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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.413


Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto.

O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download.

Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável.

Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou.

Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS clicando aqui. 

As informações são do Sindilat/RS


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1871 de 12 de junho de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A alimentação dos animais tem sido ajustada com suplementação devido ao lento desenvolvimento das pastagens, o que tem permitido a manutenção e/ou recuperação do escore corporal dos rebanhos. Os dias chuvosos e a consequente formação de barro dificultaram o manejo dos bovinos nas instalações. A qualidade do leite em geral está dentro dos padrões. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores intensificaram a suplementação com ração, silagem e feno para os animais em função do atraso no desenvolvimento das pastagens. A produção apresenta excelente qualidade, pois os aspectos microbiológicos e de sólidos estão dentro dos parâmetros exigidos.

Na de Caxias do Sul, a sanidade do rebanho segue adequada, e a condição corporal manteve-se conforme o esperado.

Na de Erechim, observou-se aumento de produção, e o rebanho está em bom estado nutricional e sanitário.

Na de Frederico Westphalen, a produção teve leve queda pela dificuldade do manejo nos dias chuvosos e pela diminuição do conforto dos animais nos dias frios.

Na de Ijuí, observou-se um pequeno aumento de produtividade, principalmente nos sistemas a pasto, onde os animais começam a recuperar o escore corporal. 

Na de Passo Fundo, os rebanhos melhoraram o escore corporal em razão da redução de 
ectoparasitas.

Na de Pelotas, a produção de leite aumentou moderadamente devido ao uso intensivo de silagem e de alimentação suplementar. Alguns casos de tristeza parasitária ainda ocorrem, mas tendem a se reduzir em virtude do frio. Estão sendo realizadas vacinações  contra brucelose e demais práticas sanitárias.

Na de Santa Maria, a produção apresentou queda. Em rebanhos onde há suplementação com volumoso, o rebanho está mantendo o escore corporal.

Na de Santa Rosa, observa-se tendência de aumento de produção. A contagem bacteriana total está em conformidade com os parâmetros de qualidade, diferentemente da contagem de células  somáticas, que seguem em valores reduzidos.

As informações são da Emater/RS adaptadas pelo Sindilat/RS

Previsão do tempo indica retorno das chuvas ao Estado

Nos últimos sete dias, o Rio Grande do Sul registrou baixas temperaturas, com valores negativos em algumas regiões. Na bovinocultura de leite, as chuvas seguiram sendo desafio para os produtores, principalmente pela dificuldade de manejar os animais nos ambientes de ordenha e de alimentação. No entanto, a qualidade do leite esteve dentro dos parâmetros, de maneira geral. Produtores seguiram suplementando a alimentação com silagem, ração e feno, e foi observada um aumento de produção.

A meteorologia aponta o retorno das chuvas em todo o Rio Grande do Sul a partir do final da semana. Após um período de estabilidade, o tempo começa a mudar com a chegada de uma frente fria, seguida por novos sistemas de instabilidade que devem provocar volumes significativos de precipitação no Estado.

A tendência para os dias 17 e 18 de junho indica o avanço das chuvas para todas as regiões gaúchas, com risco de temporais em diversas localidades.

As informações são do  Boletim Integrado Agrometeorológico 24/2025, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Sexta-feira (13/6): Estabilidade atmosférica ainda predomina. Temperaturas em elevação.

Sábado (14/6): A partir da madrugada, avanço de uma frente fria. Chuvas de intensidade moderada em várias regiões, com possibilidade de descargas elétricas.

Domingo (15/6): Precipitações ainda pela manhã, mas com menor intensidade. À tarde, a frente fria se desloca para o oceano. Temperaturas apresentam leve declínio.

Segunda-feira (16/6): As condições de estabilidade do dia anterior devem persistir, com temperaturas frias, seguidas de aquecimento ao longo do dia em todo o Estado.

Terça-feira (17/6) e quarta-feira (18/6): As chuvas avançam para todas as regiões do estado. Risco de temporais em diversas localidades.

O prognóstico para os próximos seis dias indica chuvas significativas em grande parte do Rio Grande do Sul. Os volumes de precipitação deverão variar entre 50 mm e 100 mm nas regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Missões, áreas Centrais, Norte, Serra e região Metropolitana. Em algumas partes das Missões, Centro-norte, Serra e Litoral Norte, os acumulados podem ultrapassar os 100 mm. Já para o Leste da Campanha, as áreas da Serra do Sudeste e Costa Doce, os volumes esperados serão inferiores, variando entre 10 mm e 50 mm. No extremo Sul do estado, esses volumes podem superar os 50 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

As informações são da Seapi/RS, editadas pelo Sindilat/RS


Jogo Rápido
SOJA/CEPEA: Demanda externa sustenta preços domésticos
Cepea, 09/06/2025 – Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos da soja seguiram firmes na última semana, sustentados pela maior demanda, sobretudo externa. A liquidez no mercado spot nacional, porém, continua lenta. Segundo o Centro de Pesquisas, agentes nacionais estão atentos à possibilidade de um acordo comercial entre China e Estados Unidos. Em maio, o Brasil exportou 14,09 milhões de toneladas do grão, 4,9% a mais que o volume embarcado há um ano, mas 7,7% abaixo do escoado em abril, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea. Na parcial de 2025 (até maio), os embarques somam quantidade recorde, de 51,52 milhões de toneladas de soja, 2,7% acima do vendido em período equivalente de 2024. Para o segundo semestre, pesquisadores do Cepea explicam que produtores mostram interesse em negociar a oleaginosa, estimulados pelo maior prêmio de exportação em detrimento do mercado spot e, consequentemente, pela paridade de exportação mais atrativa. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.412


EMBRAPA: Anuário Leite 2025 aborda os impactos das mudanças climáticas na produção leiteira

Já está disponível o Anuário Leite 2025, publicação técnica que reúne 35 artigos distribuídos em 128 páginas, com foco especial nos desafios impostos pelas mudanças climáticas à cadeia produtiva do leite no Brasil e no mundo.

A aproximação da COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro em Belém (PA), influenciou diretamente a escolha dos temas desta edição. O anuário traz uma reflexão aprofundada sobre o papel da pecuária leiteira diante do cenário climático global, com base em pesquisas e dados científicos produzidos por centros de referência, como a Embrapa Gado de Leite.

A publicação destaca o esforço da comunidade científica brasileira na busca por soluções sustentáveis para mitigar os efeitos das mudanças no clima. Projetos coordenados pela Embrapa envolvem atualmente cerca de 2 mil propriedades rurais no país e avaliam estratégias como melhor manejo de pastagens, redução de desperdícios e otimização dos processos produtivos com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Um dos avanços apresentados está relacionado à melhoria genética do rebanho Girolando, que resultou em um aumento de 60% na produtividade e em uma redução de 39% nas emissões de metano por litro de leite produzido. Também ganham destaque os estudos sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), modelo que tem contribuído para a redução do estresse térmico dos animais e, por consequência, para a melhoria da fertilidade e da produtividade.

O anuário ainda mostra como o Brasil tem consolidado sua posição no debate internacional sobre sustentabilidade agropecuária. Programas como o Plano ABC/ABC+, que entre 1990 e 2022 reduziram em 11% as emissões de metano entérico por bovino, são citados como exemplos de políticas públicas e tecnologias que vêm transformando a produção de proteína animal no país.

Frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas — especialmente para países tropicais —, o conteúdo do Anuário Leite 2025 reforça a necessidade de integração entre ciência, política pública e setor produtivo para garantir a segurança alimentar e a resiliência dos sistemas agropecuários no longo prazo. ACESSE CLICANDO AQUI. (As informações são da Embrapa editadas pelo Sindilat RS)


LATÍCINIO DEALE - COMUNICADO AO MERCADO

Hoje damos início a um novo capítulo na história da Deale. Foi assinado um acordo para que o Grupo Scala, empresa familiar com mais de seis décadas de tradição no setor de laticínios, se torne a nova controladora da nossa empresa. A transação ainda será submetida à aprovação do ConselhoAdministrativo de Defesa Econômica (CADE), conforme determina a legislação.

Essa decisão foi tomada com muito cuidado, responsabilidade e, sobretudo, com profundo respeito pelo legado que construímos até aqui, que foi possível graças ao trabalho e parceria que sempre construímos com nossos colaboradores, fornecedores, clientes e comunidades locais.

Os empregos e parcerias existentes serão mantidos, assim como o estreito relacionamento com os fornecedores de leite. O Scala chega com admiração genuína pela nossa história e com o compromisso de preservar o nosso legado. Ao mesmo tempo, traz consigo a força de uma marca reconhecida nacionalmente pela qualidade e também pelo cuidado com as pessoas, comunidades onde está presente e pelo olhar de longo prazo.

Estamos confiantes de que este novo capítulo na história da Deale representa um caminho de crescimento, continuidade e novas possibilidades para todos. Seguimos com orgulho do que construímos, com entusiasmo e profunda gratidão pela parceria que construímos juntos ao longo dos últimos 14 anos de história.

Atenciosamente,
Alexandre dos Santos
Sócio-Diretor Laticínio Deale
www.deale.com.br

Sobre o Grupo Scala:
Com mais de 60 anos de história, o Grupo Scala tem atuação nacional no setor de alimentos por meio de duas divisões: Lácteos, com uma das mais tradicionais marcas de queijos do Brasil; e Nutrição Animal, oferecendo soluções de alta qualidade para o agronegócio, além de linhas de rações para pets. Com raízes familiares e foco na perpetuidade dos negócios, o grupo investe no desenvolvimento sustentável das regiões onde está presente e mantém o compromisso com a qualidade e a valorização da cadeia produtiva.

Sobre o Laticínio Deale:
A Deale é uma empresa brasileira do setor de laticínios, com sede em Almirante Tamandaré do Sul, no Rio Grande do Sul. Fundada há mais de 14 anos, a Deale destaca-se pela produção de queijos e derivados lácteos, combinando tradição familiar com tecnologia de ponta. A matriz da Deale está localizada em Almirante Tamandaré do Sul, com filiais nas cidades de Aratiba e Catuípe, no Rio Grande do Sul. A empresa possui 350 colaboradores diretos.

As informações são do Laticínio Deale

Produção de leite recua na China após 5 anos de alta

Com queda na produção e no consumo de leite, a indústria chinesa aposta em lácteos funcionais, inovação nutricional e foco no envelhecimento saudável para crescer. 

A produção de leite na China caiu no ano passado pela primeira vez em cinco anos, após um período de crescimento constante, à medida que as mudanças nas preferências dos consumidores superam a capacidade da indústria de se adaptar. Segundo especialistas do setor, a chave para reverter essa tendência está em reduzir a distância entre os produtos lácteos tradicionais e as exigências em constante evolução dos consumidores modernos.

