Autor: Sindilat
02/04/2024
Porto Alegre, 02 de abril de 2024 Ano 18 - N° 4.117
Prêmio Marcas de Quem Decide destaca associadas ao Sindilat
Em sua 26ª edição, o Marcas de Quem Decide consagrou novamente empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). A cooperativa Santa Clara manteve a liderança na categoria de Produtos Lácteos, assim como no ano anterior. Foi a mais lembrada, a preferida do público, constando também entre os destaques em Cooperativa Agrícola.
Conforme a apuração divulgada pelo Jornal do Comércio, a Elegê conquistou o segundo lugar, a Piá o terceiro e a Italac o quinto entre as mais lembradas no setor de lácteos. Entre as preferidas, Elegê é a segunda, Piá a terceira e Batavo a quinta. O ranking está na página 96 do caderno especial publicado nesta segunda-feira (02/04) e pode ser acessado aqui. A pesquisa fez o levantamento em 76 categorias, através de 400 entrevistas. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
Global Dairy Trade - gdt
Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS
A marca de leite que volta ao mercado do RS nesta semana
Longa vida da Languiru será envasado pela Lactalis, empresa com a qual a cooperativa, em liquidação extrajudicial, tem parceria
Ausente das prateleiras há um ano, o leite longa vida da marca Languiru retorna aos supermercados. A previsão é de que, até o final da semana, o produto esteja disponível em mercados mais próximos à sede da cooperativa, em Teutônia, no Vale do Taquari. A retomada faz parte das ações que buscam incrementar receita, na tentativa de aplacar a crise financeira que levou à liquidação extrajudicial em julho de 2023.
O produto será envasado pela Lactalis, com quem a cooperativa mantém uma parceria. É a empresa que tem feito a captação do leite produzido por associados da Languiru, em um acordo costurado em março do ano passado. Paulo Birck, presidente-liquidante, explica por que não está sendo utilizada a planta de processamento e laticínios própria:
—Hoje a cooperativa não possui mais máquina de envase, até porque são investimentos muito altos. É mais fácil envasar o volume de leite vendido. Essa é a flexibilidade que a Lactalis oferece. Não se tem um volume específico que precisa ser envasado, podendo ficar leite no estoque. Essa é a vantagem.
A unidade própria, no entanto, está sendo utilizada para o processamento da linha de iogurtes, bebidas, doce de leite, nata, creme. Conforme Birck, desde a última semana, o iogurte e a bebida láctea da marca já estão sendo comercializados.
Em outra frente de ação, a Languiru avança para a aquisição, pela JBS, do frigorífico de suínos localizado em Poço das Antas. O negócio, que envolve uma cifra de R$ 200 milhões (R$ 80 milhões para a compra e R$ 120 milhões em investimentos), deu um passo à frente com aprovação, pela Assembleia Legislativa, de projeto de lei que permite a utilização de créditos de ICMS para investimentos no Estado.
— Com a efetivação da venda do frigorífico para a Seara, da JBS, teremos uma entrada de capital que será, em parte, investido nas nossas unidades, principalmente na fábrica de rações, que é um bom mercado.
A planta de aves que fica em Westfália está sendo utilizada para processamento próprio e da JBS. Recentemente, obteve o credenciamento para a exportação à China. A unidade tem capacidade instalada para abater até 150 mil aves por dia, mas hoje opera com 80 mil frangos/dia.
Na semana passada, foram apresentados os resultados da cooperativa em 2023. Apesar de ter tido um faturamento bruto de R$ 1,19 bilhão, a Languiru teve uma perda (prejuízo) de R$ 469 milhões. (Gaucha ZH).
Jogo Rápido
"O SINDILAT foi desde o primeiro momento favorável ao aumento da linha modal, pois realmente o corte dos benefícios fiscais para o setor lácteo quase trata de continuar ou não nossa indústria gaúcha", disse o secretário-executivo do SINDILAT/RS, repercutindo o adiamento dos decretos sobre benefícios fiscais em entrevista ao Poder RS na última quinta-feira, 28/03. Assista à entrevista na íntegra clicando aqui. (Poder RS via facebook)
01º/04/2024
Porto Alegre, 01º de abril de 2024 Ano 18 - N° 4.116
Adiamento de Cortes Fiscais são anunciados pelo governo
O Governador Eduardo Leite decidiu adiar a implementação do corte de benefícios fiscais de diversos setores da economia do Estado. Os decretos, que entraram em vigor no dia 1º de abril, ficam suspensos por 30 dias.
"É importante que fique claro que não sobrevivemos sem as equiparações tributárias que foram equilibradas pelo Rio Grande do Sul em relação aos incentivos que outros estados dão para produções locais", afirmou o presidente do SINDILAT/RS, Guilherme Portella, em entrevista ao Jornal Band Cidade, na última quinta-feira, 28/03.
Confira a entrevista na íntegra clicando aqui.
As informações são do Jornal Band Cidades.
Associados do Sindilat/RS têm 10 % desconto para o Interleite Sul 2024
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm liberado desconto de 10% na compra de ingressos para a 11ª edição do Interleite Sul. O evento acontecerá nos dias 08 e 09 de maio, na cidade de Chapecó (SC). O segundo lote está sendo comercializado até o dia 26 de abril através do site interleitesul.com.br.
Para os dois dias de evento, estão programadas 23 palestras sobre o universo do leite, conforme a programação disponível abaixo. Neste ano, o Interleite Sul foca em discutir novos caminhos para o futuro da produção e será dividido entre seis painéis: Transformações e Prioridades da Indústria Leiteira no Sul do Brasil; Estratégias para Sucessão no Negócio de Produção de Leite; Desafios e Soluções na Gestão da Mão de Obra Agrícola; Impacto das Mudanças Climáticas na Agricultura Sulista: Estratégias de Adaptação; Tecnologia e Inovação na Produção Leiteira: Oportunidades e Implementação e Visão Futurista: Tendências e Desafios na Produção Animal.
Os materiais estarão disponíveis para download e serão conferidos certificados de participação “O Interleite Sul é um dos eventos que ajudam a fortalecer e antecipar as discussões em torno da cadeia do leite, oferecendo formação e oportunidades de crescimento para a indústria láctea”, assinala Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. Acesse a programação completa clicando aqui E GARANTA SEU DESCONTO CLICANDO AQUI. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)
O labirinto do leite na Argentina: queda no consumo, preços internacionais mais baixos e empresas em crise
A produção de leite na Argentina apresenta um cenário labiríntico: quase todos os atores estão confiantes de que há uma saída, mas não conseguem encontrá-la à primeira vista, porque há fatores globais que se cruzam com a situação nacional, marcada pela estagnação recessiva.
Nos últimos meses, os produtores sofreram sérios golpes em sua produtividade e lucratividade. As consequências de uma seca prolongada, somadas a um aumento excessivo nos custos de alimentação de seus rebanhos, combinadas com as desvalorizações seletivas do governo anterior (dólar da soja 1 e 2) e preços defasados devido aos controles de preços impostos pelo Estado, resultaram em uma queda sem precedentes na produção para a temporada verão-outono 2023/24 de 18% em nível nacional.
Embora esse cenário esteja começando a ser revertido, com a eliminação dos controles de preços, a desvalorização do peso e um clima mais benéfico para a produção de leite, há outras nuvens negras no horizonte.
Nos últimos meses, os produtores de leite receberam aumentos no preço do leite cru de 94,4%, acumulados entre os meses de dezembro e fevereiro, de acordo com o Sistema Integrado de Gestão de Laticínios da Argentina (SIGLEA). Esses dados apresentados pelo órgão oficial, que depende do Ministério da Economia, mostram que o dano econômico sofrido meses atrás foi reparado. Ao mesmo tempo, os custos de produção se estabilizaram e os estoques de forragem estão em vias de recuperação, o que permite prever uma boa campanha de inverno-primavera, que já apresenta perspectivas positivas.
Especificamente, tomando o preço de referência do valor do leite cru do SIGLEA e o valor do milho que a Bolsa de Valores de Rosário mostra para o mês de fevereiro, a relação leite/milho em fevereiro foi de 2, e novos aumentos atingiriam níveis acima dos máximos históricos. Nesse sentido, o vento favorável experimentado pelo preço do leite cru nos últimos meses perde força.
Após a queda acumulada de 5% no preço internacional do leite em pó nos últimos dois meses, de acordo com a Global Dairy Trade (GDT), juntamente com uma taxa de câmbio cada vez menos competitiva para as exportações, o setor de lácteos está testemunhando uma desaceleração nos aumentos de preços que os produtores de leite vêm recebendo.
Deve-se esclarecer que as exportações são liquidadas em um esquema 80-20, com a maior parte do valor do dólar oficial e os 20% restantes no dólar CCS, que tem se mantido e até mesmo diminuído de valor nas últimas semanas.
