrapa Gado do Leite conta com a parceria de diversas instituições, incluindo a Embrapa Clima Temperado, a Cooperativa Santa Clara e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O consumo de leite UHT no mercado brasileiro foi o assunto abordado por Nilson Muniz, da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV). Ele espera que, em 2019, o setor cresça 2,5%. Para Muniz, os principais desafios das indústrias é manter o consumo do produto, proteger a reputação do leite em relação às fake news, evitar a banalização das inovações e buscar rentabilidade. 

De acordo com o secretário-executivo Darlan Palharini, o setor lácteo está em um momento de maturidade. “É, sendo indispensável abordar de maneira mais específica pautas gerais do mercado, tendo em vista que, produtores, indústrias e entidades formam uma grande rede mercadológica.

Exportação será pauta prioritária em 2019

A palestra comandada por Marcelo Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, foi encabeçada pela exportação de lácteos, que ganhou força ao longo de 2018 e deve pautar a indústria do leite em 2019.  De acordo com ele, um dos principais gargalos para da exportação é o preço das commodities. Para exemplificar, o executivo analisou o caso das exportações de leite em pó “Existe demanda para o produto, entretanto, o preço é descolado do mercado externo. Esse fator dificulta negociações com outros países”, lamentou. Por outro lado, o queijo segue sendo o destaque no exterior. “De 2015 a 2017 as exportações do produto cresceram 42%”, destacou.

A Viva Lácteos desenvolve um projeto de exportação em parceria com a ApexBrasil e o Ministério da Agricultura (Mapa). O plano estratégico para a exportação é composto por cinco fatores: acesso ao mercado, promoção às exportações, inteligência comercial e qualificação. De acordo com Martins, as 12 empresas que integram o grupo eram responsáveis por 14,6% da exportação de produtos lácteos. Atualmente representam 50% dessa fatia.

Quanto ao mercado interno, Martins destacou a necessidade de ampliar a demanda de produtos lácteos sempre atento aos marcos regulatórios do leite e derivados. Entre os fatores que precisam ser observados pelas indústrias estão níveis de processamento dos alimentos, rotulagem nutricional das embalagens, redução de açúcar, sódio e gorduras em alimentos industrializados e restrição à publicidade e propaganda.

A inserção no mercado externo voltou a ser debatida pelo secretário de Agricultura de Santa Catarina e presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Airton Spies, que abordou especificamente o ingresso das indústrias brasileiras no mercado lácteo da China. Nesse ano, Spies foi ao gigante da Ásia para analisar as possibilidades de entrada naquele mercado “As indústrias brasileiras ainda não estão preparadas para inserção nesse mercado, por isso, é preciso instalar nas empresas uma cultura exportadora", afirmou. Além disso, Spies também explicou as atividades realizadas pela Aliança Láctea durante o ano de 2018. O grupo foi criado com o intuito de fortalecer a produção nos três estados do Sul. Atualmente, a região produz 40,1% do leite brasileiro, mas, até 2025, estima-se que o Sul produzirá 50%.

Rafael Borin, do escritório Rafael Pandolfo Advogados Associados, comandou a última palestra do evento que abordou questões jurídicas relacionadas ao tabelamento de frete, medida adotada pelo governo Federal após a greve dos caminhoneiros. No final do evento, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e os palestrantes compuseram uma mesa redonda para alinhar pontos comentados durante os painéis. Para Guerra, o evento possibilitou a avaliação de gargalos de 2018 e os projeções para 2019.

Foto: Carolina Jardine 

Pelo 4º ano consecutivo, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat) reconheceu o trabalho de jornalistas que, ao longo do ano, se debruçaram sobre pautas importantes do setor lácteo nacional. Profissionais de veículos de Porto Alegre foram os grandes vencedores conhecidos na noite desta quarta-feira (12/12), em Porto Alegre. A Band TV, o jornal Correio do Povo – com duas premiações -, e o jornal Zero Hora, conquistaram as primeiras colocações nas categorias Eletrônico, Online, Fotografia e Impresso, respectivamente, e receberam como prêmio um iPhone.