Queda na produção e lucros sinaliza preferência por lácteos premium e funcionais
A produção de leite fluido na China recuou 2,8% no ano passado em relação ao ano anterior, totalizando 27,4 milhões de toneladas, de acordo com dados da Associação da Indústria de Laticínios da China. Antes disso, a produção vinha crescendo mais de 2% ao ano nos últimos cinco anos.

Produtores de laticínios de médio e grande porte em todo o país registraram uma queda de 1,9% na produção total de derivados lácteos em 2024, em comparação com o ano anterior, somando 29,6 milhões de toneladas, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas. Trata-se do primeiro crescimento negativo em anos recentes, em forte contraste com 2022 e 2023, quando a produção aumentou 2% e 3,1%, respectivamente.

Essa queda afetou as receitas. As três maiores empresas do setor — Yili Group, Mengniu Dairy e Bright Dairy — registraram queda nos lucros entre 8% e 10% no ano passado, em relação ao ano anterior. A Yili teve receita de CNY 115,8 bilhões (USD 16 bilhões), a Mengniu reportou CNY 88,7 bilhões (USD 12,3 bilhões) e a Bright Dairy registrou CNY 24,3 bilhões (USD 3,4 bilhões).

Segundo Liu Jiangyi, presidente da Associação da Indústria de Laticínios da China, há duas razões principais para essa queda, conforme destacou na reunião anual da associação realizada recentemente em Nanjing. Primeiro, o ambiente econômico complexo, tanto doméstico quanto internacional, levou a uma desaceleração no consumo. Segundo, o mercado reflete uma queda na demanda por leite comum e uma crescente dependência de produtos lácteos premium importados.

Por muito tempo, a indústria de laticínios da China foi dominada por diferentes tipos de leite fluido, mas o consumo agora está em declínio. No ano passado, o consumo médio per capita de laticínios na China foi de 41,5 quilos, uma queda de 5,6% em relação ao ano anterior.

Indústria chinesa aposta em inovação e saúde para impulsionar setor lácteo
As importações de leite fluido e leite fermentado também estão em queda. No entanto, as importações de itens de maior valor agregado, como creme de leite, leite condensado e proteína do soro do leite, estão aumentando. Por exemplo, as importações de creme cresceram 9% no ano passado, alcançando 290 mil toneladas.

O setor lácteo está passando por uma transformação completa, afirmou Wang Hua, gerente de marketing da empresa sueca de embalagens alimentícias Tetra Pak, durante o evento. O hábito de fazer lanches está em ascensão e impulsiona a demanda por queijos prontos para consumo. O boom do mercado fitness também está estimulando o interesse por suplementos proteicos e produtos voltados para o controle de peso.

Com a desaceleração nas vendas de leite, mais empresas de laticínios estão aumentando os investimentos no setor de saúde e nutrição. A Bright Dairy, bem como a Yili e a Mengniu (com sede em Hohhot), afirmaram em suas últimas teleconferências de resultados que pretendem focar mais em produtos funcionais e no processamento avançado de laticínios daqui para frente.

A inovação futura deve girar em torno de três objetivos principais, disse Liu Zhenmin, cientista-chefe da Bright Dairy, com sede em Xangai, ao portal Yicai: desenvolver probióticos voltados a necessidades específicas de saúde, aprofundar as pesquisas sobre nutrição láctea e criar produtos lácteos funcionais focados no envelhecimento saudável. Em sua visão, atender às necessidades nutricionais da população idosa da China pode abrir um novo e vasto mercado, demonstrando o grande potencial dos produtos voltados à promoção de um envelhecimento saudável.
As informações são do Yicai Global.


Jogo Rápido
MILHO/CEPEA: Preços seguem em queda no BR
Cepea, 09/06/2025 – Os preços do milho seguem em queda no Brasil, movimento que vem sendo verificado desde meados de abril, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a baixa continua atrelada à retração de compradores, que apostam em novas desvalorizações fundamentados no aumento da oferta, especialmente diante do início da colheita da segunda safra, e nas limitações na capacidade de armazenagem – a Conab estima produção de 99,8 milhões de toneladas, 11% acima da safra anterior. Além disso, pesquisadores do Cepea explicam que as recentes quedas do dólar e dos preços externos reduzem a paridade de exportação e reforçam a pressão sobre as cotações domésticas. Quanto aos embarques brasileiros do cereal, em maio, o volume enviado ao exterior limitou-se a 39,92 mil toneladas, bem abaixo das 413 mil toneladas registradas em maio/24, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)


 
 
 

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Porto Alegre, 11 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.411


IBGE: Estatística da Produção Pecuária - Aquisição de Leite

No 1º trimestre de 2025, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 6,49 bilhões de litros, equivalente a um acréscimo de 3,4% em relação ao 1° trimestre de 2024, e uma redução de 4,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No Gráfico I.11 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que o 1° trimestre regularmente apresenta queda da aquisição de leite em relação ao 4° trimestre do ano anterior. Janeiro foi o mês de maior captação, com 2,31 bilhões de litros (+4,0%), enquanto março apresentou a variação mais significativa em relação ao mesmo mês do ano anterior (+5,0%). Em relação ao preço médio do leite pago ao produtor, ocorreu aumento de 22,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e houve estabilidade em relação ao 4º trimestre de 2024.

A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 39,6% do total, seguida pelas Regiões Sudeste (36,3%), Centro-Oeste (10,9%), Nordeste (9,3%) e Norte (3,9%). No comparativo do 1º trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, o acréscimo de 210,55 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 19 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Paraná (+91,56 milhões de litros), Minas Gerais (+34,46 milhões de litros), Rio Grande do Sul (+27,31 milhões de litros), Sergipe (+21,98 milhões de litros), Goiás (+15,87 milhões de litros) e Bahia (+11,35 milhões de litros). As principais quedas ocorreram em: Rio de Janeiro (-9,88 milhões de litros), Mato Grosso (-7,35 milhões de litros) e Rondônia (-4,53 milhões de litros). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,1% da captação nacional, seguido por Paraná (15,4%), Santa Catarina (12,2%) e Rio Grande do Sul (12,0%) (Gráfico I.12).

O preço líquido médio do litro de leite pago ao produtor no 1º trimestre de 2025 foi de R$ 2,76, valor 22,1% superior ao praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Em comparação ao preço médio do 4° trimestre de 2024, houve estabilidade (Gráfico I.13). O preço foi aumentando ao longo do trimestre, passando de R$ 2,69 em janeiro, para R$ 2,77 em fevereiro, e atingindo o maior valor, de R$ 2,84, no mês de março.

Segundo o IPCA, o item Leite e derivados teve alta de 1,97% no acumulado de janeiro a março de 2025, abaixo do Índice geral da inflação de 2,04%. As altas mais significativas foram verificadas para o Leite fermentado (4,68%) e para o Requeijão (4,11%). O Leite longa vida apresentou alta de 0,71%, e foi o item com o menor aumento no período, considerando que todos os itens pesquisados apresentaram aumento. A maior parte da captação de leite foi realizada por estabelecimentos que receberam mais de 150 mil litros por dia, responsáveis por 66,9% do volume captado no 1º trimestre de 2025 (Tabela I.13).

No 1º trimestre de 2025, participaram da Pesquisa Trimestral do Leite 1 920
estabelecimentos, 625 (32,6%) registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), 855 (44,5%) no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 440 (22,9%) no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 86,8%, 11,3% e 1,9% do total de leite captado. O Estado do Amapá foi a única Unidade da Federação a não participar da Pesquisa, por não apresentar estabelecimento elegível ao universo investigado. (As informações são do IBGE)


Menos gordura, mais proteína: o novo rumo dos laticínios

A onda do GLP-1 altera preferências: menos laticínios gordurosos e adoçados, mais foco em proteínas puras como leite desnatado e whey. 

Enquanto a obesidade domina as manchetes, uma onda mais sutil está redesenhando o cenário dos laticínios. Os medicamentos com GLP-1, originalmente desenvolvidos para o controle do diabetes, ganharam destaque como catalisadores da perda de peso. Com 40% da população mundial com sobrepeso ou obesidade — quase o dobro da população subnutrida —, os sistemas de saúde estão sob pressão. Esses medicamentos, que imitam o hormônio peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), reduzem o apetite ao aumentar a saciedade e desacelerar a digestão, com potencial para redefinir não apenas corpos, mas também os mercados alimentares — inclusive o de laticínios.

Uma pesquisa de 2023 indica que 15,5 milhões de adultos nos EUA utilizam essas injeções, com uma projeção de adoção de 9% até 2030. O mercado de GLP-1, atualmente avaliado em US$ 47 bilhões, pode crescer dez vezes até 2032 (Pharmaceutical Journal, 2024). Usuários reduzem a ingestão calórica diária em 20% (cerca de 800 kcal), preferindo proteínas magras em vez de alimentos gordurosos, salgados, açucarados ou processados. Para o setor lácteo, isso cria uma divisão clara: as proteínas puras ganham espaço, enquanto as guloseimas industrializadas perdem força.
A ascensão da proteína nos laticínios

Os usuários de GLP-1 não apenas comem menos — eles mudam suas preferências. Pesquisas de 2023 mostram uma queda no desejo por alimentos ricos, doces ou salgados, o que afeta laticínios processados como sorvetes, queijos intensos e iogurtes adoçados. Relatórios de varejo de outubro de 2023 apontam queda nas compras, com os produtos mais processados sendo os mais afetados (FoodNavigator, 2024). Um estudo canadense registrou uma redução de 30% na demanda por lanches lácteos doces, como leites saborizados e sobremesas. Já a proteína permanece em alta. Uma usuária dos medicamentos relatou ter trocado "besteiras" por iogurte natural e cottage.Essa mudança impulsiona um boom proteico nos laticínios. Leite, whey e caseína se encaixam nas dietas com GLP-1, evitando desconfortos digestivos como diarreia ou constipação, associados a alimentos gordurosos (The Economist, 2024).

Especialistas preveem aumento no consumo de laticínios com baixo teor de gordura e sem adição de açúcar, enquanto itens cremosos e processados — como molhos de queijo ou sobremesas congeladas — devem perder espaço. Um especialista em sistemas alimentares prevê uma tendência de “proteínas animais com menos gordura”, um território onde os laticínios podem dominar ao priorizar a pureza (EW Nutrition, 2024).

O declínio dos laticínios processados
Os medicamentos com GLP-1 representam uma ameaça para os bastiões processados dos laticínios. Projeções sugerem uma queda de 4% nos EUA no consumo de bebidas açucaradas, lanches salgados e alimentos gordurosos até 2035, impactando produtos lácteos como milkshakes e molhos cremosos. Dados mostram que os usuários evitam laticínios com alto teor de gordura, sal e açúcar, refinando seus paladares (FoodNavigator, 2024). Para uma indústria que há muito se apoia em produtos indulgentes, como cafés cremosos aromatizados, isso sinaliza uma mudança. Enquanto algumas empresas já se adaptam com opções mais “amigáveis ao GLP-1”, outras ainda resistem — arriscando-se a perder relevância à medida que os hábitos dos consumidores evoluem.

