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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.222


Quase um quarto dos jovens brasileiros não estuda nem trabalha

Segundo dados da Pnad, o porcentual é ainda mais alto na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos, idade em que, teoricamente, deveriam estar na universidade, chegando a 27,7%

A família Santos conhece bem essa realidade. Naturais do Recife, os gêmeos Maurício e Maurílio dos Santos, de 29 anos, já tiveram três filhos cada um. Por isso, suas mulheres tiveram que largar os estudos e os trabalhos para cuidar dos filhos e da casa. Elas ainda aceitaram morar em cima da casa da sogra, no bairro do Pina, zona sul da capital pernambucana, para se livrar do aluguel e fazer com que o pequeno rendimento dos maridos dure o mês inteiro.

"Moro aqui porque as contas são apertadas", explicou Karla Campos da Silva, de 29 anos, admitindo que o que queria mesmo era trabalhar como enfermeira e ter uma casa própria. Esse sonho, no entanto, ficou pelo caminho quando engravidou de Maurício, sem planejar, aos 18 anos. "Eu estava no segundo ano do colégio, mas desisti porque não tinha com quem deixar a bebê", conta a dona de casa, que, depois da gravidez, até chegou a concluir o ensino médio, mas nunca teve condições de começar o curso de enfermagem que tanto queria. 

Com a primeira filha pequena, ela partiu, então, para outras ocupações. Não demorou muito para sair do trabalho, pois engravidou novamente. "Com três filhos, fica impossível arrumar um emprego. Não dá para pagar creche para três. E também não sobra tempo para estudar", argumenta Karla, que hoje é cuida dos filhos de 11, 7 e 4 anos e da casa. 

Ela depende do salário do marido, que é balconista de um supermercado, para pagar as contas. A cunhada Jéssica Cândido de Souza, de 28 anos, por sua vez, não tem a mesma sorte, pois o marido não tem um emprego fixo. Maurílio vive de bicos. Por isso, nem sempre consegue pagar as contas de casa, onde Jéssica passa o dia cuidando dos três filhos, de 11, 4 e 1 ano de idade, e dos afazeres domésticos.

"Queria trabalhar para ajudar. Faria qualquer coisa. Mas não consigo. Minha vida é cuidar dos meninos e limpar a casa", diz Jéssica, admitindo que já teve que pedir ajuda à família e aos amigos nos dias mais críticos, quando chegou a faltar até comida dentro de casa. "Não voltei para a escola, porque não tinha com quem deixar o bebê."

Jovens

A PNAD revela que o Brasil tem 47,3 milhões de jovens, de 15 a 29 anos de idade. Desse total, 13,5% estavam ocupados e estudando; 28,6% não estavam ocupados, porém estudavam; 34,9% estavam ocupados e não estudavam. Finalmente, 23% não estavam ocupados nem estudando. Os porcentuais aferidos em 2018, segundo os pesquisadores, são similares aos de 2017. 

"É importante ressaltar que elevar a instrução e a qualificação dos jovens é uma forma de combater a expressiva desigualdade educacional do país", sustenta a pesquisa. "Além disso, especialmente em um contexto econômico desfavorável, elevar a escolaridade dos jovens e ampliar sua qualificação pode facilitar a inserção no mercado de trabalho, reduzir empregos de baixa qualidade e a alta rotatividade."

A desigualdade se revela ainda mais acentuada quando aplicado o recorte por raça e gênero. Entre as pessoas brancas, 16,1% trabalhavam e estudavam – mais do que entre as pessoas autodeclaradas de cor preta ou parda (11,9%). Os porcentuais de pessoas brancas apenas trabalhando (36,1%) e apenas estudando (29,3%) também superou o de pessoas pretas e pardas, 34,2% e 28,1%, respectivamente. Consequentemente, o porcentual de pessoas pretas ou pardas que não trabalhavam nem investiam em educação é de 25,8%, 7 pontos porcentuais mais elevado que o de brancos.

Comparando homens e mulheres, o problema se repete de forma ainda mais grave. Entre as mulheres, a pesquisa mostrou que o porcentual das que não trabalhavam nem estudavam era de 28,4%. O de homens é bem menor: 17,6%.

De acordo com a pesquisadora, parte da explicação para este fenômeno está nos trabalhos domésticos. A realização de afazeres domésticos ou o cuidado com outras pessoas foram os motivos alegados por 23,3% das mulheres para não estarem estudando nem trabalhando. Entre os homens, esse porcentual é de meros 0,8%. Os números se mantêm estáveis desde 2017.

Aguas cita como exemplo um outro indicador levantado pela pesquisa. A PNAD contínua divulgada nesta quarta aferiu pela primeira vez a frequência a creches, entre crianças de até um ano de idade (a educação é obrigatória no Brasil a partir dos 4 anos). No total, somente 12,5% frequentavam a creche. E os piores índices estavam, justamente, no Norte (3,0%) e no Nordeste (4,6%) – lugares onde a participação das mulheres no mercado de trabalho também é mais baixa.

Segundo a PNAD contínua, o Brasil tem 11,3 milhões de pessoas (com 15 anos ou mais) que são analfabetas – uma taxa de analfabetismo de 6,8%. Em relação a 2017, houve uma queda de 0,1 ponto porcentual, o que corresponde a uma redução de 121 mil analfabetos.Mais uma vez, os negros são mais afetados que os brancos: são 9,1% contra 3,9%.

O analfabetismo no país está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos; refletindo uma melhora da alfabetização ao longo dos anos. Segundo os números de 2018, eram quase 6 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18,6% para este grupo etário. 


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1832 de 12 de setembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

O cenário é de estabilidade na produção de leite. O bem-estar dos animais, em geral, foi favorecido pelo tempo seco e pelas temperaturas mais agradáveis. A vacinação contra clostridioses e a dosificação para o controle de verminoses ainda estão em andamento em muitas propriedades. As inseminações artificiais estão ocorrendo dentro da normalidade, e as práticas de IATF estão aumentando em muitos rebanhos mais tecnificados devido à sua praticidade e ao planejamento da produção das vacas para determinados períodos do ano. As vacinas contra Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR), Diarreia Viral Bovina (BVD) e leptospirose estão sendo aplicadas nas novilhas e reforçadas nas vacas para evitar problemas reprodutivos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens de aveia e azevém continuam com oferta inferior, se comparado a anos anteriores, impedindo o melhor desempenho das matrizes. Algumas áreas de trevo e cornichão, que são normalmente destinadas à fenação e à silagem em setembro, estão sendo utilizadas para complementar a alimentação dos animais no pastejo direto ou com corte e fornecimento no cocho. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade dos bovinos de leite seguiu dentro da normalidade, e os parasitas estão controlados, principalmente carrapato. Os sistemas mais intensivos que utilizam silagens e fenos como base forrageira, apresentam estoques baixos. Nos sistemas à base de pasto, aveia e azevém apresentaram bom desenvolvimento. A qualidade do leite produzido foi favorecida pelas condições de tempo seco, mantendo os úberes mais limpos. 

Na de Erechim, o cenário climático do período beneficiou a produção de leite, o manejo dos animais e a alimentação em pastejo. O rebanho leiteiro apresenta boas condições nutricionais de modo geral. 

Na de Ijuí, a diminuição da umidade também foi benéfica para a redução de doenças e facilitado a higienização dos animais no momento da ordenha e dos locais de alimentação e descanso.

Na de Passo Fundo, o período de 02 a 08/09 apresentou condições favoráveis para a produção de leite. O estado nutricional está adequado, e as vacas têm recuperado o escore corporal em diferentes fases (lactação, gestação, novilhas e vacas secas), ficando dentro da normalidade para a época. 

O manejo está sendo diferenciado para as vacas lactantes. Foi registrada a ocorrência de aborto em novilhas de primeira cria; a suspeita é de infecção por herpesvírus bovino, que deve ser prevenido com posterior vacinação.

Na de Porto Alegre, a atenção tem sido redobrada em relação ao estado sanitário para evitar problemas de casco e mastites. Os animais estão recebendo suplementação de silagem de milho e ração formulada. 

Na de Pelotas, os produtores realizam o manejo de lotação nas pastagens e a aplicação  de fertilizantes para otimizar o crescimento, propiciando um aporte nutricional adequado para o gado leiteiro.

Na de Santa Rosa, a boa oferta de pasto aumentou a produção de leite e reduziu a necessidade de alimentos conservados, melhorando a rentabilidade. As condições sanitárias estão satisfatórias, e o estado corporal dos rebanhos se manteve estável em virtude da oferta constante de forragem de qualidade. Em razão do clima mais seco das últimas semanas, diminuíram os lamaçais, encontrados principalmente nas salas de espera, e consequentemente a incidência de mastite nas propriedades. 

As condições ambientais também contribuíram para melhorar o pastejo e a ingestão de alimentos, resultando em boa produção de leite. Observa-se que as infestações por ectoparasitas, principalmente carrapatos, estão começando a aumentar nas propriedades, exigindo atenção dos produtores. 

Na de Soledade, melhorou a oferta de pastagens anuais de inverno, que havia sido restrita neste ano pelo clima desfavorável, exigindo complementação da oferta com alimentos conservados (silagem, pré-secado e feno), produzidos ou adquiridos. (Emater adaptado pelo SINDILAT)

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 12 A 18/09/2024

A previsão para os próximos quatro dias no RS é de retorno do tempo estável e de declínio gradativo nas temperaturas a partir do final de semana. 

No sábado (14/09), a corrente de jatos em altos níveis se intensificará e atuará em conjunto com o cavado em níveis médios atmosféricos do dia anterior, formando um ciclone extratropical em superfície (a partir do cavado já existente), que se deslocará sobre o RS em direção ao sudeste do Oceano Atlântico, ainda durante a madrugada. 

Nesse sentido, haverá maiores probabilidades para precipitação nas regiões Metropolitana, Norte, Serra, Litoral Norte e Campos de Cima da Serra, onde as possibilidades para o desenvolvimento de nuvens isoladas que provocam trovoadas serão maiores. Além disso, sobre as regiões Sul e Campanha, ventos mais intensos, associados à passagem do ciclone extratropical, poderão ser observados. 

No decorrer do dia, as temperaturas devem ter um declínio gradual à medida que o anticiclone migratório for ingressando no RS, deixando o tempo mais estável. No domingo (15/10), com o deslocamento do anticiclone migratório, em superfície, sobre o RS em direção ao Sudeste do Brasil, haverá um declínio nas temperaturas no decorrer do dia, o tempo deverá permanecer estável na maior parte do Estado, com exceção das regiões Norte e Campos de Cima da Serra, onde haverá mais nebulosidade e probabilidade de precipitação de intensidade fraca. 

Apesar do retorno do tempo firme, poderão ser observados nevoeiros na faixa litorânea do RS, em função do vento oceânico e úmido no setor oeste do anticiclone migratório, e sobre áreas de encostas e baixadas nas regiões Sul e Campanha devido à perda radiativa ao amanhecer. A tendência para os próximos três dias no RS será de estabilidade, marcada por temperaturas em elevação. 

Na segunda-feira (16/09), a mesma configuração atmosférica do dia anterior deverá se repetir à medida que o anticiclone migratório avançar em direção ao Oceano Atlântico, o que mantém a probabilidade para a ocorrência de nevoeiros na faixa litorânea, nas proximidades da Laguna dos Patos e Lagoa Mirim e em áreas de baixadas e encostas, principalmente nas regiões Sul e Campanha. 

