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Porto Alegre, 02 de março de 2020                                              Ano 14 - N° 3.174

Expodireto Cotrijal: 16º Fórum Estadual do Leite ocorre nesta quarta-feira

As inovações disponíveis no mercado que auxiliam no aumento da competitividade da cadeia leiteira serão foco principal da programação do 16º Fórum Estadual do Leite, evento que acontece nesta quarta-feira (4/3), na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). O encontro deve reunir mais de 300 participantes, entre produtores de leite, técnicos, pesquisadores, representantes das indústrias de laticínios e lideranças do setor. O Fórum, realizado pela CCGL e Cotrijal com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), se propõe a ser um espaço aberto de encaminhamentos sobre questões técnicas e políticas do setor lácteo. “São nesses espaços que compartilhamos cases positivos do que vem sendo realizado em prol da cadeia leiteira, visualizando o futuro e avanço do mercado para os próximos anos”, afirma o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que ao lado do secretário-executivo do sindicato, Darlan Palharini, marcará presença no encontro.

Além da inovação na produção, a edição deste ano também vai debater o controle de animais e processos na pecuária leiteira, com atenção especial à produção no Brasil para os próximos 10 anos, e como o modelo de gestão Agro+Lean poderá auxiliar o produtor de leite. Entre os palestrantes estão o professor da Universidade de Kentucky dos Estados Unidos, João H. C. Costa, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG), Paulo do Carmo Martins, e médico veterinário do Instituto Clínica de Leite (SP) Sandro Viechinieski.

Considerada uma das exposições de tecnologia agropecuária mais importante do país, a Expodireto Cotrijal 2020 ainda traz para a sua 21ª edição o espaço Arena Agrodigital, que reunirá cerca de 20 empresas e startups do agronegócio mundial, visando aproximar o setor produtivo das tecnologias disponíveis que auxiliam no aumento da produtividade e redução de custos no campo.

Confira a programação completa
8h30min – Abertura
9h – Palestra: Inovação no controle de animais e processos na pecuária de leite, com Dr. João H. C. Costa – professor da Universidade de Kentucky/EUA
10h – Palestra: Como será a produção de leite no Brasil em 2030, com Dr. Paulo do Carmo Martins – chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG)
11h20min – Palestra: Como o modelo de gestão Agro+Lean poderá auxiliar o produtor de leite, com Sandro Viechinieski – médico veterinário do Instituto Clínica de Leite (SP)
12h10min – Debate entre palestrantes e participantes
12h30min – Encerramento
Tereza Cristina se reúne com representantes do MCTIC para discutir conectividade rural
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu hoje (28) com representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para discutir medidas para ampliar a conectividade no campo.
O secretário de Telecomunicações do MCTIC, Vítor Elísio de Menezes, explicou a base legal de instrumentos e iniciativas da pasta que podem contribuir para a implantação de uma política de conectividade no campo. Essa é uma demanda do Mapa e será formulada pelos dois ministérios. A ministra observa que essa política é muito importante para avançar na modernização do campo e ampliar o acesso dos produtores às inovações tecnológicas. 
“É importante priorizar áreas rurais de utilização mais intensa de tecnologia”, avaliou a ministra Tereza Cristina ao ressaltar a necessidade de contemplar não apenas os grandes produtores, mas também os de médio e pequeno porte. Participaram também da reunião os secretários de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, e de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio. 
Com o leilão do 5G, previsto para o último trimestre deste ano, a cobertura com banda larga móvel deverá abranger pelo menos 945 aglomerados rurais, envolvendo inclusive projetos de assentamento e aldeias indígenas. Dentro desse pacote, apresentado pelo MCTIC, está também a cobertura de banda larga móvel em rodovias federais, com atendimento a propriedades vizinhas. Para o secretário de Telecomunicações, é importante evitar a sobreposição de políticas públicas e ressaltou que, no cenário tecnológico atual, é importante conectar não só as pessoas, mas o campo. “O investimento prioritário é o campo conectado”. 
Estudo encomendado pelo Mapa à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) para mapear a situação da conectividade rural mostra que menos de 4% do território nacional é conectado à internet e que há uma demanda por pelo menos 5.600 antenas para melhorar a oferta de banda larga no país. O documento está em fase de validação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 
Recursos: Para a execução da política de conectividade rural, uma das ideias em estudo é a utilização de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que arrecada, por ano, em média, R$ 1,6 bilhão. Esses recursos, atualmente, só podem, de acordo com a legislação, ser utilizados para a expansão da telefonia fixa. 
Está em tramitação no Senado Federal um projeto de lei (PL 172) que altera a legislação de criação do fundo para permitir a aplicação de seus recursos inclusive na área de telefonia móvel. Prevê ainda que administração do Fust será feita por um Conselho Gestor, com a participação do Mapa. 
O foco, de acordo com a proposta apresentada pelo MCTIC, são as áreas rurais em torno de 350 mil hectares produtivos e com maior retorno. (Mapa) 
 