Mercado interno em declínio
Tanto o mercado externo quanto o consumo local deixaram de ser impulsionados e sugerem certa cautela na demanda para o restante do ano.
O mercado interno está passando por uma queda acentuada, portanto, não se espera mais aumentos de preços. A queda no poder de compra do consumidor é notável em todas as medições de consumo.
A queda acumulada no consumo de laticínios foi de 16,5%, de dezembro de 2023 a janeiro de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Direção Nacional de Laticínios.
Em fevereiro, em comparação com o mesmo mês de 2023, a queda foi de 9,6%, de acordo com os dados da empresa de consultoria Scentia, que mede o canal de supermercado e autosserviço, considerando as categorias de café da manhã e lanches.
É importante observar que essa tendência de queda vem se aprofundando mês a mês e a previsão é de que os números de março sejam piores. Um fato não menos importante é que entre 75% e 80% da produção de leite do país é destinada ao consumo interno.
No entanto, problemas específicos estão se multiplicando, obscurecendo ainda mais o quadro geral.
Um dos casos mais graves é o da empresa "La Lácteo", localizada na província de Córdoba. Com mais de "dois meses de salários não pagos e dívidas que estão sufocando suas operações", de acordo com os trabalhadores, a empresa está lutando para se manter à tona enquanto o conflito trabalhista piora a cada dia.
Tudo começou no início de janeiro, quando uma promessa não cumprida de pagar os salários de dezembro a 129 funcionários desencadeou uma série de problemas que levaram a empresa à beira do colapso. Os problemas com os pagamentos aos fornecedores tiveram um impacto direto no fornecimento de matérias-primas. A produção diminuiu drasticamente e a comercialização de seus produtos ficou complicada.
A crise na cooperativa SanCor é mais conhecida. O último incidente em uma série de marchas e contramarchas, com a produção de leite afetada pelo conflito sindical, é o pedido da Associação dos Trabalhadores da Indústria de Laticínios da República Argentina (ATILRA) para investigar as exportações de leite em pó para Cuba pela Sancor, acusada de desviar fundos para evitar o pagamento de funcionários e credores. Enquanto isso, a empresa respondeu que todas as suas operações estão devidamente registradas e que não recebeu nenhuma reclamação.
A empresa sofreu várias greves impulsionadas por sindicatos, em um contexto de queda na produção e uma grave crise administrativa.
As informações são do Clarín, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.
Jogo Rápido
Cooperativa volta a produzir iogurte sachê e bebida láctea sabor morango
A Cooperativa Languiru retomou a produção de iogurte sachê e bebida láctea sabor morango. Neste primeiro momento com foco no sabor morango, os produtos voltam ao mercado resgatando o alto nível de qualidade dos produtos Languiru. A partir, 28/03/2024, você encontra esses produtos nos supermercados da região e no Vale do Taquari. O retorno contará com produção mensal 5.000 litros de cada linha. O Coordenador do setor de leite, Jones Kohl, relata que "a retomada da indústria e da produção de bebida láctea e iogurte nos permite renovar as energias no ressurgimento da Cooperativa. Relembrando o slogan da Languiru, ‘alimentando gerações’, nos motiva a levar estes produtos de alta qualidade ao nosso cliente”. As informações são da Languiru. (Cooperativa Languiru)
28/03/2024
Porto Alegre, 28 de março de 2024 Ano 18 - N° 4.115
Leite abranda corte de incentivos e volta a discutir aumento do ICMS após pedido de empresários
Entidades do setor primário propõem alíquota de 19% em troca de manutenção de benefícios
A discussão sobre o aumento de impostos no Rio Grande do Sul teve uma reviravolta nesta quarta-feira (27). Em reunião no Palácio Piratini, um grupo de empresários propôs ao governador Eduardo Leite a retomada da discussão sobre o aumento da alíquota geral do ICMS em troca da manutenção de incentivos fiscais.
Apresentada pelo presidente da Cotrijal, Nei Mânica, e subscrita por 24 entidades, a proposta tem simpatia no setor primário, mas não é consenso entre as representações empresariais. O documento sugere a elevação da alíquota modal de 17% para 19%, meio ponto percentual a menos do que o Palácio Piratini queria implementar no ano passado.
Na saída da reunião, Leite disse que o governo "sempre entendeu que o ajuste na alíquota modal era melhor" e afirmou que dará um retorno sobre o pleito "o mais breve possível".
— Vou fazer uma reunião com a equipe para avaliar as condições técnicas, políticas e as alternativas. O importante é que se tenha um debate honesto e sincero sobre o assunto. O governo não quer arrecadar para ter mais dinheiro, o governo precisa de receitas para poder atender a população — disse.
O governador lembrou que, se aprovada, a majoração na alíquota geral do ICMS só passaria a valer a partir de 2025.
A elevação da alíquota geral era o "plano A" do Palácio Piratini, mas não avançou na Assembleia no ano passado. Assim, Leite optou pelo "plano B", o corte de incentivos fiscais que entra em vigor em 1° de abril.
No encontro, Leite também anunciou novo abrandamento ao corte de benefícios.
Ele adiou, por tempo ainda incerto, a vigência do decreto que estipula a limitação do chamado Fator de Ajuste de Fruição (FAF) — benefício fiscal que reduz a cobrança de imposto para empresas gaúchas que adquirem insumos e produtos produzidos no Estado.
O governador ainda aliviou o impacto sobre os agroquímicos. Inicialmente, estava prevista a redução de 40% dos incentivos sobre os defensivos agrícolas, mas o governo reduziu o percentual para 30%.
Discordâncias
A possibilidade de um acordo com o governo para elevar o ICMS em troca da manutenção dos incentivos fiscais é apoiada por segmentos ligados à agricultura, mas rejeitada por boa parte das outras entidades empresariais.
—A proposição é de uma alíquota em torno de 19%, para criar uma comissão e ver com a Secretaria da Fazenda nesse sentido — defendeu Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat-RS).
Vice-presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rafael Goelzer disse que a entidade segue contrária ao aumento geral de tributos.
—Compreendemos que setores que seriam extintos com a manutenção nos decretos aceitem o aumento da alíquota modal, mas acreditamos que não podemos deixar ninguém para trás. Não existe espaço fiscal para empresas pagarem mais impostos no RS. Em 2023, lideramos o ranking de empresas insolventes no Brasil — argumentou.
O presidente da Federação da Agricultura, Gedeão Pereira, também emitiu posição contrária à elevação da alíquota modal.
—Nós perdemos duas safras, nosso produtor está em dificuldade, está vulnerável, e estamos notando que está começando a haver uma recomposição do caixa do governo pelos setores de energia e combustíveis —argumentou.
Tramitação na Assembleia
Caso Leite opte por retomar o "plano A", será necessário enviar um novo projeto de lei à Assembleia Legislativa, que precisaria ser aprovado pela maioria dos deputados.
Se esse caminho for adotado, o governo deve suspender a vigência de todos os decretos que cortam incentivos fiscais por um período determinado, de 30 ou 60 dias, suficiente para a análise do projeto na Assembleia Legislativa. Caso seja aprovado, o governo suspenderia definitivamente a revisão de benefícios.
Se os deputados avalizarem o aumento na alíquota, o novo percentual só poderá ser aplicado a partir de 2025, em razão do princípio da anualidade.
As informações são de GZH
Calor e umidade do verão afetam a produção de leite no Estado
Perdas na captação chegam a até 34% em vacas de maior produtividade e a 5,1 quilos de leite/dia por animal na Fronteira-Oeste
As condições climáticas do período de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024 colocaram o gado leiteiro do Rio Grande do Sul em situação de desconforto térmico, provocando queda na produção. Os animais de origem europeia enfrentaram, com dificuldade, a combinação de calor e alta umidade relativa do ar.
A conclusão é da análise do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), divulgado nesta quarta-feira, dia 27. Dos 29 municípios monitorados em dez regiões ecoclimáticas, em 13 municípios, a queda estimada de produção diária de leite foi superior a quatro quilos.
Lideram as potenciais perdas as propriedades de Maçambará (5,1 kg), Itaqui (4,8 kg) e Uruguaiana (4,7 kg), todas localizadas na Fronteira-Oeste do Estado. em fevereiro. Os impactos foram foram mais acentuados em vacas de maior produtividade.
"Os percentuais médios de perda individual diária ficaram entre 22% a 34%, caso medidas de manejo visando mitigar os efeitos climáticos não fossem adotadas pelos produtores rurais", avaliou a pesquisadora do DDPA/Seapi e uma das autoras do trabalho Ivonete Tazzo.