No geral, o tempo deverá ficar estável com leve declínio nas temperaturas no decorrer do dia. Na terça-feira (17/09), com o deslocamento total do anticiclone migratório para o Oceano Atlântico, o setor oeste desse sistema de alta pressão transportará vento úmido e mais aquecido do quadrante norte, tornando as temperaturas mais amenas no decorrer do dia, aumentando a nebulosidade, apesar do tempo estável, e intensificando os ventos ao longo da faixa litorânea do RS e nas proximidades da Laguna dos Patos e da Lagoa Mirim. 

Na quarta-feira (18/09), mesmo que a configuração atmosférica do dia anterior se repita, a intensidade dos ventos na faixa litorânea diminuirá, e as temperaturas se elevarão gradualmente até o final da tarde, mantendo o tempo estável com poucas nuvens, sem probabilidades de precipitação. 

Os prognósticos indicam chuvas para a próxima semana em todo o Estado, com exceção da Região Noroeste. Os maiores acumulados estão previstos para o Nordeste e Sul do Estado, especialmente na região ao sul da Lagoa dos Patos, com volumes entre 30 e 100 mm. 

No litoral, Região Metropolitana e Centro-Sul do Estado, esperam-se acumulados de até 20 mm. Na Campanha, os volumes podem variar entre 10 e 30 mm. Na Região Central e na Fronteira Oeste, as chuvas devem ser mais escassas, com volumes entre 2 e 10 mm. (Boletim agrometerológico)


Jogo Rápido

Audiência Pública - Plant Based
Audiência Pública - Para discutir a proposta de Regulamentação dos Produtos Vegetais, Análogos a Produtos de Origem Animal,  no dia 24 de setembro de 2024, das 9 às 18 horas, no auditório Olacyr de Moraes, no Ministério da Agricultura e Pecuária, em Brasília/ DF, será realizada uma Audiência Pública, a reunião será realizada na modalidade presencial, veja portaria PORTARIA SDA/MAPA Nº 1.176, DE 4 DE SETEMBRO DE 2024. Acesse aqui. (Fonte:  Diário Oficial da União)

 


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.221


Novo regulamento técnico e seus efeitos para o setor de lácteos

No dia 26 de agosto de 2024 o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) publicou a Portaria SDA/MAPA n°1170, que aprovou o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Composto Lácteo, destinado ao consumo humano.

A nova Portaria é muito mais simples que a anterior, a Instrução Normativa (IN) n° 28/07, que foi revogada na mesma data, por meio da Portaria MAPA n° 712.

Maria Cristina Alvarenga Mosquim, Consultora técnica da ABIQ, Viva Lácteos e Sindileite/SP e palestrante do Dairy Vision 2024, conversou com o MilkPoint e retratou alguns pontos importantes a respeito das mudanças na portaria. “O composto lácteo já era um produto bastante produzido pelas indústrias lácteas e o emprego de gordura vegetal era muito usado, muito porque existem vários compostos para diferentes aplicações e de uso industrial em alimentos. A retirada da gordura vegetal foi para atender o Decreto-Lei o RIISPOA. No entanto, ficou permitida a adição de óleo vegetal”, Cristina lembra também que a adição do óleo vegetal fica restrita ao enriquecimento do produto ou para uso de alegações nutricionais, o que é importante para o setor.

Mosquim ainda destacou a questão da rotulagem e clareza aos consumidores. “Devido as entidades representativas dos consumidores começarem a questionar muito a semelhança entre o leite em pó e compostos lácteos, a nova normativa define alguns requisitos de rotulagem, como identificação e diferenciação do produto, que devem constar no painel principal do rótulo, logo abaixo do nome do produto de forma a não causar engano ao consumidor”.

Seguem os pontos mais importantes da nova normativa.

A razão de um novo RTIQ para Composto Lácteo foi para atender o artigo n° 365 do RIISPOA, que não prevê a substituição dos constituintes do leite, já que a Portaria revogada previa a adição de gordura vegetal. Conforme a nova Portaria, apenas é permitida a adição de óleo vegetal para fins de enriquecimento do produto ou de informação nutricional complementar (para compostos com vitaminas lipossolúveis, ômega 3 dentre outros). Entretanto esta adição deve constar no rótulo expressa como “Contém Óleo Vegetal”. A repetição da expressão “CONTÉM ÓLEO VEGETAL” abaixo da denominação de venda torna-se opcional quando a informação já estiver comtemplada no texto da denominação de venda.

Para que o consumidor não confunda o produto com o leite em pó, abaixo da denominação de venda do produto deve constar em caixa alta e negrito, sem intercalação de dizeres, a expressão: “Composto Lácteo não é leite em pó”.

O Composto Lácteo sem adição deve conter no mínimo 13 gramas de proteína de origem láctea por 100 gramas do produto elaborado; o Composto com adição, 9g de proteína láctea por 100 gramas do produto elaborado.

Caso o Composto Lácteo com adição apresente características de cor, odor e sabor semelhantes ao leite em pó, deve ter no mínimo 13 g (treze gramas) de teor de proteína de origem láctea, por 100 g (cem gramas) do produto elaborado.

Composto Lácteo sem adição, na cor branca, pronto para o consumo, após sua reconstituição em forma líquida, deve ter no mínimo 1,9 g (um grama e nove décimos) por 100 ml (cem mililitros), de proteínas lácteas. O Composto Lácteo com adição, após a reconstituição na forma líquida, deve ter no mínimo 1,3 g (um grama e três décimos) por 100 ml (cem mililitros) de proteínas lácteas. Caso o Composto Lácteo com adição apresente características sensoriais de cor, odor e sabor semelhantes ao leite em pó, quando pronto para consumo, após sua reconstituição na forma líquida o produto deverá ter no mínimo 1,9 g (um grama e nove décimos) por 100 ml (cem mililitros) de proteínas lácteas.

Apesar do leite ser considerado um ingrediente obrigatório, o Composto poderá não ter leite ou este não  ser o ingrediente preponderante. Esta informação deve constar na denominação de venda do produto, como se segue: “Composto Lácteo de....”, sem prejuízo às demais informações constantes na denominação de venda.

A lista de ingredientes permitidos é bem extensa, o que ajuda no desenvolvimento de novos produtos.

Foram acrescentados novos padrões microbiológicos, de acordo com os permitidos pela Anvisa.

Os aditivos foram retirados da norma e passam a atender normas específicas da Anvisa, estabelecidas em Instruções Normativas, pela facilidade de serem alteradas mais facilmente do que uma Portaria. Atualmente deverão seguir a IN n° 211/2023 da Anvisa, mas novos aditivos estão sendo revistos no Mercosul.

O prazo para adequação da Portaria será de 365 dias contados a partir da sua publicação. Os produtos contendo gordura vegetal poderão ser comercializados até o fim do seu prazo de validade. Novos produtos contendo gordura vegetal não poderão ter a denominação “Composto Lácteo” e sim “Mistura láctea de......”, conforme previsto no artigo 366 do RIISPOA. 

Milkpoint adaptado pelo SINDILAT/RS


Indústrias Lácteas | O ranking: quais são as empresas que mais processam leite na Argentina?

O Observatório da Cadeia de Laticínios da Argentina atualizou a lista que compila todos os anos com informações comerciais. O relatório confirma que o mercado nacional é muito menos concentrado do que o mercado mundial.

A multinacional Saputo voltou a ocupar o primeiro lugar no ranking das maiores indústrias de laticínios do país para o período 2023/2024.

Essa é uma lista elaborada todos os anos pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), com base em informações fornecidas pelas próprias empresas – devido ao sigilo estatístico, não há dados oficiais – sobre a quantidade de leite que recebem e processam diariamente em suas fábricas.

Com 3,6 milhões de litros por dia, a Saputo – que produz várias marcas, mas a mais conhecida é a La Paulina – está no topo do ranking; seguida pela Mastellone Hnos (La Serenísima), com 3,15 milhões; e pela Savencia (Milkaut), com 1,66 milhão.

Depois dessas três multinacionais, o top 5 é completado por duas PMEs do setor de queijo e manteiga de Villa María: Punta del Agua, com 1,15 milhão (estimado pela OCLA) e Noal (929.352 litros).

Atrás delas, a gigante argentina Adecoagro está em sexto lugar, com 839.027 litros. E a pesquisa confirma o colapso da Sancor, que já foi a maior produtora de laticínios do país, mas devido à sua eterna crise, hoje aparece apenas em 12º lugar, com 409.163 litros.

INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS: HÁ CONCENTRAÇÃO?
Dentro dessa estrutura, com base nessas informações, o estudo da OCLA faz uma série de considerações interessantes sobre o mercado de laticínios na Argentina.

Por exemplo, os dados refutam a hipótese frequentemente apresentada de que se trata de um mercado concentrado. Pelo contrário, é um dos países com o setor de laticínios mais atomizado.

Se considerarmos as cinco empresas que mais processam leite, elas respondem por 36,2% da produção nacional, enquanto a média mundial para o grupo principal de empresas é superior a 80%.

“A principal empresa da Argentina recebeu 12,5% do total de leite; esse valor nos principais países produtores de leite do mundo está na faixa de 25 a 90%. Em meados da década de 1990, na Argentina, a empresa nº 1 do ranking recebia 23% e as 5 maiores, 55%”, acrescenta o relatório.

Ao mesmo tempo, o desastre da Sancor fez com que o sistema cooperativo recebesse menos de 5% do leite, enquanto em 1994 recebia 35%. Em nível mundial, quase 50% do leite é administrado por cooperativas.

“Os números mencionados no relatório mostram uma grande atomização no recebimento/processamento do leite na Argentina, que aumentou desde a década de 1990 e se manteve nos últimos anos, como pode ser visto no gráfico a seguir”, acrescenta a OCLA. (Edairy News)

Nos 8 primeiros meses do ano, as importações de queijos atingem novo recorde

Importações – Depois da alta registrada em julho, as importações de produtos lácteos de agosto recuaram 13,5% e 11,4%, em dólares e toneladas, respectivamente, na comparação interanual. 

Em relação ao mês anterior, a redução foi de -21% e -24%, em valor e volume.

No acumulado do ano o volume diminui 2,2% e as divisas 9%.

Ao longo do tempo, entretanto, percebe-se que as importações mantêm a ascensão iniciada em 2021 e pelo 4º ano consecutivo, as compras de produtos lácteos sobem tanto em valores como em equivalente litros de leite (EqL).

O crescimento das importações, em um primeiro momento, foi provocado pelas compras de produtos NCM0402. Nos primeiros oito meses de 2023, atingiram o recorde para o período.  

Mas, posteriormente, as importações de Queijos, iniciadas em 2023, foram sendo impulsionadas, adquirindo, em 2024, proporções nunca antes vistas. Nos oito primeiros meses do ano, subiram 84% em EqL na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Mercosul é responsável por mais de 90% de todas as importações brasileiras de produtos lácteos,  com a Argentina na liderança, seguida por Uruguai e Paraguai.