Os produtores também sentirão os efeitos. A demanda reduzida por leite rico em gordura pode direcionar a genética do rebanho para produções mais proteicas do que voltadas ao teor de gordura. Analistas sugerem que áreas hoje dedicadas ao cultivo de ingredientes para produtos adoçados (como açúcar para iogurtes) possam ser redirecionadas para culturas que melhorem o rendimento proteico do leite (The Economist, 2024). Ainda assim, a proteína animal — incluindo o leite — deverá sofrer disrupções mais brandas do que os setores de lanches e bebidas, com previsão de queda de apenas 0,5 a 1% na produção ao longo de uma década.

Dinâmica econômica e de mercado
O setor de laticínios está em um ponto de inflexão. A redução de 20% na ingestão calórica geral pode encolher as vendas de alimentos, mas a ascensão da proteína oferece estabilidade. Dados de varejo de 2023 relacionam o uso de GLP-1 à queda nas vendas de snacks, enquanto laticínios simples e suplementos proteicos seguem estáveis (CBC News, 2024). Se 9% dos americanos — frequentemente os primeiros a aderirem a novas tendências — adotarem GLP-1 até 2030, sua preferência por proteínas lácteas magras pode remodelar o mercado e as prateleiras. Líderes do setor defendem cortes de açúcar e revisão de porções, promovendo uma transição para produtos mais simples (Tilley Distribution, 2024).

O custo ainda é um obstáculo. Os preços elevados dos medicamentos GLP-1 limitam o acesso, favorecendo consumidores mais ricos. Pesquisas indicam que seria necessário um corte de 85% no preço para tornar o uso amplamente acessível — até lá, os laticínios proteicos de alta qualidade lideram o movimento (The Economist, 2024). A demanda crescente por perda de peso também pode empurrar o setor para valorizar mais o leite in natura e menos o processamento industrial.

O próximo capítulo dos laticínios
Os medicamentos com GLP-1 estão redesenhando o panorama dos laticínios. Proteínas puras como leite desnatado e whey têm enorme potencial, enquanto produtos gordurosos, processados ou adoçados enfrentam desafios.

Empresas que investirem em produtos centrados na proteína poderão liderar esse novo ciclo; quem ficar para trás, corre o risco de desaparecer. Os produtores devem focar em rendimentos mais magros. Essa mudança, segundo um especialista, “terá um impacto profundo” nos sistemas alimentares (The Economist, 2024). O setor de laticínios pode aproveitar o embalo das proteínas — ou ver seus lucros com produtos processados minguarem.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Escala produtiva no leite: Brasil segue os passos da Argentina?

Com a expansão das grandes fazendas e alta produtividade, o Brasil dá sinais claros de seguir os passos da Argentina na concentração da produção leiteira.

O Milkpoint divulga anualmente a lista das cem maiores propriedades produtoras de leite no país, no relatório dos Top 100. Cada edição desta pesquisa mostra o aumento paulatino da participação dessas maiores fazendas no total de leite produzido no Brasil. A última estatística, referente ao ano de 2024, mostra que 4,7% do leite inspecionado produzido no país veio destas propriedades. Esta métrica é interessante, pois permite avaliar até que ponto o Brasil evolui sua estrutura produtiva para se igualar aos países mais competitivos na produção de leite, onde é forte o aumento da escala de produção das propriedades.

A Argentina, por exemplo, produziu em 2024, 29 milhões de litros/ dia, pouco mais de 30% da produção diária brasileira. No país latino o total de propriedades produtoras de leite era de apenas 9.407 em 2024, com produção média de 3.076 litros/ dia por fazenda.
Se para o Brasil como um todo, o peso destas cem maiores fazendas ainda não é muito elevado, há fortes diferenças regionais a serem analisadas. Utilizando os dados do IBGE, disponíveis para cada município brasileiro para o ano de 2023, o Centro de Inteligência do Leite (CILeite) da Embrapa Gado de Leite definiu as 15 bacias leiteiras do país, onde há forte concentração da produção e da inovação tecnológica do leite. Confrontando os dados destas cem maiores fazendas, que produziram entre 13.771 e 96.688 litros/ dia em 2023, pode-se avaliar o impacto desta concentração e aumento de volume nas diferentes bacias leiteiras brasileiras (Figura 1).

Figura 1 - Bacias leiteiras brasileiras

                                   
Fonte: Cileite-Embrapa e IBGE (2025).

Em 2023, 74% destas 100 maiores propriedades brasileiras se localizavam em alguma das bacias leiteiras definidas, mostrando que é nestas menores áreas de maior dinamismo da atividade leiteira brasileira que estão surgindo fazendas de elevada escala de operação. Mais da metade destas 100 maiores unidades de produção do país se encontram em apenas duas bacias. 33% das propriedades se encontram na Bacia do Sudeste e 22% no Leste Paranaense. A Bacia do Sul engloba 9% das propriedades e Goiás, 4% (Figura 2).

Figura 2 - Distribuição dos 100 maiores produtores de leite do Brasil pelas diferentes bacias leiteiras brasileiras, 2023, valores expressos em porcentagem.

Fonte: CILeite-Embrapa e MilkPoint (2025).

O impacto das grandes fazendas nas principais bacias leiteiras do Brasil
Será que, em alguma destas 15 bacias, o volume produzido é expressivo, afetando já a cadeia de suprimento de leite regional? A resposta é sim. A Bacia do Leste Paranaense, que já produz 2,6 milhões de litros de leite/ dia possui mais de 0,6 milhão, ou 24,2% do leite ofertado por alguma das cem maiores fazendas de leite do país. É uma medida muito expressiva, considerando que neste grupo só há produtores com mais de 13 mil litros/ dia.

Na Argentina, por exemplo, em fevereiro de 2025, 26,8% da produção nacional veio de propriedades com produção acima de 10 mil litros/ dia. É possível que a porcentagem para 13 mil litros/ dia no nosso vizinho do Mercosul seja abaixo do observado nesta importante bacia leiteira do estado do Paraná. Outras bacias também apresentam números expressivos.

No Sudeste Paranaense, 13,4% da produção advém das cem maiores propriedades e no Triângulo Mineiro, 8,0%. É interessante observar que, na principal bacia brasileira, a do Sul, que produz mais de 22,2 milhões de litros/ dia, a contribuição das cem maiores fazendas neste total é de apenas 0,8%, indicando uma estrutura fundiária relativamente mais fragmentada. A Bacia do Sudeste, que produz 16,7 milhões de litros/ dia, possui 0,9 milhão de litros/ dia advindos das cem maiores, 5,4% da sua produção, mostrando que o processo de surgimento de grandes fazendas leiteiras também ocorre nas bacias de maior volume de produção, mas de maneira desuniforme (Figura 3).

Figura 3 - Participação dos 100 maiores produtores de leite do Brasil na produção total de diferentes bacias leiteiras brasileiras, 2023, valores expressos em porcentagem.

Fonte: Cileite -Embrapa e MilkPoint (2025).

A análise da distribuição das cem maiores fazendas produtoras de leite nas quinze bacias leiteiras identificadas pelo CILeite-Embrapa no Brasil mostra diferença significativas na distribuição espacial destas fazendas e dos seus impactos:

No Sul e no Nordeste, o impacto destas grandes fazendas ainda é limitado na oferta total.
No Sudeste, no Triângulo Mineiro e em Goiás, estas propriedades já impactam a oferta de leite.

Nas bacias do estado do Paraná, Leste Paranaense e Sudeste Paranaense esta contribuição é mais expressiva, mostrando um processo de expansão contínuo no tamanho médio das fazendas. Nesta primeira bacia, que engloba importantes municípios como Castro, Carambeí e Arapoti, já há uma concentração de grandes fazendas maior que a observada na Argentina. Esta bacia, que possui a mais elevada produtividade de leite por vaca do país, exibe este importante ganho de escala e competitividade.

As informações são do Milkpoint editadas pelo Sindilat


Jogo Rápido
As exportações de lácteos do Uruguai caíram 10%
As divisas geradas com as exportações de produtos lácteos foram de US$ 66 milhões, em maio. Representou queda de 10%, em dólares, na comparação interanual e redução de 20 para 17 mil toneladas. O principal produto exportado foi o leite em pó integral, que gerou US$ 54 milhões em divisas, e representou 82% do valor total de lácteos embarcados. De acordo com o boletim de maio do Uruguai XXI, houve recuo tanto em valor como em volume. Depois vieram os queijos, com faturamento de US$ 7 milhões, as manteigas com US$ 3 milhões e por último soro de leite e outros produtos lácteos. A Argélia encabeçou os destinos comprando US$ 25 milhões, seguida pelo Brasil com US$ 21 milhões. Também ocuparam posições de destaque Chile, Argentina, México e Panamá. Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br


 
 
 

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Porto Alegre, 10 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.410


Setor do leite busca competitividade e abre oportunidades de exportação

Reunido na manhã desta terça-feira (10/6), o setor lácteo do Sul do Brasil debateu caminhos para a melhoria da competitividade da produção e para aproveitar novas oportunidades que se abrem para o setor, como a demanda crescente por gordura láctea em diferentes países, entre eles os Estados Unidos. “Há demanda por gordura láctea e isso proporcionou a exportação de manteiga com a abertura do mercado. É algo significativo que pode ser ampliado”, afirmou o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella. Ele reforçou que para acessar esses novos clientes é preciso garantir competitividade tanto no campo quanto na indústria. “Quando a gente tem preço, conseguimos proteger o mercado das importações e conseguimos exportar”, destacou o dirigente.

No encontro, a Aliança Láctea Sul Brasileira também efetivou integrantes dos produtores e indústrias do Mato Grosso do Sul no colegiado que reúne lideranças do setor do RS, SC e PR. Anfitrião do encontro, o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, representou as lideranças daquele estado ao lado do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do MS (Emadesc/MS), Jaime Elias Verruck, e do presidente do Silems/MS, Paulo Fernando Pereira Barbosa.

Segundo o coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira, Rodrigo Rizzo, representa um avanço significativo e justifica o fato de estar em Campo Grande ao lado de dirigentes sul-mato-grossenses na agenda desta terça-feira. Alinhado a essa nova realidade, Rizzo apresentou o novo logotipo da Aliança Láctea, que traz agora a silhueta dos quatro estados integrantes. “Nosso trabalho na Aliança Láctea marca a importância desse elo entre produtores e indústrias”. A próxima reunião ocorrerá em 03/09, na Expointer em Esteio (RS).