Número de fazendas leiteiras dos EUA caem quase 9% em relação ao ano anterior
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que atualmente há quase 9% menos fazendas leiteiras no país em comparação com o ano passado. De acordo com os dados, os EUA tinham uma média de 34.187 fazendas leiteiras em 2019, ante 37.468 no ano anterior, ou 8,8% a menos. 
Lembre-se de que essas são médias anuais. Por exemplo, o número médio de fazendas leiteiras listadas pelo USDA para Wisconsin é de 7.720 em 2019. Wisconsin chegou a esse nível em junho do ano passado. Em janeiro de 2020, havia apenas 7.292 fazendas licenciadas para vender leite em Wisconsin, de acordo com o Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas do USDA e outras 34 deixaram o negócio em 1º de fevereiro. 
No entanto, o número médio anual de fazendas do USDA é instrutivo. Por exemplo, vários estados tiveram queda de mais de 10% no número de fazendas leiteiras em 2019: West Virginia, queda de 23%; Arkansas, Tennessee e Carolina do Sul, queda de 20%; Dakota do Norte, 19%; Carolina do Norte, queda de 17%; Michigan, queda de 12,5%; Geórgia, queda de 12,5%, Ohio, queda de 12%; Kentucky, Utah e Virgínia, queda de 11%. Nota: O Havaí tem uma fazenda leiteira restante, uma a menos que no ano passado. E o Alasca também tem uma fazenda restante, inalterada em relação ao ano passado. 
Nenhum estado relatou um aumento no número de fazendas leiteiras, mas sete estados não relataram perdas. Entre eles estavam Alasca, Colorado, Nevada, New Hampshire, Oregon, Rhode Island e Wyoming. 
Observe que mais da metade das perdas vieram de quatro estados: Wisconsin, queda de 780; Pensilvânia, queda de 470; Nova York, queda de 310, e Minnesota, queda de 250. No total, eles equivalem a uma perda de 1.810 fazendas, ou 55% daqueles que deixaram o setor de laticínios em 2019. 
Como o número de vacas nos Estados Unidos agora totaliza 9.348.000, o tamanho médio do rebanho no país passa para 273 vacas por fazenda, contra 251 vacas em 2018. Isso representa um salto de 8,9%. (Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Leite/Europa
Em muitas regiões dos grandes países produtores de leite da Europa Ocidental o inverno tem sido ameno. O resultado é condições climáticas favoráveis. Na Alemanha e na França, nas últimas semanas, o volume de leite produzido tem sido maior do que o verificado no mesmo período de 2019. A indústria declara que a disponibilidade de matéria prima é bastante boa para esta época do ano.  De acordo com a Eucolait, o volume acumulado de produção de leite na União Europeia (UE) está 0,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O ano passado encerrou forte, e em dezembro de 2019 o leite produzido foi 1,2% superior ao verificado em dezembro de 2018. O crescimento em dezembro veio de países com Alemanha, França, Itália e especialmente da Holanda, que aumentou 3,7% no último mês de 2019, quando comparado com dezembro de 2018. No entanto, a produção acumulada de 2019 nos dois maiores países produtores, Alemanha e França, ficou abaixo da registrada em 2018. A produção acumulada no ano foi maior na Irlanda, Reino Unido e Espanha. A produção de queijo em dezembro de 2019 na UE cresceu 1,5% na comparação anual. Durante todo o ano o aumento foi de 0,2%. Na Alemanha, o maior produtor de queijo do bloco, subiu 5,3% em dezembro em comparação com dezembro de 2018, e no acumulado do ano o crescimento foi de 2,1%. Na França, o segundo maior produtor de queijo, a elaboração de queijos em todo o ano aumentou 0,6%, mas, em dezembro, houve queda de 0,6% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior. No Leste Europeu, a Polônia continua sendo o maior produtor de leite, e em todo o ano de 2019 os volumes subiram 1,9%, de acordo com a Eucolait. Em dezembro de 2019 a produção de leite cresceu 1,8% quando comparada com dezembro de 2018. A produção de queijo na Polônia em 2019 aumentou 3,9%. A variação percentual em dezembro foi de 5,5%. (USDA)