Fonte: Terra Viva com dados do MDIC


Jogo Rápido

Como reduzir as emissões de uma fazenda leiteira?
Estamos preparados para produzir leite de baixo carbono? Há diferenças nas estratégias de mitigação entre fazendas de baixa, média e alta emissão? Quais são os primeiros passos para reduzir a pegada de carbono de uma fazenda com alta emissão? É muito importante conhecer o perfil de cada fazenda para adotar as estratégias certas, e para isso, o pesquisador Luiz Gustavo mostra quais são os primeiros passos para iniciar a mitigação, ajustados aos diferentes níveis de emissão. Confira clicando aqui. (Milkpoint)


 
 
 

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Porto Alegre, 11 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.220


Projeto Carbon Free: Em parceria com o SINDILAT/RS, aula da Academia Jovens Produtores de Leite Cotribá destaca importância do bem-estar animal para melhoria da produção leiteira

Os 20 alunos vinculados da Academia Jovens Produtores de Leite da Cooperativa Agrícola Mista General Osório Ltda (Cotribá), acompanharam, nesta quarta-feira (11/09), a aula em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (SINDILAT/RS), chancelada pelo selo Carbon Free. “Esta parceria nos permite desenvolver os temas mais modernos de bem-estar animal, que comprovam aumento na produção leiteira, gerando mais produtividade e lucro para as propriedades”, assinalou Felipe Nicolodi, supervisor de Negócios do Varejo da Cotribá. 

 Créditos: Comunicação Cotribá

“Quanto maior o bem-estar, mais a vaca produz e mais rentável ela é”, reforçou  Ângelo Lacerda Serrano, médico veterinário da RAR Alimentos. Ele falou, de forma online, com os alunos no primeiro módulo realizado pela manhã. “Os produtos que têm selo de sustentabilidade, de bem-estar animal, de redução de carbono, têm muito mais apelo para o consumidor. É um tema que não tem volta. Precisamos olhar para isso nas nossas indústrias e fazendas”, recomendou. 
 

Reprodução Zoom Meetings

No formato presencial na sede da cooperativa em Ibirubá (RS), João Vitor Secco, produtor de leite da Cabanha DS de Vila Lângaro (RS), que recentemente conquistou o 1º lugar como Propriedade Referência Leiteira nos sistemas de semiconfinamento ou confinamento, destacou as vantagens obtidas com a adoção da tecnologia de ordenha robotizada. “Instalamos o robô em um primeiro momento para reduzir a mão de obra, hoje vemos que fomos muito além. Com ele tivemos melhoria na gestão, maior foco em outros setores, dados instantâneos para utilizar e tomar melhores decisões, aumento da eficiência produtiva e também bem-estar animal”, concluiu.

 

Créditos: Comunicação Cotribá

Geomar Corassa, engenheiro-agrônomo da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), detalhou o funcionamento da ferramenta digital Smartcoop. Na plataforma, o produtor registra online as informações diárias da sua propriedade rural, consulta a previsão do tempo, recebe alertas sobre suas atividades, acompanha a produção entregue, avalia os indicadores de desempenho do seu negócio e tem acesso a diversas outras funcionalidades. “Quando não estamos nos sentindo bem, procuramos um médico. O mesmo precisamos fazer com a nossa propriedade. A análise de solo é o exatamente da lavoura.”, pontuou Corassa.


Créditos: Comunicação Cotribá

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, reforçou que a parceria com a Cotribá é fundamental para disseminar as melhores práticas na produção leiteira. “Queremos agradecer pela parceria e parabenizar a iniciativa da cooperativa na formação dos jovens, visando além do conhecimento dos conceitos mais modernos de produtividade, a fixação destes produtores no campo, garantindo a sucessão na produção leiteira”. 

As informações são da Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS


Emater/RS-Ascar empossa novo dirigente

A eleição e posse de Luciano Schwerz ocorreu nesta terça-feira (10/09) durante sessão extraordinária conjunta dos conselhos administrativos (CTA/Conad) da Emater/RS-Ascar. O novo presidente da Emater/RS e novo superintendente-geral da Ascar sucede a Mara Helena Saalfeld, que estava nos cargos desde abril de 2023.

Luciano Schwerz é de família agricultora, nascido e criado no município de Sarandi. Cursou engenharia agronômica na Universidade de Santa Maria (UFSM), Campus Frederico Westphalen. Concluiu o doutorado em Produção Vegetal - Fitotecnia na Escola Superior de Agricultura, Luiz de Queiroz, (Esalq - USP) em 2017, defendendo a tese Necessidade e estratégias de irrigação para a cultura do milho no RS.

Ingressou na Emater/RS-Ascar em 2012, no escritório municipal de Sarandi, onde assumiu a chefia em 2014. Desde 2019, estava como gerente regional de Frederico Westphalen.

Em seu discurso de posse, Luciano Schwerz afirmou que espera fazer muito com a parceria dos diretores Técnico, Claudinei Baldissera, e Administrativo, Alexandre Durans. Quando olho para o horizonte, enxergo muito o agricultor. Temos um grande desafio pela frente, para levarmos uma informação técnica e social à frente, com um conjunto de ferramentas e o aprimoramento das metodologias para estarmos mais presentes no campo. É lá que vamos estar cada vez mais. Que possamos estar juntos em prol da agricultura gaúcha, disse.

Já Mara Helena Saalfeld listou ações importantes que a Emater/RS-Ascar desenvolveu durante sua gestão. Entre as conquistas, citou a realização de processo seletivo para novos extensionistas, plano de preparação para aposentadoria, programa de intercâmbio para jovens rurais no Canadá, entre outras. Mara disse, emocionada: saio feliz desta experiência de vida, saio grata a vocês que me confiaram tamanha responsabilidade, saio mais orgulhosa ainda da linda, maravilhosa e encantadora Emater.

CONSELHOS TÉCNICO E ADMINISTRATIVO

Na mesma sessão extraordinária, também foi eleito e empossado o novo presidente do Conselho Técnico Administrativo (CTA) da Emater/RS e do Conselho Administrativo (Conad) da Ascar, o secretário de Desenvolvimento Rural (SDR), Vilson Covatti.

O secretário esclareceu na eleição que colocou seu nome à disposição por considerar importante estar presente e construir com todas as entidades que fazem parte dos conselhos a reconstrução do Estado pós calamidade. Todos confiam no trabalho e na evolução da Emater, venho para somar. Não é uma intromissão, mas uma atuação mais efetiva, disse.

Covatti ainda agradeceu a Mara Helena Saalfeld pelo trabalho desempenhado na presidência da Instituição em meio à maior catástrofe climática vivida pelo Rio Grande do Sul. Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Automação Industrial | Santa Clara faz parceria com a Dalca Brasil para desenvolver de células robóticas de paletização

Projeto de automação está sendo desenvolvido para uma das unidades fabris da Cooperativa Santa Clara, por meio da solução FlexPall.

Com unidades fabris em três cidades gaúchas, a Cooperativa Santa Clara firmou uma parceria com a Dalca Brasil para o desenvolvimento de células robóticas de paletização no parque industrial localizado em Casca, no norte do Rio Grande do Sul.

O leque de segmentos passíveis de receber projetos de automação industrial tem se mostrado cada vez mais amplo. Um deles é o de lácteos, evidenciado pelo protagonismo da mais antiga cooperativa de laticínios em atividade do Brasil.

Um dos principais benefícios é a padronização que a robotização oferece.

Duas unidades da FlexPall já estão em funcionamento, além de outra em fase de implementação – apresentando ganhos que a automação vem proporcionando desde que a unidade foi inaugurada, em 2019.

Para a industrialização dos 15 milhões de litros de leite produzidos por mês pela cooperativa, todo o processo está sendo automatizado com a tecnologia da Dalca.

Um dos principais benefícios é a padronização que a robotização oferece. “Com o pallet padronizado, facilitamos a logística interna da empresa e melhoramos o armazenamento, até chegar no cliente final”, explica o diretor industrial do setor lácteos, João Seibel.

A alta produtividade e a preservação da saúde e integridade física dos colaboradores são outros pontosSanta Clara II importantes do projeto. “As células nos ajudam também na conservação da saúde física das pessoas, pois elas podem ser alocadas para outras funções”, reforça Seibel.

Na envolvedora, onde o filme strech envolve os pallets com as caixas, é possível registrar uma melhora significativa na estrutura e na segurança do pallet. “Temos um ganho na aplicação porque o pallet é padronizado.

Isso também ajuda no aumento da produtividade, pois nossa produção segue todos os dias e a robotização nos dá segurança, aumento de escala e confiabilidade para atingir as metas produtivas”, complementa.

Para entender na prática, o leite é envasado por máquinas especializadas e as caixinhas de 1L passam por uma esteira. Nela, são agrupadas em uma caixa maior com 12 litros.

O papel das células é pegar essas caixas com uma garra e coloca-las em cima do pallet. O diagnóstico assertivo para a resolução dessa demanda e o know-how Joao Seibel Santa Clarada Dalca foram determinantes para que a parceria fosse concretizada.

“Além de estarmos próximos à Dalca, pois precisamos de técnicos sempre à disposição para resolver questões técnicas, problemas operacionais e melhorias do processo, percebemos que a empresa está ao lado de vários players do mercado e acumula uma expertise em todo o país. Isso nos fez optar pela escolha desse parceiro”, destaca o diretor.

Vale reforçar que a FlexPall da Dalca oferece benefícios significativos para as indústrias que desejam otimizar seus processos, reduzir custos e aumentar a segurança na linha de paletização.

A automação com robôs permite a manipulação de cargas pesadas e maior precisão, utilizando tecnologias avançadas para, também, contribuir com ganhos sustentáveis, como a redução do uso de plástico e melhorias na armazenagem. A FlexPall se destaca por oferecer soluções personalizadas, adaptando-se às necessidades específicas de cada indústria. (Edairy news via Infor Channel)


Jogo Rápido

Alteração do Decreto nº 12.138, de 12 de agosto de 2024
Alteração - 10/09/2024,  foi publicado no DOU o DECRETO Nº 12.170, DE 9 DE SETEMBRO DE 2024 que altera a redação do  Decreto nº 12.138, de 12 de agosto de 2024, “ que regulamenta a concessão de desconto nas operações de crédito rural de custeio, investimento e industrialização contratadas por mutuários que tiveram perdas materiais decorrentes dos eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de 2024.” Elaboração www.terraviva.com.br com informações Diário Oficial da União


 
 
 

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Porto Alegre, 10 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.219


Anuário Leite 2024 reúne análises para a cadeia produtiva e traz novidade em avaliação genômica multirracial

Anuário leite 2024 -  A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – unidade Gado de Leite (Embrapa Gado de Leite) já disponibilizou ao mercado e produtores o Anuário Leite 2024 (acesse aqui). A publicação é considerada uma importante ferramenta para atualização dos pecuaristas. Além de reunir informações sobre o mercado lácteo, o material conta também com resultados de pesquisas e tendências para a produção. Uma das grandes novidades é a avaliação genômica multirracial, que está sendo desenvolvida.

Conforme o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Denis Teixeira da Rocha, o anuário vem para consolidar os principais dados e estatísticas da cadeia do leite no Brasil. Com os números, é possível traçar o que está acontecendo na cadeia como um todo, analisando desde a área do produtor, passando pela parte de comércio exterior – importação e exportação -, até a parte de indústria.

