Porto Alegre, 12 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.128
Leite/Europa
Sindilat
Porto Alegre, 12 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.128
Leite/Europa
Porto Alegre, 11 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.127
Sindilat realiza encontro para debater novo guia orientativo do PQFL
O novo guia orientativo do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), publicado no dia 19 de novembro, foi tema do primeiro encontro organizado nesta quarta-feira (11/12) pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). Com a presença de técnicos das indústria de laticínios, a reunião debateu pontos específicos do guia e levantou dúvidas sobre artigos da legislação. “Quanto mais próximos estivermos da regulamentação e do entendimento sobre a legislação, mais aptos estaremos para construir maneiras de gerenciar e qualificar os produtores”, afirmou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.
O PQFL é uma ferramenta contínua de controle elaborada pela empresa ou cooperativa de laticínio. Neste plano são definidas as políticas da indústria em relação aos produtores de leite, devendo contemplar as exigências das Instruções Normativas 76 e 77, assistência técnica e gerencial e capacitação dos produtores, focando em gestão da propriedade e implementação de boas práticas agropecuárias.
Para o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Roberto Lucena, responsável por sanar as dúvidas levantadas no encontro, o PQFL serve de auxílio para as empresas conseguirem administrar melhor seus fornecedores, se adequando às exigências e boas práticas da cadeia leiteira. “O objetivo do plano é atender todas as propriedades, mas com metas plausíveis e dentro da estrutura acessível pela empresa”, reforçou. Segundo o auditor, é essencial que o PQFL apresente informações que sejam verídicas e que o MAPA consiga entender como serão efetuadas as ações pontuadas pela indústria.
De acordo com a consultora de qualidade do Sindilat, Letícia Vieira, o guia pode ser construído calibrando a prioridade de cada laticínio. “Com base na sua lista de prioridades, cada empresa pode estabelecer como irá atender, em primeiro lugar, os pontos mais graves”, explicou.
O plano é obrigatório para os três níveis de inspeções: Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (CISPOA). Acesse AQUI o guia orientativo do PQFL. (Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat)
Foto: Letícia Breda
Leite/América do Sul
A produção de leite na América do Sul continua com sua queda sazonal, já que as elevadas temperaturas de verão continuam afetando o desempenho das vacas de leite. No entanto, o volume atende as necessidades da indústria de processamento de alimentos, particularmente na Argentina, Uruguai e Paraguai.
No Brasil, ao contrário, o volume de leite declinou, recentemente, e estão bem abaixo da forte demanda industrial. Apesar da economia fraca e a baixa cotação da moeda nos principais países do Cone Sul, o preço ao produtor está ligeiramente acima dos custos operacionais. A boa qualidade e disponibilidade de concentrados na região tem sido um fator importante na mitigação dos custos operacionais em diversas fazendas. No entanto, pequenos produtores, sem capacidade para economia em escala, lutam com pequenas margens de lucro e estão enviando animais de leite para corte.
Enquanto isso, na Argentina, a eleição presidencial gerou incertezas para a indústria de laticínios do país. Pessoas ligadas ao setor avaliam que o novo governo deve ser protecionista e poderá se opor ao acordo comercial em andamento, Mercosul x União Europeia. No entanto, é muito cedo para saber o que a nova administração irá propor para a indústria de laticínios do país. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
Conseleite/MS: valor médio do litro de leite de janeiro a outubro de 2019 cai 2,23%
Nos dez primeiros meses do ano a média do litro do leite no estado fechou em R$1,0336, valor 2,23% menor que o mesmo período do ano anterior, que registrou o preço de R$1,0571. Os dados são do Conseleite/MS (Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite em Mato Grosso do Sul). Em 2017, o preço médio de janeiro a outubro era de R$0,9767.
Em outubro de 2019, a média foi de R$1,0178, valor 5,41% inferior em comparação com o mesmo período do ano anterior, que ficou em R$1,0760. Já em 2017 essa média não passou dos R$0,8947 pelo litro do leite. Segundo a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira, em novembro deste ano a estimativa é que o valor médio se mantenha em R$1,0207. "Esse valor está 0,28% superior ao mês de outubro e 2,02% superior ao de novembro de 2018".
O volume de leite captado pelas indústrias inscritas no SIF (Serviço de Inspeção Federal) e SIE (Serviço de Inspeção Estadual) de janeiro a setembro deste ano foi 0,64% inferior a 2018. Para a analista, o cenário permanece regular. "A produção estável sem resposta contundente do consumo está entre os fatores que inviabilizam melhoria nos preços dos produtos lácteos e por consequência pressionam para baixo a remuneração ao produtor", explica Eliamar Oliveira. (As informações são do Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul)
Porto Alegre, 10 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.126
Edital de convocação - Assembleia Geral
Edital publicado na página 16 do Jornal Correio do Povo, em 10/12/2019. (Correio do Povo)
Crédito: Stéphany Franco
Cooperativa Santa Clara é homenageada na 9° edição do Prêmio Folha Verde
Porto Alegre, 09 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.125
Emater divulga Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Estado
Divulgado nesta quinta-feira (4/12), o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul, referente a 2019, pontuou que o número de produtores de leite vinculados à indústria caiu 22% entre 2017 e 2019. A pesquisa, realizada entre maio e junho deste ano, também apontou que a produção, em 2019, ficou em 4,27 bilhões de litros por ano, sendo que desses, 91,86% (3,9 bilhões de litros) são destinados à indústria. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, o levantamento serve como base de orientação para que se possam tomar ações públicas e privadas em prol da cadeia. "De 2017 a 2019, tivemos uma redução de 22% de produtores que entregam o leite para as nossas indústrias. Mas, por outro lado, temos uma produção/dia por propriedade que cresceu de 136,5 litros para 213 litros", destacou. Guerra acredita que, para minimizar os impactos negativos da saída de produtores da atividade, é necessário que toda a cadeia una forças.
