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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.381


Conseleite/RS: Leite é projetado em R$ 2,5230 no RS

O valor do leite projetado para o mês de abril no Rio Grande do Sul bateu a marca de R$ 2,5230. A projeção foi divulgada nesta terça-feira (29/04) durante reunião do Conseleite realizada em Passo Fundo (RS). O estudo leva em consideração os primeiros 20 dias do mês e representa alta de 0,06% em relação ao projeto de março (R$ 2,5214). O coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, frisou que os preços refletem um “patamar adequado para remuneração dos produtores”.

Segundo o Conseleite, o valor consolidado de março fechou em R$ 2,5164, 0,77% acima dos 2,4972 praticados em fevereiro. “O setor lácteo precisa investir na qualidade de nossos rebanhos e em sistemas produtivos que otimizem custos e aumentem a competitividade de nosso produto”, salientou o dirigente, reforçando a importância da adoção de políticas públicas de estímulo ao setor. Ele citou a liberação de recursos represados do Fundoleite que permita o reinvestimento em melhorias de rebanhos e da própria produção gaúcha. “São recursos do setor que precisam voltar ao setor conforme prevê a lei. É um apoio que será revertido em favor da produção leiteira e da própria economia gaúcha, que deve ser favorecida com um novo potencial de enfrentamento no mercado nacional e internacional".

As informações são do Sindilat RS


Conseleite/PR: projeta valor de referência do leite 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 29 de abril de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Março de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Abril de 2025 é de R$ 4,4107/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.


Conseleite/MG divulga projeção dos valores do leite entregue em abril/25

Conseleite/MG divulga os valores de referência para o leite entregue em abril, com pagamento previsto para maio de 2025. Veja as variações!

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Abril de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2025 a ser pago em Março/2025.

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2025 a ser pago em Abril/2025

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2025 a ser pago em Maio/2025


Períodos de apuração:
Mês de Fevereiro/2025: De 01/02/2025 a 28/02/2025
Mês de Março/2025: De 01/03/2025 a 31/03/2025
Parcial de Abril/2025: De 01/04/2025 a 20/04/2025

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite MG via Milkpoint)


Jogo Rápido

Empresas associadas ao Sindilat/RS são indicadas no prêmio Top Of Mind 2025
No prêmio Top Of Mind 2025, empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) foram indicadas em três categorias, sendo as mais lembradas entre as produtoras de queijo, leite e doce de leite. Nesta edição, as empresas Santa Clara e Président (Lactalis) foram agraciados na categoria queijos; Piá, Elegê, Santa Clara e Italac, na categoria leites; e a Piá foi premiada na categoria Doce de Leite. O secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, comemorou as indicações, reforçando a relevância da premiação para as marcas gaúchas. “É sempre bom que as empresas associadas ao Sindilat/RS sejam indicadas em uma premiação tão importante no nosso estado. Isso mostra a valorização por parte do consumidor e o produto de qualidade que vem sendo entregue à população”. O Top of Mind é realizado pelo Grupo AMANHÃ, e está consolidado entre as principais pesquisas de lembrança do Rio Grande do Sul. A cerimônia de premiação foi realizada na noite desta segunda-feira (28/04) e contou com transmissão ao vivo no YouTube, disponível no youtube clicando aqui. (SINDILAT) 


 
 
 

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Porto Alegre, 28 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.380


Associados do Sindilat têm condição especial para participar do MilkPro Summit 2025

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) terão acesso a condições exclusivas para participar do MilkPro Summit 2025, um dos principais eventos do setor lácteo, que acontece nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP).

Em parceria com a organização do evento, o Sindilat disponibiliza uma oferta especial que inclui ingresso e hospedagem no Bourbon Resort, local onde o summit será realizado, pelo valor de R$ 3.000,00 — valor válido para a noite de 15 para 16 de maio. O benefício é fruto de uma ação promovida entre o Sindilat e parceiros institucionais e é limitado a um número restrito de unidades.

Para acessar a vantagem, os associados devem acessar o link: 

O MilkPro Summit 2025 reunirá produtores, especialistas e investidores para discutir as tendências e inovações que estão moldando o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo. A programação será dividida em seis painéis temáticos que abordarão temas como:

● Tendências globais de produção e consumo de leite
● Inovação, digitalização e inteligência artificial na pecuária leiteira
● Estratégias de negócios e liderança
● Comunicação com o consumidor
● Visão de mercado de produtores globais
Além dos debates, o evento prevê espaços para networking e troca de experiências entre os participantes. 
 
As informações são do Sindilat e do Milkpoint

Previsão de crescimento para a cadeia leiteira argentina em 2025

Alta rentabilidade e clima favorável impulsionam otimismo entre produtores de leite da Argentina. Saiba mais aqui!

Com o consumo interno em alta, exportações ativas e uma relação insumo-produto favorável, o setor leiteiro argentino se reaquece e é possível esperar um bom ano.
“Em 2023, com um litro de leite comprávamos um quilo de milho, enquanto agora, com um litro de leite, compramos dois quilos de milho — uma relação mais do que favorável para a nossa atividade”, destacou o consultor Marcos Snyder.

Ele também pontuou que “o preço do leite está começando a ajustar para cima, porque o consumo interno está se recuperando lentamente e, além disso, as exportações também estão reagindo, já que a China, um dos nossos principais compradores externos, deixou para trás a tendência depressiva dos preços e, inclusive, aumentou os embarques em 12% em relação ao ano passado.”

Outro ponto relevante destacado por Snyder em sua análise é que “hoje já não há acordos de preços, não há preços controlados: não existe mais aquela ligação telefônica de um funcionário pressionando as listas dos comércios, o que acabava prejudicando seriamente a produção primária.” Diante disso, ele prevê um futuro promissor para a cadeia leiteira.

Produção em alta
O ano de 2025, sem dúvida, traz consigo uma projeção otimista para a produção leiteira argentina. De fato, segundo o relatório do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), espera-se um aumento na produção de 5,7%, o que representa 605 milhões de litros adicionais ao longo deste ano.

Caso essa previsão se confirme, a produção total alcançaria 11,2 bilhões de litros — um incremento expressivo.

Quais fatores estão impulsionando essa evolução?
Para Daniel Villulla, produtor e dirigente da Câmara de Produtores de Leite do Centro-Oeste de Buenos Aires (Caprolecoba), “as condições climáticas melhoraram, com chuvas que favoreceram a produtividade das fazendas leiteiras”, além de concordar com Snyder ao afirmar que “também contribuíram a sustentação da demanda interna e a recuperação das exportações”.

Alem disso nos últimos meses, os preços relativos do leite argentino têm se mantido favoráveis, impulsionados também pela estabilidade nos preços do milho e da soja — principais ingredientes da alimentação animal —, o que tem garantido uma excelente rentabilidade para os produtores.

Atualmente, a indústria está pagando, em média, 445 pesos (aproximadamente US$ 0,51) mais IVA por litro, valor que varia de acordo com a qualidade do leite. “Sem dúvida, o preço que o produtor está recebendo proporciona boas margens — ainda mais para fazendas como a nossa, cujo rebanho é da raça Jersey, que produz leite com alto teor de sólidos, o que garante um adicional no pagamento”, explica Milano, que administra com sua família um uma fazenda modelo em Pergamino.

“Estamos alcançando 25 a 26 litros de leite por vaca por dia, com alto teor de gordura e proteína, o que nos permite receber até 500 pesos (cerca de US$ 0,57) por litro mais IVA — ou até mais.”

Mantendo-se esses parâmetros, o que é bastante provável, Milano também concorda em prever que “2025 será um bom ano para o setor leiteiro — ainda mais considerando as melhores condições climáticas observadas desde as chuvas de fevereiro, que nos garantem um excelente inverno para a produção de alfafa e outras pastagens.”

As informações são do La Opinion Online, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

MILHO CEPEA: Preços voltam a cair; produção deve crescer em 2025

Depois de atingirem a casa dos R$90/saca de 60 kg em meados de março, os preços do milho voltaram a cair na primeira quinzena de abril. A pressão veio sobretudo da demanda enfraquecida. Consumidores, abastecidos e atentos à colheita da primeira safra, se afastaram das aquisições, à espera de novas desvalorizações. Já os vendedores estiveram mais ativos no mercado spot, tentando negociar novos lotes, temendo que o ritmo das quedas nos preços se intensificasse.

De 31 de março a 15 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou 3,4% indo para R$84,71/saca de 60 kg no dia 15. A média mensal (parcial até dia 15) ficou 4,3% inferior à de março. Estimativas da Conab apontando aumento de 8% na produção brasileira de milho na safra 2024/25 frente à anterior também influenciaram as baixas nos valores do cereal.

Quanto aos trabalhos de campo, a colheita da safra verão chegou a 65,5% da área nacional até o dia 14 de abril, enquanto a semeadura da segunda safra foi finalizada no início do mês, com as lavouras em boas condições, segundo a Conab.

                                         

As informações são do CEPEA


Jogo Rápido

Prosa Rural - Silagem de inverno para aumentar a produção de leite
A alimentação do rebanho representa o principal custo na produção leiteira. Na Região Sul, o produtor está acostumado a utilizar silagem de milho como base para alimentar os animais. Porém, a oferta de milho é cada vez mais escassa na região, em função das estiagens e da alta valorização da soja no verão. Contudo, no inverno grande parte das áreas produtivas ainda ficam ociosas. Utilizar os cereais de inverno nestas áreas e guardar parte do pasto em forma de silagem é fonte garantida de proteínas ao rebanho. A Embrapa já disponibilizou 15 cultivares forrageiras de inverno, com resultados de pesquisa que mostram que com apropriado manejo em pastagens é possível atingir 20 litros de leite por dia. Saiba como aproveitar os cereais de inverno na produção de silagem ouvindo o Prosa Rural. Confira o Podcast Prosa Rural com este e outros temas de seu interesse no Spotify, e também no YouTube! Ouça clicando aqui. (Embrapa)


 
 
 

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Porto Alegre, 25 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.379


Conseleite Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Abril de 2025 atendendo os  dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Março de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1864 de 24 de abril de 2025 - BOVINOCULTURA DE LEITE

Considerando a fase final das pastagens cultivadas, caracterizada por maior teor de matéria seca e menor concentração protéica, os animais mantêm escore corporal satisfatório devido à suplementação com ração concentrada. São realizadas práticas de monitoramento e controle sanitário, com ênfase no manejo de carrapatos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite segue em declínio em decorrência do vazio forrageiro de outono. Em propriedades com forrageiras anuais de verão implantadas em fevereiro e pastagens perenes, ainda há alguma produção, mesmo diante da diminuição do fotoperíodo e das temperaturas. 

Na de Caxias do Sul, a qualidade do leite, tanto para contagem de células somáticas quanto para contagem padrão em placas, permanece dentro dos limites legais.

Na de Erechim, ocorrem nascimentos de bezerras e vacas em pré-parto, buscando coincidir o pico de lactação futura com o período de maior oferta de pastagens de inverno, que apresentam melhor qualidade bromatológica e contribuem para a redução dos custos de produção. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite diminuiu em função da antecipação do vazio forrageiro e do impacto das altas temperaturas. 

Na de Ijuí, registra-se leve aumento na produção de leite em relação à semana anterior, atribuído às temperaturas amenas, que favorecem a produtividade de animais confinados.

Na de Passo Fundo, persiste a incidência de carrapatos e mosca do berne, exigindo controle em pontos estratégicos, mesmo com a diminuição das temperaturas, principalmente à noite. Houve registro de carbúnculo sintomático em uma propriedade. 

Na de Pelotas, destaca-se a preocupação em relação à alta infestação de ectoparasitas, como moscas e carrapatos, sendo indicados tratamentos preventivos para evitar enfermidades, como tristeza parasitária. 

Na de Porto Alegre, são adquiridos insumos para implantação das pastagens de inverno e para o manejo sanitário voltado especialmente ao controle de carrapatos. 

Na de Santa Rosa, as vacas têm consumido menos pastagem e aumentado a ingestão de ração e de alimentos conservados, elevando o custo de produção. A produtividade permanece em queda e abaixo da média. 

Na de Soledade, embora o crescimento das pastagens perenes esteja reduzido, a oferta de forragem ao rebanho bovino segue satisfatória.

As informações são da Emater/RS adaptadas pelo Sindilat RS

SEAPI/RS: Boletim Integrado Agrometeorológico 17/2025 

Nos últimos sete dias, o estado do Rio Grande do Sul apresentou variações significativas de temperatura, mas sem registros de volumes expressivos de precipitação.

A colheita de milho silagem avançou significativamente, beneficiada pelo tempo seco, que otimizou a operação e ajustou para níveis ideais (entre 30% e 35%) o teor de umidade da matéria verde destinada à ensilagem. Esse índice é essencial para a fermentação homogênea e preservação nutricional. 

Além disso, a secagem acelerada reduziu riscos de atividade microbiana indesejada e perdas por fermentação secundária, reforçando a qualidade do silo. Estima-se que 88% da área foi colhida; 4% estão em início de maturação fisiológica, e 8% em enchimento de grãos. 

