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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.480


Último mês para inscrições no Milk Summit Brazil 2025

O prazo para inscrições para o Milk Summit Brazil 2025 entra em sua reta final e o  último dia para garantir uma vaga para acompanhar a primeira edição do evento se encerra no dia 10 de outubro através do site Sympla. A entrada será solidária: cada participante deve doar 1 kg de alimento não perecível, e a organização acrescentará 2 litros de leite por inscrição. Todos os itens arrecadados serão destinados a entidades sociais.

O evento acontece nos dias 14 e 15 de outubro, em Ijuí (RS), no Parque de Exposições Wanderley Burmann, dentro da programação da Expofest. A programação completa pode ser acessada no site www.milksummitbrazil.com  e vai reunir produtores, cooperativas, indústrias e especialistas em torno do debate de quatro eixos: competitividade, consumo, sustentabilidade e inovação. Entre os nomes já confirmados estão representantes da Embrapa, Emater, Milkpoint, Tetra Pak, Senar, Ciepel, Fetag, Letti A², produtores de leite, indústrias e cooperativas de laticínios, além de lideranças de cooperativas e indústrias gaúchas. 

Segundo o coordenador do evento, Darlan Palharini, que também é secretário-executivo do Sindilat, a iniciativa busca fomentar conhecimento e gerar conexões estratégicas. “O leite é um motor da economia gaúcha. A atividade está em praticamente todo o território, gerando emprego, renda e contribuindo para o crescimento social e econômico do Estado”, assinala. 

A escolha de Ijuí valoriza a vocação da região noroeste, que é a maior fornecedor de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul. Segundo dados da Emater, são 741,9 milhões de litros por ano, oriundos de mais de 157 mil vacas leiteiras, o que representa um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões anuais, nesta região.
Sobre o Milk Summit Brazil 2025

A realização do Milk Summit Brazil 2025 é conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat/RS), pela Prefeitura Municipal de Ijuí, pela Emater/RS-Ascar, pela Suport D Leite e pela Impulsa Ijuí. 

O evento conta com o patrocínio de Sicredi, Sicoob, Laboratório Base, Launer Química, RIT Resfriadores, Tetra Pak Brasil, Senar, Grupo Piracanjuba, Laticínios Deale e SulPasto, empresas que acreditam na importância da inovação, da sustentabilidade e da valorização do leite brasileiro.

A edição também reúne parceiros institucionais, como a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Fetag, Centro de Ciências Rurais da UFSM, Universidade de Passo Fundo, Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, Hooks, Sebrae, Ministério da Agricultura, Ciepel e a Rede Leite, que contribuem para ampliar o alcance e a relevância do encontro. (Sindilat/RS)


XV Dia de Campo da CCGL: o leite do futuro se constrói hoje
 
No próximo dia 18 de setembro, a CCGL promove a 15ª edição do seu tradicional Dia de Campo do Leite. O encontro acontece a partir das 9h, no Tambo Experimental da cooperativa, localizado na ERS 342, em Cruz Alta, e reunirá produtores, técnicos e parceiros em um dia inteiro de conhecimento, troca de experiências e inovação.
 
Com o tema “O leite do futuro se constrói hoje: com gestão, tecnologia e sucessão”, o evento reforça a importância de unir práticas modernas, eficiência produtiva e visão estratégica para garantir a sustentabilidade e a competitividade da cadeia leiteira. Ao longo do dia, os participantes poderão acompanhar estações técnicas que vão abordar desde o manejo de solo e forragens até ferramentas de gestão financeira e sucessão familiar, trazendo soluções práticas para os desafios do campo.
 
A programação inclui debates sobre irrigação como ferramenta para intensificação da produção de forragens, a fertilidade do solo como base da produtividade, a importância de diversificar fontes de forragem para melhorar a qualidade do leite, além de estratégias de bem-estar animal que reduzem o estresse térmico e aumentam os resultados. Também estarão em pauta o uso do controle leiteiro como instrumento de decisão e a gestão financeira aplicada à propriedade rural. Para completar, será discutida a sucessão na pecuária de leite e os caminhos para preparar as novas gerações.
 
Para a Gerente de Operações da CCGL, Silvana Trindade, o Dia de Campo é uma importante ferramenta para levar conhecimento e difundir tecnologias de forma prática, diretamente no ambiente onde o produtor atua. “ A cada edição, buscamos trazer conteúdos atuais e relevantes, que possam se transformar em resultados reais dentro das propriedades. Essa 15ª edição está sendo preparada com muito carinho, justamente para que nossos produtores e parceiros tenham um dia para troca de experiências, inspiração e aprendizado. Mais do que um evento, o Dia de Campo é um espaço de conexão e construção conjunta do futuro do leite”.
 
O Dia de Campo é uma realização da CCGL, da Rede Técnica Cooperativa (RTC) e da Smartcoop, com co-realização do Sebrae RS e patrocínio de grandes parceiros do setor, como Sicredi, Biotrigo, Fockink, Elanco, BRDE, Gelgas, Genex, Plastrela, Inbra, Datamars Livestock e Oligo. (CCGL)
 
 
Pesquisador Leonardo Dutra toma posse oficial como chefe-geral da Embrapa Clima Temperado Pelotas
 
A elite da pesquisa agropecuária da Zona Sul se reuniu, na tarde de sexta-feira (12), para dar posse oficial ao novo chefe-geral da Embrapa Clima Temperado Pelotas, Leonardo Dutra. No exercício da função desde o dia 1º de agosto, Dutra foi prestigiado por autoridades nacionais, estaduais, municipais, pesquisadores ativos e aposentados, além de funcionários de diversas unidades da instituição, familiares, amigos e representantes das mais diversas instituições da região, Estado e imprensa, no auditório Ailton Raseira, na Embrapa sede. O diretor executivo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Embrapa Brasília, Clênio Pilon, representou a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na solenidade.
 
Ao assumir o cargo, transmitido pelo chefe-geral interino Waldyr Stumpf Junior, o novo chefe-geral fez um relato sobre a história da instituição, presente na região Sul há 87 anos, e a sua importância para o desenvolvimento da agropecuária local, estadual e nacional. “Assumo esta missão com a convicção de que não se trata de um trabalho individual, mas de uma construção coletiva, que só será possível com a dedicação e o talento das equipes de pesquisa e transferência de tecnologia, de gestão, apoio e colaboradores”, ressaltou. Também destacou a parceria de instituições como prefeituras, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Emater/RS-Ascar, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), entre outras. 
 
Segundo Dutra, a história da unidade que completou 32 anos em 2025 e da pesquisa agropecuária na região, começou em 1938, relatou. “Neste ano, foi criada a Estação Experimental de Viticultura, Enologia e Frutas de Clima Temperado, na Cascata”, pontuou. “Desde então, foi entregue à sociedade uma diversificada gama de resultados, trabalhos com mais de 140 espécies, representando a diversidade de culturas agroalimentares para as variadas condições climáticas e alimentares”, lembrou. 
 
Ele também mencionou a preocupação com a soberania dos agricultores sobre as sementes para evitar dependência. No seu relato sobre os resultados das pesquisas obtidas pelas unidades da empresa, mencionou as mais de 30 cultivares de arroz lançadas, entre elas a BRS Pampa CL que ocupa atualmente 15% da área semeada no Estado e a BRS Pampeira, 7%, entre outras tecnologias, que ganharam as lavouras do país. Citou  ainda cultivares de pêssego, nectarina, batata, feijão e outras, pesquisas conduzidas por pesquisadores hoje aposentados. “Não fizemos todas estas entregas sozinhos, nossa principal fortaleza são as nossas parcerias”, salientou. Dutra apontou que a Embrapa coordena o sistema nacional de pesquisa agropecuária, reunindo organizações estaduais, universidades, institutos de pesquisa federais e estaduais, além de outras organizações públicas e privadas. Também citou as parcerias locais.
 
Dutra reforçou que a Embrapa está conectada a todos os desafios de pesquisa, e revisita sua agenda estratégica para construir soluções mais complexas para problemas cada vez mais complexos. “A Embrapa irá focar suas ações nos próximos anos em quatro linhas temáticas principais: produção, competitividade e inovação, resiliência climática e sustentabilidade, segurança alimentar e agregação de valor e inclusão sócio-produtiva”, disse.  
 
Trajetória
 
Chefe-adjunto de transferência de tecnologia, de novembro de 2023 a março de 2025, Dutra ingressou na Embrapa em 2004, na unidade Florestas, em Colombo, no Paraná, foi transferido para a unidade de Pelotas em 2008 para atuar na micropropagação de plantas e conservação de recursos genéticos vegetais, junto ao Laboratório de Cultura de Tecidos.
 
Casado com a nutricionista Fabiana Dutra e pai de Lívia, de 11 anos, Dutra enalteceu o trabalho das mulheres nos mais diversos ramos de atividade, citando uma a uma as integrantes da sua família e convívio diário, agradecendo o papel que cada uma desempenhou na sua trajetória, em especial à mãe, esposa e filha. Também citou o pioneirismo das mulheres em cargos antes desempenhados apenas por homens dentro da unidade e garantiu a sua valorização na atual gestão.
 
Nova gestão
 
Compõem a gestão atual ainda, nas chefias-adjuntas, os pesquisadores Rosane Martinazzo, na pesquisa e desenvolvimento; Dori Edson Nava, na transferência de tecnologia; e o técnico Leandro Aquino, na administração. Na coordenação técnica das unidades, José Ernani Schwengber, na Estação Experimental Cascata; Gilmar Alves, nas Terras Baixas, e Nélson Pires Feldberg, na Canoinhas. 
 
Entre as ações defendidas pela sua gestão estão visão integrada de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com foco em temas estratégicos como de insumos, rastreabilidade, saúde única, além de intensificar as ações voltadas para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Também buscará a manutenção da atuação da unidade nos tradicionais temas dos quais já é protagonista, fortalecimento de ações de desenvolvimento humano com gestão participativa, capacitação contínua, fortalecimento da comunicação interna e integração dos novos empregados que devem chegar por concurso, manutenção e aprimoramento da infraestrutura e captação de novas parcerias e fontes de financiamento, fortalecendo as colaborações com o ecossistema local de inovação e redes estratégicas. (Jornal Tradição)

Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm desconto no Dairy Vision 2025
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link. (Sindilat)

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Porto Alegre, 12 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.479


Seminário do Senar/RS debate agro na geopolítica mundial

Evento realizado na quinta-feira, no teatro do Bourbon Country, também discutiu as conjunturas econômica e fiscal no Brasil atual

O futuro do agronegócio e da economia brasileira foi o assunto do Seminário Campo das Ideias, realizado ontem, no teatro do Bourbon Shopping, em Porto Alegre. Especialistas nacionais sobre os dois temas palestraram no evento promovido pelo Senar-RS, que teve na abertura a presença do governador Eduardo Leite.

“Precisamos inovar, pensar diferente na nossa produção, a gestão dos nossos negócios, nossa estrutura de resiliência às dificuldades e até mesmo as nossas relações sociais”, lembrou o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, na abertura do encontro do qual participaram quase mil pessoas, entre produtores rurais, lideranças e autoridades empresariais e públicas.

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, disse ver o mundo “difícil”, passando não por uma “nova ordem econômica”, mas uma nova “desordem” econômica, diante da perda de protagonismo de grandes organizações multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial do Comércio (OMC). Neste contexto, afirmou que todos estão atropelados por quatro modernos “cavalos do apocalipse”: insegurança alimentar, insegurança energética, mudanças climáticas e desigualdade social.