A Emater/RS também detalhou seu projeto de Relatório Socioeconômico, que está em fase de atualização. Engenheiro Agrônomo-Assistente Técnico Regional na Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti, explicou a metodologia do trabalho que conta com apoio dos escritórios regionais. Ele garantiu que os novos dados devem vir durante a Expointer 2025. A Aliança Láctea irá reunir em seu site os documentos atualizados dos diferentes estados para munir o setor de informação. “É um diagnóstico por estimativa. Entendemos a importância de conhecer os dados e usá-los para a produção de políticas públicas e também para entender onde estão os produtores. Os dados são produzidos nos municípios e devem retornar para se continuar esse debate”, disse Sangaletti. (Jardine Comunicação)


16º Encontro de Mulheres da Santa Clara celebra a força feminina no campo

As mulheres à frente das propriedades leiteiras, de diversas regiões, associadas à Cooperativa Santa Clara, estarão reunidas no próximo sábado, 14 de junho, para participar do tradicional Encontro de Mulheres com Atividade no Leite. A programação inicia às 10h, no Ginásio Saturno Caravaggio, em Farroupilha, e reconhece o protagonismo feminino na cadeia produtiva do leite.

Mais de 600 participantes, entre associadas, esposas e filhas estão inscritas para um dia repleto de atividades voltadas à valorização das mulheres no agronegócio. Logo na recepção, será servido um café da manhã especial, seguido pela palestra da psicóloga, palestrante, escritora e fundadora da Com Propósito, Helena Brochado, que abordará o tema “O poder da mulher no agro”. Complementando a programação da manhã, Carla Augusta, médica veterinária, mestre em Ciências e gestora, consultora e facilitadora na área de Gente e Gestão no Agronegócio pela Rehagro, trará reflexões sobre a “A presença da mulher no agronegócio: protagonismo e transformação no campo”.

“Quero poder transmitir a certeza de que elas podem fazer a diferença através da gestão de pessoas nos seus negócios, e que tenham ferramentas para isso! A liderança feminina no agronegócio é uma realidade e uma necessidade. Quero ajudá-las a melhorarem!”, destacou Carla Augusta.

“Estou honrada e feliz em estar com as produtoras associadas da Santa Clara no 16º Encontro de Mulheres. Nós geramos a vida, o alimento e as nossas famílias. Falaremos sobre tudo isso e muito mais,” comentou Helena Brochado.

Após o almoço, as atividades continuam com um bingo recheado de premiações, entrega de presentes e encerramento com uma missa na Igreja do Santuário de Caravaggio.

Promovido a cada dois anos pela Cooperativa Santa Clara, o Encontro de Mulheres já se consolidou como um espaço de integração, troca de experiências e reconhecimento à mulher no campo. Mais do que troca de conhecimento, a proposta é oferecer um momento de convivência, estímulo e valorização da contribuição feminina para o desenvolvimento do setor leiteiro.  

“A Cooperativa Santa Clara tem se dedicado a diversas iniciativas importantes, e uma das mais especiais é voltada à mulher. A mulher é mãe, companheira, amiga, e merece todo o nosso respeito em qualquer contexto. Desde os primeiros capítulos da história, a presença da mulher sempre foi marcante e essencial. Por isso, celebrar mais uma edição do Encontro de Mulheres é extremamente significativo para nós. É motivo de grande orgulho poder participar desse momento, que tem se consolidado como um evento cada vez mais relevante e inspirador,” declarou Gelsi Belmiro Thus, presidente da Cooperativa Santa Clara.

Programação – 14/06/2025  

  • 10h Abertura e boas-vindas
  • 10h15 Helana Brochado: O Poder da Mulher no Agro
  • 11h Carla Augusta: A presença da mulher no agronegócio: protagonismo e transformação no campo
  • 12h Almoço
  • 13h30 Bingo com premiações
  • 15h Missa
Sobre a Santa Clara:       
A Santa Clara faz história há 113 anos, o que a torna a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. A sua sede está localizada no município de Carlos Barbosa e está presente através de seus quase 5 mil associados, em 153 municípios gaúchos, atuando nos ramos de Laticínios, Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial e 31 unidades de varejo, entre supermercados, mercados agropecuários e farmácia, nos municípios onde possui associados. Atualmente possui um catálogo diverso anunciando 47 tipos de queijos em 103 apresentações. Ao todo, são 380 produtos entre Laticínios, Frigorífico, Doces, Food Service e a Nova Linha de Iogurtes. (As informações são da Santa Clara)
 
EMBRAPA/CILEITE: Leite e derivados com queda de preços na entressafraO mercado de leite seguiu com preços mais fracos no mês de maio, em plena entressafra. Do lado da oferta, a produção nacional vem crescendo na comparação com o ano passado e as importações seguem elevadas. A demanda, por outro lado, tem se mostrado mais fraca com relativa piora nas condições de crédito, ligeiro recuo no número de ocupados e inflação mais alta. Os lácteos ao consumidor fecharam abril com elevação próxima de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado. No mercado internacional, o cenário de preços é melhor, com oferta e demanda mais equilibradas.

Conseleites indicam queda no preço do leite ao produtor
As sinalizações dos Conseleites para o pagamento do leite entregue em maio indicaram queda em todos os estados acompanhados, em linha com os movimentos observado nos preços dos principais derivados lácteos. Os recuos variaram de 1,2% em Santa Catarina até 3,6% em Minas Gerais.

Milho e Soja têm nova queda nos preços
Os mercados de milho e soja seguiram com preços em desaceleração ao longo de maio, refletindo a boa safra brasileira e a rápida evolução do plantio nos Estados Unidos, com as lavouras em boas condições. A valorização do Real frente ao Dólar também ajudou a segurar as cotações no mercado nacional. No mercado de boi gordo, houve movimento de queda nos preços, com ligeira alta apenas no final do mês. Para a reposição, o bezerro registrou valorizou paulatinamente ao longo do mês de maio.


Fonte: Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite. Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira. Colaboração: Henrique Sales Terror e Caio Prado Villar de Azevedo (graduandos da UFJF). Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado.


Jogo Rápido
Premiação internacional
A Sooro Renner acaba de conquistar o prêmio Top Proteins Production in Latin America 2025, concedido pela revista internacional Food Business Review Latin America (ISSN 2836-1989).⠀ Mais do que um reconhecimento, este é um reflexo da confiança que construímos com nossos clientes, parceiros e especialistas da indústria ao longo dos últimos 24 anos.⠀ A escolha foi feita por um painel de executivos C-level, líderes técnicos do setor e o conselho editorial da publicação, com base em indicações espontâneas de seus assinantes.⠀ Cada conquista como essa reforça nosso compromisso com a qualidade, a inovação e o desenvolvimento de ingredientes funcionais que geram valor real para pessoas, marcas e mercados  📄 Leia a entrevista completa com Claudio Hausen de Souza na Food Business Review: www.foodbusinessreview.com/sooro-renner (As informações são da Sooro Renner)


 
 
 

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Porto Alegre, 09 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.409


Importações passam por pequeno avanço em maio

Saldo da balança comercial de lácteos recua para -164,6 milhões de litros em maio. Confira!

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos em maio/2025 foi de -164,6 milhões de litros em equivalente-leite, um recuo em relação aos -154 milhões de litros registrados em abril. A movimentação do mês reflete um cenário de relativa estabilidade nas importações, que seguem abaixo dos volumes observados no final de 2024 e início de 2025 — principalmente devido à menor competitividade de preços dos produtos importados frente aos nacionais.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações brasileiras somaram cerca de 7,21 milhões de litros em equivalente-leite, representando um aumento de 58% em relação a abril e 62% maior em relação a maio/2024.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

O volume total importado em equivalente-leite no último mês foi de cerca de 171,8 milhões de litros de leite, representando um aumento de 8% em equivalente-leite em relação a abril e 17,4% maior em relação a mai/24.

Mesmo com o avanço no volume total, é importante observar que maio teve um dia útil a mais que abril, o que ajuda a explicar parte do crescimento. Quando considerada a média diária em toneladas, o volume foi 2% inferior ao mês anterior.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em maio, as exportações de lácteos apresentaram variações significativas em relação ao mês anterior. Destacaram-se os aumentos nas vendas de leite em pó integral (+167 toneladas | +976%), leite condensado (+112 toneladas | +22%) e manteiga (+92 toneladas | +54%).

Quanto às importações, os principais aumentos foram registrados no ,leite em pó desnatado (+795 toneladas | 23,4%), leite em pó integral (+474 toneladas | +5,1%), doce de leite (+116 tonelas | +114%) e manteiga (+62 toneladas | +30%). Já a principal queda ocorreu para o grupo de soro de leite (-900 toneladas | -46,8%).

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em maio de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em abril de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?
No mês de maio, registrou-se um aumento tanto nas importações quanto nas exportações. Apesar disso, o saldo da balança comercial foi ainda mais negativo em comparação ao mês anterior. A muçarela importada segue menos competitiva diante do produto nacional, ao passo que os leites em pó — integral e desnatado — , apesar de estarem mais caros, ainda apresentam certa atratividade, sustentando os volumes de importações.

Diante desse cenário, espera-se a continuidade do quadro atual, com importações em patamar estável, refletindo a menor competitividade de alguns produtos importados em relação aos nacionais. Além disso, o cenário permanece desafiador, já que, nos próximos meses, a captação de leite deve aumentar no Brasil, elevando a oferta de derivados no mercado nacional e acirrando a competitividade em relação aos importados.

Além disso, o dólar segue apresentando volatilidade frente ao cenário de incertezas na economia global, o que pode impactar as dinâmicas do comércio exterior (Milkpoint)


CONSELEITE MINAS GERAIS

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 06 de Junho de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2025 a ser pago em Junho/2025.

base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

Agricultura de Baixo Carbono é tema de Seminário Internacional

Encontro em Brasília/DF contou com a participação da Seapi

“Políticas de Agricultura de Baixo Carbono (ABC+): um caminho para a resiliência sustentável no Brasil” foi o tema do Seminário Internacional realizado em Brasília, no Distrito Federal, nesta quarta (04/5) e quinta-feira (05/5).

O engenheiro florestal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e coordenador do Plano ABC+RS, Jackson Brilhante, participou do encontro, que contou com a presença de representantes de países da América Latina e das embaixadas do Reino Unido, França e Tailândia.