Segundo Guerra, o cenário do setor leiteiro no Estado é reflexo do que vem ocorrendo no mundo. "O mercado exige cada vez mais eficiência no que se faz e o Rio Grande do Sul está equipando as propriedades, aumentando a tecnologia do produtor e das indústrias. Essas mudanças servem para melhorar de uma forma contínua a qualidade do leite e a produtividade do setor, e assim continuarmos sendo referência a nível nacional", disse.
O relatório é dividido em quatro partes: informações gerais sobre a produção de leite no Estado; perfil do produtor de leite vinculado às indústrias; estrutura para processamento da cadeia; e mudanças ocorridas no setor no período de 2015 a 2019. Para o Secretário da Agricultura do RS, Covatti Filho, o governo está centrado em auxiliar o setor lácteo gaúcho, aumentando a produtividade. "Precisamos dessa cadeia no Estado, principalmente incrementando ela com políticas agrícolas. Para a Secretaria da Agricultura, a receita da cadeia do leite gera R$4 bilhões", afirmou.
Outro ponto que a Emater destacou é a comercialização informal de leite cru, que está presente em 335 municípios gaúchos. Em relação à venda de derivados lácteos de fabricação caseira, o número de cidades cresceu para 394. Conforme o relatório, esses dados representam "um risco à saúde dos consumidores, em função da falta de controle sanitário sobre tais produtos ofertados à população". Segundo o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, será realizada uma segunda parte mais extensa dessa coletânea de dados, que reunirá uma análise das regionais da Emater/RS e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Confira o relatório completo aqui.
Crédito: Letícia Breda
Perspectivas globais para laticínios são positivas e vendas on-line de queijos crescem nos EUA
Uma atualização global sobre produtos lácteos, da Maxum Foods Pty Ltd, mostrou melhoria na expansão do suprimento de leite para dezembro de 2019, enquanto o comércio de leite em pó desacelera. Varejistas de queijo dos EUA estão contribuindo para isso com promoções de férias.
As perspectivas globais para o mercado de laticínios são positivas, mas o diretor de compras da Maxum Foods, Dustin Boughton, disse que pode haver enfraquecimento à medida que a oferta de leite cresce.
As projeções para os preços de commodities são variadas, uma vez que os valores de gordura da manteiga estão estabilizados, enquanto os de queijo podem cair, devido ao aumento da capacidade de produção e oferta na Europa.
O leite em pó desnatado teve alta, em consequência de uma menor produção na UE e EUA, enquanto a demanda de exportação se manteve. Boughton disse que este é um novo território a ser explorado e a categoria não é mais tão impulsionada pelos estoques da UE. Ele espera que os preços do leite em pó desnatado permaneçam firmes, mesmo com uma maior disponibilidade de novos produtos na Europa e nos EUA.
A demanda nos mercados asiáticos diminuiu, mas isso provavelmente será revertido. Em relação ao leite em pó integral, China e Hong Kong impulsionaram o crescimento e aumentaram o comércio no mês - um aumento de 69,4% em relação ao ano anterior, ou 14.000 t. Os embarques para a China aumentaram em 11 dos últimos 12 meses. Boughton disse que a demanda por leite em pó ainda é forte na região, "devido as mudanças no uso de leite na China".
Os preços da manteiga estão estáveis com a demanda doméstica sazonal aumentada na UE. O balanço da UE deve melhorar, mas o crescimento da demanda e da oferta estarão estreitamente alinhados. A UE expandiu as exportações de manteiga em setembro em 74%, apesar dos altos preço do item.
“A demanda geral nos mercados em desenvolvimento permanece sensível aos preços e pode continuar pressionando os valores da Nova Zelândia. As exportações de gorduras do País continuaram a diminuir, mas a uma taxa muito mais lenta”, disse Boughton.
Sobre o soro de leite, a UE aumentou os embarques em 3,2% e o comércio da Nova Zelândia cresceu14% em setembro em relação ao ano anterior. O País está vendendo mais para o mercado norte-americano e as exportações dos EUA ainda estão diminuindo, com uma queda de 13% em setembro. Contudo, os produtos americanos são competitivos, pois os preços diminuíram nos últimos meses, enquanto os da UE e na Oceania estão estáveis.
A grande disparidade nos preços do queijo deve diminuir, de acordo com Boughton. A UE teve os menores preços no terceiro trimestre deste ano e seus valores podem ser influenciados pelo retorno do leite em pó desnatado e do fluxo de manteiga. Contudo, o aumento na capacidade das fábricas desviará o leite e manterá os valores estáveis.
A Maxum observou que as exportações da UE aumentaram mais de 8.000 toneladas em relação ao ano anterior, em setembro, e seu crescimento mais recente foi impulsionado por maiores envios para os EUA e Coreia do Sul.
Nos EUA, a empresa de pesquisa de mercado IRI observou que o comércio eletrônico é um canal crucial para o crescimento do queijo. Até o final do ano, as vendas ultrapassarão US$ 440 milhões, uma taxa de crescimento anual de 54% nos últimos quatro anos.
Suzanne Fanning, vice-presidente sênior da Dairy Farmers de Wisconsin (DFW), disse: "A pesquisa do consumidor mostra que o queijo está entre as preferências alimentares do momento, porque é repleto de proteínas e boas gorduras."
Conveniência e variedade são atrativas para todas as categorias de comércio eletrônico e os consumidores estão começando a tirar proveito das compras digitais. A DFW está promovendo queijo produzido em seu estado com uma coleção de 12 cestas de presentes para a temporada de festas. Elas variam de amostras a US$ 50 a conjuntos de luxo a US$ 150. (Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Universidade dos EUA e cooperativas do RS farão mapeamento da safra de soja
Em projeto pioneiro no Brasil, a Universidade do Estado de Kansas (K-State, na sigla em inglês) e a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) farão o mapeamento da produção de soja no Rio Grande do Sul. Informações geradas por satélite serão cruzadas com dados que começarão ser colhidos a campo nesta safra. A iniciativa busca aumentar a acurácia das estimativas de colheita - a fim de ajudar na tomada de decisão na hora de vender o produto ou de planejar a logística, por exemplo.
