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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.090


Consumidores impulsionam demanda por inclusões em produtos lácteos

A demanda crescente dos consumidores por alimentos inovadores e saudáveis está impulsionando os fabricantes a expandirem suas ofertas de inclusões, com foco especial em uma variedade de ingredientes, incluindo frutas e nozes.

De acordo com especialistas de mercado, a previsão é de aumento significativo na inclusão de frutas e nozes até 2027, devido a sua popularidade de sabor e a percepção de benefícios à saúde associados a esses ingredientes.

Essa tendência reflete não apenas uma mudança nas preferências dos consumidores, mas também uma maior conscientização sobre os benefícios nutricionais dos alimentos. As inclusões de frutas, como mirtilos, cranberries e mangas, estão sendo cada vez mais valorizadas por suas propriedades antioxidantes e vitaminas, enquanto as nozes, como amêndoas e castanhas, são apreciadas por sua riqueza em ácidos graxos ômega 3 e nutrientes essenciais.

Além disso, a busca por ingredientes funcionais está impulsionando os fabricantes a incorporarem essas inclusões em uma variedade de produtos lácteos, como sorvetes, iogurtes e queijos. Esses alimentos não apenas oferecem uma experiência sensorial única, com texturas crocantes e sabores vibrantes, mas também são percebidos como opções mais saudáveis e nutritivas.

No entanto, existem desafios significativos ao selecionar e desenvolver inclusões adequadas. Questões como disponibilidade sazonal, custos de produção e compatibilidade de ingredientes podem impactar diretamente a qualidade e a aceitação pelo consumidor. Portanto, é essencial que os fabricantes trabalhem em estreita colaboração com fornecedores confiáveis e invistam em pesquisa e desenvolvimento para garantir a qualidade e a consistência das suas inclusões.

À medida que a demanda por alimentos saudáveis e sustentáveis continua a crescer, os especialistas preveem a introdução de novas variedades de frutas e nozes, bem como a exploração de ingredientes alternativos que atendam as expectativas dos consumidores em termos de qualidade, sabor e sustentabilidade.

As informações são do Aditivos Ingredientes, adaptados pela equipe MilkPoint.


Leite/América do Sul 

As estimativas da CONAB e do USDA sobre a produção de milho e soja no Brasil divergem, mas, ambas preveem queda. O clima desempenha um papel importante na queda das expectativas e as últimas projeções dão conta de que o tempo continuará um pouco propício.

As ondas de calor do início do mês, com possibilidade de durar mais de 15 dias, foram suficientemente fortes para causar cortes de energia em vários países. As expectativas de produção de leite em toda a região continuam a tendência sazonal descendente.

Na Argentina, as expectativas para a produção de leite no curto prazo são, particularmente, pessimistas.

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva

Informativo Conjuntural 1803 de 22 de fevereiro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A oferta de pastagens está mais adequada em áreas onde as precipitações foram mais expressivas, reduzindo a necessidade do uso da silagem de milho. Apesar das chuvas, não houve relatos de problemas por excesso de barro ou poças, não interferindo na qualidade do leite. Persistem as infestações de carrapato e mosca; muitos produtores estão realizando 
tratamentos estratégicos para prevenir futuras infestações.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as temperaturas amenas, após as chuvas, favoreceram o bem-estar das matrizes em lactação.

Na de Caxias do Sul, alguns produtores enfrentam os impactos do vazio forrageiro outonal devido ao encerramento das pastagens anuais de verão; não há perspectiva imediata de pastagens de inverno implantadas. 

Na de Frederico Westphalen, a oferta de água para dessedentação dos animais e para higienização dos equipamentos é suficiente em termos de quantidade e qualidade. 

Na de Ijuí,  a maioria dos produtores de leite possui pastagens perenes, o que garante mais autonomia na produção de forragem e custo mais baixo. 

Na de Pelotas, as temperaturas mais amenas reduziram o estresse térmico nos animais, melhorando seu desempenho. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro continua com boas condições nutricionais devido à disponibilidade de pasto. As condições sanitárias encontram-se dentro do esperado para o período de verão. 

Na de Santa Rosa, as altas temperaturas têm causado estresse térmico nos rebanhos leiteiros, impactando na produtividade, no estro, na concepção de embriões e na qualidade do leite. 

Na de Soledade, apesar da melhoria das pastagens, o uso de suplementos, como silagem e fenos, ainda é  essencial, assim como a inclusão de concentrados. (As informações são da Emater/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Calor e chuvas intensas marcam a próxima semana
A próxima semana promete ser marcada por mudanças no clima em todo o estado do Rio Grande do Sul, com a presença de calor e o retorno das chuvas. Segundo os meteorologistas, as condições climáticas variarão ao longo dos dias, trazendo instabilidade em algumas regiões. Na quinta-feira (22), uma massa de ar seco manterá o tempo firme em todo o estado, com temperaturas elevadas previstas para todas as regiões. No entanto, na sexta-feira (23), a chegada de uma área de baixa pressão aumentará a nebulosidade e poderão ocorrer pancadas de chuva, característica típica do verão gaúcho. Já no sábado (24) e domingo (25), o deslocamento de uma frente fria trará chuvas mais intensas, com possibilidade de temporais isolados em algumas áreas. Essas condições devem persistir até o início da próxima semana. Para os dias seguintes, a tendência é de que a nebulosidade e as chuvas continuem, especialmente na segunda-feira (26) e terça-feira (27), devido à propagação de uma área de baixa pressão. Contudo, na quarta-feira (28), o ingresso de ar seco e frio afastará as instabilidades, proporcionando um ligeiro declínio das temperaturas. Os totais previstos de chuva deverão variar entre 30 e 45 mm na maior parte do estado, sendo que na Fronteira Oeste os volumes esperados poderão superar os 50 mm. Recomenda-se que a população esteja atenta aos avisos meteorológicos e tome as devidas precauções diante das condições climáticas adversas. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT/RS)


 
 

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Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.089


Marca criada por Raul Randon abre restaurante e empório em Gramado

Franquia projeta a abertura de 20 unidades até 2025, chegando a 50 lojas em cinco anos

Abre as portas no próximo dia 28, em Gramado, a Trattoria e Empório Spaccio RAR, da marca de alimentos criada com base nas iniciais do nome do industrial Raul Anselmo Randon. À frente da iniciativa estão os empreendedores Carolina Porsch e Carlos Porsch. 

O espaço terá 300 metros quadrados de área, e ficará na Rua João Petry, 283, no centro da cidade. A abertura geral ao público será no dia 4 de março.

O restaurante funcionará de segunda-feira a sábado, servindo café da manhã e almoço e, aos domingos, apenas café da manhã. Já o empório abrirá diariamente.  

A rede de franquias Spaccio RAR já tem sete unidades no Brasil, em todos os Estados da Região Sul e uma operação em São Paulo. O grupo projeta a abertura de 20 franquias até 2025, chegando a 50 lojas em cinco anos.

Este será o segundo ponto da Spaccio RAR em Gramado. No segundo semestre de 2023, os empresários abriram uma unidade para a distribuição de 450 produtos da marca, entre importados e homologados.

O estabelecimento fará parte de um projeto gastronômico idealizado pelos empreendedores, em um prédio de mil metros quadrados. No local, vão funcionar mais duas operações de gastronomia, um restaurante francês e um wine bar. No complexo, serão vendidos também artigos de luxo, entre joalheria e outros produtos exclusivos. No final deste primeiro semestre, todas as operações entrarão em funcionamento, projetam os administradores. (Gaúcha ZH)


Sentença derruba cobrança de IRPJ e CSLL sobre benefício fiscal

Decisão foi dada pela 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro e beneficia a Engetech Comércio e Indústria de Plásticos

A 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro afastou a cobrança de Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL sobre benefício fiscal de ICMS (crédito presumido) concedido à Engetech Comércio e Indústria de Plásticos. Essa é a primeira sentença sobre o assunto que se tem notícia. Já existem também ao menos oito liminares, em diferentes Estados, no mesmo sentido.

O movimento dos contribuintes foi iniciado com a edição da Lei nº 12.973/2014, que alterou as regras de tributação de incentivos fiscais para investimentos concedidos por Estados. A norma veio depois de julgamento realizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o assunto, em 2023, e é uma das principais medidas do Ministério da Fazenda para cumprir a meta fiscal e zerar o déficit das contas públicas em 2024 - a estimativa era que a tributação poderia gerar R$ 35 bilhões.

A lei, conversão da Medida Provisória (MP) nº 1.185, de 2023, revogou o artigo 30 da Lei nº 12.973, de 2014, que instituía requisitos para as empresas não terem os benefícios fiscais tributados, como constituir uma reserva de lucros. Tributaristas defendem, porém, que as novas regras não poderiam ser aplicadas ao crédito presumido. Mas esse não é o entendimento adotado pela Receita Federal. No pedido, a Engetech afirma que é beneficiada com incentivo fiscal de ICMS - crédito presumido - concedido pelo Estado do Rio de Janeiro e que as alterações da MP nº 1.185 são “ilegais e inconstitucionais” (processo nº 5132861-84.2023.4.02.5101).

Na decisão, o juiz federal Marcelo Barbi Gonçalves afirma não vislumbrar as alegadas ilegalidade e a inconstitucionalidade na MP. “Não há ilegalidade por dispor de forma diversa da lei anterior, até porque não alterou o conceito de subvenção, mas apenas mudou a forma como o contribuinte poderá se beneficiar dos valores respectivos”, afirma.

Porém, para o magistrado, apesar da mudança legislativa, a situação da empresa não deveria ser alterada. Ele destaca na sentença que o STJ, quando julgou o assunto (REsp 1517492), entendeu que os requisitos legais estabelecidos para que um benefício fiscal não fosse computado na base de cálculo do IRPJ e da CSLL não deveriam ser aplicados ao crédito presumido.

“Ao excluir o crédito presumido de ICMS das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, sob o fundamento de violação do Pacto Federativo, tornou-se irrelevante a discussão a respeito do benefício fiscal como ‘subvenção para custeio’, ‘subvenção para investimento’ ou ‘recomposição de custos’ para fins de determinar essa exclusão”, afirma o juiz na decisão, acrescentando que a tributação pela União de benefício fiscal concedido por um Estado demonstra indevida ingerência sobre política fiscal adotada pelo ente, afetando a finalidade para a qual foi projetada.

Com a decisão, além de reconhecer o direito da empresa de não incluir o crédito presumido de ICMS na base de cálculo do IRPJ e da CSLL, o magistrado garantiu a ela o direito de compensar valores indevidamente recolhidos.

Segundo a advogada da empresa no caso, Mariana Ferreira, do Murayama, Affonso Ferreira e Mota Advogados, a caracterização do pacto federativo é o ponto mais desrespeitado pela nova lei. Ela destaca que o caso foi específico para impedir a cobrança do IRPJ e da CSLL e que discussão a respeito da base de cálculo do PIS e da Cofins fica para outra ação judicial, para não misturar os conceitos. 

Pelo menos oito liminares foram concedidas nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia e no Distrito Federal. Em geral, as decisões impedem a cobrança do Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL e do PIS e da Cofins.