“O evento foi muito importante porque hoje, a nível mundial, o Brasil é referência na adoção de práticas de agricultura de baixa emissão de carbono. E foi a oportunidade de mostrar para os países participantes do encontro que as práticas brasileiras, além de garantir a segurança alimentar, promovem a redução da emissão de gás de efeito estufa”, afirmou Brilhante.  O coordenador destacou também que o encontro foi uma oportunidade de troca de experiências entre os estados, que possuem realidades diferentes.
“Nós, do Rio Grande do Sul, acreditamos que estamos no caminho certo e vamos buscar cada vez mais fortalecer esta importante política pública que é o Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono do Rio Grande do Sul”, declarou Brilhante. O Rio Grande do Sul, no Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é o terceiro estado com maior área, com 2,2 milhões de hectares com esta prática.
Programação

Durante o evento ocorreu uma visita técnica aos campos experimentais da Embrapa Cerrados, em Planaltina/DF, para apresentação de experimentos em ILPF, sistemas agroflorestais, manejo integrado de solos e métricas de carbono.

E nesta quarta-feira (04/5) foram apresentados quatro painéis sobre o Plano ABC e ABC+, a agricultura de baixo carbono, as políticas locais do plano ABC e o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (Caminho Verde Brasil).

Durante o evento, segundo Brilhante, foi possível discutir as evidências de aumento da produtividade e o retorno econômico alcançadas pelo Plano ABC+ e também os mecanismos de geração e transferência de tecnologia, assistência técnica e extensão rural para disseminar tecnologias ABC. 

O Seminário foi organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Department for Environment, Food & Rural Affairs (DEFRA-UK).

O que é o Plano ABC+
O Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) foi criado em 2010 com metas de difusão de tecnologias como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), plantio direto, fixação biológica de nitrogênio e recuperação de pastagens. Em 2021, o plano foi atualizado para ABC+ 2020-2030, que projeta reduzir em 1,1 bilhão t de CO₂- equivalente até 2030 por meio da adoção em larga escala de práticas sustentáveis nas fazendas brasileiras. (SEAPI)


Jogo Rápido
Produtor tem até o final do mês para entregar a Declaração Anual de Rebanho
O prazo para a Declaração Anual de Rebanho referente ao ano de 2025 vai até o dia 30 de junho. Todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais devem fazer a Declaração. A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros. "O produtor, além de estar cumprindo uma obrigação sanitária legal, está contribuindo para o aperfeiçoamento das bases de dados de Defesa Sanitária Animal, possibilitando ter uma melhor visão do cenário produtivo e sanitário do Estado", afirma o chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias (DCIS) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), médico veterinário Paulo André Santos Coelho de Souza. Segundo ele, a expectativa é de sejam entregues 361 mil declarações neste ano de 2025 em todo o Estado. A declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online, através de formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária.
Para mais informações: www.agricultura.rs.gov.br/declaracao


 
 
 

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Porto Alegre, 06 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.408


Nota eletrônica será obrigatória para produtores rurais com receita bruta superior a R$ 360 mil a partir de julho

Parte dos contribuintes do Rio Grande do Sul deve deixar de usar cupom fiscal em papel
A emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) passou a ser obrigatória em operações internas para os produtores rurais que, nos anos de 2023 ou de 2024, obtiveram receita bruta com valor superior a R$ 360 mil com a atividade rural. A lista com os números de inscrição estadual dos cerca de 45 mil contribuintes que precisaram se adaptar pode ser conferida na Central de Conteúdo do Portal de Atendimento da Receita Estadual, na aba “produtor rural”.

O grupo de produtores rurais que passou a ser obrigado a emitir nota eletrônica em fevereiro de 2025 tem até 30 de junho para usar a documentação em papel, o chamado “talão do produtor”, modelo 4 da Nota Fiscal. A utilização desta alternativa estava permitida para aqueles talões que já haviam sido impressos. A partir de 1º de julho, o uso será vedado.

A exigência foi estabelecida após aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) em 27 de dezembro de 2024. A medida amplia as ações da Secretaria da Fazenda (Sefaz) em busca da conformidade fiscal.

Em 5 de janeiro de 2026, a obrigatoriedade da NF-e e da NFC-e em operações internas se estenderá para todos os produtores rurais do Estado, independentemente do faturamento. O grupo para o qual a exigência ainda não começou a valer pode seguir solicitando o “talão do produtor” nas prefeituras até o final de 2025. 

A transição é gradual para que os profissionais que atuam na atividade rural, especialmente os de menor porte, possam se adaptar ao uso das novas ferramentas com segurança. No caso de operações interestaduais, a nota eletrônica já é obrigatória para todos os produtores do Rio Grande do Sul.

Como fazer a emissão de nota eletrônica
A solução recomendada pela Sefaz para a emissão da NF-e e da NFC-e é o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), que pode ser instalado de forma gratuita no celular e acessado por meio do acesso ao gov.br. É possível, inclusive, gerar um QR Code da nota fiscal off-line, no meio da lavoura, por exemplo. Nesse caso, a nota é autorizada após o restabelecimento da conexão, e há um limite para uso sem internet de 30 notas ou um somatório de R$ 300 mil no valor das notas; ou de 168 horas.

Existem ainda outras ferramentas, como aplicativos próprios ou desenvolvidos por associações e cooperativas. Há também o Nota Fiscal Avulsa (NFA-e), disponibilizado pela Sefaz, que só pode ser usado no computador.

A NF-e é também chamada de modelo 55 e é utilizada para registrar a venda de mercadorias e a prestação de serviços. Já a NFC-e, ou modelo 65, é específica para o varejo e contempla as vendas diretas ao consumidor final. (SEAPI)


Gilmar articula volta da homologação de rescisão trabalhista em sindicato

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, articula com parlamentares e com o setor financeiro um projeto de lei para a volta da homologação das rescisões de contratos de trabalho nos sindicatos. O objetivo é estimular a tentativa de conciliação prévia e diminuir o volume de litígios que chegam ao Judiciário. As ações trabalhistas tiveram queda logo após a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso em 2017, mas voltaram a subir e bateram recorde. Em 2023, foram 4,19 milhões de novos processos na Justiça do Trabalho, alta de 28,7% em relação ao ano anterior, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Uma das mudanças da reforma trabalhista foi excluir os sindicatos dos processos de homologação das rescisões. Para o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), isso aumentou a litigância nos tribunais. “Como não tem mais representante do trabalhador junto, ele assina e depois vai para a Justiça contestar”, diz.
Especialistas apontam como um dos fatores para a alta dos processos o afrouxamento das regras da reforma, após decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do STF sobre Justiça gratuita. Em 2021, o Supremo decidiu que o trabalhador que tem direito à gratuidade e perde o processo contra o ex-empregador não pode ter cobrança de custas processuais.

Gilmar Mendes se reuniu com parlamentares há duas semanas para defender a necessidade de uma agenda legislativa positiva para o Congresso, de modo a evitar pautas que ameacem a crise em um dos Poderes, como a ofensiva dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O principal projeto sugerido no jantar foi esse, segundo quatro fontes ouvidas pela reportagem.

O texto foi protocolado por Paulinho da Força na Câmara, após conversas com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo o autor, Motta gostou da iniciativa e pretende incluí-la num pacote de projetos estruturantes para o País. O projeto propõe que a convenção coletiva da categoria ou acordo coletivo possa prever que a homologação das rescisões de contratos de trabalho tenha, obrigatoriamente, a assistência dos sindicatos, federações ou confederações. Esse acompanhamento poderá ocorrer presencialmente ou de forma remota, por meio de plataformas digitais. (Jornal do Comércio)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1870 de 05 de junho de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

As chuvas intensas geraram excesso de barro nos acessos e exigiram maior cuidado durante a ordenha. A baixa suplementação e a limitação das áreas de campo nativo resultaram em queda acentuada na produção em algumas regiões, levando, até mesmo, à secagem total do rebanho em determinadas propriedades.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Hulha Negra, os produtores têm investido em cultivares de trigo voltadas à produção de silagem como alternativa para complementar o volumoso conservado, atualmente restrito ao milho. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade das vacas e demais categorias permanece adequada. O manejo de endo e ectoparasitas tem sido eficaz. Os produtores também relataram significativa redução na presença de moscas nas propriedades leiteiras. 

Na de Erechim, houve aumento da suplementação nutricional para animais que dependem principalmente das pastagens em razão do vazio forrageiro outonal. A condição corporal dos rebanhos está satisfatória nas propriedades melhor manejadas, conforme a fase produtiva dos animais. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite se reduziu devido à antecipação do vazio forrageiro. No entanto, as temperaturas amenas beneficiam o bem-estar animal, evitando queda mais acentuada na produção. Na de Ijuí, a produção de leite se manteve estável em relação à semana anterior. Porém, a alta umidade tem dificultado o manejo dos animais nas pastagens e comprometido a higiene na ordenha.

Na de Passo Fundo, apesar da mudança nas condições climáticas, ainda são registradas ocorrências de mosca-dos-chifres. Os animais vêm recuperando gradualmente a produção, impulsionados pelo aumento da oferta de volumoso a campo. 

Na de Pelotas, em São Lourenço do Sul, o clima mais favorável contribuiu para o desenvolvimento das pastagens de inverno, embora ainda não tenha refletido em aumento significativo da produção de leite. 

Na de Porto Alegre, a necessidade de suplementação alimentar se mantém devido ao atraso no estabelecimento das pastagens de inverno, que ainda não sustentam o pastejo pleno. 
Na de Santa Maria, a temperatura mais fria diminuiu os casos de moscas e carrapatos, que vinham prejudicando os rebanhos. Contudo, o acúmulo de barro começa a se intensificar nas áreas de espera e nas instalações em função das chuvas. 

Na de Santa Rosa, observa-se aumento na demanda por alimentos conservados, principalmente silagem, como estratégia para manter a produção diária. A qualidade do leite, especialmente no teor de matéria seca, permanece dentro da normalidade. (Emater/RS editado pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 23/2025 – SEAPI
Nos últimos sete dias, o Rio Grande do Sul registrou baixas temperaturas com chuvas de alto volume em sua totalidade. Na bovinocultura de leite, as chuvas têm causado formação de barro nas estruturas de manejo e ordenha dos animais. Houve queda de produção em algumas regiões devido à baixa suplementação e limitação de oferta de pastagens de campo nativo. A sanidade geral dos rebanhos está adequada, com redução de moscas e carrapatos devido ao frio. Os produtores têm utilizado suplementação alimentar para manter a produção, que apresenta qualidade dentro dos parâmetros. A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas fracas a moderadas, com possibilidade de tempestades isoladas no Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (06/06), o sistema perderá força e não provocará chuvas significativas em todo o estado. Já no sábado (07/06) e domingo (08/06), um sistema de baixa pressão no oceano adjacente favorecerá a ocorrência de precipitação fraca a moderada, ocasionalmente forte em pontos isolados, nas regiões do Litoral Norte, Serra, Norte, Alto Uruguai e Missões.Na segunda-feira (09/06), terça-feira (10/06) e quarta-feira (11/06), com o domínio da alta pós-frontal e atuação de uma massa de ar frio sobre o estado, é prevista uma queda acentuada nas temperaturas e não há previsão de chuvas significativas. São esperados os menores registros de temperatura nas regiões da Serra Gaúcha, Campanha e Sul, com valores que podem ficar próximos a 0°C. O prognóstico para os próximos sete dias indica a ocorrência de chuvas significativas nas porções Noroeste, Norte, Nordeste e Central do Rio Grande do Sul. Os acumulados previstos para essas regiões estarão principalmente associados à atuação de sistemas que irão afetar território gaúcho nos próximos dias. Nas regiões Norte, Nordeste, Noroeste e Central, os volumes esperados variam entre 10 mm e 100 mm, com alguns pontos isolados chegando a 150mm acumulados. Já a região Sudoeste apresenta acumulados entre 1 mm e 10 mm. A região Sul e Sudeste, não apresentam acumulados significativos de chuva. (Seapi editado pelo Sindilat/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 04 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.406


Reajuste de 8% no salário mínimo regional no RS é aprovado na Assembleia Legislativa; veja como ficam os valores

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, na tarde desta terça-feira (3), o projeto de lei que reajusta em 8% o salário mínimo regional no Estado. Com a aprovação, o menor valor de remuneração formal no Rio Grande do Sul passa de R$ 1.656,51 para 1.789,04. Foram 46 votos favoráveis e quatro votos contrários ao projeto. 

