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Quem ainda não inscreveu seus trabalhos no 2º Prêmio Sindilat de Jornalismo deve se apressar. As inscrições estão na última semana e vão até 1º de novembro. Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), a iniciativa irá premiar as melhores reportagens produzidas pela mídia especializada no agronegócio e sobre o setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços produtivos e desafios. O Prêmio é dividido em quatro categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, online e fotografia.

Para participar, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o Sindilat por e-mail (imprensasindilat@gmail.com) ou entregar em mãos na sede do Sindilat (Av. Mauá, 2011/505 – Porto Alegre), das 9h às 18h. Todas as peças devem ter data de publicação/veiculação entre 01/12/2015 e 01/11/2016. Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem a expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até 21 de novembro.

A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindilat/RS, em 1º de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Maiores informações podem ser obtidas no site www.sindilat.com.br

Elevar a competitividade do setor lácteo exige um trabalho orquestrado, que une planejamento e gestão profissional dos tambos a uma atuação forte por parte das indústrias para obtenção de produtos de alta qualidade em escala e capazes de acessar mercados cada vez mais exigentes. Como regente, o poder público tem o dever de, em conjunto com o setor, criar políticas públicas que garantam o equilíbrio necessário para assegurar competitividade ao setor, que gera renda a mais de 100 mil famílias e arrecadação a 467 dos 497 municípios gaúchos. A necessidade de união e ações concatenadas pelo bem coletivo foram a tônica dos debates do 2º Fórum Itinerante do Leite, realizado nesta segunda-feira (24/10), na UFSM, em Santa Maria (RS). Cerca de 450 pessoas, entre autoridades, lideranças do setor lácteo, acadêmicos, empresários e agricultores estiveram presentes no evento. Além do debate sobre o mercado, à tarde oficinas permitiram a avaliação técnica de diversas questões como inspeção, legislação, sanidade e gestão nas propriedades leiteras.

Durante o Fórum, o pesquisador Wagner Beskow cobrou avanços logísticos que permitam ao setor ser mais competitivo. Ele ainda defendeu empenho em qualificar os processos e manejo, principalmente com relação à alimentação animal, o que julga ser um dos grandes gargalos dentro da porteira. “Nossa palavra de ordem tem que ser produtividade e eficiência”, ressaltou. O pesquisador da Embrapa Clima Temperado Darcy Bitencourt reforçou a necessidade de maior organização como estratégia para evitar a competição interna na cadeia produtiva. “Precisamos de lideranças que mudem essa história e se preocupem com o crescimento da cadeia”, salientou.

Ao analisar o mercado, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, referiu-se aos entraves criados pela importação descontrolada de leite pelo Brasil. “A competitividade começa na casa do produtor, em como posso ampliar o rendimento por vaca. Mas vivemos em uma economia globalizada que atinge o mercado e os preços”, frisou. “Altos e baixos são uma realidade da vida inteira no setor lácteo. Quando se fala em leite, não dá para olhar o mês, tem que se olhar o exercício. Quando se ganha tem que se guardar”, sugeriu, contrapondo manifestação de produtores que reivindicam uma maior previsibilidade de valores a serem pagos. “A indústria não quer baixar o preço, mas seguimos a lei da oferta e da procura, até porque vivemos em uma economia globalizada”, completou Guerra.

A necessidade de parâmetros de preço e incentivos fiscais também foi alvo da manifestação do secretário-geral de Fetag, Pedrinho Signori. Segundo ele, o desequilíbrio da cadeia produtiva desanima o produtor, que vive com picos de preço. “Precisamos de um maior equilíbrio. Não podemos entregar o leite e receber 40, 45 dias depois sem saber quanto. Isso desestrutura muito os tambos. O sucesso do campo está relacionado à sucessão rural. O jovem só vai ficar na propriedade se tiver resultado. Precisamos equilibrar a cadeia”.

