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Porto Alegre, 06 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.366

 

Rabobank prevê que leite em pó integral chegará a US$ 3.300 no começo de 2017

Os preços do leite em pó integral começarão 2017 acima de US$ 3.000 por tonelada, enquanto no segundo trimestre poderão subir para US$ 3.300 por tonelada graças a uma oferta que será inferior à demanda, previu a analista do Rabobank, Emma Higgins. No último leilão da plataforma Global Dairy Trade, o preço médio do leite em pó integral caiu levemente, para US$ 2.782 por tonelada.

Higgins projetou um valor de leite em pó integral acima de US$ 3.300 no segundo trimestre de 2017 e de US$ 3.400 por tonelada no quarto trimestre, segundo publicou o Blasina y Asociados. Com uma demanda interna firme (nos Estados Unidos e na União Europeia), os saldos das exportações caíram. Os preços estão melhorando no mercado e também a nível de produtor - afirmou outro relatório do Rabobank citado pelo Instituto Nacional do Leite (Inale) do Uruguai.

A recuperação dos preços que vem sendo observada está impulsionada por uma queda da oferta mais do que pela melhora da demanda. Os aumentos dos preços estimados serão modestos devido à demanda global que está fraca, além de persistirem estoques significativos (queijo e manteiga nos Estados Unidos; leite em pó na UE). (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)  

 
 
Novacki defende ampliação do comércio entre Japão e Mercosul; lácteos entrarão na pauta de negociação

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, defendeu o aumento do comércio entre Brasil e Japão e uma maior participação do país asiático no Mercosul. A posição foi manifestada pelo secretário-executivo nesta quarta-feira (5), durante a XIX Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, em Tóquio. Novacki disse que a balança comercial entre Brasil e Japão é equilibrada, mas pode avançar muito mais. Ele pretende negociar com os japoneses a abertura da exportação da carne bovina termoprocessada brasileira e, futuramente, da carne in natura. Outros produtos que devem entrar na pauta de negociação, durante a visita ao Japão, são lácteos e frutas. Para Novacki, não há problema em o Brasil abrir espaço para importar carnes da raça wagyu do mercado japonês. A reunião do comitê bilateral foi mediada pelo coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues. Durante os debates também foram abordados temas como recursos naturais, energia e meio ambiente. 

Energia renovável
Novacki afirmou que o Brasil é referência mundial em fontes renováveis de energia. Acrescentou que são necessárias mudanças na matriz energética mundial para garantir um menor índice de poluição e aumentar a preservação ambiental. Nesse contexto, segundo ele, o país tem feito o seu dever de casa. O secretário-executivo do Mapa reafirmou a preocupação do Brasil com o meio ambiente. Destacou dados apresentados em Roma, durante a reunião de ministros na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), na última segunda-feira (3), que demonstram que 61% do território brasileiro se mantém preservado com florestas nativas. De acordo com Novacki, o sistema produtivo brasileiro atua de forma responsável, utilizando tecnologia e inovação para garantir maior produtividade, o que também contribui para preservar o meio ambiente. "O mundo discute segurança alimentar e sustentabilidade, e o Brasil tem o que mostrar nessas duas áreas." Além da questão ambiental, Novacki salientou que o produtor brasileiro tem se preocupado com a responsabilidade social. "Produzimos com consciência social. Os nossos agricultores querem banir o trabalho escravo e o trabalho infantil." (As informações são do Mapa)

 
Lagarde: Brasil está se movendo positivamente com reformas fiscais

A diretora¬gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, avaliou que o Brasil está se movendo positivamente ao propor reformas no campo fiscal. "Em termos de tendências, nós vemos um país muito grande na América Latina se movendo em território positivo, em oposição à contração que observamos no Brasil", disse Lagarde ao apresentar a agenda global de políticas do FMI, nessa quinta¬feira. "Nós vemos também discussões atuais sobre políticas fiscais, incluindo reformas estruturas que irão, na nossa visão, levar o país a um território mais estável e mais próspero", destacou. A diretora-gerente ressaltou que o Brasil tem uma grande representação na economia da América Latina, sendo o país que pode contribuir para fazê¬la crescer. "A América Latina está em recessão como um todo, em menos 0,6% de acordo com nossas previsões", disse Lagarde, ressaltando que isso ocorre porque países grandes da região, como o Brasil e Venezuela, estão vivendo contrações em suas economias. "O Brasil pode arrumar o seu conjunto de políticas. Restaurar a estabilidade seria um grande negócio para o país", enfatizou. O FMI prevê que o Brasil vai sofrer uma queda de 3,3% do Produto Interno Brito (PIB), neste ano, e deverá crescer apenas 0,5%, em 2017. Já o Banco Mundial projetou queda de 3,2%, em 2016, e crescimento de 1,1% no ano que vem. Lagarde justificou que a previsão de crescimento do Brasil do FMI está diferente da perspectiva do Banco Mundial porque as instituições utilizam metodologias diferentes. "Por isso temos essa variação entre as nossas previsões e as deles." O FMI e o Banco Mundial realizam a sua reunião anual nesta semana em Washington. (Valor Econômico)

Workshop 

A Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100) realiza em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) e a Embrapa Gado de Leite - CNPGL, no dia 20 de outubro, em Juiz de Fora, Minas Gerais, mais um workshop voltado a levar informação e capacitação aos técnicos das indústrias de laticínios que trabalham na cadeia do leite, do produtor até à plataforma do laticínio.

Serão apresentados os elementos da integridade, segurança e qualidade do leite. Segundo o diretor executivo do G100, Wilson Massote, o objetivo é capacitar as pessoas a conhecer todas as propriedades biológicas e físico-químicas do leite. "É preciso entender a influência que ocorre no leite quanto às condições da alimentação do animal, clima, espaço, transporte, recepção e regulamentações a que é submetido desde a produção até a sua chegada no laticínio", explica.
Massote ressalta a importância da participação das indústrias localizadas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo em mais essa etapa de informações sobre a produção de leite. "Serão discutidos no evento temas de alta relevância para a cadeia leiteira", ressalta. O workshop ocorre no Centro de Eventos do Hotel Ritz Plaza, entre 14h e 18h30min, e se destina aos técnicos que interagem com o produto da ordenha até o laticínio, além dos agentes públicos reguladores, pesquisadores e estudantes. Mais informações e inscrições podem ser obtidas no site www.g100.org.br. (AgroEffective)

Rejeição 

Filas e falta de competitividade são as principais razões para o shopper não frequentar uma loja, independentemente do formato, segundo estudo divulgado recentemente pela Kantar Worldpanel, com dados do primeiro semestre de 2016. No hipermercado, o segundo fator de rejeição é sujeira, enquanto no atacarejo é ruptura. Já nos supermercados e no varejo tradicional, essa posição é ocupada por experiência ruim na loja (serviço, lotação, bagunça). Apesar da crise econômica, o primeiro motivo que leva o brasileiro a escolher um estabelecimento não é preço. Os atributos variam conforme o formato e, portanto, a "missão" do shopper com aquela compra (abastecimento, reposição etc). Tanto no hipermercado quanto no cash & carry o estacionamento é a fator mais citado devido às compras serem maiores. Na sequência, vêm sortimento (nos hiper) e preço, no caso do atacarejo.

Marca é a primeira razão para o shopper escolher uma loja de supermercado, enquanto num varejo tradicional prevalece a confiança. Em ambos, o segundo critério de escolha é o estacionamento. Convém lembrar que esses são formatos voltados principalmente à compra de conveniência. O estudo da Kantar Worlpanel também identificou que algumas categorias estão presentes na cesta do shopper em mais de uma missão de compra. A cerveja, por exemplo, está mais presente quando o objetivo do consumidor é reposição. Nesse caso, a penetração da categoria é de 48,5%. Na compra de abastecimento, a bebida está presente em 41,4% dos casos, na de proximidade em 35,3% e, quando há uma necessidade específica, 6,8%. (Supermercado Moderno)

 

Sindilat sugere cota ao Uruguai
O impacto da importação de lácteos do Uruguai no mercado brasileiro será debatido nesta sexta-feira em audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que ontem tratou do tema com a senadora Ana Amélia Lemos, sugere a criação de cotas pré-determinadas, que poderiam ser acionadas quando houvesse falta de leite no mercado brasileiro (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 05 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.365

 

  Audiência no Senado tratará de importação de leite do Uruguai

Os danos que a importação de leite do Uruguai vêm trazendo ao mercado brasileiro serão alvo de audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado nesta sexta-feira (7/10) a partir das 14h. O assunto foi tratado durante reunião nesta terça-feira (4/10) entre a senadora e presidente da Comissão, Ana Amélia Lemos, e o presidente do Sindilat e do Conseleite/RS, Alexandre Guerra, que esteve em Brasília para tratar do tema.  A ideia, segundo a senadora, é convidar lideranças do setor e representantes do governo para debater o tema e encontrar uma alternativa que ajude o setor lácteo. É esperado a participação de representantes do Ministério da Agricultura, do Ministério de Relações Exteriores, Sindilat e Aliança Láctea Sul-Brasileira e Fetag.

Guerra alerta que é preciso achar uma equação para esse problema o mais rápido possível uma vez que a concorrência desleal com o produto uruguaio está impondo uma realidade muito dura ao setor lácteo brasileiro e, principalmente, ao gaúcho devido à proximidade. Uma medida enérgica, sugere Guerra, seria a criação de cotas pré determinadas que poderiam ser acionadas por um gatilho de mercado exclusivamente quando houvesse falta de leite no mercado brasileiro.  "Não somos contra a importação, o que queremos é saber quanto vai entrar para não criar desequilíbrios", pontuou, lembrando que há mais de 105 mil famílias produtoras de leite no RS, entre 850 mil em todo o país.
O Brasil importou 153,38 milhões de quilos de produtos lácteos nos primeiros oito meses de 2016, um aumento de quase 80% em relação ao mesmo período no ano anterior. Enquanto isso, as exportações de lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores. Nos primeiros oito meses de 2015, o país exportou 45,19 milhões de quilos, enquanto nos primeiros oito meses deste ano o volume exportado foi de 32,25 milhões de quilos, uma queda de quase 30%. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
  
 
Sindilat entrega demandas ao Agro+ Gaúcho 

Na tentativa de reduzir a burocracia que envolve o agronegócio gaúcho, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entregou à Secretaria da Agricultura (Seapi), nesta quarta-feira (5/10), relatório com alguns gargalos a serem solucionados pelo programa Agro + Gaúcho. As demandas da indústria de laticínios gaúcha incluem a padronização de procedimentos de inspeção e fiscalização de instalações, além do cumprimento de prazos para autorização de reformas e ampliações de instalações nas indústrias. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, acredita que é necessário simplificar as operações para que o desenvolvimento no setor avance. "Podemos utilizar as notas fiscais de entrada em substituição das do produtor, por exemplo. Isso daria velocidade, redução de despesas e manteria a legalidade fiscal das indústrias, produtos e municípios", diz.
 
A lista do Sindilat ainda inclui a normatização de uso do transvase, sistema popularmente conhecido como Romeu e Julieta, que permite uso de dois tanques acoplados a um caminhão. A prática está prevista na Lei do Leite, mas ainda precisa de regulamentação. As indústrias também pleiteiam a padronização de procedimentos e cumprimento de prazos para autorização de rotulagens e a revisão dos padrões de CCS e CBT do leite previstos na IN 62. O sindicato também pede autorização para processamento de leite fisiologicamente anormal (Portaria 005 de 1983). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Governo do Uruguai confirma aumento do preço do leite ao consumidor

O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Tabaré Aguerre, confirmou que o Governo decidiu ajustar em 1 peso (US$ 0,03) por litro o leite fresco comum (único que é tarifado no país) - contemplando a reclamação dos produtores de leite que pediam um aumento de 2 pesos (US$ 0,06) por litro. Ainda não está determinada a data do ajuste, mas, certamente, ocorrerá logo no início desde mês de outubro. O leite comum ou leite cota não tinham ajustem de preços desde março de 2015 e o parâmetro utilizado para calcular seu valor até agora não contemplava a inflação. "Mudou-se a paramétrica e agora subiu em 1 peso (US$ 0,03) por litro", disse o presidente da Sociedade de Produtores de Leite da Flórida, Horacio Rodríguez, que disse que o compromisso de Aguerre é de que possivelmente em 1 de março volte a subir o preço em mais 1 peso (US$ 0,03) por litro.