Os pedidos alegam ofensa ao pacto federativo. O argumento comum das empresas é de que o governo federal não pode tributar um incentivo dado pelo Estado, voltado para atrair empresas e fomentar a competitividade. 

Na 3ª Vara Federal Cível e Criminal de Feira de Santana (BA), a juíza Camile Lima Santos, concedeu liminar a uma fabricante de colchões, que recebeu incentivos fiscais de ICMS dos Estados da Bahia e Pernambuco, na forma de créditos presumidos. Na liminar, levou em consideração que “o STJ consolidou o entendimento de que os benefícios fiscais negativos de ICMS não se equiparam aos créditos presumidos para efeitos da aplicação do precedente estabelecido no EResp 1.517.492/PR” (processo nº 1002270-54.2024.4.01.3304).

Carolina Silveira, do escritório Fernando Neves advogados Associados, que defende o contribuinte, destaca que a decisão abrange, além do IRPJ e CSLL, o PIS e a Cofins. O juiz, acrescenta, aplicou nesse ponto o precedente do Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu o ICMS da base de cálculo das contribuições sociais. “A Lei nº 14.789/2023 tem por objetivo, unicamente, esvaziar o entendimento do STJ sobre o assunto. Portanto, deve ser combatida pelo Judiciário. É uma afronta ao pacto federativo e ao conceito de receita”, afirma a advogada.

Procurada pelo Valor, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que a sentença foi juntada aos autos ontem e está analisando a questão. O órgão não apresentou dados sobre o número de julgados sobre o tema. (Valor Econômico)

Interação e oferta de objetos para bezerros leiteiros podem ajudar a reduzir o estresse da desmama

Bezerros leiteiros - A fase de aleitamento é um período sensível e estressante para os bezerros leiteiros, por conta do afastamento da mãe e, em alguns casos, do isolamento social. Buscando alternativas para minimizar os impactos negativos dessa fase, a Embrapa Pecuária Sudeste converteu um experimento para testar a efetividade do enriquecimento social e físico.

Uma pesquisa avaliou os efeitos do enriquecimento social no comportamento dos bezerros leiteiros em sistemas a pasto. O objetivo, de acordo com a pesquisadora Teresa Alves, é melhorar a capacidade dos animais em lidar com as mudanças ambientais. Além disso, o enriquecimento físico, com a disponibilização de objetos como escova, bola e espantalho, busca identificar benefícios funcionais e biológicos.

A separação do filhote e do logotipo da mãe após o nascimento é uma prática corriqueira entre os produtores de leite, principalmente para garantir maior eficiência na coleta do colostro. Quando separados, muitos são colocados em baias indivíduos, a fim de diminuir a transmissão de doenças e a competição por alimentos.

Por outro lado, a criação coletiva de bezerros oferece um ambiente com espaço e estímulos necessários ao bom desenvolvimento cognitivo. A interação com outros animais pode melhorar a capacidade de lidar com mudanças de ambiente e situações de estresse. Porém, um desafio frequente nesse modelo é a ocorrência da mamada cruzada (ato de bezerros em açúcar um ao outro).

Tal ação pode resultar em lesões corporais de animais sugados e prejudicar o desempenho produtivo. Nesse caso, a inserção de “brinquedos” é uma forma de reduzir o problema, melhorando a sanidade, índices reprodutivos, aumento da eficiência inclusiva e redução de comportamento doloroso. E não é necessário um grande investimento para o produtor.
  
Resultados

Nos lotes com enriquecimentos sociais e físicos a interação social e o comportamento de explorar o ambiente menores foram, visto que os animais ocupavam parte do tempo interagindo com os objetos oferecidos. Os bezerros interagiram em maior frequência com a escova (48,2%), seguida da interação com bola (26,5%) e com o espantalho (25,6%). Além disso, neste grupo houve maior frequência de visita ao concentrado e menor tempo em pastel. Em relação ao ócio e à ruminação, não ocorreu influência dos enriquecimentos entre os lotes.

Para Teresa, o maior tempo gasto com a escova pode ser explicado pelo fato dos bovinos se coçarem para remover sujeira, restos de excrementos, ectoparasitas e fluidos corporais. Assim, a incorporação de objetos com algum tipo de função específica é eficaz para o bem-estar. “A criação de bezerros em grupo promove um enriquecimento importante que são as interações sociais, embora quando disponibilizados 'brinquedos', eles gastam tempo interagindo com esses recursos”, destacou Teresa.

A pesquisadora considera que a interação dos bezerros com o espantalho nos horários próximos ao conforto do leite pode estar relacionada com o contato humano-animal. É provável que os bezerros tenham associado à imagem do espantalho à pessoa responsável pelo manejo, uma vez que os bonecos usavam a mesma vestimenta dos tratadores.
  
Experiência

Participaram do estudo 35 bezerros das raças Holandês e Jersolando distribuídos em dois tratamentos: um apenas com enriquecimento social - piquetes coletivos de criação; e outro com enriquecimento social e físico. Nesses, além dos piquetes sendo coletivos, foram colocados diversos objetos (espantalho, bola e escova), oferecidos simultaneamente.

O experimento foi conduzido no Sistema de Produção de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). A distribuição dos grupos foi solicitada, com a condição de que os animais não faziam diferença de idade maior do que 15 dias e, no máximo, cinco filhotes.

Os bezerros foram separados de suas mães logo após o nascimento e receberam o colostro por meio de baldes individuais com bico. Desde o primeiro dia de vida, tive acesso livre à água e ao concentrado. O desaleitamento ocorreu, gradativamente, próximo aos dois meses de idade.

O sistema de criação coletiva possui área composta por capim Cynodon , com 12 piquetes de 64m² cada, com sombra artificial. A pesquisadora explicou que o sistema foi planejado para que houvesse piquetes ociosos para mudança do lote para áreas com melhor qualidade sanitária, principalmente no período das chuvas.

Os animais foram avaliados diariamente e pesados ​​a cada 14 dias, com avaliação de mucosa, infestação de carrapatos e temperatura retal. As observações comportamentais também foram a cada 14 dias, anotadas durante 10 horas, com identificação dos bezerros. Foram 60 dias de observações do comportamento do nascimento ao desmame. Fonte: Embrapa


Jogo Rápido

Na Assembleia, Eduardo Leite diz que não irá recuar da retirada de benefícios fiscais
Com um discurso um pouco mais longo do que o planejado e um protesto inesperado nas galerias, o governador Eduardo Leite (PSDB) abriu o ano Legislativo no parlamento nesta terça-feira. A fala, como esperada, foi norteada pela manutenção do equilíbrio das contas públicas e marcada pela promessa de que “não há uma terceira opção” para o ajuste fiscal se não o corte de incentivos fiscais, medida adotada por Leite por meio de decretos após a retirada do projeto de aumento das alíquotas de ICMS, no final de 2023 e que entrará em vigor em abril. “Nós deixamos muito claro que havia dois caminhos: a recomposição da alíquota modal de ICMS ou uma revisão de benefícios fiscais, que acabou se apresentando como uma alternativa possível. Nós não consideramos e não vamos considerar uma terceira hipótese, que seria da precarização dos serviços públicos, da redução da capacidade do Estado de atender as demandas a população”, afirmou o governador. Assegurando que apesar das conversas com setores produtivos, não se abriria mão da 'essência' da proposta, que é "viabilizar receitas suficientes para atender as demandas do povo gaúcho". (Correio do Povo)


 
 

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Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.088


GDT: alta mais sutil nos preços internacionais

O segundo leilão da plataforma GDT para o mês de fevereiro, realizado hoje (20/02) apresentou a manutenção do movimento de alta nos preços internacionais dos derivados lácteos. Com uma variação de 0,5% em relação ao evento anterior, o preço médio das negociações ficou em US$ 3.664/tonelada, atingindo o maior patamar desde novembro de 2022, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Sobre as categorias acompanhadas e negociadas no evento, diferentemente do evento anterior, foram observados alguns reajustes negativos. A categoria dos queijos apresentou uma variação na ordem de -7,6%, sendo negociada na média de US$ 4.143/tonelada.

O leite em pó integral foi negociado na média de US$ 3.388/tonelada, apresentando um recuo de 1,8% quando comparado ao valor negociado no evento anterior.

Em contrapartida, o leite em pó desnatado seguiu apresentando alta, chegando ao valor médio de US$ 2.788/tonelada, o maior patamar dos últimos 11 meses e 1,3% acima do evento anterior.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 20/02/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Quanto ao volume negociado no evento, no quarto leilão de 2024 o movimento de queda se manteve, chegando a um total de 24.306 toneladas negociadas, uma queda de cerca de 9,9% em relação ao evento anterior, sendo este o menor patamar desde junho do ano passado para as negociações, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Sobre o mercado futuro do leite em pó integral o cenário sofreu uma leve alteração, segundo os ajustes da Bolsa de Valores da Nova Zelândia, como pode ser observado no gráfico 3 abaixo.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

No cenário global de lácteos, este último leilão de fevereiro da Global Dairy Trade apresentou, majoritariamente, variações positivas nos preços, refletindo a menor oferta global de lácteos para o ano de 2024. Quando comparados os dois volumes negociados nesse mês, o valor chegou a cair aproximadamente 10%.  Esse cenário é o reflexo da baixa rentabilidade na produção de leite no ano passado. Além disso, somam-se os desafios de produção enfrentados pelos principais países exportadores de lácteos.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

No entanto, diante do contexto de redução da oferta internacional de lácteos, o aumento dos preços do GDT pode influenciar na manutenção do movimento de altas para os preços do Mercosul. Assim, as importações tendem a sair mais caras para o Brasil. Porém, uma vez que as projeções do mercado apontam para alta nos preços brasileiros nos próximos meses, pode ser mantida a competitividade do produto internacional.

As informações são do Milkpoint


Você sabe a diferença entre creme de leite e manteiga?

O creme de leite é o produto obtido pelo processo de desnate do leite, podendo ser comercializado como produto lácteo ou ser utilizado como matéria prima para obtenção de outros derivados lácteos, como a manteiga, por exemplo.

De acordo com seu regulamento Técnico de Identidade e Qualidade, presente no Anexo IV, da Portaria 146 de 1996 do Ministério da Agricultura, o creme de leite é o produto lácteo relativamente rico em gordura retirada do leite por procedimento tecnologicamente adequado, que apresenta a forma de uma emulsão de gordura em água.

De acordo com sua RTIQ, a classificação dos diferentes tipos de creme de leite pode ser baseada no teor de gordura e no tratamento térmico (UHT ou pasteurização) ao qual o produto foi submetido. De acordo com o teor de gordura, o produto é classificado como: Creme de baixo teor de gordura ou creme leve (entre 10 a 19,9 g de gordura por 100 g de creme), como Creme (entre 20 e 49,9 g por 100 g de creme) e como Creme de alto teor de gordura (>50 g de gordura por 100 g de creme). Ainda de acordo com a RTIQ, em relação a sua denominação de venda, o creme de leite poderá ser chamado de duplo creme ou de creme para bater, quando tiver, respectivamente, 40 % m/m e 35 % m/m de gordura.