O diretor da Farsul e presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Jorge Rodrigues, ainda reforçou a importância de se estabelecer normas factíveis ao produtor, diferente da IN 51, que mudou de nome, mais ainda é de difícil cumprimento. Rodrigues sugeriu a adaptação das exigências em relação à CCS aos padrões norte-americanos. A Aliança Láctea ainda está trabalhando com a equiparação de fiscalização dos três estados do Sul e em um plano de fidelização entre o produtor e a indústria, o que pode acontecer por meio de um contrato, por exemplo.

Durante manifestação em Santa Maria, o procurador do Ministério Público, Alcindo Bastos, informou que a Operação Leite Compensado deve ser levada a outros estados do Brasil. A proposta é uma forma de corrigir a penalização do leite gaúcho que, sendo o mais fiscalizado, também acabou tendo um maior número de denúncias deflagradas.

O 2º Fórum Itinerante do Leite foi uma realização do Sindilat, do Sistema Farsul, da Fetag e do Canal Rural, com apoio institucional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Crédito: Carolina Jardine

A publicação no Diário Oficial desta sexta-feira (21/10) da Instrução Normativa 40, que visa proibir a reconstituição do leite em pó importado pelas indústrias localizadas na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), gerou dúvidas por parte do setor lácteo gaúcho. Apesar da movimentação, que sinaliza que o governo federal está sensível aos pleitos do segmento, o Sindilat esperava que a alteração tivesse uma redação mais expressamente restritiva. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a alteração ainda não protege os produtores nacionais de leite e é preciso que fique expresso claramente que a matéria prima mencionada no caput tem de ser originada de leite cru produzido em território nacional, ficando proibida a utilização de leite em pó importado. Caso contrário, alerta o executivo, poderia se ter um interpretação de que empresas com unidade no Brasil que compram leite em pó importado, por exemplo, também podem reidratar para o mercado da Sudene.

Frente aos questionamentos, o Sindilat encaminhou um ofício nesta sexta-feira ao Ministério da Agricultura sugerindo a inclusão de um parágrafo único na Instrução Normativa nº 40, proibindo a reconstituição de leite em pó a partir da matéria prima de origem estrangeira.

Apesar do pedido, a IN 40 é vista como uma vitória do setor lácteo gaúcho uma vez que foi uma demanda feita pelo Sindilat, apoiada pelo Conseleite e Aliança Láctea Sul Brasileira em audiência pública e encaminhada pelo deputado Elton Weber ao secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, em Brasília. A ideia é que apenas o leite em pó nacional possa ser usado para produzir leite UHT e pasteurizado. Até então, valia o artigo 1º da medida, publicada em julho deste ano, que não especificava a origem do leite em pó a ser recomposto, permitindo assim a reconstituição tanto do produto nacional quanto o de outros países. "A medida mostra a preocupação do ministro Blairo Maggi com o produtor rural e com o setor produtivo, para garantir a sua permanência na atividade", ressaltou Geller.

Oficinas técnicas sobre sistemas de produção do leite, boas práticas, políticas públicas, inspeção, legislação e sanidade ocorrerão na próxima segunda-feira, 24 de outubro, durante o 2º Fórum Itinerante do Leite, em Santa Maria (RS). Os grupos de trabalho terão reunião no turno da tarde e serão guiados por profissionais e professores da área, além de contar com líderes de entidades ligadas ao setor lácteo. 
 
Pela manhã, o Fórum debaterá a cadeia produtiva do leite, abordando questões econômicas e as perspectivas para o futuro do mercado. O evento ocorrerá no campus da Universidade Federal de Santa Maria, dando continuidade ao ciclo estadual iniciado em Ijuí (RS) no primeiro semestre deste ano.  O Fórum é uma realização do Sindilat, do Sistema Farsul, da Fetag e do Canal Rural, com apoio institucional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O apoio técnico é da Universidade Federal de Santa Maria. Haverá transmissão ao vivo pelo Canal Rural a partir das 10h, diretamente do Auditório Flavio Miguel Schneider, do Centro de Ciências Rurais, prédio 42 da UFSM. A apresentação ficará a cargo do analista financeiro do Canal Rural, Miguel Daoud.
 