As situações de estresse foram evidenciadas, principalmente, no mês de fevereiro. “Os animais estiveram em conforto térmico em apenas 30,5% do período avaliado. Inclusive, houve situações perigosas à saúde dos animais durante 13,9% desse mês", detalha Ivonete.
As regiões das serras do Sudeste e do Nordeste registraram os maiores percentuais de períodos em conforto térmico. Já o Vale do Uruguai e Baixo Vale do Uruguai destacaram-se pelos menores valores. Os municípios de Passo Fundo e de Bento Gonçalves foram os únicos a não apresentar situações emergenciais.
O comunicado divulgado pela Seapi analisa condições meteorológicas como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto e de desconforto térmico às quais o gado foi submetido, estimando os efeitos na produção de leite.
Regiões ecoclimáticas analisadas:
Planalto Médio
Serra do Sudeste
Serra do Nordeste
Encosta Inferior da Serra
Vale do Uruguai
Baixo Vale do Uruguai
Depressão Central
Missioneira
Campanha
Grandes Lagos
Setor acrescenta adversidades
Representantes de produtores rurais e de laticínios acrescentam ao cenário outras adversidades. O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Eugênio Zanetti, destaca que, além do desconforto aos animais, o excesso de chuva e de calor propiciou o desenvolvimento de fungos no solo e a queda na produção de milho destinado à alimentação do gado.
O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), Darlan Palharini, salienta que “o período também é de entressafras, de transição de pastagens. É um período que sempre fica mais difícil”, diz.
Observações semelhantes foram feitas pelo coordenador do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul (Conseleite), Allan André Tormen. No entanto, ele também atribuiu a queda na produção às importações de lácteos do Mercosul, que derrubaram o preço da matéria-prima ao produtor rural.
As informações são do Correio do Povo
Conseleite/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Março de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Fevereiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2024.
Períodos de apuração
Mês de Fevereiro/2024: De 29/01/2024 a 25/02/2024
Parcial Março/2024: De 26/02/2024 a 17/03/2024
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.
As informações são do Conseleite SC
Jogo Rápido
3º Prêmio Referência Leiteira está com inscrições abertas na categoria “Cases de Sucesso”
As melhores práticas da produção leiteira gaúcha já podem ser inscritas para participarem das categorias de “Cases de Sucesso”, do 3º Prêmio Referência Leiteira. O prazo para o protocolo da documentação vai até 14/06 de 2024. O regulamento completo e Ficha de Inscrição estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS e no site do SINDILAT/RS. A premiação está dividida entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Podem participar propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul que comercializam leite cru para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. Pelo regulamento, é possível se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br). A ação tem o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Na primeira parte do processo de inscrições para esta 3ª Edição da premiação, as fazendas se credenciaram para disputar nas categorias: Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. As três que atingirem os melhores índices em cada processo, assim como as melhores em cada Case, serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. (SINDILAT/RS)
27/03/2024
Porto Alegre, 27 de março de 2024 Ano 18 - N° 4.114
Conseleite MG
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Março de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2024 a ser pago em Fevereiro/2024;
b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2024 a ser pago em Março/2024;
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2024 a ser pago em Abril/2024;
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.
Produção das 100 maiores fazendas de leite do país teve alta de 7,6% em 2023
Pesquisa do Milkpoint mostra que as Top 100 produziram em média 28.739 litros por dia; segmento foi menos afetado pela queda de preços que os pequenos
Sérgio Barbosa diz que meta da NTR, a 10ª na lista, é chegar a 80 mil litros de leite por dia nos próximos cinco anos — Foto: Divulgação
O cenário do setor leiteiro foi distinto para grandes fazendas e micro e pequenos produtores em 2023. Na base da pirâmide, a queda nos preços do leite — sobretudo no segundo semestre, com o aumento acelerado das importações — afetou a produção e levou parte dos produtores até a desistir da atividade. No topo da pirâmide, as fazendas seguiram crescendo acima da média de mercado e com planos de ampliar a produção.
A nova edição do levantamento anual Top 100 Milkpoint, que integra a consultoria Agripoint, revelou que os cem maiores produtores de leite do país alcançaram em 2023 produção de 1,05 bilhão de litros, crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior. A aquisição de leite cru por laticínios sob inspeção sanitária em todo o país cresceu 2,5% no período, para 24,5 bilhões de litros, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção das cem maiores fazendas teve aumento de 7,55%, para uma média diária de 28.739 litros. Já os dez maiores produtores registraram média diária de 69.161 litros, alta de 7%. “Produtores grandes fazem uma boa gestão financeira e conseguem atravessar melhor esses momentos. Mesmo assim, a maioria reportou que 2023 foi pior do que 2022”, afirma Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da Agripoint.
O ranking Top 100 Milkpoint apresentou poucas mudanças em relação à edição anterior entre os primeiros colocados. A Fazenda Colorado, de Araras (SP), dona da marca Xandô, manteve a liderança no ranking pelo 11 ano seguido, com produção média diária de 96.688 litros, alta de 4%. Em segundo aparece a Fazenda Melkstad, de Carambeí (PR), com produção de 84.025 litros por dia, desempenho estável em relação a 2022.
Dos dez maiores produtores de leite do país, apenas um nome novo apareceu: na décima posição está Nilva Therezinha Randon, de Vacaria (RS), com aumento na produção de 18%, para 46.660 litros por dia. No ano anterior, a produtora ocupava a 15 colocação. Toda a produção é usada na fabricação de queijo da marca Gran Formaggio, da RAR Alimentos. O Grupo Cabo Verde, de Passos (MG), décimo lugar na edição passada, caiu para a 13 posição, com produção de 44.102 litros por dia.
A chegada da fazenda NTR, da família Randon, à lista seleta reflete o crescimento do rebanho, que aumenta em cerca de 200 cabeças por ano, para 1,35 mil em 2023, segundo Sérgio Barbosa, presidente da RAR Alimentos. O trabalho começou em 1996, quando o fundador Raul Randon importou 70 novilhas de Ohio, nos EUA, para garantir a produção de leite de boa qualidade e rico em sólidos para produção do primeiro queijo tipo grana fabricado fora da Itália.
Hoje, o rebanho é formado por vacas holandesas de alta produtividade (acima de 30 litros por dia) e jovens, criadas em um sistema “free stall”, onde os animais são alimentados com silagem e dormem separados. “Também somos a primeira fazenda do Sul certificada [pela Integral Certificações] em bem-estar animal”, diz Barbosa.
O presidente da RAR afirma que a fazenda pretende continuar avançando no Top 10. A meta é chegar a até 80 mil litros de leite por dia nos próximos cinco anos.
O levantamento do Milkpoint revelou também que 64% dos maiores produtores apontaram queda na rentabilidade em 2023. Outros 14% disseram que a rentabilidade ficou estável e 20% apontaram melhora. Na média, os maiores produtores consideram que o retorno ideal seria uma rentabilidade de 20%. “Considerando que os produtores crescem continuamente e pretendem expandir a operação, é lógico pensar que a rentabilidade seja suficientemente atrativa”, acrescenta Carvalho.
Ele pondera que as fazendas que produzem acima de 30 mil litros por dia recebem uma bonificação no preço do leite, o que ajuda a garantir melhor rentabilidade em relação aos pequenos. O preço médio recebido pelos produtores no Brasil foi de R$ 2,47 por litro em 2023, segundo o Cepea/Esalq.
O custo médio de produção, de acordo com o levantamento do Milkpoint, foi de R$ 2,24 por litro — abaixo do preço médio do leite, indicando rentabilidade na operação. Em relação a 2022, os custos de produção caíram 6,7%, reflexo da queda nos preços do milho e do farelo de soja.
Carvalho avalia que a expectativa é positiva para o setor este ano, com preços do milho e da soja ainda retraído e tendência de recuperação nos preços no segundo semestre.
No médio prazo, o levantamento mostrou algum otimismo entre os produtores: 42 deles querem aumentar a produção de 20% a 50% nos próximos três anos. Outros 39 pretendem elevar em até 20%, e 5% planejam ampliar em mais de 50%. Entre os maiores produtores, 14 não pretendem expandir.
Segundo a pesquisa, o maior comprador de leite dos grandes produtores é o Unium, atendido por 20 dos Top 100. Em seguida está a Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR), com 12 produtores. Considerando que a CCPR fornece só à Lactalis, a francesa recebe leite de 17 dos Top 100. A Piracanjuba é atendida por 11 dos maiores produtores. Oito produtores destinam sua oferta a laticínios próprios. A Nestlé é atendida por sete produtores e a Alvoar Lácteos, por seis grandes produtores. (Globo Rural via Valor Econômico)
WHEY PROTEIN | WHEY PROTEIN: ALIADO PODEROSO DO PÚBLICO 60+
Como viver bem e por mais tempo? Quem faz exercício físico chega melhor à terceira idade. Uma reserva muscular construída ao longo da vida torna o envelhecimento mais saudável, mais tranquilo e sem danos funcionais. Alguns suplementos, como o whey protein, podem ser importantes companheiros nesse processo.