A produção do creme de leite compreende as seguintes etapas:

Separação - onde o creme é separado do leite por meio da centrifugação;
Padronização - onde o teor de gordura é reajustado afim de classificar o produto de acordo com seu teor de gordura;
Tratamento térmico - podendo ser aplicado os processos de pasteurização e ultra alta temperatura (UAT), visando inativar microrganismos e aumentar seu shelf life;
Homogeneização - processo que visa a redução do tamanho dos glóbulos de gordura, evitando assim, a separação de fases do produto, principalmente do creme de leite submetido pelo processo UAT.
Vale ressaltar, que para produção de chantili e de manteiga, deve-se utilizar o creme pasteurizado não homogeneizado, uma vez que a homogeneização reduz o tamanho dos glóbulos, dificultando a formação de espuma do chantilly e o rendimento da manteiga.

A manteiga constitui um dos derivados lácteos mais consumidos no país. De acordo com a Portaria 14 de 1996 do MAPA, a manteiga é o produto gorduroso obtido exclusivamente pela bateção e malaxagem, com ou sem modificação biológica do creme pasteurizado derivado exclusivamente do leite de vaca, por processos tecnologicamente adequados. A matéria gorda da manteiga deverá estar composta exclusivamente de gordura láctea.

Ainda de acordo com a Portaria, a manteiga pode ser classificada como:

Manteiga Extra: é a manteiga que corresponde à classe de qualidade I da classificação por avaliação sensorial, segundo Norma FIL. 99A 1987;
Manteiga de Primeira Qualidade: é a manteiga que corresponde à classe de qualidade I da classificação por avaliação sensorial segundo Norma FIL. 99A 1987. Além disso, o produto pode apresentar como denominação de venda: “Manteiga” ou “Manteiga sem sal”; “Manteiga salgada” ou “Manteiga com sal”; “Manteiga maturada” (adição de fermentos láticos).
Em relação ao teor de gordura da manteiga, a RTIQ estabelece teor mínimo de 82 % m/m de gordura, sendo que, para manteiga salgada a percentagem de matéria gorda não poderá ser inferior a 80 % m/m. Outro ponto relevante é que o regulamento permite no máximo 2g por 100g de sal para produção de manteiga salgada.

Em resumo, a produção de manteiga envolve diferentes etapas, como:

Maturação (opcional) - ocorre através da adição do fermento lácteo, permitindo assim a maturação da manteiga em condições controladas (em torno de 15°C por 15 horas);
Batedura - realizado em batedeiras ou mantegueiras, como objetivo de separar os grãos de manteiga e o leitelho;
Malaxagem - com objetivo de pulverizar a parte aquosa que ainda está presente nos grãos, evitando assim, a oxidação da manteiga.

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Agradecimentos a CAPES, CNPq, FINEP, FAPEG e IF Goiano pelo apoio a realização da pesquisa.

Autores
Leandro Pereira Cappato
Kamilla Rezende de Pinheiro Santos
Marco Antônio Pereira da Silva

Referências
BRASIL. Mistério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria Nº 146. Aprovar os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos em anexo. Brasília, DF: 7 DE MARÇO DE 1996. Diário Oficial da União, Brasília, 1996

AR – Aumentou o número de vacas em 2023, embora o rebanho tenha caído 35% em relação ao recorde de 2006/07

Produção/AR – O rebanho leiteiro da Argentina cresceu levemente no ano passado, revertendo a tendência negativa dos últimos três anos.

O documento divulgado pela consultoria Mi Lechería relata a evolução do rebanho leiteiro dos últimos anos e a importância do manejo nas fazendas leiteiras na sustentação da atividade.

No ano passado foram contabilizadas, segundo o documento, 1.588.902 vacas nas fazendas da Argentina, o que representou incremento de 4% em relação a 2022. Este dado se opõe à versão alarmante, que em meio da crise de rentabilidade da produção de leite, dava conta de que houve a liquidação de muitos rebanhos leiteiros.

O recorde de animais em produção das últimas décadas ocorreu em 2006 e 2007, quando foram contabilizadas 2.150.000 cabeças, ou seja 35% a mais de vacas em ordenha do que existe atualmente.

Apesar da queda, o nível da produção nacional se mantém e até registrou um leve aumento em relação àqueles anos, graças à maior produtividade animal. De qualquer forma, esta produtividade tem limites biológicos, sendo, portanto, fundamental aumentar o número de animais em ordenha.

Segundo os engenheiros agrônomos Francisco Candioti e Javier Baudracco, integrante da Mi Lechería e docentes da Faculdade de Agronomia de Esperanza, “qualquer empresa de produção leiteira deve ter como um dos objetivos centrais, manter um crescimento genuíno e sustentável do rebanho no tempo (crescer todos os anos) e conseguir a cada ano a maior taxa de crescimento possível”.

Disseram que o crescimento do rebanho tem diferentes leituras. “Existe um crescimento vertical no qual as novilhas ficam na mesma propriedade com aumento da carga animal, permitindo a otimização de recursos e a diluição de alguns custos, até o limite que se considere conveniente. E existe outro horizontal, que vem depois de esgotado o crescimento vertical, e as novilhas excedentes são enviadas para outras fazendas que irão replicar o modelo de sucesso do primeiro”.  

Os especialistas recomendaram “vender novilhas excedentes quando, eventualmente, for alcançado o crescimento horizontal ótimo, agregando mais renda através da venda de carne procedente de fazendas leiteiras”.

O aumento da quantidade de vacas e novilhas nas fazendas deve ter estrita relação com o processo de concentração em unidades produtivas maiores e mais eficientes.

Esse mesmo processo de concentração e melhora da produtividade animal foi o que permitiu sustentar a quantidade de leite produzida na Argentina, em torno de 11 bilhões de litros anuais, conforme mantido nas últimas décadas.

“A produção anual de leite por vaca cresceu e compensou, em termos físicos, estes anos de queda no número de vacas”, explicou Candioti e Baudracco.

“O crescimento do rebanho leiteiro nacional é realizado em cada estabelecimento. É um desafio para toda a leiteria argentina”, consideraram. “Para que o rebanho leiteiro nacional aumente, o número de vacas deve crescer anualmente nas fazendas leiteiras, em percentual suficiente para compensar (ou ainda reverter) o desaparecimento paulatino das fazendas leiteiras, fenômeno que, assim como na Argentina, vem ocorrendo em outros países com sistemas de produção de leite mais desenvolvidos”, acrescentaram.   

Fonte: Bichos de Campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido

Piracanjuba anuncia sua nova marca corporativa, o Grupo Piracanjuba
Com o propósito “Cuidado que alimenta a vida”, o Grupo Piracanjuba chega para consolidar a estratégia de governança da empresa, que em movimentações recentes tornou-se uma S.A., constituindo uma presidência e efetivando seu Conselho Consultivo, além de criar uma política de investimentos contínuos na formação de pessoas. O Grupo Piracanjuba, agora, reúne as marcas Piracanjuba, LeitBom e as licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida), abrangendo as áreas de lácteos, bebidas vegetais, agricultura e formação técnica de produtores de leite. “Desde 1955, conquistamos o respeito de todos fazendo sempre o melhor para as pessoas, para os nossos parceiros e para o planeta, porque simplesmente somos apaixonados por fazer isso. Temos o privilégio de colocar na mesa de tantas famílias os melhores alimentos”, conta Luiz Cláudio Lorenzo, presidente do Grupo Piracanjuba. “Tudo isso levando em consideração que somos uma empresa genuinamente brasileira, que gera milhares de empregos e renda, e que prioriza entregar a máxima qualidade”, ressalta. A expectativa é que o Grupo Piracanjuba possa alcançar segmentos para além dos lácteos, ampliando a conexão com o consumidor e permitindo o desenvolvimento em outras categorias, marcas e negócios. “As mudanças foram devidamente planejadas, já que não abrimos mão da história e da conexão com os parceiros que construímos até aqui. Analisamos oportunidades do mercado, necessidades do consumidor e estamos abertos à novas aquisições e parcerias estratégicas que façam sentido para o Grupo Piracanjuba”, completa o presidente. O projeto de branding é assinado pela FutureBrand São Paulo, consultoria global de branding e experiência de marca. “Levamos o DNA familiar e o calor brasileiro, que fazem parte da essência da marca Piracanjuba, para o novo grupo. Com isso, fortalecemos as raízes ao passo em que miramos o amanhã, com oportunidades de crescimento e inovação”, analisa Ewerton Mokarzel, CEO e sócio da FutureBrand São Paulo. (As informações são do Grupo Piracanjuba)


 
 

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Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.087


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS


Liminar dá 2 meses para indústria adequar rótulos de alimentos

Anvisa havia prorrogado o prazo até outubro de 2024; Justiça Federal de SP determinou colocação de adesivos em rótulos embalagens antigas

São Paulo — Empresas fabricantes de alimentos têm 60 dias para incluir nos rótulos de embalagens de alimentos e bebidas o selo da lupa indicando altas quantidades de sódio, açúcar adicionado e gordura saturada. A decisão liminar é da Justiça Federal de São Paulo e atende a uma ação civil pública apresentada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com a determinação judicial, a Anvisa não pode adotar novas medidas que, direta ou indiretamente, autorizem o descumprimento de prazos. A prorrogação havia sido determinada no último dia do prazo para adequação dos rótulos, em 9 de outubro de 2023,

Além disso, a decisão impede que as empresas fabricantes de alimentos processados e produtos ultraprocessados usem a autorização de esgotamento de embalagens e rótulos antigos e, assim, passem a utilizar adesivos para adequar os rótulos com o selo da lupa e a tabela nutricional.

A decisão do juiz Marcelo Guerra Martins, da 13ª Vara Cível Federal de São Paulo, considera que “é preciso resistir ao lobby de agentes econômicos que tentam compensar a própria incapacidade por meio de um protecionismo estatal que prejudica a coletividade, seja em relação aos consumidores, seja em termos de retardar a prevalência, na economia, das empresas dotadas de maior agilidade, eficiência, produtividade e capacidade de adaptação.”

Para o advogado Leonardo Pillon, do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, a decisão liminar é uma resposta positiva para evitar influência política em decisões regulatórias.

Pillon também afirmou que a decisão de publicar a lupa no rótulo dos alimentos permite aos consumidores sobre o direito de realizar escolhas mais bem informadas sobre possíveis efeitos nocivos à saúde decorrentes do consumo de produtos ultraprocessados.

A Anvisa informou ao Metrópoles que ainda não foi intimada sobre a decisão judicial. Por isso, não pode se manifestar sobre o processo sem conhecer o conteúdo

O Metrópoles procurou a assessoria de imprensa da Anvisa para comentar a declaração e a decisão judicial. O espaço segue aberto.

Lupa nos rótulos
Em 2020, aprovação de uma resolução da Anvisa determinou o prazo de 3 anos para a adequação da indústria alimentícia às novas regras de rotulagem, com a inclusão do selo de uma lupa e da nova tabela de informação nutricional.

A maioria dos alimentos e bebidas processados e ultraprocessados devem apresentar o selo da lupa na parte da frente, com o aviso “alto em” açúcar adicionado, gordura saturada e/ou sódio.

Os produtos devem apresentar também a nova tabela nutricional, incluindo a informação de nutrientes por 100 ml ou 100 gr, para que a comparação entre produtos seja mais fácil para o consumidor.