Confira abaixo a programação completa do 2º Fórum Itinerante do Leite
 
8h30min - Credenciamento e café de boas-vindas
9h30min - Abertura
10h - Início da transmissão ao vivo pelo Canal Rural
Apresentador: Miguel Daoud, analista financeiro do Canal Rural
Palestrante: Wagner Beskow, pesquisador e consultor da Transpondo, de Cruz Alta, RS
Palestrante: Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat
Palestrante: Neila Richards, professora de Tecnologia do Leite e Derivados da UFSM
Palestrante: Darcy Bitencourt, pesquisador da Embrapa Clima Temperado
Palestrante: Jorge Rodrigues, coordenador das Comissões de Grãos e de Leite da Farsul
Palestrante:Pedrinho Signori, secretário-geral da Fetag-RS
Palestrante: Alexandre Guerra, presidente do Sindilat
 
Oficina 1: Boas práticas, sucessão, políticas públicas, inspeção, sanidade e sistemas de produção
Ferramentas para boas práticas na propriedade leiteira
Local: Prédio 43 - Sala 4204       
Moderador: Julio Viégas (UFSM)
 
14h – 14h30min: Ordenha higiênica na propriedade
Palestrante: Pedro Urubatan Neto da Costa (Emater-RS)
 
14h30min – 15h: GeoLeite – Sistema de georreferenciamento
Palestrante: Enio Giotto (UFSM)
 
15h – 15h30min: Contaminação por resíduos químicos
Palestrante: Renato Zanella (UFSM)
 
15h30min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 
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Oficina 2: Sucessão e desenvolvimento rural
Local: Prédio 43 - Sala 4206                         
Moderador: Vicente Celestino Pires Silveira (UFSM)
 
14h – 14h30min: Projeto Jovem Rural: Gestão da propriedade rural (case de Vista Gaúcha)
Palestrante: João Pedro Velho e Gabriel Nunes de Oliveira (UFSM-Palmeira das Missões)
 
14h30min – 15h - Programa Rede Leite
Palestrante: Rosane Felix (Unicruz)
 
15h – 15h30min: - Sucessão Familiar
Palestrante: Rosane Felix (Unicruz)
 
15h30min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 
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Oficina 3: Políticas públicas municipais na cadeia do leite (Fundoleite)
Local: Auditório Flávio Miguel Schneider        
Moderador: Darlan Palharini (Sindilat-RS)
 
14h – 16h: Transparência na produção, transporte e comercialização
 
14h – 14h15min: Adriano Deitos (Famurs)
 
14h15min –14h30min: Ismael Felipe Horbach (Famurs)
 
14h30min – 14h45min: Fernando Groff (Seapi)
 
14h45min – 15h: Karla Oliz (Seapi)
 
15h – 16h: Prefeitos municipais
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
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Oficina 4: Inspeção e legislação
Local: Prédio 42 - Sala Cláudio Mussoi
Moderador: Danilo Cavalcanti Gomes (Seapi)
 
14h – 14h15min: Desafios da equivalência na inspeção – Sisbi e Susaf
Palestrante: Rita de Cássia Vilarinho (Seapi)
 
14h15min – 14h30min: Case Santana do Livramento
Palestrante: Ariel Duarte
 
14h30min – 14h45min: Etapas do processo para enquadramento no Sisbi
Palestrante: Letícia Vieira Cappiello (Paradigma Veterinários Associados)
 
14h45min – 15h: Case Cotrilac
Palestrante: Nádia Bergamaschi (Cotrilac)
 
15h30min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 
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Oficina 5: Status da sanidade do leite
Local: Prédio 43 – Sala 4212       
Moderadora: Geder Hermann (UFSM)
 
Ações e programas de controle de brucelose e tuberculose
14h – 14h15min: Situação da tuberculose bovina no RS
Palestrante: Rodrigo Etges (Seapi)
 
14h15min – 14h30min: Programa de Certificação de Propriedades com Identificação Individual
Palestrante: Rodrigo Etges (Seapi)
 
14h30min – 15h: Nutrição e produtividade
Palestrante: Jorge Schaffhäuser Junior (Embrapa Clima Temperado)
 
