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Porto Alegre, 26 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.723

 

  Setor Lácteo será tema de audiência pública em Anta Gorda (RS) 

Para debater o atual momento e alternativas do setor leiteiro, representantes da cadeia produtiva participarão de audiência pública nesta sexta-feira (27/4) em Anta Gorda (RS). O debate, que integra a programação da 7ª Festileite, iniciará as 9h no Parque Municipal de Eventos. O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, estará presente para contribuir com relato referente aos desafios da indústria, produtores e Governo da crescente necessidade de exportar achar canais para escoar a produção de leite. 

Na terça-feira (24/4), durante reunião dos Associados, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, convidou os associados a participarem das audiências públicas que estão sendo realizadas para debater o setor lácteo em todo o país.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Camex autoriza início de tratativas para abertura de contencioso na OMC

Os ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizaram por unanimidade o início das tratativas de abertura de contencioso junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contestando barreiras impostas pela União Europeia à carne de frango brasileira. A proposta foi encaminhada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) depois que o bloco econômico decidiu embargar exportações alegando a presença de salmonella no produto.

“A comunidade europeia argumenta com uma questão sanitária, mas se os frigoríficos brasileiros pagarem uma tarifa de 1.024 euros por tonelada e mandarem tudo como carne in natura, o produto entra na UE sem problemas sanitários”, informou o ministro Blairo Maggi. “Então não é uma questão de saúde. E é isso que nós vamos reclamar na OMC”, explicou. Pagando a tarifa extra-cota, as exigências sanitárias quanto a salmonellas são reduzidas de 2600 tipos da bactéria para dois.

O ministro Blairo Maggi encontrou-se antes da reunião da Camex com os ministros de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, para esclarecer os problemas enfrentados com a UE.

Cota tarifária
A UE impõe critérios microbiológicos diferentes para detecção e controle de Salmonella para carnes de aves in natura sem sal e carnes de aves in natura com sal. O critério aplicado à carne de aves sem sal restringe-se à detecção de apenas dois tipos de bactéria (S. Enteritidis e S. Typhimurium). Nas carnes de aves salgada e temperada (cruas), o critério é de detecção de Salmonella spp (qualquer um dos mais de 2.500 tipos da bactéria).

Em função da semelhança existente entre os dois produtos de carne de aves (não submetidas a nenhum processo de preservação além do resfriamento ou o congelamento), o Mapa entende que a adoção de critérios tão distintos constitui barreira sanitária às importações e à comercialização, sobretudo em virtude da falta de comprovação ou evidência científica que sustente o tratamento diferenciado.

Resolução de controvérsias
A abertura de um painel acionando o Sistema de resolução de controvérsias na OMC proposto pelo Mapa visa fazer com que prevaleçam segurança e previsibilidade no sistema multilateral de comércio.
A Camex é integrada pelos ministros: chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o preside; da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; das Relações Exteriores; da Fazenda; dos Transportes, Portos e Aviação Civil; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; e chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Mercosul
Ainda na reunião desta quarta-feira (25) o Conselho de Ministro da Camex aprovou a criação de Grupo de Trabalho para harmonizar critérios de avaliação de risco de insumos agropecuários utilizados no Mercosul. A medida visa promover a competitividade do agronegócio na região, com base na harmonização de procedimentos regulatórios.

O grupo abordará questões referentes aos custos de insumos agrícolas, como agroquímicos, máquinas, equipamentos agrícolas e peças. A facilitação do comércio na região é o objetivo principal do grupo de trabalho. 

A secretaria executiva da Camex delegou a coordenação do GT ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A primeira reunião deverá ser convocada ainda nesta semana. (MAPA)

Produção de leite na UE cresceu 3,5% nos dois primeiros meses do ano
 
O último relatório do Observatório do Mercado de Leite da União Europeia (UE) mostra que nos dois primeiros meses de 2018 a produção acumulada aumentou 3,5% em relação ao mesmo período de 2017. Em toda a UE, apenas cinco países, entre janeiro e fevereiro, registraram dados negativos, com a redução máxima ocorrendo na Hungria (queda de 3%). Já na Holanda, a baixa foi de 0,5%. No lado oposto estão Bulgária, onde houve aumento de 27,9% e Romênia, onde o aumentou atingiu 10,4%. A Irlanda registrou um aumento de 5,6%; Alemanha e Espanha registraram aumento de 4,5%, enquanto na França, esse aumento foi de 3,8%.

 

Fevereiro de 2018
No mês de fevereiro, foi registrado um aumento de 2,9%, o que se traduz em um aumento de 340 mil toneladas. Três países respondem por grande parte desse aumento: Alemanha, Itália e França, apresentando um aumento quantitativo de 90.000, 61.000 e 60.000 toneladas, respectivamente. (As informações são do Agronews Castilla y León)

SIAL Paris

Foi há mais de meio século que o International Food Show (SIAL) tinha como objetivo tornar-se a maior rede mundial de feiras de alimentos. A aposta foi ousada mas deu certo, e a próxima edição do SIAL Paris já está marcada para o período de 21 a 25 de outubro de 2018 em Paris Nord Villepinte, na capital francesa.

Este evento bienal tornou-se o lugar de encontro para representantes da indústria de alimentos mundial. “O setor de alimentos terá os olhos voltados para Paris em outubro de 2018”, alerta Nicolas Trentesaux, diretor da rede SIAL. “Não nos esqueçamos de que a agroalimentar é uma das indústrias mais dinâmicas na maioria dos países do G20! Chegar ao SIAL Paris é justamente descobrir oportunidades de crescimento, assim como novas tendências; É um excelente trampolim para alcançar os objetivos ambiciosos com os quais as partes interessadas em alimentos estão comprometidas.

Para o diretor, o SIAL Paris é uma plataforma única de inspiração que permite testar novos mercados, lançar novos produtos e conhecer os principais profissionais do setor para discutir os desafios futuros.” E também é um laboratório real: departamentos de pesquisa e desenvolvimento D de todo o mundo estão finalizando suas inovações para poder testá-las nos corredores do show. Mais de 2.500 inovações serão apresentadas em uma prévia mundial no SIAL Innovation para inspirar cada vez mais a indústria agroalimentar”, anunciou o diretor.

Sial Paris 2018
De 21 a 25 de outubro 2018
Paris Nord Villepint
Informações: 11 98136-1126 ou e-mail: brazil@promosalons.com
(Newtrade)
 

 

Fenasoja será aberta amanhã

Começa nesta sexta-feira, em Santa Rosa, mais uma edição da Feira Nacional da Soja (Fenasoja). A abertura oficial do evento está marcada para as 10h. Logo após, ocorre a cerimônia de encerramento oficial da colheita da soja no Brasil, com a presença do ministro de Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, do vice-governador do Estado, José Paulo Cairoli, de secretários de Estado, deputados e senadores. Durante a tarde, uma audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal vai debater a segurança no campo e os desafios para a produção. Na próxima semana, começam os julgamentos morfológicos e haverá concurso leiteiro das raças Holandês e Jersey. No espaço ExpoRural, que terá 32 expositores, caravanas de produtores conhecerão novidades em tecnologias aplicadas ao campo. No total, a feira, que segue até 6 de maio, receberá 600 expositores e espera público de 250 mil visitantes. (Correio do Povo)

 

 

Porto Alegre, 25 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.722

 

  Secretário-executivo do Sindilat vai palestrar na 18ª Reunião Grupo do Leite de Venâncio Aires

O secretário-executivo do Sindicato Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat), Darlan Palharini, será o palestrante da 18ª Reunião Grupo do Leite de Venâncio Aires, que acontece nesta quinta-feira (26), a partir das 10h30min, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Venâncio Aires.

A presença de Palharini, representando a indústria gaúcha, foi definida ainda em novembro de 2017, quando os pecuaristas da região manifestaram a intenção de conhecer mais a fundo o funcionamento do mercado de leite. O secretário-executivo do Sindilat vai abordar o tema “Mercado Futuro do Leite e Desafios da Cadeia”, em evento que promete casa cheia, com a participação que deve superar 100 produtores de leite de Venâncio Aires e municípios do entorno. 

Segundo o engenheiro agrícola do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Diego Barden dos Santos, o atual preço pago pelo litro do leite é o grande gargalo do produtor.  Mesmo com as dificuldades, conta o técnico, a produtividade vem se mantendo, e, em alguns casos, até crescendo na região. “Apesar da queda no número de produtores na nossa cidade, registramos uma maior produção e até mesmo ampliação do rebanho”, afirma Santos. Nos últimos anos, em função da crise, 16 criadores abandonaram a atividade. Hoje, o município conta com 160 propriedades leiteiras. A produção de leite na região de Venâncio Aires é realizada em propriedades com média de 9 a 10 hectares e, o rebanho médio, flutua entre 12 a 15 cabeças por produtor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Brasil e Paraguai simplificam regras para o comércio bilateral de bovinos

O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Marques, e o presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (SENACSA) do Paraguai, Hugo Frederico Benitez, assinaram acordo de simplificação do comércio de bovinos entre os dois países. Na prática, foi feita a revisão do Certificado Veterinário Internacional (CVI) para o comércio de bovinos para reprodução entre o Brasil e o Paraguai.

O ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai, Marcos Medina, participou da assinatura, realizada em agenda paralela à 45ª Reunião da Comissão Sul Americana para Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), realizada em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, durante esta semana. Participaram também representantes dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, envolvidos nesta movimentação internacional de animais, devido à sua proximidade com o Paraguai.

A revisão do Certificado Veterinário Internacional realizada pelo DSA, seguiu as normas da Comissão Regional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para as Américas. Entre as simplificações, está a eliminação de exames laboratoriais que não eram mais exigidos pela OIE para o comércio internacional de bovinos. Mas o diretor do DSA afirma que “será mantido o nível de segurança sanitário necessário a este comércio”.

A estimativa é de que, com esta atualização, até o fim deste ano, deverão ser exportadas 45 mil cabeças de bovinos do Brasil para o mercado paraguaio. Os animais serão destinados à reprodução e melhoramento genético do rebanho daquele país. (As informações são do Mapa)

Preço/SC 

O setor leiteiro em Santa Catarina começa a demonstrar sinais de recuperação. Por quase um ano os preços praticados pelos laticínios na compra de leite dos produtores rurais foram de queda, mas o momento agora é outro.  Em reunião do Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite/SC), na última semana em Chapecó, os valores de referência para o mês de abril demonstraram crescimento de 3,3%.

O leite entregue em março para processamento industrial a ser pago em abril pelos laticínios terá aumento entre três e quatro centavos/litro. Os valores projetados são os seguintes: leite acima do padrão R$ 1,2897/litro; leite padrão R$ 1,1215 e abaixo do padrão R$ 1,0195. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso.

O aumento do consumo do leite UHT (longa vida) e do leite em pó foi um dos fatores que ocasionou a melhora. Segundo o conselheiro José Carlos Araújo a recuperação de preços do varejo do leite UHT foi de R$ 0,929, o queijo mussarela foi de R$ 0,612, o leite spot (comercializado entre as empresas) de R$ 0.1638 e o leite em pó de R$ 0,465.

