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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.543


DIPOA responde dúvidas sobre a Habilitação e Certificação Sanitária de Produtos de Origem Animal em webinar
 
Produtos de Origem Animal – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por meio da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) realizou, ontem (17), um webinar com o intuito de sanar as dúvidas referente à publicação da PORTARIA SDA Nº 431, DE 19 DE OUTUBRO DE 2021, que trata sobre a Habilitação e Certificação Sanitária de Produtos de Origem Animal.
 
A live teve a moderação da Dra. Carla Susana Rodrigues e participação da Dra. Claudia Vitoria Custodio Dantas e Dra. Fernanda Zeni Michalski, da Divisão de Habilitação e Certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que responderam todas as dúvidas que surgiram durante o evento.
 
A Portaria 431/2021 foi recentemente publicada com o objetivo de detalhar e esclarecer as formas de habilitação e certificação, permitir a rastreabilidade dos produtos de origem animal, dar transparência e segurança ao processo de certificação sanitária e, principalmente, otimizar a força de trabalho do serviço oficial. A Dra. Fernanda Zeni explica que a ideia é padronizar nacionalmente a certificação sanitária, ela comenta que há muitas dúvidas e diferenças entre estados necessitando assim, de padronização dos processos.
 
A publicação da portaria trouxe novos procedimentos como:
• Solicitação da certificação sanitária por meio do Sistema DCPOA visando padronização nacional, a possibilidade de inclusão de documentos base para certificação de forma eletrônica;
• Emissão da Declaração de Destinação Industrial ou Condenação por meio do Sistema DCPOA visando a padronização e permissão da conferência e autenticidade de tais declarações em sistema informatizado;
• Atualização dos modelos de CSN; GT;
• Em relação aos Documentos Base para Certificação (DBC) a DHC publicará os DBC para produtos cárneos que será o piloto para as demais áreas (leite, ovos, pescado e mel)
• Entre outras.
 
Elas explicam que o sistema terá uma capacidade máxima de 5MB por DCPOA, isso impede que as empresas enviem documentos desnecessários. Ao final da apresentação, as perguntas enviadas pelo chat do evento foram respondidas e serão compiladas e publicadas no Perguntas e Respostas da Portaria nº 431/2021. O webinar foi gravado e estará disponível posteriormente na página do DIPOA. (Terra Viva)
 

Conseleite/MG: preço do leite entregue em novembro tem projeção de queda de 3,57%
 
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 17 de Novembro de 2021, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
 
• Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2021 a ser pago em Outubro/2021.
• Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2021 a ser pago em Novembro/2021.
• Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Outubro/2021 a ser pago em Novembro/2021.
• Os valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2021 a ser pago em Dezembro/2021.
 
 
Períodos de apuração:
• Mês de Setembro/2021: De 27/08/2021 a 23/09/2021
• Mês de Outubro/2021: De 24/09/2021 a 28/10/2021
• Parcial de Novembro/2021: De 29/10/2021 a 11/11/2021
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. Para acessar o simulador, clique aqui. (As informações são do Conseleite Minas Gerais, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
Uruguai – Menor volume exportado de produtos lácteos e crescimento de 7% nas divisas
 
Nos primeiros dez meses do ano as exportações de produtos lácteos superaram em 7% as de igual período de 2020. O incremento se deu pelo maior faturamento com leite em pó integral, leite em pó desnatado e manteiga.
 
Entre janeiro e outubro de 2021 as vendas ao exterior, medidas em dólares, cresceram 7%. Por produto, as variações foram: leite em pó desnatado (+11%); leite em pó integral (+8%); e manteiga (+20%). O queijo caiu (-4%) no período, informou o Instituto Nacional do Leite (Inale).
 
O leite em pó integral, em outubro, obteve faturamento de US$ 34,5 milhões. No acumulado do ano chegou a US$ 414,7 milhões (8% mais do que em igual período de 2021). As vendas de leite em pó desnatado em outubro foram de US$ 11,5 milhões; no acumulado foram US$ 35 milhões (11% mais que em 2020).
 
A manteiga, em outubro, chegou a US$ 6,8 milhões e no acumulado do ano US$ 37,6 milhões (20% mais).
 
Os queijos, em outubro, somaram US$ 9,5 milhões, e o total de janeiro a outubro foi de US$ 86,7 milhões (4% menos). O total exportado de outubro foi de US$ 67,3 milhões; nos primeiros dez meses acumulou US$ 610,4 milhões (7% mais).
 
Volume menor
O Inale destacou que, em relação aos primeiros 10 meses de 2020, no acumulado até outubro houve queda nos volumes exportados de todos os principais produtos, sendo a maior redução do leite em pó integral e dos queijos, na ordem de 6% cada um, seguidos pela queda de 5% nas vendas de leite em pó desnatado e manteiga.
 
Destinos e Aumento dos preços
O aumento das divisas, apesar do menor volume, se explica pelo aumento dos preços internacionais. O principal destino foi o Brasil com 25% dos volumes exportados, seguido pela Argélia (23%); China (20%), Rússia (6%) e México (4%). (TodoElCampo)

 Jogo Rápido

Setor teme perda com decretos

Entidades do setor de proteína animal avaliam os impactos dos decretos 56.116 e 56.117 na competitividade dos frigoríficos. Publicados em 30 de setembro, os decretos estenderam o prazo para o aproveitamento de créditos presumidos de ICMS pelas empresas, que venceria no final deste ano, e trouxeram novas regras. O descontentamento é com relação às deduções máximas, que caíram para 5% do crédito presumido concedido em 2022, de 10% em 2023 e 15% a partir de 2024. “Os decretos trazem uma perda de créditos presumidos que acabam repercutindo na competitividade da produção do Rio Grande do Sul quando se destinar a outras unidades da federação”, diz o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 17 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.542


Dairy Vision 2021: setor tem muitas oportunidades, além dos desafios conhecidos

Hoje (17/11), teve início o Dairy Vision 2021, um dos principais fóruns mundiais de discussão sobre o setor lácteo. Neste primeiro dia de evento, as discussões foram pautadas nas tendências que existem à frente no mercado leite, em painel apoiado pela Arla Foods Ingredients.

O evento tem a presença de quase 400 pessoas (sendo 57% do público indústria de laticínios e 21% empresas de insumos) de 12 países, ocorrendo online nas manhãs dos dias 17, 18, 23 e 24 de novembro.

O Dairy Vision 2021 é uma iniciativa do MilkPoint, com o patrocínio da Arla Foods Ingredients, Chr. Hansen, Engineering, Tetra Pak, Hexis Científica, Rousselot Peptan, Cap-Lab, Doremus e Separatori, apoiadores e palestrantes.

Iniciando a manhã de palestras, Paulo do Carmo Martins, da Embrapa Gado de Leite abordou os principais desafios e oportunidades que o setor lácteo brasileiro tem à frente.

De acordo com Paulo, existe uma tendência muito clara no setor lácteo: mais leite, com menos produtores. E uma segunda tendência muito clara: o modelo de transição. “Nós estamos saindo de trabalho intensivo para capital intensivo. O número de vacas por propriedade tanto na América do Norte, na Europa e na Oceania, está aumentando por propriedade. No Brasil não é diferente.”

Em relação à produção de leite brasileira, Martins apontou que “ainda vamos continuar patinando. Muito provavelmente por questões que fogem do controle do produtor, são questões externas. Tem a ver com dólar, custos de produção. Nós vamos estar permanentemente mantendo um crescimento muito pequeno, porque a produção de leite também cresce dependendo da renda.”

Outras questões abordadas por Paulo foram a especialização da produção de leite regional e as margens estreitas tanto para laticínios quando para produtores. “O fato concreto é que essas margens irão tirar da atividades muitos produtores e laticínios.”

Segundo Paulo, o conceito de FoodTech é uma megatendência, impulsionada pela vertente de produtos plant-based, e questões como bem-estar animal, sustentabilidade, saudabilidade, oportunismo zero e pegada de carbono, entre outros. Neste contexto, destacou o ESG. “Para crescer as empresas terão que respeitar as questões ambiental, social e de governança.”

Em seguida, Christian Koch, pesquisador, professor na School of Economics and Marketing, Lund University, Suécia, trouxe os quatro cenários possíveis para a indústria láctea mundial, fruto de uma pesquisa realizada em parceria com a Tetra Pak.

Para Christian, existem duas maneiras de responder o questionamento de como será o futuro dos laticínios do ponto de vista de planejamento estratégico. “Uma seria supor que o desenvolvimento de negócios continua de acordo com as tendências e premissas para os laticínios. Isso significa lidar apenas com os chamados ‘elementos pré-determinados,’ que são relativamente estáveis ou previsíveis, como as mudanças demográficas.”  

“Há outra abordagem para responder à esta pergunta estratégica. Essa abordagem alternativa presume que existem tendências disruptivas, que podem se tornar importantes e desafiar as suposições atuais. Incertezas críticas são instáveis ou imprevisíveis, como, por exemplo, os gostos dos consumidores e regulamentações governamentais sobre novas tecnologias. Essa visão alternativa é a abordagem de cenários para desvendar resultados futuros plausíveis. Em outras palavras, essa visão antecipa o que está por vir, mas ainda não é muito perceptível,” completou.

Christian explicou que o estudo sobre os cenários possíveis para os laticínios foi pautado na abordagem alternativa, que chegou a quatro diferentes e extremos cenários: Green Dairy, New Fusion, Brave New Food e Dairy Evolution.

O Green Dairy é “marcado por fortes restrições e oposições socioambientais, mas pouca transformação e transição tecnológica, representando o futuro alternativo,” disse Koch. O New Fusion “é dominado por tecnologias e processos inovadores, mas com restrições socioambientais apenas fracas e incrementais, representando o futuro plausível.”

“A combinação de fortes restrições socioambientais e alta transição tecnológica resulta em um cenário chamado Brave New Food. Neste cenário extremo e conflituoso, avanços em produtos alimentares sustentáveis são apoiados ou restritos por regulamentações, que servem ao novo mundo de alimentos.” Nesse cenário, o “leite” produzido por fermentação em laboratório cresce significativamente.

Já o Dairy Evolution, Koch explicou que “é caracterizado por não ter grandes surpresas com desenvolvimento, e em grande parte seguindo tendências atuais e com uma variedade de interferências menores vindas de fatores incertos.”

Ainda sobre o futuro, Kevin Bellamy da Global Sector Head no Rabobank, trouxe a discussão se os alimentos lácteos têm um futuro brilhante. De acordo com ele “está claro que os laticínios vão continuar a exercer um papel fundamental na alimentação mundial.”

Contudo, Kevin salientou a questão por pressões ambientais, dizendo que “os produtos com proteínas alternativas, incluindo proteínas de culturas vegetais continuarão competindo com os leites fluidos e produtos lácteos frescos. Mas o sabor e a conexão emocional dos consumidores com produtos como queijo, garantirá que a demanda por laticínios continue forte.”

“A competição não será algo ruim. As empresas de laticínios serão forçadas a inovar e desenvolver formas de atender as necessidades do consumidor e de se mostrarem melhores de que outras fontes de proteína. Dessa forma, podem convencer os consumidores a pagarem os preços mais altos necessários atrelados aos custos de proteção ambiental.”

Sobre o consumo de lácteos, além do impulsionador demográfico, que pode aumentar a demanda, Bellamy citou a faixa etária da população, que direciona a natureza da demanda por lácteos.

“Mais de um bilhão de chineses terão mais de 50 anos na próxima década e a necessidade de leite em pó infantil, na China, continuará a diminuir. Pouco menos da metade do crescimento esperado na população dos EUA será de origem imigratória, somando-se a população adulta mais jovem. Enquanto o envelhecimento da geração dos baby boomers levará ao crescimento da faixa etária de pessoas com mais de 75 anos. Da mesma forma, no Brasil e no México, uma população envelhecida significará menos crianças para consumir laticínios e as empresas precisarão focar em consumidores mais velhos,” concluiu. Por outro lado, em regiões com menor faixa etária, como Índia e Indonésia, o consumo de lácteos pode ser limitado pela acessibilidade econômica.

Na perspectiva do quanto o setor leiteiro pode ser afetado pelo crescimento das bebidas à base de plantas e alimentos de laboratório, o evento trouxe a palestra de Julian Mellentin, fundador da New Nutrition Business.

Julian destacou que as bebidas vegetais vendidas em países como os EUA são vendidas com um sobrepreço de 100%. Representam 15% do mercado em valor, mas apenas 7% em volume. “Interessante, não é? Nos disseram que as bebidas vegetais são substitutas do leite, que representam um mercado popular. Mas isso não é verdade, é ainda um nicho.” De acordo com ele, apesar de ser um mercado altamente valorizado, ainda é um segmento de consumo pequeno.