Os benefícios vão além da academia. O alimento favorece o ganho de força e a hipertrofia, auxilia na prevenção de doenças e garante mais qualidade de vida.
O que é o whey?
Trata-se de um suplemento feito da proteína do soro do leite. Possui todos os aminoácidos essenciais para a formação de músculos e tecidos, auxilia em funções metabólicas e ajuda a complementar o aporte de proteínas na alimentação.
Existem três categorias de whey protein: concentrado, isolado e hidrolisado. O primeiro tem menos quantidade de proteína e mais de açúcar. O segundo conta com quantidade maior de proteína e menor de carboidratos. Já o hidrolisado é recomendado para pessoas com intolerância ou alergia à proteína do leite.
Benefícios
O alimento pode ser usado em diferentes ciclos da vida, desde o período de crescimento e desenvolvimento até o envelhecimento. Durante a infância e a adolescência, por exemplo, o corpo está em constante crescimento e o whey pode fornecer os aminoácidos necessários para a construção e reparação muscular, principalmente para jovens em crescimento acelerado.
Na vida adulta, o suplemento ajuda na prática de exercícios físicos, na manutenção da massa magra e promove saciedade se aplicado a uma rotina alimentar equilibrada.
Já a partir dos 60+, o whey protein pode ser uma ferramenta útil para combater os efeitos negativos do envelhecimento, entre eles o surgimento de doenças. A suplementação para esse público pode ajudar a preservar a massa muscular e melhorar a função física, além de contribuir para a saúde óssea, prevenindo a osteoporose.
Envelhecendo com qualidade
A maior perda de massa muscular acontece após os 50 anos, o que pode comprometer a capacidade funcional. Sedentarismo e dietas muito calóricas estão entre as causas da redução, chamada de sarcopenia. Diante disso, o whey é a opção mais recomendada para a recuperação e o ganho de massa.
O suplemento ainda é um forte aliado para prevenção de doenças cardíacas e hipertensão. Além de reduzir o triglicerídeo, aumenta o colesterol bom e combate os radicais livres.
*Phillip Ji é co-CEO da Orient Mix, empresa pioneira em fitoterápicos no Brasil desde 1993
As informações são do Edairy News
Jogo Rápido
EUA – Exportações de produtos lácteos aumentam levemente
As exportações de produtos lácteos, com base nos sólidos, subiram levemente este ano, cerca de 0,2%, em comparação com 2023. A relativa força da demanda doméstica por produtos lácteos e o limitado crescimento da produção limitaram o crescimento das exportações, diz o mais recente relatório ERS do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As previsões sobre o tamanho leiteiro, produtividade animal, e produção total de leite em 2024 foi revisada ligeiramente para baixo em relação à previsão do mês passado e ficaram em 9.335 milhões de cabeças, 24.345 litros por vaca e 227,3 bilhões de libras, respectivamente. Prevendo a firme manutenção da demanda doméstica, junto com os dados mais recentes, as importações de produtos lácteos, em 2024, foram revisadas para mais, enquanto que as previsões de exportação de produtos lácteos pelos Estados Unidos da América (EUA) foram reajustadas para menos. Os preços médios projetados da manteiga e do queijo cheddar para 2024 foram revisados para mais, enquanto que os preços médios do soro de leite e do leite seco desengordurado tiveram revisão para menos. Já a média do preço de todos os leites ao produtor aumentou US$ 0,30/cwt em relação ao mês passado, ficando em US$ 21,25/cwt, [R$ 2,40/litro]. (Fonte: The Dairy Site – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
26/03/2024
Porto Alegre, 26 de março de 2024 Ano 18 - N° 4.113
Conseleite RS abre interiorização e projeta leite a R$ 2,2456 em março
Dando início ao projeto de interiorização, o Conseleite realizou nesta terça-feira (26/03) sua reunião mensal em Estrela (RS). O encontro, na Câmara do Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio de Estrela (CACIS), divulgou a projeção do valor de referência para o leite em março no Rio Grande do Sul. Segundo levantamento, o indicador projetado é de R$ 2,2456, 1,14% acima do consolidado de fevereiro (R$ 2,2202). O estudo é elaborado considerando os primeiros 20 dias de negociações de março.
Segundo o coordenador do Conseleite, Allan André Tormen, promover reuniões no interior é fundamental para estar mais próximo dos produtores e das localidades que vivem do leite. Até o fim deste ano, o Conseleite também terá encontros em Erechim, Passo Fundo e Esteio, além dos tradicionalmente agendados para Porto Alegre. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
Conseleite PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Março de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de
referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima
leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2024 é de R$ 4,2865/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (FAEP)
Languiru estima retomar produtos lácteos em abril
O presidente liquidante da Cooperativa Languiru, Paulo Roberto Birck, anunciou a intenção da Cooperativa Languiru retomar algumas marcas de lácteos a partir da metade de abril, conforme a evolução das tratativas. “A vontade é termos leite, iogurtes e a nata disponíveis quando o Supermercado Passarela inaugurar e também disponibilizar para os demais parceiros”, antecipa.
A nata Languiru já é comercializada em estabelecimentos da região. O iogurte e as bebidas lácteas também deve retomar a produção. Estes produtos serão industrializados na laticínios da Languiru, no Bairro Teutônia. A unidade recebe toda a produção leiteira de associados para a estabilização antes de encaminhamento à Lactalis.
Já a linha de leites deverá ser retomada em parceria com a Lactalis, em sua unidade no Bairro Alesgut – Teutônia. O contrato entre as partes prevê a possibilidade da Languiru solicitar o envase com sua marca de até 20% da produção total entregue, conforme explicou Birck. “Se quisermos envasar parte disso, conforme a venda, será possível”, aponta o presidente liquidante.
As informações são da Folha Popular, adaptadas pela equipe MilkPoint.
Jogo Rápido
EUA – Exportações de produtos lácteos aumentam levemente
As exportações de produtos lácteos, com base nos sólidos, subiram levemente este ano, cerca de 0,2%, em comparação com 2023. A relativa força da demanda doméstica por produtos lácteos e o limitado crescimento da produção limitaram o crescimento das exportações, diz o mais recente relatório ERS do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As previsões sobre o tamanho leiteiro, produtividade animal, e produção total de leite em 2024 foi revisada ligeiramente para baixo em relação à previsão do mês passado e ficaram em 9.335 milhões de cabeças, 24.345 litros por vaca e 227,3 bilhões de libras, respectivamente. Prevendo a firme manutenção da demanda doméstica, junto com os dados mais recentes, as importações de produtos lácteos, em 2024, foram revisadas para mais, enquanto que as previsões de exportação de produtos lácteos pelos Estados Unidos da América (EUA) foram reajustadas para menos. Os preços médios projetados da manteiga e do queijo cheddar para 2024 foram revisados para mais, enquanto que os preços médios do soro de leite e do leite seco desengordurado tiveram revisão para menos. Já a média do preço de todos os leites ao produtor aumentou US$ 0,30/cwt em relação ao mês passado, ficando em US$ 21,25/cwt, [R$ 2,40/litro]. (Fonte: The Dairy Site – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
25/03/2024
Porto Alegre, 25 de março de 2024 Ano 18 - N° 4.112
Competitividade da produção de leite: onde estamos?
No 16º Fórum MilkPoint Mercado, o segundo bloco concentrou-se na temática da "Competitividade da produção de leite: onde estamos?"
Expedito Netto inaugurou as palestras com uma análise dos resultados e avanços do programa Educampo, do Sebrae-MG. Ele destacou o crescimento da participação de confinamento, a importância crucial da gestão para aumentar a eficiência e manter a atividade, a evolução da produção de leite por hectare e seus efeitos nos níveis de qualidade.
Um ponto central abordado foi o sistema de pagamento do leite, que remunera tanto por volume quanto por qualidade, oferecendo níveis superiores para os sistemas confinados.
Ao analisar o histórico de custos de produção por litro, Expedito destacou que o fechamento de 2023 foi desafiador para os produtores de leite, com o preço caindo abaixo do nível de equilíbrio do custo de produção.
Expedito Netto ressaltou a importância da previsibilidade de mercado para os produtores, permitindo estratégias de investimento mais assertivas e a capacidade de mitigar riscos em períodos adversos. Ele salientou que as fazendas geralmente têm dificuldade em ajustar os custos com rapidez suficiente para compensar quedas nas receitas, destacando a necessidade de um controle estratégico de médio prazo dos custos de produção.