Na quarta-feira passada, reunidas em Florida, associações de produtores de leite respaldaram essa atitude do ministro. Por meio de um comunicado, as associações lembraram que o leite cota não aumenta desde março de 2015 e os aumentos de 2008 em diante sempre estiveram abaixo da inflação. Além disso, disseram que o leite ao público é "o mais barato da América Latina". Atualmente, o preço é de 20 pesos (US$ 0,69) por litro, de forma que, com o ajuste, ficará em 21 pesos (US$ 0,72). Rodríguez disse que o que mais se discutiu com o ministro foi que o momento mais complicado do setor leiteiro "passou", mas está sofrendo as consequências das "dívidas de 2016, que não poderão cobrir com o leite da primavera".

Em 03/08/16 - 1 Peso Uruguaio = US$ 0,03464
27,7970 Peso Uruguaio = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do El Pais Rurales, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preços do leite 

Um levantamento de preços do leite na última década realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA), detectou que a versão longa vida da bebida, que passa pelo processo de Ultra High Temperature (UHT), apresentou preços mais altos do que o leite pasteurizado, especialmente nos períodos de entressafra, quando a oferta pelo produto fresco diminui. A maior variação de preços do leite UHT em relação ao pasteurizado chegou a 31,2% em julho de 2009. A exceção ficou por conta dos anos de 2012 e 2015, quando o leite longa vida apresentou preços inferiores ao leite pasteurizado durante todos os meses. Em 2016, seguindo a tendência da entressafra, os preços entre os dois produtos apresentam distinção de 22% a partir do mês de julho. Mais consumido pela população a partir dos anos 1980, principalmente por apresentar maior durabilidade, o leite UHT também passou a ser mais frequente na mesa das famílias devido à alta da inflação e à necessidade de armazenar o alimento. De acordo com a pesquisadora da Secretaria que atua no IEA, Rosana de Oliveira Pithan e Silva, responsável pelo acompanhamento dos preços, as transformações da estrutura social, como a maior participação da mulher no mercado de trabalho, e o crescimento do varejo de autoconsumo proporcionado pelos supermercados, em alternativa à falta de tempo para compras diárias, também impulsionaram esse comportamento no consumo.  

O acompanhamento, mês a mês, permitiu verificar que o leite pasteurizado, se mostrou mais acessível no período de entressafra do que o leite UHT. "O consumidor deve pesquisar mais e avaliar melhor o valor do produto antes de efetuar sua compra, principalmente se houver padaria ou algum mercado perto de sua residência, onde possa comprar o leite pasteurizado", orientou Rosana. "Ele deve ter em conta a validade do produto, que para o tipo pasteurizado chega até cinco dias, conforme a marca, levando à possibilidade de se comprar o produto para ser armazenado por mais dias na geladeira. Assim, o consumidor pode comprar mais litros de leite fresco no comércio, estocá-lo na geladeira conforme as instruções do fabricante e, com isso, economizar", finalizou a pesquisadora. O estudo completo do IEA está disponível neste link : http://www.iea.sp.gov.br/out/LerTexto.php?codTexto=14174

O levantamento realizado pelo IEA se configura como uma importante prestação de serviços à sociedade, na avaliação do secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim. "O acompanhamento dos preços do leite na última década permite que a população busque alternativas para adequar os gastos com a alimentação ao seu orçamento doméstico, garantindo economia e produtos de qualidade. Aproximar o conhecimento gerado pela pesquisa da população é uma determinação do governador Geraldo Alckmin para a Pasta", ressaltou o secretário. (SAA/SP)

Supersimples 

As novas regras do Supersimples, aprovadas nesta terça-feira, 4, pela Câmara dos Deputados, permitirão que pequenas e microempresas que acumulam dívidas tributárias ou financeiras possam renegociá-las com prazo de até 10 anos. Dessa forma, não serão retiradas do regime especial de tributação. Segundo o presidente nacional do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, a Receita Federal chegou a apontar a necessidade de excluir 700 mil empresas do Supersimples, por conta de dívidas com o Fisco. Pelo novo texto, o refinanciamento mantém as empresas no regime. Essa regra passa a valer a partir de janeiro de 2017, diferentemente daquela que ampliou os limites de enquadramento no regime e que passa a valer só a partir de janeiro de 2018. "É uma pena que nem todas as medidas tenham início imediato", disse Afif, que comemorou a aprovação do projeto pela Câmara.

O texto definitivo segue agora para sanção presidencial. Segundo Afif, houve resistência da Receita para que o enquadramento de mais empresas no Supersimples ficasse para 2018, devido ao impacto na arrecadação no próximo ano. Afif disse que o Sebrae vai fazer um mutirão nacional para orientar as milhares de empresas que estão endividadas e que têm interesse em renegociar o débito. "O Sebrae vai mostrar o caminho. Esse refinanciamento vai beneficiar muita gente", disse. Outra mudança que terá efeito em janeiro permite que "startups" recebam recursos dos chamados "investidores anjos", empresas que capitalizam pequenos negócios, principalmente em áreas ligadas à inovação tecnológica. Os deputados chegaram a abrir votação para os destaques do projeto do Supersimples e para apreciar trechos da proposta em que houve discordância em relação ao substitutivo enviado pelo Senado. Porém, parte das propostas foi considerada prejudicada, e as demais foram retiradas pelas bancadas. (DCI)

 
 

Presidente do IBGE pede apoio do Mapa para realização do censo agropecuário 2017
O censo agropecuário 2017 foi o tema da reunião do ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paulo Rabello de Castro, nesta quarta-feira (5). Durante a audiência, foi discutida a importância da coleta de dados para transformar as estatísticas do IBGE em planejamento para a agropecuária. Realizado a cada cinco anos, o último censo agropecuário ocorreu entre 2006 e 2007, juntamente com o censo demográfico. O presidente do IBGE destacou a importância do levantamento, que também é feito em países como Estados Unidos, Austrália e Canadá, e pediu apoio ao ministro para garantir recursos para o censo. "A realização de um censo é uma verdadeira operação de guerra. São necessários mais de 82 mil funcionários temporários", disse Rabello. Blairo Maggi reconheceu a necessidade da atualização dos dados para os programas de apoio aos produtores e se comprometeu em ajudar.  A partir do censo agrícola, é possível detectar problemas de conservação e preservação ambiental; áreas de conflitos; inventariar as riquezas agrícolas do país; saber o número de empregos gerados pelo setor e projetar a infraestrutura para o escoamento da produção. (MAPA)
 

 

Porto Alegre, 04 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.364

 

  Leilão GDT apresenta primeira queda de preços em 3 meses

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (04/10), apresentou primeira queda de preços desde julho desse ano, o preço médio dos produtos lácteos comercializados caiu 3% em relação ao leilão anterior, fechando em US$2.880/ton. O leite em pó integral apresentou retração de 3,8%, fechando a um preço médio de US$2.681/ton. O leite em pó desnatado teve queda de 3,9%, chegando a US$2.209/ton. O queijo cheddar teve queda de 2,3%, com o preço de US$3.430/ton. O volume de vendas de produtos lácteos foi 3,7% inferior ao mesmo período do ano passado, com um total de 33.937 toneladas comercializadas. Os contratos futuros de leite em pó integral apresentaram reação negativa para novembro, com baixa de 7,5% a um preço de US$2.725/ton. As projeções de preço médio para os próximos seis meses apontam para uma variação no patamar entre US$2.596 a US$2.768/ton. (Mikpoint/GDT)

 
 
  
 
Workshop debate produção láctea em Palmeira das Missões

Os dilemas da produção de leite no Rio Grande do Sul frentes às novas leis vigentes no Estado e questões técnicas do dia a dia no campo serão alvo do 1º Workshop sobre a Cadeia Produtiva do Leite, que será realizado em Palmeira das Missões (RS) nos dias 19 e 20 de outubro. A programação do evento começa com um dia de palestras técnicas no Auditório da UFSM, no Campus de Palmeira das Missões. O segundo dia  se dará nas dependências da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato com visitas às estações de campo. O professor e membro do Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas da UFSM, João Pedro Velho, destaca que o objetivo das instituições envolvidas é trabalhar em equipe em prol do produtor rural. "Em vista do ano difícil que estamos vivendo que, além das eleições, conta com inflação, altas e baixas nos preços e produtores deixando de produzir leite, as entidades se organizaram e decidiram que era preciso discutir sobre a situação do produtor." O workshop é uma promoção da Secretaria de Agricultura (Seapi), Câmara de Vereadores de Palmeira das Missões, Conselho Regional de Desenvolvimento Rio da Várzea, Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Emater, Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões, Sindicato Rural de Palmeira das Missões e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e conta com o patrocínio do Sindilat. Estudantes, profissionais e produtores rurais podem participar do evento. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo formulário disponível no site da UFSM: http://coral.ufsm.br/wcpl/ 
 
Confira a programação completa do 1º Workshop sobre a Cadeia Produtiva do Leite:

Quarta-feira - 19/10
 7:00 - 08:30 - Inscrições
08:30 - 09:00 - Abertura do evento com a presença de autoridades locais e regionais
09:00 - 10:30 - Como agregar valor ao leite e derivados com propriedades bioativas? (Prof., Dr. Geraldo Tadeu dos Santos - UEM)
10:30 - 11:00 - Milk Break                                           
11:00 - 12:00 - Lei Estadual do Leite (Méd. Vet. Danilo Cavalcanti Gomes - SEAPI - RS)
12:00 - 13:30 - LIVRE PARA ALMOÇO
13:30 - 14:30 - Ciclagem de nitrogênio em pastagens (Prof., Dr. Paulo Sérgio Gois Almeida - UFSM e Dr. Felipe Lorensini - EMATER)
14:30 - 15:30 - Reprodução de vacas de leite: Mortalidade embrionária (Prof., Dr. Alfredo Quites Antoniazzi - UFSM)
15:30 - 16:00 - Milk Break
16:00 - 17:30 - Mesa redonda: Necessidade de leite pelas indústrias instaladas na Região Norte do Rio Grande do Sul

Quinta-Feira - 20/10
8:30-9:00 - Procedimentos do MAPA em relação a inspeção de produtos lácteos (Dr. Alexandre Trindade Leal - MAPA)
9:00 - 09:30 - Produção de leite da Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato - Resultados entre 2009 e 2012 (Profa. Dra. Ione Maria Pereira Haygert-Velho - UFSM)
09:30 - 10:00 - Programa Produza Alimento Colha Saúde (Dulcenéia Haas Wommer - EMATER)
10:00 - 10:15 - Milk Break
10:15 - 11:30 - Avaliação fenotípica de fêmeas da raça Holandês (Med. Vet., José Ernesto Wunderlich Ferreira - Jurado oficial da Associação de Criadores de Bovinos da Raça Holandês
12:00 - 13:00 - LIVRE PARA ALMOÇO
13:00 - 16:00 - Visitação as cinco estações de campo em que serão abordados assuntos técnico-científicos com demonstração
Estações de campo que serão apresentadas:
1ª Estação = Sobressemeadura de leguminosas em pastagem de tifton (Cynodon spp.) (Eng. Agr., Luiz Eduardo Avallone Velho - EMATER)
2ª Estação = Crescimento das bezerras leiteiras (Zoot. Marcos André Piuco - Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato)
3ª Estação = Produção e qualidade do leite para consumo in natura e produção de derivados lácteos (Prof., Dr. José Laerte Nörnberg - UFSM e Profa., Dra. Ione Maria Pereira Haygert-Velho - UFSM)
4ª Estação = Alimentação e nutrição de vacas em lactação (Prof., Dr. João Pedro Velho - UFSM)
5ª Estação = Produção e manejo de alfafa (Prof., Dr. Paulo Sérgio Gois Almeida - UFSM)

 
 