As expectativas da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) são de que a retomada no setor seja lenta e gradativa. O vice-presidente do Conseleite e vice-presidente do extremo oeste da FAESC Adelar Maximiliano Zimmer mantém as perspectivas de alta nos preços até o mês de julho com preservação dos ganhos em setembro.

“Os ânimos estão sendo renovados. O momento vivenciado até então era prejudicial para indústrias e produtores, mas estamos superando uma fase difícil”, complementou, salientando que Santa Catarina conta, atualmente, com aproximadamente 80 mil produtores de leite, dos quais 60 mil são comerciais, que geram 8,3 milhões de litros/dia com capacidade industrial estruturada para processar até 10 milhões de litros de leite/dia. (Faesc)

Produção/UE 

O volume de leite denominado “fluxo da primavera”, o pico anual de produção decorrente das excepcionais condições sazonais das pastagens, ficou abaixo das expectativas este ano, devido o mau tempo, embora isso possa se tornar um lucro para os produtores. 

Neve e chuva através do Reino Unido fizeram com que as vacas permanecessem em estábulos mais tempo do que o normal, junto com pastagens escassas, e fazendeiros europeus, incluindo os da Irlanda e da França, também enfrentaram desafios similares. O Comitê britânico de Desenvolvimento Rural (AHDB) informa que a produção de leite da Grã-Bretanha na temporada 2017-18 foi 349 milhões de litros maior que a temporada anterior, destacando que as condições meteorológicas adversas fez com que 19 milhões de litros de leite não fossem captados em fevereiro e início de março, por causa da neve.

Crescimento desacelera
Embora a primavera pareça estar chegando agora, o atraso reduziu o volume de produção de leite em toda a Europa. De acordo com o AHDB, a produção em toda União Europeia (UE) aumentou entre 4-6% desde setembro. John Allen, consultor da Kite Consulting disse: “O tempo, provavelmente reduziu 2% no crescimento entre um ano e outro por toda a Europa e também no Reino Unido. “A produção europeu em seu conjunto cresceu 2%, na comparação anual”. A desaceleração significou que, da perspectiva do preço “foi relativamente bom. De um modo geral cresceu pouco”.

Embora Allen reconheça que as fazendas, ao nível individual foram durante atingidas pelo mau tempo, isto pode não ter sido totalmente ruim. “A maioria precisou manter as vacas em estábulos por mais três ou quatro semanas, isto pode não ter sido de todo ruim”. O “leite da primavera” deverá atingir seu pico na terceira semana de maio, em vez de na primeira ou na segunda, acrescentou. (Agrimoney – Tradução livre: Terra Viva)
 

 

Preços/EUA
“Estamos vendo uma contínua mudança na estrutura do setor lácteo, que vem sendo dominada por produtores cada vez maiores”, explica Scott Brown, economista da Universidade de Missouri. Como os produtores continuam a lutar contra os preços baixos do leite, a paisagem do setor continua mudando no país, à medida que a produção de leite passa das fazendas menores para as médias e destas para as grandes. “Estamos presenciando uma alteração estrutural contínua, que passa a ser dominada cada vez mais por grandes produtores”, explica Scott Brown. “recentemente participei da reunião anual da Federação dos Agricultores (DFA), e eles mostraram que 25% do leite captado é fornecido por 115 fazendas, e os últimos 25% são enviados por 7.800 produtores. Um quadro muito diferente para eles”. Brown espera que os produtores de leite ainda consigam ver o preço do leite se recuperar em relação às quedas acentuadas verificadas no início de 2018, mas, ele não acredita que a melhora seja muito grande, mesmo com a recuperação nas cotações dos queijos. “O preço atual do queijo no mercado é de US$ 1,60, e se continuar, penso que no máximo os preços do leite voltam ao que eram no final de 2017, no mercado das hipóteses, e apenas no segundo semestre deste ano”, acrescentou Brown. Ainda assim, como a maioria dos produtores se lembra, os preços de 2017 não ficaram acima da linha de equilíbrio para a maioria das fazendas. “Eu não acredito que os preços de 2018 propiciem maior rentabilidade, e o segundo semestre também deverá ser muito desafiador”, completa Brown. (Dairy Herd – Tradução livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 24 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.721

 

Audiências públicas debatem setor leiteiro
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, convidou os associados a participarem das audiências públicas que estão sendo realizadas para debater o setor lácteo em todo o país. Depois do encontro realizado em Lajeado ontem (23/04), na quinta-feira (26/04) haverá agenda na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis (SC). Na sexta-feira (27/04), está previsto debate em Anta Gorda (RS), durante a 7ª Festleite. O dirigente pediu apoio dos laticínios para dar voz aos dilemas vividos pela indústria frete à opinião pública. Durante reunião de associados realizada na tarde desta terça-feira (24/04), Guerra ainda apresentou dados divulgados pelo Fundesa que relatam os avanços de contribuições e indenizações do setor lácteo. Os números, indicam ele, apontam aumento considerável das indenizações referentes a abates de animais decorrentes de casos de tuberculose e brucelose. Em 2017, foram feitos 406,8 mil testes para as duas doenças, valor 7,7% maior do que os 377,4 mil do ano de 2016. Desde que o Fundesa foi criado, em 2007, já foram pagas indenizações referentes ao abate de 10,3 mil animais em relação à tuberculose e à brucelose, sendo que parte desse total se refere à ação motivada pelo programa Mais Leite Saudável que estimulou a testagem dos rebanhos gaúchos.

IN 62 - Durante a reunião, os representantes dos laticínios ainda conheceram os recentes dados apresentados pelo Ministério da Agricultura sobre uma possível alteração nas INs 62 e 51, que regulam os padrões de qualidade do leite. Presente em Brasília quando da apresentação oficial da proposta, a consultora do Sindilat Leticia Vieira relatou as possíveis alterações aos associados. O Sindilat é favorável a ações que contribuam com a qualidade desde que praticadas em prazos exequíveis. O sindicato aguarda a publicação da consulta pública para se manifestar sobre o tema. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Na foto: Letícia Vieira - Crédito: Carolina Jardine

 
Entressafra eleva valor do leite no Rio Grande do Sul

 

Crédito: Carolina Jardine

Com o avanço da entressafra do leite no Rio Grande do Sul que coloca a produção no menor nível do ano, o valor de referência do litro voltou a subir em abril. Segundo dados apresentados pelo Conseleite durante reunião na manhã desta terça-feira (24/04), na Fetag, o valor projetado para o leite padrão com base nos primeiros dez dias do mês é de R$ 1,0579, 2,2% acima do consolidado de março, que fechou em R$ 1,0351, também acima dos R$ 0,9901 estimados. Nos últimos três meses (fevereiro-abril), o Conseleite indica alta acumulada de 9,58%. 

O professor da UPF Eduardo Finamore explicou que a trajetória de alta do leite justifica-se pelo aumento de praticamente todos os produtos do mix, com exceção do requeijão (-1,13%). O leite UHT teve elevação de 2,84% e o leite condensado, 10,37%. Contudo, alerta Finamore, apesar do reajuste verificado, o leite no Rio Grande do Sul este ano ainda está abaixo dos valores praticados em 2016 e 2017. Conduzindo a reunião, o presidente do Sindilat e vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, pontuou que, comparando os primeiros meses de 2018 com o mesmo período de 2017, a produção vem em expansão e o impacto da entressafra está menor este ano, com baixa de 15% da captação em relação à média do Estado que é de 12,6 milhões de litros/dia. "O primeiro trimestre indica crescimento de captação em relação ao mesmo período de 2017", complementa. 

Guerra indicou que maio deve ser marcado por estabilidade de produção nos tambos gaúchos, um movimento que será reforçado pelo aumento de consumo das famílias em função de períodos de temperaturas mais baixas. Além disso, acrescenta o dirigente, a importação de leite em pó está 56% menor neste primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017, e os produtos estão chegando a preços 8% menores no Brasil. "Temos que ver como produzir de forma viável com o mercado desta forma como está  agora. Como ainda não temos essa competência, precisamos da ajuda do governo neste momento". O alerta, indica Guerra, refere-se ao leite UHT que está sendo comercializado abaixo de valores de anos anteriores e que configura 80% da produção do Rio Grande do Sul. "Isso nos preocupa porque tem impacto forte na indústria e no produtor", salientou. Representando o Ministério da Agricultura, o fiscal e ex-superintendente do Mapa/RS Roberto Schöreder acredita que as importações do Uruguai não são responsáveis pela crise no setor. Em sua participação na reunião do Conseleite, Schöreder indicou que a fiscalização no Rio Grande do Sul é rigorosa e que, em todas as últimas análises realizadas, os resultados estavam dentro de padrões de conformidade. "O leite gaúcho vai bem e hoje é o mais fiscalizado e totalmente confiável". (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Conseleite PR 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 24 de Abril de 2018 na sede da  FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Março de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 
 
 

 Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)   

 
 
Comissão aprova regras para produção de queijo artesanal 

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Regional aprovou o Projeto de Lei 2404/15, dos deputados Zé Silva (SD-MG) e Alceu Moreira (PMDB-RS), que regulamenta a elaboração e a comercialização de queijos artesanais. O objetivo da proposta é facilitar venda desses produtos no Brasil. O projeto autoriza a comercialização de queijo artesanal em todo o território nacional mediante critérios higiênico-sanitários, como a exigência de certificação de propriedade livre de tuberculose e o controle da potabilidade da água usada nos processos de elaboração do queijo e nas atividades de ordenha.

O relator da matéria na comissão, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), mudou o texto para esclarecer que os queijos podem ser considerados como artesanais com base em critérios regionais e culturais, e não apenas territoriais. Outra alteração feita pelo relator tem o objetivo de reconhecer também como queijos artesanais aqueles produzidos em assentamentos familiares e em grupos de produtores de até quinze participantes. Além disso, o parecer de Colatto prevê que os órgãos de defesa sanitária ficarão encarregados de orientar os queijeiros artesanais sobre a implantação de programas de boas práticas agropecuárias de produção leiteira e de fabricação de queijos artesanais.

Obstáculos
De acordo com Valdir Colatto, a proposta é de extrema importância para os produtores, que há anos enfrentam enormes dificuldades para conseguirem autorização para comercializarem seus produtos no país. Como exemplo dos problemas enfrentados, ele citou um episódio de setembro de 2017, quando a vigilância sanitária descartou cerca de 600 quilos de alimentos que seriam vendidos no festival Rock in Rio, inclusive queijos artesanais. Apesar de os alimentos estarem próprios para consumo e dentro dos prazos de validade, foram jogados no lixo por não possuírem o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF)."Todos somos favoráveis a que o Poder Público garanta a segurança dos alimentos comercializados no país; entretanto, as exigências para que um estabelecimento seja inspecionado pelo SIF e o produto possa ser vendido no Brasil, ou até mesmo exportado, estão fora do alcance do pequeno produtor", argumentou Colatto. 