As pastagens de aveia apresentam bom estabelecimento. As espécies de verão entram em declínio, sendo gradualmente substituídas. As pastagens perenes e o campo nativo ainda asseguram oferta de forragem. Em razão da diminuição das chuvas, intensificam-se as práticas de conservação, como fenação e produção de pré-secado, e aumenta a demanda por sementes de forrageiras de inverno.

Considerando a fase final das pastagens cultivadas, caracterizada por maior teor de matéria seca e menor concentração proteica, os bovinos de leite mantêm escore corporal satisfatório devido à suplementação com ração concentrada. São realizadas práticas de monitoramento e controle sanitário, com ênfase no manejo de carrapatos.

Chuvas irregulares no Estado é a previsão do tempo para os próximos dias

A previsão para os próximos dias indica a ocorrência de chuvas irregulares em grande parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 17/2025, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
Sexta-feira (25/4) e sábado (26/4): o tempo permanecerá estável, sem previsão de chuvas significativas, e com temperaturas amenas.

Domingo (27/4): a passagem de uma frente fria pelo oceano deverá alterar as condições do tempo em boa parte do estado. Há previsão de chuvas mais uniformes nas regiões Norte, Alto Uruguai, Missões, Campos de Cima da Serra, Serra, Litoral Norte e Metropolitana. Nas demais regiões, a expectativa é de chuva fraca e isolada.

Segunda-feira (28/4): a frente fria ainda influencia o tempo, mantendo a condição de instabilidade em algumas regiões. A atuação de uma massa de ar frio a partir deste dia deverá provocar queda nas temperaturas, especialmente nas regiões de Campos de Cima da Serra, Serra, Campanha e Fronteira Oeste, onde os termômetros podem marcar valores inferiores a 5°C entre a segunda e terça-feira (28 e 29/4).

Terça-feira (29/4): não há previsão de chuvas significativas no estado.

Quarta-feira (30/4): a massa de ar frio começa a perder intensidade, favorecendo a elevação das temperaturas em todas as regiões do Rio Grande do Sul.

O prognóstico para os próximos sete dias indica a ocorrência de chuvas reduzidas em todo o estado. De modo geral, os acumulados devem variar entre 2 mm e 20 mm. Nas regiões Norte, Alto Uruguai, Missões, Campos de Cima da Serra e Litoral Norte, os volumes poderão ser um pouco maiores, variando entre 10 mm e 20 mm, com possibilidade de ultrapassar esses valores, especialmente nas regiões do Alto Uruguai e Norte.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.


Jogo Rápido

Porto Alegre recebe Diálogos da Estratégia Brasil 2050 e reforça união entre planejamento e reconstrução climática
O seminário Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050, realizado nesta quinta-feira (24/04) no auditório do Ministério Público Estadual, em Porto Alegre, reuniu autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil para debater os rumos do desenvolvimento nacional nas próximas décadas. Promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, por meio da Secretaria Nacional de Planejamento (Seplan), o evento marcou a oitava etapa da iniciativa e teve como foco a construção participativa de diretrizes para um Brasil mais justo, sustentável e resiliente. A secretária nacional de Planejamento, Virgínia de Ângelis, destacou a importância de enfrentar as emergências climáticas com planejamento de longo prazo. “A Estratégia Brasil 2050 é um pacto coletivo por um país melhor, com justiça social e sustentabilidade”, afirmou. Durante o encontro, foram apresentadas iniciativas como o Plano Rio Grande e debatidas ações integradas entre governos, setor produtivo e sociedade. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou o seminário e ressaltou a importância da participação do setor leiteiro nas discussões sobre o futuro do país. (Ministério do Planejamento e Orçamento adaptado pelo Sindilat RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 24 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.378


O processamento de soro do leite é crucial para o futuro da indústria de queijos

Inovações como a tecnologia de processamento de soro de leite desempenham um papel importante em manter a indústria de queijos ativa.

De acordo com números publicados pelo Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defra) no ano passado, a renda caiu em quase todos os tipos de fazendas na Inglaterra em 2024 – o que resultou em margens de lucro cada vez mais apertadas. Posteriormente, os preços do leite na fazenda – o valor de mercado menos o custo de venda – aumentaram, com essa tendência definida para continuar.

Em meio a esses desafios, os produtores de queijo tiveram que encontrar maneiras inovadoras de ganhar dinheiro, além da coalhada. É aí que entra o soro, que era originalmente um subproduto da produção de queijo – ele se tornou um produto importante por si só.

Ao reduzir as emissões de carbono, o uso de água e os custos, o processamento do soro pode desempenhar um papel fundamental para permitir que os produtores de queijo britânicos naveguem por essas pressões nos próximos meses e anos.

A maioria dos tipos de queijo requer dez quilos de leite para produzir um quilo de queijo, deixando os produtores com aproximadamente nove quilos de soro. Anteriormente, ele era considerado um subproduto desnecessário, o que o levava a ser comumente deixado como resíduo ou usado como ração animal. No entanto, esse não é mais o caso.

O soro de leite provou ser um fluxo de valor significativo e continua a crescer em lucratividade. Os produtores agora estão aprendendo sobre o potencial do soro de leite – não apenas como uma fonte adicional de renda para ajudar financeiramente produtores de queijo tradicionais e em larga escala – mas também como um meio de reduzir as emissões de carbono e o uso de água. Este é o resultado de uma compreensão mais completa do valor nutricional do soro de leite como fonte de lactose, proteína e minerais.

Nas últimas três décadas, empresas do setor de laticínios têm investido no desenvolvimento de novas tecnologias e inovações, que processam o soro de leite de forma eficaz, permitindo que ele seja utilizado de inúmeras maneiras. Essas novas tecnologias permitem abordagens que vão desde filtragem e centrifugação até secagem por pulverização. Isso significa que agora é possível criar uma variedade de pós derivados do soro de leite, que podem ser usados não apenas em suplementos, mas também como estabilizadores.

O concentrado de proteína de soro de leite (WPC) oferece um exemplo importante, sendo um ingrediente de alto valor em produtos como alimentos para bebês, bebidas esportivas e suplementos nutricionais para idosos. A osmose reversa, um processo tornado possível com essas inovações, remove com sucesso a água do soro. Esse processo resolve um dos principais desafios que impedem a indústria de laticínios de aproveitar ao máximo esse subproduto: o alto teor de água do soro (94%).

Além disso, os produtores podem reutilizar as águas residuais separadas para aquecimento industrial, sistemas de resfriamento e processos de limpeza. A osmose reversa, portanto, reduz a necessidade de água doce nos processos de produção de queijo. Passar o soro por um processo de filtragem por membrana e remover o conteúdo de água antes do transporte também diminui o volume e o peso do produto a ser movido, reduzindo ainda mais as despesas e diminuindo as emissões de carbono.

Hoje, esse processo de osmose reversa está se tornando cada vez mais acessível a produtores menores e mais tradicionais, graças à tecnologia moderna. Isso permite que mais produtores de queijo explorem oportunidades existentes de lucro por meio do processamento de soro, ao mesmo tempo em que reforçam suas credenciais de sustentabilidade.

O processamento de soro está se tornando uma parte essencial dos negócios para produtores de queijo em toda a Europa e além. Além dos potenciais ganhos financeiros, os produtores de queijo britânicos também estão trabalhando em direção a metas de sustentabilidade cada vez mais ambiciosas . A utilização de processos e tecnologias que reduzem as emissões de CO2 e o uso de água pode desempenhar um papel útil no cumprimento dessas metas.

Os produtores de queijo do Reino Unido poderiam aumentar seus lucros investindo nessas tecnologias, ao mesmo tempo em que atraem uma nova geração de consumidores que geralmente compram com a sustentabilidade em mente.

Inovações como a tecnologia de processamento de soro de leite desempenharão um papel importante em manter a indústria de queijos à tona durante ventos contrários e momentos econômicos difíceis, garantindo que os apreciados queijos britânicos permaneçam firmes nas prateleiras do mercado e nas mesas da cozinha pelos próximos anos.

As informações são do Dairy Industries, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Sistema FIERGS saúda decisão do governo federal em ampliar prazo para empresas se adequarem a nova redação da NR-1

O Sistema FIERGS saúda a decisão do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) anunciada em reunião com entidades nesta quinta-feira (24) de dar um período de um ano para adaptação das empresas à nova redação da Norma Reguladora nº 1 (NR-1), que estabelece as diretrizes gerais para a segurança e saúde no trabalho no Brasil. A previsão era que atualização entrasse em vigor no dia 26 de maio. Eventuais autuações serão realizadas somente após o fim desse novo prazo. 

A FIERGS vinha alertando sobre as dúvidas e interpretações diversas na legislação, por parte de indústrias e sindicatos industriais, com trechos genéricos e pouco efetivos, o que dificulta a aplicação prática.

Coordenador do Conselho de Relações do Trabalho (Contrab) do Sistema FIERGS, Guilherme Scozziero participou da reunião com o ministro Luiz Marinho nesta manhã, em Brasília, e diz que o maior prazo é importante para o esclarecimento de dúvidas sobre a atualização do texto da NR-1.

“Fomos uma das quatro federações convocadas para a reunião, mostrando a força da FIERGS, e alertarmos o ministério sobre a sensibilidade dessa questão em razão da subjetividade presente na norma. As empresas querem cumprir a lei, mas não sabem como fazer isso. Por isso, o maior prazo é essencial para que se possa compreender as exigências e fazer a aplicação correta", destaca.

Segundo o ministro, a atualização da NR-1 será implementada de forma educativa e informativa a partir de 26 de maio deste ano, com enfoque na orientação às empresas, com a publicação de um guia. Um grupo de trabalho será formado para avaliar esse processo e esclarecer dúvidas.

O Sistema FIERGS fará eventos no interior do Estado para esclarecer e orientar sindicatos e indústrias sobre a nova norma.

As informações são da FIERGS

Movimento altista no campo deve perder força em março

A maior disputa entre indústrias de laticínios pela aquisição de leite cru impulsionou os valores pagos pela matéria-prima no primeiro bimestre de 2025. Segundo o dado mais recente do Cepea, o preço médio do leite captado em fevereiro foi de R$ 2,7734/litro (“Média Brasil”), aumentos de 3,3% em relação a janeiro e de 18,1% na comparação com fevereiro/24 (deflacionamento pelo IPCA de fevereiro). 

Para março, a expectativa é que as cotações continuem em alta, embora em menor intensidade, refletindo uma desaceleração no ritmo de valorização. O grande responsável pela freada no movimento altista no campo é a demanda enfraquecida na ponta final da cadeia. Pesquisas do Cepea realizadas com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostram que as negociações dos lácteos entre indústrias e canais de distribuição  em março foram prejudicadas pela retração da procura. 

O desempenho ruim nas vendas dos lácteos em março afetou negativamente as cotações do leite spot em abril: em Minas Gerais, a média chegou a R$3,11/litro, queda de 5,8% frente ao mês anterior.

Apesar da proximidade do período de entressafra com a mudança da estação (primeiramente no Sul e, depois, no Sudeste e Centro-Oeste), a oferta de leite cru dá sinais de se manter mais ou menos estável. Assim, agentes do mercado acreditam que a redução da disponibilidade nesta entressafra seja menor que a observada em anos anteriores. Em muitas bacias leiteiras, o volume captado entre março e abril supera o registrado em anos anteriores devido ao clima propício, qualidade de silagem e melhores margens de atividade, que se refletiram em investimentos. Apesar dos custos com alimentação seguirem em alta em março, as variações neste ano têm sido mais baixas que em anos anteriores. E, mesmo que o poder de compra do pecuarista frente ao milho (relação de troca) esteja diminuindo mês a mês, os resultados desse 1° bimestre ainda são melhores que os registrados nos últimos anos.

Com a oferta mais estável durante a entressafra, a dificuldade do consumo em acompanhar os reajustes do campo e a redução da rentabilidade industrial, agentes do setor projetam um possível comportamento atípico dos preços ao produtor no segundo trimestre, com chances de queda. Esse contexto, no entanto, tem aumentado as incertezas e alimentado especulações, tornando o mercado ainda mais imprevisível.

As importações elevadas reforçam a pressão sobre as cotações internas. Embora as compras tenham recuado 14,8% em março, o volume acumulado no primeiro trimestre ainda supera em 5,4% o registrado no mesmo período de 2024. Essa quantidade contínua significa e mantém a preocupação de agentes quanto à concorrência com os produtos importados e a capacidade da indústria em repassar altas no campo para o preço dos lácteos e assegurar rentabilidade.