15h00min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 
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Oficina 6: Sistemas de produção de leite
Local: Prédio 43 – Sala 4302
Moderador: Adriano Rudi Maixner (UFSM)
 
14h – 14h30min: Produção de leite à base de pasto.
Palestrante: Ricardo Machado  (Médico Veterinário, Emater-RS)
 
14h30min – 15h:  Compost Barn
Palestrantes: José Carlos Pantoja (Professor da Unesp) e Augusto Hosstaetter (Médico Veterinário e Produtor de Leite, Victor Graeff)
 
15h – 15h15min: Importância da gestão em sistemas de produção
Palestrante: Herton Lima (Senar)
 
15h15min – 15h30min:  Case Júlio de Castilhos
Palestrante: Sarah Waihrich Salles
 
15h30min – 16h: Debate
 
16h – 16h30min: Milk break
 
16h45min: Encerramento
 

O Ministério da Agricultura irá editar até a sexta-feira uma portaria proibindo a em pó importado do Uruguai. O produto vinha sendo comprado há meses, basicamente para abastecer o Nordeste, que a partir da publicação da portaria terá de utilizar somente matéria-prima nacional. A edição da portaria foi anunciada hoje à tarde pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, durante reunião coordenada por Contag e Fetag-RS, em Brasília. O governo também estuda a compra de leite em pó através da Conab.
Segundo o deputado Elton Weber, as medidas trazem alento aos agricultores que sofrem com a queda de preço do leite no Estado. Ontem, Weber entregou um oficio do Sindilat ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, demonstrando os danos das importações de lácteos do Uruguai. “Com estas medidas a situação tende a melhorar, mas vamos continuar acompanhando a situação, e ver o que será necessário à frente”, ponderou o deputado.
Além do presidente da Contag, Alberto Broch, e do Secretário-Geral da Fetag-RS, Pedrinho Signori, participaram da audiência o deputado federal Heitor Schuch e o deputado estadual, Edson Brum.

Fonte: Gabinete Elton Weber/ Patricia Meira

A Aliança Láctea Sul Brasileira encaminhará, nos próximos dias, documento a deputados, senadores, governo e lideranças do agronegócio nacional com três pedidos emergenciais. O setor lácteo dos três estados da Região Sul do Brasil (RS, SC e PR) quer um teto nacional de importação de leite, definições de cotas para aquisições do Uruguai e a proibição da reidratação de leite importado. O encaminhamento veio de reunião nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. “Alinhamos temas que são urgentes no setor para os três estados”, pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que representou as indústrias gaúchas.

Em Brasília, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, informou que, até sexta-feira (21/10), deve ser publicada portaria proibindo a reidratação de leite em pó vindo do Uruguai. A informação foi repassada ao deputado Elton Weber durante reunião que também contou com representantes da Contag e Fetag.