“O mais sensível é a insegurança alimentar”, acrescentou. “E alimentos para o povo significam a única condição de estabilidade política e social de uma nação. É preciso enfrentar estes quatro fantasmas”, advertiu. “Eu estou convencido que quem vai resolver estas questões todas é o agro”, disse. “Mas qual agro? O agro tropical”, emendou, evocando a agropecuária praticado no Brasil.

O economista, cientista político e diplomata Marcos Troyjo citou a história do personagem bíblico José do Egito que, há milhares de anos, orientou o faraó a se preocupar com questões econômicas e estruturais para garantir a sobrevivência assim que a fase de “vacas gordas” fosse substituída pela de “vacas magras”.

“Porque acho esta história tão importante para o Brasil, para o agro no atual contexto mundial. Porque eu tenho a impressão que estamos entrando numa fase que é potencialmente ruim para a grande maioria das nações”, explicou, mencionando o termo “trumpulência”, a turbulência global causada pelo presidente norte-americano.

A economia brasileira e mundial foi abordada pelo economista e professor de Economia da UFRGS Marcelo Portugal. Segundo ele, as perspectivas para a economia brasileira são complicadas, não apenas neste ano, mas para os dois próximos.

“O ano que vem vai ser tudo empurrado com a barriga”, definiu, referindo-se às eleições.

“Vai ser um problema muito grave em 2027”, projetou. Portugal explicou que o país cresceu 1,3% no primeiro trimestre, mas que agora os números perderam fôlego. “E em 2026 vamos empurrar os problemas para frente. Ninguém vai tratar de problemas estruturais da economia brasileira”, lamentou. “Infelizmente, o nosso maior problema, que é o fiscal, não vai ser resolvido”, disse.

O economista-chefe da federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, descreveu a situação fiscal do Brasil como bastante comprometedora, uma vez que o governo federal não promove ações para reduzir suas despesas.

“Apesar dos bons números do agronegócio, o setor não é uma ilha, ele é parte de um grande navio, e esse navio é a nossa economia. Estamos com uma Selic de 15% e a mortalidade das empresas vai aumentar”, previu.

“Assim como a mortalidade de produtores rurais será enorme. Aliás, já está sendo”, completou. (Correio do Povo)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1884 de 11 de setembro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

O volume de produção leiteira permanece no ápice da curva sazonal, e houve expressivo incremento nas propriedades conduzidas em sistema de produção a pasto. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas intensas têm dificultado o manejo das propriedades leiteiras, causando degradação das pastagens, maior demanda por silagem e aumento na ocorrência de mastites associadas ao acúmulo de barro, o que compromete a comercialização do leite em um período de alto potencial produtivo. 

Na de Ijuí, observa-se aumento nos casos de elevação da Contagem de Células Somáticas (CCS), indicador que tem gerado preocupação entre os produtores devido ao risco de comprometimento da saúde do úbere, especialmente pela maior incidência de mastites. 

Na de Passo Fundo, a bovinocultura de leite está estável, e os rebanhos apresentam boas condições sanitárias e nutricionais, assegurando níveis de produção dentro do esperado.

Na de Santa Maria, a baixa luminosidade compromete o desenvolvimento das pastagens cultivadas, resultando em oferta limitada de forragem e impactando negativamente o escore corporal dos animais. 

Na de Santa Rosa, os dias ensolarados intercalados com chuvas favoreceram o crescimento das forrageiras e o bem-estar animal, ampliando o consumo de alimentos a campo. (Emater/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 37/2025 – SEAPI

Os últimos sete dias foram marcados por chuva e diminuição da temperatura em grande parte do Rio Grande do Sul. 

As forrageiras apresentam bom desenvolvimento, principalmente o azevém, que garante elevada produção de massa verde. As aveias de ciclo curto estão em fase final, com menor oferta de forragem. Já as espécies anuais de verão encontram-se em emergência, com semeaduras escalonadas. 

O volume de produção da bovinocultura de leite permanece no ápice da curva sazonal, e houve expressivo incremento nas propriedades conduzidas em sistema de produção a pasto. No entanto, nas áreas de maior precipitação houve dificuldade no manejo dos animais, causando degradação das pastagens, maior demanda por silagem e aumento na ocorrência de mastites associadas ao acúmulo de barro. 

Nos próximos dias, o tempo deverá permanecer estável em parte do Rio Grande do Sul, com destaque para a elevada amplitude térmica. 

Na sexta-feira (12/09) e sábado (13/09), o tempo seguirá estável e seco em grande parte do território gaúcho. Não há previsão de chuvas significativas, e as temperaturas apresentarão amplitude térmica elevada, ou seja, com noites frias e tardes mais quentes. No domingo (14/09), as temperaturas médias irão se elevar, principalmente na porção oeste do estado, e há possibilidade de chuva apenas em pontos isolados. 

Na segunda-feira (15/09) e terça-feira (16/09), um sistema de baixa pressão deverá se formar próximo ao estado do Rio Grande do Sul, favorecendo a ocorrência de chuvas ao longo desses dois dias. Por fim, na quarta-feira (17/09), com o afastamento do sistema, o tempo voltará a permanecer estável 
em grande parte do território gaúcho.

De forma geral, os totais esperados oscilarão entre 5 e 30 mm na maioria das regiões e somente no extremo sudeste não deve ocorrer precipitação. Em alguns municípios das regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Central e Metropolitana os volumes previstos podem alcançar os 50 milímetros acumulados. (Seapi)


Jogo Rápido

SOJA/CEPEA: Exportações aquecidas elevam preços no BR
 Soja vêm subindo neste início de setembro o grão e de óleo tem acirrado a disputa entre consumidores domésticos e estrangeiros e elevado os prêmios de exportação. Os preços da soja vêm subindo neste início de setembro, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o bom desempenho dos embarques brasileiros de soja em grão e de óleo tem acirrado a disputa entre consumidores domésticos e estrangeiros e elevado os prêmios de exportação. Além disso, pesquisadores explicam que a valorização do dólar frente ao Real aumenta a competitividade do produto nacional e estimula as negociações internas. De acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 9,33 milhões de toneladas de soja em agosto. Apesar da queda de 23,8% frente a julho – movimento comum para o período –, o volume foi recorde para o mês. No acumulado de 2024 (janeiro a agosto), os embarques totalizaram 86,5 milhões de toneladas, também recorde. (Cepea Via Terra Viva)
 

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Porto Alegre, 11 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.478


Radiografia da Agropecuária Gaúcha | RS exporta lácteos a 44 países, mas depende de importações

Em 2024, o leite gerou R$ 7,92 bilhões no RS. O estado exportou US$ 24 mi, mas importou US$ 83,4 mi, segundo a Radiografia da Agropecuária Gaúcha.

Leite no RS foi destaque na edição 2025 da Radiografia da Agropecuária Gaúcha, lançada neste mês pelo Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O documento oficial detalha números de rebanho, produção, valor econômico e comércio exterior da bovinocultura de leite gaúcha, evidenciando tanto a relevância social quanto os desafios de mercado.

Segundo a publicação, em 2025 o rebanho declarado do Rio Grande do Sul soma 1,04 milhão de bovinos destinados à atividade leiteira.

Em 2023, a produção totalizou 4,14 bilhões de litros de leite, movimentando um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 7,92 bilhões em 2024. Esses números confirmam o peso estratégico do setor dentro da economia agropecuária estadual.

Comércio exterior: exportações limitadas, importações elevadas
Os dados mostram que, em 2024, o Rio Grande do Sul exportou lácteos para 44 países, gerando US$ 24 milhões em receitas, o que garantiu ao estado a terceira posição no ranking nacional de exportadores.

O principal destino foi Cuba, que absorveu US$ 18,4 milhões em produtos lácteos gaúchos, equivalente a 76,7% do total exportado. Em seguida aparecem Uruguai (US$ 2 milhões; 8,5%), Chile (US$ 1,3 milhão; 5,3%), Filipinas (US$ 1,2 milhão; 5,0%) e Paraguai (US$ 0,5 milhão; 2,4%).

Por outro lado, as importações de lácteos foram significativamente mais altas, atingindo US$ 83,4 milhões no mesmo ano.

O destaque absoluto foi o Uruguai, responsável por 97,1% do valor importado (US$ 80,9 milhões e 24,7 mil toneladas). Outros fornecedores tiveram participação marginal, como Itália (1,6%), Estados Unidos (0,9%), Argentina (0,3%) e Países Baixos (0,2%).

Esse desequilíbrio evidencia a forte dependência externa, sobretudo do mercado uruguaio, que domina o abastecimento do estado.

Estrutura produtiva e industrial
A Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2025 mostra também a capilaridade da atividade leiteira. O RS conta com pouco mais de 30 mil propriedades que têm no leite uma fonte de renda.

O estado abriga 240 estruturas de industrialização, sendo a maioria (69%) vinculada ao Sistema de Inspeção Municipal (SIM). Outros 13% estão sob a Coordenação de Inspeção de Produtos de Origem Animal (CISPOA) e 18% no Sistema de Inspeção Federal (SIF).

A publicação destaca ainda que a profissionalização crescente, aliada à adoção de novas tecnologias, tem sido tendência e necessidade para a continuidade da atividade no campo.

Perfil do rebanho
O levantamento detalha a composição etária dos animais no estado. Em 2025, havia:

202.141 bovinos de 0 a 12 meses,

174.625 de 13 a 24 meses,

141.715 de 25 a 36 meses,

526.012 com mais de 36 meses.

Esse perfil indica predominância de animais adultos, essenciais para manter a produção estável em um cenário de custos elevados e competição internacional.

Principais municípios produtores
De acordo com a Radiografia, os dez maiores rebanhos leiteiros do estado em 2025 estão localizados em: Santo Cristo, Augusto Pestana, Crissiumal, Cândido Godoi, Ijuí, Campina das Missões, Marau, São Francisco do Sul, Ibirubá e Três Passos.

Essa distribuição reforça a relevância regional da bovinocultura de leite, presente em praticamente todos os municípios gaúchos.

Reflexões e desafios
Os dados oficiais escancaram um paradoxo: enquanto o Rio Grande do Sul é referência em produção leiteira e mantém exportações consistentes, a balança comercial do setor segue deficitária, puxada pela alta dependência do Uruguai.

Para os produtores e indústrias locais, o desafio passa por ampliar a competitividade, reduzir custos e diversificar destinos comerciais.

A profissionalização crescente e a introdução de novas tecnologias surgem como caminhos estratégicos para enfrentar um mercado cada vez mais globalizado. Acesse na integra clicando aqui. (Edairy News)


Pesquisa trimestral do leite: captação formal de leite atinge recorde histórico
 
Com estabilidade climática e maior formalização, Brasil registra crescimento de 9,4% na captação de leite, totalizando 6,5 bi de litros no 2º trimestre.
 
De acordo com a Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, a captação formal no Brasil totalizou 6,502 bilhões de litros no segundo trimestre de 2025, avanço de 9,4% em relação ao mesmo período de 2024 — resultado superior ao já expressivo número divulgado na prévia da pesquisa. Na comparação com o trimestre anterior, houve ainda leve alta de 0,17%, movimento atípico para esta época do ano, geralmente marcada pela entressafra e pela redução da oferta devido às condições climáticas mais secas.
 
Gráfico 1. Evolução do 2º trimestre da Captação de leite no Brasil
 

 
Esse desempenho fez do segundo trimestre de 2025 o maior volume já registrado para o período na série histórica acompanhada pelo IBGE.
 