As informações são do CEPEA


Jogo Rápido

China quer mais filhos: bom para o leite global?
A queda drástica da natalidade na China acendeu o alerta no governo e no setor privado. Em uma sociedade que envelhece rapidamente, as empresas procuram soluções criativas para reverter a tendência. Uma delas vem do setor lácteo, que enfrenta uma superoferta e queda de preços. A recuperação da natalidade poderia ser um respiro para esse mercado. Mas que impacto isso pode ter sobre o comércio global de laticínios? Incentivos privados: quando a empresa ajuda a formar famílias. A gigante chinesa de laticínios Feihe anunciou que irá oferecer apoio financeiro a funcionários que tenham filhos, como parte de uma política para estimular a natalidade. Feihe não está sozinha. Empresas como Trip.com e Dabeinong Technology Group oferecem bônus entre 10 mil e 100 mil yuans por filho. A taxa de natalidade na China caiu para 6,4 nascimentos por 1.000 habitantes em 2023, o nível mais baixo desde o início dos registros modernos. A baixa natalidade afeta diretamente a demanda por fórmulas infantis, um dos segmentos mais rentáveis do setor. Uma crise global de natalidade. Coreia do Sul, Japão, Itália e vários países da Europa do Leste enfrentam desafios semelhantes. A Coreia do Sul, por exemplo, registrou uma taxa de fertilidade de apenas 0,78 filhos por mulher em 2022 — a menor do mundo. Algumas empresas, como o Booyoung Group, oferecem até US$ 75 mil por filho a seus colaboradores. A crise de natalidade ameaça a sustentabilidade de mercados como o de laticínios, que dependem de consumidores jovens. A China é o maior importador mundial de produtos lácteos. Em 2023, comprou mais de 620 mil toneladas de leite em pó, segundo o USDA. Uma recuperação da natalidade poderia reaquecer essa demanda. Mas os desafios persistem: mudanças nos hábitos de consumo (com aumento das bebidas vegetais), regulamentações mais exigentes e a necessidade de certificações específicas tornam o acesso ao mercado chinês mais complexo. A política natalista impulsionada por empresas como Feihe pode representar uma mudança estrutural. Para o setor lácteo, isso pode significar um novo horizonte — desde que haja capacidade de adaptação e inovação. (EDAIRYNEWS)


 
 
 

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Porto Alegre, 23 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.377


Expansão: Sooro Renner inicia obras de complexo industrial em Beltrão

A empresa Sooro Renner iniciou a construção da sua nova unidade, em Francisco Beltrão. Máquinas e caminhões trabalham no nivelamento da área onde será edificada a planta industrial focada na produção de whey protein e lactose infantil formula grade.

Serão aportados cerca de R$ 650 milhões na obra e, após entrar em operação, a indústria vai gerar 250 empregos diretos e outros 1.200 indiretos. Segundo o prefeito Antônio Pedron, que acompanhou os trabalhos no terreno, este será o maior investimento privado da história de Beltrão.

“Teremos aqui uma indústria moderna e que vai atuar na transformação de um dos nossos principais produtos do meio rural, o leite. O impacto social e econômico será significativo em toda a região”, destacou. A vinda da Sooro Renner para Beltrão foi anunciada em janeiro pelo prefeito, que se dedicou pessoalmente na atração da empresa.

Um dos destaques do projeto é a produção de Lactose Infant Formula, um ingrediente essencial para fórmulas infantis que, até então, era importado pelo Brasil. Com a nova fábrica, a Sooro Renner atenderá à crescente demanda do mercado interno. Com a expansão da capacidade produtiva, a empresa pretende fornecer para os maiores fabricantes de alimentos do Brasil e da América Latina, além de ampliar as exportações para o Sudeste Asiático.

O investimento em Francisco Beltrão representa um novo passo para o desenvolvimento econômico do Sudoeste paranaense. A nova fábrica, com sua alta capacidade produtiva e tecnologia de ponta, trará benefícios significativos para a cidade, gerando empregos, impulsionando a cadeia produtiva do leite e consolidando Francisco Beltrão como um polo industrial de destaque no Paraná.  (Município de Francisco Beltrão)


Leite/América do Sul

Tendências positivas para produção de leite na América do Sul

O início de 2025 registrou uma notável alteração da produção de leite na América do Sul, como um todo. 

No ano passado, nesta época, os relatos eram mistos. Os produtores de leite da Argentina enfrentavam uma onda de muito calor e umidade, mas brasileiros e uruguaios possuíam condições eram adequadas. Este ano, todos os principais países produtores de leite da América do Sul, incluindo Chile e Colômbia, estão com tendências positivas para produção de leite. O clima vem desempenhando um papel fundamental, e o serviço internacional de meteorologia (NOAA) prevê a persistência de padrões climáticos “La Niña fracos” e neutros até maio. Apesar das projeções de queda da produtividade nas colheitas da região, as expectativas em relação à produção de leite são boas. Analistas avaliam que as margens dos agricultores tendem a diminuir, se os custos com a ração aumentarem diante da queda de safra do milho e da soja. 

A maioria das atividades comerciais de commodities lácteas para o 1º trimestre já foi encerrada. Os compradores brasileiros continuam ampliando os pedidos para produtos cuja disponibilidade está baixa. Os compradores brasileiros sendo impactados com os elevados custos logísticos nos últimos meses. 

O aumento recai particularmente para pós, leite em pó integral, leite em pó desnatado e soro de leite, que estão com uma forte demanda internacional. Os comerciantes aguardam novas orientações sobre tarifas até a próxima semana. 

Fonte: Relatório USDA - Tradução livre: www.terraviva.com.br

Do campo ao Feed: como fazendas de leite podem conquistar o consumidor moderno nas redes sociais

Do campo ao Feed: como as fazendas de leite podem conquistar o consumidor moderno através da comunicação via redes sociais? Quais as oportunidades? Leia mais!

A relação entre produtores de leite e consumidores nunca foi tão próxima — e, paradoxalmente, tão complexa. 

Fazendas abrem perfis em redes sociais, mas, no fim das contas, nem sabem muito bem o que fazer com elas. Em um mundo onde um único story no Instagram pode demonizar ou santificar um produto na prateleira do supermercado, as fazendas leiteiras e laticínios têm uma oportunidade única: humanizar suas marcas, criar narrativas autênticas e engajar gerações que consomem conteúdo de formas radicalmente diferentes.

Nos EUA, gigantes como Tillamook e Organic Valley já entendem: não basta produzir leite, é preciso contar histórias que ressoem da Geração Z aos Baby Boomers.

Vamos mergulhar em estratégias práticas que transcendem posts genéricos e constroem realmente um legado. Cada geração exige um idioma próprio nas redes sociais. A chave é segmentar sem fragmentar a essência da marca.

Geração  Z (18-24 anos): Autenticidade > Perfeição

Plataformas-chave: TikTok, Instagram Reels, YouTube Shorts.  

Estratégia: Vídeos rápidos que mostrem o "backstage" da fazenda — coisas como bezerros brincando, ordenha tranquila, funcionários de fazenda contando sua rotina. A Geração Z valoriza transparência e impacto ambiental. Outro ponto que cativa essa geração é a quebra de teorias da conspiração, já que eles nasceram nesse ambiente caótico de muita informação e “especialistas” influencers que surgem do dia para a noite.
Exemplo prático: A Tillamook (EUA) usa humor em séries como "Loaf Life", onde embalagens de queijo ganham personalidade, viralizando entre jovens. Inclua desafios como "Mostre sua receita com nosso leite" para gerar UGC (User-Generated Content - conteúdo gerado pelo usuário).  

 Millennials (25-40 anos): Conexão com Propósito

Plataformas-chave: Instagram, Facebook, LinkedIn.  

Estratégia: Conteúdo educativo. Posts sobre bem-estar animal, rastreabilidade (ex.: QR code na embalagem que leva a um vídeo da vaca específica) e certificações. Os millennials buscam marcas alinhadas a seus valores.  

Dado que impacta: 73% deles pagariam mais por produtos sustentáveis (Nielsen). A Organic Valley (EUA) faz live tours virtuais nas fazendas, destacando práticas regenerativas.   

Geração X (41-56 anos): Tradição com Modernidade

Plataformas-chave: Facebook, YouTube, Blogs.  

Estratégia: Combate à desinformação. Vídeos explicativos desmistificando temas como "hormônios no leite" ou "mitos sobre lactose". A Geração X valoriza confiança e tradição, mas precisa de dados claros, palatáveis, com explicações fáceis. É importante sempre associar rostos e histórias reais ao produto em questão.

Case: A Cabot Creamery (EUA) criou a série "Farmers’ Stories", vinculando cada produto a um produtor específico, com depoimentos sobre a história com a vida na fazenda e o leite.

Baby Boomers (57+ anos): Emoção e Confiança 

Plataformas-chave: Facebook, WhatsApp, E-mail Marketing.
  
Estratégia: Narrativas nostálgicas. Posts como "Como o leite chegava à sua mesa nos anos 60 vs. hoje" ou receitas familiares. Inclua testes interativos ("Qual queijo combina com seu perfil?").  

Dica: Parcerias com influenciadores "maduros" (ex.: chefs aposentados ou figuras locais) para reforçar credibilidade.  

Além das Gerações, pilares universais para uma marca forte

Definir para quem você quer comunicar: Você pode ser uma fazenda "heróica" (foco em superação), "cuidadora" (bem-estar animal) ou "visionária" (tecnologia sustentável). A persona guia o tom, o jeito como as coisas são mostradas e as histórias contadas — descontraído para o TikTok, e um pouco mais sério no LinkedIn.  

Content pillars - Pilares de conteúdo (escolha suas batalhas de forma inteligente): Organize o conteúdo em pilares temáticos (ex.: Sustentabilidade, Saúde, Cultura Rural). A Arla Foods (Dinamarca) usa 80% do conteúdo para educar e 20% para promover produtos.  

Data-driven decisions: Ferramentas como Meta Analytics e Hootsuite identificam horários de pico e conteúdos mais engajadores. Nos EUA, 60% das fazendas usam CRM integrado às redes para segmentar anúncios por idade e interesse.  

O futuro já acontece: cases globais para inspirar

Fairlife (EUA): Revolucionou o mercado com vídeos de inovação (leite ultrafiltrado) no YouTube, focando em performance atlética para Millennials e Geração Z. 
 
Fonterra (Nova Zelândia): Usa realidade aumentada no Instagram para mostrar o caminho do leite da fazenda ao copo, atraindo famílias (Gen X e Millennials).  

Estratégia local com impacto global: Na Holanda, a marca "Bemmel’s Best" permite que consumidores "adotem" uma vaca via app, recebendo atualizações personalizadas — modelo replicável para fidelizar Boomers e Millennials.   

Construir relações via redes sociais não é sobre panfletar seu produto, é sobre cultivar comunidades.

Nos EUA, as fazendas que lideram o mercado são aquelas que entendem que um consumidor de 20 anos quer entretenimento rápido, enquanto um de 60 busca confiança — mas ambos exigem autenticidade. O segredo? Unir dados demográficos a uma narrativa coerente, onde cada post, vídeo ou comentário reforça que “por trás da marca, há pessoas, vacas felizes e um compromisso que atravessa gerações”. Ou seja, dedicar tempo e se desprender de conceitos antigos sobre comunicação na hora de mostrar a cara no mercado. (Milkpoint)


Jogo Rápido

NO RADAR
Os preços do milho no mercado brasileiro fecharam ontem com nova queda, após o recuo registrado na última semana, na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea/Esalq. Reflexo, conforme a instituição, da postura retraída de parte dos compradores. Ontem, a saca fechou a R$ 82,57, com uma redução acumulada no mês de 5,86%. A colheita da safra de verão do grão chegou a 65,5% da área total cultivada no país. E a segunda safra, hoje o maior volume da cultura, teve a semeadura já encerrada, segundo boletim da Conab. (Zero Hora)


 
 
 

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Porto Alegre, 22 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.376


Momento de estabilidade na pecuária leiteira

Alta do dólar, oferta equilibrada, retorno das chuvas e temperaturas mais amenas contribuem para uma entressafra excepcionalmente tranquila na produção de leite, em comparação com os últimos anos

No lançamento da 18ª Fenasul/45ª Expoleite, no início da semana passada, o tom dos discursos de representantes do setor leiteiro surpreendeu o público. Ao invés das queixas e reivindicações que têm caracterizado os encontros do endividado meio rural gaúcho, as manifestações do evento permitiram inclusive piadas e ditos espirituosos. O ambiente reflete um período de excepcional estabilidade, na comparação com anos anteriores, vivenciado pela bovinocultura leiteira na entressafra de 2025, mas que também não torna os pecuaristas alheios às dificuldades enfrentadas pela agropecuária do Rio Grande do Sul.

De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) e da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Marcos Tang, a estiagem que atingiu o Estado desde meados de dezembro, combinada às temperaturas extremas verificadas durante o verão, fez cair a produção de leite em cerca de 10%. O fenômeno climático, além de provocar estresse térmico nas vacas, reduzindo a oferta da bebida, prejudicou lavouras de soja e de milho nas regiões Oeste e Noroeste do RS, com impacto sobre a alimentação e, por consequência, nos custos de produção dos rebanhos. Tang calcula que entre 600 mil até um milhão de litros de leite deixaram de ser ordenhados, chegando próximo ao percentual de 10% da produção diária gaúcha.

“Estamos na entressafra. A produção melhora agora com a vinda das pastagens. É um momento em que reduz o custo e se produz mais, com uma alimentação muito natural para a vaca”, diz Tang. De qualquer forma, mesmo com a colaboração das condições climáticas e do pasto abundante, a produção dos meses de final de verão, outono e inverno tem seus limites.Tang exemplifica com os resultados dos concursos leiteiros em diferentes etapas do ano. “Concursos que ocorrem entre fevereiro e maio, incluindo a nossa Fenasul/Expoleite, as vacas vencem com 70 litros ou 80 litros. Depois chega na Expointer (que ocorre na primavera) e bate ali perto dos 100 litros. É um ciclo”, descreve o dirigente.

Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), Darlan Palharini prevê que a produção em 2025 supere o total de 2024, de 3,8 bilhões de litros. Tang ressalta a necessidade de estabelecimento de um debate sobre o volume da produção leiteira gaúcha, estacionada em cerca de 11 milhões de litros por dia. Dados do Sindilat/RS indicam que a média pode ser inclusive inferior. Entre 2021 e 2024, conforme o sindicato, a média diária de aquisição de leite pela indústria no RS oscilou entre 7,5 milhões de litros, em janeiro de 2022, a 12,2 milhões de litros, em agosto de 2021. “Estamos falando de leite oficial, com nota. Estagnamos nisso há mais de 10 anos ou 15 anos”, diz Tang.

Para o gerente de Suprimentos de Leite da Cooperativa Geral Gaúcha (CCGL), Jair da Silva Melo, a produção de leite no Rio Grande do Sul, de fato, cresce a uma taxa muito baixa, de 1,7% ao ano. A falta de incentivo, estadual ou federal, contribui para a redução de 60% no número de produtores, que hoje somam 34 mil agropecuaristas no Rio Grande do Sul, conforme Melo. “Dentro do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), ele (o pecuarista de leite) é um dos que menos consegue pegar recursos de até R$ 250 mil. Pescadores conseguem pegar mais que o produtor de leite”, aponta Tang. Palharini destaca a estabilidade nos negócios e nos preços, avaliação compartilhada pelo vice-presidente e diretor de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Eugênio Zanetti. “Há um pouco de retração nas vendas. Com a taxa de juro mais alta, o mercado está um pouco travado, mas não dá para dizer que não se consegue vender”, revela Palharini. 

Conforme o dirigente sindical, a indústria opera com margem mais curta. “A cotação do leite está remunerando bem o produtor. Os laticínios têm de trabalhar muito com a questão da eficiência para buscar rentabilidade”, pondera Palharini. Zanetti considera a possibilidade de o valor ao produtor sofrer alta na próxima reunião do Conseleite, prevista para o dia 29 de abril, em Passo Fundo. Ele comemora o cenário mais equilibrado, diferente do que ocorreu no passado recente. “O produtor está precisando de normalidade, até para se recuperar das dificuldades dos últimos anos”, afirma.

Zanetti e Palharini, contudo, ressaltam que a situação é favorável ao pecuarista que atinge uma oferta de, pelo menos, 500 litros de leite por dia, assegurando com o volume a obtenção de uma rentabilidade “mais confortável”. Uma dificuldade que teve sua importância moderada desde abril de 2024 foi a concorrência com o produto importado do Mercosul. O governo gaúcho e de outras unidades federativas chegaram a adotar medidas de eliminação de benefícios fiscais, aplicadas às empresas que mantivessem a preferência pelo fornecedor estrangeiro. No entanto, o que acabou limitando o ingresso de leite oriundo da Argentina, principalmente, foi a alta do dólar e a elevação dos custos de produção do país vizinho a partir da chegada do presidente Javier Milei à Casa Rosada. “O governo argentino retirou subsídios e o preço do leite na Argentina está em patamar elevado”, diz Zanetti. “As importações continuam, em volume bem considerável, mas também a economia vai se acostumando com essa realidade e trabalhando com esse novo participante de mercado”, pondera Palharini. (Correio do Povo)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1863 

BOVINOCULTURA DE LEITE

As temperaturas amenas e as chuvas intensas favoreceram o bem-estar animal, apesar dos problemas com barro. São efetuados os devidos cuidados sanitários. A produção se mantém estabilizada, e os indicadores de qualidade do leite seguem dentro dos parâmetros. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o vazio forrageiro outonal tem impactado a produção e a qualidade do leite, especialmente na Campanha e Fronteira Oeste.

Na de Caxias do Sul, o clima beneficiou o bem-estar animal. Nos sistemas confinados, tem sido mantida a alimentação adequada. A produtividade está estável, apesar do acúmulo de barro e da necessidade de maior atenção à qualidade do leite. 

Na de Erechim, os rebanhos apresentam apropriado estado sanitário e nutricional, beneficiados pelas temperaturas mais amenas e pela normalização da oferta de água. Contudo, o vazio outonal tem exigido maior suplementação alimentar e atenção aos manejos reprodutivos, sanitários e de pastoreio. 

Na de Frederico Westphalen, a produção foi levemente impactada pelo vazio forrageiro antecipado e pelas altas temperaturas. Contudo, as chuvas e as temperaturas mais amenas proporcionaram o rebrote das pastagens e adequado bem-estar animal, mantendo o cenário de estabilidade na comercialização. 

Na de Ijuí, a produção segue estável, e aumento o uso de silagem para compensar o vazio outonal nas pastagens. Nos sistemas confinados, a redução das temperaturas tem favorecido o bem-estar dos animais.

Na de Passo Fundo, o uso intensificado de alimentos conservados durante o vazio outonal contribuiu para a recuperação nutricional dos rebanhos. Observa-se redução na população de moscas e aumento nos casos de carrapatos e tristeza parasitária. Porém, há menor oferta de leite. 

Na de Pelotas, as chuvas intensas têm afetado o pastejo, o plantio de pastagens de inverno, a colheita de silagem e a logística de transporte do leite, comprometendo a produção em diversas regiões. Entretanto, há expectativa de recuperação com o avanço das forrageiras de inverno. 

Na de Porto Alegre, os animais mantêm condição corporal satisfatória com apoio da suplementação. 

Na de Santa Maria, os produtores seguem atentos ao controle de parasitas para manter a sanidade dos rebanhos. 

Na de Santa Rosa, os custos de produção estão adequados, e o preço da ração e dos insumos tem permitido margem de lucratividade para o produtor. A média do preço recebido pelo litro de leite apresentou estabilidade em comparação ao mês anterior. 

Na de Soledade, as temperaturas amenas e a boa oferta de pastagens, aliadas ao avanço das forrageiras de inverno e do milho para silagem, favoreceram o bem-estar do rebanho e a estabilidade alimentar dos animais. (Emater/RS adaptado pelo Sindilat)

Embrapa promove seminário on-line sobre rumos da cadeia do leite no Brasil

Evento será nesta terça-feira, 29, reunirá especialistas e terá debate com o público

A Rede de Socioeconomia da Agricultura da Embrapa promove na próxima terça-feira 29 de abril, das 9h às 11h, o seminário "Debates em Socioeconomia – Leite e Derivados: realidade e perspectivas futuras", com transmissão ao vivo pelo canal da Embrapa no YouTube. O evento é gratuito e aberto ao público.

Com foco na análise dos desafios e tendências da cadeia produtiva do leite, o seminário reunirá representantes do setor produtivo e especialistas da Embrapa Gado de Leite. O objetivo é aprofundar a compreensão sobre a atual conjuntura da produção leiteira no Brasil e debater estratégias para fortalecer a competitividade do setor, com especial atenção à inovação tecnológica, ao mercado consumidor e ao papel da produção familiar.

Painelistas e temas

A programação contará com três apresentações seguidas de debate com o público:

9h – Jônadan Ma (Comissão Técnica da Pecuária de Leite da FAEMG) abordará “Os desafios da produção sob a perspectiva do produtor de leite”

9h30 – Glauco Carvalho (Embrapa Gado de Leite) falará sobre “Desafios e tendências para a cadeia produtiva do leite”

10h – Kennya Siqueira (Embrapa Gado de Leite) apresentará o tema “O mercado de leite e derivados sob a ótica do consumidor”

Logo depois das apresentações, acontece o debate com o público.

Alinhar visões e estratégias
A mediação será do pesquisador Samuel Oliveira, da Embrapa Gado de Leite. Ele ressalta a importância da abordagem integrada do tema: “A cadeia produtiva do leite está em um momento de inflexão. Estamos vendo avanços em produtividade e uso de tecnologia, mas também novos desafios ligados à competitividade, à oscilação do consumo e à reorganização da produção no território nacional. O seminário será uma oportunidade para alinhar visões e estratégias a partir de uma leitura qualificada do cenário atual.”

Samuel destaca que a proposta do evento é criar um espaço para análise crítica e troca de experiências: “Nossa intenção é reunir diferentes olhares – do produtor, do pesquisador, do mercado – para que possamos compreender a complexidade do setor e identificar caminhos viáveis, tanto do ponto de vista econômico quanto social.”

Transformações e perspectivas
De acordo com estudos da Embrapa, o Brasil alcançou em 2023 a marca de 97 milhões de litros de leite por dia. Ainda que a produção pouco tenha se alterado nos últimos dez anos, ocorreu forte redução do número de vacas ordenhadas, evidenciando o aumento da produtividade por animal – que passou de 1.492 litros/vaca/ano em 2013 para 2.259 litros em 2023.

Avanços e Desafios

Apesar dos avanços, os desafios permanecem. “A cadeia precisa enfrentar o aumento de custos, a concorrência das importações e um consumo interno que cresce em ritmo mais lento”, explica Samuel. “Por outro lado, há oportunidades reais ligadas à gestão eficiente, ao uso de tecnologias e ao fortalecimento das estratégias de agregação de valor nos produtos lácteos”, diz.

O pesquisador também reforça a importância do olhar socioeconômico sobre o setor: “A produção de leite envolve grandes produtores, mas também um número significativo de agricultores familiares. É fundamental pensar políticas e soluções que ajudem os pequenos a se manter competitivos. A sustentabilidade econômica e social da cadeia depende disso.”

Rede de Socioeconomia da Embrapa
A Rede de Socioeconomia da Agricultura (RSA) é uma iniciativa da Embrapa criada oficialmente este ano, a partir de um grupo de trabalho instituído pela Diretoria Executiva em 2024, com coordenação da Assessoria de Estratégia e Sustentabilidade (AEST). A Rede tem como missão fortalecer a área de socioeconomia na Empresa, promovendo a integração entre pesquisa e inteligência estratégica para apoiar a competitividade e a sustentabilidade do setor agropecuário brasileiro.

A rede conta hoje com pelo menos 273 empregados da Embrapa – entre economistas, sociólogos, agrônomos, estatísticos, cientistas da computação e outras especialidades. A Rede busca gerar análises, subsídios e dados estratégicos voltados à formulação de políticas públicas, ao desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, ao monitoramento de inovações tecnológicas e à inclusão socioprodutiva de pequenos agricultores.

Serviço

  • Seminário Debates em Socioeconomia – Leite e Derivados: realidade e perspectivas futuras
  • Data: 29 de abril de 2025
  • Horário: das 9h às 11h
  • Transmissão ao vivo: www.youtube.com/embrapa
  • Participação aberta com perguntas ao vivo
  • Mais informações sobre o setor: www.cileite.com.br
  • Fonte: Embrapa Gado de Leite

Jogo Rápido

Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis paineis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Forum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link, clicando aqui.  O evento também contará com paineis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor. (Sindilat)


 
 
 

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Porto Alegre, 17 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.375


Whey protein: A indústria brasileira da suplementação: vai um scoop aí?

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD) mostram que o setor como um todo expandiu 2,4% ao longo de 2024: Brasil é o maior mercado consumidor de proteína do soro do leite na América do Sul.

Início de ano, planos e metas novos, dietinha para recuperar o ritmo, app da empresa para competição de quem treina mais. Que atire a primeira pedra quem não pensou em levar 2025 nessa vibe.

E cada vez mais temos visto por aí as suplementações, inseridas nesse contexto para dar uma mão na rotina: proteína, creatina, glutamina, aminoácidos.

Em cápsula, em pó, comprimidos, batidos com banana e até disfarçados de balinha, os suplementos alimentares e vitamínicos ganharam a mente e o corpo dos brasileiros.

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), o setor de alimentos para fins especiais, nome técnico de boa parte dessas suplementações, mostrou crescimento significativo em 2024.

O consumo de vitaminas, por exemplo, cresceu em 9,3% entre janeiro e dezembro, na comparação com 2023. Já os concentrados de proteínas registraram um avanço de cerca de 3% no mesmo período, segundo cálculos da ABIAD.

Uma das explicações para tanta admiração pelo whey protein é por ser a forma mais eficiente de o corpo humano digerir e usar o nutriente.

Como são microfiltrados, oferecem proteína ultrapura, pois o processo de produção garante que a proteína permaneça intacta e tão pura quanto possível, podendo ser diluído em diferentes tipos de bebida.

Um relatório da Mordor Intelligence coloca o Brasil como o maior mercado consumidor de proteína do soro do leite na América do Sul, sendo responsável por mais de 58% do mercado. A projeção é que o consumo continue crescendo a uma taxa anual de 8% entre 2024 e 2029. Informação que impulsiona a produção do ingrediente no Brasil atualmente.
Pioneira na fabricação de whey e líder no mercado de suplementos, a Sooro Renner investiu mais de R$ 600 milhões nos últimos cinco anos. A indústria,  baseada em Marechal Cândido Rondon (PR) e Estação (RS), é hoje a maior processadora de soro de leite da América Latina.