Na categoria Impresso, o 1º lugar foi para o repórter Fernando Soares, do jornal Zero Hora, com a matéria "Soberanas da produtividade". Na categoria Eletrônico, o ganhador foi Juliano Zarembski e equipe da TV Bandeirantes, com o trabalho “Aumenta consumo de leite de ovelha no Brasil”. Na categoria Online, o 1º lugar ficou com os repórteres Danton Júnior e Cintia Marchi, do Correio do Povo, com a reportagem “Novos tempos do leite”.  E na categoria Fotografia, a vencedora foi Alina de Souza, do Correio do Povo.  A premiação deste ano recebeu volume recorde de inscrições e contou com o trabalho da Comissão Julgadora formada pela Associação Riograndense de Imprensa, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado, Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado, Farsul, Fetag e Sindilat.  

Na noite de homenagem aos jornalistas que aconteceu junto a festa de final de ano do Sindilat, também foram entregues os troféus aos vencedores do Prêmio Destaques 2018, iniciativa que consagra personalidades e empresas que se distinguiram ao longo do ano em prol do setor lácteo, dividida em 10 categorias: Agronegócio Nacional – Luiz Carlos Heinze; Agronegócio Estadual – Antonio Cettolin; Liderança Política – Onyx Lorenzoni; Personalidade – Roberto Tavares; Servidor Público – Karla Pivato; Setor Público – Bernardo Todeschini; Inovação – Lactalis do Brasil; Pesquisa – Tetra Pak; Responsabilidade Social – Colégio Teutônia; e Indústria - Rasip.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, saudou todos os vencedores que nas suas áreas de atuação tiveram participação importante para a divulgação e propagação de ações que culminaram no desenvolvimento do setor lácteo em 2018. Vislumbrando 2019, Guerra prevê que será um ano de muitos desafios e também de muitas oportunidades, dado o potencial de expansão do setor no Brasil. Uma das grandes bandeiras, será dar continuidade ao projeto que visa colocar a Região Sul como exportadora de lácteos. “Acreditamos que a grande virada de mesa virá com o fomento à exportação, e o Sindilat tem sido um agente de negociações em Brasília e em grupos de trabalho para garantir a abertura de mercados”, afirmou o presidente do Sindilat, reforçando que a conquista do mercado externo é fundamental para estabilizar a produção no Sul do país.

Presente na cerimônia, o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Odacir Klein, exaltou o empenho de todos os agentes da cadeia láctea, que diariamente assumem riscos mas mantêm paixão pelo o que fazem. “São produtores que assumem riscos ao não saberem como estará o preço do leite nos próximos dias, e indústrias, que decidem por investimentos apostando no cenário econômico”, afirmou. Também o secretário de Agricultura de Santa Catarina e presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Airton Spies, brincou que a cadeia do leite “tem muitos bons problemas” porque são “problemas que têm solução”. Segundo Spies, quando todos os principais gargalos forem superados, o Brasil será o mais competitivo em leite em todo o mundo. “Estamos diante de grandes oportunidades e o leite, sem dúvida, tem tudo para se tornar a estrela do agronegócio nacional.”

Prestigiando a cerimônia que levou outros tantos representantes de indústrias gaúchas ao evento, o presidente da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), Gilberto Petry, destacou a importância do leite como fonte de alimento e como fonte de renda principal. “Por ser um setor com atividades diversificadas acaba reunindo milhares de famílias gaúchas”, afirmou o dirigente, que se mostrou mais otimista com o cenário econômico em 2019, que deve contribuir para a melhoria de resultados de diversos segmentos do setor industrial como um todo.

O evento do Sindilat, realizado nas dependências do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, contou com a participação dos vice-presidentes do Sindilat, Guilherme Portella e Caio Vianna, dos diretores Angelo Sartor e Jéferson Smaniotto e do secretário executivo Darlan Palharini. 