Gráfico 2. Captação Mensal de Leite - Brasil
 

 
Desempenho mensal
 
Tabela 1. Captação total mensal de leite no Brasil
 

 
Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado
 
Os estados que mais contribuíram para o resultado nacional foram Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Minas Gerais manteve a liderança, com 1,55 bilhão de litros no trimestre, crescimento de 5% em relação ao mesmo trimestre de 2024. O Paraná aparece em seguida, com pouco mais de 1 bilhão de litros e alta expressiva de 13,4%. Santa Catarina, por sua vez, registrou 824 milhões de litros, incremento de 8% na mesma base de comparação.
 
Em termos proporcionais, o destaque ficou com o Ceará, que apresentou expansão de 22% frente ao mesmo trimestre de 2024, alcançando 124,7 mil litros de leite captados no trimestre.
 
Gráfico 4. Variação percentual da Captação Formal (2º trimestre: 2025 vs 2024)
 

 
Entre as regiões, o Sul liderou em volume absoluto, com 2,6 bilhões de litros no trimestre, crescimento de 13%. Na sequência, o Nordeste apresentou avanço de 9,9%, impulsionado principalmente por Ceará (22%), Piauí (21,8%), Rio Grande do Norte (15,3%) e Sergipe (13,4%).
 
As demais regiões também registraram resultados positivos: Centro-Oeste (+9,5%), Sudeste (+6%) e Norte (+4,5%). Esse desempenho evidencia a recuperação generalizada da produção nacional no período.
 
O que influenciou no aumento da captação?
O crescimento expressivo da captação no segundo trimestre de 2025 pode ser explicado por um conjunto de fatores. Entre eles, destaca-se a rentabilidade ao produtor ainda em patamares satisfatórios, que tem estimulado investimentos em tecnologia e manejo, inclusive confinamentos, favorecendo a diminuição dos efeitos típicos da entressafra.
 
Outro ponto relevante é a maior formalização da produção, também associada à melhora da rentabilidade, que tem reduzido a participação de volumes comercializados de forma irregular e ampliado o registro oficial da captação.
 
Adicionalmente, a ausência de adversidades climáticas significativas colaborou para o desempenho positivo. Diferentemente de 2024, quando enchentes no Sul prejudicaram a atividade, o segundo trimestre de 2025 foi marcado por maior estabilidade climática, o que favoreceu a produção em diferentes regiões do país.
 
Expectativas para o próximo trimestre
As expectativas para o próximo trimestre apontam para a continuidade do aumento na captação de leite, uma vez que o terceiro trimestre, historicamente, coincide com o início período das águas e com a safra no Sul, principal região produtora do país. A coleta deve se manter aquecida, sustentada por indicadores de rentabilidade ainda favoráveis ao produtor ao longo desse período. No entanto, a variação percentual tende a ser menos expressiva, já que a base comparativa do segundo trimestre de 2025 frente a 2024 é impactada pelas enchentes ocorridas no Sul, que reduziram a produção no ano anterior. (Milkpoint)
 

Ranking global de laticínios 2025: os destaques e tendências para 2026
Rabobank Global Dairy Top 20 2025: Lactalis domina, Nestlé perde fôlego e empresas como Emmi e Sodiaal se aproximam do ranking. Saiba mais!
 
A lista anual do Rabobank traz poucas surpresas este ano, mas as atividades de fusões e aquisições pendentes podem provocar mudanças significativas em 2026. Oito empresas trocaram de posição no ranking Global Dairy Top 20 de 2025, mas não houve novos entrantes nem saídas entre os maiores players do setor.
 
No entanto, mudanças relevantes estão a caminho para 2026, já que empresas como Unilever, DMK e Fonterra ainda não concluíram processos de fusão e desinvestimento em andamento.
 
Top 20 Global de Laticínios – Rabobank 2025
Com base no faturamento de vendas de laticínios de 2024 estimado por meio dos demonstrativos financeiros, transações de fusões e aquisições concluídas de 1º de janeiro de 2025 a 30 de junho de 2025.
 

 
As cinco maiores empresas com base nas vendas de laticínios permaneceram as mesmas este ano, com Lactalis, Nestlé e Dairy Farmers of America ocupando os três primeiros lugares, seguidas por Danone e Yili.
 
A Arla trocou de posição com a Fonterra, ficando em 6º e 7º lugares, respectivamente, mas a gigante neozelandesa – que recentemente concordou em vender seus negócios globais de consumo e associados para a Lactalis – deve cair para a 10ª posição no próximo ano, uma vez concluído o acordo.
 
“O apetite da Lactalis por aquisições parece insaciável”, informou o RaboResearch, acrescentando que a multinacional francesa pode ampliar sua liderança no topo em US$ 10 bilhões no futuro, especialmente diante da fraca concorrência da Nestlé, que ocupa o segundo lugar.
Maior crescimento de receita: Saputo
A canadense Saputo aumentou sua receita em 8,4% – mais do que qualquer outro membro da lista das 20 maiores – ao melhorar o desempenho em todas as divisões, exceto na Argentina. A empresa reforçou sua eficiência ao transferir a produção para mais perto de casa e reduzir custos duplicados.
 
Já a gigante suíça Nestlé “continua enfrentando desafios em seu segmento de laticínios”, segundo o Rabobank, com vendas estáveis em cerca de US$ 24 bilhões pelo terceiro ano consecutivo. “Suas duas divisões relacionadas a laticínios (produtos lácteos & sorvetes e nutrição & ciências da saúde) registraram queda no faturamento na Europa, América do Norte, Ásia e América Latina”, destacaram os analistas do banco. “De acordo com o relatório anual da Nestlé, apenas China e Taiwan mostraram crescimento, especificamente no segmento de nutrição & ciências da saúde.”
 
Europa: fusões e aquisições podem mudar posições
Não houve mudanças significativas nas posições de cooperativas do noroeste europeu, como Arla Foods e FrieslandCampina, embora a DMK – que anunciou planos de fusão com a Arla Foods – tenha registrado queda de 6,7% na receita após a saída de grandes produtores da cooperativa e, consequentemente, menos leite processado.
 
A Sodiaal, que adquiriu a Yoplait Canadá da General Mills, pode melhorar sua posição no ranking no próximo ano.
 
Enquanto isso, a Savencia subiu no ranking após concluir a aquisição da empresa argentina Williner, adicionando cerca de € 295 milhões (US$ 344 milhões) ao seu faturamento.
 
A Danone, por sua vez, concluiu desinvestimentos estratégicos, como a venda da Horizon Organic, ao mesmo tempo em que manteve crescimento em seu segmento de laticínios e aumentou sua receita em 4%.
 
Movimentos para 2026: Emmi Group é “forte candidato” ao Top 20
A suíça Emmi Group está entre as empresas que podem entrar na lista do Rabobank no próximo ano. A fabricante do Emmi Café Latte poderia assumir o lugar da DMK e quase entrou no ranking de 2025 após gerar faturamento de US$ 5,4 bilhões.
 
O Rabobank aponta que tendências cambiais favoráveis e o alto preço do leite suíço podem impulsionar ainda mais a empresa no próximo ano.
 
Enquanto isso, a Arla deve desafiar a Danone pela 4ª posição caso a fusão com a DMK seja concluída como esperado; e a FrieslandCampina pode alcançar o 6º lugar com base em seu acordo com a Milcobel.
 
As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 

Jogo Rápido

MILHO/CEPEA: Oferta limitada sustenta cotações
Atentos às recentes valorizações nos portos e no mercado externo, vendedores brasileiros estão limitando a oferta de milho no spot e/ou pedindo preços firmes em novos negócios, apontam levantamentos do Cepea. Atentos às recentes valorizações nos portos e no mercado externo, vendedores brasileiros estão limitando a oferta de milho no spot e/ou pedindo preços firmes em novos negócios, apontam levantamentos do Cepea. Por outro lado, a demanda doméstica segue enfraquecida, contexto que impede avanços mais intensos nas cotações, explicam pesquisadores. Consumidores utilizam estoques, à espera de aumento na oferta, fundamentados na possibilidade de produtores passarem a ter necessidade de vendas. Vale lembrar que a safra deve ser recorde no Brasil e nos Estados Unidos. Já a demanda externa está se aquecendo. A exportação do milho, que apresentava fraco desempenho até o julho, tem reagido, refletindo principalmente as negociações antecipadas do cereal. Além disso, o aumento da paridade de exportação e o consequente maior interesse de vendas para o mercado internacional também dão suporte aos valores domésticos e mantêm expectativa de novos avanços. O ritmo de embarques diário de agosto/25 superou em 18% o observado em agosto/24, com volume escoado também 13% maior na mesma comparação, somando 6,84 milhões de toneladas, segundo dados da Secex analisados pelo Cepea. (Cepea Via Terra Viva)
 

 


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Porto Alegre, 10 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.477


Sindilat apoia exclusividade do termo “leite” para produtos de origem animal

Para assegurar que a palavra “leite” seja usada exclusivamente em produtos de origem animal e, com isso, defender o direito de escolha do consumidor, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoiou, em audiência pública na Câmara dos Deputados, a aprovação do Projeto de Lei 10.556/2018, que prevê a proibição do uso da denominação em produtos de origem vegetal.

“Trata-se de assegurar que o consumidor tenha clareza sobre o que está adquirindo. Leite é alimento de origem animal, e essa diferenciação precisa estar expressa”, destacou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. “Seria absurdo oferecer tofu de origem animal ou uma bebida de soja com leite de vaca”, comparou, ao lembrar que algumas marcas de produtos vegetais se apropriam de imagens e de termos próprios dos laticínios em seus rótulos. “Isso gera confusão para o consumidor, desvaloriza e ameaça a sustentabilidade do setor lácteo, além de prejudicar os produtores”, reforçou o dirigente.

No debate, o Sindilat indicou ainda que produtos vegetais precisam de rotulagem clara, sem induzir o consumidor ao erro. Além disso, as bebidas vegetais devem ser comercializadas com denominações próprias, não como substitutas do leite e os rótulos devem destacar ausência de leite e indicar composição/alergênicos de forma evidente.

O debate, realizado na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços na terça-feira (09/09), atendeu ao requerimento do deputado federal Heitor Schuch (RS) e reuniu representantes do ramo do leite de todo o Brasil no debate do projeto de autoria da deputada federal Tereza Cristina (MS). (Sindilat)


Capital do leite ganha centro para formar próximas gerações de produtores

Pensando nas próximas gerações de produtores de leite, a cidade de Castro (PR) deu início à criação de um complexo educacional que deve se tornar referência para a cadeia leiteira. Considerada a capital nacional do alimento, o município de cerca de 73 mil habitantes é responsável pela ordenha anual de mais de 420 milhões de litros do produto, quase 10% de toda a produção paranaense. 

O Centro de Excelência em Bovinocultura de Leite – uma iniciativa da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) em parceria com o Sindicato Rural de Castro, a prefeitura da cidade e a cooperativa Castrolanda – será voltado à formação de mais de 500 profissionais para toda a cadeia produtiva do setor, por meio de cursos técnicos e de especialização reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).

Com previsão de iniciar as atividades em 2027, o empreendimento receberá investimentos de mais de R$ 35 milhões, com o objetivo de tornar-se um marco na capacitação para o setor lácteo no país. O complexo, com oito blocos, ocupará uma área de 4,3 mil m² em um terreno de quatro hectares. 

O lançamento da pedra fundamental da estrutura foi realizado durante a 25.ª edição do Agroleite, evento técnico anual realizado no mês de agosto.

“É a consolidação de uma conquista que foi possível graças a uma união de propósitos em torno dessa cadeia produtiva, que está em 399 municípios paranaenses, gerando emprego, renda e riqueza”, disse o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette. 

Responsável por cerca de 4,5 bilhões de litros de leite anuais, o Paraná é hoje o segundo maior produtor do país, atrás apenas de Minas Gerais.