O modelo trazido ao país é baseado em experiência semelhante realizada na região do corn belt (cinturão do milho, em inglês) nos Estados Unidos. Com imagens de satélite e dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), pesquisadores da K-State conseguiram chegar a um modelo de previsão das safras de milho e soja nos Estados de Iowa, Indiana e Kansas.
- Começamos o mapeamento em nível regional e depois chegamos nos condados (equivalente a município no Brasil), capturando boa parte da variabilidade da produtividade - explica Ignacio Ciampitti, professor do Departamento de Agronomia da K-State.
O formato validado nos Estados Unidos foi adaptado à realidade local. Com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e imagens de satélite, pesquisadores testaram o modelo com base em informações de safras passadas. O passo seguinte é cruzar com dados a serem colhidos nas lavouras por técnicos das mais de 30 cooperativas associadas à CCGL - que terá a propriedade das informações.
- Estamos desenvolvendo plataforma digital, na verdade um aplicativo, para rodar já nesta safra - explica Geomar Corassa, gerente de pesquisa e tecnologia da CCGL.
Áreas de soja do RS na safra passada, em janeiro de 2019KSUCrops / Divulgação
A partir do cruzamento de informações, de satélites e da lavoura, será criado um modelo mais assertivo e robusto de previsão de safra.
- Queremos dois meses antes da colheita ter projeção confiável de quanto será colhido - completa Ciampitti.
A parceria entre a K-State e a CCGL conta com apoio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que começou a promover intercâmbios de alunos brasileiros na área de processamento de imagens na universidade americana em 2014. Para o professor Telmo Amado, da Faculdade de Agronomia da UFSM, o projeto será importante para fazer as atuais projeções avançarem do âmbito da amostragem para abrangência territorial maior.
- Ter dados precisos e de forma antecipada é uma questão estratégica para o agronegócio - indica Amado.
Idealizador do projeto de mapeamento da safra de grãos nos Estados Unidos, Ignacio Ciampitti esteve no Brasil, em setembro, no 5º Congresso Sul-Americano de Agricultura e Máquinas Precisas, realizado em Não-Me-Toque. (GauchaZH)
Porto Alegre, 06 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.124
Festa de 50 anos do Sindilat reúne autoridades e representantes do setor lácteo em Porto Alegre
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) completou, em 2019, meio século de história, muito trabalho e dedicação ao setor lácteo gaúcho. A festa em comemoração, realizada na noite desta quinta-feira (05/12), no Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), reuniu representantes de diferentes entidades ligadas à atividade leiteira no Rio Grande do Sul, além de autoridades, como o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, que representou o governador do Estado na cerimônia, o deputado federal Jerônimo Goergen e os deputados estaduais Ernani Polo e Eric Lins.
Em seu discurso, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, destacou a dedicação dos ex-presidentes do sindicato, ao longo dos 50 anos, em prol do crescimento do setor no RS e agradeceu a confiança e o trabalho desenvolvido pelas indústrias associados ao Sindilat. “Como de costume, esse ano foi repleto de desafios. Entre eles, elevar o padrão de qualidade do leite (INs 76 e 77) a um patamar diferenciado, que deverá abrir novos mercados, como ocorreu com a China e Egito”, disse, ressaltando que para o setor conquistar o mercado externo é preciso garantir competitividade, redução de custos, isonomia tributária, sanidade do rebanho e eficiência.
Guerra citou dados da produção leiteira no Estado e salientou que o RS está entre os três principais Estados produtores de leite do Brasil, sendo responsável por 12,5% da produção nacional, com 4,25 bilhões de litros/ano. “Somos líder em produtividade, cerca de 3.400 litros por vaca/ano, e temos mais de 50 mil produtores ligados à indústria”, frisou. Para obter tais resultados, o Sindilat investe diariamente na informação ao homem do campo e seus técnicos, em seminários e fóruns itinerantes pelo interior gaúcho, a fim de sanar dúvidas e capacitar produtores e indústrias.
Na ocasião, o deputado estadual Ernani Polo afirmou que a evolução do setor ocorre a partir do trabalho realizado pelo Sindilat, em parceria com as indústrias e cooperativas, com o objetivo de levar a assistência técnica até o campo. “Ao longo dos anos é possível acompanhar essa evolução e a busca por novos mercados”, contou. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado, Ruy Irigaray, é de suma importância que a indústria esteja indo bem, pois são os empresários que geram emprego e renda ao País, tornando-o mais competitivo. “Os bancos de fomento estão aí para auxiliar o crescimento das empresas”. Fechando os discursos, o deputado federal Jerônimo Georgen, representando a Câmara dos Deputados, ressaltou a importância da criação do Conseleite e do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).