Confira os vencedores do 4º Prêmio Sindilat de Jornalismo

IMPRESSO

1º lugar

Fernando Soares / Zero Hora – Reportagem: Soberanas da produtividade

2º lugar

Cristiano Vieira / Revista Press Agrobusiness – Reportagem: Renda baixa com o tarro cheio

3º lugar

Carlos Guimarães Filho / Revista Boletim Informativo – Reportagem: Mercado Internacional na mira do leite sulista

ELETRÔNICO

1º lugar

Juliano Zarembski e equipe / Band TV – Reportagem: Aumenta o consumo de leite de ovelha no Brasil

2º lugar

Bruna Essig / Canal Rural - Reportagem: Censo Agropecuário - Há cada vez mais mulheres na produção rural

3º lugar

Alessandra Bergmann / SBT – Reportagem: Pesquisa muda lei sobre colostro

ONLINE

1º lugar

Danton Júnior e Cintia Marchi/ Correio do Povo – Reportagem: Novos Tempos do Leite

2º lugar

Giseli Furlani / Destaque Rural - Reportagem: Tecnologia avançada na produção leiteira

3º lugar

Fernando Soares /Pioneiro – Reportagem: O robô tira o leite

FOTO

1º lugar

Alina de Souza / Correio do Povo

2º lugar

Lidiane Mallmann / O Informativo do Vale

3º lugar

Leandro Augusto Hamester / Jornal Informativo Languiru

Confira a lista dos Destaques 2018

 Agronegócio Nacional

Luis Carlos Heinze

Agronegócio Estadual

Antonio Cettolin

Liderança Política

Onyx Lorenzoni

Personalidade

Roberto Tavares 

Servidor Público

Karla Oliz

Setor Público

Bernardo Todeschini 

Inovação

Lactalis

Pesquisa

Tetra Pak

Responsabilidade Social  

Colégio Teutônia

Industrial

Rasip

Fotos: Dudu Leal

O Sindilat foi um dos patrocinadores e avaliadores dos sete projetos de inovação finalistas do Ideas for Milk, evento que reuniu no Espaço Cubo, em São Paulo, empreendedores à frente de suas agtechs. O desafio das startups voltado à busca de soluções para o setor lácteo é realizado pela Embrapa Gado de Leite e começou em Juiz de Fora (MG) com diversas palestras e maratonas de aprendizado sobre a cadeia do leite.

O projeto que conquistou o primeiro lugar no Desafio das Startups foi o do jovem empreendedor e zootecnista Cristian Martins. À frente da OnFarm, de Pirassununga (SP), desenvolveu um kit de tecnologia para identificar as principais bactérias causadoras da mastite, doença que afeta cerca de 10% da população de vacas em período de lactação. A agtech, lançada há apenas 3 meses durante o Interlete (Uberaba/MG), apresentou as ferramentas que permitem a detecção da doença na própria fazenda e com diagnóstico em 24 horas: o SmartKit, com todos os materiais necessários para a aplicação dos testes; o SmartLab, uma espécie de cabine portátil; e o OnFarmApp, aplicativo de gestão que controla todas as etapas da análise. De acordo com o sócio-fundador da OnFarm, a solução está sendo aplicada em diversas fazendas atualmente.

A 2ª colocação no Desafio das Startups foi conquistada pela gaúcha Cowmed (Santa Maria/RS), que idealizou uma coleira com chip capaz de medir os principais parâmetros comportamentais dos animais (tempo de ruminação ou ócio, de forma individual e coletivamente). Os dados são enviados para um servidor virtual e capturados pelo sistema de Inteligência Artificial denominado VIC. A ferramenta analisa os animais e faz alertas aos produtores sobre períodos importantes, como cio, melhor momento para a inseminação, doenças e outras alterações no rebanho. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que acompanhou as avaliações in loco, a inovação apresentada pela Cowmed se mostra viável. “A solução pode ser aplicada de imediato nas propriedades”, pontuou Palharini. O sócio-fundador da agtech, Leonardo Guedes, que participou pela segunda vez do desafio, afirma que a competição focada em pecuária de precisão deixou sua contribuição para a inovação nacional no setor leiteiro.