A iniciativa faz parte de um projeto do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), entidade vinculada a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da qual a Faep é integrante. Atualmente, há três centros de excelência em operação no país: de fruticultura, em Juazeiro (BA), bovinocultura de corte, em Campo Grande (MS), e cafeicultura, em Varginha (MG).

“O leite talvez seja a cadeia mais pulverizada, geograficamente, mais dispersa pelos municípios”, destacou o diretor de Inovação e Conhecimento do Senar Nacional, André Sanches.

De acordo com a Faep, Castro tem um rebanho de 53,4 mil vacas ordenhadas, com produção média anual de 8,4 mil litros por animal, quase quatro vezes a média nacional, de 2,2 mil litros. 

O desempenho em produtividade no município se aproxima de líderes da pecuária leiteira mundial, como Estados Unidos e Alemanha, e supera o de países como a França e Nova Zelândia. 

A produtividade e a qualidade do leite de Castro resultam de um cuidado extremo dos criadores de gado da região, que incluem a separação de vacas no período entre lactações, controle de temperatura nos currais, camas secas e ambientes adequados para animais em pré-parto, por exemplo. (Gazeta do Povo)

Boletim de Preços - Mercado de Leite e Derivados - Agosto de 2025

Preços dos lácteos seguem em queda e Spot com recuo expressivo
Os preços dos principais derivados lácteos mantiveram viés baixista. O queijo muçarela registrou queda mais acentuada, devido ao aumento da oferta e maior pressão de vendas. O mercado de leite UHT também apresentou um movimento de ligeira desaceleração nos preços. O leite em pó seguiu o mesmo caminho e sofrendo a concorrência das importações. No leite Spot, as cotações arrefeceram ao longo das últimas quinzenas, com maior volume de leite sendo ofertado e menor interesse dos compradores. Estoques com ligeiro aumento, forte competição entre laticínios e os varejistas buscando recuperação de margens tem mantido o mercado de lácteos mais baixista.

Conseleites indicam recuo

As sinalizações dos Conseleites para o pagamento do leite entregue em agosto apontaram queda nas projeções em todos os estados acompanhados. Paraná e Rio Grande do Sul registraram reduções mais acentuadas, enquanto Santa Catarina e Minas Gerais apresentaram recuos moderados. Mas o movimento geral foi de baixa, em linha com os preços no mercado atacadista de derivados. 

Fonte: Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.
Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira. 
Colaboração: Henrique Salles Terror e Caio Prado Villar de Azevedo (graduandos da UFJF).
Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado.


Jogo Rápido
IBGE: Trimestrais da pecuária - Aquisição de leite teve alta de 9,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior
No 2º trimestre de 2025, a aquisição de leite cru foi de 6,50 bilhões de litros, equivalente a um acréscimo de 9,4% em relação ao 2° trimestre de 2024, e uma redução de 1,0% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. Trata-se da maior aquisição de leite nesses estabelecimentos para um segundo trimestre de toda a série histórica. Em relação ao preço médio do leite pago ao produtor que foi de R$ 2,75, ocorreu aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e queda de 0,4% em relação ao 1º trimestre de 2025. A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 40,7% do total, seguida pelas regiões Sudeste (35,9%), Centro-Oeste (10,5%), Nordeste (9,4%) e Norte (3,5%). No comparativo do 2º trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, o acréscimo de 559,06 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 20 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, os acréscimos mais relevantes ocorreram no Rio Grande do Sul (+122,06 milhões de litros), Paraná (+120,04 milhões de litros) e Minas Gerais (+74,15 milhões de litros). No sentido oposto, as reduções mais significativas ocorreram no Espírito Santo (-3,98 milhões de litros), Alagoas (-2,64 milhões de litros) e Mato Grosso (-2,51 milhões de litros). Minas Gerais liderou o ranking de aquisição de leite, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (15,7%) e Santa Catarina (12,7%) (IBGE)


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Porto Alegre, 09 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.476


Leite do RS mira futuro sustentável e inovador 

Setor do leite gaúcho debate sustentabilidade e inovação na Expointer 2025, com foco em novas políticas e potencial da cadeia.

A produção de leite no Rio Grande do Sul esteve no centro do debate sobre sustentabilidade e inovação durante a 48ª Expointer, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
O painel “Caminhos para o leite – sustentabilidade e inovação”, promovido pelo Centro de Inteligência do Agro da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT), reuniu representantes da indústria, entidades e produtores rurais no último sábado (6).

A mediação foi conduzida por Denize da Rosa, CEO da Suport D Leite, que ressaltou a importância do tema diante da implementação de novas políticas públicas estaduais voltadas para a cadeia leiteira.

Segundo ela, o objetivo foi abrir espaço para que diferentes atores do setor – indústrias, técnicos, comunidades e produtores – apresentassem suas visões.

“Esse debate, no momento de novas políticas públicas, vem para fomentar e divulgar o quanto a produção de leite apresenta um grande potencial para o nosso Estado”, afirmou.

Sustentabilidade como requisito indispensável

Para Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat, a sustentabilidade é hoje um requisito essencial para a competitividade do leite gaúcho.

Ele destacou que a gestão responsável de recursos naturais, como água e energia, e a adoção de boas práticas na indústria e no campo já não são diferenciais, mas exigências do mercado. “Até pouco tempo, o soro era um grande passivo para o setor.

Hoje, o whey protein é altamente valorizado no consumo e um exemplo de aproveitamento tecnológico dentro da cadeia láctea”, lembrou Palharini.

A discussão também evidenciou que a sustentabilidade não se limita à produção ambientalmente correta, mas se conecta diretamente com a saúde do consumidor.

A produtora Jéssica Fachini enfatizou que práticas equilibradas entre economia, sociedade e meio ambiente resultam em um leite mais saudável, que contribui para benefícios como recuperação muscular, fortalecimento ósseo e melhor qualidade de vida.

“Nossa cartada é mostrar que sustentabilidade no campo é saúde na mesa”, destacou.

União do setor e valorização do leite
Outro ponto central do painel foi a necessidade de união entre entidades, produtores e indústria para fortalecer o setor.

Marcos Tang, presidente da Febrac, defendeu que o caminho para uma produção sólida começa pelo bem-estar animal e pelo compromisso com práticas sustentáveis. “A cadeia do leite é uma das que mais incorporam tecnologia, mas seguimos sendo alvo de críticas.

Está na hora de mostrarmos a qualidade e o valor do nosso produto, que é um dos alimentos mais completos depois do leite materno”, afirmou.

Tang também ressaltou que, embora os produtores já tenham avançado em aspectos técnicos e de manejo, ainda há um longo percurso em termos de marketing e comunicação. “O produtor já entendeu a importância da sustentabilidade, mas precisamos comunicar melhor essa evolução para a sociedade”, completou.

Inovação como motor de transformação
A presença de indústrias, técnicos e representantes do governo reforçou que a inovação é uma das principais aliadas do setor.

Desde tecnologias de reaproveitamento de subprodutos até ferramentas digitais de gestão e monitoramento da produção, o avanço tecnológico tem permitido aumentar a eficiência, reduzir impactos ambientais e abrir novos mercados para produtos derivados do leite.

O evento na Expointer mostrou que há um consenso crescente sobre a necessidade de alinhar as demandas de mercado – cada vez mais orientadas para produtos sustentáveis e saudáveis – com a realidade do produtor gaúcho, que enfrenta desafios como custos elevados, volatilidade de preços e necessidade de modernização constante.

Um futuro promissor, mas desafiador
A conclusão do painel reforçou que a cadeia láctea do Rio Grande do Sul possui um enorme potencial para se tornar referência em sustentabilidade e inovação no Brasil, mas que isso exige continuidade de políticas públicas, incentivo à pesquisa, capacitação de produtores e estratégias de comunicação mais assertivas para reconectar o setor com o consumidor.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Correio do Povo


Projeto piloto de rastreabilidade bovina foi lançado durante a Expointer

Cinquenta propriedades voluntárias vão participar do projeto piloto de rastreabilidade individual de bovinos no Rio Grande do Sul, coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O lançamento do projeto foi realizado nesta quinta-feira (4/9), na Casa do Fundesa, durante a Expointer.“A Seapi vem discutindo sobre rastreabilidade desde 2017, começando pelo gado leiteiro nas propriedades certificadas como livres de brucelose. Hoje temos 100 mil bovinos de leite identificados. A partir dessa experiência, entendemos que o estado já tem uma base de rastreamento que atende aos padrões do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB)”, destacou o secretário adjunto Marcio Madalena.

A rastreabilidade individual de bovinos é um sistema que permite acompanhar todo o ciclo da vida de um animal, dados sobre sua raça, sexo, idade, vacinas, até o abate. Esses dados ficam em um sistema, vinculado a um número de registro de um brinco ou bóton. A partir de um grupo técnico formado por representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), órgãos estaduais de sanidade agropecuária e associações de produtores, foi elaborado um plano estratégico para a implementação do PNIB, com escalonamento de prazos que totalizam oito anos de adaptação até a adoção obrigatória, a partir de 2033. "O Rio Grande do Sul tem interesse em ser pioneiro na implementação da rastreabilidade", frisou o secretário.

As 50 propriedades que irão participar do projeto piloto estão sendo selecionadas pelo Serviço Veterinário Oficial. “Mais de 20 municípios terão propriedades selecionadas, com diferentes características de produção, como leite e corte, ciclo completo, recria e terminação. Será com uma distribuição geográfica que nos dá um retrato fidedigno da agropecuária gaúcha”, complementou Madalena.

O secretário contou que o projeto foi desenhado a partir de conversas com uma grande diversidade de entidades e produtores, ligados aos segmentos de corte e leite, com estrutura empresarial ou familiar. O cronograma prevê que o projeto piloto seja concluído na Fenasul/Expoleite 2026 para, a partir dele, ser elaborado o Plano Estadual de Rastreabilidade Individual. “Praticamente todos os segmentos da pecuária no Rio Grande do Sul estiveram na discussão para a elaboração do projeto. O nosso plano estadual será escrito de dentro da porteira, para depois ir ao gabinete da secretaria”, frisou.

Três propriedades gaúchas já utilizam o sistema de rastreabilidade individual bovina e estão com animais participando da feira. “A Expointer já está com animais identificados de acordo com o que prevê o PNIB. Não poderíamos apresentar o projeto piloto só na projeção, queríamos apresentar já em funcionamento”, concluiu Madalena.

Durante o evento, também foi assinado um protocolo de intenções entre a Seapi e a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) para integração entre os sistemas de defesa agropecuária dos dois estados. (Expointer)

 

Países da América do Sul puxam alta global do leite em 2025
 
Dados referentes ao primeiro semestre de 2025, trouxeram uma perspectiva diferente sobre o crescimento da produção de leite no mundo: países do Cone Sul puxando a alta. Confira a análise detalhada!
 
Dados compilados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), referentes ao primeiro semestre de 2025, trouxeram uma perspectiva diferente sobre o crescimento da produção de leite no mundo.
 
Na média dos países e blocos considerados, a produção cresceu 1,05%, com algumas regiões (União Europeia, China e Austrália) tendo redução de produção e, outras apresentando forte aumento. 
 
O que chama a atenção é que os 4 países que mais cresceram percentualmente foram Argentina (11,7%), Chile (8,0%), Brasil (6,2%) e Uruguai (5,7%). Todos do Cone Sul!
 
Tabela 1. Países/Blocos com suas variações interanuais acumuladas. Período de janeiro a junho de 2025.
 