“É um ponto muito importante a se ter em mente. Grande parte do crescimento das bebidas vegetais está relacionado às melhorias em termos de sabor e textura. Não se trata dos vegetais, nem necessariamente algo ligado à saúde, mas obviamente isso é importante. Não devemos subestimar o impacto de melhorar a experiência dos consumidores,” ressaltou Julian.

Mellentin salientou que as marcas de produtos vegetais não comprovam necessariamente que são mais sustentáveis. Além disso, ao comparar um “queijo vegano” com um tradicional (ambos produtos da Europa) abordou a questão nutricional, enfatizando a quantidade de proteínas: 1,3g no vegano e 25g no tradicional. “O perfil de macronutrientes desses produtos [vegetais] é pobre. O perfil de micronutrientes é muito pobre, às vezes até inexistente,” frisou.

Sobre as vantagens competitivas dos lácteos, Mellentin elencou a qualidade proteica e a densidade nutricional. “Isso é importante para os laticínios, porque eles são naturalmente densos nutricionalmente. É um dos alimentos mais ricos em nutrientes que podem ser consumidos.” Além disso, em sua palestra também abordou o leite sem lactose e a valorização da gordura láctea pelos consumidores como caminhos que os laticínios podem apostar para competir com o mercado plant-based. Segundo ele, o leite de vaca sem lactose cresce mais do que qualquer leite vegetal (nos EUA) e neste ano o leite integral de vaca crescerá em mercado, mais de 2 vezes o crescimento dos leites vegetais.

Marcelo Leitão, Gerente Comercial da divisão Foods da Arla Foods Ingredients no Brasil, trouxe um tema bastante interessante e oportuno para os laticínios: reaproveitamento de soro ácido para gerar novos negócios e a habilitação das empresas em prol da sustentabilidade.

“A geração de soro é um fato, as empresas geram soro. É um ingrediente que tem um alto valor nutricional. O soro praticamente tem quase a mesma composição de sais minerais do leite, é uma fonte de proteínas, que são muito valorizadas e também tem um pouco de gordura. O soro é considerado um alimento nobre, porque tem um valor nutricional interessante,” apontou Leitão.

Quando se fala em soro, Marcelo explicou que o grande desafio é o soro ácido, que é um produto originado da fabricação de cream cheese, petit suisse, skyr ou iogurte grego e requeijão nas empresas que produzem esses derivados pelo processo tradicional – sem adição de proteína. Além disso, o soro da fabricação de ricota também é ácido. “É possível sim, reaproveitar o soro ácido,” enfatizou.

De acordo com Leitão, para o reaproveitamento de soro ácido as empresas podem seguir por dois caminhos. “No processo sem geração de soro, no qual inicialmente a proteína é adicionada na produção, ou seja, não existe a geração de soro. Ou, então, a empresa que não pode abrir mão do seu processo tradicional, e consequentemente gera soro ácido, ele pode entrar como matéria-prima.”

Fomentando o foco da sustentabilidade, Lukasz Wyrzykowski, Diretor Geral do IFCN, trouxe o questionamento: é possível atingir a neutralidade de carbono no setor lácteo? “Atualmente, o que vemos e observamos na mídia é o foco, principalmente, na emissão de carbono. Mas, não podemos nos esquecer quantos outros itens existem em torno da nossa produção diária. Devemos ter um olhar multidimensional,” disse.

“Se estamos falando sobre CO2, e estivermos falando sobre as emissões, precisamos ver as definições de alerta. Se estamos falando sobre gases do efeito estufa, o que isso significa? Qual tipo de gás estamos falando?”

“Se estamos falando da metodologia, temos que entender que precisamos de cálculos por trás disso. Por exemplo, se temos o equivalente de CO2, precisamos recalcular outros gases para o equivalente de dióxido de carbono, para realmente medir quais são as emissões nas fazendas. Ainda não existe um método em todo mundo,” complementou Lukasz.

Wyrzykowski explicou que existem várias estratégias que podem ajudar na redução das emissões. “Eu acredito que a mais importante e a mais fácil é o aumento da eficiência produtiva. Como podemos aumentar o rendimento e a quantidade de leite produzido por vaca? Pelos nossos cálculos, cerca de 30% de toda a redução das emissões no mundo pode ser feita por uma simples melhora na produtividade.” De acordo com Lukasz, além disso podem ser usados aditivos para rações ou inibidores de metano, bem como uma melhoria da gestão das fazendas.

“Se começarmos a operar com mais tecnologias, podemos ir mais a fundo e, talvez, no final, reduzir as emissões a zero. Mas é claro que isso criará custos significativos.” Por outro lado, ponderou: precisamos começar pelo mais fácil, para não prejudicar a economia, isto é, pelo aumento da produtividade.

Ao final das palestras o evento trouxe um debate ao vivo com a presença de todos os palestrantes, moderado por Marcelo Carvalho, CEO do MilkPoint e Co-Fundador do AgTech Garage. O primeiro dia do Dairy Vision 2021 abordou uma temática importantíssimas para o futuro do setor lácteo.

Se interessou? O Dairy Vision 2021 está apenas começando, ainda dá tempo se inscrever! Todas as palestras, bem como o debate ficam disponíveis na plataforma 60 dias após o evento, você não perde nada! Faça parte do futuro do setor de laticínios mundial! Associados Sindilat/RS tem 30% de desconto clicando aqui. (Milkpoint) 
 

Ferramenta genômica seleciona bovinos leiteiros adaptáveis às diferenças climáticas do Brasil

A Embrapa Gado de Leite (MG) está utilizando uma ferramenta genômica denominada Clarifide Girolando para identificar touros capazes de produzir progênies (filhas) de acordo com a tolerância ao estresse térmico. “Pretendemos com isso enfrentar um grande problema da pecuária leiteira nacional, que é a perda de produção acarretada pelas condições locais de alta temperatura e umidade”, diz o pesquisador da Unidade Marcos Vinícius Barbosa da Silva, que coordena a pesquisa. 
 
“O estresse térmico interfere diretamente na produção de leite e quanto mais produtiva for a vaca, maior será essa interferência”, afirma, Renata Negri, doutora em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que integra a equipe de pesquisa. Ela prossegue: “Acredita-se que haja diferenças nas respostas fisiológicas associadas à produção de leite nos diferentes grupos genéticos que constituem a raça Girolando, sendo necessário identificar e classificar os animais conforme sua tolerância ao calor”.
 
A pesquisa conta ainda com a participação das doutoras em Genética e Melhoramento Darlene Daltro (UFRGS) e Sabrina Kluska da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Jaboticabal). Daltro informa que os trabalhos tiveram início em maio deste ano, quando foram selecionados 300 rebanhos distribuídos em diversos pontos do País.
 
A produção dos indivíduos desses rebanhos foi acompanhada e comparada entre si, tendo como principal variável as condições climáticas locais fornecidas pelas estações meteorológicas mais próximas das fazendas. Modelos matemáticos demonstraram que algumas vacas da raça Girolando podem deixar de produzir mais de mil litros de leite, considerando 305 dias de lactação, devido ao estresse térmico. Em seguida, por meio do Clarifide, identificou-se o genoma dos animais pesquisados para determinar os mais adaptáveis a determinada região.
 
Genômica agrega valor à raça brasileira Girolando - Segundo Kluska, com a pesquisa, as centrais de inseminação artificial poderão informar, além dos PTAs (Capacidade Prevista de Transmissão das características genéticas, traduzido do inglês: Predict Transmission Ability), a progênie mais adequada às diversas condições climáticas do País. De acordo com ela, essa é uma informação estratégica para o produtor. Além da queda na produção de leite, as fazendas têm prejuízos com o descarte de animais, de alto valor financeiro, intolerantes ao estresse térmico, mas cuja genética poderia ser muito eficiente em outros locais. 
 
“A identificação entres grupos genéticos e dentro de cada grupo permitirão o direcionamento de uso, conforme as condições locais de cada região brasileira, permitindo ao criador a escolha e utilização dos animais conforme suas condições reais de manejo e de ambiente, visando estabelecer um sistema de criação economicamente viável e cada vez mais eficiente”, destaca a doutora da Unesp-Jabuticabal.
 
Silva diz que a pesquisa irá contribuir muito para a Girolando, uma raça sintética desenvolvida no Brasil, com o cruzamento das raças Holandês X Gir Leiteiro, unindo o alto potencial produtivo da primeira com a rusticidade da segunda. “O Brasil é um país com extensão continental, com grandes variações climáticas e é inviável termos um padrão genético para todo o território nacional. O que o conhecimento genômico está nos permitindo é adequar a raça segundo as características específicas de calor e umidade”, resume Silva.
 
O pesquisador conclui destacando que esse trabalho é uma parceria da Embrapa com a Associação Brasileira de Criadores da Raça Girolando (Girolando). “Constituímos um pool de recursos para desvendar características intrínsecas da natureza dos animais da raça, proporcionando melhor compreensão dos mecanismos de defesa corporal e auxiliando na tomada de decisões e direcionamento dos programas de melhoramento genético, conforme os objetivos de seleção, exigências do mercado e atendendo aos requisitos de bem-estar animal”, completa Silva.
 
Lançado há três anos, Clarifide Girolando já apresenta resultados – Seu desenvolvimento levou seis anos de pesquisas em genômica, genética molecular e bioinformática. “Reunimos o que há de mais avançado nos conhecimentos de genoma e sistemas computacionais para avaliar as informações provenientes de um chip com centenas de milhares de dados relacionados ao DNA bovino”, diz Silva. A seleção dos animais para os sistemas de produção de leite é feita a partir de uma amostra de material biológico que contenha células do bovino. As informações genéticas coletadas são comparadas com as que estão disponíveis no chip do Clarifide Girolando.
 
Como resultado desse trabalho, o produtor recebe uma série de informações a respeito do animal, como produção e proteínas do leite, se é portador de genes que produzam defeitos genéticos, capacidade reprodutiva e outros dados necessários para que o processo de melhoramento do rebanho seja efetivo, como ocorre com a pesquisa a respeito da tolerância ao calor e à umidade.
 
A redução do tempo de avaliação dos animais, com a consequente diminuição dos custos, é a grande vantagem do Clarifide Girolando. Atualmente, a seleção de um touro que entra em teste de progênie custa cerca de R$ 300 mil. Trata-se de um processo demorado, que pode durar por volta de sete anos.  Com o Clarifide Girolando, isso é otimizado, como demonstra a pesquisa sobre estresse térmico, com os 300 rebanhos selecionados, que durou apenas seis meses.
 
Genômica e predição: seleção genética antes do nascimento – A avaliação genômica abre grandes possibilidades para o melhoramento dos rebanhos. Ela permite, por exemplo, que o animal seja selecionado antes mesmo de nascer. É possível retirar uma pequena amostra (dez células) de um embrião após sete dias da fecundação in vitro (fertilização realizada no laboratório) e, por meio dessas poucas células, analisar todo o seu genoma. Caso o embrião possua as características desejáveis, ele é transferido para a vaca (barriga de aluguel) que irá proceder a gestação. Do contrário, poderá ser descartado. Além de economizar tempo, esse procedimento otimiza as barrigas de aluguel, pois a vaca passará a gerar somente os embriões que foram selecionados como os melhores.
 
As informações são do Embrapa Gado de Leite, adaptadas pela equipe MilkPoint. 



Capacitação incentiva uso da homeopatia na atividade leiteira

A homeopatia é um método terapêutico existente há mais de 200 anos e é considerada uma forma de tratamento alternativo ou complementar. Desde 2015 a Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), vem trabalhando essa temática em cursos e capacitações, especialmente ligados à bovinocultura de leite, despertando o interesse de agricultores familiares na utilização dessa ferramenta no seu dia a dia na propriedade rural.
 
Com os bons resultados obtidos em alguns municípios da região Norte do Estado, o número de famílias interessadas nessa prática cresceu. Para atender essa demanda, duas capacitações sobre o uso da homeopatia na atividade leiteira foram realizadas nesta semana, dias 09 e 10/11 em Palmitinho, e dias 11 e 12/11 em Liberato Salzano.
 
As capacitações foram conduzidas pelo médico veterinário da Emater/RS-Ascar Ricardo Lopes Machado, especialista no assunto. As atividades realizadas em Palmitinho e Liberato Salzano reuniram produtores rurais e extensionistas que já estão usando a homeopatia em suas atividades ou que estão interessados em iniciar essa prática. Em Palmitinho, a capacitação foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal da Agricultura e Sicredi. Em Liberato Salzano, a atividade contou com o apoio da Prefeitura Municipal.
 
"Nosso trabalho tem como objetivo levar às famílias o conhecimento e informação sobre essa ferramenta, buscando sempre uma produção de leite mais sustentável, reduzindo o uso de medicamentos e melhorando outros processos. Essa é uma prática que traz ganhos econômicos, mas principalmente sociais e ambientais também", comentou o extensionista rural da Emater/RS-Ascar Valdir Sangaletti, coordenador regional de sistemas de produção animal.
 