Expoijuí 
Até o dia 4 de outubro serão aceitas as inscrições para a Expoijuí pelo e mail administracao@gadolando.com.br . A agenda da raça Holandesa em Ijuí ficará concentrada entre os dias 10 a 15 de outubro. Esta será a primeira etapa rankiada e com pontuação para a Exceleite 2016-2017, depois da Expointer. Entre 06 a 16 de outubro a cidade sediará a EXPOIJUÍ/FENADI 2016 (Exposição - Feira Comercial e Industrial de Ijuí e Festa Nacional das Culturas Diversificadas). A 27ª Feira Agropecuária e a 7ª Fenilact - Feira Nacional de Produtos Lácteos, contemplará o Concurso de Gado Leiteiro com premiação especial em dinheiro. Hilton Silveira Ribeiro do quadro oficial de jurados da Associação Brasileira do Holandês será o jurado.  Os organizadores providenciaram atrativos especiais para motivar a presença de expositores. Haverá premiação em dinheiro para as melhores posições em pista e no Concurso Leiteiro. Tanto as categorias Jovem como Adulta concorrerão a premiação de R$ 3 mil; R$ 2 mil: R$ 1,5 mil; R$ 1 mil; e R$ 500,00. Já a grande campeã, reservada e terceira melhor ganharão R$ 3 mil, R$ 1,5 mil e R$ 500,00. Está garantida ainda premiação para às três melhores posições de categoria e para os conjuntos assim para campeã fêmea jovem e campeã vaca jovem. A premiação completa pode ser conferida no site www.expoijuifenadi.com.br.
PROGRAMA
Dia 10 de outubro, segunda feira, 08 às 18h- entrada dos animais
Dia 11 de outubro, terça feira,   08 às 18h- entrada dos animais
Dia 12 de outubro, quarta feira, 06h- 1º ordenha Concurso Leiteiro da raça Holandesa
                                                   14h- 2º ordenha Concurso Leiteiro da raça Holandesa
                                                   22h- 3º ordenha do Concurso Leiteiro raça Holandesa
Dia 13 de outubro, quinta feira, 06h- 4º ordenha Concurso Leiteiro raça Holandesa
                                                   14h- 5º e última ordenha do Concurso Leiteiro raça Holandesa
                                                   18h- Banho de Leite dos vencedores do Concurso Leiteiro
Dia 15 de outubro, sexta feira, 09h- julgamento gado jovem raça Holandesa
                                                  14h- julgamento gado adulto raça Holandesa
                                                 20h- entrega premiação 7º Fenilact
Dia 16 de outubro, domingo,  18h- saída dos animais (Fonte: Gadolando)
 
 
Estado divulga índices de ICMS dos municípios para 2017

A Secretaria Estadual da Fazenda divulgou ontem, em suplemento especial do Diário Oficial do Estado (DOE), os percentuais que caberão a cada um dos 497 municípios gaúchos na arrecadação do ICMS ao longo de 2017. Apurado pela Receita Estadual, o IPM (Índice de Participação dos Municípios) leva em considera- ção o comportamento médio da economia local entre 2014 e 2015 e indica como o Estado irá repartir os cerca de R$ 8 bilhões entre as prefeituras no primeiro ano das novas administrações municipais. O volume de recursos corresponde a 25% sobre a receita de R$ 31,9 bilhões (R$ 31.910.222.713,00) que está prevista no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2017, sem considerar a arrecada- ção do Ampara-RS, um fundo destinado a programas sociais constituído a partir da alíquota de 2% sobre bebidas alcoólicas, cerveja sem álcool, cigarros, cosméticos e TV por assinatura. Reflexo da crise econômica que afeta o País, sete das 10 maiores economias tiveram queda nos índices de retorno. As únicas exceções, com variações positivas no valor adicionado nos dois anos que servem como base para definir o índice de retorno do ICMS, são os municípios de Canoas, Passo Fundo e Santa Cruz do Sul, que tiveram crescimento na cota-parte do tributo em 2017. Ao longo dos últimos anos, as 10 maiores economias perderam espaço na composição da receita do ICMS. Para o próximo ano, estes municípios responderão por 32,58% do bolo, enquanto que neste ano a fatia está prevista em 33,89%. Há 10 anos, a participação deste grupo era de 36,43%, recuo que ocorre, na análise da Receita Estadual, basicamente em razão da desconcentração do valor adicionado fiscal, que apresentou aumento no restante do Estado. Os índices definitivos de rateio do ICMS estão disponíveis no site da Secretaria da Fazenda: www.sefaz.rs.gov.br. 

O rateio na arrecadação do ICMS é definido por uma série de critérios estabelecidos em lei. O fator de maior peso é a variação média do Valor Adicionado Fiscal (VAF), que responde por 75% da composição do índice, explica o subsecretário da Receita Estadual, Mário Luís Wunderlich dos Santos. O VAF é calculado pela diferença entre as saídas (vendas) e as entradas (compras) de mercadorias e serviços em todas as empresas localizadas no município. Para as empresas do Simples Nacional é feito um cálculo simplificado, que considera como valor adicionado 32% sobre a receita bruta da empresa. Para evitar variações decorrentes de desastres naturais, o valor final para um exercício (2017) é obtido pela média dos dois anos anteriores (2014 e 2015) ao cálculo. Outras variáveis e seus pesos são: população (7%), área (7%), número de propriedades rurais (5%), produtividade primária (3,5%), inverso do valor adicionado per capita (2%) e pontuação no Programa de Integração Tributária (0,5%). (Jornal do Comércio)

A Secretaria Estadual da Fazenda divulgou ontem, em suplemento especial do Diário Oficial do Estado (DOE), os percentuais que caberão a cada um dos 497 municípios gaúchos na arrecadação do ICMS ao longo de 2017. Apurado pela Receita Estadual, o IPM (Índice de Participação dos Municípios) leva em consideração o comportamento médio da economia local entre 2014 e 2015 e indica como o Estado 

 

Brasil x Argentina 
O comércio entre Brasil e Argentina encolheu 46,7% nos cinco últimos anos, segundo cálculos da Abeceb, uma das maiores consultorias de Buenos Aires. Desde 2011, o valor anual do intercâmbio comercial entre os dois países passou de US$ 39,6 bilhões para um total que a consultoria estima de US$ 20,9 bilhões para este ano. (Fonte: Valor Econômico)
 
 

 

 

Porto Alegre, 03 de outubro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.363

 

Espera-se que crescimento na demanda de lácteos continue até 2025

De acordo com a nova perspectiva sobre lácteos, a longo prazo, da IFCN [International Farm Comparison Network] Dairy, um crescimento global na demanda de leite, de mais de 20 milhões de toneladas por ano, deverá continuar até 2025. A IFCN estima aumento na demanda global de leite de 25% ao longo de 10 anos ou 2,3% por ano. O fator-chave para este aumento é a crescente população mundial, bem como o aumento do consumo de leite por pessoa. Torsten Hemme, diretor administrativo da IFCN, comentou: "Haverá um bilhão a mais de consumidores neste planeta que terá demanda por produtos lácteos". "Globalmente, cada pessoa vai consumir 13 kg a mais em equivalente de leite ao longo de dez anos (ou seja, 127 kg por pessoa em 2025). Portanto, o nível de oferta global de leite também vai continuar a crescer, desde que os consumidores ainda tenham preferências positivas por leite e que a situação econômica e política global esteja estável." Um fator essencial para a futura oferta de leite é, sem dúvida, o preço do leite médio a longo prazo, que os produtores são capazes de produzir. 

 
A IFCN estima este nível de preços do leite em US$41/100 kg de leite (leite corrigido para energia em 4,0% de gordura, 3,3% de proteína); um nível de preços que é substancialmente mais elevado do que os preços observados em 2015 e 2016. Com este preço, é esperado aumento na produção de leite de 208 milhões de toneladas, o que representa 8,5 vezes a produção de leite atual da Nova Zelândia. Nos próximos dez anos, haverá também mudanças significativas no número e tamanho de fazendas. A principal constatação é que em 2025 haverá menos, mas maiores fazendas em nível global. Até então a IFCN espera que haja no mundo 103 milhões de fazendas leiteiras, uma queda de 17,5 milhões de fazendas em dez anos a partir de agora. Apesar disso, o número de vacas e também da produção de leite devem aumentar. Numericamente, representa um aumento na produção global de leite por fazenda de 47% até 2025. (The Dairy Site- Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
Produção de leite cresce, mas país está distante dos líderes no setor

A produção nacional de leite atingiu 35 bilhões de litros no ano passado, um volume bem acima dos 24 bilhões de há dez anos. Nesse mesmo período, a produção média por vaca subiu para 1.609 litros por ano, ante 1.195 em 2005. 
São números do IBGE e parecem animadores quando se olha para a evolução percentual da produção: 46% mais. Esses números estão, no entanto, bem distantes dos de outros países produtores. A média mundial de produção por vaca é de 3.527 litros por ano, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Alguns países --como os Estados Unidos-- chegam a ter média de 10,4 mil litros por vaca. Em alguns Estados brasileiros, como o Rio Grande do Sul, a produtividade é bem melhor e atinge 3.073 litros por ano por vaca. Só agora a pecuária leiteira começa a se estruturar. O potencial é grande, mas, graças à letargia dos anos anteriores, o país ainda é importador de leite. Essa organização do setor passa, inclusive, por mudanças de importância das regiões produtoras. 

O Sul desbancou o Sudeste desde 2014 e lidera com uma participação de 35% da produção nacional. Na região Sul, o Paraná assume a liderança, deixando para trás o Rio Grande do Sul. Duas das principais cidades produtoras de leite do país são paranaenses: Castro e Carambeí. A primeira, líder, produz 240 milhões de litros por ano, segundo o IBGE. Wagner Hiroshi Yanaguizawa, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) diz que o melhor desempenho da região Sul se deve às raças mais produtivas e ao clima mais favorável. Acima de São Paulo, o gado passa por um estresse térmico, segundo ele. Nos últimos 30 anos, os Estados do Sudeste saíram de uma produção anual de 6 bilhões de litros de leite para 12 bilhões. Já os do Sul evoluíram de 2,5 bilhões para 12,5 bilhões no mesmo período. Na avaliação do pesquisador, falta modernidade ao campo. Grande parte dos produtores de leite não tem um controle de custos. Operam, inclusive, com um baixo nível técnico. 

A evolução na cadeia ocorre a passos lentos, e a ausência de um planejamento deve levar a uma maior concentração, tanto da produção como na industrialização nesse setor. Sem controle de custos, esses produtores terão, no médio e longo prazos, seus ativos depreciados. Sem renda, vão abater matrizes, complicando ainda mais o seu desempenho, segundo o pesquisador do Cepea A expectativa é que o produtor faça essa transição do sistema atual para uma produção mais comercial para conseguir sobrevivência. O pesquisador cita o exemplo de 2015, quando os produtores tiveram uma forte pressão dos custos, vindos de energia elétrica, combustíveis e da alimentação do gado. Com isso, tiveram as menores receitas dos últimos cinco anos, devido à crise econômica, mas com custos crescentes. O impacto dessa situação adversa de 2015 continua em 2016, quando a produção deverá ser menor do que os 35 bilhões de litros apontados pelo IBGE para o ano passado, segundo Yanaguizawa. (Folha de SP)

Novacki reforça na FAO compromisso da agricultura brasileira com a preservação ambiental

A produção agropecuária brasileira se baseia na preservação ambiental, tecnologia, inclusão social e consciência do produtor, destacou o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, ao participar de reunião de ministros na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, nesta segunda-feira (3).

"Tudo isso sem os subsídios que distorcem o comércio internacional e agravam o abismo entre os países desenvolvidos e aqueles que querem chegar lá", disse Novacki.  A Argentina apoiou a iniciativa brasileira de criticar os subsídios agrícolas e defendeu a ampliação das discussões sobre o tema. Durante o encontro que tratou de tendências de longo prazo dos preços das commodities e o desenvolvimento sustentável da agricultura, o secretário-executivo salientou que o Brasil preserva 61% das suas terras e apenas 28% do território é utilizado para produzir alimentos. De acordo com o Código Florestal, assinalou Novacki, os produtores são obrigados a preservar entre 20% e 80% da vegetação nativa, dependendo da região.
Segundo ele, a preservação ambiental se dá às custas do produtor e precisa ser reconhecida pela comunidade internacional. "Buscamos a agregação de valor aos produtos brasileiros", enfatizou o secretário-executivo. Lembrou ainda que sistema produtivo brasileiro tem um dos mais elevados padrões de segurança fitossanitária do mundo.
Novacki também falou sobre o Plano Agro +, que até agora já recebeu 335 demandas do setor produtivo para desburocratizar normas e procedimentos do ministério. Do total, 87 foram resolvidas - entre elas, a agilização do processo de registro de produtos de origem animal e a reinspeção nos portos. "Estamos trabalhando em ritmo acelerado para resolver os gargalos", acrescentou. (MAPA)

Mudanças na ordenha de leite ajudam a economizar água, aponta Embrapa

Uma pesquisa da Embrapa de São Carlos (SP) descobriu que manejos simples, mudança de hábitos e qualificação da mão de obra podem economizar até 30% de água em instalações de ordenha. O objetivo foi quantificar o consumo para melhorar a eficiência do uso da água no processo de ordenha, promovendo a gestão do recurso. O investimento do produtor é baixo.