Tramitação
O projeto, que tem caráter conclusivo (quando o projeto é votado apenas pelas comissões designadas para analisá-lo, dispensada a deliberação do Plenário) já havia sido aprovado também pela Comissão de Seguridade Social e Família, e ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Canal Rural)

 
 

EUA: declínio da economia agrícola termina
Renda/EUA - Pelo terceiro mês consecutivo, a renda média da produção nos Estados Unidos estará em aproximadamente US$ 60 bilhões, a metade do pico atingido em 2013, diz o think tank da Universidade do Missouri FAPRI em uma previsão para 2018 que também prevê estresse financeiro contínuo nos próximos anos. Um aumento modesto nos preços de milho, soja e trigo em 2019 colocará a renda em acréscimo ano depois de ano. Apesar de austero, a previsão de longo prazo do FAPRI é mais otimista que as projeções do USDA de que a renda do produtor não aumentaria na próxima década. "A força da renda do produtor no longo prazo provavelmente dependerá de algum novo empurrão do lado da demanda", afirmou o diretor da FAPRI Pat Westoff. O boom de biocombustíveis absorveu a capacidade de produção dos Estados Unidos, enquanto que o apetite voraz da China beneficiou os produtores em todo o mundo. Altos estoques em todo o mundo, parte disso como consequência de excesso de oferta, sugere que levará mais de um ano inteiro para que os preços das commodities se fortaleçam. "Os mercados de commodities continuarão voláteis", diz a FAPRI. Será difícil que os preços de cultivos se recuperem neste ano porque dos cinco anos consecutivos em que a produtividade de grãos e oleaginosas excedem as tendências de longo prazo. Depois de grandes incrementos na produção de carne e leite nos Estados Unidos em 2017, os aumentos de produção neste ano pesarão nos preços de gado de corte e laticínios, ao menos que a demanda seja excepcionalmente forte. (Agrolink)

Porto Alegre, 23 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.720

 

Necessidade de reforço na vigilância foi debatida em reunião da Cosalfa
A importância dos sistemas de vigilância passiva, com a notificação de suspeitas, foi reforçada durante a 45ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que ocorreu na semana passada (16, 17, 19 e 20/4), em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. O evento, que ocorre anualmente, contou com a participação de quatro técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi). Durante o encontro, foi debatido o recente caso de aftosa na Venezuela. 

"Precisamos reforçar a vigilância, para evitar que a doença reingresse, e cobrir os pontos de risco, priorizando ações de fiscalização na fronteira, por exemplo", explicou o veterinário Fernando Groff, coordenador do Programa de Combate à Febre Aftosa no Rio Grande do Sul, da Seapi. Em seu relato sobre o encontro, o técnico também destacou a importância de ter sistemas de compensação eficientes, citando como exemplo o Fundesa, que no Estado indeniza os produtores que eliminarem animais com a doença. 

Diante do atual cenário, Brasil e Rio Grande do Sul devem manter-se alerta. Segundo Groff, todos os atores envolvidos na cadeia produtiva, desde produtores, transportadores e indústria, incluindo as entidades ligadas ao Fundesa e o poder público, precisam estar alinhados à esta preocupação constante com a vigilância. Entre os cuidados que devem ser tomados, está a desinfecção dos equipamentos e a inspeção clínica dos animais. O coordenador do Programa de Combate à Febre Aftosa ressaltou ainda que os novos focos da doença na Venezuela impactam a médio e longo prazo nas diretrizes gerais previstas pelo plano estratégico com metas para 2020. "Mesmo que tenhamos áreas livres de aftosa, não podemos deixar de ter um plano. Temos que nos manter mobilizados", enfatizou, recordando episódio que ocorreu no Japão, país onde a doença retornou após mais de cem anos. Também participaram da reunião da Cosalfa os técnicos Graziane Rigon, Marcelo Goecks e Michele Maroso, todos da Seapi. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
UMAPARCERIA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CADEIAS DO TRIGO, ARROZ E LEITE

instabilidade de três importantes culturas do agronegócio gaúcho tem nos preocupado. Os problemas que trigo, arroz e leite vêm passando nos fizeram procurar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a elaboração de um projeto de desenvolvimento das culturas. Não se trata de encontrar medidas paliativas, mas um planejamento estruturante que envolva políticas agrícolas de caráter duradouro na busca por alterar um cenário que vem se mostrando nefasto para o desenvolvimento do setor. Um ponto em que as dificuldades convergem está no Mercosul. A nossa posição não é contrária ao bloco ou aos países irmãos, mas trata da necessidade de uma mudança na postura brasileira perante o acordo que, atualmente, atinge diretamente o setor produtivo.  Falamos de um tratado internacional e queremos que ele seja exercido na sua plenitude, garantindo a liberdade de mercado não apenas para produtos, mas também para insumos, nivelando a competitividade. Ainda no cenário internacional, é preciso viabilizar as exportações para que se busque novos mercados. Isso passa por uma questão muito complexa, o chamado Custo Brasil, uma carga tributária pesada que nos põem em desvantagem com nossos concorrentes. Ao olharmos pontualmente para o setor lácteo, entre as medidas a serem tomadas está a de trabalhar em cima da efetiva produção leiteira. 

Os recentes acontecimentos envolvendo o leite uruguaio foi um duro embargo para nossos produtores. O Mapa foi fortemente pressionado pelos Ministérios de Relações Exteriores e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) para sustar a proibição da entrada do produto do país vizinho. Isso mostra a necessidade de não apenas prospectar novos mercados, mas de estar sempre atento às importações, especialmente do Mercosul. No caso da triticultura, o pensamento está em proteger uma cultura que é extremamente importante nos três estados do Sul por ser complementar à soja. Mesmo que a nossa produção não seja suficiente para o abastecimento do consumo nacional, é preciso dar sustentabilidade a ela por meio de um caminho de preço, como os leilões PEP e Pepro, já antecipados como política agrícola. A cadeia não pode ser construída apenas na dependência de ser complementar a outra. O arroz é o tema mais complexo, pois possui um endividamento elevado. Mesmo que algumas medidas já tenham sido acenadas, são ações protelatórias. Atualmente, existe um passivo acumulado nos últimos anos que deixou um grande número de agricultores em dificuldades sendo financiados pela indústria, obrigando-os a entregar sua produção a um preço vil. Temos que sanar esse produtor para que ele volte para o sistema financeiro. (Correio do Povo)

União Europeia e México ampliam acordo comercial incluindo o setor lácteo

Às vésperas de outra rodada crucial de negociações com o Mercosul, esta semana em Bruxelas, a União Europeia (UE) anunciou a atualização de seu acordo de livre comércio com o México após dois anos de negociações. Segundo Bruxelas, pelo novo acordo praticamente todo o comércio de mercadorias com o México será agora livre de tarifas, incluindo no setor agrícola. Para os mexicanos, a ampliação das condições preferenciais de trocas com o bloco europeu é essencial para reduzir sua dependência em relação aos Estados Unidos. Atualmente, 80% das exportações mexicanas vão para os Estados Unidos, mas isso pode mudar diante da política protecionista de "America First" implementada pelo presidente americano, Donald Trump. Washington tenta arrancar concessões maiores do México e do Canadá na negociação da atualização do Nafta, o acordo de livre comércio entre as três economias. Em 1997, o México foi o primeiro país na América Latina a assinar um acordo global com a União Europeia. O tratado entrou em vigor em 2000, e agora foi atualizado. Conforme a União Europeia, o México melhora o acesso preferencial para vários tipos de queijos europeus como Gorgonzola e Roquefort, que atualmente são submetidos a tarifas de até 2%. Também ganhou uma cota de exportação para leite em pó, que começa com 30 mil toneladas e aumenta para 50 mil em cinco anos.

A Europa conta com um aumento substancial de suas exportações de carne suína, que agora ficam livres de tarifa de importação. Os mexicanos vão eliminar também as alíquotas para produtos como chocolate, hoje com taxa de 30%, e pasta, hoje com taxa de 20%. A Europa conseguiu a garantia de proteção de 340 indicações geográficas de alimentos e bebidas, desde queijo São Jorge, de Portugal, a salame Szegedi, da Hungria. De seu lado, o México diz ter obtido "acesso equitativo" para produtos de carnes, além de melhor acesso para exportar de suco de laranja, atum, aspargos, mel, entre outros produtos. As empresas dos dois lados vão ter maior acesso também a compras governamentais, um mercado gigantesco. Com a renovação do acordo com o México e os acordos com o Japão e Cingapura a ponto de entrar em fase de ratificação, a União Europeia concentrará agora os esforços para concluir a negociação do acordo de livre comércio com o Mercosul. Nesta semana, em Bruxelas, negociadores dos dois blocos esperam avançar significativamente nas barganhas. A expectativa é de anunciarem um acordo político até meados do ano. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 
Produção/NZ

A produção de leite da Nova Zelândia no mês de março caiu 2% em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Associação das Indústrias de Laticínios da Nova Zelândia. No total, foram produzidos 174 milhões de quilos de sólidos (kgMS) em março de 2018, abaixo dos 178 milhões produzidos em março de 2017.  A queda na produção pode ser atribuída à prolongada seca que prejudica as condições de crescimento na maior parte da temporada e impactou principalmente na qualidade das pastagens. Este foi o quarto mês consecutivo em que a produção de leite cai na Nova Zelândia, quando comparada com o mês do ano anterior.

Previsão de produção de leite na UE
Enquanto isso, a expectativa é de que a captação de leite na União Europeia (UE) suba 1,4% em 2018 com a projeção de uma desaceleração do crescimento na coleta de leite apenas em 2019, principalmente por causa dos preços mais baixos, de acordo com as últimas previsões da Comissão Europeia sobre o setor lácteo. Se a captação para este ano está prevista para crescer 1,4%, para 2019, a projeção é de que tenha elevação de apenas 0,5%. (Farmers Journal - Tradução livre: Terra Viva)

 
 

Languiru distribui cerca de R$ 2,4 milhões em sobras aos associados - Cooperativa teutoniense também remunera o capital do quadro social e apresenta resultado líquido superior a R$ 17,6 milhões
Faturamento bruto de R$ 1,228 bilhão, resultado líquido de R$ 17,6 milhões, patrimônio líquido de R$ 192,4 milhões, sobras de aproximadamente R$ 2,4 milhões a serem distribuídas aos associados e remuneração do capital do quadro social. Essas foram algumas das boas notícias apresentadas pela Cooperativa Languiru na sua Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada no dia 08 de fevereiro, no Salão Social da Associação dos Funcionários da Languiru, com a participação de mais de 200 pessoas, entre associados, colaboradores, autoridades e representantes de entidades parceiras. (Assessoria de Imprensa Languiru)

Porto Alegre, 20 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.719

 

Sarle promove treinamento sobre procedimentos e transporte de leite

 

O Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (Sarle) da Universidade de Passo Fundo (UPF) promove diversas ações para formação e qualificação dos processos e procedimentos para a qualidade do leite. Na terça-feira (17), técnicos e transportadores participaram de um treinamento ministrado pelo coordenador do laboratório, professor Dr. Carlos Bondan.