Recentemente a Sooro apostou em uma expansão que quintuplicou a produção diária e investiu em uma torre só para produzir uma nova fórmula: o permeado de soro de leite.

“A gente não produzia permeado e passamos a produzir em torno de 100 toneladas/dia desse produto. Estamos falando aí de 3 mil toneladas/mês de permeado na nossa fabricação”, explica Cláudio Hausen de Souza, diretor e sócio da Sooro.

O permeado é uma fonte de energia com alto teor de lactose, que é separada no processo da produção do whey protein. “Esse mercado é crescente e nós estamos navegando em um mar bastante favorável aqui no Brasil.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Nutrição, nos próximos cinco anos esse mercado deve dobrar de tamanho”, comenta Cláudio.

Da manteiga ao whey
Esse nicho de mercado fez com que marcas estabelecidas, como a Piracanjuba, abrissem novas frentes de produção para acompanhar a tendência.

Nascida em 1955, a Piracanjuba começou produzindo manteiga, há mais de 69 anos, na cidade goiana de quem emprestou o nome. Há cerca de sete anos, vieram os itens com suplementação de proteínas. Em 2018, chegou a vez do Piracanjuba Whey.

A demanda foi tão grande que foi preciso ajustar a produção para ter mais e novas opções da bebida. Uma forma de atender diferentes perfis de consumidores, que reúne do atleta ao praticante de atividades físicas de grau moderado a leve.

Para atender toda a demanda, o processo de produção é feito em sete unidades fabris, com capacidade produtiva de mais 6 milhões de litros de leite por dia. Além disso, conta com 16 postos de recepção de leite e mais de 4 mil colaboradores, ao todo.

Para o diretor de Nutrição do Grupo Piracanjuba, Wesley de Pádua Barbosa, os lançamentos diversificaram o portfólio da empresa e os resultados apareceram.

“Hoje a Piracanjuba ocupa a 2ª posição entre as marcas mais vendidas no ranking bebida com alto teor de proteína.

Nós triplicamos o número de máquinas dedicadas à produção de whey 250 ml nos últimos dois anos, conseguindo chegar ao 2º lugar em share e, principalmente, ajudando a desenvolver a categoria que cresce acima de 2 dígitos no país”, explica Wesley.

Em março de 2024, o Grupo Piracanjuba comprou a Emana, empresa de suplementos como vitaminas, encapsulados, proteínas, shots funcionais e gomas, além das bebidas proteicas.

“Temos a oportunidade de desbravar novos segmentos, contribuindo para os nossos planos de ser uma das melhores marcas de nutrição do país. Isso inclui democratizar o acesso da população aos produtos de suplementação alimentar.

A meta é aproveitar nossa expertise junto ao varejo para fortalecer a presença desses produtos em supermercados, por exemplo. Algo que, hoje, é limitado”, afirma Wesley de Pádua.

Tendência mundial e um giro de milhões
O crescimento mercado de suplementação reflete mudanças no comportamento dos consumidores, que estão em busca de qualidade de vida. E essa é uma tendência mundial que vai aumentar nos próximos 16 anos.

É o que mostra um estudo publicado no final de 2024 pela Rede de Observatórios do Sistema Indústria sobre as macrotendências que vão impactar a indústria até 2040. O levantamento indicou a “cultura do bem-estar” como um dos comportamentos que veio para ficar.

Uma tendência com potencial de impacto em toda a indústria nacional e que toca em aspectos diversos, como mudanças nos padrões de consumo, novas tecnologias de produção, questões ambientais e transformações sociais.

“As análises feitas por este tipo de estudo permitem que organizações identifiquem oportunidades emergentes, antecipem riscos e alinhem suas estratégias a cenários de transformação, aumentando a resiliência e a capacidade de adaptação em contextos de incerteza”, explica o responsável pelo núcleo de prospectiva do Observatório Nacional da Indústria, Marcello Pio.  

Suplementos que ajudam também no emprego
O setor como um todo expandiu 2,4% em consumo aparente ao longo de 2024, quando comparado com 2023.

Junto com o aumento do consumo, veio o impacto do mercado de trabalho: a contratação de profissionais subiu 4,4% em 2024, valor que representa a abertura de mais de 4,3 mil postos de trabalho, segundo a ABIAD.

Quando se trata de importações, o segmento teve um aumento de 24,6%, totalizando mais de US$ 1 bilhão, o que reforça o interesse do consumidor brasileiro em alimentos dessa categoria. A importação de concentrados de proteínas e vitaminas também cresceu 66,7% e 15,6%, respectivamente.

“O setor apresentou um crescimento contínuo ao longo de 2024, impulsionado pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento.

A introdução de novos ingredientes e tecnologias resultou em maior eficácia e diversificação dos produtos, fortalecendo a confiança dos consumidores.

De modo geral, foi um ano em que a indústria consolidou sua importância e expandiu sua base de consumidores, fatores essenciais para esse desempenho positivo”, afirma Gislene Cardozo, diretora executiva da ABIAD.

A importância do consumo seguro
Até aqui parece tudo bem, tudo de bom, mas vamos agora entrar na parte mais “forte” do suplemento. Aminoácidos, proteínas, seja qual for o suplemento, não é indicado administração por conta própria.

Esses produtos devem fazer parte de uma estratégia, que será montada por um especialistas. ” Na prática clínica, o que a gente vê muito é a pessoa se automedicando.

Faz a matrícula na academia e já compra o Whey protein. E isso é muito por conta do acesso à informação, que hoje é muito rápido”, revela a nutricionista e representante da Federação Nacional de Nutrição (FNN), Michelly Dossi.

O mercado aquecido, todo mundo tomando, querendo tomar, segundo Michelly, não pode ser um incentivo ao consumo indiscriminado.

“A suplementação não é para todos. Não são todas as pessoas que têm necessidade. Precisa fazer avaliação, com médicos, adequar o que o corpo precisa e o que está sobrando, porque a falta gera problemas, mas o excesso também”, alerta Michelly Dossi.

Outro ponto importante de citar é a segurança comercial do produto. No fim do ano passado, 48 marcas de whey protein foram retiradas de circulação.

Nove sites brasileiros, não especificados, foram obrigados a parar de vender esses produtos. A suspeita era de adulteração na fórmula, após a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) analisar as marcas.

Também no fim do ano passado, a CNI divulgou a pesquisa Percepção da Indústria Sobre os Impactos da Ilegalidade e para as empresas consultadas, o ilícito que mais evoluiu nos últimos três anos foi a venda de produtos não-conformes, assinalado por 43% dos empresários.

E cerca de metade das empresas percebeu que foi o comércio digital  que aumentou a venda de produtos não-conformes (53%), piratas ou falsificados (51%).

“Sempre direciono os pacientes para que verifiquem as marcas, para que veja a avaliação da Anvisa, poruqe hoje em dia tem muitos problemas com fórmulas trocadas e ingredientes que não estão de acordo.

A suplementação pode ser uma ótima alternativa, se indicada, mas é importante ter responsabilidade para que seja parte de um estilo de vida saudável”, concluiu Michelly. (Portal da Indústria via Edairy News)


Pesquisa levanta principais tendências globais para consumo de queijo

Mercado global de queijos deve chegar a US$ 105,9 bi até 2026. Descubra aqui as tendências e oportunidades!

O mercado global de queijos está em constante crescimento, impulsionado por fatores como a expansão das economias, o aumento do consumo de laticínios e a maior disponibilidade de produtos derivados.

Segundo a MarketsandMarkets, o setor deve movimentar US$ 105,9 bilhões até 2026, com destaque para o potencial de crescimento na região da Ásia-Pacífico.

Embora o consumo de queijo na Ásia ainda seja inferior ao da Europa e dos Estados Unidos, a ocidentalização das dietas, especialmente entre millennials e consumidores mais jovens, está aquecendo a demanda. A popularização da culinária ocidental em países da Ásia e da América do Sul tem impulsionado o consumo de produtos de fast food com queijo.

Tendências do mercado de queijos para 2025
Queijo como lanche saudável: Nos Estados Unidos, um em cada três consumidores escolhe o queijo como substituto dos lanches tradicionais, destacando seus benefícios nutricionais: alto teor de proteína, cálcio e compatibilidade com dietas cetogênicas. Na Ásia, cresce o interesse por sabores regionais e exóticos.

Benefícios funcionais ganham espaço: Segundo pesquisas, 64% dos consumidores chineses acreditam que o queijo fortalece a imunidade. No Reino Unido, a Benecol lançou um cream cheese com estanóis vegetais para controle do colesterol. Nos EUA, 27% dos pais afirmam priorizar queijos com benefícios adicionais à saúde. 

Alternativas veganas em ascensão: A busca por queijos veganos aumentou. Marcas como Babybel, Boursin e Philadelphia já oferecem versões à base de plantas. No entanto, ainda há desafios nutricionais: enquanto o queijo tradicional tem em média 13 g de proteína por 100 g, as versões veganas oferecem apenas 5 g.

Panorama global das tendências do mercado de queijos
Europa: Na Europa, o consumo de queijo permanece estável, mas cresce a exigência por práticas sustentáveis e maior transparência na produção. Embalagens com rótulos que indicam bem-estar animal, produção ética e responsabilidade ambiental têm ganhado destaque nas prateleiras. Marcas que adotam ações sustentáveis e comunicam isso de forma clara estão conquistando a preferência de consumidores mais conscientes e exigentes.

Américas: Nas Américas, cresce a demanda por queijos de “rótulo limpo”, elaborados com ingredientes naturais e mínima intervenção industrial. Os consumidores buscam produtos sem aditivos artificiais, conservantes ou corantes, valorizando processos mais simples e transparentes. Essa tendência reflete a preferência por alimentos mais saudáveis e autênticos, reforçando a conexão entre qualidade, origem e confiança na marca.

Ásia: Na Ásia, o mercado de queijos registra forte crescimento, impulsionado por jovens consumidores e pela influência da culinária ocidental. A ocidentalização das dietas, aliada à popularização do fast food e à busca por praticidade, tem aumentado o consumo de queijos, especialmente entre millennials. Além disso, novos hábitos alimentares e o interesse por sabores diferenciados e experiências gastronômicas têm ampliado o apelo do produto na região.

As informações são da Dairy News Today, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Você sabia que o leite pode ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia?

Entenda como o leite pode combater a pré-eclâmpsia, doença que afeta diversas gestantes anualmente e descubra os benefícios para a saúde materna!

A suplementação de cálcio para gestantes passou a ser uma medida universal adotada pelo Ministério da Saúde (MS) para evitar a pré-eclâmpsia, complicação da gravidez caracterizada por pressão alta e presença de proteína na urina, e uma principais causas de morbimortalidade materna e perinatal, tanto no Brasil quanto no mundo, ela é responsável por cerca de 80.000 mortes maternas e 500.000 mortes infantis globalmente.
No Brasil, de acordo com informações da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) do MS, aproximadamente 15% das gestantes são afetadas por essa condição, sendo esta associada a 25% dos partos prematuros. Os dados da BSV indicam que a mortalidade materna relacionada a síndromes hipertensivas pode chegar a até 170 óbitos por 100 mil nascidos vivos em serviços especializados em alto risco obstétrico. 

A recomendação do MS para a suplementação de cálcio em gestantes, divulgada em fevereiro deste ano, visa reverter esse quadro no Brasil, uma vez que, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 96% das mulheres adultas consomem menos cálcio que o recomendado. Dentro desse contexto, o leite se apresenta como um dos alimentos mais completos e naturais para fornecer esse mineral tão importante.

Como o leite pode ajudar na prevenção da pré-eclâmpsia
O médico especialista em Nutrologia, Plínio Cezar de Almeida Júnior, do Órion Business & Health Complex, explica os benefícios do leite, especialmente para gestantes. "O leite é uma excelente fonte de cálcio, essencial para a formação óssea e dentária do bebê. Além disso, ele desempenha papel crucial no controle da pressão arterial, ajudando a prevenir complicações como a pré-eclâmpsia", afirma o especialista.

De acordo com Plínio, as gestantes devem incluir leite e derivados em sua alimentação diária, pois são ricos em cálcio, proteína e outros nutrientes essenciais. "O cálcio é fundamental não apenas para a formação óssea, mas também para a saúde cardiovascular, além de contribuir para a formação da placenta e do feto", explica o especialista.

O leite, por sua excelente biodisponibilidade de cálcio, é altamente recomendado para gestantes, já que esse mineral é facilmente absorvido pelo organismo. Plínio também destaca que, ao contrário de crenças populares, o leite não é inflamatório, mas sim anti-inflamatório para a maioria das pessoas, sendo problemático apenas para quem tem intolerância à lactose, devendo neste caso ser substituído pelo leite sem lactose pois mantém todos os benefícios do leite, como o cálcio e as proteínas, sem causar desconforto.

Além do leite sem lactose, outras fontes de cálcio também são recomendadas, como queijos e iogurtes. Esses derivados podem ser consumidos por pessoas com intolerância à lactose, dependendo da gravidade da intolerância de cada indivíduo. Plínio Cezar de Almeida Júnior também destaca como boas opções de fontes de cálcio as folhas escuras, como couve, brócolis, rúcula e espinafre, e alguns grãos, como gergelim, soja, grão-de-bico e lentilha."