Estabelecido em 8%, o índice de reajuste é superior à inflação de 4,83% registrada em 2024 no Rio Grande do Sul. O projeto havia sido apresentado em regime de urgência pelo governador do Estado, Eduardo Leite, e protocolado em 26 de maio.

Leite argumenta que o reajuste "prima pelo equilíbrio entre a valorização da mão de obra regional e a prevenção de distorções no mercado de trabalho, com a manutenção dos níveis de emprego das categorias abrangidas". O reajuste entra em vigor de imediato.

Votaram contra o projeto os deputados Guilherme Pasin (PP), Marcus Vinícius (PP), Felipe Camozzato (Novo) e Rodrigo Lorenzoni (PL).

— Nos últimos anos temos um crescimento de vagas formais de emprego abaixo dos demais Estados que não têm piso regional, e a gente segue acreditando que a política de piso regional é que está garantindo melhores salários. Não está, ela está expulsando trabalhadores do mercado formal e expulsando gaúchos do seu território para buscar oportunidades em outro lugar — argumentou Camozzato.

Como fica o piso no RS com o reajuste

O salário mínimo regional é composto por cinco faixas, divididas de acordo com as características do trabalho. Veja abaixo como ficará a remuneração de cada uma com o reajuste proposto:

● Faixa 1: de R$ 1.656,51 para R$ 1.789,04

Agricultura, pecuária e pesca; indústria extrativa; empregados domésticos; turismo; construção civil; motoboys, etc.

● Faixa 2: de R$ 1.694,66 para R$1.830,23

Indústria do vestuário, calçado, fiação e tecelagem; estabelecimentos de serviços de saúde; serviços de limpeza; hotéis; restaurantes e bares, etc.

● Faixa 3: de R$ 1.733,10 para R$ 1.871,75

Indústrias de alimentos, móveis, química e farmacêutica; comércio em geral; armazéns, etc.

● Faixa 4: de R$ 1.801,55 para R$ 1.945,67

Indústrias metalúrgicas, gráficas, de vidros e da borracha; condomínios residenciais; auxiliares em administração escolar; vigilantes, etc.

● Faixa 5: de R$ 2.099,27 para R$ 2.267,21

Técnicos de nível médio.

As informações são de Zero Hora.

GDT 381: preços passam por correções de baixa no mercado internacional

381º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), com queda nos preços de cinco dos oito produtos lácteos comercializados. Confira!

No 381º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 3 de junho, observou-se queda nos preços de cinco dos oito produtos lácteos comercializados. O preço médio dos produtos negociados ficou em US$4.332 por tonelada, refletindo uma queda de 1,6% no GDT Price Index — indicador que mede a variação média dos preços com base na representatividade e volume de cada item ofertado no evento.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O preço do leite em pó integral (WMP) apresentou recuo de 3,6% no leilão GDT, encerrando a sessão com média de US$4.173 por tonelada. Após alcançar picos significativos no início de maio, o valor do produto dá sinais de correção de baixa, aproximando-se gradualmente dos níveis registrados no mês de abril - ainda assim se mantendo em níveis elevados se comparado ao histórico recente.

Gráfico 2. Preço médio LPI

O queijo cheddar também teve nova correção negativa. Após sucessivas oscilações nos últimos eventos, seu preço retornou aos níveis observados no início do ano, sendo negociado a US$ 4.759 por tonelada.

A manteiga manteve estabilidade, sem variação em relação ao leilão anterior.

As únicas valorizações foram observadas na gordura anidra de leite (AMF), com alta de 1,4%, e na muçarela, que apresentou, pelo segundo evento consecutivo, avanço de 2,3%, alcançando US$ 4.897 por tonelada.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/06/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Volume negociado volta a crescer

O volume negociado no leilão apresenta recuperação, mesmo que ainda tímida. No total, foram comercializadas 16.307 toneladas, o que representa um aumento de 7,3% em relação ao evento anterior, que havia apresentado queda de pouco mais de 9%. Após meses de queda, esse foi o primeiro aumento de volume após 15 eventos.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Impacto nos contratos futuros

Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) apresentaram valores superiores aos observados em maio, com elevação nas cotações para os vencimentos de curto prazo. No entanto, permanece a tendência de queda ao longo do restante do ano.

O mercado projeta um aumento na oferta global nos próximos meses. Embora algumas regiões, como a União Europeia, ainda enfrentem dificuldades para expandir a produção, o cenário aponta para um crescimento da oferta por parte dos principais exportadores. Esse movimento reflete tanto fatores sazonais, como o avanço da produção na Oceania e América do Sul, quanto uma expectativa de volumes superiores aos registrados em 2024 nas principais regiões exportadoras.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

 E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Como é de conhecimento do setor, o Brasil importa lácteos majoritariamente da Argentina e do Uruguai, países cujas cotações costumam acompanhar os movimentos observados nos leilões da plataforma GDT.

Diante das correções de baixa registradas no mercado internacional, aliadas à expectativa de aumento da produção na Argentina e no Uruguai nos próximos meses, é provável que os preços de exportação desses países também sofram recuos.

No entanto, o mercado brasileiro também passa por um momento de pressão baixista nos preços internos. Além disso, a taxa de câmbio real/dólar permanece em patamar elevado, o que reduz a atratividade das importações, mesmo com uma eventual queda nos preços internacionais. Esse cenário limita a competitividade do produto importado frente ao nacional, dificultando aumentos expressivos no volume de lácteos adquiridos pelo Brasil no curto prazo.

As informações são do Milkpoint

Projeto piloto em Hulha Negra testa diferentes formas de rastreabilidade bovina

A rastreabilidade individual bovina é uma das principais frentes de modernização da defesa agropecuária no Estado do Rio Grande do Sul. Coordenada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a iniciativa busca garantir maior controle sanitário, transparência na cadeia produtiva e ampliação de mercados internacionais. A identificação eletrônica de cada animal permite o acompanhamento preciso de sua origem, movimentações e destino, fortalecendo a credibilidade do sistema produtivo gaúcho.

O projeto-piloto em andamento no Centro Estadual de Pesquisa e Diagnóstico em Sistema de Produção e Meteorologia Aplicada (CESIMET), localizado em Hulha Negra, tem papel fundamental nesse processo. A unidade serve como campo experimental para testes de identificação eletrônica, desde o uso de microchips até a identificação biométrica nasal, integração de dados em tempo real e validação dos fluxos de informação entre produtores e o sistema oficial.

O secretário adjunto da Seapi, Márcio Madalena, afirma que “como já estamos trabalhando com projeto piloto de identificação individual de bovinos no estado, já estamos trabalhando na modernização do nosso Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) e estamos em constante construção e conversa com o setor produtivo, nós podemos fazer com que o Rio Grande do Sul seja um dos estados pioneiros na implementação da rastreabilidade bovina no país”.“A presença de técnicos capacitados, somada à estrutura de pesquisa já existente no centro e equipe dedicada da Procergs, proporciona um ambiente ideal para a consolidação da rastreabilidade como política pública robusta, segura e funcional”, destaca o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes.

Segundo Francisco, a ideia é colocar à prova o sistema de rastreabilidade que já existe e também testar os novos desenvolvimentos que estão sendo feitos, para se ter uma prévia de como o sistema está se comportando na prática. O piloto no CESIMET iniciou em outubro do ano passado e não tem prazo para terminar. “Na verdade, este piloto deve se expandir para mais propriedades do Estado, provavelmente a próxima será no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul. E devemos também realizar um piloto expandido com propriedades privadas ainda esse ano”, afirma o diretor adjunto.

O Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos foi lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em dezembro de 2024. O cronograma prevê que a partir de 2027 o rebanho deverá começar a ser identificado. O prazo final é 2032. 
As informações são da Seapi


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Petrobras anuncia redução de 5,6% da gasolina para as distribuidoras
A Petrobras anunciou hoje que reduzirá seus preços de venda de gasolina A para as distribuidoras em 5,6%. Dessa forma, o preço médio de venda da estatal para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro. Os novos valores passam a vigorar a partir desta terça-feira.Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,08 / litro, uma redução de R$ 0,12 a cada litro de gasolina C. Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22 / litro, uma redução de 7,3%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 0,60 / litro ou 17,5%. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 03 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.405


Milk Summit Brazil 2025 vai discutir protagonismo do leite

Foi lançado oficialmente na manhã desta segunda-feira (02/06) o Milk Summit Brazil 2025. Previsto para os dias 14 e 15 de outubro, o evento promete ser um grande encontro do setor lácteo brasileiro e será realizado na cidade de Ijuí (RS). Conforme o coordenador do Summit, Darlan Palharini, o objetivo é reunir os elos da cadeia láctea, promovendo conhecimento, conexões e inovação. “O setor do leite tem papel fundamental no desenvolvimento econômico e social do nosso Estado. É uma atividade presente em mais de 90% dos municípios, com forte geração de empregos e impacto direto nas economias locais”, assinalou o secretário-executivo do Sindilat/RS.

A confirmação do evento aconteceu durante a apresentação da nova diretoria da Expofest 2025, do projeto Caminhos do Agro e do anúncio de que o Milk Summit Brazil integrará a agenda inicial da exposição com oficinas, debates, rodadas de negócios, atividades culturais e ações de valorização dos produtos lácteos. Estão previstas palestras com especialistas de instituições referência, como Embrapa, banco Rabobank, Emater, Milkpoint. O Milk Summit Brazil será realizado no Parque de Exposições Wanderley Burmann, em Ijuí.