Foram repassadas informações e orientações sobre os procedimentos de coleta e transporte de amostras para análise de qualidade do leite, seguindo a Instrução Normativa Seapi nº13 de 28/12/2016. Estiveram presentes 43 participantes, vinculados a empresas como Italac (Tapejara e Passo Fundo), Unibom, Domilac, Laticínios Stefanello e Alto do Uruguai, além de todos clientes do laboratório e profissionais que atuam na área de coleta de amostras destinadas à análise de Composição Química, CCS e CBT, segundo a IN62 de 2011, que classifica os padrões mínimos para a qualidade do leite. 

O treinamento foi ministrado com uma apresentação teórica realizada no Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro), campus I da UPF. A atividade integra as capacitações do Projeto Escola do Leite, que prevê apoio a diversos setores envolvidos na cadeia produtiva do leite. Logo após a parte teórica, os participantes foram conduzidos à sala de ordenha para a aplicação prática do conteúdo, onde as amostras foram coletadas. Em seguida, o grupo foi conduzido ao prédio do curso de Engenharia de Alimentos para, no laboratório, discutir os resultados e a aplicação de ferramentas de avaliação.

Entre os temas abordados durante o treinamento, estiveram a composição química do leite; parâmetros microbiológicos e físico-químicos do leite; contaminantes do leite: físicos, químicos e microbiológicos; conservação e higienização dos equipamentos; refrigeração do leite na propriedade; procedimento de coleta de leite: análise na coleta, mensuração de temperatura e higiene; documentos obrigatórios: preenchimento e entrega; transporte de leite cru; práticas de coleta, acondicionamento e envio de amostras, além de acompanhamento da amostra da propriedade a emissão dos resultados.

Segundo Bondan, a atividade é fundamental para a qualidade dos serviços e dos produtos. "Considerando que o processo de amostragem tem uma interferência extremamente significativa nos resultados da análise, os profissionais que trabalham nessa área devem estar devidamente capacitados para desempenhar a função, e o laboratório ministra esses treinamentos mensalmente, mediante agendamento, a todos os seus clientes", pontua. (Assessoria de Imprensa UPF)    

 
GERAR LEITE 2018 percorrerá quatro regiões brasileiras apresentando dados de IATF e TETF

O GERAR (Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho) LEITE inicia, a partir de 19 de abril, a sua temporada 2018 de reuniões técnicas pelo Brasil. O encontro, em Poços de Caldas (MG), reunirá técnicos integrados ao grupo e pecuaristas locais, com o objetivo de identificar oportunidades para melhorar os resultados reprodutivos e de qualidade do leite. No período de abril a junho o Grupo ainda percorrerá outras três cidades: Castro (PR), Viamão (RS) e Goiânia (GO).

O GERAR LEITE é composto por um grupo selecionado de profissionais das ciências agropecuárias que discutem resultados e inovações referentes a IATF e TETF (protocolos em tempo fixo). Em quatro anos o grupo dedicado ao gado de leite passou de 70 para cerca de 185 técnicos e teve um crescimento substancial no número de dados coletados e analisados.
"O GERAR possibilita trabalhar com uma estratégia diferenciada, pois traz uma troca de informação riquíssima entre os participantes. Este é um canal de propagação de conhecimento entre os técnicos e que chega até o produtor rural que se dedica à atividade leiteira", afirma Cleocy Fam de Mendonça Júnior, Gerente de Produtos Bovinos - Linha Leite da Zoetis.
Em 2018 foram analisados 206 mil dados de IATF e 26,5 mil de TETF coletados de 565 fazendas, um aumento expressivo quando comparado ao primeiro ano do Grupo GERAR LEITE, que teve 40 mil dados analisados de 110 fazendas.

Os dados foram agrupados e analisados pela equipe do médico veterinário José Luiz Moraes Vasconcelos, o "professor Zequinha", da FMVZ-UNESP de Botucatu (SP), a universidade parceira do grupo, e serão mostrados por ele em cada encontro. "Para auxiliar os técnicos a impulsionarem a lucratividade nos rebanhos leiteiros, os encontros seguirão os formatos anteriores, aproveitando a riqueza de dados para fomentar debates importantes. Estamos muito orgulhosos de poder seguir trocando informações e de sermos os únicos com um banco de dados tão vasto no segmento", ressalta Cleocy Júnior. Confira os locais e dias de cada encontro:
 
Site do GERAR
Outra novidade é o novo canal na internet que o grupo GERAR ganhou recentemente: www.grupogerar.agr.br. Neste endereço os pecuaristas conseguem encontrar facilmente os técnicos do Grupo que atuam em sua região e as principais notícias, artigos, cases, relatórios e ferramentas sobre reprodução de gado de corte e de leite no Brasil. (faemg)

Cerca de 30% do leite produzido no Paraná não atende normas do Mapa

Cerca de 30% do leite produzido no Estado do Paraná não atende a Instrução Normativa 62/2011, criada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que estabelece normas para produção, identidade e qualidade dos leites tipo A, leite pasteurizado, cru refrigerado e do regulamento técnico da coleta e transporte a granel do leite cru refrigerado. A informação foi repassada na terça-feira (18) durante uma capacitação sobre a qualidade do leite, dos técnicos da Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Paraná (Emater), regional de Toledo e Cascavel.
 
Segundo o gerente técnico do Projeto Estratégico Leite Sustentável Oeste, Luiz Roberto Faganello, o trabalho de capacitação é realizado justamente para melhorar a qualidade do leite e dar suporte para a agricultura familiar. "A higiene do animal, do ordenhador e das instalações são ações necessárias para chegar a um leite de qualidade. Hoje existe uma tendência de valorização do leite que atenda às exigências de qualidade pelos laticínios, que chegam a pagar um preço maior por esse produto", explica o gerente técnico.
 
A capacitação foi realizada durante toda a terça-feira (18) e quarta-feira (19), no auditório de uma faculdade de Toledo. Dois especialistas em produção de leite, da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH), estiveram na cidade para capacitar os técnicos que atendem 48 municípios das regiões de Toledo e Cascavel. "Trouxemos profissionais que estão atualizados para capacitar nossos técnicos. Posteriormente eles vão repassar todos esses ensinamentos para os produtores melhorarem a criação de vacas e a produção de leite lá no campo", comenta Faganello.
 
Outro grande problema que deve ser levado em consideração, para melhorar a qualidade do leite, são os cuidados com a mastite. "Nos últimos 10 anos os produtores melhoraram muito questões ligadas à higiene do animal, do ordenhador e das instalações do local da ordenha. Porém os cuidados com a mastite não avançaram muito, e isso influencia diretamente na qualidade do leite, reduzindo o rendimento industrial, a validade dos produtos lácteos, além de afetar o produto oferecido ao consumidor", alerta o gerente técnico.
 
A região Oeste ficou em segundo lugar no ranking de regiões do Estado, no ano de 2016, quando se fala em números de vacas ordenhadas. São 284 mil animais, somando 17,6%. A região Sudoeste está em primeiro lugar somando 340,7 mil vacas ordenhadas, o que representa 21%. Em terceiro lugar ficou a região Noroeste com 192,2 mil animais, o que representa 11,9% das vacas ordenhadas no Paraná.
 
Controle de qualidade 
Segundo dados do Observatório Territorial, realizado pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI), a produção de leite do estado do Paraná no ano de 2016, foi de 2,74 bilhões de litros. O que representa 11,8% da produção brasileira. A região Oeste detém 22,5% da produção paranaense.
 
Com tanta oferta de leite no mercado, segundo Faganello, o produtor que oferecer um produto com qualidade consegue sair na frente. "Para isso, as indústrias enviam, geralmente uma vez por mês, amostras de leite de cada produtor para análise em laboratório credenciado, posteriormente esses produtores recebem o resultados das análises. Dessa forma é possível acompanhar a qualidade do leite em cada propriedade rural e solucionar os possíveis problemas detectados".
 
O criador também pode realizar as análises laboratoriais, desde que também procure laboratórios credenciados. Afinal, segundo o gerente técnico da Emater, cerca de 20 a 30% do rebanho dos produtores tem algum problema que afeta a qualidade do leite. "Assim o produtor vai identificar qual vaca está com algum problema e tratar somente aquele animal específico".
 
Os laboratórios devem ser credenciados na Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL). As análises são realizadas com base na Contagem Bacteriana Total (CBT), na Contagem de Células Somáticas (CCS), na determinação dos teores de gordura, lactose, proteína, sólidos totais e sólidos desengordurados, além da pesquisa de resíduos de antimicrobianos. A composição mínima do leite cru refrigerado, por exemplo, deve conter 3,0% de gordura, 2,9% de proteína e 8,4% de sólidos não gordurosos. Segundo informações do gerente técnico, a indústria pode chegar a pagar R$ 1,12 no litro de leite que atenda às exigências da Instrução Normativa 62/2011. O produto que está fora dos padrões exigidos está sendo comprado a um valor médio de R$ 1,00.  (As informações são do Jornal do Oeste)

Menor oferta da matéria-prima mantém preços em alta

Preços em alta - Os preços da maioria dos derivados lácteos acompanhados pelo Cepea registraram novas altas em março, com destaque para o leite UHT e o leite cru negociado entre as indústrias (spot), com aumentos de 10,3% (média de R$ 2,26/litro) e de 8,7% (R$ 1,27/l), respectivamente, na média Brasil, em relação ao mês anterior. Segundo colaboradores do Cepea, a elevação está atrelada à redução da oferta de matéria-prima no campo. 