A noite de comemoração contou com homenagem a todos os ex-presidentes do Sindilat: Helmut Mayer (in memorian), Zildo de Marchi, Frederico Dürr, Arno Kopereck, Gilberto Piccinini, Carlos Feijó e Wilson Zanatta, ao atual presidente, Alexandre Guerra e sua diretoria, e aos associados. Houve, também, a entrega de troféus para os finalistas do 5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat, iniciativa que valoriza o trabalho da imprensa que cobre o setor lácteo no RS. Confira os vencedores de cada categoria:
IMPRESSO
1º lugar: Cristiano Vieira / Revista Press Agrobusiness – Reportagem: “Com saúde e sabor: os caminhos do leite”
2º lugar: Fernanda Mallmann / Informativo do Vale – Reportagem: “A colônia é High Tech”
3º lugar: Juliana Bevilaqua dos Santos / Pioneiro- Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”
ELETRÔNICO
1º lugar: Bruno Pinheiro Faustino / TV Cultura – Reportagem: “Leite: uma vocação
2º lugar: Gabriel Garcia / RBS TV- Reportagem: “Tecnologia no campo melhora o bem estar animal” gaúcha”
3º lugar: Ellen Bonow Bösel / Emater/RS – Reportagem: “Agroindústria Estrelat produz leite tipo A”
ONLINE
1º lugar: Juliana Bevilaqua dos Santos / Site Pioneiro - Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”
2º lugar: Joana Colussi / Zero Hora– Reportagem: “Bolsas estimulam educação em cooperativa agroindustrial”
3º lugar: Joana Colussi / Zero Hora - Reportagem: “Os motivos que fazem os jovens ficarem ou deixarem o campo no RS”
FOTO
1º lugar: Lidiane Mallmann / O Informativo do Vale
2º lugar: Marcelo Casagrande / Jornal Pioneiro
3º lugar: Antônio Valiente Samalea / Jornal Pioneiro
(Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat)
(Crédito: Dudu Leal)
Produção/AR
Um boletim elaborado pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (Ocla) mostra dados que podem parecer paradoxais para as fazendas do país: em um deles, aparece o país na vanguarda ao nível mundial; mas, onde menos se paga.
De concreto, o Ocla criou um quadro com o preço que se paga pelo litro de leite ao produtor, nos principais países produtores.
Na Argentina, em outubro, o valor chegou a US$ 0,281, 21,6% acima dos US$ 0,231 do ano passado. Este salto interanual supera os 14,3% dos Estados Unidos, os 3% do Chile, e o 1,3% do Uruguai. Outros países, no entanto, sofreram quedas interanuais: no Brasil foi de -12,8%, e na União Europeia (UE), -7,5%.
Sem dúvida, este incremento interanual não conseguiu fazer com que a Argentina saia do último lugar no ranking do preço do leite ao produtor.
Seus US$ 0,281 estão abaixo dos US$ 0,301 do Uruguai, e dos US$ 0,322 da Nova Zelândia, que seriam os valores mais próximos dos preços locais.
De qualquer forma, vale ressaltar que os produtores argentinos reduziram a distância que tinha em relação aos seus pares no resto do mundo, uma vez que, no ano passado, a diferença entre o preço doméstico do leite e do preço internacional era muito maior. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)
Produção/Cone Sul
As vacas sofrem estresse com o calor, e reduzem a produção de leite, um fenômeno que na segunda quinzena de novembro afetou de forma particular as fazendas da Argentina, Chile e Uruguai.
O site especializado em informações do setor lácteo mundial, CLAL News publicou que o estresse pelo calor está afetando a produção de leite no Cone Sul, ou seja, Argentina, Chile e Uruguai.
As temperaturas diurnas continuam aumentando nesta região do mundo, o que aumenta o estresse por calor das vacas leiteiras.
A produção de outros países da região como Brasil, Peru e Equador, estão chegando ao pico sazonal.
De qualquer forma, o volume de leite produzido continua sendo suficiente para satisfazer as necessidades principais das indústrias de processamento nos principais países exportadores, Argentina e Uruguai, afirma o CLAL.
No entanto, a disponibilidade leite em pó integral e desnatado está diminuindo.
Os preços de exportação de leite em pó desnatado estão aumentando, em decorrência de produção muito limitada, já que as indústrias estão preferindo transformar o leite disponível em leite em pó integral para cumprir obrigações contratuais.
Assim, o leite em pó integral também está com preços de exportação pressionados, diante da forte demanda e dos maiores custos de processamento.
O mercado está se fortalecendo já que a produção não é suficiente para satisfazer a demanda a curto prazo dos compradores, conclui o relatório do CLAL News. (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)
Porto Alegre, 05 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.123
Meio século de avanços e inovação
O setor lácteo gaúcho avançou nos últimos 50 anos. Os tambos familiares se profissionalizaram e acompanharam o desenvolvimento do setor industrial, que hoje detém uma produção tecnificada, inovadora e internacional. O Rio Grande do Sul tem 232 laticínios, que processam 4,24 bilhões de litros ao ano, 12,5% da produção nacional. Essa evolução é resultado de um trabalho coletivo, que conta com o auxílio de muitos atores. Um desses atores é o Sindilat, entidade máxima representativa da indústria láctea e que completa, em 2019, 50 anos de trabalho pelo setor no RS. Não foram poucos os desafios enfrentados. O primeiro deles: unir a categoria. Depois, veio a batalha pela competitividade e crescimento das indústrias e da renda dos produtores rurais. Isso se materializou com a consolidação do UHT e do leite em pó, o que deixou o RS entre os três principais Estados produtores de leite, dando acesso a novos mercados.
O sindicato fortaleceu sua relevância ao buscar soluções para minimizar os efeitos da guerra fiscal e garantir isonomia tributária. Uma batalha que é um desafio constante, tendo em vista a assimetria fiscal no Brasil. O Sindilat esteve ao lado do setor público no trabalho que criou a Lei do Leite, uma inovação de transparência e rastreabilidade.
Preocupado com a competitividade, participa de diversas ações como missões ao exterior em busca de novas tecnologias e de programas e ferramentas pela qualidade do leite e a sanidade animal. Além disso, uniu esforços para o desenvolvimento do setor produtivo e ajudou a consolidar o Conseleite, que reúne, mensalmente, representantes do setor para avaliar tendências mercadológicas. Sem falar nos Fóruns Itinerantes, que levam ao interior do RS debates essenciais para o dia a dia rural.