Na região, hoje são 16 equipes municipais e 245 famílias assistidas trabalhando com a homeopatia em diferentes atividades, como a bovinocultura de leite, gado de corte, pequenas criações e também na produção vegetal. O uso da homeopatia é mais intenso na atividade leiteira. Municípios da região, como Gramado dos Loureiros, Sarandi, entre outros, têm trabalhos expressivos nessa área e estão apresentando resultados importantes e positivos, o que tem motivado outras famílias a aderirem a essa ferramenta.
 
Para 2022, 21 municípios já planejaram ações envolvendo a homeopatia, especialmente na atividade leiteira. Serão 355 famílias que receberão assistência técnica e acompanhamento direto sobre o assunto no próximo ano.
 
"O objetivo dessas ações é mostrar às famílias a importância da homeopatia, mas sempre com um olhar sistêmico à propriedade rural. A homeopatia é uma ferramenta importante, mas que deve ser acompanhada de um conjunto de ações, como o bem-estar e a sanidade animal, o bem-estar das pessoas, a melhoria do solo, entre outras. Dessa forma, a partir desse conjunto de ações, a homeopatia poderá contribuir com as atividades produtivas, reduzindo o custo de produção, melhorando a saúde dos animais, a saúde das pessoas e trazendo mais qualidade de vida", completou Sangaletti.
 
As informações são da Emater-RS Ascar, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

 Jogo Rápido

Mapa prorroga portaria que trata sobre Trânsito e Certificação Sanitária de Produtos de Origem Animal
Foi prorrogada a data de vigência da PORTARIA SDA Nº 431, DE 19 DE OUTUBRO DE 2021, que Aprova os Procedimentos de Trânsito e de Certificação Sanitária de Produtos de Origem Animal e de Habilitação para Exportação de Estabelecimentos Nacionais Registrados Junto ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Esta portaria estava prevista para entrar em vigor no dia 03 de novembro, porém foi prorrogada por meio do  OFÍCIO-CIRCULAR  Nº 76/2021/DIPOA/SDA/MAPA,  datado  de  15 de novembro de 2021. (data que encerrou o prazo concedido  pelo  OFÍCIO-CIRCULAR Nº 73/2021/DIPOA/SDA/MAPA). As empresas têm, agora, até o dia 01 de dezembro de 2021 para conclusão das adequações impostas pela Portaria SDA/MAPA nº 431/2021. >> Acesse aqui a PORTARIA SDA Nº 431, DE 19 DE OUTUBRO DE 2021. (Elaboração Terra Viva com dados do DOU)


 

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Porto Alegre, 16 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.541


Global Dairy Trade



Fonte: Gdt adaptado Sindilat/RS
 

“NÃO QUEREMOS QUE OS JOVENS TRABALHEM NA LEITEIRA PORQUE NÃO TÊM OUTRA OPÇÃO, MAS PORQUE A VEEM COMO UMA ALTERNATIVA ATRAENTE”

A jornada de trabalho dos produtores de leite convencionais no Uruguai geralmente começa muito cedo pela manhã, quando vão ao campo para realizar todas as tarefas relacionadas com a ordenha.

Essa rotina é realizada duas vezes ao dia, todos os dias do ano, e implica um grande esforço dos produtores de leite do país, que renunciam às atividades pessoais para poder cumpri-la.

Avaliando opções que favorecem o bem-estar dos trabalhadores rurais, a estação experimental do Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA) de La Estanzuela instalou em 2017 o primeiro robô leiteiro do país, uma tecnologia com múltiplos benefícios que foram analisados no programa “ En onde estamos ”da Rádio Nacional pelo Ing. Agr. (Doutorado) Santiago Fariña, diretor do Programa de Pesquisa em Produção de Leite do INIA.

O especialista começou explicando que existem mais de 40.000 tambores de robôs no mundo. No Uruguai a novidade foi introduzida pelo INIA há quatro anos e depois foram instalados mais dois em propriedades privadas em San José e Rocha.

“No INIA instalamos sem saber como ia funcionar. Na Austrália e na Nova Zelândia, que possuem sistemas pastoris como os do Uruguai e onde este tipo de robôs já operam há vários anos, foram conseguidas horas mais agradáveis para os produtores de leite, que era a tarefa principal, e juntos também conseguiram outra. monte de benefícios. Conseguimos avaliar e conseguir essa melhoria nos horários aqui ”, destacou a pesquisadora.

Especificamente, a leiteria INIA La Estanzuela é composta por dois robôs que realizam a ordenha. O gado possui uma coleira de identificação individual que oferece informações sobre cada vaca e que, nas proximidades das portas inteligentes, permite a entrada ou não nos espaços de espera e pós-ordenha e nos piquetes de pastejo. Em todos os momentos o rebanho circula pela propriedade voluntariamente incentivado pela alimentação e o sistema se encarrega de colocar as tetinas para que seja ordenhada voluntariamente.

Sem afetar o número de trabalhadores da atividade leiteira, esta tecnologia permite que as pessoas abandonem as tarefas mais sacrificadas e passem a assumir outras tarefas de tomada de decisão com base nas informações fornecidas pelo sistema em tempo real e à distância.

“Embora seja um dispositivo relativamente simples, ele faz um trabalho que em baterias convencionais exige muito tempo e esforço. Na leiteria do robô a equipe chega às 7h30 e sai às 16h, mas um fazendeiro tradicional tem que se levantar para o leite, por exemplo, às 4h da manhã todos os dias do ano. dormir pouco ou ir para a cama tarde e faltar às atividades que compõem a vida social do trabalhador ”, enfatizou Fariña.

A mudança geracional também implica desafios e incertezas para os proprietários de fazendas leiteiras convencionais, já que muitas vezes os jovens não acham atraente o esforço que seus pais devem fazer. Como exemplo, Fariña citou o caso do produtor de leite que trabalha na fazenda convencional do INIA há mais de 44 anos.

“Está há mais de quatro décadas na leiteria e o filho não queria fazer o mesmo que ele, porque via as limitações que o pai tinha, que não podia sair ou ir a eventos familiares. E isso acontece em muitas famílias no Uruguai e é uma questão geracional, porque os jovens querem ter mais tempo livre. Nesse caso, o filho do leiteiro ganhava a vida, trabalhava nas reservas naturais e quando voltava acariciava os bezerros. Porém, quando teve a oportunidade de trabalhar com a leiteria robô, ele gostou ”, disse.

Nesse sentido, Fariña explicou que o objetivo da leiteria robotizada é que, através das facilidades proporcionadas pela tecnologia e que estão sendo avaliadas pelo INIA, as novas gerações vejam uma interessante oportunidade de trabalho na leiteria. “Não queremos que os jovens trabalhem na indústria leiteira porque não têm outra opção, mas porque a veem como uma alternativa atraente”, afirmou.

“Isso está acontecendo cada vez mais e é um fenômeno que temos que entender e enfrentar. Existem jovens apaixonados por leite, vacas e campo, mas não querem um trabalho que exija um esforço extraordinário. Isso pode ser melhorado com a tecnologia, por isso de institutos como o INIA devemos avaliar, investigar e buscar soluções inovadoras que tornem o laticínio um trabalho mais atraente e sustentável para as gerações futuras ”, finalizou. (Edairy)

 

Primeira exportação de lácteos à China da história é feita pela CCGL

A China recebeu no início deste mês a primeira carga de produtos lácteos brasileiros da história. Dois anos depois da consolidação da abertura do mercado, com a habilitação das plantas do Brasil para exportação, a Central Cooperativa Gaúcha Ltda (CCGL) encaminhou um pequeno volume de leite em pó por via área, de Guarulhos (SP) para Xangai, no dia 5.

Emblemático, o negócio pode começar a abrir as portas de um dos maiores mercados consumidores de lácteos do planeta, cujas importações estão em franca expansão. “Acreditamos muito nesse mercado para o futuro”, afirmou ao Valor Caio Vianna, presidente da CCGL, que faturou R$ 1,4 bilhão em 2020.

Primeiro grupo brasileiro a buscar habilitação para exportar à China, a CCGL usará essa venda para tentar expandir os negócios no país asiático, onde já tem marca registrada. A importação foi realizada por uma empresa parceira da cooperativa, que agora vai fazer o trabalho de correspondente comercial para divulgar e vender os produtos gaúchos. Mais dois contêineres de leite em pó já estão negociados e devem ser enviados em breve.

A carga exportada incluiu leite em pó integral, leite em pó desnatado e leite em pó zero lactose – item que exige aplicação de muita tecnologia e pode ser interessante para o público chinês, diz o presidente da central. “O objetivo da primeira exportação é ter o produto na China para podermos trabalhar comercialmente. Abrimos um canal com o maior mercado consumidor do mundo”, afirmou Vianna, que não revelou o valor da negociação.

Os laticínios brasileiros começaram a ser habilitados em 2019 para exportar para a China, mas a certificação estava acordada com o país asiático desde 2007. Atualmente, 33 empresas têm o aval para comercializar com os chineses.

Para viabilizar a venda, a CCGL precisou se adequar às burocracias e exigências sanitárias de Pequim, que exigiram paciência e investimentos em manejo, registro, acompanhamento e rastreabilidade. A cooperativa tem 3,5 mil produtores fornecedores e capacidade instalada de processamento de 3,2 milhões de litros diários na planta de Cruz Alta (RS).

Cerca de 60% do volume de 1,7 milhão de litros de leite recebidos diariamente pela central de 30 cooperativas filiadas vêm de propriedades certificadas pelo programa Leite Mais Saudável como livres de tuberculose e brucelose. Os produtos enviados para a China são oriundos desses produtores. Também foram superadas exigências sanitárias para comprovar a ausência de contaminantes nos produtos nacionais comuns em lácteos de outros países.

“Temos que ter condições de rastrear o produto desde a propriedade, com o nome do produtor, e todo o processamento dentro da indústria. Tivemos que identificar explicitamente e individualmente os produtos nos documentos de exportação. É trabalhoso e complicado”, contou Vianna.

O objetivo é tornar a produção conhecida e confiável para eliminar alguns requisitos nos próximos embarques. “Em grandes volumes vai ser muito complicado, são adequações que ao longo da evolução do processo terão que acontecer”.

A CCGL já exportava para a Argélia e outros países africanos. As vendas externas são uma opção para corrigir distorções de mercado, disse Vianna, dada a sazonalidade da produção e dos preços internos. “É bom exportar porque o mercado interno está travado, algumas exportações se fazem necessárias para tirar a pressão sobre estoques”, ressaltou.

Segundo Vianna, os preços acertados da carga destinada à China foram similares aos do mercado interno. “É um primeiro passo para que outras empresas se adequem, procurem parceiros comerciais. Vamos torcer para que o mercado e câmbio nos permitam fechar a conta”.

A Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) ainda não tem uma estimativa do potencial das exportações à China, mas diz que outras empresas estão prospectando negócios. A meta é conseguir um desempenho semelhante ao alcançado na Rússia, cujo mercado foi aberto em 2014. Hoje, quatro contêineres são enviados por mês aos russos, com produtos de alto valor agregado. “Vamos conquistando o gosto dos consumidores estrangeiros aos poucos”, disse Gustavo Beduschi, diretor executivo da entidade. (As informações são do Valor Econômico)


 Jogo Rápido

EUA: exportações caminham para recorde, mas logística preocupa
Enquanto as exportações de produtos lácteos dos Estados Unidos (EUA) estão rumando para um ano recorde, a crise da cadeia de abastecimento pode causar danos irreparáveis no futuro, segundo representantes da indústria de laticínios do país. De acordo com dados mensais divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA em 5 de novembro, o valor das exportações de laticínios do país para o ano fiscal (FY) 2021 (outubro de 2020 a setembro de 2021) atingiu US$ 7,394 bilhões, um aumento de 13% em relação ao ano fiscal de 2020 e quase o mesmo do recorde anterior de US$ 7,4 bilhões de 2014. Apesar desses números, os atuais problemas logísticos representam uma ameaça aos exportadores de laticínios dos EUA, disse Mike Durkin, presidente e CEO da Leprino Foods, durante uma audiência do Comitê de Agricultura da Câmara dos EUA em 3 de novembro. “Os desafios da cadeia de suprimentos impactaram significativamente nossos negócios e não esperamos que eles diminuam tão cedo”, disse Durkin. “Esta crise de exportação pode resultar em danos irreparáveis à agricultura americana, já que clientes em todo o mundo estão questionando a confiabilidade da indústria de laticínios dos EUA como fornecedora.”  Durkin pediu ao Congresso que atue na legislação de transporte marítimo, resolva a escassez crítica de mão de obra da indústria de transporte, aumente o horário de operação do porto e tome outras medidas para permitir que os produtores agrícolas dos EUA alcancem os mercados estrangeiros de forma eficaz. Suas preocupações foram ecoadas pelo U.S. Dairy Export Council (USDEC) e pela National Milk Producers Federation (NMPF). “A pressão causada pelos desafios do transporte marítimo está afetando muito os exportadores de laticínios”, disse Krysta Harden, presidente e CEO da USDEC. “Os exportadores estão trabalhando duro para fornecer produtos feitos nos Estados Unidos para clientes estrangeiros de forma confiável e acessível, mas a situação atual não pode ser sustentada por longo prazo.” “O setor depende das exportações, parte vital da demanda por leite produzido todos os dias pelos produtores de leite da América”, disse Jim Mulhern, presidente e CEO da NMPF. “Corremos o risco de prejudicar as relações com o mercado estrangeiro e os clientes de longo prazo se não pudermos garantir fluxos de exportação eficientes.” (As informações são do Progressive Dairy, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre, 12 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.540


Inscrições para o 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo são prorrogadas
 
As inscrições para o 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo foram prorrogadas até o dia 30 de novembro. O reconhecimento, promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), tem o objetivo de homenagear jornalistas que acompanham o setor. Podem se inscrever profissionais que produziram matérias sobre a produção de lácteos e derivados na bacia leiteira do Rio Grande do Sul em veículos nacionais, entre 24/11/2020 e 12/11/2021. Os vencedores de cada categoria (Impresso, Eletrônico e On-line) receberão um troféu e um iPhone como prêmio.
 