Outro ponto crucial foi a correlação entre a produtividade por vaca e o custo de produção por litro de leite, indicando que produtores mais eficientes tendem a ter custos menores de produção. No entanto, produzir mais implica em gastos maiores e, inevitavelmente, demanda um maior nível de investimento.
Na sequência, Ronaldo Macedo, CEO da CIA do Leite, ampliou a discussão para as mudanças em curso no mundo e a constante inovação na cadeia produtora de leite.
No contexto da cadeia do leite no Brasil, mesmo com avanços, há um reconhecimento de que a atividade está defasada em relação a outros países. A falta de controle de custos e outros aspectos, como estrutura, manejo, dieta e sanidade, são evidenciados como áreas a serem melhoradas.
A mudança, enfatizou o palestrante, não acontecerá sem investimento. Ele apontou a necessidade de uma mudança na relação comercial e gerencial dentro da cadeia do leite, entre indústrias e produtores, com propostas de fornecer vacas de alta produção para produtores menores como uma das possibilidades.
Para fechar o bloco, Gonzalo Berhongaray, do CREA da Argentina, discutiu aspectos da competitividade da produção de leite na Argentina.
No panorama das exportações argentinas, onde o país se destaca como o décimo maior exportador, os lácteos representam apenas 2% do total das exportações agrícolas. Este cenário contrasta com o elevado consumo interno de lácteos, que corresponde a cerca de 75% de toda a produção nacional, deixando apenas 25% para exportação.
Em algumas regiões do país, há uma competição de terra com outras produções agrícolas, como a bovinocultura de corte, o cultivo de milho, trigo, entre outros.
A distribuição da produção de leite na Argentina mostra que 30% ocorre em sistemas extensivos, a pasto, 33% em sistemas mistos e 37% em sistemas intensivos. Independentemente do sistema, a produção de leite apresenta margens brutas superiores às de outras atividades agrícolas. Os custos são distribuídos, sendo 56% relacionados à alimentação, 16% à cria e recria e 4% às forrageiras.
No entanto, nos últimos anos, houve uma redução na margem bruta da produção de leite em relação ao histórico do país, acompanhada por um significativo aumento nos custos com alimentação concentrada.
As estratégias adotadas pelo país incluem foco no bem-estar animal, melhoramento genético, nutrição, eficiência e sustentabilidade ambiental. Algumas fazendas estão buscando produzir mais com menos, adotando práticas que reduzem o uso de insumos, por exemplo.
Apesar da boa competitividade no mercado internacional, a produção na Argentina enfrenta diversos desafios, como infraestrutura precária, incluindo estradas rurais e instalações inadequadas em alguns laticínios, que resultam em baixa eficiência. Questões econômicas, como a falta de crédito e financiamento, e lacunas políticas, onde o país carece de uma política leiteira clara, também são limitantes significativos.
Em conclusão, a competitividade do setor lácteo argentino é impulsionada pela disponibilidade de terra e vantagens competitivas em diferentes sistemas de produção, além das tecnologias que têm impulsionado o crescimento do setor. No entanto, a falta de políticas públicas eficazes representa um desafio significativo para a sustentabilidade e o desenvolvimento contínuo do setor. (Milkpoint)
Espera-se que as compras de leite em pó da China aumentem até o final de 2024
Durante a conferência anual Price Outlook 2024, realizada pelo Inale na terça-feira, 20 de março, em sua sede, a economista Mercedes Baraibar apresentou um panorama do que o mercado internacional de lácteos deixou em 2023 e fez algumas projeções sobre o que pode acontecer no restante deste ano.
A integrante do Departamento de Informações e Estudos Econômicos da Inale disse que, no atual contexto internacional, não são esperadas variações significativas na produção das principais regiões exportadoras (União Europeia, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos). Nos últimos dois anos, a produção mundial ficou estagnada devido a margens apertadas e eventos climáticos adversos que não incentivaram o aumento da produção.
Baraibar mostrou que, apesar da forte volatilidade do mercado internacional de lácteos, quando analisado em uma perspectiva de longo prazo, isso é deixado de lado. Por exemplo, o preço médio do leite em pó integral em 2023 foi de US$ 3.106/t, muito próximo da média de US$ 3.158/t registrada entre 2014 e 2023 na Oceania.
O especialista indicou que, do lado da demanda, não houve recuperação nas importações de leite em pó integral da China em 2023, embora tenha havido uma recuperação nas importações de outros produtos.
A China tem a chave
No comércio internacional de leite em pó integral, o principal produto de exportação do Uruguai, a chave para os preços é dada pelas compras feitas por dois grandes players: China e Argélia. A potência asiática fez compras de leite em pó integral de apenas 403.000 toneladas em 2023, bem abaixo das 701.000 toneladas em 2022 e das 849.000 toneladas em 2021.
"A variabilidade na demanda por importações da China tem um forte impacto sobre os preços do leite em pó integral", disse ele. De acordo com Baraibar, em 2024, espera-se que a China retome níveis mais altos de importações até o final do ano, embora eles estejam abaixo da média histórica.
As informações são do Tardáguila, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
Emater/RS: Informativo Conjuntural 1807 - BOVINOCULTURA DE LEITE
A transição de estações e a consequente redução da qualidade das forrageiras provocaram um maior esforço na manutenção da produção de leite, exigindo ajustes nas dietas por meio do aumento nos volumes de silagens e da melhoria na qualidade nutricional das rações. Apesar dos cuidados e das ações preventivas para o controle de ectoparasitas, observou-se um aumento no número de carrapatos nos rebanhos criados em sistema de pastagem.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite em Bagé, Candiota e Hulha Negra estão enfrentando queda gradual na produção de leite devido à menor oferta de forragem verde e à redução na qualidade das forrageiras, causada pelo encerramento do ciclo das pastagens e pelos efeitos da estiagem, que durou cerca de 60 dias.
Na de Caxias do Sul, a saúde dos bovinos de leite está dentro da normalidade para o período; foi realizado controle de ectoparasitas, especialmente carrapato, berne, mosca-dos-chifres e miíase. Na de Erechim, as temperaturas extremas causaram desconforto corporal nos animais, resultando em leve diminuição da produtividade.
Na de Frederico Westphalen, os produtores estão sendo incentivados a planejar o cultivo de cereais de inverno para silagem, visando à redução de custos e à garantia de reserva alimentar para o rebanho, o que enfatiza a importância do planejamento forrageiro para melhor eficiência técnica, produtiva e econômica.
Na de Ijuí, a produção continua estável e os animais apresentaram melhor escore corporal em
comparação ao ano anterior em função da maior produção e qualidade dos alimentos.
Na de Passo Fundo, os animais mantêm adequado escore corporal. Não foram registrados problemas sanitários nos rebanhos, e são realizados a manutenção das vacinas e o controle de endo e ectoparasitas.
Na de Pelotas, as temperaturas mais altas e úmidas prejudicaram o conforto e o desempenho dos animais, afetando o pastejo.
Na de Porto Alegre, os rebanhos estão em boa condição corporal e nutricional. Há oferta forrageira satisfatória, e ainda se dispõe de pastagem de verão em algumas propriedades. No entanto, há alta infestação por carrapato, que tem provocado tristeza parasitária e óbitos.
Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro está em boas condições sanitárias e produtivas.
Porém, em Júlio de Castilhos, os períodos de altas temperaturas e de baixa umidade do ar causaram estresse térmico nas vacas leiteiras, podendo afetar a produtividade e a qualidade do leite.
Há focos de mastite nas propriedades e diversos casos de alto contagem de células somáticas no leite de algumas propriedades. No geral, a maioria dos produtores está entregando leite dentro dos padrões exigidos pela legislação.
Na de Soledade, os produtores iniciam o planejamento da semeadura de espécies forrageiras de inverno, como aveia e azevém, cujos preços estão significativamente mais altos em comparação ao ano anterior. (As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)
Jogo Rápido
Argentina – O faturamento das fazendas leiteiras caiu 8,1% no ano
Os números da produção de leite no início de 2024 não são dos melhores. Nos dois primeiros meses do ano, o faturamento médio das fazendas leiteiras do país caiu 8,1%, sendo que o faturamento de fevereiro recuou 12,5% em relação a janeiro, segundo o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla). Para o cálculo, toma-se a produção mensal de uma fazenda média com base nos dados do Sistema Integrado de Gestão da Leiteria Argentina (Siglea), e multiplica-se pelo preço médio e o resultado é atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). “A variação interanual de janeiro de 2024 em relação a janeiro de 2023, em pesos, foi de -9,7%, resultado de uma queda de 8,8% da produção e redução de 0,9% no preço”. Faturamento mensal em US$ em moeda estrangeira, a perda de faturamento dos estabelecimentos ainda é maior. Segundo o Ocla, em relação ao mês anterior (janeiro), a queda de fevereiro, em dólares, foi de 2,7%. Com relação a igual mês de 2023, a perda é de 19%, e no acumulado do ano (janeiro e fevereiro de 2024 em relação a janeiro e fevereiro de 2023), a perda é de 24,2%. (Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
22/03/2024
Porto Alegre, 22 de março de 2024 Ano 18 - N° 4.110
Uruguai – Estimativa de preço ao produtor para 2024
No encerramento da jornada anual do Inale Perspectiva de Preço 2024 o Instituto Nacional do Leite (Inale) divulgou as estimativas do preço do leite ao produtor no ano em curso.