A Z2S Sistemas Automáticos, pré-incubada da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade de Passo Fundo (UPF), tirou o 3º lugar na competição, apresentando um sistema automático de limpeza de ordenhadeiras canalizadas. A solução possui três sistemas que podem ser usados individualmente ou integrados. Com alguns toques, a limpeza é realizada de forma automática e inclui controle e monitoramento de temperatura e dosagem dos produtos químicos. A invenção do engenheiro eletricista e eletrônico Elias Sgarbossa nasceu de uma demanda pessoal: vindo de família com propriedade leiteira, sempre percebeu o tempo gasto no processo de limpeza dos equipamentos. Foi quando decidiu levar o ‘problema’ para o curso de conclusão da Faculdade de Engenharia Elétrica da UPF. “A solução reduz consideravelmente a Contagem de Bacteriana Total do leite, algo que pode ser visualizado nas análises do leite cru antes e pós uso do sistema, ficando somente dúvidas em relação ao investimento necessário, já que é possível alcançar os índices apresentados com as boas práticas de produção”, explica Darlan Palharini, lembrando que o sistema fará com que o produtor possa dedicar mais tempo para outras atividades na propriedade rural.

Foto: Angela Balen

O Ministério da Agricultura (Mapa) publicou hoje as instruções normativas 76 e 77, que modernizam o sistema de controle da qualidade do leite no Brasil. A IN 76 traz os regulamentos técnicos para identidade e qualidade do leite cru, do leite pasteurizado e do leite pasteurizado tipo A. A IN 77 estabelece novos critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial, revogando as INs 62/11, 07/16 e 31/18. Ambas entram em vigor em 180 dias.

De acordo com o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, as principais mudanças trazidas pelas instruções normativas são relacionadas à educação continuada no campo e aos controles de qualidade em toda a cadeia produtiva. “As normas tornam a legislação mais rigorosa, fazem parte da evolução desde a IN 51 em termos de rigidez e devem valer por muito tempo”, afirma.

A maioria dos itens contemplados atendem a indústria. No entanto, alguns atendem parcialmente, como, por exemplo, a temperatura de 7ºC para recebimento do leite cru na plataforma. “Este índice era de 10ºC. Na consulta pública, estava em 7ºC. Pedimos que ficasse em 9ºC, mas isso só foi permitido em casos excepcionais”, explica a consultora de Qualidade do Sindilat, Letícia Vieira. A contagem bacteriana total do leite cru refrigerado, que deve apresentar limite máximo para de 900 UFC/ml, é um dos pontos que desagradou a iniciativa privada. Segundo Letícia, durante o período de contribuições, a indústria solicitou a realização de um número factível para produtores e indústria, já que o publicado não é compatível com a realidade.

O Sindilat deverá reunir-se com as indústrias nos próximos dias para discutir que medidas poderão ser tomadas de modo a tornar as INs mais factíveis de serem cumpridas. “A maioria das mudanças ocorrerá mesmo é no campo”, pontua Letícia.

Foto: Romeolu / Istock

Evitar o estresse térmico dos animais durante essa época do ano é essencial para manter a rentabilidade e evitar prejuízos nas propriedades. Informar os produtores sobre as condições adequadas nas quais as vacas devem ser mantidas para que não venham a sofrer com esse desconforto, foi um dos objetivos do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) nesta quinta-feira (22/11) durante o 7º Fórum Itinerante do Leite, realizado no Ginásio da Sociedade Esportiva e Recreativa (SER) Gaúcho, em Teutônia (RS). O evento, que reuniu cerca de 600 pessoas, ocorreu paralelamente à 12° edição do Fórum Tecnológico do Leite, organizado pelo Colégio Teutônia, em Teutônia.

O estresse térmico impacta a produção e a reprodução das vacas leiteiras devido à redução na ingestão de matéria seca. De acordo com a médica veterinária e pesquisadora da Embrapa, Lígia Pegoraro, que palestrou sobre impactos do estresse térmico na reprodução dos animais, é de extrema importância que o produtor busque se precaver quanto ao desconforto e insira em sua propriedade ações que viabilizem o bem-estar do rebanho. “Nossa preocupação é fazer com que as vacas tenham as melhores condições possíveis para manifestar todo seu potencial fisiológico tanto na reprodução quando na produção de leite”, afirma. De acordo com ela, o trabalhador rural deve minimizar os efeitos do calor com sombra natural – no caso de animais a pasto – e com ventilação – no caso de exemplares em confinamento.