 
Ainda que seja importante ressalvar que a Argentina venha de uma base muito fraca, em função da forte queda de 12,5% frente ao primeiro semestre de 2023, e que o Uruguai também vinha de queda, embora menor (4,0% frente ao primeiro semestre de 2023), a liderança no crescimento mundial nos países do Cone Sul não deixa de ser relevante, representando uma reversão de uma tendência de mais de uma década.
 
Após atingir 10,3% da produção mundial de leite bovino em 2011, a América do Sul foi perdendo gradativamente participação, alcançando 8,67% em 2023, segundo a FAO.
 
Gráfico 1. Dados da participação sobre o total produzido.
 

 
Fonte: FAO STATS
 
Embora cada país tenha a sua história, como por exemplo o processo de aumento de escala e profissionalização que começa a dar um contorno diferente para o leite brasileiro, influenciando a oferta, é interessante pensarmos sobre o porquê o esquecido Cone Sul ter liderado o crescimento global.
 
Minha visão é que esse crescimento inusitado reside em uma combinação de fatores:
 
Clima: parte da região tem sofrido hora com duras secas, hora com fortes chuvas. O primeiro semestre de 2025 foi tranquilo nesse sentido.
 
Ambiente institucional: principalmente na Argentina, o ambiente político-econômico parece mais calmo, o que favoreceu a retomada dos investimentos que haviam sido adiados em 2024
 
Relação de troca: o primeiro semestre foi bom para o produtor de leite praticamente no mundo todo. Aí entra o quarto fator que explica o maior crescimento no nosso continente:
 
Condições propícias para o crescimento: menor regulamentação ambiental, se comparado a Europa e Nova Zelândia; sem restrição hídrica crônica, se comparado a Austrália e parte dos EUA; disponibilidade farta de insumos (milho, soja, etc)
 
A reflexão que se pode fazer é que o Cone Sul foi um carro que andou por mais de 10 anos com o freio de mão puxado. Ora era o clima, ora era a economia, ora era a política que fazia o papel de freio (às vezes, alguns desses fatores juntos). De repente, nesse primeiro semestre de 2025, os astros se alinharam positivamente para o leite na região.
 
As projeções feitas por agências e bancos especializados não apontam que a região vai mudar seu papel como fornecedora de leite no mundo. Porém, essas projeções muitas vezes olham com os olhos do passado, porque prever uma mudança de curso é sempre arriscado.
 
Esse primeiro semestre de 2025 nos dá uma pista de que as coisas podem ser diferentes no futuro, desde que tenhamos as condições adequadas. Nesse cenário, podemos crescer mais do que os outros e ser, enfim, mais protagonistas no mercado externo.
 
Oferta e demanda: o desafio
Percentagens são sempre uma maneira de ver os números. Além da questão do comparativo já comentado acima, em que uma base histórica muito fraca pode distorcer a análise, é sempre interessante ver também o aumento absoluto, que sofre influência do volume total produzido.
 
Nesse sentido, apesar do aumento de 11,7% verificado pela Argentina, o acréscimo de cerca de 500 milhões de litros no semestre é próximo ao dos Estados Unidos, que cresceu somente 1%, mas a partir de um volume muito maior.
 
Mais interessante ainda: o maior aumento em volume no mundo no primeiro semestre foi justamente do...Brasil (considerando os dados do IBGE), com acréscimo de mais de 760 milhões de litros.
 
Esse acréscimo no Brasil (aliado ao leite importado que ainda entra em bons volumes) é o que está desafiando os preços nesse momento. Não é que a demanda esteja fraca; é que a quantidade ofertada aumentou muito. Em valores per capita, a disponibilidade aparente em 2025 deve chegar a 178 kg/pessoa/ano, contra 175 kg no ano passado, segundo apontam as estimativas da MilkPoint Ventures e está ilustrado no gráfico abaixo.
 
Gráfico 2. Disponibilidade per capita de leite.
 

 
Aliás, vale notar que é o terceiro ano de recuperação no consumo aparente, representando uma mudança de cenário se compararmos ao período entre 2011 e 2022, quando ficamos andando de lado, oscilando em torno dos 165-172 kg. Como nós raramente olhamos sob uma perspectiva menos de momento, acabamos não vendo isso. Mas é uma mudança, uma retomada.
 
O desafio é evidente: mantendo-se esse crescimento na oferta, como continuar dando vazão a esse volume no mercado interno?
 
Há espaço para ocupar parte do leite importado no ano que vem, caso os preços externos/câmbio e sua relação com os preços internos resulte em cenário desfavorável para importar. Mas mesmo que isso ocorra, e depois?
 
Substituídas as importações, haverá um limite para o crescimento da oferta interna se o nosso campo de batalha for o mercado interno. É pouco realista apostar em crescimento de consumo total da ordem de 3-4% ao ano, continuamente. O caminho, então, será a exportação.
 
Mas, a dúvida que fica é: conseguiremos jogar esse jogo?


Jogo Rápido
Ideias em campo: o presente e o futuro do agro
Porto Alegre se transformará em um Campo das Ideias nesta quinta-feira. É quando ocorre o evento que leva esse nome, organizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), e que se propõe a ser uma grande arena de troca de ideias sobre temas relevantes para o agro. – Fizemos uma Expointer legal, com muito público mas o volume de negócios demonstra a fragilidade da situação. A gente sabe que o agro tem um papel estratégico nessa situação – pondera o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli. Diante dos desafios que se colocam, a ideia foi trazer analistas, pensadores, formadores de opinião, com histórico de políticas públicas no Brasil, experiências para “nos fazer repensar, refletir em outras óticas”, acrescenta o superintendente. O evento começa às 9h, no Teatro do Bourbon Country, e terá quatro painéis que vão da importância do agro ao cenário político e geopolítico. O seminário Campo das Ideias é aberto ao público e as inscrições são gratuitas. A programação completa pode ser conferida no site do Senar-RS. (Zero Hora)


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Porto Alegre, 08 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.475


Governo anuncia R$ 12 bilhões para produtores do RS

Comunicação em redes sociais do Presidente ocorreu instantes antes da abertura oficial da Expointer

Um pouco antes da abertura da Expointer, evento com a presença de autoridades, incluindo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e também protestos de produtores, o presidente Luiz Inácio da Silva anunciou, por meio de suas redes sociais, a liberação de R$ 12 bilhões em apoio aos agricultores gaúchos atingidos pelos problemas climáticos.

“Assinei medida provisória para renegociação de dívidas em condições especiais. Serão R$ 12 bilhões do Tesouro para serem operados pelos bancos”, disse Lula, que lembrou que nos últimos anos as “secas prolongadas e enchentes provocaram grandes perdas aos nossos agricultores, gerando dívidas e travando o crédito para a preparação da nova safra”. “Por isso tomei a decisão de darmos mais uma garantia ao setor”, acrescentou.

“A medida vale para pequenos, médios e grandes produtores com duas grandes perdas nos últimos cinco anos em municípios que decretaram calamidade duas vezes neste período”, lembrou.

Conforme Lula, a expectativa é beneficiar 100 mil agricultores, 96% destes pequenos e médios agricultores inadimplentes ou com dívidas prorrogadas. O pequeno terá acesso a até R$ 250 mil de crédito com taxa de 6% ao ano.

Já o médio, a até R$ 1,5 milhão com taxa de até 8%, enquanto os demais, até R$ 3 milhões e taxas de até 10% ao ano. “Não é perdão, é renegociação responsável. Os produtores terão até nove anos para pagar, com um ano de carência pra se reorganizar e poder plantar”, lembrou. E ainda mencionou terem sido criados estímulos para que os bancos renegociem dívidas com recursos próprios. (Correio do Povo)


Balança comercial de lácteos: importações voltam a apresentar queda

Agosto registra redução de importações de lácteos, exportações estáveis e movimentações fortes em queijos, soro e leite em pó integral.

O saldo da balança comercial de lácteos apresentou menores importações no mês de agosto. Com um total de -155,4 milhões de litros em equivalente-leite, agosto apresentou um avanço de 10,97 milhões de litros em relação ao mês anterior, saldo menor do que em julho, já que as importações voltaram a apresentar queda, mas as exportações apresentaram certa estabilidade.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em agosto, as exportações de lácteos somaram 5,16 milhões de litros em equivalente-leite, sendo esse um leve recuo de 4,8% em relação a julho, no comparativo com agosto do ano anterior houve um aumento de 26,8%. 

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações totalizaram 160,5 milhões de litros em equivalente-leite em agosto, com recuo mensal de 6,53%. Em relação a agosto de 2024, a redução foi de 12,15%, como ilustra o Gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

 
Em agosto, as exportações de lácteos apresentaram um cenário diversificado entre os principais produtos. O leite UHT foi um produto que apresentou grande retração nas exportações (-63%), assim como o leite em pó integral (-67%). O leite condensado também foi outro produto que apresentou forte queda de -31%, e a manteiga também (-26%). Já os queijos totais apresentaram alta de 45% em relação ao mês passado, o soro de leite também apresentou maior exportação, com alta de 25%. 

Em relação às principais categorias de lácteos importados apresentaram movimentações predominantemente negativas. O leite em pó desnatado registrou a queda mais expressiva, com redução de 26% nas importações em relação ao mês anterior, o soro de leite também apresentou retração de 14%. Por outro lado, algumas exceções pontuais foram observadas: os queijos tiveram um discreto aumento de 7% nas importações.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em agosto de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em julho de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?
A competitividade dos preços dos produtos importados tem se mostrado mais atrativa em comparação aos nacionais. No entanto, o aumento da captação de leite no Brasil já pressiona as cotações internas e pode influenciar a dinâmica do mercado, diminuindo a competitividade.

Além disso, os preços do leite em pó no mercado internacional, como no GDT, permanecem em níveis historicamente elevados, mesmo com a queda vista no último leilão. Outro ponto de atenção é o Leilão da ONIL - Argélia, que demandou grandes quantidades de leite em pó integral e desnatado, e pode impactar na disponibilidade destes produtos para os próximos meses, e portanto, no saldo da balança.

Por outro lado, a volatilidade cambial deve ser acompanhada de perto, pois pode impactar diretamente a competitividade dos importados. (Milkpoint)

Expointer 2025 encerra com marca de 1 milhão de visitantes

Crescimento no público que visitou a feira representa um crescimento de 22,82% frente a 2023, maior recorde até então

Quando fecharam os portões da 48ª Expointer, às 20h deste domingo (7/9), a feira conquistou mais uma marca inédita. Foram 1.010.020 de visitantes durante os noves dias do evento, que aconteceu no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Só neste domingo, foram 147.812 mil visitantes, batendo o público de sábado (6/9), quando havia sido registrado o marco de 143.806 pessoas, marcando o novo recorde diário. 

O maior recorde de público havia sido em 2023, com 822.340 mil visitantes. O resultado representa um crescimento de 22,82% frente a 2023. Em relação ao ano passado, quando foram registrados 662 mil pessoas, o aumento de visitante é de 52,6%.

“O Parque esteve lotado durante todos os dias, então já prevíamos alcançar a marca de 1 milhão de pessoas. É uma feira que se consolida a cada ano e encanta os visitantes, trazendo cada vez mais público. Nossa meta para a próxima edição é melhorar cada vez mais a experiência do cidadão no Parque, disponibilizando melhor infraestrutura e serviços”, afirmou o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum.