Na jornada, a equipe técnica do instituto leiteiro analisou o contexto internacional e estimou o preço do leite ao produtor para 2024.
Ulises Calaitzy, gerente geral do Inale, abriu as atividades destacando a importância do Inale gerar informações e dados que servem para o planejamento anual das empresas.
A equipe técnica começou fazer estas estimativas em 2020 em um contexto de muitas incertezas como foi a propagação da Covid-19 e desde então, realiza a jornada todos os anos.
Esta foi a 4ª edição da Perspectiva de Preços.
O leite em pó integral é determinante
O Uruguai, por sua condição de exportador de lácteos, depende do que ocorre no mercado internacional e o preço internacional do leite em pó integral é determinante na hora de estimar o preço do leite ao produtor.
Dois Modelos – A equipe técnica do Inale elaborou dois modelos para estimar o preço do leite ao produtor. O primeiro, baseado em séries históricas e que resultou em um valor entre US$ 0,37 e US$ 0,39 o litro. O segundo modelo, baseado em uma simulação de probabilidades, indicou que o preço do leite ao produtor em 2024 estará entre US$ 0,32 e US$ 0,37.
No contexto internacional atual não se preveem variações significativas de produção nas principais regiões exportadoras (União Europeia, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos).
Espera-se que a China retome as importações em níveis maiores durante 2024, mas ainda assim, abaixo das médias históricas.
Poderá haver certa melhora nos preços internacionais, mas dependerá do balanço entre a oferta e a demanda.
Principais Conclusões
- As estimativas de preço ao produtor para 2024 são as seguintes:
- O modelo com base nas séries históricas: entre US$ 0,37 e US$ 0,39
- Modelo com simulação de probabilidades: entre US$ 0,32 e US$ 0,37.
- Contexto internacional
- A produção será estável nas principais regiões exportadoras.
- Provável recuperação da demanda por importações pela China.
(Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Piracanjuba ProCampo: respeito e parceria com o produtor de leite
Com mais de seis décadas no mercado, o Grupo Piracanjuba se tornou especialista em leite, transformando essa rica matéria-prima em um portfólio variado. Para alcançar esses resultados, a marca conta com mais de 8 mil fornecedores de leite diretos que, todos os dias, se dedicam à produção desse importante alimento. Para o Grupo Piracanjuba, a parceria com os produtores é focada na confiança e, por isso, instituiu o Programa de Relacionamento com o Produtor de Leite - o Piracanjuba ProCampo, com ações que incluem comunicação clara, além da oferta de serviços e programas que permitem ser referência para o produtor, além de estabelecer uma forte parceria promovendo inovação e sustentabilidade nos seus negócios e transmitir, através dessa relação, o amor genuíno pelo leite.
“Nosso programa une forças, conhecimento técnico, capacitação e atenção aos detalhes, pois acreditamos que, com essas iniciativas, conseguimos tornar a atividade leiteira ainda mais sustentável, digital e eficiente”, destaca o diretor de Compra de Leite, Edney Murillo Secco.
O Piracanjuba ProCampo oferece quatro pilares estratégicos de ações: projetos; comunicação; produtos e serviços; inovação e capacitação. O incremento do suporte aos produtores contempla melhorias em áreas como qualidade e manejo. Esse apoio ocorre por meio do próprio time de campo da Piracanjuba, a partir das demandas do fornecedor.
“Nossa equipe está dedicada a trabalhar para oferecer suporte contínuo e adoção de práticas responsáveis, que criarão um futuro promissor para os produtores de leite e para o meio ambiente. Trabalhamos para investir em treinamentos especializados e atualizações constantes, fornecendo as melhores práticas e ferramentas disponíveis. Também compreendemos a importância de construir relações sólidas e duradouras com os produtores, com o foco em pessoas, nos animais e no meio ambiente”, ressalta Murillo.
Em uma das frentes, batizada de ProCampo Consultoria, a Consultoria Técnica e Gerencial é oferecida aos produtores por meio de consultores terceirizados. Eles fazem visitas mensais às propriedades. A Piracanjuba garante a qualidade da prestação do serviço do consultor e contribui com um auxílio de custo dessas visitas.
Em comunicação, além de disponibilizar conteúdos voltados à pecuária leiteira em site e nas mais diferentes redes sociais, o programa conta com aplicativo próprio, disponível gratuitamente para smartphones com sistemas Android e iOS.
No canal, após se cadastrar, o produtor pode conferir o preço do leite atualizado; acompanhar o volume de leite coletado diariamente; acompanhar os resultados de qualidade e receber alertas importantes; além de ter acesso a notícias do setor e da empresa.
“Convidamos todos os interessados a conhecerem o ProCampo e a descobrirem como podemos crescer juntos, incentivando a cadeia produtiva do leite no Brasil”, convida o diretor. (Piracanjuba)
PIB argentino caiu 1,4% no último trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina caiu 1,4% no quarto trimestre de 2023 na comparação com igual período do ano anterior, informou ontem o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Já na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2023 houve queda de 1,9%. Ainda havia elevação nos índices na passagem do segundo para o terceiro trimestre no ano passado, quando um avanço de 2,2% tinha sido apurado.
O quarto trimestre de 2023 na Argentina foi marcado, na política pelo fim do governo de Alberto Fernández e pela posse de Javier Milei na presidência, em 10 de dezembro. O país vive uma crise social e econômica. Desde que assumiu o cargo, Milei lançou um ajuste fiscal que resultou em um superávit financeiro em janeiro e fevereiro, algo considerado inédito desde o começo de 2011.
Por outro lado, há uma tensão crescente alimentada por demissões, queda no valor de pensões, aumento de preços de alimentos e medicamentos, e um salto nas tarifas de serviços públicos devido à eliminação de subsídios. De dezembro a fevereiro a inflação acumulada superou 70%. Em 12 meses este acumulado vai a 280%. Após anos de aumentos de preços, o país vizinha caminha para um contínuo colapso no poder de compra em razão das perdas inflacionárias nos salários. (Correio do Povo)
Jogo Rápido
BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 12/2024 – SEAPI
A previsão indica chuvas e declínio das temperaturas nos próximos sete dias no RS. Na quinta (21), uma frente fria avançará pelo Estado causando acumulados de chuva, ventos fortes e declínio das temperaturas. Na sexta-feira (22), com o avanço do sistema frontal e a configuração de alta pressão se estabelecendo no Estado, deverá causar o declínio nas temperaturas. A partir de sábado (23), o tempo firme permanece em todo o estado. Os principais volumes esperados deverão ser na Zona Sul do Estado entre 50 e 100 mm. Na Campanha e na Fronteira Oeste os volumes deverão oscilar entre 35 e 50 mm e no restante do Estado os valores não devem ultrapassar os 30 mm. Na segunda-feira (25), terça-feira (26) e quarta-feira (27) a previsão indica tempo seco com temperaturas amenas para o RS. O boletim, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Emater/RS-Ascar e Irga, também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)
21/03/2024
Porto Alegre, 21 de março de 2024 Ano 18 - N° 4.109
Eficiência leiteira mais próxima do campo
Produtores de leite do Rio Grande d o Sul dispõem, agora, de uma ferramenta para tornar sua propriedade mais eficiente na produção e na qualidade do leite. Trata-se da Avaliação de Eficiência das Propriedades Leiteiras, uma inteligência que analisa informações específicas de cada negócio e as compara com referências do setor no Estado. O objetivo é que os resultados sirvam para auxiliar os gestores nas tomadas de decisões, com foco em ampliar a produtividade e a rentabilidade na pecuária leiteira.
A novidade foi anunciada pela Emater/RS – Ascar, ontem. na primeira edição do Seminário Pecuária de Leite do Rio Grande do Sul, realizado na 22ª Expoagro Afubra, em Rio Pardo. A ferramenta é composta por 11 indicadores que servem de base para a avaliação de eficiência produtiva de cada empreendimento. “Esta nota é baseada numa escala feita a partir de um levantamento estadual”, explica o extensionista da Emater, Diego Barden dos Santos. “De uma maneira geral, os produtores de leite não conhecem seus números. Se conhecem, não sabem fazer as correlações necessárias”, disse o engenheiro agrícola no Auditório Central do Parque de Exposições da Afubra, em Rio Pardo.
