XV Dia de Campo da CCGL: o leite do futuro se constrói hoje
No próximo dia 18 de setembro, a CCGL promove a 15ª edição do seu tradicional Dia de Campo do Leite. O encontro acontece a partir das 9h, no Tambo Experimental da cooperativa, localizado na ERS 342, em Cruz Alta, e reunirá produtores, técnicos e parceiros em um dia inteiro de conhecimento, troca de experiências e inovação.
Com o tema “O leite do futuro se constrói hoje: com gestão, tecnologia e sucessão”, o evento reforça a importância de unir práticas modernas, eficiência produtiva e visão estratégica para garantir a sustentabilidade e a competitividade da cadeia leiteira. Ao longo do dia, os participantes poderão acompanhar estações técnicas que vão abordar desde o manejo de solo e forragens até ferramentas de gestão financeira e sucessão familiar, trazendo soluções práticas para os desafios do campo.
A programação inclui debates sobre irrigação como ferramenta para intensificação da produção de forragens, a fertilidade do solo como base da produtividade, a importância de diversificar fontes de forragem para melhorar a qualidade do leite, além de estratégias de bem-estar animal que reduzem o estresse térmico e aumentam os resultados. Também estarão em pauta o uso do controle leiteiro como instrumento de decisão e a gestão financeira aplicada à propriedade rural. Para completar, será discutida a sucessão na pecuária de leite e os caminhos para preparar as novas gerações.
Para a Gerente de Operações da CCGL, Silvana Trindade, o Dia de Campo é uma importante ferramenta para levar conhecimento e difundir tecnologias de forma prática, diretamente no ambiente onde o produtor atua. “ A cada edição, buscamos trazer conteúdos atuais e relevantes, que possam se transformar em resultados reais dentro das propriedades. Essa 15ª edição está sendo preparada com muito carinho, justamente para que nossos produtores e parceiros tenham um dia para troca de experiências, inspiração e aprendizado. Mais do que um evento, o Dia de Campo é um espaço de conexão e construção conjunta do futuro do leite”.
O Dia de Campo é uma realização da CCGL, da Rede Técnica Cooperativa (RTC) e da Smartcoop, com co-realização do Sebrae RS e patrocínio de grandes parceiros do setor, como Sicredi, Biotrigo, Fockink, Elanco, BRDE, Gelgas, Genex, Plastrela, Inbra, Datamars Livestock e Oligo. (CCGL)
Pesquisador Leonardo Dutra toma posse oficial como chefe-geral da Embrapa Clima Temperado Pelotas
A elite da pesquisa agropecuária da Zona Sul se reuniu, na tarde de sexta-feira (12), para dar posse oficial ao novo chefe-geral da Embrapa Clima Temperado Pelotas, Leonardo Dutra. No exercício da função desde o dia 1º de agosto, Dutra foi prestigiado por autoridades nacionais, estaduais, municipais, pesquisadores ativos e aposentados, além de funcionários de diversas unidades da instituição, familiares, amigos e representantes das mais diversas instituições da região, Estado e imprensa, no auditório Ailton Raseira, na Embrapa sede. O diretor executivo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Embrapa Brasília, Clênio Pilon, representou a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na solenidade.
Ao assumir o cargo, transmitido pelo chefe-geral interino Waldyr Stumpf Junior, o novo chefe-geral fez um relato sobre a história da instituição, presente na região Sul há 87 anos, e a sua importância para o desenvolvimento da agropecuária local, estadual e nacional. “Assumo esta missão com a convicção de que não se trata de um trabalho individual, mas de uma construção coletiva, que só será possível com a dedicação e o talento das equipes de pesquisa e transferência de tecnologia, de gestão, apoio e colaboradores”, ressaltou. Também destacou a parceria de instituições como prefeituras, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Emater/RS-Ascar, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), entre outras.
Segundo Dutra, a história da unidade que completou 32 anos em 2025 e da pesquisa agropecuária na região, começou em 1938, relatou. “Neste ano, foi criada a Estação Experimental de Viticultura, Enologia e Frutas de Clima Temperado, na Cascata”, pontuou. “Desde então, foi entregue à sociedade uma diversificada gama de resultados, trabalhos com mais de 140 espécies, representando a diversidade de culturas agroalimentares para as variadas condições climáticas e alimentares”, lembrou.
Ele também mencionou a preocupação com a soberania dos agricultores sobre as sementes para evitar dependência. No seu relato sobre os resultados das pesquisas obtidas pelas unidades da empresa, mencionou as mais de 30 cultivares de arroz lançadas, entre elas a BRS Pampa CL que ocupa atualmente 15% da área semeada no Estado e a BRS Pampeira, 7%, entre outras tecnologias, que ganharam as lavouras do país. Citou ainda cultivares de pêssego, nectarina, batata, feijão e outras, pesquisas conduzidas por pesquisadores hoje aposentados. “Não fizemos todas estas entregas sozinhos, nossa principal fortaleza são as nossas parcerias”, salientou. Dutra apontou que a Embrapa coordena o sistema nacional de pesquisa agropecuária, reunindo organizações estaduais, universidades, institutos de pesquisa federais e estaduais, além de outras organizações públicas e privadas. Também citou as parcerias locais.
Dutra reforçou que a Embrapa está conectada a todos os desafios de pesquisa, e revisita sua agenda estratégica para construir soluções mais complexas para problemas cada vez mais complexos. “A Embrapa irá focar suas ações nos próximos anos em quatro linhas temáticas principais: produção, competitividade e inovação, resiliência climática e sustentabilidade, segurança alimentar e agregação de valor e inclusão sócio-produtiva”, disse.
Trajetória
Chefe-adjunto de transferência de tecnologia, de novembro de 2023 a março de 2025, Dutra ingressou na Embrapa em 2004, na unidade Florestas, em Colombo, no Paraná, foi transferido para a unidade de Pelotas em 2008 para atuar na micropropagação de plantas e conservação de recursos genéticos vegetais, junto ao Laboratório de Cultura de Tecidos.
Casado com a nutricionista Fabiana Dutra e pai de Lívia, de 11 anos, Dutra enalteceu o trabalho das mulheres nos mais diversos ramos de atividade, citando uma a uma as integrantes da sua família e convívio diário, agradecendo o papel que cada uma desempenhou na sua trajetória, em especial à mãe, esposa e filha. Também citou o pioneirismo das mulheres em cargos antes desempenhados apenas por homens dentro da unidade e garantiu a sua valorização na atual gestão.
Nova gestão
Compõem a gestão atual ainda, nas chefias-adjuntas, os pesquisadores Rosane Martinazzo, na pesquisa e desenvolvimento; Dori Edson Nava, na transferência de tecnologia; e o técnico Leandro Aquino, na administração. Na coordenação técnica das unidades, José Ernani Schwengber, na Estação Experimental Cascata; Gilmar Alves, nas Terras Baixas, e Nélson Pires Feldberg, na Canoinhas.
Entre as ações defendidas pela sua gestão estão visão integrada de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com foco em temas estratégicos como de insumos, rastreabilidade, saúde única, além de intensificar as ações voltadas para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Também buscará a manutenção da atuação da unidade nos tradicionais temas dos quais já é protagonista, fortalecimento de ações de desenvolvimento humano com gestão participativa, capacitação contínua, fortalecimento da comunicação interna e integração dos novos empregados que devem chegar por concurso, manutenção e aprimoramento da infraestrutura e captação de novas parcerias e fontes de financiamento, fortalecendo as colaborações com o ecossistema local de inovação e redes estratégicas. (Jornal Tradição)