Em relação à qualidade do leite consumido, o especialista enfatiza a importância de escolher leite pasteurizado, especialmente para as gestantes. O consumo de leite cru pode representar um risco à saúde. "É fundamental atentar-se ao prazo de validade e à forma de armazenamento do leite. A recomendação é optar sempre pelo leite pasteurizado, que é mais seguro e livre de bactérias nocivas", afirma Plínio."

Desfazendo mitos sobre o leite e a nutrição
Além dos benefícios do leite para gestantes, Plínio também aborda alguns mitos comuns sobre esse alimento. Um dos principais equívocos é a crença de que o leite de caixinha contém produtos químicos prejudiciais à saúde. “Isso é um mito. O leite longa vida, ou UHT, é tratado com altas temperaturas para eliminar bactérias, mas não recebe conservantes ou agentes artificiais que possam prejudicar a saúde”, explica.

Vinícius Junqueira, diretor geral da Marajoara Laticínios, reforça a segurança do processo de envase do leite. “O leite UHT passa por um rigoroso processo de pasteurização e esterilização, que garante a eliminação de até 99,9% das bactérias, sem a adição de conservantes. Isso significa que o leite é 100% natural e seguro para consumo”, destaca Junqueira.

O processo UHT, que consiste em aquecer o leite a temperaturas extremamente altas por um curto período de tempo, preserva sua qualidade e mantém os nutrientes intactos. “Após esse processo, o leite é armazenado em embalagens herméticas e assépticas, garantindo que ele se conserve por até quatro meses sem a necessidade de refrigeração. Portanto, não é necessário ferver o leite de caixinha”, esclarece o especialista.

As informações são do Jornal de Brasília, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 16/2025 – SEAPI
Segundo o Boletim Agrometeorológico nº 16/2025 da SEAPI, o Rio Grande do Sul terá uma semana de clima relativamente estável, com previsão de baixos volumes de chuva na maior parte do estado. Após um período de precipitações que impactou a colheita de milho para silagem — ainda com 85% concluída —, o tempo deve se manter firme até quinta-feira (17), com temperaturas amenas. Na sexta (18), a formação de uma área de baixa pressão poderá trazer chuvas isoladas e tempestades passageiras, especialmente nas regiões central e norte. No sábado (19), a instabilidade se concentra na Serra e no Litoral Norte, enquanto nas demais áreas o tempo volta a ficar firme, com queda nas temperaturas devido à chegada de uma nova massa de ar frio. O domingo (20) será de tempo seco em todo o estado. Na segunda-feira (21), as temperaturas seguem amenas, e, a partir de terça-feira (22), a entrada de uma massa de ar mais quente deve provocar uma elevação gradual nos termômetros até quarta-feira (23). Os acumulados de chuva previstos são baixos, entre 2 mm e 10 mm, com exceções pontuais na Campanha, Região Metropolitana, Serra e Campos de Cima da Serra, onde os volumes podem ultrapassar os 20 mm. (Seapi)


 
 
 

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Porto Alegre, 16 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.374


Fundesa registra queda nos pedidos de indenização na pecuária leiteira no primeiro trimestre

Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram por unanimidade os números do primeiro trimestre de 2025. No período, o Fundesa alcançou um saldo de R$164 milhões, com a arrecadação de mais de R$8 milhões entre contribuições e rendimentos financeiros, e a aplicação de R$2 milhões em investimentos e indenizações nas quatro cadeias que compõem o fundo. Entre os destaques do trimestre, a continuidade dos investimentos na recuperação de equipamentos e insumos perdidos ou prejudicados no período das enchentes no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor. Para essa finalidade foram aplicados R$68 mil. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, destaca entre os pontos apresentados na Assembleia Geral Ordinária que as indenizações tiveram o menor valor para um primeiro trimestre. Foram R$318 mil de janeiro a março, ante R$1,3 milhão no mesmo período de 2024 e R$2,4 milhões em 2023. O valor deste trimestre é o menor desde 2014. Para Kerber, a queda no número de pedidos de indenização pode representar que o setor vem fazendo seu trabalho de saneamento e controle nos rebanhos leiteiros. O Rio Grande do Sul é o campeão nacional na realização de testes de diagnóstico para brucelose e tuberculose. A medida é uma estratégia para controlar e erradicar a doença. A prestação de contas fica disponível no site em: https://www.fundesa.com.br/prestacao-de-contas


As informações são do Fundesa adaptadas pelo Sindilat RS


Passo a passo mostra como acessar o portal do Produtor Online

Desde o início de abril, produtores rurais gaúchos já podem emitir Guias de Trânsito Animal (GTAs) pelo celular no portal do Produtor Online. Basta entrar no sistema pelo login gov.br e ir em emissão da GTA. A plataforma contempla GTAs de bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, asininos, muares, suínos, abelhas e peixes. Só em casos de exceção, onde existam exigências sanitárias específicas, o produtor ainda precisa ir às Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária do seu município.

O portal foi lançado recentemente pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Também fazem parte do público-alvo representantes de pessoa jurídica, responsáveis técnicos de diferentes áreas, médicos veterinários habilitados, entre outros.

De forma simplificada, a emissão de GTA pode ser feita com preenchimento de poucos campos:

● Selecionar a propriedade de origem dos animais;
● Selecionar a espécie animal que deseja emitir a Guia;
● Selecionar o destino dos animais (frigorífico ou outra propriedade);
● Informar a quantidade de animais em suas respectivas categorias;
● Informar os dados gerais;

● Finalizar a GTA na confirmação dos dados informados.

O tutorial completo para os serviços do Produtor Online, como a emissão da GTA, pode ser acessado no site da Secretaria da Agricultura - Seapi.

São emitidas, por ano, cerca de 1,6 milhão de GTAs e agora é possível, com orientações claras e de forma simples, emitir a Guia em qualquer aparelho mobile. Serão apenas sete etapas a serem preenchidas, com as informações necessárias. Também é possível fazer online o estorno ou cancelamento de uma GTA, o que antes só era feito presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária.

A confirmação de recebimento de animais também poderá ser feita online e pelo celular. Assim que o produtor recebe uma GTA, o sistema já fará um alerta na primeira tela informando que ele possui esta Guia para confirmação. Isso evita pendências com o Serviço Veterinário Oficial e mantém o rebanho devidamente atualizado.

SOBRE O PORTAL

O novo portal do Produtor Online foi reformulado e modernizado. Agora o acesso ao sistema pode ser feito com o login gov.br, sem a necessidade do produtor se deslocar até uma Inspetoria para solicitar senha de acesso. As atualizações cadastrais, assim como informes sobre nascimentos e mortes de animais, poderão ser feitas facilmente, podendo o produtor estar sempre com sua "ficha" em dia.

O novo sistema também traz o recurso de notificações direcionadas para o perfil do cliente/produtor, onde o mesmo passará a receber alertas inerentes a sua atividade específica, personalizando o sistema e melhorando a comunicação com o produtor. Além disso, ele está mais responsivo, ou seja, se adapta a qualquer dispositivo móvel.

A plataforma já contempla os serviços mais utilizados pelos produtores. "A ideia é que o produtor possa focar 100% no seu trabalho no campo, cuidar de seus animais, suas plantações, sem precisar se ausentar da sua propriedade, ter deslocamentos, gastos para executar atividades burocráticas. E esta ferramenta proporciona isto, fazer tudo de forma simples, prática e na palma da mão, tornando a produção rural cada vez mais eficiente", destaca o gerente de projetos da Agricultura Digital da Seapi, Daniel Gallina.

Além disso, o portal traz também links para acesso direto ao Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), sistema com informações agrometeorológicas importantes ao produtor.

O desenvolvimento dos novos sistemas foi realizado pela gerência de projetos da Agricultura Digital da Seapi em parceria com a Procergs (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do RS). (EMATER RS)

GDT 378: leite em pó volta a se valorizar no mercado internacional

Leilão GDT desta terça (15/04) apresenta nova alta média nos preços, mas com queda no volume negociado. Entenda o cenário global e nacional.

O 378º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) foi realizado nesta terça-feira (15/04) e continuou apresentando variações nos preços entre as diferentes categorias de produtos. O GDT Price Index, que reflete a média ponderada dos itens comercializados, alcançou USD 4.385/ton, marcando um aumento de 1,6% em comparação com o evento anterior, conforme mostrado no Gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT


Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Entre as categorias negociadas no GDT, o leite em pó integral (LPI), principal produto do leilão, apresentou um avanço significativo, sendo comercializado por USD 4.171/ton – alta de 2,8% em relação ao evento anterior, conforme ilustrado no Gráfico 2.

Gráfico 2. Preço médio LPI

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

O leite em pó desnatado e o queijo Cheddar apresentaram quedas em seus preços no último evento, com recuos de 2,3% e 1,8%, respectivamente. Em contrapartida, algumas categorias registraram alta, como a Mozzarela, com avanço de 5,4%, e a manteiga, que subiu 1,5%.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 15/04/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Redução no volume negociado permanece

O volume negociado no leilão manteve a tendência de queda. Ao todo, foram comercializadas 16.718 toneladas, o que representa uma redução de 5,2% em comparação com o evento anterior. Esse é o menor volume registrado desde agosto de 2019.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Impacto nos contratos futuros

Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) apresentaram correções positivas para os próximos meses em relação às expectativas de março, porém no cenário ao longo do ano os preços futuros continuam a indicar retrações.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

De modo geral, observa-se um mercado com demanda aquecida, enquanto a oferta segue em retração, influenciada pela queda na produção sazonal da Nova Zelândia — o que eleva a competição entre os compradores no leilão. 

Os preços futuros vêm oscilando tanto em função desta mudança de estação quanto por questões geopolíticas, como as tarifações que aumentam as tensões comerciais entre Estados Unidos e China — principal importador global de lácteos. Além disso, o preço do petróleo segue gerando preocupações quanto aos custos de frete para exportações.

Neste contexto de valorização dos preços internacionais, os valores praticados nas exportações pelos nossos principais fornecedores (Argentina e Uruguai) também devem permanecer elevados. Somado a isso, o câmbio real/dólar vem operando em patamares mais altos nos últimos dias, o que aumenta o custo de importação para os compradores brasileiros. Como consequência, espera-se uma redução no volume de importações nos próximos meses. (Milkpoint)


Jogo Rápido

Mercado de Queijos | Muçarela ou mussarela? Jeito certo de escrever vai dar um nó na sua cabeça
Você certamente já escreveu “mussarela” assim, com dois ‘S’; ou então já viu escrito em algum cardápio por aí. Mas essa não é a forma correta de redigir a palavra. Apesar de mussarela com dois ‘S’ ser mais popular, a palavra deve ser grafada com “ç” (cê-cedilha): muçarela. A definição está exposta no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras. Explicação está no aportuguesamento de uma palavra de origem italiana. Muçarela vem de mozzarella, uma palavra italiana – especialmente do dialeto napolitano. Há uma regra que impõe a escrita com o cê-cedilha. Quando as palavras estrangeiras que sofrem processo de aportuguesamento, o fonema /ce/, antecedido pelas vogais “a”, “o” e “u”, devem, necessariamente, ser escritas com cê-cedilha, resultando em: “ça”, “ço”, “çu”. Há muitos exemplos de palavras nas quais isso acontece. Açaí e paçoca, oriundas de línguas indígenas e africanas; açúcar, proveniente do árabe; praça, de origem espanhola, palhaço, palavra que também vem do italiano, assim como “muçarela”. Especialistas recomendam escrever “muçarela” em vestibulares e concursos públicos. Mesmo que “mussarela” seja uma maneira representativa por sua força popular, contraria o sistema ortográfico vigente e não está representada no VOLP da ABL. (Bol via EdairyNews)


 
 
 

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Porto Alegre, 15 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.373


Teste inédito indica o para cada caso de mastite antibiótico certo

Solução apresentada por médica-veterinária e pesquisadora gaúcha indica ao produtor o medicamento para o combate de bactérias causadoras da mastite de forma assertiva, reduzindo drasticamente custos e proporcionando maior qualidade do leite produzido

Um teste inédito que indica os antibióticos resistentes em casos de mastite no rebanho leiteiro, desenvolvido pela startup gaúcha Suport D Leite, fundada pela médica-veterinária e pesquisadora Denize da Rosa, está prestes a chegar ao mercado como solução para um antigo problema enfrentado pelos pecuaristas, reduzindo drasticamente seus custos. 

Em 2021, Denize abriu o primeiro laboratório privado de análises de leite no Rio Grande do Sul, iniciando, com isso, a prestação de serviços a técnicos e aos próprios produtores do noroeste gaúcho. Antes, já havia trabalhado com qualidade do leite no mestrado e, por dois anos, esteve em campo antes de ministrar aulas no ensino superior, em 2012. 

Em 2015, ela começou o doutorado em bovinocultura de leite e passou a conhecer ainda mais a realidade da cadeia do leite, dentro e fora da porteira, atuando com pesquisa, ensino e extensão, além de participar da Rede Leite, uma iniciativa que reúne várias instituições nesta área.  “Conhecia muitas pessoas no setor e decidi abrir o laboratório, que, no início, funcionava na garagem da minha casa, com uma estrutura modesta e recursos limitados para investir. Inaugurei em fevereiro de 2020, mas em março veio a pandemia e, sinceramente, se não fosse minha trajetória e conexão com a cadeia do leite, teria desistido”, conta Denize. 