Foto: Darlan Palharini/ Sindilat

A forte importação de leite que prejudica agricultores familiares gaúchos será tratada pelo deputado Elton Weber (PSB), nesta quarta-feira (19), com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, em Brasília. A reunião, às 15h30min, contará com a presença de representantes da Fetag-RS e da Contag. A intenção é articular um encontro com o Ministério da Fazenda e o Itamaraty.
A orientação foi do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que recebeu de Weber um levantamento do Sindilat sobre o impacto negativo da entrada de produtos lácteos causa no mercado do Estado. De janeiro a setembro deste ano, ingressaram 182,23 milhões de quilos de produtos lácteos no país contra 96,62 milhões no mesmo período de 2015, um aumento de 88,6%. Já as exportações caíram de 54,62 milhões de quilos no mesmo período para 39,28 milhões de quilos, recuo de 39,05%.
Para o setor, uma das alternativas seria o governo encaminhar um acordo comercial com o Uruguai, baseado nas importações entre 2013 e 2015, garantindo ao Brasil uma programação de produção na entressafra, o que permitiria reduzir a variação de preço ao produtor e garantiria maior renda. Outra medida, segundo Weber, seria a compra governamental para enxugar mercado. “A situação está crítica, um produtor que há dois meses recebia R$ 1,70 hoje está recebendo R$ 1,20, o preço despencou no campo.”
Durante a audiência com Padilha, o deputado também pediu agilidade na liberação de Proagro e do seguro agrícola para agricultores de 12 municípios atingidos pelo granizo no começo do mês nas regiões Noroeste e Celeiro, especialmente em lavouras de canola, milho e trigo. Padilha se comprometeu a acionar o Banco do Brasil (BB) para dar celeridade aos processos. “Saímos confiantes, pretendemos marcar uma reunião com BB e Fetag no Estado já na próxima semana.”
A audiência, marcada pelo deputado federal Heitor Schuch, também tratou da participação brasileira na 7ª Conferência das Partes (COP7).  Padilha informou a lideranças que irá solicitar o credenciamento de pelo menos um representante do setor produtivo como observador. A COP7 reunirá os países que aderiram à Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, de 7 a 12 de novembro, na Índia. Padilha garantiu que a maioria dos integrantes do governo reconhece a importância econômica e social da cultura e apoia o setor produtivo. Segundo ele, essa deverá ser a posição adotada pela delegação brasileira no evento em Nova Délhi, cuja pauta principal é o debate de medidas restritivas ao tabaco.
 
Crédito: Limirio Bizinotto

Aliança Láctea debate limite a importações nesta quarta-feira em Curitiba

O preço de referência do leite divulgado nesta terça-feira (18/10) pelo Conseleite indica nova queda no mercado gaúcho. O valor projetado para o mês de outubro é de R$ 0,9539, redução de 4,58% em relação ao consolidado de setembro, que fechou em R$ 0,9997. A redução foi puxada pela queda do valor do leite pasteurizado (-11,70%) e do leite UHT (-6.68%). Apesar da diminuição de preço de referência nos últimos meses, o leite ainda está acima da valorização de anos anteriores. O leite UHT, por exemplo, nos últimos 12 meses, acumula alta de 26%, o que se justifica pelos picos históricos do produto apurados na entressafra. “Também é preciso considerar que, na ponta, as indústrias pagam mais do que isso por litro uma vez que há remuneração adicional por qualidade e quantidade”, explicou o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra.

O professor da UPF Eduardo Belisário Finamore pondera que os dados do Rio Grande do Sul estão inseridos em um contexto nacional, regidos pelo livre mercado e acompanham a realidade de outros estados. A redução do UHT em outubro, pontua ele, foi menor do que vinha sendo verificada nos meses anteriores. “Nossa expectativa é que o leite UHT agora tenda a se estabilizar”, sugere.

O presidente do Conseleite pontuou a interferência do mercado internacional no contexto nacional e salientou que o leite em pó importado foi o “grande vilão”. “Tivemos uma alta expressiva no primeiro semestre e, agora, estamos enfrentando uma queda considerável. A indústria não quer baixar o preço e não baixamos o preço porque queremos. É porque o mercado se autorregula pela lei da oferta e da procura”, argumentou Guerra. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, lembrou que o aumento substancial do produto foi decorrência da falta de leite no mercado brasileiro, com picos em junho e julho, e, agora, a queda é inevitável. “O mercado de leite é São Paulo e Rio de Janeiro. Quando começa a safra em Minas Gerais e Goiás, o volume impacta todo o mercado, o que se agrava com a importação de leite do Uruguai”, pondera.

REUNIÃO ALIANÇA LÁCTEA - Durante a reunião do Conseleite, lideranças ainda alinharam uma posição a ser apresentada durante encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira, nesta quarta-feira (19/10), em Curitiba. Jorge Rodrigues disse que criar cotas específicas ao Uruguai é difícil neste momento. A sugestão é delimitar um teto para as importações nacionais, independente da origem do leite adquirido. Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, “é preciso trabalhar com o governo reforçando a questão social”. “Trabalhamos com livre mercado, mas precisamos de um acordo privado que limite as aquisições”.