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a premiação é uma forma de valorizar os profissionais do jornalismo que evidenciam e levam à sociedade informações que mostram a importância econômica desse setor tão importante para o agronegócio e para a alimentação do povo brasileiro. “Há um trabalho diário e um esforço de milhares de famílias e empresas para levar leite à casa dos brasileiros todos os dias. Sabemos que a imprensa é essencial para mostrar essa realidade ao consumidor, mas que também é pela mão do jornalista que muita informação técnica chega ao homem do campo”, salienta Palharini.
 
Para participar, é preciso preencher a ficha de inscrição e remeter documentação e cópia do trabalho para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. A divulgação dos finalistas será realizada até o dia 10 de dezembro pelos canais do Sindilat. Os vencedores serão conhecidos em live com data ainda a ser divulgada.
 
Mais detalhes podem ser conferidos no regulamento publicado no site do Sindilat. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Indústria e produtores pedem apoio para enfrentar crise do setor lácteo em 2021

Abalado por um cenário econômico globalizado, em que o dólar e a valorização internacional das commodities ditaram as regras de preços de insumos dentro do Brasil, o setor lácteo enfrenta em 2021 uma crise sem precedentes. O impacto é realidade nas indústrias e nas propriedades rurais e agravou-se nos últimos meses com o tradicional período de safra na região Sul, quando se verifica aumento de produção e redução de preços. “As indústrias estão operando com margem negativa, pressionadas pelo preço da matéria-prima e a forte alta nos insumos de produção, tais como diesel e embalagens plásticas, de alumínio e acartonadas. Os custos de produção no campo também sofrem com o cenário, que ainda atinge, sob outra ótica, boa parte da população que teve seu poder de compra minimizado pela inflação”, frisou o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini.

Olhar o cenário do leite hoje exige cautela. “Não há um culpado pelo problema estabelecido. O que precisamos, neste momento, é encontrar uma resolução”, argumentou. Ao lado dos produtores, o Sindilat busca junto às autoridades medidas protetivas que ajudem, ao menos momentaneamente, a atravessar esse período crítico para toda cadeia produtiva. Uma das demandas que deve ser levada à Brasília em breve, é a adoção de ferramentas de compras governamentais que ajudem a reaquecer o mercado. Unido, o setor também reivindica ações que permitam suavizar os custos de produção e melhorar a competitividade do produto gaúcho no cenário nacional. “O leite é um setor estratégico para a nutrição da população e para a capilaridade de renda no campo. É hora de adotarmos uma política nacional de valorização do leite e que viabilize que nossa produção seja competitiva e rentável novamente”. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)





Quais são as propriedades tecnológicas das proteínas do soro? Parte 04/04

Essas características estruturais tornam os produtos proteicos de soro ingredientes com propriedades tecnológicas valiosas para serem aplicadas nas indústrias alimentícias. A característica anfifílica das proteínas do soro permite que elas adsorvam em interfaces do tipo hidrofílica/hidrofóbica por meio de interações intermoleculares favoráveis com as duas fases.

Assim, elas podem ser usadas para aumentar a estabilidade cinética de espumas (interface água/ar) e emulsões (interface água/óleo e óleo/água) (Figura 1). O uso dessas proteínas como agentes espumantes e emulsificantes é bastante comum tanto em produtos lácteos, como sorvete e chantilly, quanto em misturas para bolos e embutidos cárneos.

Outra propriedade tecnológica importante das proteínas do soro é a gelificação. A formação de gel decorre de interações intermoleculares entre as cadeias proteicas que dão origem a redes tridimensionais que aprisionam o solvente (como a água, por exemplo).

Alimentos como flans, salsicha e mousses podem ter a estabilidade dos seus géis aumentada com o emprego das proteínas do soro. Além disso, a alta capacidade de hidratação dessas proteínas, isto é, de formarem muitas ligações de hidrogênio com as moléculas de água, promove aumento de viscosidade de produtos alimentícios como bebidas lácteas e molhos para salada.

Diante da qualidade nutricional e da versatilidade de aplicações das proteínas do soro, fica fácil entender o porquê do conceito de “resíduo” que era atribuído ao soro de leite ter ficado no passado e hoje ele ser considerado um coproduto lácteo de grande valor! (THERMA/UFV - Milkpoint)

 Jogo Rápido

Chuvas expressivas previstas para próximos dias no Estado
A próxima semana terá chuva expressiva em diversas regiões do Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 45/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (12), o tempo firme, com sol e nebulosidade variável, vai predominar na maioria das regiões. Apenas nas faixas Leste e Nordeste a circulação de umidade do mar para o continente poderá provocar pancadas isoladas de chuva. No sábado (13), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, com valores acima de 30°C na maioria das regiões. No domingo (14), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva na maior parte do Estado. Na segunda-feira (15), o ingresso de uma massa de ar seco garantirá o tempo firme em todo o Estado. Na terça (16) e quarta-feira (17), o deslocamento de uma nova frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Norte. Os valores previstos deverão ser oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das localidades da Metade Sul. No restante do Estado, os volumes deverão oscilar entre 25 e 45 mm, podendo superar 50 mm em diversos municípios do Alto Uruguai, Planalto, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. O documento também aborda a situação atual das culturas de trigo, aveia branca, canola, cevada, soja, milho, feijão e arroz. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui. (SEAPDR)


 

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Porto Alegre, 11 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.589


Índia agora é o maior produtor e consumidor global de lácteos

Está previsto um aumento de 203,5 milhões de toneladas na produção de leite fluido para comercialização da Índia em 2022 (janeiro a dezembro), conforme relatado pelo Serviço de Agricultura Estrangeira do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA FAS), ficando 2% acima do ano passado.

Antecipando preços fortes e modesta demanda de exportação, as exportações de manteiga aumentarão para 15.000 toneladas, 36% a mais do que o valor de exportação estimado para 2021, de 11.000 toneladas.

Com as mesmas premissas, as exportações de leite em pó desnatado devem aumentar para 20.000 toneladas, 11% acima do valor estimado para 2021. Como a produção de leite está crescendo junto com o consumo doméstico, qualquer aumento na demanda futura por lácteos pode levar a uma expansão nas importações.

Cerca de 54% da produção de leite é comercializada por meio de cooperativas e/ou atores não organizados, como leiteiros e empreiteiros. Os cinco maiores estados produtores de leite da Índia, responsáveis por mais da metade da produção nacional, incluem Uttar Pradesh (16%), Rajasthan (13%), Madhya Pradesh (9%), Andhra Pradesh (8%) e Gujarat (7%) .

A FAS New Delhi prevê o consumo de leite fluido da Índia em 2022 em 85 milhões de toneladas, um aumento de 2,5% em relação ao número oficial de 2021 do USDA, de 83 milhões de toneladas. O relatório atribui este aumento ao número crescente da população, juntamente com maior acessibilidade e disponibilidade do produto nos setores de varejo e serviços de alimentação.

Os indianos estão se voltando cada vez mais para o consumo de leite, em busca de maior ingestão de proteínas. A Índia hoje não é apenas o maior produtor global de leite, mas também se tornou o maior consumidor de leite.

O relatório prevê a produção da Índia em 2022 em 700.000 toneladas, um aumento de quase 3% em relação ao previsto pelo USDA para 2021, que é de 680.000 toneladas. Esse aumento é atribuído à previsão de preços mais altos e ao aumento da demanda de exportação.

O aumento da demanda por leite reconstituído e as exportações consistentes de leite em pó desnatado são os principais impulsionadores do aumento da produção. O mercado de leite em pó desnatado está acostumado com o sistema de compras da Índia, com seu fluxo de caixa remunerado previsível.

No entanto, está lentamente desenvolvendo uma rede de marketing para produtos perecíveis de alto valor. O relatório prevê que a produção de manteiga da Índia em 2022 chegará a 6,5 milhões de toneladas. O aumento resulta em grande parte da melhoria da renda que está levando a um aumento na demanda doméstica por manteiga.

O FAS New Delhi prevê um consumo de leite em pó desnatado na Índia em 2022 de 694.000 toneladas, um aumento de 2,5% em relação à estimativa oficial do USDA para 2021. Da mesma forma, o consumo de manteiga está previsto em 6,4 milhões de toneladas, um aumento de aproximadamente 3% em relação à estimativa de 2021. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

O que temos à frente no mercado do leite?
O setor lácteo atravessou grandes mudanças nos últimos anos. No primeiro elo da cadeia, observamos uma evolução da produtividade das fazendas, com a mesma ou até maior quantidade produzida de leite por menos produtores. Além disso, também presenciamos tecnologias aplicadas ao campo e ao transporte de leite, bem como uma mudança nos sistemas de produção.

Na indústria, as mudanças também foram muitas e maioria voltada para um propósito: atender as demandas de consumo. Nos tempos do consumidor, questões ambientais, de bem-estar animal e de representatividade, ou seja, valores pregados e praticados pelas marcas, ganham cada vez mais força. É válido ressaltar que hoje os laticínios não vendem apenas um produto, mas sim um conceito de valores.

Neste cenário de modificações na produção de leite e do protagonismo do consumidor, o que esperar do futuro do mercado do leite? Existem novos possíveis cenários? Se sim, quais? Haverá novas mudanças na cadeia láctea? Quais serão os novos desafios? E as novas oportunidades? Quais pautas deverão estar em foco?  

Para debatermos esses e outros questionamentos sobre o futuro do mercado do leite, 17 de novembro, no primeiro painel do Dairy Vision 2021, vamos abordar essa temática com grandes nomes da cadeia láctea.

Veja a seguir a programação e palestrantes deste painel:

● Os principais desafios e oportunidades que o setor lácteo brasileiro tem à frente, Paulo do Carmo Martins, Embrapa Gado de Leite

 Se a produtividade por fazenda é maior, qual o impacto disso para os laticínios? E as produções de leite regionais, como isso afeta ou pode afetar as indústrias? E a produção estagnada de leite brasileiro, como reverter esta situação? Quais são as perspectivas para as margens da indústria? E o consumo de lácteos? Devemos aderir ao plant-based? E o mercado de ESG? Quais são os desafios e impactos de cada variável desse conceito no mercado do leite?

As questões sobre o futuro do mercado lácteo e suas variáveis são importantíssimas e trazem muitos questionamentos. Por isso, no primeiro painel do Dairy Vision 2021, contaremos com a palestra do Paulo do Carmo Martins, Chefe-Geral da Embrapa Gado de Leite, abordando essa temática.

● Quatro cenários possíveis para a indústria láctea, Christian Koch, professor na School of Economics and Marketing, Lund University

 Fomentando a discussão sobre o futuro lácteo, contaremos com a palestra do Christian Koch, professor na School of Economics and Marketing, Lund University, que por meio de um estudo concluiu quatro cenários possíveis para a indústria de laticínios: Dairy Evolution, Green Dairy, New Fusion e Brave New Food.  

Em sua palestra, Cristian explorará esses cenários e o que eles representam para a indústria do leite. Dessa forma, vamos ampliar ainda mais o leque de visões sobre o panorama futuro das empresas de laticínios.

● Os alimentos lácteos têm um futuro brilhante? Kevin Bellamy, Global Sector Head no Rabobank

Os lácteos, naturalmente, já apresentam características que os diferenciam e atendem exigências de consumo: benefícios à saúde, indulgência ao sabor e textura e até mesmo a conciliação de ambos em um só produto. Mas, com o surgimento de novas vertentes e tendências de consumo, os lácteos ainda têm um futuro brilhante?