Palharini destaca que a escolha da cidade no Noroeste gaúcho é estratégica. Segundo dados da Emater, ela se destaca como a maior fornecedora de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul, com 741,9 milhões de litros por ano, das mais de 157 mil vacas leiteiras que representam um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões ao ano, somente com leite.

As inscrições para o evento abrem no dia 14 de julho. Toda a programação poderá ser acessada apenas com a doação de 1 kg de alimento não perecível, que será acrescido de 2 litros de leite, doados pela organização, para serem entregues a entidades sociais. “O Milk Summit é um movimento de valorização do leite e está sendo formatado e construído para estar à altura da importância do setor”, pontua Palharini. A realização do Milk Summit Brazil 2025 está a cargo da Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, Sindialt/RS, Emater, Suport D Leite, Prefeitura de Ijuí e Expofest.

Acompanhe as atualizações e novidades sobre o evento pelo Instagram: @milksummitbrazil

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS


Global Dairy Trade 

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat RS

 

Lactalis faz 10 anos de Brasil e planeja expansão

Focada em constituir uma liderança Forte e Responsável na cadeia de leite do país, a Lactalis completa 10 anos de Brasil e continuará investindo na consolidação de seu posicionamento na produção nacional. Nos próximos anos, o grupo, que detém as marcas Président, Parmalat, Itambé, Batavo, Elegê, Poços de Caldas e Galbani, pretende desenvolver as comunidades onde atua por meio de projetos de estímulo à produção no campo e na qualificação e agregação de valor no setor industrial.

Além de projetos na área industrial, a empresa tem previsão de duplicar a dimensão da Lactalis Brasil, com a meta de alcançar o faturamento de R$ 35 bilhões até 2030 com projetos de melhoria da cadeia láctea. A posição foi destacada pelo presidente da Lactalis Américas, Patrick Sauvageot, durante a comemoração de aniversário no Brasil, realizada em São Paulo (SP) nesta segunda-feira (2/6). Ao longo de 10 anos, a Lactalis investiu mais de R$ 5 bilhões em aquisições e operações no Brasil e outros R$ 2,6 bilhões na ampliação e modernização do parque fabril, totalizando R$ 7,6 bilhões.

Para 2025, estão previstos aportes de R$ 313 milhões na ampliação das operações fabris no Paraná e outros R$ 291 milhões em Uberlândia (MG), ampliando a capacidade para o processamento de até 1 mil toneladas de queijo Prato. O volume equivale a aproximadamente, novos 10 milhões de litros de leite transformados a cada 30 dias.

A Lactalis é líder em captação de leite no Brasil, com 23 plantas fabris e 49 centros logísticos distribuídos em oito Estados, sendo mais de 13 mil colaboradores e mais de 2,7 bilhões de litros de leite captados. As fábricas no Brasil são responsáveis por diversas linhas de produtos que todos os dias levam qualidade à mesa de milhares de consumidores. (Jardine comunicação)


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LIVE/MAPA: Registro de Estabelecimentos no SIF: tudo o que você precisa saber!
No dia 4 de junho, às 9h30, será realizada uma live sobre o registro de estabelecimentos no SIF (Serviço de Inspeção Federal), transmitida pelo Canal da Enagro no YouTube. O evento, promovido pelo DIPOA/SDA/MAPA, apresentará as funcionalidades do sistema dentro da Plataforma SDA Digital e contará com uma sessão interativa de perguntas e respostas. A iniciativa é voltada a profissionais do setor agropecuário e demais interessados nos serviços oferecidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária. A live é uma oportunidade para esclarecer dúvidas e conhecer melhor os processos relacionados ao SIF. Não perca! Clique aqui e assista. (Sindilat com informações do MAPA).


 
 
 

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Porto Alegre, 02 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.404


Desistir não é opção: a história da pecuarista que superou desafios pessoais e crises no setor para se manter na pecuária leiteira no Rio Grande do Sul

A trajetória da pecuarista Rosane Sabiel, do interior do Rio Grande do Sul, representa a história da pecuária leiteira brasileira, que é marcada por persistência, superação e uma rotina onde o recomeço virou regra. Enquanto o setor enfrenta uma sequência de desafios — da concorrência com o leite importado do Mercosul, os altos custos de produção, efeitos da pandemia e, mais recentemente, as enchentes no Estado —, Rosane também precisou lutar com diversos obstáculos pessoais para seguir na atividade.

Na propriedade familiar Granja Santo Antônio, localizada no município de Carlos Barbosa, Rosane cresceu envolvida na produção de hortaliças, atividade que garante o sustento da família através da comercialização no CEASA da capital gaúcha. Paralelamente, a família possuía uma pequena criação de gado leiteiro, com o objetivo de atender às necessidades do consumo familiar.

A produtora relembra que foi na infância, observando a dedicação da avó ao rebanho de vacas holandesas, que a paixão pela pecuária de leite começou a florescer. Apesar da pouca idade, Rosane já possuía uma visão clara sobre a importância da qualificação e da adoção de novas tecnologias para impulsionar a produtividade e o crescimento do rebanho. 

“Quem sempre cuidou do rebanho foi minha avó paterna. Com ela, eu aprendi  a cuidar e amar dos animais. Quando eu tinha 12 anos,  a minha avó machucou o joelho e não conseguiu mais fazer os tratos e nem a ordenha. Então, eu comecei a trabalhar mais intensivamente. E naquela época, era tudo ordenha manual”, comentou ao Notícias Agrícolas. 

Aos 14 anos, Rosane começou a investir em sua formação na bovinocultura leiteira através de cursos práticos ministrados por técnicos da cooperativa do município. "Aprendi inseminação artificial, manejo do rebanho, nutrição e também como lidar com os animais quando adoeciam", explica.

Conforme a análise da Coordenadora de Leite e Derivados do Sebrae/RS, Aline Balbinoto, a atividade leiteira historicamente desempenhou um papel coadjuvante nas economias das propriedades, sendo os rendimentos destinados à quitação de obrigações financeiras básicas, como as despesas de supermercado. "Tradicionalmente, a pecuária leiteira era gerida pelas mulheres e seus lucros eram voltados para as necessidades alimentares da família", aponta.

A Coordenadora destaca as diversas mudanças pelas quais o setor tem passado nos últimos anos, marcadas pela transição de gerações, em que os filhos estão buscando investir em qualificação e tecnologia para impulsionar a rentabilidade na atividade.

“No Sebrae, notamos uma preferência dos proprietários das fazendas para que seus sucessores se qualifiquem por meio de cursos e apliquem o conhecimento adquirido na gestão da propriedade”, informou.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) observa que alguns fatores têm motivado a saída dos produtores da atividade, porém a melhora na rentabilidade nos últimos dois anos tem incentivado alguns produtores a continuarem. Segundo a entidade, esse cenário tem sido decisivo para atrair e manter jovens no campo, estimulando o processo de sucessão familiar.

“É a rentabilidade que motiva o produtor a permanecer na atividade, especialmente os mais jovens”, avalia Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat. Ele destaca que, diante de um ambiente mais favorável, tem crescido o número de filhos que optam por seguir ao lado dos pais na produção, dando continuidade ao negócio familiar.

Para o sindicato, esse movimento é essencial para evitar o abandono da pecuária leiteira e garantir o andamento do setor a longo prazo. “Quando há planejamento e participação ativa da nova geração, vemos a sucessão acontecer de forma mais estruturada, o que fortalece toda a cadeia produtiva”, conclui Palharini.

Para Rosane, os primeiros desafios na atividade começaram ainda criança, na qual sempre foi marcado por seus esforços em convencer a família sobre a importância de investir no setor. No entanto, o pai não dava a devida atenção para a produção de leite, o que sempre deixou Rosane chateada. 

“Ainda criança meu pai tentou vender o lote de bovinos de leite três vezes, só que a minha mãe interferiu a meu favor, pois eu sempre caia aos prantos toda vez que tentavam vendê-las”, relatou. 

Quando ela tinha 19 anos, o pai então comprou uma ordenhadeira “balde ao pé” e, naquela época, a produção estava em torno de 120 litros  a 130 litros/dia. A atividade permaneceu de forma secundária ainda por um bom tempo, já que Rosane cresceu, se casou e teve dois filhos e continuava ajudando a família na produção de hortaliças.

"Assim como eu sempre gostei do trabalho com a pecuária leiteira, meu pai sempre amou cuidar da horta para vender no CEASA e ele segue se dedicando na atividade com muita convicção e amor”, relatou.

Assim como na propriedade da família, a atividade leiteira teve que ficar em segundo plano na vida pessoal de Rosane, que passou por uma separação no relacionamento e foi diagnoticada com câncer e depressão, assim  precisou se afastar de todo o trabalho agrícola.

“Durante o período que eu estive doente, eu precisei vender meu veículo para custear o meu tratamento de saúde já que o plano se recusou a pagar meu tratamento. Naquele momento, a minha vida estava acima de tudo e quando estivesse recuperada tinha certeza que iria recomeçar novamente”, disse Saibel.

Assim que se recuperou do tratamento de saúde, Rosane decidiu buscar oportunidade de trabalho fora do campo já que não podia ficar exposta ao sol e ter contato com os produtos químicos. Foi então que começou a realizar fretes e ganhar dinheiro como caminhoneira. “Foi um período muito complicado, pois exigia que eu ficasse longe dos meus filhos e muito tempo na estrada, pricipalmente de madrugada”, comentou.

Rosane recordou o início de sua trajetória, quando auxiliava a avó no manejo do rebanho, então decidiu fazer uma proposta para o seu pai e disse que iria ter sucesso com a produção de leite. Depois de muitas conversas e negociações, o pai aceitou que ela continuasse investindo na pecuária leiteira, mas com a contrapartida de cobrança de uma porcentagem do uso da estrutura e maquinários da propriedade.

Assim, em janeiro de 2019, tomando como um grande desafio pessoal, Rosane passou a manejar sozinha do rebanho de vacas de leite mesmo com poucos recursos financeiros e tendo 17 animais no plantel (10 vacas em lactação e 7 terneiras). Com orientação do técnico da cooperativa, começou a reformulação das dietas e passou a trabalhar exclusivamente com a produção de leite.

“No início, a propriedade comprava os insumos para a alimentação animal e depois investimos na produção de feno de pré-secado, silagem de milho e feno de azevém”, disse.

Determinada em tornar a atividade mais eficiente e produtiva, a produtora começou a investir na atividade com recursos próprios e à medida que juntava o dinheiro com o trabalho. Dentre os investimentos realizados está a ampliação do confinamento, compra de animais, investiu em uma nova ordenhadeira, plataforma basculante, grade aradora, uma semeadora adubadora com acoplamento, pulverizador com comando hidráulico, segadeira para cortar pasto, ancinho, rolo compactador, espalhador de esterco com acionamento hidráulico de 4000L e dois tratores para as operações.