O anuário é importante porque, além dos dados que a Embrapa analisa, a gente tem participação de outras associações do setor e que contribuem com estatísticas de processamento de leite, dados da captação e do mercado de sêmen. O anuário também é muito utilizado pela cadeia como um referencial para a gente entender como é que foi o último ano da cadeia e fazer diversas análises”.

Entre as informações de mercado, o anuário mostrou que o ano de 2023 foi desafiador para a pecuária de leite no Brasil. No período, houve recorde nas importações de leite, principalmente da Argentina e do Uruguai. O ingresso desenfreado de leite importado no mercado impactou de forma negativa os rendimentos de toda a cadeia, afetando diretamente o produtor de leite.

Além da parte de análise da cadeia nacional e do mercado do leite, o anuário também reúne as novidades e os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa no que se refere às pesquisas. 

Anuário reúne pesquisas para avanço da produção de leite

Dentre as tecnologias abordadas, estão as práticas para recuperação de pastagens degradadas, técnicas para redução da pegada de carbono do leite e protocolo de biosseguridade em fazendas leiteiras.

Na questão da recuperação de pastagem degradadas, falamos da importância dessa recuperação e orientamos como o produtor pode fazer. A iniciativa é um programa de governo e que tem recebido investimentos importantes. Haverá recursos para a recuperação de pastagem e crédito subsidiado por programas de governos dentro dos planos safras”.

Há ainda soluções que estão em desenvolvimento e que, em breve, serão lançadas, como a avaliação genômica multirracial. A avaliação permitirá identificar animais Gir Leiteiro com genética superior para cruzamento com bovinos da raça Holandesa a fim de se obter o melhor Girolando.

A avaliação genômica multirracial vai reunir, pela primeira vez, os dados de três raças para fazer uma avaliação combinada. A maior parte da produção brasileira de leite vem do do cruzamento do Gir Leiteiro com o Holandês, que deu origem ao Girolando. A ideia é descobrir quais são os melhores animais para produzir esse animal cruzado, esse Girolando, nas diferentes composições sanguíneas”.

Na parte de transferência de tecnologia, conforme Rocha, o anuário destaca a iniciativa piloto de compartilhamento de conhecimentos e tecnologias focadas em bovinocultura de leite por meio da rede Embrapa com as empresas estaduais de assistência técnica e extensão rural. Em Minas Gerais, a parceria é com a Emater-MG.

Esse projeto é uma integração entre as pesquisas e a assistência técnica e extensão rural pública. Isso tem funcionado muito bem porque de nada adianta a gente gerar tecnologia e ela não chegar de forma eficiente no campo. A melhor maneira de fazer isso é de  forma integrada com os órgão de assistência técnica”. (Diário do comércio)


Assembleia do RS vota novo projeto da reforma administrativa de Eduardo Leite

Projeto reestrutura carreiras na Segurança Pública, Fazenda, Procuradoria e Agricultura

O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) dá seguimento à reforma administrativa que tem sido a principal pauta legislativa do Palácio Piratini neste segundo semestre de 2024. A Assembleia Legislativa deve votar nesta terça-feira (10) o projeto que faz alterações em carreiras da Segurança Pública, Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Agricultura. O texto é uma sequência da reforma que iniciou-se com a aprovação da reestruturação de carreiras de servidores em julho.

As propostas mais robustas são na área da segurança pública e incluem novas contratações, reajuste de salários e alterações de cargos. O impacto previsto é de R$ 879,2 milhões entre janeiro de 2025 e dezembro de 2026, quando encerra-se o governo Leite. Portanto, a repercussão financeira será de cerca de R$ 440 milhões por ano. Alterações na Agricultura trarão impacto de menos de R$ 1 milhão por ano.

Na Polícia Civil, será criado um regime de sobreaviso, com hora remunerada no valor de um terço (33,3%) extra do subsídio. Também haverá a criação de 239 Funções Gratificadas (FGs), entre chefias de gabinete, diretorias de departamentos, chefes de divisão, etc.

Na Brigada Militar (BM), serão criadas 150 FGs, cuja remuneração varia de R$ 2.878,20 a R$ 8.669,70. No Corpo de Bombeiros Militar (CBM), serão criadas 64 FGs, com a mesma variação de subsídio.

Ainda haverá a valorização da carreira de soldado na BM e CBM com a extinção do nível III de soldados, que contam com a remuneração mais baixa de entrada de carreira. Atualmente, são quase 10 mil brigadianos e bombeiros que recebem R$ 4.970,61 no nível III e passarão ao nível II, recebendo R$ 5.716,20 (aumento de 30% na entrada). Só esta alteração deverá gerar impacto de R$ 556 milhões em dois anos aos cofres do Estado.

A partir da proposta, os soldados também precisarão de menos tempo para subirem de nível de remuneração. Atualmente, um soldado levaria 20 anos de serviço para ir do nível III ao nível I. Com o projeto, o tempo reduziria para 15 anos.

O texto também envolve o Instituto-Geral de Perícias (IGP), que terá equiparação entre carreiras, com maior amplitude remuneratória, ficando todos os cargos com 40% de amplitude. Também haverá redistribuição de vagas, com aumento de vagas em classes superiores. Ainda terá a criação de 97 FGs com salário entre R$ 1.950,00 e R$ 8.669,70.

A Susepe terá 207 novas FGs com a mesma variação salarial. Ainda haverá a criação de 500 novas vagas de agente penitenciário e 50 de agente penitenciário administrativo, além da redistribuição do quadro de vagas do Técnico Superior Penitenciário entre os graus.

Na Secretaria da Fazenda, a alteração fica por conta da nomenclatura da carreira de Técnico Tributário da Receita Estadual, que passa a ser Analista Tributário da Receita Estadual.

Na Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, haverá a criação de 45 FGs de técnicos agrícolas em 15 regionais do Estado. (Correio do Povo)

CCGL recebe mais de 800 participantes no XIV Dia de Campo

Nesta quinta-feira, dia 05, a área do Tambo Experimental da CCGL foi o cenário do XIV Dia de Campo, que reuniu mais de 800 participantes em um dia repleto de aprendizado e troca de experiências. Com 8 estações distribuídas ao longo do evento, os participantes tiveram a oportunidade de se aprofundar em temas essenciais para a produção leiteira, como fertilidade do solo, gestão eficiente e saúde animal.

O jovem Wesley Pfeifer, de Condor, destacou-se entre os participantes, representando a nova geração de produtores que aposta na inovação para o futuro da atividade. Terceira geração de sua família no leite, Wesley expressou o forte compromisso com a continuidade da propriedade: “Nós temos que estar sempre em busca de evoluir. Meu pai e meu avô lutaram para que essa propriedade estivesse de pé, e eu continuo nessa missão. O Dia de Campo é uma chance de agregar conhecimento e melhorar cada detalhe do que fazemos.”

Entre os temas abordados, a estação liderada pelos especialistas Dr. Jackson Fiorin e Dr. Tiago Hörbe tratou sobre práticas sustentáveis para revitalizar a fertilidade do solo, um assunto que ressoou especialmente com o produtor Zélio Teixeira Dias, de Pedras Altas. Para ele, o sucesso da produção leiteira está diretamente ligado ao respeito pelo meio ambiente: “É tudo um ecossistema. Precisamos respeitar e manter o ambiente para garantir que nossa produção tenha os melhores resultados. Trabalhamos em conjunto com a assistência técnica para que tudo funcione como deve, e o Dia de Campo é mais uma oportunidade de aprendizado.”

Outro destaque do evento foi o debate sobre o manejo fitossanitário no milho, conduzido pelos pesquisadores Dr. Mario Bianchi, Dr. Glauber Stürmer e Dr. Carlos Pizolotto, que compartilharam estratégias essenciais para proteger e maximizar a safra de milho, uma cultura fundamental para o equilíbrio da alimentação animal. Outro assunto abordado foi como maximizar o potencial reprodutivo através de uma gestão eficaz, conduzido por Douglas Manfro, Eduardo Demarco e Andréia Beck.

Rosalvo Mühl, produtor de Victor Graeff, ressaltou a importância do conhecimento técnico, que sempre pode ser aprimorado. "Por mais que a gente trabalhe com algo há anos, nunca sabemos tudo. Sempre há algo novo para aprender, seja com o técnico que visita a propriedade, com os pesquisadores ou até com os vizinhos. Hoje, com certeza, saio daqui sabendo algo que não sabia antes", afirmou, destacando a relevância de estações como a de manejo de bezerras e práticas de reprodução, que garantem o sucesso desde o nascimento até a otimização do rebanho. Thaís Endrigo, Victória Baldin e Jaqueline Alchieri apresentaram as melhores práticas para garantir um nascimento de sucesso.

Outro ponto alto foi a estação conduzida por Darlan Schwade, Renan Dillemburg e Amanda Godoy, que apresentaram a Smartcoop, uma ferramenta tecnológica que está transformando a gestão das propriedades rurais, facilitando o controle das atividades diárias e melhorando a eficiência produtiva. Além disso, a irrigação foi tema central em outra estação, com Michel Kraemer e Tiago Kunz destacando como essa prática pode transformar a produtividade nas propriedades.

Com foco na saúde animal, Dra. Natália Bastos e Dr. Éder Motta conduziram a estação que abordou a saúde ruminal e a importância de melhorar os sólidos no leite, reforçando a necessidade de práticas que assegurem a qualidade do produto final que chega à mesa dos consumidores.

Para a Gerente de Operações da CCGL, Silvana Trindade, o dia foi fundamental para divulgar alternativas práticas que tornam a atividade mais rentável, proporcionando um momento enriquecedor para discussões de alto nível técnico e fortalecendo ainda mais o relacionamento com os produtores de leite que abastecem a indústria.

O XIV Dia de Campo da CCGL reforçou o compromisso com o futuro do setor leiteiro, unindo tradição e inovação para fortalecer ainda mais o campo. Foi um dia de inspiração, conhecimento e crescimento para todos os envolvidos. (CCGL)


Jogo Rápido

O MAPA publica as portarias 716 e 1.124
A Portaria MAPA 716 revoga IN MAPA 16/25. Portaria Mapa 1.174 aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de bebida láctea. Portaria MAPA nº 716, de 3 de SETEMBRO de 2024 Revoga a Instrução Normativa MAPA nº 16, de 23 de agosto de 2005. Acesse aqui a Portaria MAPA nº 716, de 3 de SETEMBRO de 2024 na íntegra. Acesse aqui a PORTARIA SDA/MAPA Nº 1.174, DE 3 de SETEMBRO DE 2024 na íntegra. (Terra Viva)


 
 
 

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Porto Alegre, 09 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.219


Projeto Carbon Free promove aula na Academia Jovens Produtores de Leite Cotribá

A Academia Jovens Produtores de Leite da Cooperativa Tritícola Cotribá (Cotribá) terá uma aula em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). A iniciativa será realizada no dia 11/09. “A aula será chancelada pelo selo Carbon Free, projeto do Sindilat/RS que promove discussões e ações buscando promover práticas sustentáveis no setor lácteo, alinhadas as modernas exigências ambientais”, informa Darlan Palharini, secretário-executivo do sindicato.

A primeira parte da aula será online e terá início às 10h quando ngelo Lacerda Serrano, médico veterinário da RAR Alimentos, tratará sobre bem-estar animal e certificação de propriedades. Já no formato presencial, às 11h, João Vitor Secco, produtor de leite da Cabanha DS de Vila Lângaro (RS), falará sobre uso da tecnologia de ordenha robotizada. O último módulo acontece às 13h, com Geomar Corassa, engenheiro-agrônomo da Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), que falará sobre reflexões do presente para os produtores do futuro - qualidade do solo, sistemas de produção e agricultura digital (Smartcoop).