Prorrogação do prazo
A regra já estaria valendo para a maioria dos produtos alimentícios; apenas pequenos produtores e bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis teriam mais tempo.

Porém, no fim do prazo de adequação, em outubro do ano passado, a Anvisa emitiu uma nova resolução permitindo que as indústrias esgotassem o estoque de rótulos e embalagens ainda não atualizadas às novas regras, até outubro deste ano.

As informações são do Metrópoles.

 

Justiça impede tributação de benefício fiscal

Em Minas Gerais, o juiz federal Flavio Bittencourt de Souza entende que a nova legislação criou “severas condicionantes”

A Justiça Federal de Minas Gerais afastou a tributação de Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL sobre benefícios fiscais de ICMS. A liminar, umas das primeiras concedidas no Estado, é do juiz federal Flavio Bittencourt de Souza, da 1ª Vara Federal com Juizado Especial Federal (JEF) Adjunto de Sete Lagoas, em favor de uma fabricante de tecidos.

A companhia, beneficiária de crédito presumido de ICMS, alega no pedido que o tributo estadual não deve compor a base de cálculo dos impostos federais por ofensa ao pacto federativo, direito resguardado pela Constituição Federal e o Código Tributário Nacional (CTN). O valor da causa é de R$ 2 milhões.

A tributação passou a ser obrigatória para todos os tipos de incentivos com a Medida Provisória (MP) nº 1.185/2023, editada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e convertida na Lei nº 14.789/2023. Ela revogou o artigo 30 da Lei nº 12.973/2014, que instituía requisitos para as empresas não terem os benefícios tributados, como constituir uma reserva de lucros.

Segundo tributaristas, no caso do crédito presumido, a jurisprudência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) é pela não tributação. Em dois julgamentos (REsp 1.517.492 e Tema 1182), os ministros entenderam que as empresas que têm crédito presumido não precisam seguir os requisitos do artigo 30 da legislação anterior. Essa benesse, no entanto, não se aplica a outros tipos de benefícios fiscais - para estes, é preciso seguir os requisitos.

Desde janeiro, com revogação do dispositivo, o governo federal igualou os tipos de benefícios e passou a tributar todos eles. Advogados defendem, porém, que os julgados do STJ são forte precedente para afastar a tributação do crédito presumido, mesmo com a nova legislação. Várias liminares têm sido concedidas para empresas não terem os benefícios de ICMS tributados pela União.

Em Minas Gerais, o juiz federal Flavio Bittencourt de Souza entende que a nova legislação do Ministério da Fazenda criou “severas condicionantes para a apropriação limitada de crédito de IRPJ” e impacta “sobremaneira o equilíbrio financeiro da empresa e colocando em risco o próprio escopo do incentivo estadual”.

“Se o fundamento em baila nos coloca no campo da não incidência tributária, carece razão à Fazenda Nacional ao instituir crédito ou qualquer outra desoneração de IRPJ e CSLL sobre os créditos presumidos de ICMS, eis que não havendo competência tributária, limitada que foi pelo pacto federativo, não há tributo e sem tributo não há favor fiscal”, diz (processo nº 6000273-38.2024.4.06.3812).

A empresa entrou com a ação dias após a publicação da Lei 14.789/2023, afirma a advogada Maysa Pittondo Deligne, sócia do escritório CPMG Advocacia, que atua no caso. Segundo ela, a empresa seguia as orientações o artigo 30 da lei anterior, que foi revogado. “Comprovamos que a mitigação do benefício fiscal poderia prejudicar o equilíbrio financeiro da empresa, com mais de 50% do crédito sendo tributado pela União”, diz.

A tributarista, que foi conselheira do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), alega que a nova lei além de tributar, restringe o aproveitamento do crédito.

“Não tivemos mais a possibilidade de dedução da base de cálculo de IRPJ e CSLL e o valor do crédito ficou limitado, de acordo com a forma do cálculo da lei e do procedimento de habilitação prévia junto à Receita Federal.”

Ela ainda ingressou, para a mesma empresa, com outro mandado de segurança para discutir a suspensão do PIS e da Cofins, por “estratégia processual”, já que o tema será julgado em repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, a Procuradoria-Geral Fazenda Nacional (PGFN) afirma que vai recorrer da decisão. Para o órgão, a nova regra “não padece de qualquer vício de inconstitucionalidade e decorre de uma reformulação da política fiscal federal para atender a preceitos constitucionais, financeiros e orçamentários, reforçando a transparência e responsabilidade fiscal na concessão de benefício fiscal, sem erodir a base fiscal e as receitas tributárias repartidas entre União, Estados e municípios”.

De acordo com o advogado Marcos Ortiz, sócio do Madrona Fialho Advogados, o crédito presumido é diferente dos outros tipos de benefícios porque consiste em uma “renúncia definitiva” do Estado em arrecadar o imposto. Nos outros tipos de benefício, como diferimento, redução de alíquota ou base de cálculo, a desoneração é compensada na etapa seguinte da cadeia. Por isso, tributar o crédito presumido seria ferir o pacto federativo. “A União toma para si uma parte da receita da qual o Estado abriu mão para impulsionar a economia e a geração de empregos”, diz.

Na visão da advogada Bruna Marrara, sócia do Machado Meyer, a essência dos julgados do STJ não é afetada pela nova lei. “Os argumentos que fundamentam a decisão do STJ, principalmente em relação ao crédito presumido, são de ordem constitucional que não foram alterados por essa nova legislação. Continuam válidos. Por isso os tribunais têm dado liminares contra a Lei nº 14.789", afirma. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

La Niña em 2024: tudo o que sabemos sobre a chegada do fenômeno
Com o El Niño cada vez mais fraco, as condições climáticas indicam que o tempo caminha para uma situação de neutralidade no Pacífico, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o principal órgão de monitoramento dos fenômenos, que é ligado ao governo dos Estados Unidos. A possibilidade de a transição de El Niño para neutralidade acontecer entre abril e junho de 2024 é de 79%, informa o boletim mais atualizado da NOAA. Em paralelo, há 55% de chance do La Niña se estabelecer entre junho e agosto deste ano. O fenômeno La Niña se caracteriza pela queda de mais de 0,5°C na temperatura da porção equatorial do Oceano Pacífico. Quando o fenômeno está ativo, o volume de chuvas costuma diminuir no Sul do Brasil - causando estiagem em muitos casos - e aumentar nas regiões Norte e Nordeste do país. No Sudeste e no Centro-Oeste, não há uma correlação tão clara, mas aumentam as chances de ocorrência de períodos frios e chuvosos. Caso o fenômeno se confirme, a primeira coisa que o La Niña pode causar é o atraso no início do período úmido na região central do Brasil, afirma Desirée Brandt, meteorologista da Nottus. Porém, diferentemente do El Niño, quando essa chuva chegar, ela deve cobrir uma área maior, e não apenas pontual, com chuvas fortes apenas em pontos específicos. As invernadas no centro do Brasil também ganham força. Isso significa dias consecutivos de chuva persistente, abrangente e volumosa, além de haver pouca incidência de luz solar, o que pode prejudicar as plantas que precisam de luminosidade. Esse quadro favorece o surgimento de doenças fúngicas e atrapalha os trabalhos de campo e a logística da safra nas estradas. A região Sul, especialmente o Rio Grande do Sul, pode sofrer com a volta das secas. No entanto, o momento não é para alarmismo, afirma Willians Bini, chefe de comunicação da Climatempo. Os especialistas destacam que os efeitos do La Niña nunca são percebidos com muita força no primeiro ano de ocorrência do fenômeno. “Mesmo que o La Niña seja de forte intensidade, os efeitos não são instantâneos. Isso porque a atmosfera tem um 'delay' a partir do momento em que o fenômeno se estabelece”, explica Brandt, da Nottus. O último La Niña ficou ativo entre 2020 e 2023. Em alguns meses de 2021, ele atingiu categoria de nível moderado e causou secas históricas em lavouras de milho e soja no Sul do país. Segundo especialistas, o quadro pode se repetir caso o fenômeno se mantenha até 2025. As perspectivas são melhores também na região Norte, que em 2023 enfrentou uma seca histórica e sem seu período de cheia. Segundo Desirée, o verão vai se encerrar com os níveis dos rios ainda baixos, mas a tendência é que a normalidade das chuvas volte à região com o fim do El Niño. As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint.


 
 

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Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.086


Uruguai: exportações de lácteos caem em relação ao ano anterior

As exportações de produtos lácteos caíram 7% em janeiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, principalmente como resultado de uma queda nas vendas de leite em pó integral e desnatado, bem como de manteiga.

O Instituto Nacional do Leite (INALE) publicou o relatório sobre as exportações de lácteos para o mês de janeiro, que explica que a queda no volume de negócios está estritamente relacionada à queda nos preços.

No total, em janeiro, foram exportados US$ 82,3 milhões FOB -free on board-, totalizando uma queda de 7%. Detalhando cada produto, as exportações de leite em pó integral foram de US$ 53 milhões, apesar da queda de 7%; as exportações de leite em pó desnatado caíram em 3%, para US$ 4,5 milhões; as exportações de manteiga foram de US$ 5,9 milhões após uma queda acentuada de até 34%; enquanto o queijo foi o único produto com um faturamento maior, cerca de US$ 12,5 milhões após um aumento de 18% em relação ao ano anterior.

Em relação ao ano anterior, o preço do leite em pó integral subiu 1%, para US$ 3.333 por tonelada; o leite em pó desnatado caiu 6%, para US$ 2.963 por tonelada; o queijo, 1%, para US$ 4.943 por tonelada; e a manteiga subiu 5%, para US$ 4.803 por tonelada.

Volumes exportados cresceram

Os embarques de leite em pó integral totalizaram 15.890 toneladas (aumento de 5%); os embarques de leite em pó desnatado aumentaram 23%, para 1.517 toneladas; os embarques de queijo aumentaram 21%, para 2.519 toneladas; enquanto os embarques de manteiga caíram 27%, para 1.228 toneladas.

Entre os principais destinos dos produtos lácteos uruguaios, o Brasil foi responsável por 50% dos embarques totais, seguido em segundo lugar pela Argélia, com 15%, e o México completa o pódio com 4%.

Mais uma vez, o principal comprador de leite em pó e queijo foi o Brasil, enquanto o principal importador de manteiga foi mais uma vez a Rússia.

As informações são do Ámbito, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


RECONHECIMENTO | LATICINIOS BELA VISTA CONQUISTA SELO MAIS INTEGRIDADE AMARELO

Os Laticínios Bela Vista - Piracanjuba dão garantias das práticas de integridade, ética, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental.

Práticas de integridade, ética, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental… esses temas são mais do que assuntos ideológicos, são práticas diárias do Laticínios Bela Vista.

Como forma de reconhecimento a essas iniciativas, a empresa conquistou em 2022, pela primeira vez, o Selo Mais Integridade, cor verde, concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Um ano depois, com a validação das ações e reenvio dos documentos comprobatórios, a autenticidade do selo foi renovada e agora, temos nova classificação: empresa com Selo Mais Integridade, na cor amarela, que significa um nível avançado em relação ao verde.