Uma fazenda localizada em Descalvado possui 60 vacas e cada uma produz em média 15 litros de leite por dia. Para garantir a produção, os animais precisam beber bastante água. Lá, os bebedouros ficam espalhados pela propriedade e a água para matar a sede dos animais e para a limpeza do espaço saem de um posto artesiano.

Higienização
Para deixar a sala de ordenha limpa, são gastos por dia entre 1,2 mil a 1,3 mil litros de água. "Você tem que higienizar, afinal a gente está produzindo alimentos. Se você não higieniza, problemas surgirão mais na frente na cadeia", disse o produtor Mario Dotta e Silva.

A fazenda também adotou a prática do reuso. A água utilizada na limpeza vai para uma fossa e depois é usada para irrigação e adubação do pasto. A sustentabilidade é regra na propriedade. "Essa água tem que ser reutilizada de alguma forma para gerar eficiência", afirmou Silva. 

Redução de 30%
Toda essa mudança pode ter um impacto positivo no uso da água, já que a economia nos locais onde são feitas as ordenhas pode chegar a 30%. A Embrapa monitorou os três hidrômetros por 18 meses.

O pesquisador constatou que na limpeza da sala de ordenha onde se gasta mais, em média 48% do total, 37% vão para o processo de ordenha e limpeza dos equipamentos e apenas 10% para o consumo dos animais. Medidas simples podem ajudar bastante na economia como fazer a raspagem do solo para só depois lavar.

"Muitas vezes para acontecer mudanças a gente precisa de dinheiro, precisa por a mão no bolso. Isso não é totalmente verdade quando se fala em meio ambiente. Se a gente fizer algumas mudanças culturais, ou seja, se eu uso água sem pressão e passo a usar com pressão, isso vai contribuir para a eficiência hídrica. Uma torneira pingando, naquele segundo aquele pingo não é nada, mas em 24h do dia, aquele pingo é uma grande quantidade", explicou o pesquisador da Embrapa Júlio Palhares.

Cisterna
O produtor também pode investir em uma alternativa para garantir água de graça. Uma cisterna, por exemplo, que capta água da chuva e armazena em uma caixa d'água de 10 mil litros. O sistema custa aproximadamente R$ 7 mil.

"A cisterna foi instalada em dezembro de 2015 e até a data de hoje, nós já conseguimos economizar em torno de 75% da água que nós utilizávamos para lavar o piso depois da ordenha", acrescentou Palhares.

Para ele, é preciso cuidar bem dos recursos naturais, principalmente nos dias de atuais. "Nossas fontes de água, os nossos solos, o nosso ar que hoje se fala tanto, também precisam ser cuidados - também precisam ser inseridos no dia a dia da nossa produção", concluiu Júlio Palhares. (G1)

 

ABIGEATO PERSISTE
Mesmo com a criação de força-tarefa para conter o abigeato no Rio Grande do Sul, as ocorrências continuam assustando os pecuaristas. Na semana passada, a Cabanha Solé, de Cerrito, no sul do Estado, teve quatro vacas prenhas da raça angus carneadas na propriedade. Os animais estavam sendo preparados para serem julgados na exposição de Pelotas, no próximo dia 12. - Eram animais superiores dentro da geração, resultado de anos de melhoramento genético. O prejuízo é inestimável - lamenta o produtor Ismael Solé Filho, que em julho do ano passado também foi alvo de abigeato. E a insegurança no campo não tem se resumido ao furto de gado. Quadrilhas organizadas têm invadido fazendas também para roubar insumos e máquinas. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 30 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.362

 

Leite ao produtor recua após nove altas 

As cotações do leite ao produtor brasileiro recuaram neste mês, confirmando as expectativas do mercado e de analistas. Pelo leite que entregaram em agosto aos laticínios, os produtores do país receberam neste mês, em média, R$ 1,192 por litro, de acordo com levantamento da Scot Consultoria, que considera preços em 17 Estados. O valor é 3,3% menor do que os R$ 1,233 recebidos pelos pecuaristas em agosto. Os sinais de que os preços recuariam já vinham aparecendo nos últimos meses, quando tanto as cotações no spot (negociações entre empresas) quanto as do leite longa vida no atacado e varejo começaram a cair, indicando aumento na oferta e demanda pouco aquecida. 

 

A safra de leite na região Sul, que já está entrando no mercado desde maio e junho deste ano, e o aumento da produção de leite na região Sudeste explicam a retração dos preços, de acordo com Rafael Ribeiro, analista da Scot. "A produção está entrando com mais força em São Paulo e em Minas Gerais", diz. Além das chuvas, fundamentais para o desenvolvimento das pastagens para o rebanho leiteiro, outra razão para o aumento da oferta no Sudeste é a queda dos preços do milho usado na suplementação da alimentação dos animais. Com o cereal mais barato, o produtor fica estimulado a investir na alimentação, já que o custo diminui. E isso se reflete na produção de leite. 

A expectativa, segundo Ribeiro, é de que esse quadro persista. Assim, a tendência, a partir de agora é de baixa dos preços. Mas os percentuais de queda devem ser mais moderados que o visto entre setembro e agosto, avalia. Pesquisa da Scot com mais 140 laticínios do país mostra que 75% deles acreditam em recuo dos preços ao produtor e 25% em estabilidade no próximo pagamento, em outubro. O levantamento da consultoria indicou ainda que as cotações no spot e do longa vida voltaram a recuar este mês. Em Minas Gerais, por exemplo, o spot saiu de R$ 1,662 por litro em agosto para R$ 1,333 em setembro. Já o longa vida recuou mais R$ 0,10 no atacado paulista entre agosto e setembro, para R$ 2,54 por litro, em média. (Valor Econômico)

  
 
Rótulos terão de alertar sobre variação nutricional

Por unanimidade, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que os rótulos de alimentos deverão alertar os consumidores de que os valores nutricionais informados podem variar em até 20%. A ação foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que encontrou evidências de irregularidades em rótulos de produtos light e diet. O caso chegou ao STJ depois de o MPF recorrer de decisão desfavorável concedida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região. "Cabe ressaltar que, sobretudo nos alimentos e medicamentos, o rótulo é a via mais fácil, barata, ágil e eficaz de transmissão de informações aos consumidores", disse o ministro Herman Benjamin, relator do caso. Para ele, os rótulos "são mudados diuturnamente para atender a oportunidades efêmeras de negócios, como eventos desportivos ou culturais". 

Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite uma tolerância de 20% nos valores de nutrientes declarados nos rótulos. Com a decisão do STJ, a Anvisa terá de exigir que os fabricantes informem essa variação ao consumidor. Durante o julgamento, o ministro Herman Benjamin destacou que a inclusão da advertência não demandará custos elevados dos fabricantes. O ministro também observou que a Constituição Federal garante o direito à informação ao consumidor. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região havia considerado que a variação de 20% não se caracteriza como informação relevante ou essencial, a justificar a inserção de advertência nos rótulos, além de poder causar mais dúvidas do que esclarecimentos. (Jornal do Comércio)

IBGE: em 2015, produção de leite brasileira caiu 0,4% em relação ao ano de 2014

O IBGE divulgou os dados da Pesquisa Pecuária Municipal, referente a dados da produção brasileira de leite do ano de 2015. O ano apresentou produção total de 35 bilhões de litros de leite, número inferior em 0,4% em relação ao ano de 2014.

Gráfico 1 - Produção brasileira de leite.

 

Igualmente ao ano de 2014, a Região Sul liderou em números de produção de leite, com 12,32 bilhões de litros, sendo responsável por 35,2% da produção nacional. A Região Sudeste teve a segunda maior produção em 2015, representando 34% do total. (Informações são do IBGE)

Gráfico 2 - Produção de leite por região (em milhões de litros).

 

Dia 03 de Outubro a Anvisa começará receber sugestões para as consultas públicas referentes a regulamentação da lei 13305/16 - sobre lactose

A Gerente-Geral de Alimentos, Thalita Antony de Souza Lima, fala sobre os requisitos para a indicação obrigatória da presença de lactose nos rótulos dos alimentos e a classificação dos alimentos para dietas com restrição de lactose.
 As Consultas Públicas (CP n. 255) e (CP n. 256) estão abertas para contribuições, sugestões e críticas a partir do dia 3 de outubro, até 11 de novembro. Video (Anvisa)

 
UE: 1.800 produtores britânicos se inscreveram no esquema de redução de produção de leite

Mais de 1.800 produtores de leite do Reino Unido se inscreveram no esquema de auxílio ao setor de lácteos da União Europeia (UE) - que pagará aos produtores para reduzirem a produção nos próximos três meses. A Agência de Pagamentos Rurais (RPA) publicou detalhes do número de produtores que se inscreveram para o primeiro lote do esquema voluntário que funcionará de primeiro de outubro a 31 de dezembro.

O esquema pagará aos produtores o equivalente a 12,2 centavos (13,70 centavos de dólar) por litro e visa reduzir a oferta de leite em toda a Europa para restaurar o equilíbrio ao mercado e estabilizar os preços.

De acordo com o RPA, um total de 1.849 produtores britânicos se inscreveram, sendo 192 do País de Gales (11.415.372 kg); 154 da Escócia (14.909.800 kg); 611 da Irlanda do Norte (22.012.433 kg); 892 da Inglaterra (63.690.732 kg), totalizando 1.849 produtores com um volume de 112.028.339 quilos.

Na próxima semana, a Comissão Europeia vai verificar os dados de todos os Estados Membros e trabalhar para ver se há dinheiro suficiente em seu fundo de 150 milhões de euros (US$ 168,49 milhões) para cobrir todas as inscrições. Se o esquema tiver mais inscrições do que é possível pagar, o volume de leite selecionado para o pagamento será reduzido e os lotes futuros do esquema serão cancelados.

O conselheiro chefe do setor de lácteos da União Nacional de Produtores Rurais (NFU), Sian Davies, disse que os dados preliminares do resto da UE sugerem que o Reino Unido foi um dos que mais teve inscrições em termos de volume para o esquema. Isso porque muitos produtores britânicos já tinham reduzido sua produção, de forma que estavam adequados ao esquema sem reduzir mais a produção.

A Alemanha foi o país que inscreveu-se com a maior redução na produção - que deverá ser de 285.000 toneladas. Cerca de 13.000 produtores de leite na França estão com intenção de inscrever-se no programa. (Informações são do Farmers Weekly, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

TJLP
O Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 7,5%. A taxa vai vigorar ao longo do quarto trimestre do ano e serve de parâmetro para os empréstimos do BNDES. A decisão foi unânime. (Valor Econômico)
 
 

 

Porto Alegre, 29 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.361

 

  UE: produção de leite cai 1,4% em julho comparado a 2015; de janeiro a julho cresce 2,6%

Os dados mais recentes do Observatório de Mercado de Leite da União Europeia (UE) mostram que, em julho, a produção de leite caiu 1,4% no bloco europeu com relação ao mesmo mês de 2015. No entanto, os dados acumulados de janeiro a julho de 2016 mostram um aumento de 2,6% na produção.