A Academia Jovens Produtores de Leite Cotribá é uma iniciativa da cooperativa para capacitar jovens produtores, promovendo a adoção de práticas modernas e sustentáveis no campo, preparando a nova geração para a continuidade do desenvolvimento do setor. Atualmente, 20 alunos estão vinculados ao programa. “Este módulo que vai acontecer é o 15º. É muito importante já estarmos preparando estes jovens produtores para estarem preparados e possam levar isso para as propriedades”, assinala Felipe Nicolodi, supervisor de Negócios do Varejo da Cotribá. (SINDILAT/RS)


CONSELEITE MINAS GERAIS
RESOLUÇÃO DE FECHAMENTO DO MÊS DE AGOSTO/2024

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 6 de Agosto de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o 
produto entregue em Agosto/2024 a ser pago em Setembro/2024.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

 

Balança comercial de lácteos: recuo nas importações

Após o expressivo aumento nas importações de lácteos no mês de julho, no mês de agosto as importações voltaram a recuar, gerando uma recuperação no saldo da balança comercial de lácteos. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês chegou a -179 milhões de litros em equivalente-leite, registrando uma alta mensal de 56 milhões de litros em relação a julho, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações de lácteos apresentaram um recuo no último mês, atingindo o menor volume mensal exportado neste ano. Com 4,1 milhões de litros em equivalente-leite exportados em agosto, a queda mensal foi de 57%, retornando a um patamar semelhante ao observado anteriormente para as exportações brasileiras, conforme mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações de agosto apresentaram uma queda mensal. Ao todo, foram importados cerca 182,7 milhões de litros em equivalente leite, registrando uma queda mensal de 25,1%, como mostra o gráfico 3. Apesar do recuo, as importações de lácteos ainda se mantém em um patamar considerado elevado, também semelhante ao observado nos meses anteriores deste ano.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em relação às categorias importadas no último mês, o produto de maior relevância seguiu sendo o leite em pó integral industrial, que apresentou um recuo mensal em seu volume importado de menos 31%. Outros produtos de maior relevância, como os queijos e o leite em pó desnatado também apresentaram recuos em suas importações, de -6% e -37%, respectivamente.

Por outro lado, uma outra categoria, de menor relevância, dentro das importações, categorizados como “outros produtos lácteos”, apresentou um aumento mensal proporcional maior, de +186% no último mês.

Do lado das exportações, alguns produtos bastante relevantes apresentaram avanços em seus volumes exportados, sendo eles o leite condensado e o leite UHT, que apresentaram altas mensais de 13% e 27%, respectivamente. Enquanto outras categorias, também relevantes, apresentaram alguns recuos, como o soro de leite (-47%) e o creme de leite (-33%).

Apesar da menor relevância, outras categorias também evoluíram em suas exportações no mês de agosto, como ocorreu com as manteigas, que apresentaram uma alta de 401%, e o leite em pó semidesnatado, com um aumento mensal de 195%.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de agosto e julho de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em agosto de 2024.

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em julho de 2024.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que podemos esperar para os próximos meses?

Apesar da alta nos preços praticados no último leilão GDT (o maior leilão internacional de lácteos) do mês de agosto, que influenciaram nas altas observadas nas cotações dos lácteos do Mercosul, alguns produtos importados como o leite em pó integral e a muçarela seguiram mais competitivos em preços em relação aos produtos nacionais, mantendo um dos principais aspectos que influenciam as importações brasileiras, que é justamente a competitividade dos preços.

No entanto, outros fatores passaram a chamar mais atenção no último mês, que foi o aumento das exportações argentinas e uruguaias para fora do Mercosul, como ocorreu com as exportações para a Argélia, que passaram a ser mais relevantes nos últimos meses. Dessa forma, foi colocada em dúvida a disponibilidade de lácteos do Mercosul para as importações brasileiras, que seria um importante limitante para tal. Até o momento, ainda não é possível afirmar que as exportações argentinas e uruguaias para outros países diminuirão as importações brasileiras, mesmo porque, apesar das oscilações mensais, será difícil as importações brasileiras retornarem para os patamares observados antes de 2022 (abaixo dos 100 milhões de litros em equivalente-leite).

Ou seja, apesar das dúvidas, as importações brasileiras no restante de 2024 devem manter um patamar próximo do observado no último mês, com as atenções voltadas para as estratégias e preferências comerciais dos nossos principais fornecedores internacionais. (Milkpoint)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Dairy Vision 2024
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através do link: https://register.jalanlive.com/dairyvision2024?ticket=uLjp. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br.


 
 
 

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Porto Alegre, 06 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.218


RS gera impactos na captação de leite no 2º trimestre de 2024

Os resultados definitivos da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, publicados em 05/09/2024, confirmaram o sutil avanço na captação de leite no 2º trimestre de 2024.
 

Com um total de 5,83 bilhões de litros de leite captados no trimestre, a variação em relação ao 2º trimestre de 2023 chegou a 0,8%, como é possível observar no gráfico 1, um pouco acima do resultado anunciado nos dados prévios, de 0,4%.

Tabela 1. Captação mensal de leite no Brasil.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

Gráfico 1. Captação formal: Variação do volume total em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

Em relação aos resultados estaduais, Minas Gerais, o principal estado produtor do país, seguiu apresentando uma importante variação anual, de +7,1% (+94 milhões de litros) no volume captado no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2023. Sendo o grande destaque positivo para o trimestre.

Entre os demais estados que compõem os maiores produtores de leite do Brasil, Paraná foi o único, além de Minas Gerais, a apresentar uma variação anual positiva na captação formal de leite no último trimestre, com um resultado de mais 2,1%.

Em contrapartida, Goiás (-1,8%), São Paulo (-1,2%) e Santa Catarina (-0,8%) apresentaram recuos em suas captações no segundo trimestre de 2024, como pode ser observado no gráfico.

Além desses estados, havia uma grande expectativa para a variação da captação formal de leite no Rio Grande do Sul, que passou por severos desastres climáticos no período. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a captação formal de leite do Rio Grande no Sul no 2º trimestre caiu cerca de 10,1% (-72 milhões de litros) em relação ao mesmo período de 2023.

A expressiva queda observada na captação de leite no estado foi fortemente influenciada pelas enchentes que ocorreram em maio deste ano, tendo justamente este mês em questão apresentado o menor resultado de captação mensal do estado desde maio de 2011, com apenas 207,1 milhões de litros de leite captados.

A fim de comparação, caso avaliássemos os resultados trimestrais sem o Rio Grande do Sul, o Brasil apresentaria um avanço de 2,3% no segundo trimestre ao invés do resultado de 0,8%, como de fato ocorreu, mostrando a relevância da queda da captação gaúcha nos resultados nacionais observados nos últimos meses.

Ao considerar todos os estados brasileiros, Piauí seguiu obtendo o maior crescimento percentual para captação formal de leite no segundo trimestre, de +35,6%. Outros estados nordestinos também foram destaques nos crescimentos percentuais, como Paraíba (+23,6%), Rio Grande do Norte (+21,4%) e Alagoas (+12,3%).

Em termos de volume de leite, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, os principais crescimentos ficaram com os estados de Minas Gerais (+94 milhões de litros), Paraná (+17 milhões de litros), Sergipe (+7 milhões de litros) e Bahia (+7 milhões de litros).  Por outro lado, Rio Grande do Sul (-72 milhões de litros) e Goiás (-9 milhões de litros) foram os principais recuos em volume.

Gráfico 2. Variação na captação formal dos principais estados produtores entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

Dentre as regiões brasileiras, o Nordeste obteve o maior crescimento percentual no segundo trimestre de 2024, de +5,7%, seguido da região Sudeste, que apresentou um crescimento percentual de +4,3%. Em termos de volume de leite, o Sudeste (+89 milhões de litros) e Nordeste (+29 milhões de litros) apresentaram os maiores avanços, com a região Sul, mesmo em queda, se mantendo como a maior região produtora do país.

Gráfico 3. Variação na captação formal de leite das regiões brasileiras entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

O que influenciou no aumento da captação?

De forma geral, pode-se dizer que o resultado trimestral ainda positivo foi influenciado principalmente pelo estado de Minas Gerais e pelo crescimento do Nordeste, visto que os estados do Sul e São Paulo, que já vinha apresentando uma queda gradual em sua produção nos últimos anos, apresentaram recuos em suas captações.

Dentro do estado de Minas Gerais houve um importante crescimento anual no segundo trimestre de 2024, porém, vale ressaltar que esse resultado ocorreu principalmente por conta dos recuos observados no estado no mesmo período em 2022 e 2023, visto que, mesmo com o forte aumento no segundo trimestre deste ano, Minas Gerais ainda apresentou um resultado trimestral abaixo do observado para o segundo trimestre de 2020 e 2021, por exemplo. Ou seja, a base comparativa de 2022 e 2023 são mais fracas dentre o histórico recente para a captação do segundo trimestre dentro do estado.

Expectativas para o restante 2024

Para o segundo semestre de 2024, a região Sul ainda deve apresentar algumas dificuldades em seu crescimento, em virtude dos impactos sofridos com as enchentes em maio e junho. No entanto, ainda devemos observar crescimentos, puxados pelos prováveis avanços de Minas Gerais e do Nordeste.

No atual 3º trimestre, a safra de leite mais fraca no Sul do país e a seca prolongada na região Centro-Norte tem criado um período mais desafiador para a produção. Todavia, para os próximos meses, espera-se que as condições climáticas sejam mais favoráveis, o que deve refletir em um crescimento mais robusto da produção no último trimestre do ano.

É importante destacar que as adversidades climáticas e a possível chegada do La Niña neste restante de 2024 podem impactar os resultados esperados para a produção de leite brasileira. (Milkpoint)


IBGE: Pesquisa Trimestral do Leite - parte 02

O preço médio do litro de leite cru, pago ao produtor no 2º trimestre de 2024 foi de R$ 2,60, valor 4,1% abaixo do praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Em comparação ao preço médio auferido no 1° trimestre de 2024, houve acréscimo de 15,6%. (Gráfico I.14). A partir do 2º trimestre de 2024, a Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE passou a incluir o preço do leite cru pago ao produtor em seus resultados completos. Portanto, a partir desta publicação, esse indicador deixa de ter o caráter de estatística experimental. 

Segundo o IPCA, o item Leite e derivados teve alta de 9,57% no acumulado de janeiro a junho de 2024, acima do Índice geral da Inflação de 2,48%. As altas mais significativas foram verificadas para o Leite longa vida (22,84%), Leite condensado (7,68%) e no Leite em pó (3,74%). O único item a apresentar variação negativa foi o Leite fermentado (-1,30%) (Gráfico I.15).  

Gráfico I.15. Percentual acumulado no ano dos subitens de Leite e derivados e Índice geral da inflação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - janeiro a junho de 2024

A maior parte da captação de leite foi realizada por estabelecimentos que receberam mais de 150 mil litros por dia, responsáveis por 67,5% do volume captado no 2º trimestre de 2024 (Tabela I.13). 