 

 

Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.173

Reforma tributária trará grandes impactos para o setor lácteo. Participe e entenda

Uma das ações consideradas prioritárias para o atual governo é a Reforma Tributária, cujas medidas visam a simplificação da atual tributação. Para isso, tramitam duas propostas, uma na Câmara de Deputados (PEC 45) e outra no Senado (PEC 110) que podem ter grandes impactos no setor leiteiro, caso sejam aceitas sem alterações. Para melhor entender essas questões, o MilkPoint, com apoio da Fermentech, organizará um webinar gratuito com Marcelo Martins, Diretor da Viva Lácteos e Dr. Eduardo Lourenço, advogado tributarista, no dia 02/03, às 17h. 

Em ambas as propostas, os tributos incidirão sobre todos os bens e serviços adquiridos e comercializados, o que impactará a cadeia láctea como um todo, desde o produtor de leite até o consumidor. “Se não houver nenhuma alteração no que vem sendo proposto até então, todos os produtores rurais, inclusive os de leite, serão contribuintes deste imposto sobre bens e serviços, ou seja, haverá necessidade de um livro caixa e da emissão de nota fiscal de venda. O total a pagar será a diferença entre o valor do imposto devido pelo produtor, destacado na nota, e o crédito com a aquisição de bens e serviços. Haverá a necessidade da contratação de contador, para organizar a apuração do imposto a ser recolhido pela propriedade”, explicou. 
Neste momento, os produtores de leite têm alíquotas zero de PIS/Cofins para diversos insumos utilizados na produção. Se a reforma for aprovada tudo isso será tributado, elevando o custo de produção. Além disso, há uma preocupação com os pequenos produtores (menores que 500 litros/dia), que utilizam menos insumos no processo de produção, e vão acabar pagando mais impostos por litro de leite produzido quando comparado às propriedades com grandes volumes. 
A nova tributação também terá impactos consideráveis no preço do leite da indústria para o varejo. “Segundo estudos que fizemos recentemente, partindo de um leite UHT vendido no atacado a R$ 2,44, se adicionarmos o imposto com alíquota de 25%, o litro terá que ser vendido a R$ 2,86, para termos a mesma margem de lucro de 3 centavos no litro de leite UHT. Como o repasse desse preço para o consumidor é difícil, a indústria e o produtor terão que arcar com a parte do custo que a população não suportar”, comentou. 
No varejo, por sua vez, à medida que se tem um aumento na carga tributária, observa-se restrição no consumo de lácteos, sobretudo das classes mais baixas, que representa a maioria da população brasileira. “Uma carga tributária como a que está sendo proposta, elevaria em 23% o custo da cesta básica”, apontou Marcelo. “Além disso, caso haja aumento de preços ao consumidor, há risco de ampliação das importações, o que será mais bem tratado no webinar”, disse.
Diante disso, o webinar tem como proposta esclarecer a todos os envolvidos no setor (técnicos, representantes de laticínios, cooperativas, produtores rurais etc.) os impactos da reforma tributária. “O setor lácteo tem várias especificidades que devem ser tratadas de uma forma adequada. Todos os envolvidos devem participar das discussões e propor mudanças para manter a nossa competitividade”, pontuou Marcelo Martins. (Milkpoint)
 