Durante a tarde, houve a divulgação do balanço geral dos números da Expointer, com destaque para a venda da agricultura familiar que também teve números recordes.A 49ª Expointer acontecerá de 29 de agosto a 6 de setembro de 2026. (Expointer)


Jogo Rápido
Sindilat na Expointer 2025 – 06/09/2025
No sábado (6), o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) encerrou sua participação na 48ª Expointer contribuindo para o debate sobre o futuro da cadeia produtiva. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participou como debatedor no painel “Caminhos para o Leite – Sustentabilidade e Inovação”, promovido pela Suport D Leite no estande do Governo do Estado, no Pavilhão Internacional do Parque Assis Brasil, em Esteio. O encontro reuniu lideranças do setor para discutir estratégias que garantam eficiência, competitividade e responsabilidade socioambiental na produção de leite. Durante os 25 minutos de debate, foram apresentadas diferentes visões sobre os caminhos para tornar a cadeia mais sustentável e inovadora, além de reflexões finais que reforçaram a importância da união entre indústria, produtores e poder público. Com essa participação, o Sindilat concluiu uma semana de intensa agenda de atividades, reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade, a valorização dos produtores e a defesa do setor lácteo gaúcho. (Sindilat)


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Porto Alegre, 05 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.474


Governo do RS e Lactalis Brasil anunciam investimento de R$ 400 milhões no Rio Grande do Sul

O governador do Estado, Eduardo Leite, e a Lactalis anunciaram, nesta quinta-feira (4/9), na 48ª Expointer, um investimento de R$400 milhões em cinco unidades industriais no Rio Grande do Sul.

Os recursos serão aportados ao longo dos próximos três anos (até 2028) na ampliação da produção de queijos prato e mussarela, whey protein, manteiga, requeijão e composto lácteo em Ijuí, Teutônia, Santa Rosa e Três de Maio, além da expansão de dois centros de distribuição em Ijuí e Teutônia.

“Este anúncio da Lactalis é uma demonstração clara de confiança no Rio Grande do Sul e na força do nosso agro. Com esse novo aporte, chegamos à marca histórica de R$1 bilhão investido aqui. Isso significa mais oportunidades para milhares de famílias produtoras, mais empregos no campo e na cidade e a consolidação do RS como protagonista no setor lácteo no Brasil”, disse o governador Eduardo Leite.

A expectativa é elevar a produção no Estado de 304 mil toneladas (base 2024) para 453 mil toneladas em 2028. Para isso, a captação no campo precisará sair dos atuais 900 milhões de litros/ano para 1,3 bilhão de litros/ano. “Para se ter uma ideia, isso significa aumentar em 10% a produção do Rio Grande do Sul apenas para atender à demanda da Lactalis”, salientou o CEO da Lactalis Brasil, Roosevelt Júnior.

O executivo reuniu-se no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e também contou  com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, e do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

Ampliação

Entre as linhas de produção a serem incrementadas no RS, haverá ganho substancial no processamento de queijos. Ao fim de 2028, a empresa pretende produzir 100 mil toneladas de queijos/ano no Rio Grande do Sul, 70% mais do que as atuais 58 mil toneladas.

Líder mundial em captação de leite, a Lactalis comemora, nesta Expointer, 10 anos de Brasil. Neste período, o Rio Grande do Sul recebeu R$600 milhões em investimentos, que, somados aos R$400 milhões anunciados, atingem a marca de R$1 bilhão aportados. Atualmente, a Lactalis tem 23 fábricas, 49 centros logísticos e 14 mil empregados em oito estados do Brasil. Ao ano, a empresa de origem francesa capta 2,8 bilhões de litros de leite no Brasil.

O CEO da Lactalis Brasil destaca que o projeto faz parte dos planos da empresa para ampliar sua presença no mercado brasileiro. “Nos seus dez anos de atuação, a Lactalis reafirma seu compromisso com o Rio Grande do Sul e com os produtores de leite. A marca de R$1 bilhão investido confirma esse comprometimento, que começa no campo e se solidifica em um setor industrial forte capaz de lastrear o crescimento que projetamos para o setor lácteo no Rio Grande do Sul e no Brasil”.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, o anúncio de hoje reafirma a confiança do setor privado no potencial produtivo gaúcho. “Este investimento fortalece nossa cadeia leiteira, que é uma das mais importantes para a nossa economia e para milhares de famílias que vivem do agro. Este aporte contribuirá diretamente para a geração de empregos - no campo e na cidade - e para a valorização da produção local, além de demonstrar o compromisso do governo do RS de tornar o Estado um local onde as empresas queiram ampliar seus negócios. Por meio do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, continuaremos criando um ambiente de negócios com segurança jurídica, diálogo permanente e políticas públicas que estimulem o crescimento”, disse. (Jardine comunicação)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1883 de 04 de setembro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

As temperaturas amenas, a radiação solar e a redução de chuvas proporcionam bem estar, manutenção da produtividade e da sanidade dos animais, além do bom aproveitamento das pastagens. A oferta de volumosos de qualidade permitiu diminuir o uso de alimentos concentrados na maioria das regiões. A higienização e o manejo dos rebanhos foram facilitados pela ausência de excesso de umidade. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o período sem chuvas facilitou os trabalhos de higiene da ordenha e permitiu o uso mais racional das reservas de feno e silagem. Houve aumento da produção em função das condições climáticas.

Na de Erechim, os rebanhos apresentaram apropriado estado sanitário e nutricional. A oferta de pastagens de inverno diminuiu a dependência de volumosos conservados e concentrados, embora a suplementação tenha sido utilizada para compensar déficits energéticos. O clima mais seco e ensolarado do período melhorou as condições nos arredores das instalações e a movimentação dos animais, contribuindo para a recuperação do estado nutricional e para maior eficiência produtiva.

Na de Frederico Westphalen, apesar das baixas temperaturas, o tempo seco e ensolarado contribuiu para a oferta de pastagens de qualidade, permitindo a redução de alimentos concentrados na dieta.

Na de Ijuí, a produção de leite acompanhou o pico da curva de sazonalidade, elevando a oferta no mercado. Nos sistemas de produção a pasto, os custos diminuíram devido à maior disponibilidade de forragem de alta qualidade e à menor necessidade de alimentos concentrados. As condições sanitárias dos animais estão apropriadas, e há poucos registros de problemas digestivos e de cascos.

Na de Passo Fundo, a produção de leite está estável. Os rebanhos estão em condições nutricionais e sanitárias adequadas. 

Na de Pelotas, alguns rebanhos apresentaram desempenho satisfatório devido à oferta de forragem de qualidade e da entrada das vacas no período de lactação. No entanto, em algumas localidades, o frio e as chuvas limitaram a disponibilidade de pasto e exigiram maior uso de silagem de milho. Nesses casos, o desempenho dos animais foi mais baixo.

Na de Santa Maria, os produtores intensificaram a suplementação alimentar dos rebanhos, recorrendo à silagem de milho, a outras fontes de volumoso e a rações concentradas para assegurar o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais.

Na de Santa Rosa, houve alta na produção de leite, mas menor do que no período anterior. A disponibilidade e a qualidade dos volumosos, associadas à concentração de partos próximos ao inverno e ao pico de forrageiras, favoreceram o aproveitamento dos nutrientes e a produtividade. O tempo seco contribuiu para o manejo e reduziu o barro nas instalações, melhorando a higiene e a saúde dos animais. No geral, as condições sanitárias estão dentro dos padrões, assim como a maior parte do leite. 

Em Cândido Godói, um levantamento do Emater/RS-Ascar e do Escritório de Defesa Agropecuária apontou redução de produtores de leite bem com aumento da tecnificação e de investimentos em sistemas de confinamento, refletindo a tendência regional de menor participação familiar e maior produção em propriedades empresariais. (Emater/RS)

Previsão do tempo

Os últimos sete dias foram marcados por calor e chuva forte no RS. A próxima semana terá chuva e retorno do frio ao RS. 

Em 05/09 (sexta), ocorrerá grande variação de nuvens, com pancadas de chuva nos setores Norte e Nordeste. 

Em 06 e 07/09 (domingo), o ingresso de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas baixas e possibilidade de formação de geadas, especialmente na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. 

Nos dias 08 (segunda) e 09/09 (terça-feira), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados em todas as regiões. 

Em 09/09 (quarta-feira), a entrada de uma massa de ar seco e frio ocasionará novo declínio da temperatura e garantirá o tempo firme em todo o Estado. 

Os totais esperados oscilarão entre 30 e 60 mm na maioria das regiões, e somente no Extremo Sul e no Noroeste deverão ocorrer valores inferiores a 30 mm. Em alguns municípios da Campanha, Zona Sul e Região Central, os volumes previstos podem alcançar 100 mm. (Agrometerologia Seapi)


Jogo Rápido
Sindilat na Expointer 2025 – 05/09/2025
A sexta-feira (5) foi marcada por uma agenda diversificada para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) na 48ª Expointer, em Esteio. Pela manhã, o sindicato esteve presente no Encontro sobre Reforma Tributária, realizado na Casa do Fundesa. O evento discutiu os impactos da reforma no setor de proteínas, reunindo lideranças e especialistas para avaliar os desafios e oportunidades do novo modelo tributário. À tarde, o Sindilat acompanhou a palestra “A importância do ESG para os resultados das organizações”, promovida pelo Simers na Casa Simers, que abordou práticas de sustentabilidade, governança e responsabilidade social aplicadas ao setor produtivo. Na sequência, participou do Circuito Exceleite 2024-2025, na Casa do Gadolando, que premiou destaques da cadeia leiteira, valorizando a excelência na produção. Encerrando a programação, o sindicato acompanhou a Cerimônia de Lançamentos de Tecnologias e Assinatura de Parcerias da Embrapa, no Pavilhão Internacional, em conjunto com o Ministério da Agricultura e a Conab, reforçando a importância da inovação para o fortalecimento do setor. Representaram o Sindilat nas atividades o presidente Guilherme Portella e o secretário-executivo Darlan Palharini. (Sindilat)


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Porto Alegre, 04 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.473


Expointer 2025: Relatório da Emater/RS-Ascar aponta produção estável, com menos produtores na atividade leiteira

A 6ª edição do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS foi apresentada pela Emater/RS-Ascar na tarde desta quarta-feira (03/09) na Arena da Extensão, durante a 48ª Expointer, que acontece até domingo (07/09) no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

O levantamento aponta que a produção de leite no RS vem se mantendo estável, apresentando um leve aumento de 0,2% em relação ao último relatório, de 2023, passando de 3,83 bilhões de litros para 3,84 bilhões por ano. Já o número de estabelecimentos produtores de leite que comercializam o leite cru para a indústria ou processam em agroindústria legalizada caiu de 33.019 (2023) para 28.946 (2025), uma redução de 12,3%. Há dez anos, quando o primeiro relatório foi feito, eram 84.199 estabelecimentos no Estado.

O Valor Bruto da Produção (VBP), usando o valor do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), representa R$ 9,5 bilhões por ano, sendo o quinto produto gaúcho mais importante em VBP, atrás apenas da soja, arroz, frango e suíno. "Então o leite, apesar de não estar crescendo em volume e estar reduzindo o número de produtores, continua ainda fundamental para movimentar a economia do Estado, pois esse dinheiro acaba entrando de forma distribuída nesses municípios todos", ressalta Jaime Ries, assistente técnico estadual da Bovinocultura Leiteira e coordenador das pesquisas sobre a cadeia produtiva do leite pela Emater/RS-Ascar.

REBANHOS E ESTABELECIMENTOS PRODUTORES

O rebanho leiteiro também apresentou redução nos dois últimos anos, mas menos expressiva que a do número de produtores. A queda de 3,5% representa 27.234 animais a menos, ou seja, de 769.812 vacas em 2023, passou para 742.578. Apesar disso, a produção se mantém. Conforme Ries, isso ocorre porque os produtores que permanecem na atividade acabam sendo mais especializados.