No 2º trimestre de 2024, participaram da Pesquisa Trimestral do Leite 1 822 
estabelecimentos, 663 (36,4%) registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), 819 (45,0%) 
no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 340 (18,7%) no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), 
respondendo, respectivamente, por 89,0%,10,2% e 0,8% do total de leite captado. O Estado 
do Amapá foi a única Unidade da Federação a não participar da Pesquisa por não apresentar 
estabelecimento elegível ao universo investigado. (IBGE)

Informativo Conjuntural nº 1831 – 5 set. 2024 - BOVINOCULTURA DE LEITE

Na maior parte das regiões, a produção de leite melhorou em virtude da sequência de dias secos e ensolarados, favorecendo o desenvolvimento das pastagens de azevém e aveia e reduzindo temporariamente a necessidade de silagem e feno. No entanto, o potencial das pastagens de inverno ficou aquém do esperado, exigindo maior suplementação. Os produtores enfrentam desafios para manter a qualidade do leite. Além disso, enfrentam dificuldades adicionais, como estradas degradadas e aumento de casos de mastite nos animais.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Alegrete, a produção de leite se recuperou bem, e as pastagens de azevém e aveia respondem às adubações e proporcionam melhor oferta de volumoso de alta qualidade. 

Na de Caxias do Sul, a produtividade manteve-se estável, e há boa oferta de azevém e aveia, permitindo pastejo de vacas e novilhas. A saúde dos bovinos está adequada em razão do controle eficaz de parasitas, e a qualidade do leite melhorou devido ao clima seco. 

Na de Erechim, a produtividade das matrizes leiteiras aumentou, especialmente em animais a pasto, que apresentam bom estado nutricional e redução de mastite. No entanto, foram relatadas rachaduras nos tetos e doenças respiratórias. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite estável foi garantida pelo aumento do uso de ração e silagem, e houve leve queda no preço em alguns municípios. 

Na de Ijuí, a produção de leite a pasto está começando a declinar em razão da transição para forrageiras de verão, embora a qualidade do leite tenha sido beneficiada pelas condições climáticas secas. 

Na de Passo Fundo, a estabilidade dos rebanhos e a manutenção do escore corporal têm sido satisfatórias em virtude das condições ambientais, e não há necessidade de tratamentos diferenciados. 

Na de Porto Alegre, o baixo desempenho das pastagens exigiu suplementação com silagem de milho e ração formulada. A sanidade dos rebanhos melhorou em função do controle de mastite. 

Na de Pelotas, a alta umidade do solo dificulta o pastoreio, mantendo a necessidade de suplementação com silagem e ração. O plantio de milho para silagem está em andamento. 

Na de Santa Maria, a oferta de pastagens de aveia e azevém está adequada, mas algumas propriedades ainda enfrentam condições críticas, exigindo suplementação intensa. 

Na de Santa Rosa, a boa oferta de pasto aumentou a produção de leite e reduziu a necessidade de alimentos conservados, melhorando a rentabilidade. As condições sanitárias estão satisfatórias, e os produtores estão preparando áreas para silagem de milho, buscando projetos de custeio pecuário e agrícola. (Emater adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Semana de 05 a 11/09/2024 no RS: geada, Nebulosidade e estabilidade
A semana será marcada por tempo estável e grande variação de temperaturas no Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (06/09), o avanço de um anticiclone poderá trazer geada nas regiões da Fronteira Oeste, Campanha, Campos de Cima da Serra e pontos isolados do Sul. Apesar disso, o tempo será predominantemente estável em grande parte do Estado. No sábado (07/09), a nebulosidade aumentará devido ao transporte de ar quente e úmido da Amazônia, mas as condições se mantêm sem chuva. Já no domingo (08/09), a intensificação do Jato de Baixos Níveis aumenta a chance de precipitação nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste. Para os dias seguintes, a tendência é de tempo firme com aumento de nuvens e temperaturas gradualmente subindo, exceto na Serra, onde ainda há risco de geada. As chuvas para a próxima semana se concentram entre 5 e 30 mm nas regiões do Litoral Norte, Serra e Metropolitana, enquanto outras áreas terão volumes menores ou sem acumulados significativos. (Boletim agrometeorológico, adaptado pelo SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 05 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.217


IBGE: Pesquisa Trimestral do Leite

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (5) os resultados completos das Estatísticas da Produção Pecuária para o 2° trimestre de 2024. Os dados mostram que o abate de bovinos cresceu 17,5% em comparação com o 2° trimestre de 2023 e 6,7% frente ao 1° período de 2024. O total de cabeças abatidas chegou a 9,96 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 1997.Aquisição de Leite No 2º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,83 bilhões de litros, equivalente a um aumento de 0,8% em relação ao 2° trimestre de 2023, e decréscimo de 6,2% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No Gráfico I.12 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os 2°s trimestres regularmente apresentam a menor captação do ano, por conta do período de entressafra em algumas das principais bacias leiteiras do País. O aumento na comparação anual foi influenciado pelo incremento em abril (+3,2%), enquanto maio (-0,2%) e junho (-0,7%) registraram quedas na mesma comparação. O preço médio do leite pago ao produtor teve um comportamento de alta ao longo do trimestre, com o avanço da seca em diversas regiões produtoras, variando de R$ 2,45 em abril a R$ 2,71 em junho. Considerando a média dos três meses (R$ 2,60), o preço apresentou retração de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e alta de 15,6% em relação ao 1º trimestre de 2024. A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 39,0% do total, seguida pelas Regiões Sudeste (36,9%), Centro-Oeste (10,7%), Nordeste (9,6%) e Norte (3,8%). No comparativo do 2º trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, o acréscimo de 43,80 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 16 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (+94,72 milhões de litros), Paraná (+17,92 milhões de litros), Sergipe (+7,19 milhões de litros) e Bahia (+7,08 milhões de litros). A cheia do rio Guaíba afetou a cadeia leiteira no Rio Grande do Sul, que apresentou a maior retração do período entre os Estados (-72,56 milhões de litros). Em seguida, apresentaram variações negativas: Goiás (-9,51 milhões de litros), São Paulo (-6,89 milhões de litros) e Santa Catarina (-6,09 milhões de litros). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,5% da captação nacional, seguida por Paraná (15,1%), Santa Catarina (12,8%) e Rio Grande do Sul (11,1%) (Gráfico I.13). 

Fonte: IBGE adaptado pelo SINDILAT/RS

 

Rio Grande do Sul tem nova arrecadação recorde de ICMS em agosto

Dezenas de bilhões para a reconstrução, tipo de desastre e desempenho da economia nacional ajudam a explicar rápida recuperação das contas

O RS voltou a registrar recolhimento recorde de ICMS em agosto. Em valores nominais, o Estado quase bateu a marca dos R$ 5 bilhões (foram R$ 4.961.414.723,20) com a arrecadação do imposto no último mês. O número é o maior não somente do ano de 2024, como também de toda a série histórica da Receita Estadual.

Agosto foi o quarto mês de recolhimento superior a R$ 4 bilhões no ano, sendo o segundo consecutivo. Em julho a cifra havia alcançado R$ 4,5 bilhões, um salto tanto na comparação com o mês anterior como com o mesmo mês do ano passado. A arrecadação de agosto, em valores nominais, superou em mais de R$ 1 bilhão (R$ 1.226.512.052,21) aquela registrada em agosto de 2023. E ficou R$ 441.018.481,62 acima da de julho de 2024.

Os valores apontam para a continuidade do movimento de recuperação célere da economia gaúcha, acompanhado pelo Correio do Povo desde o encerramento dos números de junho, e registrado no período de reconstrução, após a tragédia climática que atingiu o Estado a partir do final de abril e ao longo de maio.

“A economia está crescendo, com uma retomada mais rápida do que imaginávamos. Os números indicam que estamos recuperando com folga o que perdemos. Isto nos permite seguir com as projeções de que o ICMS ultrapassará a marca dos R$ 50 bilhões neste ano, mesmo após as inundações. Há obras, liberação de crédito, as indústrias estão retomando, e daqui a pouco começa o plantio da soja”, elenca o advogado e consultor tributário Luiz Antônio Bins.

Auditor fiscal de carreira, ele comandou a Secretaria da Fazenda no final do governo de José Ivo Sartori (MDB), após três anos como adjunto, e chama a atenção para a “extraordinariedade” do que vem ocorrendo com o ICMS. “Na comparação entre os primeiros oito meses de 2024 e os primeiros oito de 2023, temos um crescimento nominal de 14,45%. Descontada a inflação do período, é um incremento real de quase 10%. Mas é possível classificar como fabuloso o dado de agosto por mais comparações”, garante.

Bins lembra que o crescimento nominal sobre julho, que já havia sido recorde, é de 9,75%. E destaca o contraste entre agosto de 2024 e agosto de 2023. “São 32,8% de crescimento nominal, o que dá 28% de crescimento real. É muita coisa”, garante.

Em agosto, a arrecadação acumulada no ano ultrapassou R$ 30 bilhões. Na soma, nos primeiros oito meses de 2024, o recolhimento do ICMS totalizou R$ 32.742.745.294,86. O montante, em valores nominais, fica R$ 4.091.370.676,98 acima do amealhado no mesmo período de 2023.

É outro dos motivos que leva o desempenho a ser considerado excelente por analistas das contas públicas: o fato de o recolhimento dos primeiros oito meses de 2024 ser melhor do que o do mesmo período de 2023, quando não houve desastre.

A destruição provocada pela tragédia climática havia ocasionado quedas na arrecadação do ICMS em maio e junho, nas comparações com os mesmos meses de 2023, fornecendo munição para a disputa política entre o governo estadual e o federal. Nela, o primeiro projetava perdas expressivas, que embasavam um discurso de reivindicações por mais recursos. O segundo reclamava da falta de reconhecimento e apostava em um aquecimento crescente.

Economista destaca três variáveis para explicar resultado
De acordo com o professor de Economia Adalmir Marquetti, da PUCRS, e que presidiu a antiga Fundação de Economia e Estatística (FEE) durante o governo Tarso Genro, um conjunto de fatores explica os recordes do ICMS nos dois últimos meses, alavancados pela reconstrução. Dentro dele, o professor destaca três variáveis.

“A primeira é que, conforme já exposto na literatura internacional, a velocidade de recuperação depende do tipo de desastre. Inundações, apesar da tendência inicial de terem efeitos superestimados, apresentam um processo relativamente rápido de recuperação”, assinala.

A segunda, conforme Marquetti, é que, para além das narrativas políticas, a economia do RS recebeu a injeção direta ou indireta de dezenas de bilhões de reais em função da tragédia climática, seja via programas de transferência de renda, auxílios, financiamentos, obras ou investimentos em infraestrutura, e os dados do ICMS traduzem seus efeitos.

“Houve uma mobilização muito forte do setor público. Claro que o governo federal direcionou muito mais recursos, porque tem mais condições financeiras. Mas o governo do Estado entrou de modo eficiente. E as administrações municipais também, dentro de suas capacidades. Isto restringiu a queda aos meses de maio e junho. A partir daí, observamos expansão.”