Em busca de encontrarmos respostas e insights para esse questionamento, no primeiro painel do Dairy Vision 2021, teremos a palestra do Kevin Bellamy, Global Sector Head no Rabobank, que abordará o assunto.

Bebidas à base de plantas e alimentos de laboratório: até que ponto os lácteos podem ser afetados? Julian Mellentin, Fundador da New Nutrition Business

Nos últimos anos, a alimentação à base de vegetais vem ganhando mais adeptos. Essa vertente de consumo visa atender a demanda de consumidores que buscam uma dieta vegetariana ou vegana e aqueles que procuram reduzir a ingestão de proteína animal. Além dos produtos vegetais, alimentos elaborados em laboratório também desapontam como uma alternativa aos de origem animal. 

Seria, então, o fim do protagonismo da proteína animal? O quanto as proteínas vegetais e as alternativas científicas podem afetar o mercado e demanda de produtos de origem animal?  Neste cenário: como fica o leite e seus derivados? Em qual grau podemos ser afetados? Fomentado o assunto, Julian Mellentin, Fundador da New Nutrition Business abordará o tema em sua palestra no Dairy Vision 1021.

● Sustentabilidade: reaproveitamento de soro ácido para gerar novos negócios, Marcelo Leitão, Arla Foods Ingredients

O soro ácido, produto originado da fabricação de cream cheese, petit suisse, skyr ou iogurte grego e requeijão nas empresas que produzem todos esses derivados pelo processo tradicional — sem adição de proteína — representa um grande desafio para as indústrias lácteas. 

Neste cenário, encontrar soluções eficazes para seu reaproveitamento, com foco em sustentabilidade e novos negócios é uma opção interessante para os laticínios. Mas, como isso é possível? Como adaptar processos na realidade de cada empresa?  Para debater mais sobre essa questão, Marcelo Leitão, Arla Foods Ingredients explorará os caminhos sustentáveis para o soro ácido em sua palestra.

● É possível atingir a neutralidade de carbono no setor lácteo? Lukasz Wyrzykowski, Diretor Geral do IFCN

A pegada zero ou reduzida de carbono é uma forte vertente de exigência de consumo muito atrelada à produção sustentável de alimentos. Na cadeia do leite, não é diferente e é possível observar empresas que atuam nessa frente.

Mas, é possível atingir a neutralidade de carbono no setor lácteo? Se sim, como? Trazendo esse questionamento, contaremos com a palestra do Lukasz Wyrzykowski, Diretor Geral do IFCN, no primeiro painel do Dairy Vision 2021.

Podemos perceber que o futuro reserva grandes desafios para o setor lácteo e que para contorná-los é necessário entendê-los e se antecipar a eles. Por isso, pensando no futuro da cadeia do leite, o Dairy Vision 2021, que ocorrerá online nos dias 17, 18, 23 e 24 de novembro, explorará os caminhos para o setor lácteo prosperar em um mundo incerto e de mudanças.

Para isso, contaremos com 33 palestrantes de 11 países: Brasil, Suíça, Suécia, Portugal, França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Argentina e Itália. Se você pretende fazer parte do futuro lácteo, o Dairy Vision 2021 é o seu lugar! Associados do Sindilat/RS podem se inscrever com 30% de desconto clicando aqui. (Milkpoint)





Como é a estrutura das proteínas do soro? PARTE 03/04
As proteínas do soro apresentam estruturas terciárias caracterizadas por uma forma globular compacta tridimensional. A partir da perspectiva termodinâmica, a formação dessas estruturas proteicas envolve a otimização tanto da entropia conformacional da cadeia polipeptídica quanto das interações intermoleculares (hidrofóbica, eletrostática, van der Waals e ligação de hidrogênio) entre os aminoácidos na proteína, de modo que, a energia livre (ΔG) da molécula seja reduzida ao menor valor possível.

Assim, na forma nativa dessas proteínas, a maioria dos aminoácidos hidrofóbicos encontram-se no interior da proteína, enquanto os aminoácidos mais hidrofílicos, principalmente os carregados, ficam mais próximos da interface proteína/água (Figura 1) (MCSWEENEY e FOX, 2013).

O interior predominantemente hidrofóbico das proteínas do soro, as tornam carreadoras naturais de pequenas moléculas hidrofóbicas, como aromas, corantes e compostos bioativos em diversas matrizes alimentícias, inclusive nas aquosas, nas quais esses compostos são pouco solúveis.




No entanto, alguns agentes físicos (temperatura e pressão) e químicos (pH e sais), conhecidos como agentes desnaturantes, são capazes de perturbar as interações não covalentes responsáveis pela estabilidade das estruturas terciárias das proteínas do soro. Esse processo, conhecido como desnaturação proteica, aumenta ainda mais a digestibilidade dessas proteínas, uma vez que, o desdobramento das suas estruturas facilita o acesso das enzimas digestivas.

Além disso, a desnaturação também tem impactos nas propriedades físico-químicas, visto que na nova estrutura de equilíbrio assumida após a desnaturação, os aminoácidos hidrofóbicos ficam expostos ao meio aquoso. Portanto, a forma desnaturada dessas proteínas apresenta característica anfifílica, ou seja, sua estrutura possui regiões hidrofílicas e regiões hidrofóbicas. (THERMA/UFV - Milkpoint)  

 Jogo Rápido

Piracanjuba ingressa no aplicativo BEES e facilita as compras do pequeno varejo
Piracanjuba/Varejo - Depois de ser a primeira indústria de lácteos a ter seus produtos vendidos de forma direta pela Amazon e consolidar importantes parcerias, como é o caso do Magazine Luiza, Mercado Livre entre outros, a Piracanjuba avança na digitalização do mercado de alimentos e bebidas com a presença no aplicativo BEES, plataforma B2B, da Ambev.  Por meio dele, é possível fazer pedidos sem intermediários e com entregas em todos os dias da semana. Desde o mês de maio, pequenos varejistas e transformadores estão adquirindo produtos em quantidades variadas, sem limite de faturamento. Com essa iniciativa, além de aproveitar a expertise logística da Ambev, a Piracanjuba chega de forma mais efetiva a bares, restaurantes, padarias, mercearias, empórios, docerias, pequenos negócios, entre outros. Com mais essa opção, a Piracanjuba busca tornar mais acessível e fácil a experiência de compra por parte dos pequenos e médios empreendedores. No Brasil, o BEES agora é usado por mais de 70% dos clientes ativos da Ambev. Os interessados em usar a plataforma para comprar produtos Piracanjuba podem se cadastrar facilmente, bastando ter um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) no ramo alimentício ou, caso seja um transformador e tenha um pequeno negócio, informando o CPF. O aplicativo Bees está disponível nas lojas virtuais dos sistemas Android e IOS e conta com sistema moderno de geolocalização, o que facilita que as entregas dos pedidos sejam feitas de forma ágil e assertiva. (Assessoria de imprensa Piracanjuba)


 

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Porto Alegre, 10 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.587


Em meio a debate sobre reforma tributária, Aliança Láctea Sul Brasileira empossa coordenação-geral de Santa Catarina

Em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira realizada na manhã desta terça-feira (9/11), a coordenação-geral foi transmitida de Ronei Volpi, do Paraná, que esteve à frente do grupo em 2021, para o catarinense Airton Spies. O dirigente ficará a cargo da entidade no biênio 2022-2023. O encontro também debateu alguns dos pontos da reforma tributária que impactam diretamente o setor de leite e derivados, com a participação de Marcelo Costa Martins, consultor da Câmara Setorial do Leite.

Spies reforçou os pilares da atuação da Aliança desde sua criação, em 2014. “Quando ela foi constituída na Expointer, nos unimos em torno de três aspectos: a região Sul tem problemas e oportunidades em comum; por isso, pode implantar estratégias comuns para enfrentar desafios; e cumprir o ideal de tornar a cadeia do leite competitiva globalmente, para além dos 213 milhões de brasileiros", destacou.

Para Spies, apesar das dificuldades enfrentadas atualmente, como a grande volatilidade de preços, o setor enxerga oportunidades futuras, como a produção de biomassa nas forrageiras. “Mas haverá pedras no caminho”, alerta. Segundo o novo coordenador-geral, é necessário colocar o leite no topo da agenda dos três governadores da região para mantê-los informados sobre as necessidades do setor.

Na parte sobre os “Cenários da Reforma Tributária”, Martins se concentrou principalmente na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110 e no PL 3887/2020, que cria três tipos de impostos: um IVA (imposto sobre valor agregado) federal, que unifica PIS e Cofins, e um IVA subnacional (abrangendo estados e municípios), unificando ICMS e ISS. Além disso, a PEC prevê a criação de um imposto seletivo para bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio-ambiente.

Para Martins, é importante entender o impacto dessas mudanças no setor de lácteos e participar do debate. Segundo o consultor, existe uma grande preocupação quanto ao aumento da carga tributária: “Além da proposta de aumentar a carga de 9,25% para 12%, insumos como adubos, fertilizantes, vacinas, entre outros, que hoje têm alíquota zero passarão a ser tributados em 12%. Se o custo de produção já é alto, com a aprovação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), a expectativa é que esses insumos encareçam ainda mais.

Martins também alertou para a queda do crédito presumido no Programa Mais Leite Saudável, de 50% para 15%, prejudicando os benefícios da iniciativa. Essas alterações podem impactar diretamente no consumo das famílias mais pobres, que, em meio a pandemia, chegam a 74% da população brasileira, e podem deixar de comprar leite e derivados.

Segundo o consultor, as principais demandas do setor em debate são que produtores rurais não sejam contribuintes do Imposto e da Contribuição sobre Bens e Serviços; que o crédito presumido tenha uma que garanta a não cumulatividade na cadeia produtiva; que itens da cesta básica sejam sujeitos à alíquota zero; que haja uma alíquota intermediária para alimentos; a restituição de crédito e sua utilização para insumos e serviços; e a não incidência de um imposto seletivo sobre alimentos.

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, também trouxe à discussão o tema da sustentabilidade e os reflexos das decisões tomadas na COP 26 (Conferência do Clima), que está sendo realizada na Escócia. “Temos de olhar para estas questões e em como vamos nos diferenciar, com a certificação de nossa matéria prima, com carbono neutro, leite A2A2, leite orgânico, sustentabilidade e outros. A qualidade do leite do Sul é destacada e precisamos buscar diferenciais, principalmente nesses momentos pautados pelo preço”, pontuou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Balança comercial de lácteos sofre novo recuo no mês de outubro

Segundo dados divulgados na sexta-feira (05/11) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -86 milhões de litros em equivalente-leite no mês de outubro, uma diminuição de 13 milhões, ou aproximadamente 17% em comparação ao mês anterior.

Porém, ao se comparar ao mesmo período do ano passado (out/2020), o saldo foi menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -169 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 49%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.
 
No mês de outubro as exportações se mantiveram estáveis, saindo de aproximadamente 7,1 milhões de litros em setembro para 6,7 milhões em outubro. Ao se comparar ao ano de 2020, as exportações tiveram uma queda de 5,2 milhões de litros, conforme mostra o gráfico 2 a seguir:
 
 
Do lado das importações, ocorreu um leve aumento entre os meses de setembro e outubro, passando de 80,1 milhões para 92,4 milhões, um avanço de 12,3 milhões, ou aproximadamente 15%, conforme mostra o gráfico abaixo:
 
 
Essa diminuição nas exportações e aumento nas importações acarretou no recuo do saldo da balança no mês de outubro com relação a setembro. Entretanto, se compararmos ao mesmo período de 2020, observa-se uma diminuição expressiva nas importações, passando de 180,8 milhões para 92,4 milhões, uma queda de aproximadamente 49%, o que impactou na diferença entre os períodos e resultou em um cenário menos negativo no ano de 2021.

Além da demanda interna fragilizada, a competitividade das importações vem perdendo força, conforme mostra o gráfico 4, o que tende a diminuir ainda mais o volume importado pelo Brasil.
 
 
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em outubro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 78% do volume total importado. O leite em pó desnatado, o iogurte e o doce de leite foram os produtos que apresentaram maior aumento nas importações em relação ao mês anterior – um incremento de 82%, 179% e 99% respectivamente.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite, os queijos e o leite UHT, que juntos, representaram 83% da pauta exportadora.

Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de setembro foram o leite em pó semi-desnatado e o leite evaporado, que tiveram aumento de 704% e 73% respectivamente, embora o volume vendido ainda não seja tão significativo. Em compensação, o leite em pó integral e o soro de leite tiveram quedas nas exportações de 70% e 57%, respectivamente.
 
 
O que podemos esperar para o próximo mês?