Ela passou então a pensar em como utilizar seus conhecimentos técnicos para contribuir com o avanço do mercado sabendo das dificuldades que o produtor tem no dia a dia para manter a qualidade do leite e entendendo a importância de um leite de qualidade para a nutrição das pessoas. “Acabei salvando a vida da minha filha com fórmula à base de leite de vaca, porque não pude amamentá-la devido a um câncer de mama que tive, e isso me motivou a ajudar os produtores”, comenta. 

Passada a pandemia, as atividades do laboratório foram sendo ampliadas, incluindo serviços de consultoria em parceria com o Sebrae-RS, além da prestação de serviços para laticínios por meio do Programa Leite Mais Saudável, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). “Focamos também na implementação do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes, alinhado ao objetivo da OMS de produzir alimentos de maior qualidade, reduzindo desperdícios e promovendo uma nutrição mais sustentável”.

Com sua experiência em pesquisa, atuação como professora na área de meio ambiente e sustentabilidade e vínculo com empresas focadas na melhoria da qualidade do leite, Denize teve um insight a partir do relato de um produtor que mencionou a dificuldade de encontrar um antibiótico eficaz para tratar uma vaca com mastite, após várias tentativas sem sucesso. 

“Ele não tinha tempo de ir até a cidade para realizar um teste e me perguntou se eu não poderia desenvolver um kit para ser usado diretamente na fazenda com os medicamentos que ele costumava usar. 

Foi nesse momento que percebi que esse produto ainda não existia e assim surgiu o teste”. Atualmente, embora exista um teste com essa finalidade, ele só pode ser realizado em laboratórios sediados na zona urbana, o que limita o acesso dos produtores rurais, muitas vezes localizados distantes da cidade. 

Para superar essa limitação, a startup desenvolveu uma versão modificada desse teste para uso em campo. Este projeto está sendo validado por meio do Programa Manutenção de Talentos Tecnológicos – Emergência Climática, lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), em outubro de 2024. 

Com essa inovação, espera-se reduzir em até 80% as chances de erro nos tratamentos, prevenindo a seleção de superbactérias. “Desenvolvemos o kit e incubamos na Criatec, em Ijuí-RS. Com esta inovação, participamos de diversas batalhas de startups regionais, ganhando alguns prêmios. Destaca-se que, em 2023, fomos selecionados para o programa ‘Innovations in Sustainability 2023’, uma iniciativa da Village Capital, com o apoio da Unilever, que selecionou 11 startups lideradas ou fundadas por mulheres na América Latina”. 

“Nosso objetivo era qualificar o produto para que, no futuro, tenha escala internacional, e fomos a única empresa selecionada do Brasil”, afirma Denize. Outra meta, segundo ela, é permitir ao produtor ter acesso a amostras de antibióticos (de forma semelhante que se tem hoje a amostras de perfume), para testá-los diretamente e identificar rapidamente quais são eficazes e quais não funcionam, embora o resultado ainda não seja instantâneo, já que o processo leva cerca de 24 horas. 

A ideia também é adaptar o teste para que fique disponível na própria fazenda, em cooperativas ou em lojas de produtos agropecuários, facilitando o acesso e agilizando a tomada de decisão.

Além disso, está em fase final de desenvolvimento um aplicativo que reunirá todos os dados, facilitando a gestão da propriedade e permitindo que empresas e órgãos governamentais utilizem essas informações para validar novos produtos e protocolos. O sistema também poderá auxiliar na retirada do mercado de medicamentos que já não apresentem eficácia, uma vez que estudos indicam que alguns antibióticos possuem mais de 90% de resistência e não deveriam mais estar disponíveis.

Com o kit SuporTest Antibiograma, o produtor, após realizar a cultura e identificar o tipo de bactérias encontradas na amostra de leite, poderá definir quais antibióticos estão resistentes. Para isto, em uma placa de cultura – dispositivo utilizado para o cultivo de microrganismos, células ou tecidos –, irá colocar as bactérias em contato com os medicamentos e, em 24 horas, verificará se o antibiótico disponível é eficaz ou não. 

Além disso, será possível realizar o teste com uma amostra de leite do resfriador, permitindo ao produtor obter uma visão ampla da saúde do rebanho. Atualmente o teste, que custa R$ 55,00, é vendido apenas a técnicos e veterinários para uso nas propriedades assistidas por eles. 

Parceria – Dois anos atrás, após uma reunião com o empresário Dante Maurício Tissot, proprietário da Dubai Alimentos – empresa de Ijuí-RS especializada na comercialização de aveia para nutrição humana e parceira de pelo menos cinco universidades –, ele se interessou pela proposta e decidiu investir no negócio, reconhecendo seu potencial inovador.

“Percebi que talvez essa fosse a chance de avançar de uma forma mais rápida e assertiva. Fechamos o negócio e a primeira coisa que fiz foi trocar de local, saindo da garagem. Contratamos mais funcionários, nós nos qualificamos na questão de equipamentos e começamos a fazer experimentos internos para modificar o teste”, afirma Denize.

O empresário, por sua vez, destaca que, apesar do seu interesse ter surgido apenas como investidor, também se sensibilizou justamente pelo propósito do projeto de levar qualidade e segurança alimentar para quem consome leite, pois sua empresa também participa desse mercado de segurança alimentar e produção de alimentos de qualidade.

lém do aporte financeiro, cujo valor se absteve de revelar, colocou a equipe da sua empresa à disposição para ajudar na organização e gestão da startup, no desenvolvimento do próprio aplicativo e no modelo de negócio. “Sempre que se fala em alimentação, faz sentido para nós, pelo negócio que já temos, e, quando podemos olhar com carinho essas iniciativas, a gente olha. Realmente, o projeto é muito interessante, pois minimiza e faz com que o uso de antibióticos seja mais assertivo, com impacto direto na qualidade do que está sendo produzido. É uma segurança alimentar e também para o produtor e para o consumidor. Isso nos levou a investir”, revela. 

Produtores apontam vantagens no uso do teste
O primeiro contato da produtora Fernanda Fydryszewski com a Suport D Leite aconteceu através de uma influencer da região, que publicou algo sobre o laboratório nos stories, chamando sua atenção. Ao comentar com o veterinário que presta assistência à sua propriedade, ele sugeriu que ela fizesse os testes no laboratório para ter mais assertividade e mais controle dos casos de mastite.“Hoje não sei mais tratar uma vaca sem o antibiograma, porque fazer isso sem ele e sem a cultura, com tantas bactérias e tantos tipos de antibiótico para combatê-las, é como dar um tiro com os olhos vendados”. Categoricamente, ela afirma que o tratamento antes era “muito ruim”, porque tinha que ser feito duas, três e até quatro vezes na mesma vaca e quase sempre acontecia até de perder o animal. 

“O antibiótico parecia curar, mas depois a bactéria voltava ainda mais forte e mais avassaladora, sem muito mais a fazer. Poder usar o antibiótico certeiro é a melhor parte”. Com o teste, ela consegue fazer tratamentos mais leves, não tão invasivos, e certeiros, proporcionando mais qualidade de vida às vacas, diminuindo o desperdício e descarte de leite. A redução “drástica” dos custos é outra vantagem, pois o uso de antibióticos antes era quase que indiscriminado. “O consumo caiu em torno de 70%, pois chegávamos a ter até seis vacas sendo tratadas de uma só vez, além do descarte que também era um absurdo”. Por isso, ela afirma que não hesitaria em recomendar o teste a qualquer produtor, pois o considera “uma mão na roda, literalmente”, além da excelente qualidade do leite obtido. 

Economia – Da mesma forma, na Agropecuária Lambrecht, do casal Diéssica Lambrecht Amaral e Samoel Amaral, também de Ijuí, os resultados da utilização do teste foram bastante promissores e, com isso, a adesão foi imediata e sem volta. “Descobri o laboratório através do veterinário que me atende, a quem sempre perguntava o melhor antibiótico para utilizar e ele sempre recomendava que, para isso, o ideal seria saber exatamente que bactéria estava atacando o animal. Em novembro de 2023, tive um caso de mastite na propriedade e decidi ir até o laboratório buscar os frasquinhos para coleta das amostras e foi assim que começou a nossa relação de negócios”, conta Amaral. Desde então, ele já fez 47 testes na propriedade e, desses, 12 deram negativo, evitando “jogar dinheiro fora” com o uso desnecessário do antibiótico. Nos demais testes, com bactérias identificadas, o SuporTest Antibiograma propiciou o tratamento assertivo e a cura dos animais. Segundo Amaral, em cada tratamento, o custo fica em torno de R$ 1mil, entre antibióticos e o descarte do leite. “Ou seja, se fizermos a conta, só dos casos negativos tivemos uma economia de R$ 12 mil, um dinheiro que seria desperdiçado”, resume. (Balde Branco)


Global Dairy Trade - GDT

Fonte: Global Dairy Trade editado pelo Sindilat


"Não podemos mais ficar à mercê das questões climáticas"

Entrevista - Edivilson Brum - Secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação

Duas das prioridades apontadas pelo novo titular da Secretaria Estadual da Agricultura, Edivilson Brum, estão diretamente relacionadas ao clima: o avanço da área irrigada e a solução para o endividamento dos produtores.

Como fazer a irrigação avançar no Estado?
O governador Eduardo Leite determinou a irrigação como prioridade número um. Temos em aberto o projeto em que o produtor pode receber até R$100 mil do Estado. Quais os motivos pelos quais temos menos de 4% da lavoura de soja irrigada? Primeiro, pela questão cultural. Temos de ver a questão de financiamento, o custo, que também pode ser um dos gargalos.

Por que ter uma subsecretaria, criada agora, para tratar do tema?
Temos vários projetos em diferentes setores, não só da secretaria, mas de outros órgãos ligados ao governo. Então, o governo acredita que criando a subsecretaria reúne todos os projetos, inclusive do próprio Funrigs, do Plano de Recuperação do Estado. Fica concentrado na Secretaria da Agricultura, sob uma liderança, para que o trabalho seja tocado com a eficiência e a celeridade que requer. Não podemos mais ficar à mercê das questões climáticas.

Outro foco deve ser as dívidas de produtores...
Tem duas propostas, uma na Câmara e uma no Senado, e o governo do Estado também chamou todos os atores, entidades e parlamentares para apresentar uma alternativa, que seria buscar um recurso no fundo social para quitar essas dívidas e depois vai se devolvendo este recurso. Porque de nada adiantará fazer um grande projeto de irrigação se os produtores não tiverem acesso ao crédito. A nossa perspectiva é de sensibilizar o governo (federal). (Zero Hora)


Jogo Rápido

Robôs e softwares da Lely garantem decisões estratégicas e maior controle
Equipamentos, como robôs de ordenha, e softwares de gestão trouxeram à pecuária leiteira a possibilidade de monitorar o rebanho em tempo real, identificando oportunidades de melhorias e problemas antes que estes se tornem críticos. Um exemplo dessa transformação está na história de superação e inovação da Cabanha DS, localizada em Vila Lângaro (RS). Após enfrentar dificuldades que quase resultaram no encerramento da atividade leiteira, a propriedade retomou a produção há pouco mais de um ano, agora focada em um modelo de gestão automatizado. A propriedade é administrada pela família Secco, que, em processo de sucessão familiar, apostou na modernização, com robôs de ordenha da Lely e o software de gestão Horizon, como caminho para superar os desafios e tornar o negócio sustentável e competitivo. Atualmente, cada vaca produz, em média, 48 litros de leite por dia, performance que é monitorada detalhadamente com dados coletados automaticamente durante a ordenha e enviados para análise no sistema. (Balde Branco)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de abril de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.372


Santa Clara, Piá e Elegê se destacam no Prêmio Marcas de Quem Decide 

As marcas Santa Clara, Piá e Elegê, associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), estão entre as cinco mais lembradas e preferidas na 27ª edição do Prêmio Marcas de Quem Decide, realizado pelo Jornal do Comércio em parceria com o Instituto Pesquisas de Opinião (IPO).

Santa Clara lidera nas duas frentes entre produtos lácteos, onde registrou 24,75% de lembrança e 28,1% de preferência. Conforme a pesquisa, a marca foi citada por lideranças de todas as regiões do Rio Grande do Sul e aparece em primeiro lugar em seis delas. 

A Piá ocupa a segunda posição geral, com 11,25% de lembrança e 12,5% de preferência, também com presença em todas as regiões do Estado. Já a Elegê se consagra em terceiro lugar em lembrança (9,5%) e mantém a terceira colocação também em preferência (11,3%), sendo citada em todas as regiões e liderando em duas: Ijuí e Uruguaiana. 

Santa Clara e Piá também se destacam entre as cooperativas, sendo a quarta e sexta mais lembradas e Santa Clara como a terceira preferida. O ranking está no caderno especial publicado nesta segunda-feira (14/04) e pode ser acessado aqui.  