A terceira variável, segundo o economista, é o crescimento da economia brasileira, que acaba produzindo efeitos no RS. Na terça-feira, 03, o IBGE divulgou o PIB do segundo trimestre, com crescimento de 1,4%, na comparação com o mesmo período de 2023, alavancado pela indústria e acima das expectativas. (Correio do Povo)

Petróleo sofre tombo e atinge menor nível desde dezembro de 2023

Preocupações com a demanda fraca na China e indicações de que a Opep + pode aumentar a produção em outubro pesaram sobre a commodity

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda de mais de 4%, refletindo preocupações com a demanda fraca na China e indicações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep +) pode aumentar a produção em outubro, com a Líbia potencialmente retomando sua oferta.

O contrato futuro de petróleo WTI — referência americana — com entrega para prevista para outubro caiu 5,32% a US$ 70,34 por barril, enquanto o Brent — referência internacional — para novembro teve queda de 4,86% a US$ 73,75, seus níveis mais baixos desde meados de dezembro de 2023.

O aumento da oferta de petróleo planejado para outubro pela Opep+ exerce pressão de queda sobre os preços, diz o analista da Oanda, Zain Vawda. Segundo ele, houve preocupações de que, dada a menor demanda e os preços mais baixos, a Opep+ poderia atrasar os aumentos de oferta, mas rumores de fontes da indústria confirmaram que o plano deve seguir em

Além disso, há relatos de que os governos rivais da Líbia estão se aproximando de um acordo, o que ajudaria a restaurar a produção de petróleo no país, após dias de interrupções, com a oferta de óleo líbio voltando ao mercado internacional.

O analista diz ainda que os dados do índice de gente de compras (PMI) industrial da China divulgados no fim de semana renovaram as preocupações com a demanda daqui para frente. Ele destaca que os preços de casas novas subiram em seu ritmo mais fraco em 2024, “um sinal de que a demanda por moradias está diminuindo, o que não é um bom presságio para s demandas de matérias-primas e também de petróleo.”

Na semana pssada, o Goldman Sachs passou a projetar os preços do Brent oscilando entre US$ 70 e US$ 85 por barril, além de ter reduzido a estimativa para o preço médio do petróleo em 2025 de US$ 82 para US$ 77 por barril no próximo ano, em um movimento que reflete surpresas de alta nos estoques da commodity nos países da OCDE e um valor justo mais baixo nas estimativas para os preços no longo prazo. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

Balanço final totaliza 85,56% de declarações de rebanho entregues em 2024
Um mês após o encerramento do prazo da Declaração Anual de Rebanho, período reservado à digitação das declarações entregues em papel no Sistema de Defesa Agropecuária, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) contabiliza 307.810 declarações entregues, o que corresponde a 85,56% do total esperado. O índice se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. As Supervisões Regionais de Estrela, Osório, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Rio Pardo, Santa Maria, Santa Rosa e São Luiz Gonzaga apresentaram os maiores índices de entrega, estando acima da média estadual. A Supervisão Regional de Passo Fundo foi a que apresentou a maior porcentagem, registrando 98,42% de entregas. A preferência dos produtores foi pelo atendimento presencial nas inspetorias ou escritórios de defesa agropecuária, com 91,48% das declarações feitas por este método. Trinta e três municípios tiveram 100% de suas declarações entregues. “A penalidade aos produtores inadimplentes é o bloqueio da movimentação dos animais e uma autuação, que pode ser uma advertência, se primário, ou multa, caso seja reincidente”, explica o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), Francisco Lopes. Os produtores que não realizaram a declaração no prazo devem procurar suas inspetorias e escritórios de defesa agropecuária de referência, para proceder à regularização de seus cadastros. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 04 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.216


No agro, ‘game’ simula até gestão de floresta

Empresas e centros de pesquisa ampliam uso de soluções virtuais para treinar profissionaisA Basf e o Instituto Agronômico (IAC) desenvolveram, em parceria, um óculos de realidade virtual para treinar os funcionários da multinacional alemã sobre o uso correto de equipamentos de proteção individual. O modelo projeta um ambiente em três dimensões para simular um profissional durante o processo de ajuste dos EPIs no corpo.Hamilton Ramos foi o pesquisador do IAC responsável por liderar o projeto. Segundo ele, um dos principais problemas do dia a dia da companhia, uma das maiores dos segmentos de defensivos agrícolas e sementes, são os protocolos para uso de equipamentos de proteção individual que protegem do risco de contaminação.“Montar uma lista de recomendações é ruim. Então, criamos um óculos 3D que simula um avatar e um armário, bem simples. Ele te desafia a colocar os EPIs na ordem correta”, explica. Ao final do “minigame”, o operador recebe a lista de acertos e erros, qual seria a sequência correta de disposição dos equipamentos no corpo e por quê.Iniciativas como a de Basf e IAC têm se multiplicado no agro e não se restringem a treinamentos sobre o uso de equipamentos de segurança. Para Ramos, o fator mais importante é a fixação dos ensinamentos que se consegue com os conteúdos em formato de jogos eletrônicos em lugar de conteúdos teóricos. “No agronegócio, ainda temos uma população na área rural com baixo conhecimento técnico. São pessoas que abandonam a escola cedo para trabalhar no campo. Isso dificulta o entendimento de processos ao longo da vida”, afirma.

Referência na América Latina no desenvolvimento de tecnologia de aplicação e segurança nas operações com agroquímicos, o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico, firmou uma parceria com a Coopercitrus para levar a pequenas e médias propriedades a tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas por drones. CEA e Coopercitrus vão desenvolver um simulador de drone, a estrela do programa "Drones-SP", lançado em maio.

“Você tem uma plantação e várias configurações para diferentes estágios e pragas na lavoura. O drone executa a pulverização, e o aplicativo mostra os problemas de regulagem que você fez”, explica Ramos, que também é coordenador do projeto.

A fabricante de máquinas agrícolas John Deere também desenvolveu uma ferramenta que segue o conceito de “gamificação” — que nada mais é do que aplicar elementos de jogos em contextos fora do ambiente de jogo. Voltado ao segmento de equipamentos florestais, o “TimberSkills” é um simulador em que o operador escolhe com qual máquina vai trabalhar. O “game” dá a sensação de se estar em uma operação real. Ele ajuda a melhorar noções de distância, tempo e movimentos básicos para controlar o equipamento.

O TimberSkills funciona para todas as máquinas florestais da John Deere. Dentro do jogo, o operador cumpre tarefas e acumula pontos à medida que completa os exercícios de forma correta. No fim da simulação guiada, a ferramenta gera um relatório com os acertos e erros de quem participou da atividade, conta João Bihain, gerente de Contas Corporativas da divisão florestal da John Deere Brasil e América Latina.

O sistema permite fazer a configuração de um terreno real de trabalho, sendo possível simular um mapa e trabalhar dentro das condições de uma área específica. “O simulador não serve apenas para treinamento de iniciantes, mas para a reciclagem de operadores especializados. É uma forma de reforçar habilidades, remover vícios e atualizar novas funções e tecnologias”, afirma Bihain.

A John Deere Florestal conta com outras aplicações que utilizam realidade virtual, o que reforça o processo de “gamificação” na companhia. João Bihain relata que a empresa também tem uma linha de projetos que trabalham com óculos 3D para situações de diagnósticos e aprendizagem. “[Os games] permitem ao operador sair com uma noção real da operação de silvicultura e seja treinado em ambiente seguro, sem colocar em risco a sua saúde, o equipamento e o trabalho”, diz. (Valor Econômico)


GDT: altas perdem força

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram comportamentos diferentes entre as categorias lácteas no 363º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 03/09. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.833/tonelada, como mostra o gráfico 1, voltando a recuar após uma sequência de altas, com uma queda de 0,4% em relação ao evento anterior.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
As principais categorias acompanhadas e negociadas durante o evento apresentaram diferentes oscilações. Nesse cenário, o destaque ficou para a categoria do leite em pó desnatado, que vem em baixo patamares de preços e obteve uma valorização de 4,5%, sendo negociado na média de US$ 2.753/tonelada.

O queijo cheddar também registrou alta, sendo negociado na média de US$ 4.324/tonelada, representando um aumento de 0,9% em relação ao evento anterior. Em relação às quedas, o leite em pó integral obteve desvalorização de 2,5%, fechando na média de US$ 3.396/tonelada, assim como a manteiga, que apresentou queda de 0,9%, sendo negociada na média de US$ 6.675/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/09/2024

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
No primeiro leilão de setembro, o volume negociado apresentou alta significativa. No total 38.346 toneladas foram negociadas, um aumento de 9,8% em relação ao volume negociado no evento anterior, sendo o maior volume desde setembro de 2023, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.
No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam expectativas de aumento nos preços do leite em pó integral em comparação com os valores atuais, ficando entre USD 3500/ton e USD 3600/ton, conforme mostrado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

Em relação as futuras importações brasileiras, dois pontos seguirão sendo de extrema importância para o assunto. O primeiro deles é competitividade de preços entre os produtos importados e os produtos locais. A alta do último leilão de agosto interferiu nas cotações do Mercosul, gerando um viés de alta nas negociações de importações brasileiras. No entanto, mesmo assim alguns produtos importados como o leite em pó integral e a muçarela continuaram mais competitivos em custo quando comparados com alguns produtos locais, fortalecendo o fato de que, no quesito competitividade de preços, o Brasil deverá continuar importando grandes volumes de lácteos.

O segundo ponto se refere a disponibilidade dos nossos principais fornecedores internacionais de lácteos. Mais recentemente foi possível observar um fortalecimento nas relações da Argentina e Uruguai com países da África e do Oriente Médio, como é ilustrado no aumento das exportações de LPI do Uruguai para países como a Argélia. Dessa forma, esse ponto deve continuar em alerta para as comercializações futuras do Mercosul, podendo ser um limitador da disponibilidade das exportações de lácteos ao Brasil. (Milkpoint)

Indústria e serviços puxam o crescimento

Rio - A economia do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre na comparação com o primeiro e 3,3% na relação anual, ou se-ja, no segundo trimestre deste ano frente ao mesmo intervalo de 2023. A elevação foi impulsio-nada pela indústria, por maior consumo das famílias e por in-vestimentos. Os dados que foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram também recuperação da economia após resultados próximos de zero nos dois últimos trimestres do ano passado e de 1% no primeiro trimestre de 2024. A in-dústria, segmento que liderou a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), teve avanço de 1,8% no comparativo com o trimestre anterior, seguida por serviços com 1% de elevação. Já a agropecuária caiu 2,3%.

De acordo com especialistas, o resultado de 3,3%, acima do esperado, poderá levar o mercado a rever as previsões de crescimento para este ano para até 3% diante dos 2,5% atualmente esperados até o final de 2024.

"Crescimento que se soma ao aumento de empregos, ao consumo das famílias e à melhor qualidade de vida", enfatizou o presidente Lula numa rede social.

"Com o fim do protagonismo da agropecuária, a indústria se destacou nesse trimestre, em especial na eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e construção", detalhou a analista do IBGE Rebeca Palis. Também contribuíram para o incremento no PIB os gastos das famílias e do go-verno, assim como os investi-mentos, que foram incentivados pela redução das taxas de juros e pela disponibilidade de crédi-to, segundo a pesquisadora. 0 índice de desemprego no Brasil caiu para 6,8% no trimestre móvel de maio a julho, uma redução de 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023, que registrava 7,9%. Enquanto isso, a inflação subiu 0,38% em julho e atingiu 4,5% em 12 meses, dados apurados também pelo IBGE.