Os baixos preços pagos ao produtor nos últimos meses e as recentes valorizações de insumos utilizados na produção do leite desestimularam produtores. De acordo com a pesquisa diária de preços realizada pelo Cepea com o apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), no atacado de São Paulo (principal mercado consumidor), o avanço do preço médio do leite UHT entre fevereiro e março foi ainda maior, de 12,3%, atingindo R$ 2,30/litro. No entanto, em relação ao mesmo período do ano anterior, esse valor é 13,55% menor. O levantamento aponta que a alta deve continuar em abril, mas em ritmo menor, visto que a demanda pelo produto ainda está em recuperação. O queijo muçarela também se valorizou no mesmo comparativo, mas em menor intensidade. Em março, o preço médio nacional do produto foi de R$ 14,98 kg, 4,6% maior que o do mesmo período do ano anterior; frente a fevereiro de 2017, no entanto, ainda esteve 3,69% abaixo. Segundo o levantamento diário da muçarela no atacado de São Paulo, até a primeira quinzena de abril, o preço médio da muçarela está oscilando, e agentes encontram dificuldades em manter negociações a preços atrativos.(Cepea)

 
 

 
 

Argentina brigará para que Brasil retire sistema de cotas na importação de leite em pó
No próximo dia 31 de maio, o sistema de cotas para a exportação de leite em pó proveniente da Argentina para o Brasil irá vencer. Desta forma, a Argentina tentará brigar para que o sistema vigente desde 2009 seja eliminado. Em todos esses anos, o Brasil sempre recusou eliminar o sistema de cotas porque a indústria local entende que esta é uma maneira de proteger seu mercado das importações. A cota vigente é de 4500 toneladas. No ano passado, depois de encerrada a cota, foi acordada uma ampliação para 5000 toneladas em agosto - entre negociantes privados, não entre governos. Uma fonte do Centro da Indústria Leiteira (CIL) da Argentina confirmou ao jornal argentino La Nación que haverá uma luta para uma quebra desse sistema. Até então, não há data para novas reuniões. Se a indústria brasileira pretender renovar as cotas, como estava sinalizando nos últimos dias, as empresas argentinas não responderão de maneira positiva. O objetivo das indústrias locais é sair desse sistema de cota. O principal problema para a Argentina é que o Uruguai não possui cotas e, assim, ganha mercado. O Brasil é um destino chave das exportações lácteas argentinas - basicamente, leite em pó. (As informações são do La Nación, publicadas no Notícias Agrícolas)

Porto Alegre, 19 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.718/

 

  Mudança na curva de inflação do Agro

 
Depois de 14 meses em queda, os índices de inflação do agronegócio, medidos pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul), registraram alta no acumulado de 12 meses. Na comparação de março com fevereiro, o aumento nos preços recebidos foi de 5,83%. O maior crescimento foi do milho, 13%. A valorização reflete redução na safra argentina e perspectiva de escassez no mercado interno, aponta o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz. (Zero Hora)
 
  

 
 
Cosalfa discute status regional
 
Os próximos passos para tornar a América do Sul zona livre de febre aftosa sem vacinação serão discutidos hoje e amanhã na 45ª Reunião da Comissão Sul-Americana para a Luta contraaFebre Aftosa (Cosalfa), em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. O encontro vai avaliar o trabalho feito na Colômbia, após registro de focos da doença em julho de 2017 e neste mês. 
 
O Rio Grande do Sul terá cinco representantes na reunião, sendo quatro técnicos da Seapi e um da Superintendência Regional do Ministério da Agricultura. (Correio do Povo)
 
 
EUA: Rabobank prevê que demanda de lácteos se recuperará na segunda metade do ano
 
A demanda por produtos lácteos, principalmente por queijos, manteiga e produtos lácteos premium, deve se recuperar no segundo semestre de 2018 nos EUA, projetou o Rabobank em seu relatório trimestral sobre o mercado de lácteos. "O crescimento econômico mais forte deverá vir principalmente da mudança da política fiscal, o que se traduz em uma demanda mais forte por produtos lácteos por meio do aumento das vendas no food service e no varejo", disseram os economistas do Rabobank.
 
Eles projetaram que os preços do leite Classe III se recuperação para US$ 32,85 por 100 quilos no terceiro trimestre, com relação ao valor de US$ 30,20 por 100 quilos em abril, maio e junho. O Rabobank previu que os preços do leite Classe III ficarão em média em US$ 35,65 por 100 quilos no quarto trimestre. 
 
Os preços do leite Classe IV também subirão acima de US$ 30,86 por 100 quilos no terceiro trimestre e para mais de US$ 31,97 por 100 quilos no quarto trimestre do ano.
 
Os estoques ainda estão altos, no entanto. O Rabobank observa que os estoques de leite em pó desnatado permanecem altos, em 154.000 toneladas. Isso é 50% mais alto do que há um ano, e o nível mais alto desde 2005, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) removeu o produto do mercado por meio do programa de apoio ao setor de lácteos. Os estoques de manteiga nos EUA também estão alguns pontos percentuais mais altos do que há um ano, e o estoque total de queijos aumentou 7%.
 
O Rabobank observa que as importações de produtos lácteos dos EUA caíram, seguindo uma tendência que começou em 2017. “Essa tendência se manteve em 2018, com as importações ficando para trás em janeiro de 2017, em todos os níveis”, diz. O motivo? A disponibilidade doméstica suficiente e os prêmios de preço internacional ‘tornaram a escolha local fácil’”.
 
“Olhando para o futuro, as exportações dos EUA em 2018 continuarão competitivas, com os preços [dos EUA] geralmente ficando abaixo dos níveis internacionais e um dólar persistentemente fraco”, disse o Rabobank. “Em resumo, o excedente exportável dos EUA deve aumentar em mais de 8%, ou 450.000 toneladas, durante o primeiro semestre de 2018”, disse o banco. "No entanto, a perspectiva otimista de demanda doméstica, em conjunto com a desaceleração da produção de leite com relação ao ano anterior, poderia reduzir a disponibilidade de excedente exportável durante o segundo semestre de 2018”. (As informações são do www.milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

 

Marcelo Melchior é o novo presidente da Nestlé no Brasil
A Nestlé está trocando o comando no Brasil. Juan Carlos Marroquín, que presidiu as operações nos últimos seis anos, vai para o México como chairman, com foco em questões estratégicas. Em seu lugar assume o brasileiro Marcelo Melchior, que trabalha na Nestlé há cerca de 20 anos. Seu último posto foi justamente no México. Segundo a revista “Forbes”, Melchior ajudou a melhorar a rentabilidade da Nestlé no México. Ele vendeu os negócios de produtos refrigerados para a Lala, de sorvetes a Hérdez e de bebidas líquidas para a Jumex. Além disso, a Nestlé México, sob gestão do executivo brasileiro, fechou uma aliança com a Comisión Mexicana de Restaurantes, o que permitiu abrir 150 cafeterias Nescafé. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Porto Alegre, 18 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.717

 

Sindilat participa do 2º Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai Gaúcho em maio, em Erechim
Com o objetivo de informar os produtores de leite do Estado sobre o setor lácteo por meio de uma linguagem de fácil entendimento, a Emater realizará o 2º Seminário de Bovinocultura de Leite do Alto Uruguai Gaúcho no dia 3 de maio, em Erechim (RS). O evento, que ocorre a partir das 9h, na Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (ACCIE), deve reunir entre 650 a 900 pessoas, especialmente pequenos agricultores de 32 municípios da região.  

Na ocasião, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, participará de debate sobre a conjuntura atual e a perspectiva da atividade leiteira. Segundo Palharini, eventos como este são uma oportunidade para conversar sobre as demandas do setor. Também participa do debate o veterinário Antonio Carlos Ferreira Zanini, coordenador de Bovinocultura da Cooperalfa, membro da Câmara Técnica do Conseleite-SC. Quem mediará o debate é o zootecnista Jaime Ries, assistente técnico estadual da Emater.

O evento também contará com palestras sobre bezerra leiteira lactante e produção de leite com simplicidade através de ordenha robótica. Além disso, será tratado sobre fertilidade, manejo, conservação do solo para alta produção de forragem e para produção de alimentos conservados. As inscrições podem ser realizadas no dia do evento, a partir das 8h, ou antecipadamente no link:  Inscrições.(Assessoria de Imprensa Sindilat)   

 
Indústria sinaliza que acordo entre UE e Mercosul pode estar próximo

Várias questões que vinham bloqueando o avanço das negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE) para um acordo de livre comércio birregional parecem superadas e a reunião de negociadores, na semana que vem em Bruxelas, poderá determinar os próximos passos das barganhas, segundo expectativa de representante da indústria. "Entendo que os principais óbices foram superados, os temas complicados estão bem encaminhados", afirmou o diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto. Para a Fiesp, o momento é oportuno para concluir as negociações e resultará tanto no aumento do fluxo comercial quanto em benefícios intangíveis quanto a transferência de tecnologia, capitais e serviços para a indústria nacional. "Há uma janela de oportunidade e isso tem prazo de validade, porque senão ela tende a se fechar", diz Zanotto. Pelas informações que circulam no setor privado, os europeus sinalizaram com aumento da quota para importação de carne bovina para 110 mil toneladas. A UE tinha começado com quota de 70 mil e depois com 99 mil. Negociadores dizem que muito do que foi conversado com Bruxelas nas últimas semanas precisa ser formalizado.

Duas questões centrais envolvendo o setor automotivo parecem ter avançado. Primeiro, os europeus queriam eliminação das tarifas de importação para seus carros num prazo de oito anos, enquanto as montadoras do Mercosul pediam prazo de 15 anos. A avaliação agora é de que o fim das tarifas deve ocorrer entre 10 e 12 anos. Além disso, um dos princípios básicos da negociação é que não haveria prazo de carência, e a liberalização começaria desde o primeiro ano do acordo. O sentimento é de que, se houver carência, pela insistência de montadoras do Mercosul, será entre dois e três anos. Outra questão técnica sensível estava em discussão no campo das regras de origem. Ponto que, pela análise de Zanotto, prosperou. O setor têxtil brasileiro defendia que para se ter a tarifa menor pela regra de origem nesse segmento, o fio, o tecido e a roupa precisariam ser da região. A regra acertada agora manteve só duas etapas do conteúdo local: o tecido e a roupa. Os europeus alegam que são importadores de fio.

A questão de produtos remanufaturados fica fora do acordo. Os europeus queriam sua inclusão, por exemplo, porque países como a Alemanha têm um programa que incentiva a troca de máquinas com frequência - e a revenda do equipamento com pouco uso. Mas permitir tarifa menor para esse tipo de produção causaria problemas para setores no Brasil. É o mesmo caso de pneus, que os europeus, por causa dos ciclos do verão e interno, descartam o produto com mais frequência e procuram exportar o que em outros países é visto como seminovo. A avaliação é também de que a UE compreende a importância de se manter o regime de "drawback" - pelo qual há isenção na tarifa de importação para insumos usados na fabricação de bens industriais depois exportados. É um regime aduaneiro especial no Brasil e para o Paraguai com suas maquiladoras, por exemplo. A UE queria manter uma forte proteção de mais de 300 denominações de origem, incluindo queijos, azeites etc. Agora, isso foi reduzido para cerca de 10%, o que também facilita o avanço da negociação birregional.

Nas negociações ministeriais em Buenos Aires, em dezembro de 2017, a Argentina parecia querer fechar o acordo a qualquer preço, e coube ao Brasil esfriar um pouco os ânimos diante do que Bruxelas colocava na mesa. Mais tarde, alguns europeus procuraram representantes do setor privado brasileiro, indagando se o Brasil estava postergando a negociação para fazer o acordo em outro momento político. De seu lado, a Fiesp considera que o momento para fechar a negociação é oportuno inclusive por ver uma convergência inédita de políticas econômicas entre o Brasil e a Argentina, cujos governos coincidem na decisão de realizar reformas estruturais, buscar o equilíbrio fiscal e promover maior inserção externa da região. Thomas Zanotto destaca que, para a Fiesp, a negociação de acordos comerciais é o caminho mais seguro e inteligente para a abertura da economia brasileira. A entidade avalia que uma redução unilateral de tarifas de importação limita o poder de barganha do bloco com outros parceiros, como também ameaça a produção e emprego local, sobretudo de pequenas e médias empresas que terão dificuldade de se adaptar no curto prazo.