Receber o Selo Mais Integridade Amarelo representa um reconhecimento de trabalho contínuo do Laticínios Bela Vista, que concentra esforços para adotar políticas de governança e gestão eficientes, sempre com você, colaborador, caminhando junto. “O Selo Mais Integridade faz a diferença para conquistarmos ainda mais confiança junto aos consumidores, entidades parceiras, instituições públicas e financeiras e mercados internacionais”, destaca o gerente de Auditoria Interna e Compliance, Adriano Ferrer Pinto.

Nos próximos anos, o Laticínios Bela Vista quer trabalhar em prol da manutenção do Selo Mais Integridade, já que, apenas as empresas que adotam práticas sérias e contínuas de governança permanecem com a concessão do Mapa.

As informações são da Piracanjuba via Edairy News

EUA – Demanda fraca e aumento da concorrência limitou as exportações de lácteos em 2023 

Exportações/EUA – Demanda em queda, junto com o aumento da concorrência da União Europeia (UE) e Nova Zelândia fizeram com que as exportações de produtos lácteos dos Estados Unidos da América (EUA) declinassem 7% em equivalentes sólidos de leite (MSE) em 2023. Os fatores  que complicaram o crescimento das exportações de lácteos estadunidenses foram consistentes durante a maior parte do ano: inflação elevada, crescimento econômico decepcionante em importantes mercados de exportação (particularmente a China), redução da demanda de soro de leite pela China diante do estrangulamento da suinocultura, aumento da produção de leite na UE e Nova Zelândia, e redução das compras de leite em pó integral (WMP) pela China, fazendo com que a Nova Zelândia alterasse o mix de produtos, redirecionando as exportações para os principais mercados dos EUA.

As exportações dos EUA terminaram o ano em US$ 8,11 bilhões, em valor, o segundo maior da série histórica, mas 16% abaixo do recorde de 2022. O recuo foi registrado tanto em volume como em valor.

Apenas duas grandes categorias tiveram crescimento em 2023: Proteína Concentrada (WPC80+) e Lactose. Em todo o ano, o volume de WPC80+ saltou 18% (+11.619 toneladas) em comparação com 2022, atingindo o recorde de 75.848 toneladas.

Impulsionada pelos ganhos no primeiro trimestre, os embarques de Lactose subiram 5% (+20.890 toneladas) para chegarem ao recorde de 471.918 toneladas no ano. Fonte: USDEC – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Mudanças climáticas: efeitos e soluções para a produção de leite
As mudanças climáticas têm impactos significativos na produção de leite. O setor leiteiro é sensível às variações climáticas devido à influência direta sobre os fatores que afetam a produção de alimentos para os animais, as condições de conforto térmico e a saúde dos rebanhos. Variações nas condições de pastagem, estresse térmico, disponibilidade de água, impacto na saúde animal e flutuações nos preços dos insumos são alguns dos pontos impactados pelo clima. Para lidar com esses desafios, os produtores de leite estão adotando práticas sustentáveis, investindo em infraestrutura para melhorar o conforto térmico dos animais, explorando alternativas de alimentação mais resilientes e implementando estratégias de gestão adaptativa.  Além dessas medidas, que são essenciais para garantir a resiliência do setor leiteiro diante das mudanças climáticas, estar atento ao que pode surgir para mitigar os efeitos do clima é essencial. Diante desse cenário desafiador, o Interleite Sul 2024 vai abordar, no segundo painel do evento, o tema “Mudanças climáticas no Sul do país: efeitos e soluções”, trazendo especialistas no assunto.  Não perca a oportunidade de participar e estar por dentro das últimas novidades e tendências do setor leiteiro que serão ferramenta para moldar o futuro da sua produção. Garanta sua vaga agora mesmo! Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. (Milkpoint)


 
 

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Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.085


Chile – Foi inaugurado o primeiro Museu interativo do leite

Museu interativo do leite – No dia 7 de fevereiro o Parque Saval de Valdívia abriu suas portas para o primeiro Museu interativo do Leite no Chile, que mostrará por dentro a produção de leite no Chile e no mundo, desde sua origem até a atualidade.

O lugar terá acesso gratuito e em seu interior apresentará uma sala especialmente habilitada com monitores, esquemas didáticos e uma vitrine com objetos históricos.

A ideia surgiu dentro da Associação dos Produtores de Leite da Região de Los Ríos (Aproval), como parte do projeto apresentado ao Município de Valdivia em 2017, com o objetivo de construir dependências administrativas da associação no interior do Parque Saval.

“Esta proposta incluía a incorporação de um museu do leite aberto à comunidade, explica José Luis Delgado, gerente da Aproval. Mas essa ideia de um museu tradicional com artefatos antigos que coletamos entre nossos associados foi mudando até um espaço de exposição que oferecesse uma proposta mais interativa e com uma abordagem mais pedagógica para que o visitante pudesse conhecer como se produz o leite, como é processado e qual sua contribuição para uma nutrição sustentável”.

A mostra também incorpora dados estatísticos relevantes, como a importância setorial de Los Ríos que produz 1 de cada 3 litros de leite do Chile e a participação regional na produção nacional de queijo que chega a 59%.

Através de um sistema de painéis móveis é possível conhecer a presença do leite em diferentes culturas como na antiga Mesopotâmia, Egito e Roma, bem como é possível conhecer a origem da lenda da Via Láctea e o porquê de sua representação celeste.

Depois é realizado um zoom para a história da produção de leite nacional e regional, desde a chegada das primeiras vacas com os conquistadores espanhóis em 1560, até a criação do Consorcio Lechero, passando pela Lei de Pasteurização do Leite, a fundação de Colun ou a criação do “leite Purita”.

A presidenta da Aproval, Paulina Carrasco, enfatiza que o museu estará aberto ao público em geral, e espera desenvolver um trabalho especialmente focado para estudantes através de visitas guiadas. “Atrás deste projeto existe um interesse especial de difundir como se produz um dos alimentos mais importantes de nossa alimentação. Como produtores de leite temos a responsabilidade e nos interessa compartilhar este apaixonante mundo com a comunidade”.

O presidente do Consorcio Lechero, Sergio Niklitschek, parabenizou o associado Aproval pela iniciativa inovadora de criar o Museu do Leite em Valdívia, para ressaltar a importância cultural e econômica da indústria de laticínios. “O museu não somente preserva a história, mas também educa sobre os benefícios nutricionais do leite e leva um pedacinho do campo para a cidade, para mostrar aos visitantes locais e turistas, o processo de produção de leite e seu impacto na comunidade”.

O museu está localizado na Avenida Miguel Aguero S/N, Ilha Teja, no interior do Parque Saval. O horário será de segunda a sexta de 9 às 15:30 horas.

Fonte: DiarioLechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br


O microbioma: a próxima grande fronteira no melhoramento do gado

A produção de carne bovina e leite fez enormes progressos, melhorando a saúde e a produtividade do gado através da genética, nutrição, práticas de manejo, imunizações e medicamentos. Agora, os investigadores estão se concentrando em outra área potencial de oportunidades: o microbioma, e como este pode ser influenciado mesmo antes do nascimento.

Qual é o microbioma? É uma coleção de pequenos organismos – como bactérias, fungos, vírus e seus genes – que vivem juntos num sistema corporal. Na produção de gado, tendemos a nos concentrar muito no microbioma ruminal, porque sabemos o quão importantes esses micróbios ruminais são para promover uma digestão eficiente e saudável que subsequentemente impacta o desempenho animal tanto no gado de corte quanto no de leite.

Mas pesquisadores da Universidade Estadual de Dakota do Norte (NDSA) estão explorando como os microbiomas de outros sistemas corporais também podem influenciar o desempenho do gado. Cada sistema do corpo físico possui um microbioma, e os pesquisadores da NDSU observam que a microbiota dos tratos respiratório, gastrointestinal e reprodutivo há muito é reconhecida como importante para a saúde e a produtividade do gado.

Mais recentemente, os investigadores notaram que a microbiota do fígado, dos cascos e dos olhos também tem uma influência significativa na saúde do gado. Coletivamente, os microbiomas afetam o metabolismo, a função imunológica, a fertilidade e a utilização de nutrientes no gado.

Os investigadores da NDSU observam que os microbiomas em bovinos adultos – particularmente nos sistemas respiratório e ruminal bovino – tendem a ser muito resistentes, o que significa que reverterão à sua composição original após o término de uma intervenção. Isto é uma vantagem quando a intervenção é negativa, mas não tanto quando a intervenção se destina a alterar o microbioma de uma forma benéfica. Se essa intervenção positiva for interrompida, os seus efeitos geralmente não duram a longo prazo.

Uma abordagem mais eficaz, então, poderia ser alterar os microbiomas do gado a um nível fundamental. A pesquisa mais recente indica que a colonização microbiana em bezerros ocorre muito mais cedo do que se pensava originalmente e começa no útero.

Com base nessa premissa, os investigadores da NDSU estão a explorar formas de influenciar os microbiomas fetais através da nutrição das mães. Num estudo recente, publicado na revista Frontiers in Microbiology , eles examinaram se um suplemento vitamínico e mineral (VTM) fornecido a mães grávidas influenciava os microbiomas dos cascos, fígado, pulmões, cavidades nasais, olhos, vaginas e rúmen de seus descendentes.     

Em comparação com os bezerros de mães controle que não receberam o suplemento de VTM, foram observadas diferenças perceptíveis na microbiota ruminal, vaginal e ocular dos bezerros de mães suplementadas.

A equipe da NDSU está nos estágios iniciais de um novo estudo que analisa a composição da ração das mães – especificamente, as proporções de concentrados versus forragem – para determinar se as variações entre os dois afetam os microbiomas de seus descendentes.

Os pesquisadores veem o potencial na melhoria do microbioma pré-natal como um meio natural de influenciar positivamente a resistência a doenças, a reprodução, a eficiência alimentar e o impacto ambiental da produção de carne bovina e leiteira. Entre os resultados potenciais poderia estar o menor uso de antibióticos; fertilidade melhorada e eficiência reprodutiva; menores custos de alimentação; e redução das emissões de metano. (Dairy Herd)

Informativo Conjuntural - nº 1802 – 15 fev. 2024 

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as altas temperaturas recentes afetaram o bem-estar e a produção dos animais. 

Em Dom Pedrito, os produtores com boa estrutura de potreiros e práticas de pastejo rotativo conseguem manter volumes significativos de leite, recebendo bonificações por qualidade. 

Em Candiota, o bom desenvolvimento de campos nativos e das pastagens de verão contribui para a nutrição das matrizes, apesar de quedas de luz causarem transtornos. 

Na de Caxias do Sul, a qualidade do leite produzido foi positivamente influenciada pelo tempo firme. Não houve acúmulo de barro em corredores ou áreas de espera, facilitando o processo de ordenha. As contagens de células somáticas e a contagem padrão em placas do leite produzido permaneceram dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). 

Na de Frederico Westphalen, a oferta de água para dessedentação dos animais e a limpeza dos equipamentos mostram indicadores satisfatórios tanto em quantidade quanto em qualidade. 