Conforme demonstrado no gráfico 4, a competitividade dos produtos importados está diminuindo. Os resultados das negociações do evento 295 da plataforma Global Dairy Trade (GDT) apresentaram um novo aumento nos valores dos lácteos: +4,3% em relação ao último evento, com o preço médio fechando em US$ 4.207/tonelada. Esse aumento nos valores internacionais associados a uma taxa de câmbio que tem se mantido elevada no país (R$ 5,49 em 09/11) e preços dos produtos lácteos no mercado interno perdendo força, evidencia um cenário desfavorável para importações.

Além disso, o elevado custo do petróleo, faz com que países petrolíferos tendam a importar mais produtos, dentre eles os lácteos. Dessa forma, nossos principais fornecedores do Mercosul, tendem a direcionar suas exportações para esses países, como a Argélia – gerando menor disponibilidade para o mercado brasileiro.
Se esse cenário se manter, as importações nos próximos meses tendem a ser menores, e abre-se uma oportunidade de janela de exportação para os produtos lácteos brasileiros, podendo afetar o saldo da balança comercial de lácteos, alterando o seu sentido e voltando a ter números menos negativos. (As informações são do MilkPoint Mercado)
 
 
 
O poder nutricional das proteínas do soro! - PARTE 02/04

O valor nutricional das proteínas alimentares é determinado pelo conteúdo de aminoácidos essenciais, digestibilidade e biodisponibilidade dos seus aminoácidos. A qualidade nutricional das proteínas é avaliada de acordo com o método de Escore de Aminoácidos Indispensáveis Digestíveis (DIAAS), recomendado pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO). O DIAAS avalia a digestibilidade dos aminoácidos individualmente, fornecendo uma medida precisa da quantidade de aminoácidos absorvidos pelo organismo a partir da ingestão de determinada proteína.

Mathai e colaboradores (2017) avaliaram a qualidade de algumas proteínas vegetais e lácteas pelo método DIAAS. Os resultados de DIAAS obtidos para as diferentes fontes proteicas são mostrados na Tabela 1.
 
 
De acordo com os padrões recomendados pela FAO (FAO, 2013), todas as proteínas lácteas avaliadas são consideradas fontes proteicas de excelente qualidade, porque apresentaram DIAAS ≥ 100. Por outro lado, o isolado proteico de soja e a farinha de soja, são consideradas boas fontes de proteínas, com escores entre 75 e 100.
Portanto, as proteínas do soro são consideradas proteínas de excelente qualidade devido à sua alta digestibilidade e capacidade de fornecer grande quantidade de aminoácidos essenciais biodisponíveis para serem utilizados pelo organismo humano (MATHAI et al., 2017). Essa qualidade nutricional leva aos fabricantes de produtos de nutrição esportiva utilizarem essas proteínas no desenvolvimento de suplementos nutricionais para atletas (GRAND VIEW RESEARCH, 2020).
As proteínas do soro apresentam outras funções biológicas importantes. A lactoferrina, por exemplo, apresenta ação antimicrobiana e auxilia na absorção de ferro pelo organismo humano. Além disso, as proteínas do soro podem ser hidrolisadas e gerar peptídeos bioativos com propriedades de acordo com a sua proteína de origem. São diversas propriedades envolvendo o metabolismo e os sistemas do corpo humano, como atividades antioxidante, imunomoduladora, antitumoral, dentre outras (MEHRA et al., 2021). (THERMA/UFV - Milkpoint)
 

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Novo decreto regulamenta o programa Auxílio Brasil

O Auxílio Brasil, definido em R$400, já tem decreto de criação e regulamentação, este assinado segunda-feira, mas o valor depende de aprovação de proposta no Congresso. O novo programa vai pagar R$300 mensais para cuidados em tempo integral de crianças de zero a 4 anos cujos responsáveis não encontrem vaga em creche. O chamado Auxílio Criança Cidadã fixa R$200 mensais para famílias com crianças em turno parcial e R$300 em turno integral. O Auxílio Brasil ainda é composto por benefícios como, por exemplo, Auxílio Esporte Escolar, de R$100 para cada uma das 12 parcelas mensais do benefício e R$1 mil referentes à parcela única, por família. É destinado a estudantes de 12 a 17 anos incompletos integrantes de famílias beneficiárias do Auxílio Brasil e que se destaquem em torneios oficiais do sistema de jogos escolares. A Bolsa de Iniciação Científica Júnior também será de R$100, concedida por bom desempenho em competições científicas. O Primeira Infância terá valor de R$130 para famílias com crianças entre zero e 3 anos incompletos. Já o Composição Familiar será de R$65 mensais, direcionado a jovens até 21 anos incompletos que permaneçam estudando. O Auxílio Inclusão Produtiva Rural é dirigido a agricultores do Cadastro Único e o Inclusão Urbana deve ser pago no mês seguinte à comprovação do vínculo de emprego formal, ambos no valor de R$ 200 mensais. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 09 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.537


Do cocho ao banco, por onde passa o "crescimento verde"

O tamanho exato da fatia que o Brasil terá de "servir" para que a meta global de reduzir em 30% a emissão de metano até 2030 seja alcançada ainda será mensurado. A partir da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), será a hora de preparar a receita para ajustar o pedaço no "bolo" dos mais de cem signatários do compromisso.
 
- Cada país verificará o seu balanço de emissões e apresentará a parte que lhe cabe nessa meta - esclareceu Fernando Silveira Camargo, secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, desde Glasgow, onde o pavilhão do Brasil teve ontem o Dia do Agronegócio.
 
O setor tem papel importante, com uma equação que passa pela atividade agropecuária - mas não exclusivamente por ela, importante lembrar. São técnicas que permitem aos ruminantes (bovinos, ovinos e caprinos) uma digestão mais fácil, o que resulta em menor emissão de metano.
 
Presidente da Embrapa, Celso Moretti explicou que a pesquisa atua em três frentes. A primeira é a do melhoramento genético das pastagens, para que possam ser melhor digeridas. O segundo, o dos animais, de forma a viabilizar a redução da idade de abate - com menos tempo no campo, há menor emissão de metano. A terceira premissa é a do uso dos aditivos na alimentação. Há estudos com o uso de taninos e óleos essenciais, facilitadores da digestão animal.
 
Na unidade da Embrapa Pecuária Sul, que fica em Bagé, na Campanha, há projeto de pesquisa para uso da torta de azeitona - resíduo do processamento do azeite de oliva - como aditivo. Além de reduzir a ruminação (e a emissão), seria uma forma de as agroindústrias eliminarem esse passivo.
 
Em sua fala em Glasgow, Muni Lourenço, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacou o avanço da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que ajuda na equação climática. Em duas décadas, a área com uso desse sistema cresceu de 2 milhões para cerca de 20 milhões de hectares.
 
- Além da redução, o Brasil pode atuar na compensação -reforçou Moretti.
 
Para tudo isso, é preciso recursos. No cobertor curto do orçamento público, o crédito rural se direciona para ações que promovam a Agricultura de Baixo Carbono (ABC).
 
- Tenho certeza de que o Plano Safra do ano que vem será absolutamente verde. Vamos nos organizar para fazer com que esse recurso não falte lá na ponta - disse Camargo. (Zero Hora)

Livro valoriza estratégias de crescimento e diversificação para consolidação da Languiru
 
“A maioria das pessoas não tem ideia do tamanho da Languiru.” A frase é utilizada de maneira recorrente pelo presidente de uma das maiores Cooperativas do Sul do Brasil, Dirceu Bayer. A citação também consta na apresentação do livro “Cooperativa Languiru: da reestruturação à consolidação, a estratégia de crescimento e diversificação, após a reestruturação a partir de 2002”.
 
A obra idealizada por Bayer “foi para o papel” com apoio do setor de Comunicação, Marketing e Cooperativismo da Languiru, do Centro de Memória da Univates e da Ocergs-Sescoop/RS. “Esta é a segunda edição que versa sobre o tema, um registro da história da Languiru, garantindo que isso não se perca com o tempo, um legado da Cooperativa às futuras gerações. Agradeço a todos os envolvidos no desenvolvimento desse segundo livro, obra que reconhece o trabalho de gestão profissional realizado, atendendo aos interesses do quadro social da Cooperativa”, frisa o presidente.

O lançamento oficial da obra integra a programação dos 66 anos da Languiru, celebrados no próximo dia 13 de novembro, com início da sua divulgação e distribuição. O material produzido ao longo dos últimos meses traz um resgate histórico e a evolução da Cooperativa até os 65 anos, comemorados em 2020. Chegando ao 66º aniversário, alguns capítulos extras já seriam necessários, pois a Languiru segue crescendo e conta com novas unidades comerciais e industriais no seu diversificado ramo de atuação. (Languiru)
 



As potencialidades das proteínas do soro de leite - parte 01/04 

O leite possui vários constituintes e entre eles estão as proteínas, que são divididas em dois grupos: caseínas e proteínas do soro. Este segundo grupo é formado pelas proteínas b-lactoglobulina (b-lg), a-lactoalbumina (a-la), lactoferrina, albumina do soro bovino e as imunoglobulinas. As proteínas b-lg e a-la correspondem a, aproximadamente, 70% do total das proteínas do soro (MCSWEENEY e FOX, 2013). 

De onde vem o soro de leite?

Na produção de queijos, após o corte da massa do coágulo do leite, ocorre a etapa de dessoragem. Nessa etapa, o coágulo formado é desidratado por meio da retirada do soro constituído por água, lactose, sais e proteínas (BRASIL, 2020).

O soro de leite pode ser utilizado na indústria de alimentos na sua forma líquida ou em pó, podendo gerar também produtos como os concentrados e isolados proteicos de soro. Produtos com teores de proteínas entre 35 e 80% são denominados como concentrado proteico de soro, enquanto teores entre 80 e 95% de proteínas caracterizam os chamados isolados proteicos de soro (BRANS, 2006). Para obter esses produtos proteicos utiliza-se a tecnologia de separação por membranas, principalmente a ultrafiltração, que recupera as proteínas do soro (ALVES et al., 2014).

As membranas utilizadas no processo de separação possuem poros suficientemente pequenos para reter as proteínas do soro, que são os componentes maiores, e permitir a passagem de componentes menores, como os sais, a lactose e a água.

Muitas vezes a ultrafiltração (poros de 0,01 a 0,1 mm) é aplicada como diafiltração para permitir melhor remoção dos sais e da lactose. Depois, o produto retido é desidratado em spray dryer para obter o concentrado ou isolado proteico de soro secos (ALVES et al., 2014).

Na diafiltração um solvente, como a água, é adicionado para promover uma filtração e remoção dos solutos mais eficientes por meio de um processo semelhante a uma lavagem. Essa diafiltração é utilizada principalmente quando se deseja obter produtos mais puros, como é o caso dos isolados proteicos.

O mercado mundial desses produtos proteicos de soro foi estimado em 8,7 bilhões de dólares em 2019 e apresenta projeção de expansão anual de 9,8% até 2027. Os concentrados proteicos de soro lideram esse mercado, representando quase metade da receita mundial (GRAND VIEW RESEARCH, 2020). 
 

 Jogo Rápido

China – Importações de leite em pó integral podem cair 6% em 2022
Maiores estoques e incremento da produção interna pressionarão as importações chinesas de leite em pó integral pela China em 2022, o principal produto exportado pelo Uruguai para esse destino. O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA) em Pequim estima que as compras externas do produto cairão 6% no próximo ano, passado para 850.000 toneladas. “No entanto, o consumo continua sendo forte”, detalha o relatório GAIN - Usda, em relação aos Produtos Lácteos da China. Nova Zelândia deverá continuar sendo o principal fornecedor. O Uruguai em 2021 é o terceiro país a vender leite em pó integral para a China. Já as importações de leite em pó desnatado, queijo e manteiga deverão ter aumento como resultado da demanda das indústrias de processamento de alimentos. Deste modo, as importações totais de lácteos poderão crescer 7%, chegando a 1,5 milhões de toneladas, principalmente associadas à maior demanda por leite UHT. O consumo de leite está aumentando em diferentes faixas etárias na China. As gerações mais jovens, nascidas nas décadas de 1990 e 2000, em comparação com seus pais, são mais propensas a consumir lácteos como parte de sua dieta normal. Em 2021, as importações chinesas de gado vivo (principalmente para a produção de leite) e sêmen bovino congelado ultrapassaram as de 2020, um forte indicador de investimento contínuo na futura produção interna de leite. (Portalechero)


 

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Porto Alegre, 08 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.536


Reta final para inscrições do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo
 
Na próxima sexta-feira, dia 12 de novembro, se encerram as inscrições para o 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo. O reconhecimento, promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), tem o objetivo de homenagear o trabalho da imprensa que acompanha o setor. Os profissionais podem inscrever trabalhos nas categorias Impresso, Eletrônico e On-line, que tenham sido publicados entre 24/11/2020 e 12/11/2021 em veículos nacionais e que abordem a produção de lácteos e derivados na bacia leiteira do Rio Grande do Sul. Os vencedores de cada categoria (Impresso, Eletrônico e On-line) receberão um troféu e um iPhone como prêmio.
 