O fluxo comercial entre a UE e o Mercosul alcançou US$ 80 bilhões em 2017, com deficit de US$ 362 milhões para o bloco do cone sul. As exportações do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai foram principalmente subprodutos das indústrias alimentícias (15%), minerais metálicos (10%) e soja (7%). As importações foram principalmente de reatores e caldeiras (19%), produtos farmacêuticos (11%) e máquinas e equipamentos elétricos (9%). No primeiro trimestre deste ano, as exportações de manufaturados brasileiros para a UE cresceram 74%, na comparação interanual, e totalizaram US$ 4,9 bilhões. Para a Fiesp, esse resultado mostra o potencial do mercado europeu para as vendas de produtos industrializados de origem brasileira. Do lado das importações, as compras de manufaturados europeus aumentaram 10% e totalizaram US$ 7,9 bilhões no período. Cerca de 60% da pauta de importações originárias da UE pode ser classificada como bens intermediários utilizados pela indústria de transformação no Brasil. Para Zanotto, se as barganhas entre UE e Mercosul avançarem na semana que vem, como é a expectativa, o passo seguinte será a realização de uma reunião ministerial para anunciar o acordo político e, talvez ainda este ano, concluir a negociação do acordo de livre comércio birregional. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Argentina - Consumo de lácteos é de 210 litros per capita/ano

Leite/AR - O atual momento da cadeia láctea da Argentina requer maior compromisso dos atores com a competitividade, como fator central para dar sustentabilidade e futuro para as empresas e a atividade. O aumento do preço do leite em março deixou uma sensação contraditória, dependendo do ângulo que se olha, pesos por litro, ou pesos por quilo de sólidos totais úteis (KSU), diz a Câmara dos Produtores de Leite da Bacia Oeste de Buenos Aires (CAPROLECOBA). Isto porque ao contrário de subir os percentuais da matéria gorda e da proteína do leite (como é o habitual nesses meses do ano) houve aumento de 2,5% no preço do litro do leite, mas, reduziram para um fraco 0,5% a bonificação pelos sólidos. Os preços médios na Bacia Oeste, em dólares caiu para US$ 0,29/litro.

Abril: Entre a cautela e as mudanças que virão
Com um aceitável consumo de 210 litros/habitante/ano, as indústrias parecem perceber que podem ampliar suas vendas no mercado local, desde que não alterem muito os preços. Por enquanto, o mercado externo não oferece  melhores margens, mas, ajuda a manter os estoques baixos. Assim, com este equilíbrio entre o que comprar e o que vender, é natural uma certa cautela em relação à demanda. Na realidade, a maioria das indústrias precisam de mais leite, e inclusive conhecem a situação dos produtores (que reivindicam melhores preços), mas, absorvidas em suas reestruturações, não se mostram dispostas a assumir mais riscos de imediato.

Além disso, existe a expectativa em relação ao que ocorrerá com a SanCor e a entrada da Adecoagro no mercado. Porque, por mais que tenha ponderação e escalonamento, está claro que para organizar um relançamento, terão que receber pelo menos um milhão de litros de leite nas plataformas das indústrias, e a Adecoagro só conta com 300.000, por enquanto. Por isso, não terá como evitar o aperto da oferta de leite nos próximos meses. Atores atentos já estão preparados para isso. E os produtores também devem ficar. (Infortambo - Tradução livre: Terra Viva)

A produção mundial de leite continua subindo
Produção mundial - A produção de leite das cinco principais regiões exportadoras UE-28, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos aumentaram 2,1% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano anterior, com oferta média de 800 milhões de litros por dia. Estas cinco regiões representam mais de 65% da produção mundial de leite e cerca de 80% das exportações mundiais de produtos lácteos. A meteorologia desfavorável reduziu o crescimento da produção média diária na UE-28, que vinha aumentando entre 4 e 6% na comparação interanual, desde setembro. A maioria das regiões produtoras chave registraram um aumento interanual na produção, com exceção da Nova Zelândia, que caiu 2,3%. Em destaque ficou a forte recuperação da produção de leite da Argentina. Segundo um boletim do Rabobank, os preços do leite ao produtor caíram nas maiores regiões exportadoras, chegando a quedas de até 15%, desde o começo de 2018. O crescimento da oferta de leite está superando a demanda de importações e poderia continuar a tendência no segundo trimestre. Como resultado, os preços mundiais ficariam limitados, exercendo pressão para queda de cotações. O fato positivo para os preços mundiais, seria que os importadores poderiam começar a acelerar as compras para obter um estoque de curto prazo, com expectativas de mudanças no equilíbrio no segundo semestre. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 17 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.716

 

   GDT aponta alta para todos os derivados lácteos

Após quatro negociações em queda, o leilão GDT voltou a subir e apresentou um aumento de 2,7% nesta terça (17/04). O preço médio fechou em US$ 3,587/tonelada, atingindo um preço médio próximo ao leilão nº 207 – que ocorreu no dia 06/03/18 - e que teve preço médio de US$ 3.593/tonelada. 

Essa movimentação de preços está associada a alguns fatores conjuntos: a redução sazonal da oferta na Nova Zelândia, a seca enfrentada na Argentina e aumento de preços dos lácteos nos Estados Unidos e União Europeia.

Foram vendidas 19.262 toneladas, 2.040 toneladas a mais que no leilão anterior. O preço do leite em pó integral subiu 0,9%, sendo negociado à US$ 3.311/ton. Na mesma toada, o leite em pó desnatado (3,6%), a manteiga (2,9%), e o queijo (4,6%) subiram, fechando em US$ 1.913/ton, US$ 5.654/ton, US$ 3.855/ton respectivamente.

Os preços futuros médios do leite em pó integral também seguiram a tendência do leilão e sinalizaram elevações de preços até setembro deste ano. (Milkpoint/gDT)

 
 
 
 
Fundesa aplicou R$ 765,78 mil em indenizações a produtores de leite no primeiro trimestre de 2018

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) divulgou a prestação de contas do primeiro trimestre de 2018. De janeiro a março deste ano foram investidos R$ 764.787,16 em indenizações a produtores de leite para eliminação de bovinos positivos para tuberculose e brucelose. Integram essas indenizações os valores referentes ao pagamento de Risco Alimentar, voltado para as propriedades que tiveram que abater 100% de seu rebanho. Neste caso, o Fundesa indeniza o produtor com um valor equivalente a três meses do faturamento líquido da propriedade. 

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, reforçou que todos os bovinos devem passar por testes antes de participar de feiras, para que os animais positivos para as enfermidades não afetem os livres da doença. "A cadeia está dando velocidade à retirada desses animais", pontuou.

Na ocasião, Kerber questionou a prática de veterinários que estão enviando as amostras para serem analisadas no Paraná. Entre os motivos, estaria o fato de que os resultados ficam prontos em menos tempo do que no Estado. No Rio Grande do Sul existem dois laboratórios credenciados para o diagnóstico das enfermidades, o Instituto de Pesquisas Veterinárias Agropecuárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul, e o Laboratório de Microbiologia Veterinária (Microvet) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que recentemente teve sua metodologia acreditada e credenciada pelo Ministério da Agricultura. O novo espaço vem para dar mais agilidade ao processo de diagnóstico.

A gerente administrativa do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Julia Bastiani, acompanhou a reunião realizada na sede do Fundesa, em Porto Alegre. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Leticia Szczesny

 

Cooperativas de internet lutam por espaço no Sul

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) trava uma batalha legislativa para tentar aprovar uma lei que possibilite a pessoas físicas se agruparem em cooperativas de telecomunicações, principalmente de internet. Algumas iniciativas para legalizar o modelo foram derrubadas pelas regras atuais da Lei Geral das Telecomunicações (LGT). Agora, o desafio da OCB é adaptar a legislação para permitir o registro das cooperativas, que têm benefícios fiscais. Sem conseguir licença da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), um grupo de consumidores do Rio Grande do Sul decidiu criar uma empresa limitada, a Coprel Telecom. Com a marca Triway, a empresa está sob o guarda-chuva da Cooperativa de Energia/Geração e Desenvolvimento/Telecom do Estado. Possui 13,5 mil consumidores, todos sócios, disse Janio Stefanello, presidente da Coprel Telecom. Trata-se de um modelo de autofinanciamento dos serviços, sem fins lucrativos. Quando há sobras no orçamento anual, os recursos são redirecionados ao negócio, embora também possam ser distribuídos entre os cooperados. A maioria é formada por produtores rurais, além de moradores de regiões distantes dos grandes centros. A receita da Coprel Telecom para 2018 é estimada em R$ 35 milhões. O crescimento médio tem sido de 25%, segundo a empresa. Para montar a infraestrutura, a unidade de telecomunicação fez um acordo com a cooperativa de energia para usar seus postes, sobre os quais lançou os cabos de fibra. Com 2,5 mil km de extensão, a rede óptica cobre 24 municípios com banda larga e telefonia fixa. A meta é atingir 72 localidades em cinco anos, disse Stefanello. 

A empresa compra capacidade de tráfego de internet no atacado de meia dúzia de grandes provedores, inclusive da Oi, que é concessionária de telefonia fixa na região. "Temos proteção e redundância no sistema. Nosso serviço tem de ser melhor do que o que tem no mercado", disse o executivo. Segundo ele, as grandes operadoras não investem nos municípios pequenos, porque procuram mercados mais rentáveis. Os cooperados são produtores que possuem de 15 a 500 hectares, com vários níveis de renda. A falta de internet dificulta os negócios e afasta os jovens do campo. Os filhos dos agricultores geralmente estudam em colégios ou universidades nas cidades maiores. Nos fins de semana não querem ficar na propriedade dos pais porque não tem acesso à internet. Ficar longe das redes sociais e dos amigos, nem pensar. Roberto Schrammel, 51 anos, mora no interior de Panambi, a 395 km de Porto Alegre. Ele representa a terceira geração de agricultores de sua família. Tem gado, planta soja e milho no verão, e trigo no inverno. É tudo mecanizado. Os filhos estudavam na cidade e à noite pediam para levá-los a uma lan house, 10 km distante da propriedade, para que pudessem pesquisar na web e fazer as tarefas escolares. Quando chegou a rede da cooperativa, tudo melhorou, disse ele, que paga R$ 99 por uma conexão de 5 megabytes. A fibra chega a 2 km da fazenda e segue o último trecho por radiocomunicação. O filho Leandro, de 21 anos, estuda técnica em armazenagem de grãos e está sendo preparado para ser seu sucessor. O outro filho, Luca, 20 anos, é apaixonado por internet e estudou ciência da computação, área em que já trabalha. Com colheitadeiras dotadas de computador de bordo, GPS e piloto automático, Schrammel disse que não dá para operar uma máquina dessas sem conhecer computação. Henrique Ruppenthal, 25 anos, de Quinze de Novembro (RS), representa a nova geração da família. Ele e sua mulher Tania moram em uma casa, enquanto os pais, Levino e Ane, vivem em outra. 