 
Secretaria de Defesa Agropecuária publica prazos para aprovação de processos
Foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira (27), a Portaria nº 43 que estabelece os prazos para fins de aprovação de licença, autorização e registro (atos públicos de liberação) de responsabilidade da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A medida atende ao disposto no Decreto 10.178, de dezembro de 2019, que regulamenta a Lei de Liberdade Econômica (Lei nº 13.874). 
Os prazos foram estabelecidos para dar mais celeridade aos atos da Secretaria. Foram baseados no risco identificado em sete áreas temáticas - podendo ser de baixo, médio e alto. A definição do risco está relacionada à complexidade da atividade desenvolvida, levando-se em consideração a inocuidade, fidedignidade, eficiência e qualidade dos produtos obtidos e destinados à comercialização; e impacto na saúde da população, na sanidade animal e no ambiente, sendo assim necessária análise técnica complexa. 
A Secretaria destaca que está mantido o controle rígido dos estabelecimentos e produtos agropecuários, com as garantias necessárias ao consumidor, e que não há risco de aprovação de atos sem análise técnica ou que não atendam à legislação vigente. 
A iniciativa confere transparência e previsibilidade ao setor produtivo, que passa a conhecer previamente o prazo máximo de resposta a seus requerimentos, com a possibilidade de aprovação tácita em caso de ausência de manifestação do órgão ou entidade responsável pelo ato de liberação para o exercício de atividade econômica. 
Os prazos indicados na portaria podem ser revisados a qualquer momento, uma vez que a Secretaria de Defesa Agropecuária mantém uma revisão constante dos processos internos. A portaria entra em vigor no dia 1º de abril de 2020.
 
Desburocratização: A Lei de Liberdade Econômica (Lei nº 13.874) instituiu a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, que trouxe inovações significativas como a retirada da necessidade de autorização prévia pelo Estado para exercício de atividades de baixo risco, o direito do interessado de conhecer previamente o prazo máximo para a análise de seu pedido pela autoridade competente e a aprovação tácita para todos os efeitos, em caso de inércia da administração pública. (Mapa)
 
 
Mestrado profissional em Alimentos de Origem Animal recebe inscrições
O Programa de Pós-graduação em Alimentos de Origem Animal (PPGAOA) está com inscrições abertas para o processo seletivo de mestrado profissional em Alimentos de Origem Animal, com ingresso no primeiro semestre de 2020. As inscrições podem ser realizadas até 6 de março via sistema de inscrição para processo seletivo de pós-graduação stricto sensu.
O processo de seleção inclui prova escrita, com realização no dia 19 de março, e entrevista individual. As linhas de pesquisa envolvem produção e inovação, avaliação e controle, e inspeção na área de alimentos de origem animal. 
O edital e informações relativas ao processo seletivo podem ser obtidos na página do PPGAOA. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone (51) 3308.6122 e pelo e-mail ppgaoaveterinaria@ufrgs.br. (UFRGS) 
 
 
Plataformas digitais
Mais de 67% das mulheres que atuam na pecuária de leite acreditam que aplicativos e plataformas digitais são importantes na gestão da propriedade. Os dados fazem parte do levantamento realizado pela Roberta Züge, diretora administrativa do Conselho Científico Agro Sustentável. 
 
Quando perguntadas se tem vantagem usar plataformas digitais na pecuária de leite, 67,3% das produtoras responderam que sim. Já 28,6% responderam que talvez e 4,1% disseram que não. 
 