Este ano foi marcado, mais uma vez, por muito trabalho. O Sindilat foi executor, com o Ministério da Agricultura e a Secretaria da Agricultura do Estado, de seminários no Interior do RS, sanando dúvidas e capacitando produtores e técnicos quanto às exigências das Instruções Normativas do Leite nº 76 e nº 77.
Em um ano com tantas mudanças e abertura de novos mercados, como o chinês e egípcio, nada melhor do que exaltar as conquistas e traçar novas metas. Nas próximas décadas, esperamos continuar agindo como um sindicato atuante, representativo e reconhecido pelo setor lácteo, sociedade e governo. (Por Alexandre Guerra, Presidente do Sindilat-RS/Jornal do Comércio)
Uruguai: captação de leite da Conaprole em novembro supera 2018, mas ano deverá fechar em baixa
O volume de leite captado pela cooperativa uruguaia Conaprole superou pela primeira vez, em novembro, a captação do mesmo mês de 2018, atingindo 139,6 milhões de litros, volume diminuído nos últimos dias do mês devido à falta de chuvas e à menor qualidade das pastagens.
O declínio sazonal usual foi acentuado e, entre 1 e 30 de novembro, a produção enviada para a fábrica caiu 14%, disse Alejandro Pérez Viazzi, vice-presidente da Conaprole.
Até agora este ano, a referência continua 5% abaixo em relação ao mesmo período do ano passado e, nos últimos doze meses móveis (dezembro de 2018 a novembro de 2019), foi registrada uma queda de 4% em relação ao ano anterior.
Pérez Vizzi estimou que a produção fechará 2019 em 5% abaixo do ano passado, muito semelhante - ou um pouco acima - da produção de 2017. (As informações são da Blasina y Asociados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Kantar: cresce retomada do brasileiro aos pontos de venda; produtos premium e saudáveis em destaque
O crescimento da frequência de compras em 7% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado significa uma visita a mais aos estabelecimentos no período.
No segundo trimestre de 2019, o mercado brasileiro de bens de consumo massivo (FMCG) registrou índice positivo de frequência de compra. É a primeira vez que isso acontece desde o mesmo período de 2018, de acordo com o levantamento Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria.
No período de julho a setembro deste ano, a quantidade de idas ao ponto de venda cresceu 7%, o que significa que, em média, as famílias fizeram uma visita a mais aos estabelecimentos para se abastecer. Além disso, o volume médio em unidades compradas também aumentou 2,1% e o gasto médio em 3,5% para consumo dentro do lar em relação ao trimestre anterior.
Fora do lar, a frequência também registrou crescimento de 3,5%. Este número indica que, nesse período, as famílias fizeram uma refeição a mais em restaurante, churrascaria ou outros estabelecimentos comerciais, por exemplo. Entre as regiões que se destacam estão Grande Rio de Janeiro, Leste e Interior do Rio de Janeiro, Centro-Oeste e Grande São Paulo, nesta ordem. No período analisado, quase todas as cestas se recuperaram, em especial as de perecíveis e mercearia doce.
No longo prazo, ou seja, nos últimos 12 meses terminados em setembro de 2019, em comparação ao mesmo período do ano anterior, o indicativo não é positivo, apesar de o pessimismo da população ter caído de 20% para 15%. Considerando consumo dentro do lar, a frequência de compra caiu 2% e o volume médio de unidades retraiu 4,1%. Fora do lar, a frequência baixou 7,4%, o que significa deixar de fazer seis almoços ou jantares na rua no intervalo citado.
Ou seja, nos últimos anos, devido à redução da renda e ao aumento do endividamento, os itens de FMCG passaram a pesar cada vez mais no bolso, obrigando os brasileiros a fazer escolhas e repensar o consumo na tentativa de manter o mesmo padrão. Com limitações financeiras, as famílias cortaram gastos e elegeram os itens que consideram indispensáveis para manter no carrinho.
No momento desta decisão, cada classe racionaliza de uma maneira. Em linhas gerais, a classe AB, que perdeu mais de 500 mil lares devido à crise, reduziu o volume médio comprado, enquanto as classes CDE diminuíram as visitas aos estabelecimentos.
Em relação às categorias, o brasileiro, independente de classe social, tem certo padrão de prioridades. Na hora de comprar, os shoppers buscam nos produtos qualidade, conveniência, valor e benefícios. "Neste cenário, para manter essas prioridades, nem sempre o carrinho fica com as opções mais baratas. Apesar de preço ser, sim, importante, ele pode não ser o fator primordial de decisão em diversas ocasiões de compra", analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar.
Este comportamento justifica, por exemplo, o crescimento de produtos premium, como água mineral saborizada, azeite extra virgem, sorvete e amaciante concentrado. Destaque também para produtos de limpeza, como limpador brilho e desengordurante de cozinha, que desempenham papel importante em um dia a dia mais conveniente nos cuidados com a casa. Vale ressaltar ainda que os mais de 9 milhões de lares seniores no País já são responsáveis por 16% dos gastos com FMCG e têm claras as suas necessidades, como busca por saudabilidade. (As informações são da Kantar)
CNA aposta que Ásia continuará sendo importante parceira; lácteos entre as prioridades de exportação
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que a Ásia continuará como “um importante parceiro do agronegócio brasileiro” em 2020, com aumento de exportações e inclusão de novos produtos na pauta de comércio, como frutas, lácteos, produtos apícolas, cafés especiais e pescados. Dos principais destinos de exportação do setor em 2019, três são asiáticos – China, Japão e Irã – e os outros são Estados Unidos e União Europeia. Esses cinco mercados responderam por 63% das vendas externas do setor.
O maior aumento observado foi para o Japão. De janeiro e outubro de 2019, o país importou do Brasil US$ 913,9 milhões a mais do que no mesmo período de 2018.