A lavoura, em 50 hectares, tem soja, milho para silagem e, no inverno, trigo. A 370 km de Porto Alegre, a fazenda também produz leite. Ruppenthal é formado em administração e já trabalha com seu pai. Ele lembra das dificuldades para acessar a internet quando ainda estudava, há três anos. Precisava caminhar uns 500 metros a partir de sua casa para conseguir sinal. Hoje, usa a rede sem fio da Vivo e a conexão está um pouco melhor, disse ele. Mesmo assim, Ruppenthal está animado ao ver que já foi instalada a rede de fibra da Coprel próximo da fazenda. Logo a conexão estará em sua propriedade. "Espero um sinal bom de internet e de telefone", disse ele, que vai cancelar a banda larga móvel. Sua expectativa é de pagar R$ 100 por mês ante R$ 89 da Vivo. "Fibra vale a pena, se funcionar bem", afirmou. Com 13 ramos de atuação em cooperativismo, a OCB reúne 6.655 cooperativas. Agronegócios é o segmento mais atuante, com 1.555 cooperativas. No ramo de infraestrutura, há 67 de energia elétrica, 17 de geração de energia e apenas uma de internet. Só a Certel Net, do Sul do país, conseguiu autorização para o serviço, disse Marco Olívio Morato, analista técnico e financeiro do sistema OCB. A Certel Net atua em cerca de 30 cidades do Rio Grande do Sul. É formada por pessoas físicas e usa os postes da Cooperativa Certel Distribuição de Energia para passar sua rede. Para operar como cooperativa precisou entrar na Justiça. Diversas outras tentaram, mas não conseguiram, diz Morato. Procurada pelo Valor, a Anatel não conseguiu porta-voz para comentar o caso. A OCB é um órgão privado mantido por contribuição das cooperativas. Essas organizações atuam em regiões superpovoadas rurais ou comunidades, distritos urbanos e cidades com atendimento precário. 

A organização trabalha para que seja aprovado o Projeto de Lei 8.824/2017, do deputado Evair Vieira de Melo (PV/ES). O projeto altera as Leis 9.472, de 16 de julho de 1997, e 9.295, de 19 de julho de 1996 (de telecomunicações), para assegurar a prestação dos serviços de telecomunicações por cooperativas. Desde outubro, o PL encontra-se na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara. A expectativa da assessoria do deputado é que a tramitação na Casa dure cerca de dois anos. Marcos Vinícius Ramos da Cruz, gerente substituto da gerência de regulamentação da Anatel, disse que, pelas regras atuais, para ter licença, é preciso CNPJ. Para Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), em que entra a internet, é preciso atender todos os interessados, e não apenas os cooperados. Já a licença de Serviço Limitado Privado (SLP) permite atender só os cooperados, porém não pode ultrapassar 5 mil usuários, ou vira uso coletivo. Para contratar interconexão de outra operadora também é preciso contrato de uso de rede coletivo. De modo geral, disse o gerente, não existe restrição para uma cooperativa. Contudo, as regras dos serviços acabam eliminando a possibilidade de licença. (Valor Econômico)

Mundo deve se preparar para uma OMC sem os EUA, diz ex-diretor Lamy

O mundo precisa se defender da possível tentativa do governo Donald Trump de implodir a Organização Mundial do Comércio (OMC) e estar preparado para uma OMC sem os EUA, afirma Pascal Lamy, ex-diretor-geral da entidade. Após evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham) ontem, em São Paulo, Lamy disse que é difícil saber se Trump busca vantagens comerciais específicas para os EUA ou se quer simplesmente acabar com a OMC e voltar a negociações bilaterais. Ele alerta que os outros países têm de se defender. "Pensar numa OMC sem os EUA talvez seja uma opção necessária para que não sejamos chantageados. Se a opção é 'você faz isso ou eu saio', então é preciso ter a contraopção 'você sai, mas eu não'". Para o ex-diretor-geral da OMC é preciso estar preparado para dois cenários. O primeiro é negociar eventuais exigências dos EUA de novas regras, como para subsídios agrícolas. "O Brasil, nesse caso, adoraria ver a OMC regulamentando subsídios agrícolas dos EUA." O outro cenário é o de proteger a OMC da ofensiva dos EUA. "Se o cenário for o de minar a OMC, terá de haver uma séria coalizão para impedi-los. Se quiserem acabar com a OMC, não vamos aceitar, temos de mantê-la funcionando." 

Para Lamy, a decisão do Brasil de aceitar cotas de exportação de aço para os EUA, em troca de suspensão das sobretaxas até 30 de abril, mostra que o país já está aceitando o jogo imposto por Trump. "Se um país como o Brasil aceitou voluntariamente restrições, Trump conseguiu o que queria", disse sobre o acordo costurado entre o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes. "Aceitar restrições voluntárias é como voltar aos anos 1960", criticou. Para ele, aceitar as regras de Trump é deixar prevalecer um jogo bilateral em vez do multilateralismo conquistado nas últimas décadas. "Se Trump tentar acabar com a OMC e for bem-sucedido nisso, a OMC vai se tornar irrelevante. Não acredito que ele queira isso." Apesar da falta de clareza em relação aos planos de Trump, Lamy vê risco limitado de uma escalada para uma guerra comercial entre EUA e China. Isso porque, afirma, há forças dentro dos EUA que veem uma guerra comercial como potencialmente destruidora para a economia americana. 

A segunda razão é porque os chineses são "extremamente racionais" e se comportarão de modo a não haver uma escalada. "A China será racional. Não buscará uma escalada, mas sim uma resposta proporcional", disse. Por outro lado, observou com entusiasmo, o presidente chinês, Xi Jinping, indicou no Fórum de Boao, na semana passada, maior abertura em algumas aéreas, como serviços financeiros e energia. "Se entendi bem, Trump viu isso de maneira positiva. Mas isso pode ter mudado. Não sei, porque eu não acompanho o Twitter a todo minuto." (Valor Econômico)

 
 
 

Grãos
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou no dia 10/4 o relatório de oferta e demanda mundial de grãos. A safra norte-americana de milho foi mantida em 370,96 milhões de toneladas na temporada 2017/2018. (Agrolink)

Porto Alegre, 16 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.715

 

   Aliança Láctea reúne-se no dia 8 de maio em Chapecó

A próxima reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira será no dia 8 de maio, na cidade de Chapecó, em Santa Catarina. Na pauta dos debates está prevista a discussão de temas considerados urgentes para a produção láctea dos estados da Região Sul, entre eles a proposta de reformulação da Instrução Normativa (IN) 62. Segundo o presidente da Aliança, Ronei Volpi, a expectativa é que o Ministério da Agricultura (Mapa) dê início à Consulta Pública sobre o tema ainda na segunda quinzena de abril. A consulta, que provavelmente terá prazo de 60 dias, estará em andamento na data da reunião, que ocorrerá às 14h em local a ser definido. 

Durante o encontro, será apresentado documento que detalha as diretrizes adotadas pelo grupo perante o setor, que servirá como referência para os integrantes da Aliança. Outra pauta é o desenvolvimento de um projeto que trata do controle de doenças em bovinos leiteiros. "Precisamos pressionar o Ministério da Agricultura para que tenhamos um monitoramento mais efetivo sobre enfermidades", aponta Volpi, referindo-se à brucelose e à tuberculose bovina. O dirigente da Aliança espera a participação em peso da indústria gaúcha para a formatação desse projeto.

Quanto ao cenário do setor lácteo no Sul, Volpi considera indispensável aprofundar a análise sobre os custos de produção, retomar as exportações e prospectar as demandas do mercado internacional. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Novos parâmetros do leite sob consulta

Nos próximos 60 dias, estará aberta consulta popular sobre alteração das regras da produção de leite no país. Hoje, está em vigor a Instrução Normativa 62. Entre os pontos da minuta elaborada pelo Ministério da Agricultura, o que trata dos padrões da contagem de células somáticas (CCS) e da contagem de bactérias totais (CBT) é um dos que devem causar debate. O primeiro indica a saúde do úbere da vaca. O segundo, a quantidade de bactérias.

A legislação atual previa padrões cada vez mais rígidos a cada dois anos - o vigente é de 500 mil CCS por ml e de 300 mil UFC por ml. Como o novo patamar não seria alcançado, a cadeia se organizou para debater o tema. O ministério criou um grupo de trabalho e, na última semana, apresentou proposta de duas normativas.

- Foram colocados outros padrões, além de CCS e CBT. Um deles é um novo modelo de programa de qualificação ao produto, que trabalha boas práticas e gestão nas propriedades - explica Letícia Vieira, veterinária e consultora de qualidade do Sindilat-RS. (Zero Hora)

Valor da produção deve atingir R$ 530 bilhões

O Ministério da Agricultura elevou sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do país em 2018. Segundo levantamento divulgado na sexta-feira pelo Departamento de Crédito e Estudos Econômicos do ministério, o montante deverá somar R$ 530,1 bilhões, R$ 14,2 bilhões a mais que a projeção de março, mas 3,7% inferior ao recorde do ano passado, quando o VBP totalizou R$ 550,4 bilhões.

O VBP dos 21 produtos agrícolas que fazem parte da pesquisa foi elevado para R$ 355,4 bilhões em 2018, R$ 9,3 bilhões acima do estimado no mês passado mas resultado ainda 3,8% menor que o registrado em 2017. O total agrícola segue puxado pela soja, cujo valor da produção está estimado em R$ 124,7 bilhões para este ano, aumento de 3,8% em relação ao ano passado. Para os cinco principais produtos da pecuária brasileira, a projeção do ministério subiu para R$ 174,8 bilhões, ante os R$ 169,8 bilhões estimados em março passado. Se confirmado, o montante ainda será 3,5% menor que o do ano passado. (Valor Econômico)

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul reunida no dia 13 de Abril de 2018, atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Março de 2018 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de Abril de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 
 
 
 

Produção
Após dois anos de quedas consecutivas, iniciada em 2015, a produção brasileira de leite sob inspeção voltou a crescer em 2017. O aumento foi 4,03% em relação a 2016, totalizando cerca de 24 bilhões de litros. Entre as regiões do País, o maior crescimento percentual aconteceu no Nordeste, enquanto o maior crescimento em volume ocorreu no Sul do Brasil. Confira a análise completa no INDICADORES LEITE E DERIVADOS. Clique aqui. (Embrapa)

Porto Alegre, 13 de abril de 2018                                              Ano 12 - N° 2.714

 

   Governo decide manter critérios sanitários do leite

O Ministério da Agricultura apresentou nesta quarta, dia 11, uma proposta de revisão da norma que estabelece os critérios de produção e qualidade do leite brasileiro. Os índices de contaminação, que ficariam mais rígidos a partir de julho, serão mantidos por pelo menos dois anos.