Na de Ijuí, em razão da menor oferta de forragem nas pastagens de verão, houve queda na produção de leite, especialmente nas propriedades de sistema a pasto. 

Na de Pelotas, as infestações de carrapato e mosca aumentaram por causa do calor, sendo necessários tratamentos preventivos. 

Na de Santa Maria, o rebanho de gado leiteiro está em boa condição nutricional em virtude da disponibilidade de pasto, e são previstas melhorias em razão das recentes chuvas. 

Na de Santa Rosa, começa a haver limitação da oferta de forragem nas pastagens de verão, agravada pela baixa precipitação pluviométrica persistente. Os produtores mantêm os tratamentos contra ectoparasitas em função da proliferação de mosca-dos-chifres, berne e carrapato nos rebanhos. 

Na de Soledade, o crescimento e rebrote de pastagens têm diminuído como consequência da restrição hídrica, aumentando a necessidade de suplementação com silagens ou fenos para manutenção do escore corporal. (As informações são da Emater/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Previsão é de pouca chuva e temperaturas amenas para os próximos dias
Nos próximos dias, as temperaturas estarão mais amenas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 07/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta (16/2) e sábado (17/2), o ingresso de ar mais quente úmido favorecerá o aumento da nebulosidade e da temperatura, o que deverá provocar pancadas de chuva, típicas de verão, na maior parte das áreas do Estado. No domingo (18/2), o tempo firme predominará na maioria das regiões; somente nos setores Norte e Nordeste deverão ocorrer chuvas isoladas. Entre segunda (19/2) e quarta-feira (21/2), o predomínio de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e maior amplitude térmica, com valores mais baixos no período noturno e temperaturas próximas de 30°C durante o dia. Os volumes esperados deverão ser inferiores a 10 mm na Fronteira Oeste e na Campanha. No restante do Estado os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.


 
 

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Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.084


Sooro Renner anuncia novo CEO

Empresa líder nacional na produção de proteínas derivadas do soro de leite anunciou Eduardo Serra Ferreira como novo CEO.

A Sooro Renner, é reconhecida pela inovação em produtos como Soro em Pó, Whey Protein Concentrado, Isolado, Microparticulado e Permeado, anunciou recentemente a nomeação de Eduardo Serra Ferreira para a posição de CEO. Esta mudança de liderança marca o início de uma nova era, sucedendo ao Sr. William da Silva - acionista fundador e figura emblemática no crescimento e sucesso da organização.

Eduardo Serra Ferreira dará continuidade aos trabalhos

Engenheiro Químico com formação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e especialização em Engenharia de Alimentos, Eduardo Serra Ferreira traz consigo mais de duas décadas de experiência no setor. Antes de ser nomeado CEO, atuou como Diretor de Operações, sendo uma peça-chave no crescimento e na evolução da empresa. Com uma carreira destacada por desafios e inovações, Eduardo tem sido um protagonista na escalada da indústria no mercado de lácteos, especialmente na produção de Whey Protein e seus derivados.

O Sr. Wiliam da Silva deixa um legado de sucesso
Sob a liderança do Sr. William da Silva, a Sooro Renner expandiu significativamente sua capacidade produtiva e consolidou sua posição como líder no mercado brasileiro de soro de leite. A cultura empresarial forjada por ele, centrada no respeito às pessoas, na inovação e no compromisso com resultados de excelência, permanece como um legado valioso. Agora, dedicando-se ao Conselho Administrativo, ele continuará a influenciar a direção estratégica da organização.

Novas mudanças também foram anunciadas
Além da transição na liderança,  Sooro Renner anunciou outras mudanças significativas em sua estrutura de gestão. Claudio Hausen de Souza, anteriormente Diretor Comercial e de Marketing, assume o cargo de Vice-presidente Comercial e de Marketing. Arysson de Souza Pires, ex-Gerente de Planta, agora ocupa a posição de Diretor de Operações.

Nova fase marca os 23 anos da empresa
Em um momento em que a organização celebra 23 anos de existência, estas mudanças estratégicas são vistas como fundamentais para impulsionar ainda mais o crescimento e a inovação da marca. O novo CEO, Eduardo Serra Ferreira, enfatiza a importância de manter a cultura de inovação da organização, buscando aprimorar processos e explorar novas oportunidades no mercado.

Assim, com essas transformações, a organização se prepara para uma nova fase de conquistas e realizações, mantendo-se fiel aos seus valores e à missão de oferecer nutrição que gera resultados. Este momento de transição é também uma oportunidade para agradecer ao Sr. William da Silva por sua dedicação e liderança exemplar, desejando sucesso ao novo CEO e à equipe diretiva nessa nova jornada. (Sooro Renner)


'Sem clareza': marcas de bebidas à base de plantas da Índia se afastam dos termos convencionais de laticínios

As marcas de bebidas à base de plantas na Índia continuam a evitar a utilização de termos convencionais de produtos lácteos nos rótulos dos seus produtos até que os reguladores emitam maior clareza sobre o que é permitido.

Em 2020 e 2021, a Autoridade de Padrões e Segurança Alimentar da Índia (FSSAI) anunciou a proibição do uso de termos lácteos convencionais, como “leite” e “queijo” para produtos à base de plantas. Também instruiu os fabricantes de produtos vegetais a modificar os rótulos de todos esses produtos e as plataformas de comércio eletrônico para retirá-los também.

Esta ordem foi suspensa com sucesso pelo Tribunal Superior de Delhi no final de 2021, depois que cinco empresas entraram em ação. Apesar disso, a incerteza da indústria permanece até hoje.

“A proibição ainda é essencialmente uma moção em audiência no tribunal neste momento”, disse Rohit Jain, cofundador e CEO da Drums Food International, que foi uma das cinco empresas que contribuíram para a suspensão da proibição inicial, ao FoodNavigator . -Ásia . “No momento ainda não há total clareza sobre essas regulamentações por parte dos reguladores, e adotamos a postura de que respeitamos a decisão. “Portanto, até que haja clareza, permaneceremos em conformidade com o pedido inicial e pararemos de usar o termo ‘leite’ para nossos produtos de aveia e amêndoa – passamos a usar outros termos, como ‘bebida’. Na verdade, 'bebida' foi uma das sugestões feitas pela FSSAI quando a proibição foi emitida, destacando-a como uma nomenclatura que era 'indicativa da verdadeira natureza do análogo lácteo'. A Drums Food International não é a única empresa a fazer esta mudança – muitas empresas de bebida à base de plantas no país, incluindo empresas estabelecidas e novas start-ups.

A start-up Alt Co, que possui uma ampla gama de produtos à base de plantas, também optou por fazer algo semelhante. Ela usa o termo 'Mlk' ou 'Drink' nos rótulos dos produtos, mas ainda se refere a eles como Alt Milk, Soy Milk ou Almond Milk em seu site. Uma recente vitória da marca de leite vegetal Oatly, no Reino Unido, contra a entidade comercial Dairy UK, após quatro anos, permitindo-lhe continuar a usar a palavra “leite” nos rótulos e marketing dos seus produtos, tem sido uma rara centelha de esperança para a fábrica. indústria baseada.

O caso foi aberto pela Dairy UK contra o uso de 'leite' no slogan 'Post Milk Generation' da Oatly, que está impresso em suas embalagens - mas foi decidido que isso foi usado como parte de um slogan e não como uma real descrição dos produtos. Os produtos vegetais do Reino Unido também estão proibidos de usar termos lácteos convencionais em seus rótulos. (Dairy Herd)

Bezerro resistente ao BVDV criado por meio de edição genética

A aplicação da edição genética em bovinos abriu outra fronteira: a resistência à diarreia viral bovina (BVDV).

Pesquisas anteriores de edição genética produziram bezerros sem chifres que não necessitam de descorna, e bezerros com pelagem de cor mais clara que são mais tolerantes ao estresse térmico. Agora, pesquisadores do USDA, em cooperação com a Universidade de Nebraska, concluíram um extenso estudo que produziu um bezerro que provou ter suscetibilidade reduzida ao BVDV.

O vírus BVD continua sendo uma das doenças bovinas mais desafiadoras do mundo. Afeta a saúde animal de várias maneiras porque pode prejudicar o trato gastrointestinal, o sistema respiratório e as funções reprodutivas. Também pode ser um flagelo silencioso, porque os animais persistentemente infectados (PI) podem transmiti-lo silenciosamente aos companheiros de rebanho, ao mesmo tempo que parecem perfeitamente saudáveis.

O BVDV também é um vírus astuto. As vacinas contra ele estão disponíveis há décadas, mas a sua “extensa diversidade antigênica nas estirpes de BVDV circulantes no campo representa um desafio para tornar estas vacinas amplamente protectoras”, de acordo com investigadores do USDA.

Neste projeto, os pesquisadores usaram a tecnologia de edição genética CRISPR/Cas9 para substituir 6 aminoácidos no gene CD46. O gene CD46 bovino é a visão dentro da célula à qual o vírus BVD se clava e ganha entrada para infectar e replicar em um novo animal hospedeiro.

Embriões clonados de gado Gir foram utilizados no experimento. (Gir é uma raça Zebu e uma das raças de gado mais proeminentes na Índia). As células editadas foram transferidas para alguns dos embriões, enquanto a outra metade permaneceu sem edição e serviu como controle “do tipo selvagem”. Oito de cada tipo de embrião foram implantados em vacas receptoras.

Das gestações resultantes, um feto editado e um feto não editado foram colhidos aos 100 dias para avaliar a resistência ao BVDV de células de vários sistemas corporais. No final das contas, uma gravidez a termo resultou de um embrião editado, e o bezerro nasceu por cesariana aos 285 dias de gestação.

Como nenhum nascimento vivo resultou de embriões não editados, o bezerro editado foi associado logo após o nascimento com um bezerro Holandês recém-nascido de um rebanho leiteiro comercial. 

Ambos os bezerros foram avaliados quanto à suscetibilidade ao BVDV em nível celular através de amostras de tecido e sangue. O par de bezerros também foi exposto diretamente ao BVDV de um bezerro PI vivo que foi alojado no mesmo quarto que eles por 7 dias quando o par de estudo tinha 10 meses de idade.

Entre os resultados do estudo:

Células do rim, pulmão, intestino delgado, esôfago, fígado e células cardíacas do feto editado mostraram suscetibilidade significativamente menor ao BVDV em laboratório, em comparação com o feto não editado.

As amostras de tecido vivo mostraram que o bezerro editado teve uma redução significativa na suscetibilidade ao BVDV nos três tipos de células testados – fibroblastos da pele, linfócitos e monócitos – em comparação com o bezerro controle não editado.

Quando expostos ao vírus BVD através do bezerro PI vivo, ambos os bezerros do estudo tiveram febre, mas o bezerro editado não apresentou os sintomas adicionais apresentados pelo bezerro de controle, que incluíam tosse, rinite, vermelhidão e irritação ao redor das narinas. A viremia do BVDV foi detectada no sangue de ambos os animais, mas durou 28 dias no bezerro controle e apenas 3 dias no bezerro editado, que também apresentou um nível significativamente menor de carga total de infecção.

Aos 20 meses de idade, o bezerro editado estava saudável e próspero, e não apresentava edições genéticas “fora do alvo” (não intencionais) como resultado da edição no alvo.