Já em relação às redes sociais mais utilizadas, 42,9% responderam que preferem o Facebook. Outras 29,6% usam mais o aplicativo de mensagem WhatsApp e 20,4% optam pelo Instagram. Acesse ao vídeo (Canal Rural)
 
 
Brucelose e tuberculose - Aberta inscrição para treinamento 
O Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado, em parceria com o Ministério da Agricultura e a Universidade de Cruz Alta (Unicruz), promove a 51ª edição do Treinamento para o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal, de 16 a 20 de março, em Cruz Alta. Este programa visa diminuir zoonoses na saúde humana e animal, além de estimular a competitividade da pecuária brasileira. A atividade é voltada para veterinários. As inscrições custam R$ 1.300,00 e podem ser feitas mediante contato com o email pncebt.unicruz@gmail.com. (Correio do Povo)
 

 

 

 

Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.172

Argentina deve taxar mais exportação de soja 
O governo argentino fechou ontem o registro de exportações agrícolas. A medida sinaliza iminente alta de 30% a 33% do imposto sobre exportações da soja e derivados 
O governo argentino fechou ontem o registro de exportações agrícolas. A medida sinaliza iminente alta de 30% a 33% do imposto sobre exportações da soja e derivados. O clima é de tensão entre o governo e o agronegócio, com ameaças de locaute - quando produtores suspendem a venda de seus produtos como forma de fazer pressão. 
Os rumores de aumento do impostos começaram na semana passada. O ministro de Agricultura, Luis Basterra, convocou então líderes das principais entidades do setor para uma reunião hoje.
Mas o fechamento das exportações ontem surpreendeu representantes do setor. A Confederação Rural Argentina (CRA) acusou o governo de ter cometido “uma nova traição” ao setor. Em nota, a entidade disse que o fechamento das exportações foi decidido sem nenhuma consulta e “deixa uma profunda sensação de engano”. 
Na campanha eleitoral do ano passado, o presidente Alberto Fernández prometeu ao setor “não repetir os erros do passado”, em referência ao governo kirchnerista [2003-2015] que taxou fortemente as exportações. (Valor Econômico)
 
O coronavírus impacta na cadeia láctea chinesa
Lácteos – O coronavírus está afetando a economia chinesa, e pelo peso que esta tem no mercado mundial, os efeitos atingem vários pontos do mundo. Os lácteos não escapam dessa situação. Sandy Chen, analista sênior de lácteos do Rabobank, analisou os possíveis efeitos no mercado mundial de produtos lácteos, e que eles não podem ser ignorados. 

“O impacto da epidemia na demanda de produtos lácteos deveria ser de curto prazo”, mas, advertiu que “a incerteza sobre a duração real do impacto e o persistente reflexo psicológico poderão ocasionar danos significativos ao consumo, que longo afeta o processamento, a produção e a importação”.
 
Os produtos lácteos, que tradicionalmente são comprados para eventos comemorativos foram afetados gravemente. O Rabobank estima que, em 30 dias, o impacto do coronavírus poderá representar redução de 2 a 4% no consumo de leite fluido na China.
 
Também, se for levado em consideração que o consumo de queijos na China é através dos canais de serviços de alimentos, o Rabobank entende que em 30 dias as importações poderão ter redução de 5%.

Chen disse que a captação de leite cru e o reabastecimento dos processadores ficaram atrasados em decorrência dos rígidos controles e escassez de mão de obra depois do Ano Novo Chinês.

Ao nível das fazendas, são os estabelecimentos pequenos e médios que sofrem os maiores golpes.
 
O governo alerta sobre a importância de se manter a oferta de alimentos estável, em termos de produção, distribuição e logística, o que pode exercer maior pressão, do que o habitual, sobre o preço dos lácteos.

Chen disse que em 2019 a China importou quase 670.000 toneladas de leite em pó integral (+30%), e um recorde de 340.000 toneladas de leite em pó desnatado (+23%). Inicialmente, o Rabobank esperava que as importações da China no primeiro semestre de 2020 cairiam 3% e cresceriam 1% durante todo o ano.
 
Mas, o coronavírus impôs mudanças no prognóstico do Rabobank, que agora projeta um 2020 com queda de 1% na demanda total de lácteos, podendo representar potencial redução de 11% nas importações. Se a demanda total de lácteos cair 5%, as importações poderão ser 25% menores em 2020.
 