O sistema de avaliação será disponibilizado por meio dos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar. Os extensionistas orientarão os produtores no preenchimento dos dados e os acompanharão na obtenção dos resultados. “O técnico da Emater vai orientar o produtor para encontrar o caminho a seguir naqueles indicadores que estão aquém da média estadual. Queremos ajudá-lo a melhorar seus indicadores”, garante Santos.
O seminário também serviu de palco para divulgação do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, elaborado a cada dois anos e apresentado na Expointer de 2023. Segundo a Emater/RS-Ascar, 33 mil produtores gaúchos seguem na atividade, quantidade 60,78% menor que a de 2015, de 84,19 bovinocultores de leite. Na mesma base comparativa, no entanto, o volume de leite anual do Rio Grande do Sul reduziu 8,9%. “Os números evidenciam que quem permanece na atividade empenha-se em trabalhar de forma a qualificar seus indicadores”, afirmou o assistente técnico de Bovinos de Leite da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries.
O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS) aproveitou o evento para lançar o 3° Prêmio Referência Leiteira, que reconhece e divulga cases de sucesso em bovinocultura leiteira. A premiação contempla seis diferentes categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. (Correio do Povo)
IPVDF sediará III Seminário Gaúcho de Tuberculose
O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), sediará o III Seminário Gaúcho de Tuberculose, alusivo ao Dia Mundial de combate à Tuberculose. O evento, presencial, será realizado em 27 de março (quarta-feira), a partir das 9h, no auditório do IPVDF, na Estrada do Conde, 6000, Eldorado do Sul. Os ingressos podem ser adquiridos gratuitamente neste link.
O III Seminário Gaúcho de Tuberculose tem como público-alvo estudantes e profissionais da área da saúde, com o objetivo de aprimorar o conhecimento e a discussão sobre a tuberculose animal e humana, proporcionando o intercâmbio entre os participantes do evento. A edição desse ano é comemorativa aos 12 anos do Grupo de Estudos em Micobactérias do IPVDF.
Programação
Manhã
9h – "Grupo de Estudos em Micobactérias (GEM)" – Angélica Bertagnolli (Seapi)
9h30 – "Breve história do controle da tuberculose bovina" – Rodrigo Etges (Seapi)
10h10 – Intervalo
10h40 – "Combate à tuberculose: por que consumir alimentos inspecionados?" – Gisele Branco (Seapi)
11h20 – "Panorama da tuberculose humana no RS" – Daniel Pavanelo (SES)
12h – Intervalo - Almoço
Tarde
13h30 – "Microbiota e tuberculose" – Cristine Cerva (Seapi)
14h10 – "Tuberculose e vida silvestre: o que precisamos saber?" – Fabiana Mayer (UFRGS)
14h50 – Intervalo
15h20 – "Projeto de educação sanitária na região Noroeste da Serra Gaúcha" – Marinês Lazzari (Seapi)
16h – Discussão e encerramento
(Fonte: SEAPI)
Argentina – A produção de leite de fevereiro de 2024 recuou 17%
Os efeitos negativos do clima continuam impactando nos índices de produção de leite.
Em meio à onda de calor, em fevereiro passado, foram produzidos 686 milhões de litros de leite, o que representou queda de 12% em relação a janeiro. Em comparação com fevereiro do ano passado, a redução foi de 17%.
Segundo os dados publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), foi a maior baixa em quantidade de litros dos últimos 5 anos. Mas de acordo com as estatísticas do analista José Quintana, trata-se da maior diminuição interanual dos últimos 40 anos.
Os motivos de semelhante redução na oferta de leite, que impacta em cheio no faturamento das fazendas leiteiras, estão relacionados ao clima. As altas temperaturas afetaram as vacas, e mais ainda nos estabelecimentos que não possuem uma infraestrutura necessária para mantê-las abrigadas, como galpões ou sombras apropriadas.
As regiões mais prejudicadas foram as bacias leiteiras de Córdoba e Santa Fe, seguidas logo por Buenos Aires.
O OCLA projeta queda similar em março (pois, acrescente-se ao calor, as chuvas intensas) e que este ano a expectativa é de que a produção de leite caia entre 3% e 5%.
Diante deste cenário os preços deveriam continuar subindo de forma acentuada, como vem ocorrendo nos últimos meses, o que não significa que isso possa compensar o faturamento das fazendas com a menor produção.
Além da exportação, para onde são canalizados, historicamente, 25% da produção nacional e que agora vinha crescendo, começa a ter problemas de competitividade em decorrência da defasagem cambial do dólar, e uma inflação interna que está aumentando de forma acelerada desde dezembro.
Tudo isso reduz a capacidade de pagamento da indústria de laticínios, mesmo diante da pouca oferta e não seria de estranhar que se termine pagando acima de sua capacidade como ocorreu em outras épocas e com tantos outros produtos. (Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Jogo Rápido
Imposto de Renda
O contribuinte que caiu na malha fina e acertou as pendências ou entregou com atraso a sua declaração pode verificar a partir de hoje se está no lote residual de restituição do Imposto de Renda. O órgão liberará a consulta a partir das 10h com 205.930 contribuintes beneficiados, que receberão um total de R$ 339,01 milhões. (Jornal do Comércio)
20/03/2024
Porto Alegre, 20 de março de 2024 Ano 18 - N° 4.108
3º Prêmio Referência Leiteira está com inscrições abertas na categoria “Cases de Sucesso”
As melhores práticas da produção leiteira gaúcha já podem ser inscritas para participarem das categorias de “Cases de Sucesso”, do 3º Prêmio Referência Leiteira. O prazo para o protocolo da documentação vai até 14/06 de 2024. O regulamento completo e Ficha de Inscrição podem ser baixados pelo link (https://www.sindilat.com.br/site/2024/03/19/3o-premio-referencia-leiteira-cases-de-sucesso/) e também estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS.
Lançado oficialmente na manhã desta quarta-feira (20/03) durante o seminário: Pecuária de Leite do RS na Expoagro Afubra realizada no Parque de Exposições em Rincão Del Rey, município de Rio Pardo (RS), a premiação está dividida entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.
Podem participar propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul que comercializam leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria, explica o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, o zootecnista Jaime Eduardo Ries, da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica (Emater/RS). “O concurso significa um reconhecimento pelo esforço que os produtores fazem no dia a dia, nesta atividade que exige bastante dedicação, ao longo de todo o ano. É importante valorizar estas pessoas que se destacam e que, apesar de todas as dificuldades, continuam fazendo o seu trabalho com afinco para produzir um alimento de extrema qualidade para a população gaúcha”, assinala Ries.
Pelo regulamento, é possível se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br), explica o vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). A ação tem o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).
Na primeira parte do processo de inscrições para esta 3ª Edição da premiação, as fazendas se credenciaram para disputar nas categorias: Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. As três que atingirem os melhores índices em cada processo, assim como as melhores em cada Case, serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Raquel Aguiar Emater/RS-Ascar)
Os produtores brasileiros de leite enfrentam anos de dificuldades financeiras, que se agravaram em 2023. A crise reflete um problema estrutural de ineficiência e falta de competitividade nas fazendas, além do aumento nas importações de produtos lácteos, principalmente da Argentina e do Uruguai.No ano passado, as compras do exterior saltaram 68,8%, para 2,2 bilhões de litros. O setor chegou a pagar R$ 1,80 por litro, abaixo do custo de produção, estimado entre R$ 1,80 a R$ 2,25 por litro, dependendo da região, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).
Em Minas Gerais, maior bacia leiteira do país, com produção de 9,4 bilhões de litros por ano, a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) decidiu lançar o movimento “Minas grita pelo leite” para sensibilizar o governo e a sociedade sobre a situação do setor.
O movimento cobra do governo federal medidas de salvaguarda para os produtores de todo o país. Também pretende alertar a população sobre a crise enfrentada pelos pecuaristas leiteiros. Na segunda-feira (18/3), foi realizado um evento em Belo Horizonte com cerca de 7 mil produtores de leite de Minas Gerais para pedir ao governo federal medidas para barrar a importação.
O presidente da Faemg, Antônio de Salvo, e o governador mineiro, Romeu Zema (Novo), assinaram um manifesto que foi enviado a Brasília.Também foi instalado um relógio — batizado de “gritômetro” — na porta da Faemg para medir quanto tempo o governo federal levará para anunciar medidas de apoio ao setor.