 

Crédito: Carolina Jardine

 

Entender por que há tanta diferença de rentabilidade entre os 105 mil tambos existentes nos 467 municípios gaúchos que operam com o setor leiteiro. Este é o objetivo do 2º Fórum Itinerante do Leite, evento que será realizado no dia 24 de outubro, na Universidade Federal de Santa Maria, no município de Santa Maria (RS). O encontro contará com a participação de pesquisadores e líderes de entidades representativas da cadeia produtiva do leite. Eles discutirão a importância do manejo e da alimentação do gado para alcançar a eficiência produtiva, apontando quem ganha dinheiro com o leite e quais são as perspectivas dessas propriedades e do mercado de lácteos. Na turno da tarde, a programação prossegue com oficinas técnicas sobre boas práticas, sucessão, políticas públicas, inspeção, sanidade e sistemas de produção.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, será um momento de mostrar sistemas produtivos que vêm dando certo mesmo em anos difíceis a produtores e indústrias. "Produzir leite com qualidade e rentabilidade é uma equação delicada e que exige muito do produtor. Estaremos reunidos para debater exatamente as sutilezas que fazem o diferencial de alguns tambos e sistemas produtivos", pontuou Guerra, que participará do painel. Ao seu lado, devem estar o diretor da Farsul e presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Jorge Rodrigues; secretário-geral da Fetag, Pedrinho Signori; o pesquisador e consultor da Transpondo, de Cruz Alta, Wagner Beskow; o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas (RS), Darcy Bitencourt; e a professora de Tecnologia do Leite e Derivados da UFSM Neila Richards.

O evento dá continuidade ao ciclo estadual iniciado em Ijuí (RS) no primeiro semestre deste ano. A realização é do Sindilat, do Sistema Farsul, da Fetag e do Canal Rural, com apoio institucional da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O apoio técnico é da Universidade Federal de Santa Maria. O fórum terá transmissão ao vivo pelo Canal Rural a partir das 10h, diretamente do Auditório Flavio Miguel Schneider, do Centro de Ciências Rurais, prédio 42 da UFSM. A apresentação ficará a cargo do analista financeiro do Canal Rural, Miguel Daoud.

Foto: Carolina Jardine

 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) quer que o governo federal permita a reconstituição de leite em pó apenas para aqueles produzidos em território nacional. A reivindicação resultaria em alteração na redação da Instrução Normativa nº 14, de 22/04/2013, do Ministério da Agricultura. A ação busca sensibilizar integrantes dos ministérios da Agricultura e Relações Exteriores, parlamentares e lideranças de que a medida é uma das alternativas mais eficazes para conter a crise de renda que atinge o setor lácteo nacional. Nesta sexta-feira (14/10), o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou ofício ao chefe de gabinete da senadora Ana Amélia Lemos em que pede freio a reconstituição com base em produto importado. Nele, o Sindilat pontua: “A nossa sugestão é que este leite em pó que poderá ser reconstituído tenha a sua matéria prima originada somente de produtor de leite do Brasil e de estabelecimento industrial localizado em território nacional, ficando expressamente proibida a utilização de leite em pó importado”.

Segundo entende o Sindilat, a reconstituição de leite em pó deve ser uma exclusividade das indústrias localizados em território nacional. Segundo o presidente do Sindilat e do Conseleite, Alexandre Guerra, é preciso urgência em uma ação do governo em apoio ao setor lácteo tendo em vista o crescente índice de importação, principalmente em se tratando de cargas vindas do Uruguai. Atualmente, o ingresso de leite do Prata tem reduzido a lucratividade da atividade e, consequentemente, afastado dezenas de produtores da atividade.

O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, contra 85,55 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 79,29%, representando 67,83 milhões de quilos). Já as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. Nos primeiros oito meses de 2015 o país exportou 45,19 milhões de quilos e, no mesmo período desse ano, apenas 32,25 milhões de quilos (queda de 28,65%, equivalendo a 12,95 milhões de quilos). As importações de leite em pó integral e desnatado passaram de 56,64 milhões de quilos nos primeiros oito meses de 2015 para 104,83 milhões de quilos nos oito primeiros meses deste ano – aumento de 85,09%.

 

Crédito: Julia Bastiani