Outro destaque é a China, principal importador de carnes de frango, bovina e suína do Brasil. O país asiático enfrentou problemas de abastecimento, com a peste suína africana, e foi obrigado a importar proteínas animais de vários outras nações, principalmente do Brasil.
Com o aumento da demanda, os preços da arroba bovina tiveram um pico em novembro no Brasil, chegando ao recorde de R$ 230 em São Paulo. Além da demanda externa, a alta é atribuída à estiagem prolongada, que reduziu a oferta de pasto nas propriedades, e à recuperação do consumo doméstico.
Em 2019, a soja em grão liderou o ranking das exportações brasileiras, com US$ 23,2 bilhões em vendas. Em seguida vieram celulose (US$ 6,56 bilhões), milho (US$ 5,92 bilhões), carne de frango in natura (US$ 5,5 bilhões), e carne bovina in natura (US$ 4,98 bilhões).
Internacionalização
A CNA intensifica a atuação internacional com escritórios na China, já em funcionamento em Xangai, e em Cingapura, na busca pela ampliação de mais espaço no continente asiático para os produtos do agronegócio brasileiro. Entre as cadeias produtivas consideradas prioritárias estão: aquicultura, mel, lácteos, café, frutas, flores e hortaliças.
Também está prevista a abertura de quatro escritórios de promoção comercial do agronegócio brasileiro na Rede Agropecuária de Comércio Exterior (Interagro), que vão atuar em parceria com as representações da CNA na Ásia. A iniciativa é uma parceria com a Apex-Brasil para inserir cada vez mais produtores rurais no processo de exportação. (As informações são do Estadão)
Porto Alegre, 04 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.122
Importações de lácteos crescem 22% em novembro; incremento do leite em pó desnatado foi de 136%
Segundo dados da última terça-feira (03/12) divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), a quantidade importada de leite (em litros equivalentes) no mês novembro aumentou 22% em relação a outubro, com 87,5 milhões de litros em equivalente leite importados. Comparando nov/19 com o mesmo mês do ano passado, a quantidade ficou 41% menor.
Já em relação à exportação, também houve um aumento no mês de novembro: os 10,9 milhões de litros em equivalente leite exportados pelo Brasil representaram um acréscimo de 24% em relação a out/19 e uma queda de 5% em relação a nov/18. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que, em novembro, apresentou um déficit de -77 milhões de litros no gráfico abaixo.
Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil em equivalente leite (milhões de litros); elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.
Os leites em pó representaram 57,2% das importações totais brasileiras em novembro, no entanto, em comparação com outubro, o volume importado de leite em pó integral diminuiu 4% e as importações de leite em pó desnatado tiveram um incremento de 136%.
Apesar da desvalorização do real frente ao dólar no último mês, o aumento da demanda pelo leite em pó nacionalmente, principalmente desnatado, e a desvalorização da gordura, aliados à baixa disponibilidade de produtos aqui no Brasil, tornaram os preços internacionais do produto interessantes, culminando no aumento da importação do produto.
Queda no volume importado de manteiga
Em novembro ocorreu a segunda queda seguida no volume importado de manteiga, sendo 22% menor ao volume internalizado em outubro. Em contrapartida, as importações de queijos aumentaram 4% e as de soro permaneceram praticamente constantes, variando apenas -0,3%. Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos para o mês de novembro deste ano. (Milkpoint Mercado)
Tabela 2. Balança comercial láctea em outubro de 2019; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do COMEXSTAT.
Mercado LTO
A oferta de leite na União Europeia (UE) aumentou 1% em setembro, assim como no mês anterior. No acumulado do ano, até setembro, houve crescimento de 0,5%, em comparação com 2018. Alemanha, França e Holanda apresentaram novamente aumentos em setembro. Na Irlanda a produção ficou virtualmente inalterada no mês, findando o período de crescimento exponencial.
Outras grandes regiões exportadoras mostraram desempenhos variados. A produção de leite na Argentina e nos Estados Unidos cresceu 1%. O volume caiu na Austrália 5%, na Nova Zelândia 1% e, no Uruguai 3%.
Em setembro, a taxa de crescimento conjunto das principais regiões exportadoras, incluindo a UE, foi levemente negativa, -0,1%.
Depois de alguns meses com leve aumento, o preço da manteiga ficou estabilizado, a partir da segunda quinzena de outubro. O mercado, no entanto, recuperou novamente no final de novembro, como resultado da boa demanda de manteiga, com vários destinos de exportação.
O mercado do leite em pó desnatado (SMP) permanece positivo. As cotações continuaram aumentando diante da firme demanda de países asiáticas, e oferta limitada.
Um pouco menos ativo está o mercado de leite em pó integral (WMP). As cotações acompanham a evolução do mercado da manteiga e do leite em pó desnatado. Ainda assim as cotações crescem desde a segunda quinzena de agosto. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)
União vai ajudar Estado a rever benefícios fiscais
Nesta terça-feira (3), a Secretaria de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria, vinculada ao Ministério da Economia, e o governo do Estado assinaram termo de cooperação técnica para avaliação das políticas de incentivo fiscal implementadas no Rio Grande do Sul. O documento foi assinado, em Brasília, com a presença do secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, e do secretário de Avaliação de Políticas Públicas, Alexandre Manoel Angelo da Silva.
A parceria com o Rio Grande do Sul é a primeira firmada pelo Ministério da Economia. O plano de trabalho prevê entregas ao longo do ano de 2020, incluindo a avaliação econométrica de impacto dos benefícios estaduais de ICMS, um estudo comparativo dos benefícios de impostos federais e estaduais que são aplicados no Estado e um panorama macro fiscal do Estado considerando a estrutura de benefícios do ICMS.
Esse trabalho conjunto se soma às iniciativas iniciadas em janeiro, com destaque para a criação do Grupo Técnico de Avaliação Econômica do Incentivos. Entre os trabalhos já em elaboração, estão o diagnóstico das isenções, um panorama atual do Rio Grande do Sul comparado a outros Estados, a construção de indicadores de efetividade e redesenho das estratégias.