Já o número de vacas em cada propriedade praticamente dobrou nos últimos dez anos (em 2015, a média era de 13,95 e hoje é de 25,65 animais), apresentando produtividade e volume médio diário de produção maior. Em 2015, a produtividade média era de 11,8 litros/estabelecimento/dia e o volume médio diário, de 137,1 litros/estabelecimento/dia. Em 2025, passou para 17 litros e 363,8 litros, respectivamente). "Isso faz com que o menor número de produtores, com um rebanho menor, consiga produzir a mesma quantidade de leite, basicamente. Então, a escala de produção está maior, o que significa que sai mais da atividade produtor pequeno e entra mais produtor grande", frisa Ries. Ainda segundo ele, 85,5% desses produtores e 86,1% da produção de leite para industrialização estão concentrados em 273 municípios gaúchos (54,9% dos municípios), especialmente do Vale do Caí, Planalto, Alto Uruguai, região Nordeste e Celeiro. No total, 451 municípios gaúchos produzem leite para a industrialização, abrangendo 28.773 estabelecimentos. Já outros 111 municípios possuem agroindústrias leiteiras legalizadas e 173 estabelecimentos.

Sobre os motivos para essa constante redução do número de produtores, Ries cita a rentabilidade e a mão de obra. Independente do tamanho e do porte da propriedade, o filho nem sempre quer ficar na atividade, e não fica sem remuneração”, avalia. O extensionista também ressalta, como gargalo da atividade leiteira no RS, que hoje o Estado produz mais leite do que consome. "Hoje, de 40 a 50% do que é produzido aqui vai para outros estados. Precisamos investir em estratégias de logística e aumentar o consumo interno do leite", observa.

AVALIAÇÕES

Presente no lançamento do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), e coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do RS (Conseleite), ressaltou que a atividade leiteira é fundamental para a economia do Estado, "pois também cumpre uma importante função social. Por isso, é preciso unir esforços para encontrar alternativas, beneficiando inclusive a agricultura familiar", defendeu, ao dizer considerar preocupante a redução da produção leiteira do RS.

O diretor geral da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Márcio Amaral, representando o secretário Edivilson Brum, destacou a busca por alternativas que motivem o produtor de leite para seguir e investir na atividade com renda. "Através da pesquisa, da Extensão Rural e Social e de políticas públicas podemos fortalecer a cadeia produtiva do leite no RS", disse.

Para o diretor geral da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Romano Scapin, representando o secretário Vilson Covatti, a cadeia leiteira é mais uma atividade acompanhada pela pasta, juntamente com a Emater/RS-Ascar, "e tem capacidade de fomentar políticas públicas, como o Bônus Mais Leite, que oferece bônus financeiro aos produtores de leite para complementar a renda e estimular o setor, especialmente após os eventos climáticos de 2024". Os bônus são concedidos no âmbito do Plano Safra 24/25, através do Pronaf, e focam na recuperação de unidades afetadas pelas enchentes e no fomento da agroindustrialização.

Ao avaliar como preocupante a redução da produção de leite no RS, o superintendente regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Milton Bernardes, sugere o debate dos envolvidos, a partir do Diagnóstico, apontando modelos de produção e investindo em sistemas produtivos.

Para o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, "o Relatório traz rumos e propósitos, um retrato da cadeia produtiva do leite no RS, em quase a totalidade das propriedades rurais", observa, ao parabenizar o trabalho realizado pela equipe da área da Bovinocultura Leiteira da Emater/RS-Ascar, conduzida por Ries. Representando o presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, a assessora Luana Machado parabenizou a pesquisa realizada sobre a atividade, que representa, para o Estado, um retrato aprofundado da cadeia produtiva do leite.

Neste ano, a realização do Relatório do Leite no RS completa dez anos de pesquisas, "e representa um importante documento que oferece informações e dados concretos da produção de leite no Estado", avalia o zootecnista e extensionista Jaime Ries, ao reafirmar o compromisso da Emater/RS-Ascar, a partir de contrato com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). O Relatório será publicado nos próximos dias no site da Emater/RS-Ascar e enviado para as entidades parceiras e representativas dos produtores de leite, bem como para cooperativas e indústrias.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar


GDT 387: maior volume negociado desde 2018 e quedas mais fortes nos preços

Leilão GDT de 2/09 registra queda média de 4,3% nos preços, destaque para LPI (-5,3%) e LPD (-5,8%), e aumento de 13,4% no volume negociado.

No 387º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado em 2 de setembro, o preço médio dos produtos negociados recuou para US$ 4.043 por tonelada. O evento foi marcado por fortes quedas nas cotações, apesar do volume significativamente maior de vendas.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O leite em pó integral (LPI), principal referência do mercado, registrou queda de 5,3%, cotado a US$ 3.809 por tonelada, após dois meses sem registros de recuos. O leite em pó desnatado (LPD) seguiu a mesma tendência, com retração de 5,8%, fechando a US$ 2.620 por tonelada, ampliando a queda já observada no segundo leilão de agosto.

Gráfico 2. Preço médio LPI

O Cheddar, que vinha acumulando cinco quedas consecutivas, destoou do comportamento geral do leilão e foi o único produto a apresentar valorização. Seu preço subiu 3,6%, alcançando US$ 4.709 por tonelada. 

Em contrapartida, todos os demais produtos registraram retração. A gordura anidra do leite, que havia se mantido estável ao longo de agosto, recuou 2,6% neste primeiro evento de setembro. A manteiga prolongou sua sequência negativa, chegando à quinta queda consecutiva, desta vez de 2,5%. Já a muçarela manteve a mesma tendência baixista, acumulando a sexta queda seguida, com desvalorização de -4,6%.

A lactose seguiu não sendo negociada neste evento. 

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 02/09/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Volume negociado mostra certo padrão
O volume negociado neste leilão somou 41,4 mil toneladas, um aumento significativo de 13,4% em relação ao último evento. Já em relação ao evento correspondente no ano passado, o aumento é de 8,1%. Este é o maior volume desde novembro de 2018.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

 

Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NZX registraram nova queda nos preços projetados para os próximos meses, com a tendência baixista se estendendo até dezembro de 2025. As cotações apontam para uma recuperação nos preços apenas a partir de janeiro, período em que, historicamente, a produção começa a recuar na Nova Zelândia, resultando em uma oferta mais restrita.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
A forte queda nos preços do GDT tem relação com o início da safra de leite na Nova Zelândia, principal player do comércio internacional do setor. Historicamente, entre julho e agosto, a produção no país cresce em média 350%, ampliando de forma expressiva a oferta global e pressionando a relação entre oferta e demanda. Esse movimento se soma a outros fatores relevantes: nos Estados Unidos, onde tradicionalmente a produção recua em agosto, há sinais de reversão da tendência, com possibilidade de aumento neste ano; já na União Europeia, a disponibilidade de leite também segue elevada, reforçando o cenário de maior oferta no mercado internacional.

Esses fatores podem influenciar o mercado brasileiro, uma vez que os principais parceiros comerciais, Argentina e Uruguai, tendem a seguir a tendência do GDT, e também estão em período de maior produção de leite, reduzindo preços e impactando a competitividade dos produtos nacionais. Em contrapartida, os volumes de leite em pó do Mercosul destinados ao leilão ONIL, da Argélia, contribuíram para a redução da oferta regional, devido aos menores volumes em estoques. Internamente, o aumento da captação formal de leite também pressiona os preços, o que pode balancear a competitividade dos produtos brasileiros. 

Outro elemento a ser monitorado é a taxa de câmbio: caso o dólar permaneça próximo a R$ 5,40, os produtos importados tendem a ser favorecidos, ampliando a concorrência no mercado interno. (Milkpoint)


Jogo Rápido
Sindilat na Expointer 2025 – 04/09/2025
A quinta-feira (4) foi marcada por uma série de atividades estratégicas e celebrativas para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) durante a 48ª Expointer, em Esteio. Pela manhã, o sindicato acompanhou o lançamento dos Novos Indicadores da Economia Gaúcha, no estande do Governo do Estado. A iniciativa busca fortalecer o diálogo e a colaboração estratégica, oferecendo dados atualizados para subsidiar políticas públicas eficazes e decisões no cenário econômico estadual. Na sequência, o Sindilat participou da inauguração oficial do estande do Uruguai na feira, reforçando a integração e as parcerias internacionais no setor agroindustrial. Durante a tarde, a entidade acompanhou o anúncio de investimentos da Lactalis Brasil para expansão da produção leiteira. O ato, realizado na Casa da Lactalis, contou com a presença do CEO da empresa, Roosevelt Júnior, do governador Eduardo Leite e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. Logo após, o Sindilat prestigiou a inauguração do Memorial do Queijo Gaúcho, promovida pela Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (APIL). O espaço celebra a tradição, a qualidade e o orgulho dos produtores gaúchos, além de marcar a conquista de um recorde nacional com a apresentação do maior queijo do Brasil em monumento. Encerrando o dia, a entidade participou da reunião do Conselho do Agronegócio da FIERGS (Conagro), que marcou o lançamento do Observatório da Agroindústria, destacando a representatividade do setor para a economia gaúcha. Representaram o Sindilat nas agendas o presidente Guilherme Portella, o 1º vice-presidente Alexandre Guerra e o secretário-executivo Darlan Palharini. (Sindilat/RS)


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Porto Alegre, 03 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.472


Sindilat aponta urgência na reconstrução do Programa Mais Leite Saudável

Com a entrada em vigor da reforma tributária e a substituição do PIS e da Cofins pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), será preciso concentrar esforços para reconstituir o Programa Mais Leite Saudável (PMLS). “Temos um grande desafio colocado que é o de restabelecer os critérios tributários para garantir a manutenção do programa”, alertou Alexandre Guerra, 1º vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). As alíquotas que serão extintas compõem a base do cálculo das contrapartidas para liberação de recursos ao fomento ao setor.

Aos representantes das cadeias leiteiras do Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Paraná (PR) e Mato Grosso do Sul (MS), o dirigente reforçou que o alinhamento precisa ser célere para assegurar que um novo modelo esteja definido ainda no próximo ano, antes da entrada em vigor da reforma. “A urgência é para garantir que não haja interrupção no programa, pois ele é fundamental para preservar a competitividade do leite nacional por meio de ações de fomento junto a produtores, indústrias e cooperativas, beneficiando toda a cadeia produtiva”, assinalou Guerra.

A manifestação ocorreu durante reunião da Aliança Láctea Sul-Brasileira, realizada nesta quarta-feira (03/09), na sede da Fudesa, durante a 48ª Expointer. Também foi anunciado que, em 2025, quando a instância completa 11 anos, o termo de programação do fórum que reúne os principais estados produtores de leite do Brasil será assinado pelos quatro governadores em outubro, durante encontro do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul).

Jardine Comunicação


No Banho de Leite, Sindilat doa mil litros para famílias em vulnerabilidade social em Esteio

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) marcou presença no tradicional Banho de Leite, promovido pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), durante a Expointer 2025. A ação celebra os vencedores do Concurso Leiteiro da raça Holandesa, um dos momentos mais tradicionais de Esteio (RS).

Na ocasião, o Sindilat realizou a doação de 1.000 litros de leite à Prefeitura Municipal de Esteio, destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social. O presidente do Sindilat, Guilherme Portella, destacou o simbolismo da iniciativa. “Ao mesmo tempo, em que premiamos aqueles que se destacam na produção, também temos a oportunidade de ajudar com a doação de leite”, afirmou.

Jardine Comunicação

Expointer 2025: Espaço da Emater/RS-Ascar apresenta inovação, genética e sustentabilidade na pecuária

O espaço da Emater/RS-Ascar na Expointer 2025 conta uma parcela temática dedicada à pecuária, com programação diversificada, reunindo tecnologias, demonstrações práticas e debates sobre os principais desafios e avanços do setor. A proposta é integrar diferentes cadeias produtivas e apresentar soluções que reforçam a importância da pecuária para a agricultura familiar e para o desenvolvimento rural sustentável.