Especificamente sobre o segmento agropecuário, analistas veem muita volatilidade no desempenho dos últimos trimestres em razão de um ambiente climático "mais desafiador" e de acontecimentos como as enchentes de maio no Rio Grande do Sul. O Estado é responsável por cerca de 6,5% do PIB do território nacional. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Piracanjuba amplia portfólio com o lançamento de suplementos proteicos
Após o lançamento do Piracanjuba Whey nas versões de 23g e 15g de proteínas, a marca acaba de anunciar incremento da linha e apresenta duas novidades: o suplemento com 15g de proteínas Piracanjuba Whey Café + Energia, na versão de 250ml, e o suplemento alimentar em pó Whey Protein, com 21g de proteínas, na embalagem de 450g, em dois sabores: Chocolate e Milk. Piracanjuba Whey Café + Energia contém cafeína e taurina com 15g por porção de 250ml, 100mg de cafeína, 1000mg de taurina, adoçante natural stevia e zero lactose. É indicado para adultos, que buscam um alimento rico nutricionalmente e que auxilie na disposição, energia e foco, de acordo com orientação nutricional ou médica.  O lançamento Whey Protein Piracanjuba oferece 21g de proteínas por porção, que auxiliam na formação dos músculos e ossos; é fonte de BCAAs, essenciais para a recuperação muscular, e ainda, é fonte de muito mais proteínas e energia. O Whey Protein Piracanjuba ajuda na performance e tem duas opções de sabores: Chocolate e Milk. Ao ser vendido em embalagem de 450g, o produto pode ser fracionado, de acordo com a necessidade diária, além de poder ser utilizado em receitas, conforme a preferência do consumidor”, ressalta a diretora de Marketing, Lisiane Campos. (Piracanjuba)


 
 
 

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Porto Alegre, 03 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.215


Portaria SDA/MAPA 1.170, de 26 de agosto de 2024, Aprova Regulamento Técnico de Composto Lácteo

Foi publicada a Portaria SDA/MAPA nº 1.170, de 26 de agosto de 2024, que aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do composto lácteo, destinado ao consumo humano. Esta nova regulamentação, emitida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, define padrões rigorosos para a identidade e qualidade do composto lácteo, abrangendo aspectos como os critérios de adição de ingredientes lácteos e não lácteos, características sensoriais e parâmetros físico-químicos.A Portaria detalha a classificação dos compostos lácteos em categorias como "sem adição" e "com adição", exigindo que os produtos contenham uma quantidade mínima de proteína de origem láctea. Além disso, estabelece normas para rotulagem, incluindo a obrigatoriedade de declarar que "Composto lácteo não é leite em pó", garantindo clareza para o consumidor.Os estabelecimentos registrados terão um prazo de 365 dias para se adequar às novas regras, que visam assegurar a qualidade e segurança dos produtos comercializados. Para mais informações, o texto completo da portaria pode ser acessado no site do Ministério da Agricultura, clicando aqui. (MAPA adaptado pelo SINDILAT/RS)
 

GDT - GLOBAL DAIRY TRADE
 

 
Fonte: GDT adaptado pelo SINDILAT/RS

 

Leite/Europa 

O declínio sazonal da produção de leite na Europa foi agravado pelo tempo muito quente e úmido em grandes partes do centro norte europeu. Embora o volume produzido em todo o primeiro semestre do ano tenha registrado crescimento em toda a Europa Ocidental, as indústrias mostram números em queda nos meses de julho e agosto. 

Além dos problemas climáticos típicos, o ressurgimento de surtos de língua azul em rebanhos leiteiros causa apreensão em relação ao fornecimento de leite nos próximos meses. Para enfrentar o problema que foi registrado em regiões da Alemanha, França, Bélgica e Países Baixos, o governo francês lançou um amplo programa de vacinação para conter os surtos de língua azul, febre hemorrágica e gripe aviária. As autoridades francesas forneceram gratuitamente milhões de doses de vacinas contra a língua azul para rebanhos de cabras e ovelhas, para combater a nova variante da doença. As incertezas em relação ao fornecimento de leite provocaram alta do preço do leite. Preliminarmente, o preço médio pago na UE-27 no mês de julho chegou a € 46,23 por 100 kg. O aumento de € 1,75 no preço garantido da FrieslandCampina para o mês de setembro fez com que o preço ao produtor fosse de € 51 por 100 kg. O aumento demonstra a expectativa de que o preço de referência do leite continuará subindo. Atualmente, o preço do leite no mercado spot também reagiu e está sendo negociado a € 60,00 por 100 kg, dependendo da localidade.

Segundo dados do site CLAL, a captação de leite de vaca na UE no mês de junho de 2024 foi estimada em 12,65 milhões de toneladas, uma alta de 0,6% na comparação interanual. No acumulado de janeiro a junho o volume está estimado em 75,44 milhões de toneladas.

O tempo seco e quente reduziu a produção de leite em certas regiões do Leste Europeu, mas a produção foi forte no primeiro semestre do ano. De acordo com o site CLAL, a produção de leite de vaca de janeiro a junho de 2024 nos principais países produtores da região foram: Polônia, 6,93 milhões (+5%); República Tcheca, 1,69 milhões (+3,5%); e Hungria 901 mil toneladas (+5,8%). Fonte: Usda – Tradução livre: Terra Viva 


Jogo Rápido

10ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo já está com inscrições abertas
O secretário executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, informou que as inscrições podem ser feitas até o dia primeiro de novembro. Não há limite de número de inscrições por candidato. Ouça aqui. (Agert)


 
 
 

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Porto Alegre, 02 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.214


Expointer da retomada mostra força do agro gaúcho e fecha R$ 8,1 bilhões em negócios

A 47ª Expointer, considerada a Expointer da retomada, após a tragédia meteorológica, mostrou a resiliência e perseverança do Rio Grande do Sul ao bater recorde no volume de negócios. A feira movimentou R$ 8.100.265.792,24 em seus nove dias, número 1,41% superior ao registrado no ano de 2023.O número de visitantes foi de 662 mil até as 10h30 de domingo (1º/9). As vendas e leilões de animais experimentaram um aumento de quase 50%, com R$ 18.985.280 comercializados. O Pavilhão da Agricultura Familiar registrou recorde de vendas, chegando a R$ 10.880.097, número superior em 25,44% ao do ano passado. O setor automobilístico também teve aumento de 25% no volume de vendas, ficando com R$ 592.045.000. Máquinas e Implementos Agrícolas registraram R$ 7,39 bilhões em intenções de negócios, 0,57% a mais que em 2023.O governador Eduardo Leite destacou a recuperação do setor agropecuário, que contribui para a reconstrução do Estado. “Os números por si só demonstram a importância da realização desta feira. Mas essa edição da Expointer tem um efeito moral no ânimo e na confiança da nossa população, que nos dá certeza de que estamos construindo um Estado ainda mais forte. Agradeço a todos os copromotores que se somaram na decisão do governo de realizar a feira, uma decisão tomada ainda no momento mais crítico da crise, e que mostra, diante desses resultados que alcançamos, a força e a fibra dos nossos produtores", afirmou o governador Eduardo Leite.

O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn, apresentou os números da Expointer e destacou o movimento de superação que foi necessário para que ela se realizasse. “O local onde estamos agora estava completamente inundado quando resolvemos continuar planejando a Expointer. A sociedade gaúcha mostrou que esta é a feira da superação, uma extraordinária demonstração da força do Rio Grande do Sul”, disse. A próxima edição da Expointer já tem data definida: será de 30 de agosto a 7 de setembro de 2025.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, destacou o perfil diversificado dos expositores desta edição do Pavilhão da Agricultura Familiar, que contou com 217 mulheres, 126 jovens e 69 estreantes entre os expositores. “Muitas das pessoas que estão aqui precisaram começar do zero, após grandes perdas causadas pelas enchentes. A inclusão, inovação e qualificação são os pilares que guiam a criação da agroindústria familiar gaúcha. Neste ano, celebramos 25 anos do pavilhão, um marco histórico, repleto de lançamentos que evidenciam a criatividade da nossa agroindústria familiar”, destacou Covatti.

A subsecretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Elisabeth Cirne-Lima, ressaltou que os números apresentados são um testemunho do trabalho dedicado à realização de uma feira do porte da Expointer, logo após a tragédia meteorológica experimentada pelo Estado. “Os números falam por nós e mostram o que vemos, andando pelo Parque. Além do governo e dos copromotores, tivemos os parceiros de fora do Estado nos ajudando a fazer essa feira grande”. (GOVERNO Ascom Expointer)

 

CONSELEITE – SANTA CATARINA - RESOLUÇÃO Nº 08/2024
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 30 de Agosto de 2024 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Julho de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2024.
 

 
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.
 
 

Leite/América do Sul
 
O aumento sazonal da produção de leite vem sendo relatado em toda América do sul.  Analistas regionais dizem que a situação climática ocorrida no início do ano pode ter atrasado um pouco o aumento do fluxo sazonal de produção, mas nas semanas mais recentes o aumento da disponibilidade vem sendo registrado. 
 
Condições mais propícias, como disponibilidade de ração e clima compatível com o conforto animal, vêm sendo relatadas. Na Argentina e Uruguai, a produção de leite e a produtividade animal apresentam recuo na comparação com o período correspondente do ano passado. No Brasil e no Chile, entretanto, os resultados para a mesma comparação são positivos. Apesar disso, as indústrias não estão trabalhando com a capacidade máxima na secagem e processamento de lácteos. Nas últimas semanas o ambiente comercial foi alterado. No início de agosto, os relatos eram de poucos negócios e redução do interesse brasileiro por commodities lácteas. Na segunda metade do mês, no entanto, a demanda aumentou por dois fatores: o crescimento da demanda importadora do Norte da África que ficou robusta, e os resultados positivos do GlobalDairyTrade (GDT) da semana passada, que provocaram um rápido crescimento do interesse dos compradores brasileiros. A inflação na região está em níveis que continuam dificultando as compras no varejo. Existe consenso entre os analistas, de que se não houver alteração nas taxas de inflação/desemprego, provavelmente haverá redução de acessos aos corredores de produtos lácteos nos supermercados regionais. As indústrias de alimentos e de bebidas, são os setores mais duramente afetados pelo declínio do comércio de varejo.  Fonte: Usda – Tradução livre: Terra Viva


Jogo Rápido

 Estado anuncia novas regras para irrigação e investimento em sistema de gestão de água
O Estado do Rio Grande do Sul anunciou novas regras para a irrigação e investimentos no sistema de gestão de água durante o seminário "A Irrigação como peça-chave da adaptação climática na agricultura" na 47ª Expointer. A Resolução nº 512/2024, apresentada no evento, atualiza os procedimentos de licenciamento ambiental para empreendimentos de irrigação, simplificando o processo e oferecendo maior segurança jurídica e ambiental. Entre as mudanças, destaca-se a dispensa de licenciamento para equipamentos de irrigação e a introdução de uma Licença Única (LU) para empreendimentos de porte menor. Além disso, o governo investirá R$ 5 milhões para modernizar o Sistema de Outorga de Água do Estado (Siout), melhorando a eficiência na gestão hídrica. A iniciativa visa aumentar a área irrigada em 100 mil hectares nos próximos quatro anos, com um investimento de mais de R$ 200 milhões.