“Os investimentos são necessários para se manter na atividade, mas eu costumo falar que eu invisto conforme a perna aguenta. Eu não faço nada que vai me prejudicar e comprometer o meu trabalho”, comentou.

Rosane decidiu buscar financiamento bancário apenas uma vez para adquirir dois tratores, mas que precisavam ser da cor rosa, pois além de ser um sonho pessoal a cor era uma demonstração de toda a  força, empenho e dedicação das mulheres rurais, que apesar das diversidades não desistem da atividade. 

“Era o meu sonho e não iria desistir disso tão fácil, eu fiz um financiamento junto ao banco e já quitei há dois anos com todo o meu empenho no trabalho”, completou. Com os investimentos realizados nos últimos quatros anos, a produção leiteira passou de 120 a 130 litros/dia para uma produção diária de 500 a 600 litros/dia. (As informações são do Notícias Agrícolas, editadas pelo Sindilat)


CEPEA: preço do leite volta a recuar

Em abril, o preço do leite ao produtor caiu 3,3%, chegando a R$ 2,7415/litro, segundo o Cepea. Apesar da queda, o valor segue 5,7% acima do registrado há um ano, em termos reais.

Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em abril caiu 3,3%, chegando a R$ 2,7415/litro na “Média Brasil”. Ainda assim, o valor é 5,7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, em termos reais (deflacionado pelo IPCA de abril).

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de abril/2025)

Os preços do leite ao produtor caíram em um momento atípico, mas essa queda se explica pela redução da demanda por lácteos no mercado final. De acordo com analistas do MilkPoint Mercado, os preços ainda elevados nas gôndolas dos supermercados e o menor otimismo para o consumo geral da população têm refletido em um consumo mais retraído, impactando negativamente no volume consumido de lácteos.

Além disso, a oferta de leite no campo se manteve firme, mesmo com a chegada da entressafra. O Índice de Captação de Leite (ICAP-L) subiu quase 3% entre março e abril, um aumento maior do que o normal para essa época. Isso se deve ao clima favorável, à boa qualidade da silagem e às margens melhores da atividade.

Com a oferta mais estável, o consumo em baixa e a queda na rentabilidade das indústrias, o mercado espera que os preços ao produtor sigam caindo no terceiro trimestre. (Milkpoint)

Leite/América do Sul

Com a chegada do inverno a produção de leite sul-americana fica estável

A produção de leite na América do Sul encontra-se estável nos principais países produtores com a proximidade do inverno. O clima mais ameno do que o esperado contribuiu positivamente para a produção leite durante o outono. Outrossim, alguns observadores indicam que a produção de leite nas fazendas, em 2025, está inferior em comparação com a produção de 2024. Os relatórios indicam que os custos da alimentação animal estão acessíveis. A demanda dos compradores da região é forte. Os negociantes da América do Sul relatam compras intensas recentemente e os preços sobem continuamente, já que os compradores buscam assegurar mercadorias da Argentina e do Uruguai. A demanda brasileira continua forte. 

Fonte: Relatório USDA: 
https://www.ams.usda.gov/marketnews/individual-dairy-market-news-commodityreports#International
Tradução livre: www.terraviva.com.br


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LIVE/MAPA: Registro de Estabelecimentos no SIF: tudo o que você precisa saber!
No dia 4 de junho, às 9h30, será realizada uma live sobre o registro de estabelecimentos no SIF (Serviço de Inspeção Federal), transmitida pelo Canal da Enagro no YouTube. O evento, promovido pelo DIPOA/SDA/MAPA, apresentará as funcionalidades do sistema dentro da Plataforma SDA Digital e contará com uma sessão interativa de perguntas e respostas. A iniciativa é voltada a profissionais do setor agropecuário e demais interessados nos serviços oferecidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária. A live é uma oportunidade para esclarecer dúvidas e conhecer melhor os processos relacionados ao SIF. Não perca! Clique aqui e assista. (Sindilat com informações do MAPA).


 
 
 

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Porto Alegre, 30 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.403


O leite do futuro

Não será à base de proteínas vegetais nem cultivado em laboratório. O leite do futuro já existe, e está sendo produzido dentro da pecuária, seja de bovinos, ovinos ou caprinos.

Quem diz é Luiz Gustavo Ribeiro, professor na Universidade de Copenhagem, na Dinamarca, que participou da 3ª Jornada Técnica da Rede Técnica de Cooperativas (RTC), em Gramado:

— O leite continuará sendo leite. Tem muito mais nutriente do que as bebidas que o imitam. É mais saudável, por ser natural, e não ultraprocessado.

As informações são de Zero Hora

Créditos das fotos: Carolina Jardine


Sindilat integra ações do Dia Mundial do Leite em Chiapetta 

Em comemoração ao Dia Mundial do Leite, celebrado em 1º de julho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) levou a Chiapetta (RS) ações voltadas à educação e à valorização do setor lácteo. A entidade selecionou produtos lácteos para compor o lanche dos alunos das escolas municipais Lorette Finck, São José e Haydee Chiapetta, além da escola estadual Anchieta, contemplando cerca de 450 estudantes que participaram das atividades comemorativas ao longo do dia.

A programação, que aconteceu no Auditório José Gabriel Chiappetta, contemplou estudantes do ensino médio no turno da manhã. Eles assistiram a uma palestra sobre o mercado de trabalho no setor lácteo, conhecendo as oportunidades de atuação e possibilidades de crescimento profissional que o setor oferece, ministrada pelo engenheiro agrônomo Diego Coimbra, do SENAR-RS, com o tema: "Será que a atividade leiteira dá lucro?".

Já no turno da tarde, os alunos participaram de uma conversa lúdica sobre a história e a importância do leite no desenvolvimento da humanidade, apresentada pelo médico veterinário Henrique Pereira da Silva. Depois, os estudantes se engajaram em uma edição pocket do projeto “Arte na Caixinha”, promovido pelo Sindilat/RS. A iniciativa propõe que as crianças desenvolvam obras artísticas utilizando caixas de leite UHT como suporte, representando, de forma criativa, o que aprenderam sobre o setor lácteo. A atividade estimula a reflexão sobre o consumo consciente, trata da importância do leite na alimentação e do papel dos produtores rurais.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou a relevância de iniciar o diálogo sobre o setor lácteo com o público infantojuvenil, dada a importância do leite na alimentação e no desenvolvimento econômico do Estado. “Levar informação de forma acessível e lúdica para a juventude é uma forma de valorizar a cadeia produtiva do leite. Eles estão entre os principais consumidores e, mais do que isso, são multiplicadores de conhecimento dentro de suas famílias e comunidades”, afirmou Palharini.

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS

 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1869 de 29 de maio de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite está em recuperação, após a superação do vazio forrageiro, que afetou diversas propriedades nas últimas semanas. Já é possível reduzir parcialmente a suplementação com concentrados e volumosos, que mantinha os custos de produção elevados.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Santana do Livramento e Manoel Viana, observam-se os primeiros potreiros de forrageiras de inverno em condições de utilização. 

Na de Caxias do Sul, a condição corporal dos bovinos leiteiros permaneceu apropriada, pois não houve restrições alimentares no período. Os dias mais frios favoreceram o conforto térmico e o bem-estar dos animais tanto no campo quanto em confinamento. 

Na de Erechim, em propriedades com pouca oferta de silagem e menores áreas de pastagem, houve perda de peso em alguns animais, reflexo da transição outonal e da menor disponibilidade de forragem. 

Na de Ijuí, o aumento do estoque de forragem conservada, em virtude da satisfatória produtividade do milho para silagem de segunda safra, pode auxiliar na redução dos custos de produção.

Na de Passo Fundo, os animais vêm recuperando gradativamente a produção de leite em função do aumento da oferta de alimentos volumosos a campo. 

Na de Porto Alegre, a comercialização do leite ocorre sem maiores dificuldades, apesar da diminuição no número de linhas de coleta na maior parte da região. 

Na de Santa Maria, a temperatura mais amena tem favorecido o conforto térmico dos animais, que vinham enfrentando dificuldades alimentares devido à escassez de pastagens, fortemente impactada pelo baixo volume de precipitações ao longo do outono. 

Na de Soledade, no sistema de produção de leite a pasto, os produtores continuam complementando a alimentação dos animais com silagem de milho, cereais de inverno e outros ingredientes, além de ração e suplementos minerais. 

As informações são da Emater/RS editadas pelo Sindilat RS


Jogo Rápido
Instabilidade climática dá lugar ao frio intenso e tempo firme no Rio Grande do Sul
Nos últimos sete dias, o Rio Grande do Sul foi marcado por chuvas intensas e acumulados significativos em várias regiões do Estado. No entanto, na quinta-feira (22/05), o tempo apresentou uma trégua: uma massa de ar frio pós-frontal estabilizou o clima, inibindo a ocorrência de novas precipitações em praticamente todo o território gaúcho. A previsão meteorológica para o período entre os dias 29 de maio e 4 de junho de 2025 aponta mudanças expressivas no cenário climático. As chuvas devem cessar na maior parte do Estado, dando lugar a uma onda de frio mais intensa, com destaque para a Serra Gaúcha, onde as temperaturas podem se aproximar de 0 °C. A partir de sexta-feira (30/05), o tempo firme deve predominar, mantendo as baixas temperaturas em todas as regiões gaúchas. Entre sábado (31/05) e domingo (01/06), espera-se um leve aquecimento gradual, ainda sob céu aberto e clima seco. Entretanto, o início da próxima semana deverá trazer alguma instabilidade pontual. Um cavado — área alongada de baixa pressão atmosférica — se formará no Norte do Estado na segunda-feira (02/06), provocando chuvas localizadas entre a tarde desse dia e a manhã de terça-feira (03/06). Nas demais regiões, o tempo seguirá estável, com sol entre nuvens. Já na quarta-feira (04/06), a previsão indica novamente tempo firme em todo o Rio Grande do Sul. O prognóstico completo para os próximos sete dias prevê ocorrência de chuvas em áreas isoladas, principalmente do Noroeste ao Litoral Sul. As regiões do Litoral, Centro-Sul, Metropolitana e partes do Nordeste gaúcho ainda estarão sob influência de um sistema frontal persistente, que vem atuando desde a semana anterior. Nesses locais, os volumes acumulados de chuva podem variar entre 10 e 150 milímetros até o final de maio. Já no Centro e Norte do Estado, outro sistema de instabilidade deverá atuar ao longo da semana, provocando precipitações mais moderadas, com acumulados que variam de 1 mm a mais de 50 mm. Diante desse cenário, a recomendação é para que a população esteja atenta às atualizações meteorológicas, especialmente nas regiões que ainda podem registrar volumes elevados de chuva. Ao mesmo tempo, é importante se preparar para o frio rigoroso, que deve marcar o início de junho no Rio Grande do Sul.(Fonte: Simagro – Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos editado pelo Sindilat RS)