De acordo com o extensionista rural Carlos Roberto Vieira da Cunha, entre os destaques está a apresentação de novilhas oriundas de trabalhos de melhoramento genético, resultado de ações a campo em propriedades assistidas pela Emater/RS-Ascar. "O espaço também faz referência aos 50 anos do curso de Inseminação do Centro de Treinamento de Agricultores de Montenegro (Cetam), com material alusivo à trajetória histórica da formação de profissionais na área".

Outro tema em evidência é a maria-mole, conhecida como "flor das almas" e de aparência inofensiva, mas que contém substâncias tóxicas que, quando ingeridas pelo gado, podem causar lesões graves e, em muitos casos, a morte dos animais. Assim como as telas metálicas de contenção animal, apresentadas em parceria com empresas do setor, reforçando alternativas eficientes para a lida diária dos produtores.

Na parte de ovinocultura, os visitantes podem acompanhar demonstrações do pastoreio com cães da raça Border Collie, além de informações sobre verminoses e problemas de casco. O espaço conta ainda com uma mangueira modelo para ovinos, trazendo soluções práticas para o manejo dos rebanhos. Os búfalos também recebem destaque especial, com ações de valorização da espécie pela sua rusticidade e docilidade, tanto para produção de carne quanto de leite.

BOVINOCULTURA DE LEITE

Junto à parcela temática da Pecuária, na 48ª Expointer, a Emater/RS-Ascar apresenta também a área de Bovinocultura de Leite, com áreas de produção de forragens. Segundo o extensionista rural que atua no Escritório Municipal de Nova Hartz, Elder Leitzke, uma verdadeira vitrine de conhecimento, inovação e tecnologia, com cultivares que integram o Programa Estadual de Sementes e Mudas Forrageiras. "A iniciativa busca disseminar tecnologias para agricultores familiares, em parceria com mais de 300 entidades que já acessaram sementes e mudas desenvolvidas especialmente para potencializar a pecuária leiteira e de corte no Rio Grande do Sul".

Entre as espécies expostas estão três tipos de azevém e três tipos de aveia para pastejo, além de diferentes variedades de trigo, triticale e cevada. Os trigos de duplo propósito e o Tarumaxi, desenvolvido para pastejo intensivo, se destacam pela alta produtividade. "Em algumas propriedades, possibilitam até 19 pastejos consecutivos, contribuindo para maior retorno financeiro e melhor aproveitamento do solo", ressalta Elder.

As cultivares apresentadas foram melhoradas pela Embrapa e têm se mostrado eficientes no planejamento forrageiro das propriedades rurais, "permitindo que os produtores superem o tradicional uso de aveia e azevém no inverno e ampliem as alternativas de manejo".

Elder explica que o objetivo é mostrar que as pastagens devem ser encaradas como uma lavoura de pasto, que precisa ser manejada com técnica para gerar o máximo de produção de leite e carne.

A 48ª Expointer acontece de 30 de agosto a 7 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O Espaço da Emater/RS-Ascar situa-se na quadra 9, ao lado do Pavilhão da Agricultura Familiar, com mais de 200 trabalhadores prontos para receber os visitantes com um bom chimarrão, informações e demonstrações tecnológicas.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar


Jogo Rápido
Inscrições abertas para o 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo
As inscrições para o 11º Prêmio Sindilat de Jornalismo abrem nesta segunda-feira (1/09/2025) e seguem até 1º de novembro de 2025. Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a premiação busca reconhecer a contribuição da imprensa para o desenvolvimento do setor lácteo gaúcho. Neste ano, terá duas categorias: Audiovisual e Texto. Podem participar jornalistas devidamente registrados, individualmente ou em equipes. Não há limite de trabalhos por candidato, e serão aceitas produções publicadas entre 2 de novembro de 2024 e 1º de novembro de 2025.  Para o secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a distinção reforça a importância do jornalismo especializado no fortalecimento da atividade leiteira. “O setor lácteo gaúcho tem desafios e conquistas que precisam ser contados e nossa imprensa tem acompanhado de perto todo o desenvolvimento desta cadeia”, destaca. As inscrições podem ser feitas através do link disponível no site do Sindilat/RS, anexando a documentação solicitada conforme o Regulamento. Os finalistas serão anunciados até 28 de novembro de 2025, e os vencedores, em dezembro. A Comissão Julgadora será formada por profissionais de comunicação e representantes de instituições ligadas ao agronegócio. 


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Porto Alegre, 02 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.471


Sindilat na Expointer 2025 – 02/09/2025

A terça-feira (2) foi marcada por debates sobre sustentabilidade, valorização dos produtores e iniciativas solidárias para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) na Expointer.

Durante a tarde, o sindicato acompanhou duas agendas no Auditório do espaço do Governo do RS. A primeira tratou dos Roteiros para a Descarbonização das Cadeias Produtivas no RS, com a apresentação de diagnósticos de emissões e propostas para setores como soja, arroz, pecuária de corte, pecuária de leite e silvicultura. Na sequência, ocorreu a apresentação dos Resultados Parciais do Edital de Monitoramento de Gases de Efeito Estufa (GEE) nos Sistemas Produtivos Primários, que trouxe avanços das pesquisas, metodologias aplicadas e perspectivas para integrar ciência, gestão pública e setor produtivo.

Ainda nesta terça, o Sindilat participou do tradicional Banho de Leite, promovido pela Gadolando (Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul), em celebração aos vencedores do Concurso Leiteiro da raça Holandesa. Na ocasião, o sindicato realizou a doação de 1.000 litros de leite à Prefeitura Municipal de Esteio, destinados a famílias em situação de vulnerabilidade social.

Representaram o Sindilat nas agendas o secretário-executivo, Darlan Palharini, e, no Banho de Leite, o presidente da entidade, Guilherme Portella.


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT - adaptado pelo Sindilat

Tarde de campo em Encantado aborda bovinocultura de leite, pastagens de inverno e manejo de solos

Uma atividade multidisciplinar, com o objetivo de levar aos participantes informações sobre bovinocultura de leite, pastagens de inverno, manejo de solos e outros temas. Assim foi a Tarde de Campo realizada na propriedade do casal Maicon Fraporti e Suélen Toldo, da localidade de Linha Barra do Coqueiro, em Encantado. Na ocasião, um grupo próximo de 50 produtores acompanhados de lideranças e representantes de entidades parceiras, percorreu o local trocando conhecimentos com os técnicos sobre tecnologias disponíveis, programas de Estado e outros temas de interesse. A ideia, de acordo com o supervisor da Emater/RS-Ascar Cezar Burille, foi discutir assuntos relevantes para os produtores ligados à qualidade do solo, a importância da adoção de alternativas para a lavoura - como no caso do triticale ou do trigo duplo propósito -, à nutrição dos bovinos, e a defesa sanitária animal. Em uma das etapas, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Governo do Estado detalharam o Programa de Sementes e Mudas Forrageiras, política pública que possibilita a aquisição de sementes com bônus adimplência de 50% via Feaper. 

Anfitrião da tarde, Fraporti, bovinocultor de leite com quase duas décadas de experiência, enfatizou a importância da eficiência e da busca por uma produtividade máxima para cada "palmo de terra" que se tem. "Se a gente voltar no tempo, lá pra primeira década do ano 2000, provavelmente os nossos números fossem metade do que são hoje", avalia, citando que cada uma das 29 vacas em lactação produz cerca 24 litros de leite por dia. Uma evolução que decorre de uma série de fatores, que vão desde o melhoramento genético, passando pela busca por uma dieta mais equilibrada para o rebanho, até chegar à higiene. 

Aberto a novas experiências e a aposta em tecnologias diferenciadas, Fraporti adotou recentemente, em parceria com a Embrapa Trigo, uma área experimental de 4,5 hectares de triticale, grão que é uma cruza de trigo com centeio e que possui grande potencial produtivo e excelente desempenho para a produção de silagem, especialmente pela sua rusticidade. Para o bem ou para o mal, as mudanças de rumo da família, na busca por adaptação, parecem ser uma constante, como fica claro no exemplo da Agroindústria Ouro Branco, que deixou de funcionar há três anos. "A realidade é que não tínhamos do que nos queixar, já que o empreendimento era um sucesso, tinha mercado consolidado, com todo o leite produzido sendo destinado para os queijos e os iogurtes", recorda Suélen, que lembra com carinho da inauguração ocorrida em 2013, com presença de grande público. "Só que queríamos ser pais", explica o casal, enquanto o pequeno Arthur, de dois anos corre pela casa. 

"Fora alguns problemas burocráticos, envolvendo questões sanitárias, que também enfrentamos na época, o que nos fez optar por dar um tempo", pontua a produtora. Nas estações, os temas foram explorados, com a intenção de alertar agricultores sobre os riscos de doenças como tuberculose, brucelose e raiva bovina; valorizar a alimentação balanceada para os animais; enfatizar os diferenciais do triticale como cereal de inverno e destacar a importância do manejo do solo, com possíveis correções de acidez ou adoção de sistemas de plantio direto. 

"É um evento com muitas possibilidades, que permite uma discussão mais ampla sobre uma série de assuntos de interesse", analisa o extensionista da Emater/RS-Ascar Eduardo Mariotti Gonçalves. Organizado pela Emater/RS-Ascar, com o apoio da SDR e da Embrapa Trigo, a Tarde de Campo contou com a presença de lideranças, como o representante da Divisão de Sistemas Produtivos da SDR, Douglas Velho e o assistente técnico regional da área de Culturas da Emater/RS-Ascar Alano Tonin. O apoio foi da Associação de Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Cooperativa Sicredi, Secretaria Municipal de Agricultura e Duagro. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Lajeado


Jogo Rápido
Expointer deste ano começa a se consolidar como a edição dos recordes
Um veranico em pleno inverno gaúcho impulsionou público recorde da 48ª Expointer em seu primeiro fim de semana. Na soma dos visitantes de sábado (30/8) e domingo (31/8), 258.940 pessoas estiveram no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio – o maior número já registrado em dois dias nos últimos dez anos, desde que há registros oficiais. No sábado, abertura da feira, o parque recebeu 119.539 visitantes, superando a marca histórica para o primeiro dia do evento. O movimento intenso se repetiu no domingo, consolidando o novo recorde. De acordo com o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, os números refletem tanto o clima favorável quanto a diversidade da programação. “É um resultado que nos motiva ainda mais para os próximos dias da feira, mesmo que a previsão do tempo não seja tão favorável. A Expointer mostra sua força como vitrine do agro e espaço de convivência cultural e econômica”, destaca. Além do público, a feira bateu recorde, neste ano, no número de animais inscritos em toda a história: 6.696 exemplares entre rústicos e de argola. A ovinocultura é um dos destaques, com 997 ovinos. O pavilhão das agroindústrias também tem o maior número de expositores da história da Expointer, reunindo 456 empreendimentos. E as vendas confirmam o crescimento no primeiro fim de semana em relação a 2024. Nos dois primeiros dias, o volume comercializado chegou a R$ 3.049.992,75, aumento de 35,43% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o valor acumulado foi de R$ 2.252.141,87. Com programação até 7 de setembro, a 48ª Expointer reúne expositores de máquinas e implementos agrícolas, pecuária de elite, agricultura familiar, artesanato e atrações culturais. A expectativa da organização é de que o público total supere o da edição anterior, consolidando o evento como a maior vitrine do agronegócio brasileiro e espaço de integração entre campo e cidade. (Ascom Expointer)