De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, é de extrema importância que os produtores busquem, cada dia mais, a eficiência de suas propriedades afim de incentivar a competitividade e ampliar as exportações de leite. "É essencial que os produtores trabalhem o conforto térmico dentro de suas propriedades, além de inserir outras medidas efetivas que garantam a melhor qualidade de seu leite e retorno econômico mais efetivo", diz. Neste sentido, de acordo com Guerra, é essencial que debates - como os realizados no Fórum Itinerante do Leite, que informam sobre ações para o melhoramento da rentabilidade e eficiência-, sejam realizados. Guerra ainda ressaltou que os produtores devem fazer a gestão de sua produção de forma profissional controlando suas despesas e aplicando as técnicas repassadas no evento com relação à qualidade do leite.

Na ocasião, ainda foram apresentadas aos produtores os principais fatores que impactam na qualidade da produção leiteira, a metodologia utilizada para calcular o preço referente do leite, além de formas de gerenciamento das propriedades. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o evento cumpre a missão de levar aos trabalhadores rurais informações de ponta para que possam aplicar em suas atividades diárias. “Os debates que realizamos durante o Fórum visam levar aos produtores qualificação para profissionalizar seus sistemas de produção e conseqüentemente aumentar sua renda”, diz. O evento também reuniu produtores durante a tarde em quatro oficinas técnicas: Eficiência Energética e Energia Alternativa Aplicada na Propriedade; Balanceamento de Dietas para Vacas Leiteiras em Lactação; Reprodução e Controle de Doenças Reprodutivas e Panorama da Tuberculose e Brucelose no Vale do Taquari. O 7ª Fórum Itinerante do Leite foi realizado pelo Sindilat, Secretaria da Agricultura, Ministério da Agricultura, Emater, Fundesa, Fetag, Farsul e Colégio Teutônia com patrocínio do BRDE.

Tecnologia no campo
Buscando efetivar o trabalho de gestão das propriedades, um pequeno grupo de trabalhadores rurais do município de Fagundes Varela (RS) inseriu a tecnologia em seu dia a dia através de um aplicativo desenvolvido junto a Emater. O GT Leite, que foi apresentado durante o Fórum Itinerante do Leite, surgiu ha cerca de um ano a partir da assistência técnica dada por Leandro Ebert, extensionista rural da Emater, às famílias da região. Percebendo que as visitas diárias nas fazendas não eram suficientes para manter os produtores informados, Ebert criou o aplicativo onde, ao fim do mês, os produtores inserem as informações de suas notas fiscais e, posteriormente, recebem um relatório de suas atividades com apontamentos indicando onde devem mudar. "Vimos que os produtores tem dificuldade de criar o hábito da anotação de gastos e da elaboração de planilhas e isso afetava na lucratividade dentro das propriedades", diz Ebert.

A produtora Ivania Binda, de Fagundes Varela, aprendeu a utilizar o notebook e o celular para inserir o aplicativo de gestão nas suas atividades. "Viver o agora e não o passado", comenta ela. Desde que o mesmo foi implantado, as perdas dentro da propriedade diminuíram e houve ganhos na qualidade de leite e na produtividade. "A primeira vez que ele fez as contas nós nos apavoramos com o que gastamos", afirma. Para Ivania é necessário que os trabalhadores rurais estejam em constante evolução uma vez que o desenvolvimento da tecnologia não para. "Vale à pena investir", ressalta.

Texto e fotos: Leticia Szczesny

Secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini: "O evento cumpre a missão de levar aos trabalhadores rurais informações de ponta para que possam aplicar em suas atividades diárias"
Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra: "É essencial que debates - como os realizados no Fórum Itinerante do Leite, sejam realizados"