Até o sétimo mês do ano, já há 6 países que, em conjunto global de produção, mostram dados negativos, sendo especialmente significativos os dados do Reino Unido, com uma redução de 2,5% e Portugal, com queda de 3,9%. Frente a isso, sobressai o forte aumento da Holanda, onde a produção cresceu 11,25%; Alemanha, que teve aumento de 3,1%; Espanha, com 1,9% de aumento; e França, com um aumento de apenas 0,1%. O aumento da produção de leite no período de janeiro a julho de 2016 traduziu-se em um aumento da produção de leite em pó desnatado, de 11,3%; de manteiga, de 8,7%; de leite em pó integral, de 5,6%; ou de queijo, de 2,3%. A produção de leite condensado caiu 15,2% e a de leite de consumo 1,1%. (Informações são do AgroNewsCastillayLeon, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
 
Confaz edita nova regra para ressarcimento de ICMS- ST 
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários estaduais de Fazenda do país, editou novas regras para empresas que pagam o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços pela substituição tributária (ICMS¬ST). A principal delas flexibiliza a forma de solicitação de ressarcimento do imposto após a venda de produtos já tributados para outros Estados. Por meio da substituição tributária, uma empresa antecipa o pagamento do ICMS em nome das demais que fazem parte da cadeia produtiva. A retenção é automática. Mas cabe pedido de ressarcimento quando uma empresa vende uma mercadoria já tributada para outro Estado, que também cobra o imposto daquele produto por meio de substituição tributária. Antes, só era possível pedir o ressarcimento do imposto retido na operação anterior por meio da emissão de nota fiscal eletrônica, exclusivamente para esse fim, em nome do fabricante. 

Somente o fornecedor responsável pela retenção do imposto poderia restitui-¬lo. Agora, essa nota poderá ser emitida contra qualquer fornecedor do mesmo Estado. "O fornecedor vai restituir o valor do imposto e depois descontá¬-lo do ICMS que recolheria para o Fisco", afirma Douglas Campanini, consultor da Athros Consultoria e Auditoria. Segundo Campanini, a medida é positiva porque assim a empresa não fica atrelada a um único fornecedor. "Isso era ruim porque, às vezes, o volume de ICMS¬ST é muito grande, o que faz com que demore para a restituição ser paga", afirma. Maucir Fregonesi Júnior, sócio do setor tributário do Siqueira Castro Advogados, também entende que a restituição ficará mais ágil com a mudança. "Essa flexibilização no pedido de restituição é importante por reduzir o saldo credor de ICMSST, que costuma ser volumoso em grandes empresas", afirma. 

A novidade consta do Convênio nº 93 do Confaz, publicado ontem no Diário Oficial da União. Também nesta quarta¬feira foi divulgado o Convênio nº 102, que detalha a qualificação dos produtos que devem ser informados com o Código Especificador da Substituição Tributária (Cest) na nota fiscal. O Cest foi criado para unificar a identificação das mercadorias sujeitas à ST no país. Assim, espera-se que os Estados possam aplicar as regras do regime com mais segurança. (Valor Econômico)

 

Cresce a demanda chinesa de lácteos

As importações chinesas de produtos lácteos registraram uma nova elevação em agosto e acumulam um crescimento de 27% durante o ano. As compras de queijo foram as que mais cresceram no oitavo mês do ano, comparado com agosto de 2015, com elevação de 64%. As compras de leite em pó integral tiveram expansão de 20,6% na variação anual. Entre janeiro e agosto as compras totalizaram 1,58 milhões de toneladas, frente 1,24 milhões no mesmo período anterior. Em valor, as compras totais do gigante asiático foram de US$ 4.387,8 milhões, diante de US$ 3.856,5 milhões entre janeiro e agosto de 2015, uma variação de 13%, de acordo com dados publicados pelo site especializado CLAL. No caso do leite em pó integral as compras subiram 22,9% entre janeiro e agosto em relação ao mesmo período do ano anterior. Totalizaram 337.475 toneladas pelo valor de US$ 848,6 milhões. Mais dificuldade para colocar lácteos locais [Uruguai]. Essa maior importação não se refletiu nas vendas locais para o país asiático. Daniel Castiglioni, diretor da Castitrading, disse à rádio Rural que existe dificuldade para enviar lácteos para aquele mercado por causa dos preços.

 
No acumulado, de janeiro a agosto, as solicitações de exportações de lácteos para a China foram de 7.255 toneladas, gerando US$ 12,8 milhões de divisas. No mesmo período do ano anterior foram enviadas 9.065 toneladas por US$ 11,7 milhões. Entre janeiro e agosto de 2014 foram 18.414 toneladas por US$ 51,3 milhões. Europa e Oceania são os principais fornecedores de lácteos para a China. Por exemplo, no caso dos queijos, o principal provedor do produto, entre janeiro e agosto foi a Nova Zelândia, seguido pela Austrália e Estados Unidos. No caso de leite fluido e cremes, o pódio ficou com a Alemanha, seguido pela França e Nova Zelândia. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

 

Vai até dia 4 o prazo para empresários brasileiros pedirem redução de tarifa aos EUA

Exportadores brasileiros e importadores americanos têm até 4 de outubro para solicitar a inclusão de produtos agrícolas na lista do Programa Geral de Preferências (SGP, sigla em inglês).  O Brasil tem acesso à tarifa zero para 570 produtos agrícolas, como frutas, lácteos, lentilha, mandioca e cacau em pó.

O link do edital é este: https://www.federalregister.gov/articles/2016/08/25/2016-20054/generalized-system-of-preferences-gsp-notice-of-initiation-of-the-20162017-annual-gsp-product-and. O SGP concede isenção ou redução das tarifas de importação para produtos originários de mercados em desenvolvimento. Além dos Estados Unidos, vários outros países possuem esse tipo de programa. Cada um deles estabelece um esquema distinto, definindo suas listas de produtos cobertos, além das tarifas aplicadas com o benefício do programa.

O SGP dos EUA está em vigor desde 1976 e garante a isenção da cobrança das tarifas de cerca de 5 mil produtos de 122 países e territórios em desenvolvimento, inclusive do Brasil. A lista completa dos produtos atualmente cobertos pelo programa pode ser acessada na página do USTR. Os dados de importação dos EUA estão disponíveis para consulta em banco de dados da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (USITC, sigla em inglês), na sua página eletrônica https://dataweb.usitc.gov. (MAPA)

Missões sanitárias a caminho do Brasil
O Brasil poderá receber mais 15 missões sanitárias ainda neste ano, segundo o Ministério da Agricultura. Quatro já estão confirmadas: duas do Chile (para carne bovina e farinha de carne e osso), uma de Cuba (para carnes suína e de aves) e uma da Bolívia (para carnes de frango, bovina e suína). A primeira visita será de técnicos do Chile, entre 10 de outubro e 22 de novembro. Nessa missão, frigoríficos serão visitados em 10 Estados, incluindo o Rio Grande do Sul. Entre 28 de novembro e 9 de dezembro, os técnicos chilenos farão outra missão, desta vez para avaliar a produção de farinha de carne e ossos em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 28 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.360

 

  Missão à Ásia pode trazer entre US$ 1,5 e 2 bi ao Brasil em investimentos e novos mercados

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse que sua missão à Ásia poderá render negócios entre US$ 1,5 a 2 bilhões para o Brasil, entre novos mercados e investimentos. "Esta é uma expectativa. O governo estimula o setor [produtivo] e cria regras. Mas quem faz [a negociação] é a iniciativa privada", afirmou ele, em entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira (27), em Brasília.

Durante 25 dias, Blairo viajou com uma equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e representantes de cerca de 40 empresas e entidades do agronegócio. Do grupo do Mapa, fizeram parte os secretários Odilson Silva (Relações Internacionais do Agronegócio) e Luis Rangel (Defesa Agropecuária) e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes.

Sete países foram visitados: China, Índia, Vietnã, Coreia do Sul, Myanmar, Tailândia e Malásia. Nas rodadas de negócios, cerca de 500 empresários dos sete países conversaram com os brasileiros. A missão faz parte da estratégia de elevar de 7% para 10% a participação do Brasil no comércio agrícola mundial.

No Vietnã, foi reaberto o mercado para as carnes suína, bovina e de frango. Técnicos do país virão ao Brasil para inspecionar frigoríficos. A data ainda será definida. O Mapa também iniciou as negociações para a venda de produtos lácteos àquele mercado.

Na Malásia, houve ampliação do mercado de carne de aves. Técnicos do país também virão ao Brasil para fazer inspeção em frigoríficos. O Mapa ainda deu início às negociações para a exportação de bovinos vivos, carne bovina e material genético bovino (embrião e sêmen).

Na Índia, os empresários brasileiros negociaram a venda de vários produtos, como madeira, couro e pescados. A empresa indiana UPL vai construir uma fábrica no Brasil para a produção de ingredientes ativos de agroquímicos, no valor de R$ 1 bilhão.

A Embrapa também fez acordo com a UPL, no valor de R$ 100 milhões, para o desenvolvimento de pesquisas com leguminosas de grãos, como lentilha. A estimativa é que, em 2017, a Índia importe 7 milhões de toneladas do produto e, em 2030, o volume chegue a 30 milhões de toneladas.

Na Tailândia, a missão abriu as negociações para a venda de carne bovina e farinha para ração. Já na Coreia do Sul, o ministério finalizou a penúltima fase de habilitação da carne suína de Santa Catarina para exportação.

Na China, os empresários brasileiros negociaram a venda de diversos produtos brasileiros, como grãos, carnes, pescados, frutas, café e açúcar. Myanmar reabriu as licenças de importação para produtos como carnes, frutas e grãos.

Sustentabilidade
Durante a missão à Ásia, o ministro apresentou o potencial agropecuário do Brasil, que é o maior exportador mundial de soja em grão, café, açúcar, suco de laranja e carne de frango. "O país tem regularidade na produção e na entrega dos produtos ao exterior."

Blairo também ressaltou a sustentabilidade ambiental brasileira. "Mostramos lá fora que o Brasil tem um ativo ambiental muito grande. Nossas reservas, nossas florestas não podem ser convertidas em atividades agropecuárias. Quando alguém acessa um produto brasileiro está comprando um pacote ambiental e social", reforçou Blairo.

O ministro destacou ainda o potencial do mercado asiático para a consumo de alimentos. "Em 2030, o continente terá uma classe média de 3,2 bilhões de pessoas." Ainda segundo ele, o Brasil é parceiro estratégico para garantir a segurança alimentar na Ásia, assim como essa região é estratégica para ampliar a participação do agronegócio brasileiro no mercado mundial. (As informações são do Mapa)
 
 
 
Mapa cria Grupo de Trabalho para revisão do RIISPOA

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou nesta data, a Portaria 193, criando o Grupo de Trabalho para revisão do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA, instituído pelo Decreto 30.691/1952. Apesar de diversas iniciativas neste sentido, o Brasil está muito atrasado em termos de adequar a legislação à evolução da indústria de alimentos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a primeira lei disciplinando a indústria de alimentos foi de 1927. Já se encontra em sua 9ª Revisão. O RISPOA brasileiro, de 1952, deve demorar um bom tempo ainda, para se tornar efetivo. (Terra Viva)


 

Preços/Reino Unido 

A indústria britânica First Milk anunciou aumento de € 0,26, [R$ 0,95/litro], no preço do leite em outubro; é o maior aumento mensal desde 2007. Enquanto isso, a Arla Foods anunciou reajuste no preço do leite em dois centavos de euros por quilo, a partir de 1º de outubro. A First Milk disse que os preços do leite continuarão subindo nos próximos meses. Um comunicado à diretoria, o presidente, Clive Sharpe, disse que "Nossa visão sobre o mercado é positiva e vemos os preços do leite chegando a 25ppl, [R$ 1,04/litro], ou (€ 0,32/litro) nos próximos meses". Acompanhando os aumentos, a First Milk está pagando atualmente, entre 20 ppl, [R$ 0,83/litro], e 21,98 ppl, [R$ 0,92/litro], dependendo do volume, e incluindo, para alguns produtores, o pagamento estimado do queijo Tesco de 0,98ppl para outubro.