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a premiação é uma forma de valorizar os profissionais do jornalismo que evidenciam e levam à sociedade informações que mostram a importância econômica desse setor tão importante para o agronegócio e para a alimentação do povo brasileiro. “Há um trabalho diário e um esforço de milhares de famílias e empresas para levar leite à casa dos brasileiros todos os dias. Sabemos que a imprensa é essencial para mostrar essa realidade ao consumidor, mas que também é pela mão do jornalista que muita informação técnica chega ao homem do campo”, salienta Palharini.
 
Para participar, é preciso preencher a ficha de inscrição e remeter documentação e cópia do trabalho para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. A divulgação dos finalistas será realizada até o dia 10 de dezembro pelos canais do Sindilat. Os vencedores serão conhecidos em live com data ainda a ser divulgada.
 
Mais detalhes podem ser conferidos no regulamento publicado no site do Sindilat, clicando aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)

Emater/RS: controle de horário de pastejo evita estresse térmico
 
Apesar das elevadas temperaturas, as condições do tempo têm proporcionado uma boa brotação e crescimento das forrageiras de verão, em especial das espécies perenes como tífton e jiggs.
 
Com a boa oferta de forragem, a produção de leite está potencializada, diminuindo a necessidade do fornecimento de silagem e ração. Isso tem causado uma redução nos custos de produção.
 
Como forma de evitar estresse térmico nos animais, os produtores estão controlando os horários de pastejo, antecipando a entrada e retirada dos animais nas pastagens para evitar que as matrizes fiquem expostas ao sol quente.
 
Os animais estão com boas condições corporais e sanitárias, porém aumentam os relatos da presença de ectoparasitos, principalmente do carrapato bovino, beneficiados pelo aumento das temperaturas.
 
Seguem sendo realizadas as vacinas contra brucelose bovina, raiva herbívora e para doenças reprodutivas.
 
Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, há uma leve queda de produção, já esperada para a época devido a troca de forragens de inverno pelas de verão. No aspecto sanitário, foi intensificada a recomendação para vacinação contra raiva herbívora em alguns municípios, como Turuçu.
 
Na regional de Caxias do Sul, há um aumento na procura por fontes nutricionais alternativas, como resíduo de cervejaria, caroço de algodão, além da inclusão das silagens de inverno, como forma de buscar redução de custos na dieta. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)



 
Fazendas já conseguem reduzir as emissões de metano no Brasil

Por aqui, buscar um corte dessa escala exige adaptar a pecuária, com técnicas que permitam melhor manejo dos rebanhos. Entre as estratégias que já funcionam em fazendas do Brasil, estão biodigestores e integração de sistemas produtivos. No País, 71,85% das emissões de metano vêm da agropecuária, segundo dados do Sistema de Estimativa de Emissões de Remoções de Gases de Efeito Estufa.

MÉTODO: Um método que propicia mais eficiência é o de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que mistura ao menos dois desses sistemas produtivos em uma mesma propriedade. Ele é utilizado, por exemplo, há mais de dez anos na Fazenda Santa Silvéria, na região de Bauru, no interior paulista.

Além de 37% de sua área ocupada por reserva nativa, a propriedade integra a lavoura de soja à pecuária de corte, conforme conta o gerente da fazenda, Fulvio Domenek. A Santa Silvéria tem cerca de 1.300 hectares de terra, com cerca de 1.800 cabeças de gado.

"O principal benefício do sistema integrado foi o aumento da arroba produzido por hectare no ano. Porque se entrega uma melhor fertilidade do solo", diz. "Com uma maior produção de volumoso, diminui-se a necessidade de suplementação por ração. O gado se desenvolve com pasto, principalmente, e o ciclo de produção, na engorda, ficou mais rápido."

Domenek conta que o gado do tipo Bonsmara, produzido ali, em dois anos já está fora da fazenda, como touro ou carne. Queiroz indica que o tempo médio de abate no Brasil é de 36 meses. Menos tempo no pasto significa menos fermentação entérica.

Utilizando os dejetos do gado, em Rondônia, o projeto Energias Renováveis da Amazônia (ERA), do Centro de Estudos Rioterra, busca também mitigar os impactos climáticos. Desde 2017, foram instalados 28 kits biodigestores em fazendas de produção leiteira das cidades de Itapuã do Oeste, Cujubim e Rio Crespo.

A instalação do equipamento nas fazendas não é completamente gratuita, mas o custo é acessível, conforme explica Alexandre Queiroz, biólogo e coordenador de Educação da Rioterra. Com subsídio, os agricultores precisam arcar com 20% do valor do equipamento - um montante que gira em torno de R$ 800 e que pode ser pago em 12 vezes.

O equipamento permite fazer a gestão de resíduos da propriedade. Acrescidos de água, o esterco do gado e resto de alimentos são transformados em biogás e adubo. A mitigação da emissão de gases estufa, principalmente, do metano, se dá pelo uso do esterco que, quando fresco e a céu aberto, ao decompor-se, libera o poluente. "Ao todo, com os 28 biodigestores, em três anos, já evitamos a emissão de 10,7 toneladas de CO2 e 6,1 toneladas de CH4", explica Queiroz. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

 Jogo Rápido
Casos de Sucesso - Gestão na atividade leiteira 
A pequena produção se desenvolve com assistência técnica, informações e cálculos na ponta do lápis e gestão familiar. Clique aqui e veja o vídeo do Rio Grande Rural com  um dos casos de sucesso na atividade leiteira, apresentado durante o Fórum tecnológico do leite, realizado pelo Colégio Teutônia em conjunto com a Emater/RS, da família Sprandel, da linha Jacó, município de Teutônia. (Terra Viva com informações do Rio Grande Rural)


 

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Porto Alegre, 05 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.535


Secretaria da Agricultura reestrutura departamentos de defesa animal e vegetal

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) está concluindo o processo de reestruturação interna que dividiu o Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) em três: Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal; Departamento de Defesa Vegetal e Departamento de Controle Regional da Defesa Agropecuária.

O objetivo da reestruturação foi agrupar os profissionais de acordo com suas competências técnicas, em departamentos diferentes. “Com isso, a Secretaria dá um atendimento especializado para cada uma das áreas, a animal e a vegetal, porque ambas desenvolvem atividades de extrema importância e de impacto direto no setor que gera o maior PIB do Rio Grande do Sul”, justifica a secretária Silvana Covatti.

O diretor do Departamento de Defesa Vegetal teve sua nomeação publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (3/11): o engenheiro agrônomo Ricardo Felicetti, que chefiava a Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, passa a comandar o novo departamento. A engenheira agrônoma Rita Antochevis agora ocupa a chefia da divisão, na vaga deixada por Felicetti.

O Departamento de Defesa Vegetal executa ações como inspeção de produtos de origem vegetal, vinhos e derivados; vigilância e certificação de pragas; coletas de materiais visando detecção de resíduos de agrotóxicos dentro do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes, e manejo relacionado à aplicação de agrotóxicos hormonais no Rio Grande do Sul, situação que vem em evidência no Estado em função do registro de deriva do 2,4-D sobre cultivos sensíveis.

Diretora do antigo DDA, a médica veterinária Rosane Collares continua como diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, que tem como meta promover ações de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal, programas de sanidade, trânsito animal, vigilância para febre aftosa, entre outros. Já o Departamento de Controle Regional da Defesa Agropecuária, que abrange as supervisões regionais da SEAPDR, as Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDAs) e Escritório de Defesa Agropecuária (EDAs), deve ter o veterinário Henrique Bueno nomeado diretor nos próximos dias. Até então ele exercia o cargo de diretor adjunto do DDA.

A nova estrutura foi definida pelo Decreto Estadual 55.984, publicado em 7 de julho de 2021, o qual alterou o Decreto 54.567, de 2019, que dispõe sobre a estrutura básica da SEAPDR. (SEAPDR)


Languiru terá semana de aniversário com programação especial

Há 66 anos, no dia 13 de novembro de 1955, 174 agricultores estiveram reunidos para a constituição da Cooperativa Languiru, na época município de Estrela, hoje, Teutônia, onde está localizada a Sede Administrativa da organização. Ao longo de mais de seis décadas, a Languiru cresceu e já figura entre as maiores cooperativas de produção do Estado, fruto da diversidade de negócios, do trabalho de gestão e da dedicação de muitas famílias de associados e empregados.

Em tempos de pandemia e primando pela saúde e segurança de todos, pelo segundo ano consecutivo a Cooperativa comemora esta importante data para a “Família Languiru” no formato virtual, evitando aglomerações. No período de 08 a 13 de novembro, uma vasta programação será desenvolvida, culminando com a live “Languiru 66 anos – Investindo na geração de renda no campo”. O foco serão os recentes investimentos e iniciativas da Languiru, com inaugurações e apresentação de novos projetos.

A transmissão online no canal da Cooperativa Languiru no Youtube (https://youtu.be/prFGeeEro8k) ocorre no sábado, dia 13, a partir das 11h45min, com a síntese dos melhores momentos da semana do aniversário.
“A Languiru chega aos seus 66 anos como uma cooperativa sólida, pujante, levando desenvolvimento e qualidade de vida às comunidades onde está inserida. Não fosse a pandemia, certamente teríamos nosso tradicional evento presencial com os associados. Com o avanço da vacinação, há esperança de que a humanidade supere este momento e, quem sabe em 2022, possamos estar todos reunidos de maneira presencial para celebrar os 67 anos da Languiru”, frisa o presidente Dirceu Bayer.

Semana de Aniversário Languiru
Segunda-feira – 08/11/21
- Início da “Semana de Negócios” em todas as unidades Agrocenter Languiru
- Lançamento do Livro “Cooperativa Languiru: da reestruturação à consolidação”
- Encontro do Comitê Languiru - Mulheres Cooperadas

Terça-feira – 09/11/2021
- 18h30min – Sessão Ordinária/Itinerante da Câmara de Vereadores de Teutônia no Agrocenter Languiru – Máquinas, em Teutônia

Quarta-feira – 10/11/2021
- 14h30min – “LANGUIRU SOCIAL 2022 – lançamento de novas ações”
- Projeto musical para jovens
- Projeto “Languiru na Cozinha” – edição casas penais
- Certificação do Programa de Inclusão Social e Produtiva no Campo – cultivo de orgânicos;
- Apresentação da Turnê 2022 – Orquestra de Teutônia & Languiru 66 anos
- Anúncio da retomada presencial do Grupo Vocal Languiru
- Homenagens

Quinta-feira – 11/11/2021
- Inauguração do Agrocenter Languiru de São Lourenço do Sul, com palestra para produtores rurais

Sexta-feira – 12/11/2021
- 10h – Reunião de Líderes de Núcleo com entrega de certificados
- 13h30min – Solenidades de inauguração em Westfália e Teutônia:
- Ampliação do Frigorífico de Aves
- Frigorífico de Bovinos
- Pavilhão de Estocagem da Indústria de Laticínios
- Centro de Distribuição do Agrocenter Insumos
- Agrocenter Máquinas
19h – 2º Sorteio da Temporada de Prêmios Languiru

Sábado – 13/11/2021
- 11h45min – Apresentação da Live “Languiru 66 anos – Investindo na geração de renda no campo”, com síntese dos melhores momentos da semana de aniversário no canal da Cooperativa Languiru no Youtube
- 12h30min - 1º sorteio da Campanha “Languiru 66 anos – sua cooperativa, seus prêmios”, específica para associados (Assessoria Languiru)

 

MT: preço do leite ao produtor recua e custos de produção aumentam
Em outubro de 2021, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) contabilizou o custo de produção da pecuária de leite em Mato Grosso, referente ao 3º trimestre e, no que tange ao Custo Operacional Efetivo (COE), foi observado um acréscimo de 5,46% ante o trimestre anterior.

Segundo o levantamento, a média do COE da produção de leite no estado foi de R$ 0,90/litro para o 3º trimestre, contra R$ 0,85/litro do 2º trimestre, o que resultou em uma diferença de +R$ 0,05/litro entre os períodos.

Com a menor oferta de pastagem, o aumento na demanda por concentrados impulsionou os preços dos insumos, refletindo em alta nas despesas com suplementação (+11,72%). Já para o 4º trimestre, o custo com alimentação segue como ponto de atenção para o produtor, pois, apesar do início do período de chuvas, no qual indica uma redução na demanda por concentrados, os preços praticados no campo tendem a recuar, o que pode manter as margens da atividade espremidas.