Coordenadora do grupo de revisão da Instrução Normativa 62 de 2012, Mayara Pinto diz que o grupo concluiu pela necessidade de manutenção dos limites definidos para contagem de células somáticas e contagem de padrão em placas, o que, segundo ela, era a grande ansiedade do setor. “Entendemos que não é momento de rever isso, e sim de focar na parte de educação sanitária, de fomento. Uma das novidades é trazer setor responsável para trabalhar conosco. Ele fará a avaliação do plano de qualificação de fornecedores de leite e auditorias em propriedades rurais para analisar se o plano está sendo bem executado”, conta.

A proposta acaba com um prazo definido para adequação dos produtores às regras e prevê a revisão da norma a cada dois anos. Serão mantidos os índices de contagem bacteriana total, referentes a questões de higiene e manejo do rebanho e estabelecimento, em 300 mil por mililitro (ml), e de contagem de células somáticas, que aponta ocorrência de infecções e doenças no animal, em 500 mil por ml. A instrução normativa em vigência diz que esses índices seriam de 100 mil e 400 mil, respectivamente, a partir de julho para estados do Centro-Sul e, a partir de julho de 2019, para as regiões Norte e Nordeste.

Haverá também controle do leite em silos nos laticínios, com limite de três vezes maior ao cobrado para o produtor. Outra novidade é a interrupção da coleta de leite de produtores que apresentarem resultados da média fora do padrão por três meses consecutivos. “Não é uma sanção. Esse procedimento será adotado pelo próprio estabelecimento dentro do programa de controle de qualidade. Ele tem responsabilidade de estabelecer padrão da matéria-prima que ele quer comprar para fazer seus produtos, e isso temos que deixar limite legal do que ele pode trabalhar”, explica.

O setor produtivo elogiou o texto, mas apontou necessidade de melhorias gerais na sanidade animal do país e em questões como o transporte do leite para atingir maior qualidade. ”Não é fácil implementar um programa de qualidade  em um país continental, como o Brasil, em 13 anos, e fazer com que os produtores tenham o mesmo padrão de qualidade da União Europeia, que tem clima, infraestrutura e logística diferentes”, diz o presidente da Comissão Nacional de Pecuária Leiteira da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim. Ele elogia a decisão do Mapa de manter os padrões e trabalhar para atingir outros mais rigorosos com o tempo. Para assistir à reportagem CLIQUE AQUI. (Canal Rural)
 
 
Ranking Leite Brasil: captação das maiores empresas cresceu 5,6% em 2017

Foi divulgado nesta semana pela Leite Brasil o resultado do ranking dos maiores laticínios do Brasil no ano de 2017. A pesquisa, neste ano, apresentou os dados das 14 maiores empresas do setor (no levantamento anterior, figuraram 15 empresas, incluindo a Lactalis, cujas informações não constam do ranking de 2017), que tiveram um crescimento de 5,6% na captação de leite, somando um total de 8,6 bilhões de litros (cerca de 23,5 milhões de litros diários).

A estimativa da capacidade instalada de processamento de leite das empresas do ranking 2017 foi de 13,8 bilhões de litros ao ano (cerca de 38 milhões de litros diários); assim, os 14 maiores laticínios usaram cerca de 62,1% da sua capacidade em 2017. Em 2016, a capacidade utilizada foi de 60%, o que indica uma ligeira redução na ociosidade das indústrias (no gráfico 1, apresentamos a evolução da utilização de capacidade das empresas participantes do ranking).  No entanto, de forma geral, as indústrias participantes do ranking têm trabalhado com um nível de utilização baixo (média de 63% de utilização nos últimos 7 anos).

Gráfico 1 – Capacidade utilizada dos laticínios de 2011 a 2017, em %. Fonte dos dados: Leite Brasil. 
 

A produção diária do produtor médio destas empresas cresceu 7,1%, crescimento mais vigoroso que os 5,4% do ano anterior, porém, menor que os 10,8% de 2015. A média de produção por produtor foi de 407 litros/dia contra 381 litros/dia do levantamento de 2016. Vale ressaltar que no ranking de 2016, o número de produtores fornecedores havia caído 8,2% e neste ano, a queda foi menor, de 5%.

Esta tendência de aumento no volume médio dos produtores é inequívoca e geral no mercado brasileiro. Como mostra o gráfico 2, o volume médio dos produtores das empresas participante do ranking da Leite Brasil mais do que dobrou nos últimos 10 anos em função de vários fatores conjuntos, tais como as bonificações por volume nos preços pagos pela indústria nacional e as evidentes economias em escala na atividade de produção de leite.

Gráfico 2. Evolução do volume médio (litros/dia) dos produtores das empresas participantes do ranking da Leite Brasil. Fonte dos dados: Leite Brasil. 


 
Num ambiente de maior oferta de matéria-prima, 2017 se consolidou com um ano de recuperação na produção de leite conforme o IBGE. Após cair dois anos consecutivos, a captação de leite formal foi 4,4% maior do que em 2016 (corrigindo o dado do mês de fevereiro de 2016 - ano bissexto - para 28 dias), chegando a 24,1 bilhões de litros, contra 23,1 no ano anterior.

Primeira no ranking, a Nestlé viu sua captação crescer apenas 0,3%, com 1,6 bilhão de litros. No ranking de 2016, a Lactalis estava posicionada no segundo lugar, mas a empresa francesa não participou desta última pesquisa. Portanto, quem ocupou a segunda colocação foi o Laticínio Bela Vista (Piracanjuba), apresentando também o segundo maior crescimento na captação, de 20,9%. O maior crescimento, de 23,2% em relação ao volume verificado em 2016, ficou com a CCGL, 7ª colocada no ranking em 2017.

Terceira colocada e com um aumento de 17,6% na captação encontra-se a UNIUM, Intercooperação de Lácteos das Cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, todas no Paraná. A marca foi lançada em novembro do ano passado e ao todo são 5 mil cooperados, R$ 7 bilhões de faturamento anual e mais de R$ 500 milhões em investimentos.

Nas 4ª e 5ª posições e com queda de 9,8% e 2,5% na captação de leite figuram, respectivamente, a CCPR/ITAMBÉ e a Embaré. 

Gráfico 3 – As 14 maiores empresas de laticínios segundo o ranking Leite Brasil (milhões de litros processados em 2017). Fonte dos dados: Leite Brasil. 

 

Vale ressaltar que em 14ª lugar neste ano se encontra a Confepar/Cativa. A Cativa (Cooperativa Agro-Industrial de Londrina) anunciou oficialmente a aquisição de 100% das cotas da Confepar (Agroindustrial Cooperativa Central) a qual pertencia. O negócio é considerado o primeiro em que uma singular compra a central. Além da Cativa, integravam a Confepar outras quatro cooperativas: Colari, Copagra, Cofercatu e Coopleite. Todas foram fundidas e agora integram a Cativa. Em número de produtores de leite, o Laticínios Bela Vista foi a empresa com maior quantidade de fornecedores em 2017, totalizando 6.633 produtores de leite e crescimento de 7,7% quando comparado ao ano anterior. Na pesquisa anterior, o Laticínios Bela Vista se posicionou na segunda posição neste quesito, somente atrás da Lactalis, que contabilizou 12.628 fornecedores em 2016. A tabela abaixo apresenta o ranking das empresas por número de produtores.

Tabela 1 – Ranking dos 14 maiores laticínios por número de produtores em 2017. Fonte dos dados: Leite Brasil. 


 
Também, é interessante destacar que além da Piracanjuba, no ranking deste ano, os únicos laticínios que apresentaram crescimento no número de produtores foram a DPA Brasil (+14,9%) e a Centroleite (+9,4%). Em todos os outros, a variação foi negativa. Na quantidade de litros captada por produtor, a Danone apresentou a maior média, com 2.294 litros/produtor/dia. Este volume é 87,5% superior ao segundo colocado, a UNIUM, que teve média de 1.222 litros/produtor/dia. O maior crescimento neste item comparado a 2016 foi da CCGL, de 35,3%. Queda na produção diária de leite por produtor foi verificada na Centroleite (-12,4%) e na Piracanjuba (-12,2%).

Tabela 2 – Ranking dos 14 maiores laticínios por litros/produtor em 2017. Fonte dos dados: Leite Brasil. 

 
Abaixo é possível conferir o ranking dos maiores laticínios do Brasil na íntegra. 

 
*Lactalis, Italac e Tirol não figuraram no Ranking Leite Brasil desse ano, embora o volume processado pelas empresas certamente as colocaria entre os maiores laticínios. 
(Equipe MilkPoint, com informações da Leite Brasil)

Leite/NZ

As críticas recebidas pela Fonterra em relação aos seus recentes acordos na China não intimidaram a cooperativa, e nem reduziu seu apetite por negócios em países estrangeiros. A última incursão foi na Argentina, na tentativa de comprar a cooperativa de laticínios SanCor. Negócio estimado entre US$ 200 e US$ 400 milhões, a Fonterra ofereceu US$ 330 milhões. No entanto, a Adecoagro superou a oferta e pagou US$ 400 milhões. No mês passado o negócio foi dado como certo, mas, a proposta da Fonterra foi superada. A Fonterra, no entanto, tem interesses na América do Sul, e no Chile opera com sucesso através da Soprole. Também está presente no Brasil e na Venezuela, ambos os países problemáticos, por razões econômicas internas.

Eventos
Os produtores precisam estar cientes do próximo Fórum Dairy Farmers que será realizado nos dias 8 e 9 de maio, no Centro de Eventos Mystery Creek, que receberá palestrantes de toda a cadeia do setor lácteo – reunindo visões políticas e econômicas, bem como discutindo sustentabilidade rural, além de futuras práticas de alimentos e manejo agrícola. Contará com a participação do Ministro da Agricultura, Damian O’Connor e do Ministro de Mudanças Climáticas, James Shaw. Será o fórum ideal para discutir políticas de governo sobre emissões de gases de efeito estufa e legislação ambiental.

Queijo artesanal
Para os produtores interessados em transformar parte do leite de suas vacas em queijo ocorrerá o primeiro “Festival Great Eketahuna Cheese” no dia 14 de maio, homenageando alguns dos trabalhos sobre queijo do ‘ativista’ Biddy Fraser-Davies, que tem lutado por uma abordagem mais razoável em torno da conformidade com os fabricantes de queijo artesanal. Será uma conferência para discutir, em um dia, problemas sobre a produção de queijo em pequena escala. (interest.co.nz - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 

Produção de leite da Fonterra na Nova Zelândia caiu 2% em fevereiro
A Fonterra Co-operative Group Ltd disse que a produção de leite em seu mercado doméstico da Nova Zelândia caiu em fevereiro devido ao clima desfavorável. Os volumes de produção na Nova Zelândia caíram 2% em fevereiro, já que a qualidade das pastagens foi afetada pelas “condições climáticas difíceis”, disse a empresa em um comunicado. Enquanto isso, a produção de leite da Fonterra na Austrália aumentou 2% em fevereiro, já que as condições climáticas, especialmente no sudeste da Austrália, foram favoráveis. No mês passado, a empresa registrou uma queda de 5% na produção de leite de janeiro devido ao tempo seco. (As informações são da Reuters, traduzidas pela Equipe MilkPoint)