Os preços na Europa continuam firmes
A Arla Foods disse que também haverá um impacto cambial positivo como resultado das novas bandas nas taxas de câmbio médias introduzidas nos mecanismos de preços. Quando o aumento do preço, e o impacto do câmbio são aplicados ao litro padrão do Reino Unido, o aumento é de 1,6 pences, sobre o preço convencional de 21,65 pences. O diretor da Arla Foods, Johnnie Russell, disse que o mercado de commodities, bem como o mercado de queijo amarelo na Europa, continua se fortalecendo, e os preços no mercado de varejo também continuam firmes. "A produção na União Europeia continua caindo, e a expectativa é de que essa tendência se mantenha nos próximos meses", disse Russell. (Dairy Reporter - Tradução livre: Terra Viva)

Selecionados para a 2ª etapa do Ideas for Milk serão anunciados no Dairy Vision 2016 

Já pensou em ter uma startup que contribua para o agronegócio do leite no Brasil? Essa é um dos objetivos do concurso "Ideas for Milk", lançado pela Embrapa Gado de Leite, em parceria com as empresas AgriPoint, Carrusca Innovation, Litteris Consulting e Qrânio. O objetivo do projeto é vincular a iniciativa privada à pública. 

As inscrições para o concurso "Ideas For Milk" serão on-line, do dia 1º de agosto a 12 de outubro. Serão selecionados até 40 projetos para seguirem para a 2ª fase, que contará com oito finais locais, nas universidades parceiras. O anúncio dos 40 selecionados na primeira etapa ocorrerá durante o jantar do Dairy Vision 2016, em Curitiba/PR, nos dias 03 e 04 de novembro. Apenas um ganhador de cada final local seguirá para a nacional. 

O Dairy Vision é um evento focado na indústria de laticínios caracterizado pelos debates de alto nível - proporcionando diversos momentos para networking, como os espaços empresariais, jantar de confraternização, almoços e diversos breaks. "É um evento de porte global dentro do Brasil e destinado para quem realmente vai tomar decisões e impactar o dia a dia e o futuro das empresas", pontuou Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da AgriPoint, que realiza o Dairy Vision em parceria com a inglesa Zenith. 

Como participar do Ideas for Milk 
Podem participar equipes informais ou startups já constituídas, com ideias para projetos de software web, aplicativos mobile ou solução em hardware. As propostas devem ter foco nas grandes áreas temáticas do agronegócio do leite - como insumos agropecuários, logística de captação e distribuição do leite e indústria de laticínios. Os benefícios para os ganhadores vão desde a participação e o aprendizado em um processo que envolve a formulação de uma ideia com potencial de mercado até a possibilidade de alavancar um negócio lucrativo. 

A inscrição e entrega dos projetos devem ser feitas até o dia 12 de outubro, pelo site: www.ideasformilk.com.br, onde informações adicionais podem ser encontradas. Para mais informações sobre o Dairy Vision entre em contato pelo telefone (19) 3432-2199, escreva para ladc@milkpoint.com.br ou acesse http://www.dairyvision.com.br. (Milkpoint)

FrieslandCampina
O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru no mês de outubro de 2016 é de € 29,25/100 kg, [R$ 1,10/litro]. O preço garantido teve aumento de € 3,00 em relação a setembro.  O aumento é em parte uma correção das estimativas muito baixas efetuadas nos últimos meses, junto com a expectativa de que os preços do leite das principais empresas de referência irão subir em outubro. O desempenho positivo nos preços do leite foi resultado do aumento das cotações dos principais produtos lácteos, com queijo, manteiga e leite de consumo chegando a valores recordes. A produção de leite na União Europeia está caindo com a demanda mais ou menos estável, e o crescimento da procura pela Ásia. O preço garantido é aplicado sobre 100 quilos de leite com 3,47% de proteína; 4,41% de matéria gorda; e 4,51% de lactose. Os valores são aplicados para a oferta média de 600.000 quilos de leite por ano, [média de 580 mil litros/ano, ou média de 1.500 litros por mês]. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 27 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.359

 

Com redução das dívidas, famílias podem retomar consumo em 2017

A combinação de aumento do desemprego, queda dos rendimentos e juros altos está provocando uma redução importante das dívidas no orçamento das famílias, processo que pode abrir espaço para um início de retomada do consumo em 2017. Ainda sob efeitos de uma prolongada recessão, o cenário para as vendas está longe de ser considerado animador, mas o menor dispêndio com dívidas já representa algum alívio para os consumidores. Economistas ponderam, no entanto, que a reação da demanda dependerá mais do mercado de trabalho e da possibilidade de corte da taxa básica de juros. O comprometimento mensal dos salários com dívidas ainda é alto e, mais recentemente, mostrou leve expansão, mas o endividamento em relação à renda acumulada nos 12 meses até junho (último dado divulgado pelo Banco Central) caiu 2,2 pontos na comparação com mesmo período em 2015 e ficou em 43,7%, o menor índice da série desde dezembro de 2012. Esse percentual ficou acima de 46% durante boa parte do ano passado, de janeiro até setembro. Excluindo o financiamento imobiliário, a redução do endividamento é mais expressiva. Nessa métrica, o indicador ¬ que chegou a superar 31% entre o fim de 2011 e o começo de 2012 ¬ caiu de 27,2%, em junho de 2015, para 24,9% no mesmo mês deste ano. De acordo com pesquisa da Fecomercio¬RJ feita em parceria com a Ipsos em todo o país, 68% dos consumidores afirmaram não estar pagando nenhum tipo de parcelamento em julho deste ano, maior número para o mês desde o início do levantamento, em 2010. Para Flávio Calife, economista da Boa Vista, a principal razão para o recuo do endividamento está na piora do mercado de trabalho. "O consumidor não está apenas cauteloso. Ele está sem dinheiro", diz Calife, mencionando que 42% dos consumidores ouvidos pela administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) citam o desemprego como causa da inadimplência das famílias, segundo levantamento trimestral realizado em junho. 

 
 
O elevado nível de endividamento das famílias, combinado à diminuição da renda, foi uma das causas da crise, avalia Fabio Silveira, sócio¬diretor da Macrosector. Por isso, afirma, a trajetória de redução desse indicador é um movimento que pode ter impacto positivo sobre a atividade, ainda que condicionado a uma série de fatores. Em seu cenário, as famílias devem voltar a se sentir confiantes para contrair dívidas a partir do segundo semestre do próximo ano, mas, para isso, é preciso que as medidas de ajuste fiscal sejam aprovadas, abrindo espaço para o corte dos juros e, também, que haja alguma recomposição da renda. "A retomada do consumo será bastante lenta", pondera Silveira, que prevê alta de 1% das vendas no varejo restrito (excluem automóveis e material de construção) em 2017, depois de retração de quase 6% este ano. Além da defasagem maior do mercado de trabalho para se recuperar, o economista menciona a redução modesta prevista para a taxa Selic, que deve chegar a 13% em dezembro do ano que vem, queda de apenas 1,25 ponto em relação ao patamar de hoje. O custo do crédito subiu significativamente, apesar da estabilidade da Selic nos últimos meses, destaca Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o que tem feito os consumidores reduzirem seu nível de endividamento para não caírem na inadimplência. De junho para julho, a taxa de juros com recursos livres para famílias avançou 0,5 ponto, para 71,9%, nova máxima. Por outro lado, diz Rabi, o comprometimento mensal da renda com dívidas mostrou ligeira expansão nos últimos meses, justamente porque o aumento dos juros faz com que uma parcela maior dos ganhos mensais seja destinada ao pagamento de financiamentos. Sem considerar o crédito imobiliário, medida que Rabi avalia como mais correta, o comprometimento mensal médio da renda das famílias com dívidas subiu de 19,97% para 20,13% entre maio e junho, segunda alta seguida na série também calculada pelo BC. Em relação a igual mês do ano passado, o indicador avançou 0,5 ponto. Com o peso maior dos débitos a prazo no orçamento, pondera ele, é difícil que a demanda ganhe fôlego. "Precisamos ver três coisas para que o consumidor tenha folga no orçamento: queda significativa dos juros, da inflação, e que o desemprego pare de subir", disse o economista da Serasa. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o comprometimento médio da renda mensal entre consumidores endividados está em tendência de declínio e recuou 1,3 ponto entre agosto de 2015 e o mês passado, para 30,2%. Na mesma comparação, a proporção de famílias que se declara endividada caiu de 62,7% para 58%. 
 
A economista Marianne Hanson, responsável pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), explica que o Banco Central calcula o percentual de comprometimento considerando o total das parcelas de dívidas e uma estimativa da massa de rendimentos. Já a CNC pergunta apenas aos entrevistados que se dizem endividados qual a fatia da renda destinada ao pagamento desses gastos, dando como opção três faixas diferentes, que vão desde menos de 10% da renda até mais de 50%. A média ponderada de todas as respostas, aponta Marianne, é o comprometimento médio mensal da renda. Considerando os dados da Peic, a economista avalia que o comprometimento da renda com dívidas segue em patamar pressionado, mas com clara tendência de recuo, apesar do maior custo do crédito. Já a queda do nível de endividamento, em sua avaliação, é explicada também porque os consumidores têm contratado dívidas de menor valor, embora mais caras. É o caso, por exemplo, do cheque especial, que foi usado por 7,1%, das famílias que afirmaram ter dívidas em agosto, ante 6,4% em igual mês de 2015. O uso do crédito pessoal também subiu no período, de 8,7% para 10,2%. No levantamento da Fecomercio¬Rio, o carnê de loja segue como a principal modalidade de crédito utilizada por quem paga parcelamentos, citada por 47% dos consumidores em julho, queda de dois pontos sobre igual período do ano passado. Em seguida, aparece o cartão de crédito, mencionado em 40% das respostas. Para 2017, afirma Calife, da Boa Vista, está se desenhando um cenário um pouco melhor para o consumo, com redução da inadimplência e alta do crédito, mas a expectativa é que as dívidas de longo prazo permaneçam em segundo plano para os consumidores. "A diminuição do endividamento é um trunfo para a economia, mas há ainda uma cautela do consumidor."(Valor Econômico)   
 
 
Indústrias uruguaias mantêm contato para retomar vendas de lácteos à Venezuela

As indústrias de lácteos do Uruguai seguem em conversação para retomar as vendas de lácteos à Venezuela - apesar dos atrasos gerados pela cobrança da última rodada de negócios. A cooperativa Claldy mantém os contatos e as gestões semanais para ver as possibilidades de retomar as colocações nesse mercado, disse seu diretor, Erwin Bachmann.

"A Venezuela é um mercado, precisa de alimentos e o lógico é que comprem do Uruguai. Talvez não seja um momento político para pensar nisso, mas acredito em um acordo a nível de governo para termos um volume de mercado que eles compravam e que - creio que continuarão comprando". 

A Claldy foi uma das indústrias que enviou 4.400 toneladas de queijos sob o acordo assinado entre ambos os governos em meados de 2015 para a exportação de alimentos à Venezuela. Em abril desse ano, a cooperativa recebeu o dinheiro pelo volume exportado.

Espera-se poder concretizar algum envio antes do fim do ano e não se descarta a possibilidade de instrumentar um "pré-pagamento", disse Bachmann. Outra indústria que enviou lácteos à Venezuela sob o acordo entre os governos foi a Calcar. Seu presidente, Humberto Mendivil, disse que os contatos foram mantidos e ajustes nas condições de cobrança estão sendo analisados.

"Agora seguimos em comunicação com o governo venezuelano, com a Corpovex, para possíveis novas exportações. Estão sendo ajustados os detalhes de cobrança. O interesse da Venezuela se mantém, mas as condições precisam mudar". 

O Brasil é o mercado que paga melhor pelos lácteos uruguaios. "Hoje, o que defende os preços é o Brasil. A Claldy está vendendo praticamente todo o queijo ao Brasil", disse Bachmann. 

Apesar de, historicamente, durante a temporada de primavera, as compras do Brasil reduzam ao mínimo, esse ano, as exportações se prolongaram. A Claldy tem a produção vendida até outubro a esse destino. Os produtores brasileiros estão esforçando-se para que não entrem tantos lácteos do Uruguai, mas, até o momento, não frearam a entrada. (Informações são do Lecheriauy.com, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Fonterra: produção de leite da UE cai em junho mas em 12 meses cresce 4%

A empresa de lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, destacou em relatório sobre o mercado queda na produção de leite na União Europeia em junho, pela primeira vez desde o início de 2015. O volume foi 2% menor na comparação com igual mês do ano passado, o que a Fonterra atribuiu ao clima mais seco e aos baixos preços do produto no mercado global, que desestimularam produtores a investir em suplementação animal. 