Novo recuo: com o início do período de chuvas no estado, o preço do leite pago ao produtor em outubro recuou 0,51% ante o mês anterior, com valor médio de R$ 2,09/litroEm alta: apesar do avanço das chuvas, a produtividade nas propriedades segue baixa, com isso o índice de captação do Imea apresentou decréscimo de 3,17% em setembro de 2021. (As informações são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Instabilidade para a próxima semana
A próxima semana terá chuva na maior parte do Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 44/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta (05), a propagação de uma frente fria no mar vai estimular a formação de áreas de instabilidade que provocarão pancadas de chuva e trovoadas na maior parte do Estado, com risco de temporais isolados. No sábado (06) e domingo (07), a nebulosidade seguirá predominado, com períodos de sol e momentos de céu encoberto com possibilidade de pancadas isoladas de chuva, principalmente nos setores Leste e Norte. Na segunda (08) e terça-feira (09), o ar quente e úmido seguirá predominando, com possibilidade de chuvas isoladas apenas nas faixas Norte e Nordeste. Na quarta (10), o deslocamento de uma área pressão vai provocar chuva na maioria das regiões, com risco de temporais isolados na Metade Norte. Os totais esperados deverão ser inferiores a 10 mm na maior parte da metade Sul. No restante do Estado, os valores deverão oscilar entre 10 e 30 mm na maioria das localidades, porém poderão alcançar 50 mm no Noroeste Gaúcho. O documento também aborda a situação das culturas de trigo, soja e milho. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui. (SEAPDR)

 

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Porto Alegre, 04 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.534


Santa Clara recebe certificação pela utilização de energia renovável
 
Nesta semana, a Cooperativa Santa Clara recebeu a certificação da Ludfor Energia Ltda, pelo investimento na utilização de energia limpa e totalmente renovável.
 
Em 2020, foram reduzidas 1.688,342 tCO2 totalizando 14.584,026 tCO2 nos últimos 11 anos. Os dados dos cálculos de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) seguem as reconhecidas metodologias internacionais para essa finalidade. Os índices referentes ao período certificado representam:
 
● 46.652 mudas de árvores conservadas por 20 anos;
● 16.777 veículos leves à gasolina, percorrendo 500km;
● 4.203 transportes rodoviários de 1 toneladas de carga por 500km e 718 toneladas de papel/papelão enviadas para aterro sanitário.
 
A entrega da certificação ocorreu no dia 26 de outubro ao diretor Administrativo e Financeiro da Cooperativa, Alexandre Guerra, pelo presidente da Ludfor Energia Ltda Valdir Ludwig e pela diretora Financeira Inês Ludwig.
 
Para Guerra, “a partir da política de sustentabilidade é possível adquirir energia renovável atendendo o propósito da Cooperativa. Esta é a nossa essência que se soma a importância socioeconômica de manter mais de 2.500 famílias na produção de leite junto ao campo, além dos 2.200 colaboradores em todas as nossas operações, e assim contribuir na satisfação das pessoas de uma forma mais sustentável”.
 
Atualmente, Cooperativa Santa Clara utiliza energia proveniente de usinas de fontes incentivadas pelo Governo Federal seja eólica, solar, biomassa, Pequenas Centrais Hidrelétrica (PCH) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), com o objetivo de obter uma matriz energética ambientalmente limpa e sustentável. (As informações são da assessoria de imprensa da Cooperativa Santa Clara)

A persona do leite

Com a revolução industrial que é uma das bases do capitalismo, surgiu também o marketing. Mas, o avanço da internet trouxe o marketing digital, que se popularizou ainda mais durante a pandemia. Com o isolamento social, a principal forma de comunicação e venda de muitas empresas foi a internet e as redes sociais.

Dentro do marketing digital um dos principais conceitos que se tornou muito conhecido nos últimos tempos é o termo “persona”. Persona é a representação do perfil de um cliente relevante. Ele pode ser fictício ou real. Mas é com base neste perfil de consumidor que o marketing digital vai traçar todas as estratégias de comunicação e vendas.

Para definir a persona, a empresa precisa definir características sociodemográficas e comportamentais do consumidor. Essa persona é um cliente típico, com todas as características de um verdadeiro comprador.

Geralmente, a persona é definida para uma empresa. Mas, pode-se também definir a persona para um produto ou setor. Empregando dados de consumo de leite da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e aplicando análises estatísticas foi possível definir a persona do leite brasileiro, ou seja, aquele perfil de consumidor que melhor representa os consumidores de leite no Brasil.

O modelo considerou apenas o consumo de leite puro, visto que o leite consumido junto com outros alimentos (ex: café, achocolatado etc) é considerado pelo IBGE em outra categoria. Além disso, no modelo consideraram-se apenas os dados obtidos no primeiro dia de pesquisa, seguindo o molde de publicações do IBGE realizadas. Vale ressaltar que, na pesquisa do IBGE, os respondentes são orientados a listar tudo o que eles consomem, independentemente se é comprado ou produzido no domicílio.

As variáveis escolaridade, localização geográfica (região) e raça não foram significativas. As variáveis significativas no modelo foram: gênero, geração, classe de renda e local de moradia (zona urbana ou rural). Quando se analisa cada uma dessas variáveis individualmente, observa-se que o gênero feminino consome mais leite fluido do que o gênero masculino. No entanto, a diferença de consumo médio de leite fluido entre os dois gêneros é pequena, de 2,6%.

Em termos de geração, tem-se que a geração silenciosa (aqueles acima de 71 anos) consome muito mais leite que as demais. O consumo médio de uma pessoa da geração silenciosa é de 12,9 kg por ano. A segunda geração que mais consome leite no Brasil é a Z (entre 6 e 25 anos), com média de 7,7 kg por ano, ou seja, 40% a menos que a geração silenciosa. No entanto, a geração Z é a mais numerosa, representando cerca de 36% da população brasileira, enquanto a geração silenciosa corresponde a apenas cerca de 6% dos brasileiros.

A classe de renda que apresenta maior consumo de leite puro no Brasil é a classe AB, com média de consumo de 7,7 kg por ano, seguida pela classe C. Ambas representam 78,9% do consumo de leite puro no País.

Já, com relação ao local de moradia, observa-se grande diferença entre os níveis de consumo da zona urbana e rural no Brasil. Os moradores da zona urbana consomem 7,1 kg de leite por ano, enquanto na zona rural se consome, em média, 5,5 kg de leite puro por ano.

Analisando todas essas variáveis em conjunto, tem-se a persona do leite puro no Brasil. Os resultados dos primeiros colocados no ranking são apresentados na Tabela 1.

         

Com as variáveis geração, gênero e região, o modelo indicou que a persona para o mercado de leite fluido puro no Brasil é homem, da geração silenciosa, pertencente à classe AB e residente na zona rural. Isso evidencia que os maiores consumidores de leite no Brasil, são os produtores rurais.

Não se pode afirmar que sejam produtores de leite, mas são grandes fazendeiros, visto que vivem no meio rural e dispõem de renda elevada. Assim, esse resultado nos mostra que as pessoas que conhecem da produção de leite e, muito provavelmente, dos benefícios do produto, são os seus maiores consumidores. Essa informação é extremamente relevante para se entender o perfil do consumidor e orientar campanhas de marketing do setor.

Na Tabela 1, pode-se observar que o nível de consumo médio de um homem, da geração silenciosa, pertencente à classe AB e residente na zona rural é muito superior aos demais grupos. Além disso, como a diferença de consumo médio entre os grupos é pequena entre o segundo e o quarto colocados, não se pode afirmar que essa diferença é significativa. Portanto, apenas o primeiro colocado se destaca.

Outra informação interessante da tabela é que a geração que a pessoa pertence parece ser a variável mais importante em termos de decisão de consumo de leite puro. Todas as primeiras posições evidenciadas pelo nosso modelo são de indivíduos da geração silenciosa, ao passo que as demais variáveis (gênero, classe social e local de moradia) se alternam.

O próximo passo agora é estudar porque o nível de consumo de leite puro desses indivíduos é tão diferente do restante da população. Mas, considerando que a geração silenciosa está diminuindo, assim como, a população da zona rural, há indícios de que o consumo de leite puro no Brasil pode caminhar para o declínio, se nada for feito para mudar os hábitos dos outros segmentos da população. Esse é um trabalho para o marketing, tanto das empresas privadas, quanto do setor como um todo. (Kenya Siqueira para Milkpoint)






Na COP26, Ministério da Agricultura e Embrapa apresentam mapas de estoque de carbono orgânico do solo

Material é importante ferramenta para subsidiar políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e à diminuição da emissão dos Gases de Efeito Estufa

o segundo dia de debates da agenda brasileira na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), nesta terça-feira (2), em Glasgow (Escócia), representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Embrapa participaram do painel “Carbono Orgânico no Solo - Oportunidades e Desafios”. O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, apresentou o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos), criado em 2018 para consolidar a integração de dados e colaborar com o avanço do conhecimento dos solos no país.

“O Brasil, apesar de ser uma potência agroambiental, não conhece detidamente o seu solo. Com o Pronasolos, vamos mapear detidamente o solo brasileiro pelos próximos 30 anos”, disse Camargo. Com esse conhecimento, será possível fazer no Brasil uma agricultura de precisão, ou seja, utilizar os dados para colocar adubos e fertilizantes certo em um determinado local, de acordo com as características do solo, por exemplo.

O secretário informou que, na semana passada, o Mapa apresentou os novos mapas de estoque de carbono orgânico dos solos brasileiros. O material é uma importante ferramenta para subsidiar políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e à diminuição da emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEEs), com gestão eficiente dos recursos naturais. 

O presidente da Embrapa, Celso Moretti, destacou a pesquisa da Embrapa Solos, que resultou no lançamento recente dos mapas de carbono orgânico dos solos brasileiros. “Trata-se de mais uma contribuição da ciência para a agricultura brasileira, de fundamental importância para a mitigação das mudanças climáticas. O Brasil ocupa o primeiro lugar entre os 15 países que detêm potencial para estocar carbono em nível global. Investir em estudos do solo é fundamental para a descarbonização da agricultura”, disse. 

Os novos mapas permitem identificar áreas degradadas, quando a matéria orgânica não está mais presente e gerar mapas de potencial de sequestro de carbono, entre outras funções. “O Brasil tem 36 bilhões de toneladas de carbono orgânico armazenados em seus solos, o que corresponde a 5% do estoque global. Entender esse processo é parte da solução das mudanças climáticas”, destacou, lembrando que o carbono orgânico no solo contribui para a estruturação física desse recurso natural. Os solos com maior teor de matéria orgânica têm maior capacidade de fertilização e retenção de água, entre outros benefícios.  “Os mapas permitem, portanto, também identificar áreas com solos degradados”, acrescentou.

O painel foi  mediado pelo secretário-adjunto Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Marcelo Freire.

Recuperação de pastagens: O secretário Fernando Camargo também falou sobre as metas do  Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, que prevê a adoção de tecnologias sustentáveis em mais de 72 milhões de hectares de áreas degradadas e a mitigação de 1,1 bilhão de toneladas de CO² equivalente, superando o recorde alcançado pela fase anterior do plano ABC.

A recuperação de mais de 30 milhões de hectares de pastagens degradadas vai possibilitar melhorias na produção agropecuária, além de benefícios ambientais. 

“Você recupera a pastagem, pode ter a produtividade maior de produção animal por hectare e fixa o carbono no solo, além de combater a erosão, a perda de qualidade do solo”, disse Camargo. (MAPA)

 Jogo Rápido

Em 2020, arrecadação teve aumento de 6%
da pandemia de Covid-19, em função das restrições econômicas, o relatório aponta aumento real de mais de 6%. No período de análise (2013 e 2020), o crescimento foi de aproximadamente 20%. Segundo o diagnóstico, esse resultado é consequência de transferências realizadas no ano passado. “Na sua maior parte, entre 2013 e 2019, o incremento (receita) vinha sendo impulsionado pelo aumento da arrecadação de impostos, taxas e contribuição de melhoria, em ritmo maior do que o das transferências recebidas do Estado e da União. Todavia, em 2020, verificou-se uma redução no montante arrecadado de receitas próprias; ao mesmo tempo, foi observado aumento expressivo das transferências federais como apoio ao combate à pandemia de Covid-19”, aponta o relatório. Pela análise do período, os municípios vinham ampliando sua participação na carga tributária até 2019, com uma maior taxa de crescimento de arrecadação do que a União Federal e os Estados. Essa evolução pode ser atribuída, entre outros, “às iniciativas dos próprios municípios em estruturar suas administrações fazendárias e tributárias”. Assim, é preciso destacar que a composição das receitas varia entre os municípios, influenciado pela matriz econômica local. Por exemplo, municípios com vocação agropecuária concentram a arrecadação em tributos que incidem sobre a produção agrícola e sobre a pecuária. Já os industrializados terão maior base relativa à indústria e aos serviços. O relatório aponta ainda que as prefeituras, normalmente, estimam uma arrecadação maior do que a efetivada em seus orçamentos. (Correio do Povo)