Segundo estimativas da Secretaria de Fazenda, as desonerações totais de ICMS somaram R$ 9,7 bilhões no ano de 2018. O fim dos incentivos, no entanto, não resultaria em aumento proporcional da arrecadação, já que esse valor engloba desonerações nacionais via Conselho Nacional de Política Fazendário (Confaz) - como as desonerações que incidem sobre a cesta básica -, a redução do Simples Nacional, compras de órgãos públicos e outros benefícios meramente operacionais.
Apenas uma parte, estimada em R$ 2,9 bilhões de créditos presumidos, é de efetivo incentivo econômico concedido, sendo que tais valores englobam também contratos assinados com prazo definido que não podem ser cancelados unilateralmente. Assim, decisões sobre as isenções devem ser tomadas com base em avaliações sobre a efetividade e eficácia desses benefícios. (Jornal do Comércio)
Porto Alegre, 03 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.121
GDT - 03/12/2019
(Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat)
LEITE/CEPEA: oferta limitada resulta em leve queda nos preços em novembro
O preço pago ao produtor em novembro (referente ao volume captado em outubro) foi de R$ 1,3493/litro na "Média Brasil" líquida, leve queda de 1,04% frente ao mês anterior. O movimento de desvalorização do leite no campo está atrelado ao aumento da produção, devido ao período sazonal de maior disponibilidade de forragens na primavera. No entanto, o atraso das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste - que limitou a recuperação da produção - e a competição entre indústrias por matéria-prima neste período evitaram que as cotações não despencassem, assim como observado em anos anteriores.
O Índice de Captação de Leite (ICAP-L) subiu apenas 0,55% na "Média Brasil" de setembro para outubro, muito abaixo do esperado para o período. Além do atraso das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste, agentes consultados pelo Cepea destacaram que a saída de produtores da atividade e a maior cautela em realizar investimentos, somado ao aumento dos preços dos grãos, diminuíram o potencial de crescimento da oferta nesse período.
Com oferta limitada no último trimestre, o comportamento dos preços neste ano segue atípico. O intenso recuo que sazonalmente se observa no final do ano pode não ocorrer. Segundo agentes do setor, há grandes chances de a captação de novembro, cujo pagamento será feito em dezembro, ficar praticamente estável. Deve-se levar em conta que a produção do sul do país tende a cair a partir de novembro. Ademais, os preços atrativos no mercado de corte têm incentivado o abate de vacas e podem, nos próximos meses, levar à destinação de parte da produção de leite para a alimentação de bezerros. (Fonte: Cepea-Esalq/USP)
Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de outubro/19) - "Média Brasil".
PIB confirma alta de 0,6% no 3º tri; agropecuária é responsável pela maior alta
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 0,6% no 3º trimestre de 2019 na comparação com o primeiro trimestre de 2019. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 1,842 trilhão. Na comparação com igual período de 2018, o PIB subiu 1,19%.
A expectativa, de acordo com mediana das projeções de economistas consultados pela Bloomberg, era de um crescimento de 0,4% na comparação trimestral e de alta de 1% na comparação anual.
O instituto ainda revisou o PIB de 2018 para cima, de 1,1% para 1,3%. O IBGE ainda revisou o resultado do PIB do 2º trimestre, para uma alta 0,5%, ante leitura de avanço de 0,4% feita anteriormente. Já o resultado do 1º trimestre foi revisado para uma estabilidade, em vez de queda de 0,1%.
Na base trimestral, a maior alta foi da agropecuária, com crescimento de 1,3%, seguida pela indústria (0,8%) e pelos serviços (0,4%).
Conforme aponta o IBGE, o crescimento na indústria se deve às indústrias extrativas (alta de 12,0%, puxada pelo crescimento da extração de petróleo) e à construção (1,3%). Recuaram no trimestre eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,9%) e indústrias de transformação (-1,0%).
Nos serviços, os resultados positivos foram em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,2%), comércio (1,1%), informação e comunicação (1,1%), atividades imobiliárias (0,3%) e outras atividades de serviços (0,1%). Já os recuos foram nas atividades de transporte, armazenagem e correio (-0,1%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%).
Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo (2,0%) e a despesa de consumo das famílias (0,8%) tiveram variação positiva. Já a despesa de consumo do governo (-0,4%) recuou em relação ao trimestre imediatamente anterior. No setor externo, as exportações de bens e serviços recuaram 2,8%, enquanto as importações de bens e serviços cresceram 2,9% na mesma comparação. (As informações são do InfoMoney)
Porto Alegre, 02 de dezembro de 2019 Ano 13 - N° 3.120
Sindilat comemora 50 anos de dedicação ao setor lácteo gaúcho
Trabalhando pelo desenvolvimento do setor lácteo gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) completa 50 anos de história em 2019. O evento já tem data marcada e será nesta quinta-feira (05/12), a partir das 19h, no Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS). A noite contará com homenagens a todos os ex-presidentes e associados que atuam e atuaram no fortalecimento do sindicato neste meio século de vida.
De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a festa dos 50 anos busca exaltar a trajetória dos associados e ex-presidentes . “Será uma noite para celebrarmos a história e a credibilidade que o Sindilat conquistou ao longo dos anos”, diz, ressaltando que nada é mais gratificante do que dar o devido reconhecimento a quem realizou um trabalho sério e ético pelo desenvolvimento das indústrias lácteas no RS.