E faz uma advertência: “o grande impacto no serviço de alimentos, os efeitos colaterais poderão impulsionar os exportadores desse segmento a mudar parte da produção de queijo, manteiga e creme para leite em pó integral e desnatado, o que resultaria em maiores estoques no mercado mundial”.
 
O diretor do mercado de lácteos da consultoria INTK FCStone, Nate Donnay, lembrou que nos próximos 12 meses os lácteos chineses poderão ter uma queda de 3 a 10% nos preços devido ao coronavírus. (Todo El Campo)

 

GO: índice de preços da cesta de derivados lácteos apresentou queda de 1,3%
O Boletim de mercado do setor lácteo goiano tem como objetivo apresentar os resultados do índice de preços da cesta de derivados lácteos definida pela Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás. A seguir, são apresentados os resultados para o mês de referência de fevereiro e que foram levados à reunião deliberativa da câmara técnica no dia 27 de fevereiro de 2020.

No mês de fevereiro, a indústria de laticínios do estado de Goiás teve uma redução do preço médio da sua cesta de derivados lácteos, comparado com o mês anterior1. As baixas nos preços médios foram observadas para o leite UHT, queijo muçarela e creme de leite a granel que caíram, respectivamente, −1,22%, −3,21% e −5,5%. Por outro lado, os preços médios do leite em pó e do leite condensado aumentaram 1,03% e 1,63%, respectivamente.
 
Com base nessas variações individuais, o índice da cesta de derivados lácteos teve uma variação total ponderada de −1,30%, indicando, portanto, uma tendência de queda para o preço do leite in natura, comercializado no próximo mês.

Obs: Os preços do leite condensado se referem aos meses de dezembro e janeiro, respectivamente. Essa defasagem ocorre porque a pesquisa de preços do leite condensado possui periodicidade mensal e os valores são divulgados apenas na última semana do mês de referência. (As informações são da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás e do Instituto Mauro Borges)
 
PIB – Expansão pode chegar a 4,1%
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima crescer de até 4,1% para o Produto Interno Bruto do Setor agropecuário em 2020. Os melhores desempenhos serão do café (13,1%), da soja (8,7%) e da Suinocultura (4,5%). O cálculo usou os prognósticos de safra do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
 

 

 

 

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.171

Argentina vive inferno cambial com 12 taxas diferentes do dólar  

Após breve período de normalidade, crise econômica fez com que os governos Macri e Fernández voltassem a criar taxas de câmbio diferentes. Isso gera custos e distroções na economia e inibe investimentos

Se você já se atrapalha com as duas taxas de câmbios existentes no Brasil, o dólar comercial e o dólar turismo, poderá imaginar o sofrimento dos argentinos. Após passar quatro anos com câmbio quase normal, a Argentina vive um novo “déjà vu” e voltou a ter um mercado confuso, com 12 taxas de câmbio. Restrições e impostos criaram quase uma cotação para cada segmento da economia. 