Não foi o primeiro protesto do setor contra as atuais condições de produção e mercado. Em agosto de 2023, quando uma comitiva de produtores e representantes do setor lácteo foi a Brasília falar com deputados e governo federal para pedir medidas para frear as importações de produtos lácteos.
Como as importações afetam os produtores brasileiros?
As importações de produtos lácteos ajudam a compor a oferta para consumo no país. quando há um forte aumento tende a gerar uma oferta de produtos maior do que a demanda. Os produtores locais são pressionados a reduzir os preços para conseguir vender.
Outro fator é o preço do importado. De acordo com o presidente da Faemg, Antônio de Salvo, o leite em pó principalmente da Argentina chega ao Brasil a valores mais baixos porque a produção é subsidiada, derrubando os preços no varejo e ao produtor.
A situação tem desmotivado parte dos produtores, que reduzem o número de vacas ou deixam de vez a atividade. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o número de propriedades de pecuária de leite caiu de 84,2 mil em 2015 para 33 mil em 2023.
Pode faltar leite no Brasil?
No curto prazo, o excesso de oferta causado pelo aumento das importações deixa a oerta maior e os produtos lácteos mais baratos para o consumidor. Os representantes do setor leiteiro arguentam, no entanto, que, se o excesso de oferta se mantém por um longo período, produtores podem desistir da ativiade e a produção local pode cair.
Com isso, o mercado brasileiro se tornaria mais dependente de importações e, consequentemente, mais exposto às variações de preços internacionais do leite. Além disso, qualquer variação no câmbio afeta o preço que os produtos podem atingir nas gôndolas.
De acordo com a Abraleite, uma vaca demora em torno de quatro anos para produzir leite de forma competitiva. Por conta disso, a saída de produtores do setor afeta a oferta no longo prazo, sendo mais difícil a recuperação do setor. A associação considera que, ainda não há risco de falta de leite no mercado. Mas, se não forem adotadas medidas para amparar os pecuaristas leiteiros, o risco aumenta para o futuro.
Por que o leite importado consegue ser mais barato?
O leite importado, principalmente da Argentina, chega no Brasil mais barato que o leite produzido internamente no país por alguns fatores. Um deles foi uma espécie de subsídio concedido no ano passado. O governo criou um programa que pagava de 10 a 15 pesos por litro produzido por pequenos pecuaristas. A medida estimulou a produção na Argentina e as exportações de lácteos para o Brasil.
Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat RS) acrescenta que o leite argentino é mais competitivo que o do Brasil. A logística é mais barata porque as distâncias são menores. E a produtividade é superior.
“A Argentina produz 10 bilhões de litros de leite por ano, com 10 mil produtores. Minas Gerais, que produz 9,4 bilhões de litros anualmente, tem 216 mil produtores. No Uruguai, 2 mil produtores produzem 2 bilhões de litros por ano. Só isso já dá diferença na competitividade”, afirma Palharini.
Segundo ele, o preço do leite ao produtor na Argentina gira em torno de US$ 0,35 por litro. No Brasil, é de US$ 0,45.
Qual a previsão do preço do leite para 2024 no Brasil?
A expectativa da Central de Inteligência do Leite (CILeite) da Embrapa é que os preços pagos ao produtor de leite em 2024 fiquem acima do valor registrado no ano passado. Em 2023, o preço médio ao produtor teve média anual de R$ 2,4680 por litro, 14% abaixo da média de 2022. Em janeiro deste ano, o valor aumentou 5% em relação a dezembro, para R$ 2,13 o litro na média nacional. Em comparação com janeiro do ano passado, no entanto, está 19,8% mais baixo.
Glauco Carvalho, economista e pesquisador do CILeite, disse que a produção domésticafoi menor neste início de ano, o que ajudou a elevar os preços. Outro fator é a proximidade da entressafra no país. “A partir de março, abril vai ter produção de leite caindo na maior parte dos Estados. Isso traz pressão altista. Há incertezas, no entanto, em relação ao volume de importação”, afirmou Carvalho.
Medidas de ajuda ao setor
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o governo vai prorrogar as dívidas de crédito rural que vencem neste ano, incluindo as dívidas dos produtores de leite. Os investimentos que vencem em 2024 serão prorrogados de acordo com os contratos.
Outra medida é a liberação de uma linha voltada para capital de giro para quitar dívidas do dia a dia. Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalha para criar uma linha de Cédulas de Produto Rural (CPR) de capital de giro.
Em Minas Gerais, o governo retirou as empresas importadoras de leite em pó do Regime Especial de Tributação. Com isso, passarão a pagar 18% de ICMS na venda dos produtos importados.
Na semana passada, o deputado federal Zé Silva (SD-MG) propôs ao governo federal o direcionamento de R$ 1 bilhão para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para atender a modalidade de compra de leite em pó. Também sugeriu a inclusão do produto na merenda escolar em todos o país por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Em fevereiro deste ano, entrou em vigor o Decreto nº 11.732, assinado em outubro passado pelo governo federal, para desestimular a importação de lácteos. O texto estabelece que apenas empresas que não compram lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, possam aproveitar até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros. Os importadores têm o índice reduzido para 20%.
A expectativa era que a medida pudesse conter as importações. Em fevereiro, foram 180 milhões de litros, com queda de 12,7% em relação a janeiro, mas ainda 18,9% acima do volume registrado no mesmo mês do ano passado.
O governo também lançou no ano passado uma linha de capital de giro de R$ 700 milhões para cooperativas de produtores de leite, considerada por muitos insuficiente para amenizar os problemas do setor. (Globo Rural)
Aumento da renda faz brasileiro reduzir pontos de venda, diz Kantar
O aumento da renda em 2023 fez com que o brasileiro precisasse acessar menos pontos de vendas para abastecer a sua despensa. Se até 2022 o consumidor recorria a oito ou mais varejistas, no ano passado, ele passou a visitar em média 7,5 pontos de vendas, de acordo com levantamento feito pela Kantar Consumer Insights. Pode parecer uma diferença sutil, mas é reflexo de uma mudança no hábito de consumo. É que, pela primeira vez desde a crise econômica mais recente, o consumidor está conseguindo suprir as necessidades de casa com uma compra maior — e eventualmente mais cara —, sem ter de percorrer tantas gôndolas.
Não à toa, alguns canais perderam e outros ganharam a lealdade dos compradores. O atacarejo ficou do lado menos privilegiado dessa balança. O segmento recuou 2 pontos percentuais entre a base de consumidores, para uma penetração de 80,8%. Trata-se da primeira queda desde 2015, segundo Rafael Couto, diretor de análises avançadas da Kantar, divisão Worldpanel. Do outro lado está o e-commerce, que manteve sua trajetória de alta, apesar de não apresentar o mesmo fôlego visto durante a pandemia.
A penetração dos canais digitais aumentou 1 ponto percentual em 2023, para 22,2%, com destaque para a venda de unidades de mercearia doce (alta de 32,9%), bebidas (44,9%) e itens de higiene e beleza (24,5%). A expectativa é que o consumo de bens massivos no Brasil continue em alta em 2024. Isso se deve à recuperação das “compras do mês”, que passaram de uma queda 3% em 2022 para uma alta de 9% em 2023. Isso não exclui as ocasiões fragmentadas de compras, que tiveram aumento de 4% e de 8%, respectivamente. “É claro que esse cenário descreve a realidade principalmente das classes A e B, que têm maior poder de escolha. Os consumidores das classes D e E acabam limitados ao mercadinho perto de casa, que costuma ser mais caro do que os grandes varejistas. Isso acontece porque essas pessoas muitas vezes não têm carro para transportar as compras”, explica.
O levantamento também aponta que promoções têm permitido aos consumidores equilibrar melhor o orçamento. “Muitos preferem comprar itens do dia a dia de marcas mais baratas para ter dinheiro para gastar em uma cerveja premium, por exemplo”, diz o diretor da Kantar. (Valor)
Jogo Rápido
Indústria reduziu produção, mas emprego teve avanço
As grandes indústrias tiveram um desempenho mais positivo em comparação com as pequenas e as médias em fevereiro de 2024. De acordo com a Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada ontem, o índice de evolução da produção industrial atingiu 48,5 pontos, resultado abaixo dos 50 pontos, o que indica redução da produção frente a janeiro. No entanto, o indicador está 1,8 ponto acima da média dos meses de fevereiro da série. A queda mais suave da produção industrial se deu devido ao desempenho positivo das grandes indústrias. A evolução no número de empregados atingiu 50,3 pontos em fevereiro deste ano, impulsionada pelo indicador de número de empregados para grandes empresas, que ficou em 51,7 pontos no período. O indicador de nível de estoques atingiu 49,7 pontos, abaixo dos 50 pontos, o que indica uma redução. Esta foi a quarta queda consecutiva apontada nos estoques. (Correio do Povo)