Na ocasião, ocorrerá a cerimônia de entrega de troféus para os finalistas do 5º Prêmio de Jornalismo do Sindilat, iniciativa que valoriza o trabalho da imprensa que acompanha o setor lácteo no RS através de quatro categorias: impresso, online, eletrônico e fotografia. Confira os finalistas:
IMPRESSO
Cristiano Vieira / Revista Press Agrobusiness – Reportagem: “Com saúde e sabor: os caminhos do leite”
Fernanda Mallmann / Informativo do Vale – Reportagem: “A colônia é High Tech”
Juliana Bevilaqua dos Santos / Pioneiro- Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”
ELETRÔNICO
Bruno Pinheiro Faustino / TV Cultura – Reportagem: “Leite: uma vocação gaúcha”
Ellen Bonow Bösel / Emater/RS – Reportagem: “Agroindústria Estrelat produz leite tipo A”
Gabriel Garcia / RBS TV- Reportagem: “Tecnologia no campo melhora o bem estar animal”
ONLINE
Joana Colussi / Zero Hora– Reportagem: “Bolsas estimulam educação em cooperativa agroindustrial”
Joana Colussi / Zero Hora - Reportagem: “Os motivos que fazem os jovens ficarem ou deixarem o campo no RS”
Juliana Bevilaqua dos Santos / Site Pioneiro - Reportagem: “Um milhão de quilos de queijo”
FOTO
Antônio Valiente Samalea / Jornal Pioneiro
Lidiane Mallmann / O Informativo do Vale
Marcelo Casagrande / Jornal Pioneiro
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
FrieslandCampina
O preço do leite cru garantido pela FrieslandCampina para o mês de dezembro de 2019 foi de € 36,41/100 kg, [R$ 1,73/litro]. O preço garantido da FrieslandCampina para o leite cru convencional subiu 0,91 em relação ao mês anterior. A expectativa das principais indústrias de referência é de que o preço do leite suba.
O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano.
O preço garantido para o leite orgânico segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.
O preço garantido da FrieslandCampina faz parte do preço do leite que a FrieslandCampina paga, anualmente, aos seus produtores de leite. Mensalmente, o preço garantido é estimado com base no desenvolvimento dos preços do leite publicados pelas principais indústrias de referência.
Até 2016 o volume era de 600.000 quilos para o leite convencional. A alteração do volume que serve de base para bonificações e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)
Câmara Temática do Mercosul
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) realiza na próxima terça-feira (3) a reunião inaugural da Câmara Temática do Mercosul e Comércio Exterior. O evento ocorrerá na Sala Diplomata do Hotel Embaixador, no centro de Porto Alegre, a partir das 14h.
A apresentação da Câmara Temática ficará a cargo do diretor do Departamento de Políticas Agrícolas e de Desenvolvimento Rural da Seapdr, Ivan Bonetti. O secretário da Agricultura, Covatti Filho, vai falar sobre as relações de comércio exterior da agropecuária gaúcha. E o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai ser representado pelo embaixador Orlando Leite Ribeiro, secretário de Comércio e Relações Internacionais. Ele vai abordar a política de comércio exterior do agronegócio brasileiro.
“A Câmara Temática do Mercosul vai ser um importante fórum de discussão, identificando gargalos nas importações e exportações e debatendo de forma permanente as transações comerciais de produtos agropecuários entre os países do Mercosul e também de outros mercados”, afirma o secretário Covatti Filho.
A Câmara Temática Mercosul e Comércio Exterior foi criada pelo Decreto nº 54.770, de agosto de 2019, e tem entre seus objetivos subsidiar políticas públicas em âmbito estadual e federal, estimular a prospecção de novos mercados, avaliar situações problemáticas, buscar soluções e antecipar-se para evitar crises e reduzir assimetrias existentes na produção, comercialização e industrialização de produtos agropecuários.
Porto Alegre, 29 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.119
Novo conceito do AVISULAT quer mostrar resultados positivos do setor lácteo
Durante o lançamento do AVISULAT 2020, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat) reforçou que o congresso mostrará os resultados de ações que o setor leiteiro vem desenvolvendo nos últimos anos. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a sexta edição do evento trará cases positivos e visão de mercado, focando principalmente na importância das exportações e ações de sanidade. Atualmente, o setor sofre com a diferença entre o que importa e exporta, que varia de 5% a 8% ao ano para importados e menos de 1% para exportados. “Essa imprevisibilidade acaba prejudicando o nosso avanço, mas o Rio Grande do Sul está no caminho certo para obter sucesso. O novo formato está alinhado com a visão de futuro e planejamento que precisamos fomentar para o crescimento do setor”, destacou Palharini. O lançamento ocorreu na manhã desta sexta-feira (29/11), no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. O AVISULAT acontecerá entre os dias 23 e 25 de novembro de 2019, no Centro de Eventos da Fiergs.
A novidade desta edição contará com um espaço dedicado para mostra de projetos e trabalhos científicos de Universidades e Instituições de Pesquisa e uma Central de Startups, voltada para tecnologia e inovação no agronegócio. “Os setores e a população precisam de um Estado mais firme e que dê condições e segurança para investimentos, desenvolvimento e aperfeiçoamento nas mais diversas áreas, como sanidade, sustentabilidade, comércio interno e externo e meio ambiente”, afirmou o diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), José Eduardo Santos, entidade que ao lado do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (SIPS) e Sindilat, promove o evento.
Para Palharini, os laticínios não podem andar atrás dos avanços de competitividade que estão sendo sentidos em outros setores do País, como bovinocultura, suinocultura e avicultura. “Também precisamos entrar nessa corrente exportadora, como já acontece nos setores de proteína. A abertura de mercado externo vai trazer ao setor lácteo gaúcho um status diferenciado em relação aos outros estados da federação”, refletiu. O congresso ainda trará debates em torno da economia global e nacional, buscando entender os efeitos sentidos na transição de governo e abertura de comércio em 2019. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Crédito: Letícia Breda
Foto: Stéphany Franco
Fundo de Sanidade do RS paga R$ 4,8 mi em indenizações até setembro de 2019