Ao todo, foram pesquisados 70 setores da economia gaúcha, para definir as mais lembradas e preferidas, através da realização de 400 entrevistas entre lideranças das principais cidades gaúchas em todas as regiões do estado, que resultaram em quase 5 mil marcas citadas. (SINDILAT/RS)


Fenasul Expoleite 2025 é lançada com expectativa de retomada

Evento ocorre de 14 a 18 de maio, no Parque Assis Brasil em Esteio

Com espírito de retomada, após a feira ter sido cancelada no ano passado, foi oficialmente lançada a 18ª Fenasul e 45ª Expoleite, na manhã desta segunda-feira (14/4). As estrelas da festa, duas vacas holandesas, duas cabras, e um exemplar da raça Árabe de equinos, participaram mais uma vez do ato realizado na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre. A Fenasul Expoleite 2025 ocorre de 14 a 18 de maio, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

O evento reúne produtores rurais, empresas, entidades e lideranças do agro, além de contar com exposição de animais e realização de concurso leiteiro, avaliação morfológica, seminários e eventos técnicos. A feira é uma realização da Seapi e da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), com co-promoção da  Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul  (Fetag-RS), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e Prefeitura de Esteio.

Junto com a Fenasul Expoleite também acontece o 10º Rodeio Fenasul, a Feira da Agricultura Familiar, que este ano conta com 40 estandes para as agroindústrias, o 3º Rodeio Artístico de Esteio e a 4º Multifeira de Esteio, com exposição da indústria, comércio, serviços e artesanato do município, shows musicais todos os dias, apresentações culturais, espaços de inovação e kids, entre outras atrações.

Este ano, a grande novidade é que a Fenasul Expoleite receberá o 2º Campeonato Pan-Americano de Assadores Ancestrais, organizado pelo chef Edi da Gre e a Associação Gaúcha de Churrasqueiros e Chefs. Além da competição de parrilleros e assadores, onde são esperados cerca de 300 chefs de 14 países, também será assada a maior linguiça do mundo - 150 metros -, e o maior carreteiro do mundo, com dez toneladas de alimentos que podem servir cerca de 20 mil pessoas. Uma iniciativa que une a gastronomia, a cultura e a ação social, com a distribuição da comida para entidades e comunidades carentes.

O secretário da Agricultura, Edivilson Brum, disse estar feliz em ser o primeiro evento que participa como chefe da pasta e agradeceu às parcerias das entidades promotoras da Fenasul Expoleite e destacou o trabalho feito, depois da tragédia climática do ano passado, para dar a volta por cima, especialmente através do setor primário. “Este ano, pretende-se quebrar recordes, entre eles, servir o maior carreteiro do mundo. Isso agrega valor ao evento. Se a gente olhar a tradição da Fenasul Expoleite, ela vem cada vez mais se tornando gigante”, pontuou Brum. Ele destacou ainda a expertise e qualidade dos técnicos da Seapi que contribuem para o crescimento da feira e da atividade produtiva do leite. “O que nos dá segurança em relação à sanidade animal, na qual somos referência em nível nacional”, falou com orgulho.

O presidente da Gadolando e da Febrac, Marcos Tang, enfatizou que a Fenasul Expoleite é a grande feira de outono que propicia mais possibilidades de negócios. “No outono, é melhor fazer negócios com gado de leite, já que é a época onde as novilhas estão parindo com melhores perspectivas de pastagens, inclusive” destacou. Tang lembrou que Fenasul Expoleite e Expointer são os dois grandes eventos anuais para os produtores de leite. “E para que todos saibam, a Fenasul Expoleite tem apenas duas edições a menos que a Expointer, portanto, é uma feira de tradição consolidada, temos antiguidade”, ressaltou. Tang acrescentou que a entrada é franca, citou todos os apoiadores do evento e disse que espera suplantar a edição de 2023. “Tivemos 100 mil visitantes na última edição e a ideia é superar esse número na feira que acontecerá de 14 a 18 de maio no Parque Assis Brasil, em Esteio”, finalizou.

A feira é totalmente gratuita, com acesso do público pelo portão 3, para quem desce do Trensurb, e pelo portão 7, na rua lateral ao Parque (Av. Celina Chaves Kroeff), para pedestre e veículo.

O vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, ressaltou que estar representando a entidade nesse importante evento, que é o lançamento da Fenasul Expoleite, é motivo de muito orgulho. “Estaremos presentes com 40 agroindústrias familiares, levando o que há de melhor da nossa produção — alimentos com identidade, qualidade e o esforço das famílias do campo. A Multifeira é um espaço fundamental para dar visibilidade a esses empreendimentos, que geram renda, preservam a cultura local e fortalecem as economias regionais. O evento não apenas abre portas para a agroindústria familiar, mas também proporciona um cenário de fortalecimento e união entre os agricultores, suas famílias e todas as entidades envolvidas. A Fenasul é uma oportunidade para mostrar a força da Agricultura e Pecuária Familiar e como ela é essencial para a economia e o desenvolvimento sustentável do nosso Estado. É a união de todas as entidades que torna possível o sucesso deste evento, refletindo a força coletiva e o compromisso com o futuro do campo”, afirmou Zanetti.

O diretor vice-presidente da Farsul, Domingos Velho Lopes, reforçou que a Fenasul Expoleite é um patrimônio do Estado. Ele salientou a necessidade urgente da ampliação da irrigação. “Não podemos mais, como sociedade gaúcha, emitir esse atestado de incompetência ao perder 30%, 40% das lavouras de sequeiro em decorrência da estiagem”, afirmou. 

Domingos também aproveitou para falar do atual momento do setor como período de maior maturidade com a união das entidades e classe política na busca por solução ao endividamento dos produtores e destacou que os reflexos das dificuldades são para toda sociedade gaúcha, refletindo diretamente no PIB do Rio Grande do Sul.

Em sua fala, o prefeito de Esteio, Felipe Costella, destacou os principais responsáveis pelo evento. “Quero iniciar minha saudação por todos os produtores de leite que aqui estão. A minha saudação inicia pelos senhores e senhoras, pois são vocês que fazem a Fenasul e a Expoleite acontecer e são vocês que fazem com que essas feiras cresçam a cada ano”, afirmou. “Passou pandemia, passou enchente, e nada foi capaz de deter o nosso produtor aqui do Rio Grande do Sul. Nós estamos fazendo a Fenasul, Expoleite e Multifeira de Esteio e eu não tenho dúvida nenhuma de que será a maior em toda a história do nosso estado”, ressaltou. (SEAPI)

EMBRAPA CILEITE: Nota de Conjuntura Mercado de Leite e Derivados Abril de 2025

Abril de 2025 se iniciou com os EUA definindo novas tarifas de importação, mas sem impactos imediatos sobre o setor lácteo brasileiro. A Argentina apresentou sinais preliminares de recuperação econômica, que pode favorecer a retomada do consumo interno e gerar efeitos positivos sobre fluxos comerciais regionais. No Brasil, ganhou força o debate em torno da isenção tarifária para produtos da cesta básica, com potencial de alterar o comportamento de consumo de itens essenciais, incluindo os lácteos.

Do ponto de vista da produção, os dados da CLAL (fev/2025 em relação a fev/24) revelam cenários distintos entre os países. Enquanto a Argentina registrou alta de 8,3% na produção de leite, o Uruguai teve crescimento moderado de 1,9%. Em contraste, importantes exportadores globais enfrentaram quedas: Estados Unidos (-2,5%), Nova Zelândia (-2,6%) e Austrália (-4,8%), refletindo os efeitos do clima adverso, custos de produção elevados e readequações no mercado internacional.

O padrão de consumo mundial segue muito correlacionado ao poder aquisitivo. Enquanto países desenvolvidos mantêm níveis superiores a 300 L de leite equivalente/hab. ao ano, o consumo das economias emergentes permanecem abaixo de 100 litros/hab., evidenciando desafios estruturais.

No mercado internacional, os preços recuaram na maior parte dos derivados (1o. leilão GDT de abr/25 em relação ao último de mar/25), com exceção do leite em pó desnatado, que teve alta de 5,9% e atingiu seu maior valor em 9 leilões consecutivos. Essa valorização pode estar relacionada à recomposição de estoques em países importadores e à menor oferta nos países exportadores. Em sentido oposto, a muçarela apresentou queda de 4%, atribuída à retração da demanda internacional, especialmente em mercados asiáticos. A manteiga também sofreu desvalorização, após altas anteriores e diante da pressão inflacionária que vem reduzindo o consumo em alguns mercados.

No cenário doméstico, há sinais mistos. A expectativa de crescimento do PIB foi levemente reduzida, de 2,01% para 1,97%, enquanto a taxa Selic segue em 14,25%. O IPCA geral subiu 5% em março e o de lácteos 10%, reduzindo o poder de compra das famílias. Apesar disso, observa-se melhora nas condições do mercado de trabalho, com aumento de 2,45% na taxa de pessoal ocupado entre dez/24 e fev/25, comparado ao mesmo período do ano anterior. O rendimento dos trabalhadores chegou ao recorde da série (R$ 3.378), assim como o número de trabalhadores com carteira assinada (39,6 milhões). Além disso, tem-se os estímulos das políticas de transferência de renda como o Bolsa Família (injeção de R$ 27,61 bilhões no ano), reajustes no Auxílio-Gás (R$ 575 milhões) e no salário mínimo (atualmente em R$ 1.518), além do pagamento do abono PIS/Pasep (R$ 30,7 bilhões previstos para o ano). Esses movimentos vêm sustentando o consumo das famílias e contribuindo para um cenário relativamente favorável para os lácteos no curto prazo.

O ICPLeite deste mês apresentou alta de 1%, influenciado pelo aumento dos custos com concentrado (3,2%) e com qualidade do leite (2,4%), elementos que devem continuar pressionando a margem do produtor, especialmente no início da entressafra. O preço médio pago ao produtor, passou de R$ 2,65/L em janeiro para R$ 2,77/L em fevereiro.

No atacado, os preços seguem tendência de alta. Em março, o leite UHT valorizou 1,22%, o leite em pó 0,43%, e a muçarela teve ligeira elevação de 0,19%, o que reflete o ajuste típico do início do período de menor produção.

O consumo domiciliar apresenta comportamento positivo, com dados recentes indicando mudanças importantes no perfil de compras dos brasileiros. Em 2024, o dispêndio com o consumo nos lares teve alta de 3,72%, sendo o leite um dos principais responsáveis, com contribuição de 22,4% nesse crescimento.  O leite com sabor, que inclui as bebidas lácteas proteicas, apresentaram elevação de 10,7% nas unidades vendidas, demonstrando a consolidação dessa categoria entre os consumidores preocupados com saúde e nutrição. O iogurte também teve desempenho expressivo, com alta de 9,7% nas unidades comercializadas.

Segundo a Abras, a expectativa é de crescimento de 2,7% no dispêndio com o consumo de alimentos nos lares em 2025. Em fev/25 comparado com o mesmo mês do ano passado, registrou-se aumento no valor vendido de leite (5%), leite condensado (7%), leite em pó (9%) e iogurte (10%). Com a proximidade da Páscoa, que é um dos períodos de maior volume de vendas no varejo alimentar brasileiro, há expectativa de incremento nas vendas de queijos. A sazonalidade, aliada ao ambiente de recuperação da renda, deve impulsionar o consumo desses produtos.

Diante disso, o cenário atual do setor leiteiro pode ser considerado moderadamente positivo. Embora existam pressões inflacionárias e desafios na produção, o consumo segue sustentando o mercado doméstico. A atenção deve se voltar para o mercado internacional, o comportamento dos custos durante a entressafra e para a permanência das políticas de transferência de renda e continuidade de bons indicadores no mercado de trabalho, que têm sido fundamentais para sustentar o consumo das famílias brasileiras.

FONTE: Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 07 de abril de 2025.

Autores*: Kennya B. Siqueira, Alziro V. Carneiro, Glauco R. Carvalho, José Luiz B. Leite,  Lorildo A. Stock, Luiz A. Aguiar de Oliveira, Manuela S. Lana, Marcos C. Hott, Paulo do C. Martins, Ricardo G. Andrade, Samuel José de M. Oliveira.
*Pesquisadores e analistas da Embrapa Gado de Leite.


Jogo Rápido

FALTA UM MÊS: Associados ao Sindilat RS têm desconto no MilkPro Summit 2025
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) contam com condições especiais para participar do MilkPro Summit 2025, evento que ocorrerá nos dias 15 e 16 de maio, em Atibaia (SP). A iniciativa busca reunir produtores, especialistas e investidores para discutir o futuro da produção leiteira no Brasil e no mundo e está dividida entre seis painéis temáticos focados nas mudanças provocadas pela tecnologia. São eles: Tendências para o leite no mundo: produção e consumo; A fronteira da inovação, digitalização e IA aplicada à atividade leiteira; Farmer’s Fórum – A visão de negócio de 3 produtores globais; Mudando o jogo na comunicação com o consumidor; Leadership Talk e Estratégia de negócios envolvendo a atividade leiteira. Para garantir a inscrição com 10% de desconto, os sócios devem acessar o link clicando aqui. O evento também contará com painéis de discussão e momentos para a troca de experiências e ampliação de conexões no setor. (Sindilat)