No acumulado dos 12 meses terminados em junho, no entanto, a oferta da União Europeia subiu 4%, ante igual período do ano passado. Em relação à produção de lácteos na Nova Zelândia, a Fonterra estimou uma queda de 3% na captação de leite no país na temporada 2016/17. A queda reflete o impacto de agricultores reduzindo o uso de tecnologia em suas produções, devido aos preços mais baixos do leite, segundo a Fonterra. "Ao longo das últimas duas temporadas agricultores reduziram as taxas de lotação e suplementação alimentar para ajudar a reduzir os custos."

Na semana passada a Fonterra reportou lucro líquido de 810 milhões de dólares neozelandeses (US$ 595 milhões) para o ano fiscal encerrado em 31 de julho, um aumento de 74% na comparação anual. Segundo a companhia, a decisão de investir em produtos com maior margem de lucro ajudou a contrabalançar o excesso de oferta global de lácteos. (Informações são do O Estado de São Paulo, com dados do Dow Jones Newswires)

 
 
Variações das commodities lácteas favorecem os exportadores norte-americanos

Exportações/EUA - Já na metade de setembro, a diferença entre os preços da manteiga nos Estados Unidos e internacionais chegou ao menor valor desde o início de 2015. A diferença entre os preços dos queijos no mercado norte-americano e mundial também melhoraram em relação aos níveis recentes. 
Enquanto permanecem com preços em desvantagens, a mudança - que indica uma alteração no mercado que aponta para a convergência - promete ser um impulso competitivo muito necessário para os exportadores de lácteos dos Estados Unidos. A partir de um breve momento de paridade no início de 2015, o preço da manteiga dos Estados Unidos chegou a ser, em média. US$ 1.700/toneladas maior que a cotação da manteiga da União Europeia, e até US$ 1.900/tonelada em relação ao preço da Oceania. Este mês, a diferença entre o preço da manteiga dos Estados Unidos e a da União Europeia, praticamente desapareceu, ficando em apenas US$ 33/tonelada, enquanto que a diferença com o preço da Oceania caiu mais de 60%, chegando a US$ 766/tonelada. No meio do ano, de março a agosto de 2016, o cheddar dos Estados Unidos teve a média de US$ 467/tonelada a mais em relação ao cheddar da União Europeia, e US$ 667/tonelada em relação ao mesmo queijo da Oceania. Em setembro, a diferença foi cortada para US$ 245/tonelada em relação ao queijo europeu. Enquanto houve declínio de 10% na diferença do preço com a Oceania, passando para US$ 595/tonelada.

O preço desfavorável foi o maior responsável pela perda de mercados de exportação pelos norte-americanos, particularmente de queijo. Mesmo no México, onde as companhias norte-americanas possuem acesso preferencial ao mercado devido ao NAFTA, e a proximidade, as cotações dos queijos dos Estados Unidos estavam muito altas em relação a outros fornecedores. E ajudando no longo caminho que é preciso percorrer para alcançar a paridade, nas últimas semanas existe uma sólida tendência de crescimento dos preços da manteiga e do queijo no mercando internacional, enquanto tendem para baixo nos Estados Unidos. Na maior parte de 2016, as condições do mercado favoreceram os esforços da Nova Zelândia em diversificar sua produção, saindo do leite em pó integral e indo em direção à manteiga e leite em pó desnatado. Com o declínio na produção de leite, padrões de compra da China, e recuperação do preço do leite em pó, é de se esperar que o leite em pó integral volte a ser mais rentável para a Nova Zelândia, do que o leite em pó desnatado e manteiga. Preços mais competitivos não significam, necessariamente, crescimento das exportações de lácteos, particularmente em relação à manteiga. Mas, a atual subida de preços internacionais não apenas melhora a competitividade norte-americana, ela também indica melhora do mercado global de lácteos. À medida que a temporada no Hemisfério Sul caminha para o pico da estação, é bom estar de olho na produção de leite da Nova Zelândia, em particular, se a recuperação dos preços das commodities foi suficiente para que a produção reaja, mantendo o  mercado equilibrado. Mesmo que o USDEC tenha projetado a recuperação dos preços internacionais dos lácteos, os ganhos recentes foram maiores e mais rápidos do que a expectativa, e deve-se manter em destaque que a volatilidade é inerente aos mercados de hoje. (Usdec - Tradução livre: Terra Viva)

 

Governo do Vietnã vai vender participação de 9% na Vinamilk
O governo do Vietnã vai vender neste ano uma participação de 9% na maior companhia de lácteos do país, a Vinamilk, em um negócio que pode chegar a pelo menos US$ 810 milhões. A estatal State Capital Investment Corp. (SCIC) tem participação de 44,7% na Vinamilk, formalmente conhecida como Vietnam Dairy Products. Segundo o presidente do conselho da SCIC, Nguyen Duc Chi, a capitalização de mercado da companhia supera os US$ 9 bilhões. O Vietnã está acelerando o processo de privatização de ativos estatais, diante do aumento da dívida pública. O país também está tentando reduzir o envolvimento do governo em atividades de negócios. Chi disse que a SCIC está considerando a possibilidade de vender a participação através de uma colocação privada e que espera obter um preço superior ao de mercado. Ele disse ainda que a companhia poderá vender participações adicionais na Vinamilk no futuro. (Informações são do Dow Jones Newswires, publicadas no jornal O Estado de São Paulo)
 

 

Porto Alegre, 26 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.358

 

   Laticínios preparam comitiva a Brasília
 
Laticínios gaúchos irão a Brasília no início de outubro para reunião com lideranças do governo federal com o intuito de limitar as importações de lácteos do Uruguai. A decisão foi tomada em reunião nesta segunda-feira (26/9), na sede do Sindilat, em Porto Alegre. O pedido, que vem sendo encaminhado nos últimos meses, é visto pelo setor como estratégico para regular o mercado brasileiro, onde os preços do leite entram em declínio em função do aumento da oferta. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a estratégia é estabelecer uma espécie de gatilho que libere a importação apenas em alguns momentos do ano.  "Precisamos dessa ferramenta para manter a viabilidade das indústrias e do produtor", salientou, lembrando que a deliberação tem apoio do Conseleite. A comitiva pretende se reunir com representantes do Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores. 

No encontro de  laticínios, as indústrias ainda debateram as propostas a serem remetidas ao Agro+ Gaúcho de forma desburocratizar o setor lácteo no Rio Grande do Sul. As empresas montaram grupo de trabalho para debater a questão e compilar até o dia 3 de outubro os apontamentos do segmento. Na reunião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ainda fez um relato sobre as potencialidades de mercado verificadas durante viagem ao Oriente realizada neste mês com a comitiva do governo brasileiro. Ele detalhou as ações e visitas realizadas a redes varejistas na Coreia do Sul, Tailândia, Hong Kong e China. Entre as peculiaridades apontadas está a preferência e a consequente valorização dos lácteos importados. "Mesmo sendo mais baratos, os lácteos produzidos localmente não têm tanta demanda", citou. 

Também foi tratada da programação do Avisulat 2016, evento que será realizado de 23 a 24 de novembro, em Porto Alegre. Além da agenda técnica voltada aos laticínios e aos produtores no dia 24/11, foi apresentado projeto para um simpósio para nutricionistas no dia 23/11. A pretensão é provocar o debate sobre questões técnicas relacionadas ao consumo de lácteos de forma a orientar os consumidores. Na agenda do Sindilat também está a próxima edição do Fórum Itinerante do Leite, que será realizado no dia 24 de outubro, em Santa Maria. Na reunião, Palharini convidou os dirigentes das empresas presentes a participarem do debate, que busca coletar informações importantes para o setor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine
 
 
 
Francesa Lactalis deverá ampliar unidades gaúchas

A francesa Lactalis deve confirmar nas próximas semanas o investimento de R$ 120 milhões na ampliação de quatro unidades no Rio Grande do Sul: Teutônia, Santa Rosa, Ijuí e Três de Maio. A operação, que dependia de incentivos tributários negociados com o governo estadual, está praticamente confirmada. O anúncio oficial deve ser feito durante missão do governo gaúcho à Europa, no mês de outubro.

- A empresa está finalizando o planejamento interno para concretizar o investimento - adianta Guilherme Portella, diretor de relações institucionais e assuntos regulatórios da Lactalis do Brasil.

Dona das marcas Elegê, Batavo, Parmalat, Santa Rosa e Galbani, a multinacional quer aumentar a fabricação de requeijão, queijo prato e mussarela e também da marca global President - queijo artesanal que deu origem à empresa francesa ainda na década de 1930.

O investimento no Rio Grande do Sul, explica Portella, é estratégico. Dos tambos gaúchos, a empresa capta de 900 milhões a 1 bilhão de litros por ano - cerca de 60% do leite industrializado em 17 unidades em nove Estados do país.

A francesa entrou no mercado gaúcho em 2013, quando comprou ativos de lácteos da BRF e fábricas da LBR. Hoje possui cinco unidades industriais e um centro de distribuição, em Fazenda Vilanova.

Outro investimento no setor lácteo é da Cooperativa Santa Clara, que irá instalar uma nova unidade em Casca, no Norte do Estado. A cooperativa começará as obras físicas neste ano. O investimento será de R$ 110 milhões. Quando operar a pleno, a fábrica poderá processar 600 mil litros por dia - dobrando a capacidade atual.

- A Região Sul já responde por 34% da produção nacional de leite, com oportunidades de crescimento de mercado - afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat). (Zero Hora)

Nota técnica prevista para os próximos dias

Alvo de controvérsia entre governo do Estado, indústria e varejo, o fatiamento e fracionamento de produtos de origem animal (cárneos e lácteos) deve ganhar novos capítulos. Nos próximos dias, será divulgada uma nota técnica da Secretaria Estadual da Saúde, elaborada para uniformizar os procedimentos que vão ser adotados pela Vigilância Sanitária na fiscalização do varejo. Nesta segunda-feira, a Secretaria da Agricultura avalia se também edita uma nota técnica, já que é encarregada de fiscalizar a atividade industrial. Um dos pontos em discussão é que uma lei federal e um decreto estadual limitam a manipulação de alimentos em estabelecimentos comerciais porque dizem que essa seria uma atividade industrial. No entanto, entidades do setor lácteo e de carnes entendem que o fatiamento de produto perecível, sem modificar suas características, não configura atividade industrial, e portanto poderia ser realizado dentro dos mercados, desde que em condições adequadas.

A coordenadora do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público, Caroline Vaz, lembra que as dúvidas sobre a interpretação das leis surgiram durante operações realizadas no último verão pelo MP, Polícia Civil, Vigilância Sanitária e Secretaria da Agricultura. "Queremos que as secretarias da Saúde e da Agricultura façam notas técnicas para esclarecer a legislação vigente. Quando o trabalho estiver pronto vamos divulgar entre todos os fiscais do Estado e municípios", diz. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, não confirma se a pasta publicará uma nota técnica. "Sabemos que a legislação está desatualizada e estamos construindo uma solução junto aos setores e com a Saúde", resume. Enquanto isso, entidades aguardam o desenrolar da questão. O diretor-executivo do Sips/ RS, Rogério Kerber, diz que as entidades querem que um novo texto apresente as condições que os mercados devem seguir para fatiar e expor os produtos. "O que precisamos é de regras claras. As indústrias já estão evoluindo para entregar aos estabelecimentos varejistas os produtos fracionados, mas é um processo gradativo, porque precisa de investimento e de certo tempo", defende. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, hoje a indústria não está preparada para fatiar e fracionar 100% dos produtos. "Tem que ser construída uma solução", diz Guerra. O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, defende que uma atualização o mais rápido possível para os supermercadistas se adequarem. (Correio do Povo)
 

Workshop ABLV & G100
No próximo dia 20 de outubro será realizado mais um workshop "Sobre Avaliação de Riscos". Desta vez em Juiz de Fora (MG). As duas palestras: "Origem, qualidade da matéria-prima e possíveis adulterações no leite", e "Análises e Metodologias da matéria-prima - leite" fazem parte de palestras que estão sendo realizadas desde 2014 em diversas cidades brasileiras com o intuito de reciclar os trabalhadores das indústrias. Tanto aqueles que lidam na plataforma coletando o leite, como aqueles que orientam os produtores. (Terra Viva)
 

 

Porto Alegre, 23 de setembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.357

 

Anvisa propõe critérios para alerta sobre lactose nos rótulos de alimentos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) irá colocar em consulta pública duas propostas de mudanças a serem aplicadas nos rótulos dos alimentos e bebidas para que estes passem a informar o consumidor sobre a presença de lactose. A previsão é que, após a consulta, as novas regras sejam aprovadas até o fim deste ano.