No geral, o estudo mostrou que a medida de edição genética não tornou o bezerro totalmente imune ao BVDV, mas melhorou significativamente a capacidade do bezerro de resistir ao desafio viral. A aplicação comercial de tal tecnologia ainda não evoluiu, pois este é o primeiro estudo de “prova de conceito” que avalia a prática da edição genética para desenvolver resistência ao BVDV.  

Mas os investigadores salientaram que a capacidade de ajudar o gado a resistir ao BVDV tem implicações potencialmente de longo alcance. A saúde e o bem-estar dos animais poderiam ser melhorados e as perdas de produção minimizadas. Além disso, o procedimento poderia reduzir o uso de antibióticos na produção animal porque o BVDV muitas vezes leva a infecções secundárias que requerem terapia antibiótica.

O estudo também é o primeiro a comprovar a capacidade da edição genética de reduzir o impacto de uma doença viral em geral. À medida que mais trabalho for realizado, o procedimento poderá ser potencialmente replicado para minimizar também outras doenças virais.  (Dairy Herd)


Jogo Rápido

Produtores americanos visitam a CCGL
A Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) recebeu a visita de 37 produtores americanos, todos formados na Kansas State University. Sob a mediação da empresa Agro Connection, os produtores foram recepcionados pela direção e gerência da cooperativa. Durante a visita, os participantes foram conduzidos por uma apresentação institucional, seguida de uma visita à indústria de lácteos e ao campo experimental da Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL), onde puderam conhecer todas as áreas de pesquisa e acompanharam uma apresentação prática, ministrada pelos pesquisadores. A visita, intermediada por Carlos Bonini Pires, pós-doutor na Kansas State University, e o engenheiro agrônomo Alexandre Tonon Rosa, que atua na Bayer em Nebraska, foi composta por um grupo de pessoas dedicadas à agricultura. Bonini explicou que este grupo é constituído principalmente por produtores e pecuaristas do Kansas, com alguns representantes produtores de amêndoas da Califórnia.Um dos visitantes, Kent Ott, produtor do Kansas, expressou sua admiração pela estrutura da CCGL, destacando a modernidade da indústria de lácteos. "Fiquei muito impressionado com o cuidado, com a higiene e a automação na indústria de lácteos. No campo, a oportunidade de visualizar os estudos de forma prática, especialmente com uma trincheira para uma visão detalhada do solo, foi extremamente atrativa", comentou Ott. A visita faz parte de uma viagem que inclui outros roteiros e começou no último dia 5. Os visitantes estão imersos em uma série de experiências, desde a observação das culturas de café, laranja e flores até visitas a fazendas e empresas em várias regiões do Brasil. No RS, a CCGL esteve entre os locais escolhidos para a visita do grupo. No total, serão 14 dias de itinerário. (Jornal da manhã)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.083


Importações de lácteos crescem em janeiro

A importação de lácteos do Mercosul começou em alta em 2024, mas o setor leiteiro está esperançoso de que um decreto federal em vigor desde 1º de fevereiro consiga mudar o panorama. 

Em janeiro, as compras de leite, creme de leite e laticínios totalizaram 72,63 milhões de dólares, 14,8% acima do apurado no mesmo mês de 2023. Em volumes, foram 21,7 mil toneladas, incremento de 27,8%, enquanto o preço por quilo diminuiu 10,2% (3,33 dólares/kg). A boa notícia é que os Estados da Região Sul reduziram as compras externas, tendo o Paraná à frente, com queda de 75,3%, seguido pelo Rio Grande do Sul (-21,2%) e Santa Catarina (0,1%). Na ponta compradora, Minas Gerais atingiu variação mensal de 101,8%. Os dados são da plataforma Comex Stat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

A expectativa do segmento recai sobre o decreto 11.732, publicado em outubro passado e valendo desde o dia 1º, com benefícios tributários para agroindústrias, laticínios e cooperativas que adquirem produto nacional. A medida permite a utilização de até 50% dos créditos presumidos de PIS/Pasep e Cofins para a compra do leite in natura por empresas habilitadas no Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). 

Conforme o decreto, os laticínios que beneficiam produtos a partir de leite in natura ou de derivados lácteos terão direito à totalidade do desconto. Já as pessoas jurídicas ou cooperativas não habilitadas no programa e/ou importadoras da matéria-prima terão 20% de concessão, conforme já prevê o regime fiscal vigente. O saldo poderá ser utilizado para compensação tributária ou ser ressarcido em dinheiro.

“O mês de fevereiro vai nos indicar se realmente o decreto vai surtir efeito ou efetivamente não vai trazer nenhum benefício a mais e somente uma penalização para indústrias de laticínios, lembrando que mais de 80% das importações são feitas por tradings, destinadas para a indústria de alimentação, e não para laticínios”, disse o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini.

Ao analisar a performance do segmento em janeiro, Palharini destacou que janeiro teve redução de 16% na importação de leite em pó integral, em relação a dezembro. “Já no leite em pó desnatado aconteceu o contrário: aumentamos as importações em quase 35% em janeiro”, afirmou. O dirigente do Sindilat pontuou que também chamou a atenção o incremento de cerca de 40% na importação de soro de leite na variação mensal de janeiro com dezembro e janeiro de 2023. Palharini cogita que o crescimento nessas importações possa ser uma antecipação de compras externas antes da entrada em vigor do decreto federal.

O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Eugênio Zanetti, contou que a alta de janeiro já era esperada. “Já era de nosso conhecimento que iria bater todos os recordes, a exemplo do que foi dezembro”, disse. Zanetti recebeu relato de uma cooperativa de que as compras de leite em pó estão aquecidas, indicando uma mudança de rumo para o setor. Em 2023, a Fetag/RS promoveu atos em municípios fronteiriços com Uruguai e Argentina e pressionou politicamente o governo a adotar medidas com cotas de importação e aumento das alíquotas, para socorrer os produtores. 

“Então, é bem possível que, a partir de fevereiro, dê uma baixa nas importações e finalmente o preço comece a reagir devido à melhora na procura”, avaliou o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), Eugênio Zanetti.

O secretário do Sindilat disse que a cotação do leite em pó está reagindo no mercado internacional, o que torna o produto brasileiro mais competitivo, mas há preocupação com a importação de queijos. “O parmesão da Argentina e do Uruguai chega hoje ao Brasil ao mesmo custo do nosso custo de produção”, comparou.

As informações são do Jornal da Manhã.


Preço de referência do leite na mão do produtor

Conseleite/RS e entidades estruturam calculadora virtual para que pecuaristas estimem o preço de referência da própria produção de acordo com os padrões de qualidade entregues por seu rebanho

Os produtores de leite do Rio Grande do Sul deverão ganhar, ainda ao longo do ano de 2024, uma ferramenta para projetar o preço que receberão da indústria pela matéria-prima que entregam. Amplamente utilizada por pecuaristas leiteiros dos estados do Paraná e de Santa Catarina, a calculadora virtual, como está sendo chamada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS), voltou à pauta de entidades, produtores e laticínios gaúchos.

“A planilha foi criada pela Universidade de Passo Fundo em 2012 e 2013. Era um projeto-piloto. Mas, na época, o conselho entendeu que o setor não estava maduro para utilizá-la”, recorda o novo coordenador do Conseleite/RS, Allan André Tormen. O produtor, que também é presidente do Sindicato Rural de Erechim e integra a Comissão do Leite e Derivados da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), retomou o assunto ao recentemente assumir a gestão do grupo para o biênio 2024/2025.

A ideia é que o instrumento seja disponibilizado nos sites do Conseleite/RS e das entidades representativas de produtores e de indústrias. O objetivo é permitir que o produtor entenda os parâmetros de remuneração de acordo com avaliação da qualidade do leite regida pelas instruções normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “O produtor vai digitar, na planilha, os índices de gorduras, proteínas, a contagem de células somáticas (CCS), a contagem bacteriana total (CBT) e o volume comercializado por dia. A partir disso, terá um valor de referência para o leite produzido na sua propriedade”, explica Allan Tormen.

A calculadora virtual também deve revelar ao criador a representatividade de cada um dos itens de qualidade avaliados na formação do seu preço de referência. “O preço que a calculadora vai dar é para 100% do leite, mas será possível saber quanto por cento do ágio ou do deságio compete à gordura, à proteína, aos sólidos, à CCS e à CBT”, esclarece Tormen. De acordo com a legislação vigente, o leite padrão deve conter 3,5% de gordura, 3,1% de proteína, entre 400 mil e 500 mil células somáticas e menos de 300 mil CBT.

O secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini, informa que o tema está, agora, na Câmara Técnica e Econômica (Camatec) do Conseleite. “Estamos discutindo a calibração dos padrões de qualidade que serão adotados. O valor referencia será diferente para o produtor que vende, por exemplo, até 200 litros de leite por dia e para o que vende 500 litros por dia”, pontua. A estimativa é que o formulário esteja disponível ao campo até o final do primeiro semestre. Por enquanto, o trabalho se concentra na atualização de indicadores essenciais à inteligência da ferramenta.

De acordo com o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Eugênio Zanetti, a iniciativa valorizará o leite produzido no RS. “Estamos enxergando como uma boa ferramenta para dar suporte ao produtor, até para melhorar a questão da negociação com as indústrias”, avalia.

As informações são do Correio do Povo.

Prévia IBGE: captação de leite em sutil recuperação

De acordo com os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados nesta sexta-feira (09/02), no 4º trimestre de 2023 a captação formal de leite no Brasil enfrentou uma recuperação em relação ao mesmo trimestre de 2022. Com uma estimativa de 6,43 bilhões de litros captados no último trimestre do ano, a recuperação anual foi de 1,8%, como mostra o gráfico 1, com uma diferença de mais de 112 milhões de litros de leite em relação ao ano anterior.

Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 

É importante destacar que os dados para o 4º trimestre, que são prévios, poderão ser reajustados para a publicação dos dados oficiais (que devem ser publicados no dia 15/03).

Essa variação positiva de 1,8% se dá principalmente em relação à menor base comparativa do mesmo período de 2022, que tinha apresentado uma queda de 2,8%. Entretanto, quando comparamos o resultado do quarto trimestre de 2023 com os anos anteriores, o resultado obtido ainda ficou abaixo do observado no mesmo período entre 2017 e 2021, como pode ser observado no gráfico 2.

Gráfico 2. Volume da captação formal de leite no Brasil

Fonte: IBGE – elaborado pelo MilkPoint Mercado

Desta forma, com os resultados prévios do 4º trimestre, o ano de 2023 encerra com uma captação de leite 1,9% maior do que o resultado de 2022, com mais de 24,36 bilhões de litros de leite captados no ano. No entanto, assim como citado para o 4º trimestre, apesar da variação anual positiva, 2023 encerra com o 2º menor resultado anual desde 2018, ficando atrás somente de 2022. Evidenciando que, apesar da variação positiva, o resultado não mostra um avanço expressivo na captação formal de leite no Brasil frente ao histórico dos anos anteriores.

Em relação aos resultados mensais do 4º trimestre de 2023, outubro registrou a maior variação mensal, de 2,5%, obtendo um resultado muito semelhante com o mês de dezembro em relação ao volume captado.

Os resultados de cada mês podem ser observados na tabela a seguir:

Tabela 1. Captação mensal de leite no Brasil (Prévia)

Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado

Para 2024, ainda devem ser sentidos alguns reflexos da diminuição da principal fonte de renda (preço recebido pelo leite) dos produtores no 2ª semestre de 2023, sendo esperada uma aceleração do crescimento da produção de leite somente mais para o final deste ano, após um período que deve ser de melhora no rendimento dos produtores de leite.

Observação: os dados acima mencionados são em relação à prévia divulgada pelo IBGE, que pode ser acessada clicando aqui. A publicação definitiva, que será divulgada no próximo mês, poderá sofrer alterações. 

As informações são do Milkpoint


Jogo Rápido

Super Bowl dá grande impulso ao queijo americano
Quando chega o domingo do Super Bowl todo mês de fevereiro, Wisconsin Cheese sabe que os olhos estão voltados tanto para a TV quanto para o que está na mesa. Se você fizer as contas do queijo, Wisconsin produz 600 tipos, estilos e variedades de queijo, o que significa que há 600 opções de queijo. Com 126 milhões de lares nos EUA, os spreads de dois dias de jogo não precisam ser iguais. “Com amigos reunidos em torno da TV e papilas gustativas desejando algo extraordinário, Wisconsin Cheese está aqui para elevar a experiência do dia de jogo com queijos artesanais para uma vasta gama de combinações de tábuas de queijos”, disse Suzanne Fanning, CMO da Wisconsin Cheese. "Wisconsin fabrica 50% dos queijos especiais do país, o que significa que o The State of Cheese tem os queijos premiados para fazer com que cada spread marque pontos para os torcedores de qualquer time." (The Dairy site)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.082


Checkoff apresenta novo programa de leite com chocolate quente para escolas

Nada se compara a uma xícara fumegante de chocolate quente para ajudar a se livrar do frio do inverno. É por isso que uma parceria da Dairy Checkoff está colocando leite com chocolate quente nas mãos dos alunos durante um piloto com uma empresa líder em serviços de alimentação escolar.

O National Dairy Council (NDC) e o Chartwells K12, que serve mais de 2 milhões de refeições diariamente em 700 distritos escolares dos EUA, lançaram o programa Leite com Chocolate Quente em 58 escolas. O piloto, que vai até o final do ano letivo, traz leite achocolatado – com coberturas como canela e hortelã – servido quente no café da manhã e no almoço.

A NDC começou a trabalhar com Chartwells K12 no ano passado, depois de desenvolver um programa de smoothies à base de laticínios. De acordo com o NDC, o programa piloto de smoothies foi um enorme sucesso e agora se tornou um recurso permanente para todas as escolas de Chartwells.

Lisa Hatch, vice-presidente de desenvolvimento de negócios do canal escolar da NDC, disse que o sucesso do programa de smoothies levou a uma pergunta “qual será a próxima grande novidade?” discussão entre os parceiros. Eles se concentraram no chocolate quente, que tinha um mercado global avaliado em US$ 3,8 bilhões em 2022 e deverá crescer para US$ 5,77 bilhões até 2030. Além disso, o chocolate é o segundo sabor de bebida mais popular no TikTok, com mais de 10,1 milhões de visualizações relacionadas a # Bebida de chocolate.

Hatch disse que algumas equipes de verificação estaduais e regionais já possuem estratégias bem-sucedidas de chocolate quente. Ela disse que esses programas tiveram, em média, aumentos de 14% nas vendas de leite e um salto de 11% na participação no café da manhã.

“Estamos sempre investigando oportunidades para melhorar a experiência do leite escolar, e foi daí que veio o piloto do smoothie”, disse Hatch. “Isso nos levou a observar as tendências e o chocolate quente surgiu da mesma forma que os smoothies. E olhando para os programas estaduais e regionais de chocolate quente, os resultados foram muito impressionantes.”

Chartwells K12 diz estar otimista de que o programa piloto de leite com chocolate quente será popular entre os estudantes e ajudará a aumentar a participação geral nas refeições nas escolas.

“A popularidade das bebidas especiais está aumentando e estamos trazendo uma opção saudável para atender a essa demanda nos refeitórios escolares”, disse Lindsey Palmer, nutricionista registrada que atua como vice-presidente de nutrição e relações industriais da Chartwells K12. “Com nosso novo conceito de leite com chocolate quente, os alunos podem desfrutar de uma bebida quente e divertida, repleta de nutrientes essenciais, tornando-a um deleite delicioso e saudável para ajudar as crianças a se fortalecerem durante o dia.”

Katie Bambacht, vice-presidente de assuntos de nutrição da NDC, disse que a pesquisa mostra que o leite com chocolate é a escolha de leite mais popular nas escolas e leva a um maior consumo total de leite e a uma melhor qualidade geral da dieta. O leite aromatizado oferece os mesmos 13 nutrientes essenciais que o leite branco e ela sente que esta parceria proporcionará um impulso muito necessário às escolas, que lutam para que os alunos tomem o pequeno-almoço.

“Os programas de alimentação escolar enfrentam inúmeras prioridades e a inovação em laticínios nem sempre está em primeiro lugar”, disse Bambacht. “Se não fizermos isso, acho que ninguém o faria. Desempenhamos um papel fundamental ao trazer estas melhores práticas e estudos de caso para ajudar a garantir que o leite atraia os alunos como parte dos cardápios escolares.

“As escolas alcançam apenas metade das crianças no café da manhã e no almoço, portanto há uma grande lacuna na participação e foi demonstrado que esses programas estimulam a participação. Qualquer coisa que possamos fazer para oferecer opções simples, como aquecer leite com chocolate, pode ajudar a aumentar a participação e o consumo de leite.”

As escolas participantes do programa piloto receberam um kit de leite com chocolate quente fornecido pela NDC por meio da Hubert, fabricante de equipamentos para serviços de alimentação. O kit inclui carrinho de transporte com painéis da marca, dispensador de bebidas isolado, termômetro digital e muito mais. (Dairy Herd)


Espera-se que a China seja o motor de crescimento do comércio global de queijos

A China é esperada para ser o motor de crescimento do comércio global de queijos. A demanda global por queijos está em ascensão. Na verdade, o consumo global de queijo é projetado para alcançar um novo recorde de 21,6 milhões de toneladas métricas, ou 47,7 bilhões de libras, até o final deste ano. E de acordo com um relatório recente do Rabobank, a China pode ser um motor de crescimento para o comércio global de queijos contínuo.

Atualmente, o consumo per capita anual de queijo na China está em 0,2 kg, ou menos de meio quilo. No entanto, espera-se que esse número mostre um crescimento gradual nos próximos anos, com o mercado chinês de queijos apresentando um pipeline saudável de atividade de investimento.

"Baixo consumo per capita, expansão de restaurantes de serviço rápido, padarias e casas de chá, e inovação de produtos fornecem uma plataforma para um aumento gradual na demanda chinesa por queijos", diz Michelle Huang, Analista de Laticínios do Rabobank.

Em seu relatório, o Rabobank prevê que a demanda por queijos crescerá a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 9,1% de 2023 a 2030, com a demanda total por queijos alcançando 495.000 toneladas métricas em 2030. De acordo com Huang, os impulsionadores desse crescimento incluem o aumento da renda disponível entre os consumidores da classe média, o crescente apetite por cadeias de restaurantes de serviço rápido no estilo ocidental e usos inovadores de cream cheese e muçarela, o que levou à crescente popularidade do queijo no canal de serviços de alimentação.

De 2012 a 2022, o relatório observa que as vendas de queijo no setor de serviços de alimentação representaram de 60% a 75% do consumo total de queijo, com as vendas de 2022 alcançando 154.000 toneladas métricas.

"Estimamos que o crescimento das vendas de queijo no canal de serviços de alimentação seja em média de 10,3% ao ano entre 2023 e 2030, com a demanda alcançando 375.000 toneladas métricas até 2030", diz Huang.

Além disso, a produção doméstica de queijos provavelmente representará de 35% a 45% do consumo total de queijos, deixando uma participação de 55% a 65% das importações.

"Estimamos que as importações anuais de queijo da China alcancem de 270.000 a 320.000 toneladas métricas até 2030. Embora as oportunidades comerciais permaneçam favoráveis, o potencial para um aumento na produção doméstica de queijos pode impactar nossa previsão de crescimento das importações", acrescenta Huang.

Apesar do aumento do consumo de queijos, a oferta doméstica da China provavelmente não será capaz de satisfazer suas necessidades, apresentando aos comerciantes globais de queijos a oportunidade de capturar parte dessa demanda crescente. No entanto, o crescimento previsto também depende do enfraquecimento da economia chinesa.

"As condições econômicas mais fracas representam riscos de baixa para o crescimento da demanda", observa Huang. "Embora o consumo de queijos tenha um longo caminho a percorrer, ele será sensível a preços e ao poder de compra do consumidor." (Dairy Herd)

Governo federal descarta alterar alíquota sobre leite importado do Mercosul

Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller, diz, no Show Rural Coopavel, que problema do setor é estrutural

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Neri Geller, disse, durante o Show Rural Coopavel, que o Brasil não pode entrar com alíquota na importação de leite. “Temos uma parceria com o Mercosul. Não podemos fazer uma intervenção irresponsável para salvar produtores de leite”, frisou.

Segundo ele, o governo adotou medidas que beneficiam os produtores e a indústria de leite. Além dos benefícios fiscais para os laticínios que adquirirem matéria-prima nacional, Geller citou a linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) específica, de mais de R$ 2 bilhões, anunciada para cooperativas.

O secretário ainda salientou que outras medidas foram tomadas pelo Executivo, como as aquisições de leite para fomentar o mercado interno, por meio dos programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

“Essas ações vão amenizar (a situação do setor), mas o problema nosso é estrutural. Vamos discutir com cooperativas programas de correção de solo para aumentar produtividade, fazer melhorias em genética para sermos competitivos no mercado internacional. O leite ainda, infelizmente, é uma atividade que está aquém da produção internacional. Vamos estar atentos, sem fazer loucura”, destacou. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Onda de calor e possibilidade de chuvas intensas
A semana promete altas temperaturas e mudanças climáticas no Rio Grande do Sul. Entre quinta-feira (08) e sábado (10), uma massa de ar quente mantém o tempo firme e os termômetros elevados, com temperaturas próximas a 40°C em várias regiões. No domingo (11), apesar do calor persistir, a presença de um sistema de baixa pressão pode provocar chuvas intensas e temporais isolados, especialmente no Sul, Campanha e Fronteira Oeste. A partir de segunda-feira (12) até quarta-feira (14), uma frente fria avança sobre o Estado, trazendo chuvas generalizadas. Os acumulados podem variar entre 20 e 35 mm na maioria das áreas, com valores mais altos, entre 35 e 50 mm, no Oeste e Sul. Regiões como Planalto, Serra do Nordeste, Campos de Cima da Serra e Litoral Norte podem registrar volumes superiores a 60 mm. Esteja preparado para as condições climáticas e acompanhe as atualizações meteorológicas para garantir a segurança e o bem-estar. (SEAPI)