A discussão sobre a mudança nos rótulos ocorre após o governo sancionar, em julho, uma lei que obriga que as indústrias de alimentos coloquem um alerta nos produtos sobre a presença de lactose na composição. A justificativa é o aumento no diagnóstico de pessoas com intolerância à lactose. A lei deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2017.

Pela proposta inicial da Anvisa, os alimentos devem trazer alertas como "isentos de lactose", "baixo teor de lactose" e "contém lactose". A declaração, no entanto, deve seguir critérios que serão estabelecidos pela agência para cada caso.

Produtos cuja quantidade de lactose for reduzida a valor igual ou menor que 10 mg por 100 g ou 100 ml do alimento, por exemplo, serão considerados isentos de lactose. Deverão, assim, trazer a inscrição de isento ou sinônimos como "zero lactose", "0% lactose", "sem lactose" ou "não contém lactose".

Já os alimentos cujos rótulos deverão trazer a declaração de "baixo teor de lactose" serão aqueles cujo teor deste açúcar foi reduzido a valor igual ou menor que 1g por 100 g ou 100 ml.

Contém lactose 
A Anvisa também irá discutir critérios para rotulagem de alimentos com lactose. Inicialmente, a ideia é que alimentos que tiverem mais de 10 mg de lactose por 100 g ou 100 ml do alimento tragam a inscrição "contém lactose" logo após ou abaixo da lista de ingredientes.

Para especialistas, a nova lei que obriga a informação nos rótulos pode ajudar os consumidores a suprir dúvidas quanto aos produtos que contêm lactose e aqueles que, embora contenham leite, não contêm lactose - casos em que o alimento é tratado com enzima específica, a lactase, ainda no processo de produção. ( Folha de São Paulo)

 
 
Representante da Farsul destaca que preço do leite está fora da realidade

A tradicional lei da oferta e procura, que embasa muitas relações econômicas, influencia diretamente no atual preço do leite. Recentemente, em razão da alta do valor para o agricultor, muitos produtores investiram na produção, o que elevou a quantidade ofertada no mercado. Com mais oferta, agora o preço para o agricultor registra queda, situação também ocasionada pela redução do consumo, já que o valor de venda nos supermercados subiu bastante.

Segunda-feira, durante reunião no Sindicato Rural de Ijuí, o presidente da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, disse que o preço do litro do leite na gôndola, que ultrapassou os 4 reais na caixinha longa vida, e o valor pago ao produtor, que recentemente chegou a cerca de 2 reais, estão fora da realidade. A tendência é de redução nesses dois valores. O presidente do Sindicato Rural Patronal de Ijuí, Ércio Eickhoff, ressalta que uma das medidas sugeridas para o produtor não ter tanto prejuízo é a organização de contrato entre agricultores e empresas. (Rádio Progresso de Ijuí)

TUDO PARA VENDER

Ao liderar missão oficial a países asiáticos desde o início do mês, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, não se faz de rogado na arte de vender o Brasil. Na Índia, em roteiro nesta semana, vestiu as roupas típicas dos compradores. Na tentativa de convencer os povos orientais a importar produtos agropecuários brasileiros, Maggi protagoniza a investida do novo governo na expansão do comércio internacional.

Ontem, na Índia, assinou acordo com a empresa de defensivos United Phosphorus Limited (UPL) para a instalação de unidade de produção de agroquímicos no Brasil. O investimento previsto é de R$ 1 bilhão. Ainda não há local definido para a instalação. A UPL é uma das 10 maiores empresas do mundo no segmento de agroquímicos, com 28 fábricas e cinco centros de pesquisa. No Brasil, a companhia indiana tem centro de pesquisas em Campinas (SP) e unidade produtora em Ituverava (SP).

A Índia é o sétimo país visitado por Maggi neste mês. Antes, passou por Malásia, Vietnã, Myanmar, Tailândia, Coreia do Sul e China. Acompanhado de empresários de diferentes setores do agronegócio, o ministro tem firmado acordos comerciais para venda de carne bovina, suína e de frango - além de produtos lácteos. Em vez de buscar especiarias no Oriente, a missão agora é levar os nossos produtos tropicais aos asiáticos. (Zero Hora)

Desafio de startups para o Leite é apresentado na UFPel

Uma competição entre empreendedores na busca pelas melhores inovações tecnológicas para o setor lácteo. Isso é o que pretende o Ideas for Milk, desafio que foi lançado na semana passada, no dia 15, em Pelotas, na UFPel. O objetivo é estimular o desenvolvimento de soluções web, mobile ou em hardware relacionadas à cadeia produtiva do leite, abrangendo desde a oferta de insumos para a fazenda até os produtos lácteos na gôndola dos mercados.

Mais de 70 pessoas participaram do lançamento, de diversas áreas, como Administração, Zootecnia, Veterinária, Agronomia, Tecnologia da Informação e Design. O público foi formado por estudantes e professores dos cursos.

Aspectos como a importância da inovação, a parceria entre instituições, como a existente entre a UFPel e a Embrapa, e o trabalho conjunto de diferentes áreas e visões foram destacados nas falas de abertura do encontro. Manifestaram-se a vice-reitora da UFPel, Denise Gigante, o diretor da Faculdade de Veterinária, Gilberto Vargas, o coordenador de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Rafael Lund, e a apresentadora do projeto, pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora, Minas Gerais, Rosângela Zoccal, que propôs as atividades desenvolvidas na reunião e apresentou números relativos à cadeia do leite no Brasil.

Os participantes do lançamento em Pelotas tiveram a oportunidade de entender o "Desafio Ideas for milk" e também conhecer um pouco mais o mercado do leite com a apresentação sobre as "Oportunidades da cadeia do leite para startups". Em seguida foi feita uma "Experiência de Ideação e Networking" com uma dinâmica de grupo.

A proposta é reunir profissionais do mundo do leite e do mundo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para que se aproximem e criem oportunidades de desenvolver negócios em conjunto. O público alvo do evento é formado por empreendedores, estudantes, professores, pesquisadores e outros profissionais interessados no universo das startups.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, "Ainda não encontramos em profusão soluções em softwares, aplicativos e hardwares que auxiliem nas atividades produtivas e que viabilizem precisão nas tomadas de decisões". Sobre o mercado de IoT (Internet das Coisas, da sigla em inglês), que tem como exemplos sensores e chips, ele comenta: "o agronegócio do leite brasileiro ainda não participa da quarta revolução industrial, a da Internet das Coisas".

Desafio nacional - O Ideas for Milk será composto de três etapas. A primeira é a seleção das cinco melhores ideias inscritas em cada sede onde haverá uma Final Local. Serão oito Finais Locais e o ganhador de cada uma delas vai para a Final Nacional, que será realizada no dia 14 de dezembro, em Brasília.

Antes, porém, estão sendo realizados eventos de apresentação do Ideias for Milk em dez instituições de ensino localizadas nas cidades sedes das Finais Locais: Juiz de Fora, Lavras, Viçosa, Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas, São Carlos e Piracicaba.

Startup - O conceito de startup é definido pelo mercado como companhias e empresas jovens, que buscam explorar atividades inovadoras. São empreendimentos recém-criados, que primam pela inovação tecnológica em qualquer área ou ramo de atividade e buscam um modelo de negócio que atraia grande número de clientes e gere lucros em pouco tempo. Empresas como Google, Facebook, Uber e WhatsApp são exemplos de startups que alcançaram êxito mundial.

Aceleradoras, incubadoras e investidores-anjo que acreditem no modelo de negócio fazem parte de um ecossistema que impulsiona as startups na caminhada pelo sucesso. Martins explica que o Ideas for Milk irá proporcionar uma interface entre os empreendedores e quem pode ajudá-los a crescer, com ganhos para o agronegócio do leite. As inscrições para o Ideas for Milk devem ser realizadas no site www.ideasformilk.com.br , até 12 de outubro. Outras informações podem ser obtidas no próprio site e também na fanpage do Facebook https://www.facebook.com/IdeasforMilk/ . (UFPEL)

Rio Grande do Sul buscará investimentos na Europa

O governo do Estado prepara uma missão à Europa entre 16 e 21 de outubro para atrair investimentos ao Rio Grande do Sul. Em exposição prévia da viagem à imprensa ontem, o secretário estadual do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, adiantou que destacará vantagens como a posição geográfica gaúcha e as condições econômicas favoráveis para investir no Brasil está mais barato, por fatores que vão do câmbio ao desaquecimento da economia. Branco não quis garantir que algum negócio será fechado durante o roteiro, que conta com Alemanha, França e Itália, mas a agenda prevista inclui compromissos promissores, como reuniões em Paris do governador José Ivo Sartori com o presidente mundial do Grupo Lactalis, Daniel Jaouen, sobre o plano de investimentos da empresa; e com o presidente mundial do Grupo Carrefour, Georges Plassat, sobre novos projetos no Rio Grande do Sul. Na Alemanha, a missão propõe a integração de segmentos industriais gaúchos em cadeias globais de valor, através da associação com empresas. 

O exemplo destacado é o Cluster de Tecnologia em Saúde para o Rio Grande do Sul, projeto já em andamento. Será a terceira internacionalização do Medical Valley alemão, que já tem iniciativas na China e nos Estados Unidos. O roteiro, aliás, será aberto em solo germânico, no 34º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), que reunirá empresários em Weimar. A Fiergs lidera a comitiva gaúcha. O governo do Estado terá um estande e vai fazer um chamamento para a próxima edição, que acontecerá em Porto Alegre, de 12 a 14 de novembro de 2017. A expectativa é trazer 500 empresários alemães no ano que vem. A Braskem também estará presente e auxiliará o Palácio Piratini a fazer contatos com empresas da cadeia do plástico. "Temos aqui o Polo Petroquímico de Triunfo, que poderia ser melhor aproveitado para a economia do Estado. Queremos adensar a cadeia do plástico", informou Branco. 

Além de encontros pontuais e participação em feiras - também está prevista uma representação na Sial, de alimentos e bebidas, em Paris, que inclui uma agenda com produtores rurais sobre certificações internacionais de qualidade no setor de laticínios -, a missão promoverá encontros com empresários para apresentar o Rio Grande do Sul a investidores. É o caso de uma apresentação na Câmara de Comércio Brasil-França para 30 convidados, em que serão apresentadas possibilidades de aportes em infraestrutura, base tecnológica e agronegócio. Outra agenda do gênero "oportunidades para investir" terá 40 convidados e acontecerá em Veneza (Itália), onde se encerra o roteiro. Também está previsto encontro na Itália do Arranjo Produtivo Local (APL) Polo de Moda, da serra gaúcha. A agenda ainda não está fechada, porque o governo do Estado ainda está recebendo demandas de encontros por parte de embaixadas, consulados e empresários. Também é possível uma extensão da viagem à China. Além de Sartori e Branco, a missão terá a presença do secretário da Agricultura, Ernani Polo, e do secretário-geral de Governo, Carlos Búrigo. (Jornal do Comércio) 

 

Brasil fecha 651.288 vagas até agosto, pior resultado desde 2002
BRASÍLIA ¬ O mercado de trabalho brasileiro registrou em agosto deste ano o fechamento de 33.953 vagas com carteira assinada. No mesmo mês de 2015, foi contabilizada demissão líquida de 86.543. Em julho, as demissões somaram 91.032. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e estão sem ajuste -- não consideram as informações entregues pelas empresas fora do prazo. Em agosto, foram registradas 1,253 milhão de admissões ante 1,287 milhão de desligamentos. No acumulado do ano, foram fechados 651.288 postos de trabalho, o pior resultado desde 2002. Em 12 meses, são 1,656 milhão de vagas perdidas. Setores O setor que liderou as demissões em agosto foi o da construção civil (22.113), seguido por agricultura (15.436) e serviços (3.014). Por outro lado, a indústria da transformação teve 6.294 contratações líquidas. Já o comércio fechou agosto com 888 admissões líquidas. (Valor Econômico)