Na Argentina, além do câmbio oficial, do comercial e do paralelo, existem os seguintes tipos: “bolsa ou MEP”, “contado com liquidação ou CCL”, “nación”, “solidário ou turista”, “solidário com perdão”, “soja”, “milho”, “carne” e “vinho”. 
“Com tantos tipos de câmbio, é difícil ter um cálculo econômico, porque a gente tem uma cotação para a entrada de recursos e outra diferente para recursos que saem”, reclamou o diretor do Instituto de Estudos Econômicos e Negociações Internacionais da Sociedade Rural da Argentina (SRA), Ezequiel de Freijó. 
Essa situação disfuncional é recorrente na história do país, assim como as crises, mas com variações, conforme o governo. O único período mais longo em que não houve desdobramento cambial foi durante a conversibilidade, regime no qual um peso valia um dólar e que durou de 1991 a 2002. 
Nos governos de Néstor Kirchner [2003-2007] e Cristina Kirchner [2007-2015], a adoção de medidas de restrições, o chamado “cepo cambial”, reavivou a multiplicidade de câmbios que havia antes da conversibilidade. 
Com a chegada de Maurício Macri ao poder, o “cepo” foi liberado, e o mercado, normalizado. Contudo, após a derrota nas eleições de outubro, para conter a fuga de dólares e evitar o esvaziamento total das reservas do Banco Central, Macri limitou a compra de divisas a US$ 200 por pessoa ao mês e a remessa de divisas ao exterior. 
Para driblar as restrições, pessoas físicas e jurídicas passaram a recorrer a dois diferentes tipos de operações na Bolsa de Buenos Aires para obter divisas legalmente. 
Um deles é o “dólar bolsa” ou MEP, pelo qual se obtém dólares por meio da compra de um papel em pesos que é vendido, em seguida, em dólar. O outro é o “contado com liquidação” (CCL), que usa o mesmo mecanismo, mas faz uma triangulação com títulos no exterior, para enviar os dólares obtidos na operação para fora do país. 
“Sempre que há restrições, o mercado acha uma forma criativa de superá-las, mesmo pagando mais, porque ninguém quer ficar com pesos na mão num ambiente de alta inflação, rendimento de depósitos com taxas negativas e incertezas sobre o futuro de economia”, disse o diretor da consultoria Econviews, Miguel Kiguel. 
Sem entradas de divisas, ao assumir a Casa Rosada, em dezembro, o presidente Alberto Fernández manteve as restrições de Macri e criou impostos que somaram outros diferentes valores do dólar, conforme o setor. Ele taxou com 30%, sobre a cotação oficial, todas as compras de divisas para poupar e de passagens internacionais em moeda estrangeira e as operações com cartões de crédito no exterior 
Essa cotação ganhou o nome de “dólar turista ou solidário”, pelo nome da lei que a criou. A mesma taxação atingia as plataformas de serviços digitais, mas o governo recuou e a baixou de 30% para 8% e essa cotação ganhou o apelido de “dólar solidário com perdão”. 
O pacote incluiu o aumento de alíquotas das “retenções” (impostos cobrados das exportações do agronegócio) que já existiam (caso da soja e derivados) e voltou a aplicar sobre outros dos quais Macri havia retirado, como trigo e carne. Como cada produto tem uma alíquota diferente, esta se reflete na cotação na hora de exportar. 
O “dólar soja” é usado para as vendas de todo o complexo da oleaginosa: óleo, farelo e grão; o “dólar milho” aplica-se nas vendas desse cereal, além do trigo e do girassol; o “dólar carne” é utilizado para a exportação de todos os tipos de carnes, leite em pó, arroz, amendoim e lã; e, finalmente, o “dólar vinho” é a cotação para as vendas externas dessa bebida, além de frutas, açúcar e infusões. 

Para o analista de mercado Salvador Di Estefáno, esta multiplicidade é um grave erro. “Gera um cenário de confusão geral que atenta contra o investimento, provoca queda na produção e no PIB e fuga de capitais”, disse.

Esta distorção leva a que, por exemplo, os produtores de milho e trigo deixem esses cultivos e passem à soja, cujo custo de produção é menor. “Isso ocorreu em 2008 e 2015. Isso reduziu a produção de milho e trigo e não permitiu a rotação de cultivo nos campos, levando a uma piora dos solos.”

Para completar o combo de cotações, há ainda o “dólar nación” (nação), que é referência nas operações internas para negociar contratos, e o dólar paralelo, mais conhecido como “blue”, que é ilegal e muito procurado por quem tem dinheiro não declarado ou não usa operações do mercado financeiro.
Esse dólar é achado nas ruas portenhas, como Florida, Corrientes e outras, onde estão os doleiros clandestinos, chamados de “arbolitos” e que ficam em pé gritando “câmbio, câmbio”. Também é operado nas “cuevas” (cavernas), as toleradas casas de câmbio ilegais. (Valor Economico)
 
 

Técnica facilita adubação orgânica com dejetos de bovinos
Os dejetos da pecuária bovina têm grande potencial poluente e são um problema para os produtores. Em grande parte das propriedades terminam descartados diretamente no solo.

No entanto, esse resíduo – uma mistura de estrume, urina, restos de ração e água de limpeza proveniente, em sua maior parte, de salas de alimentação e ordenha – é rico em nitrogênio e fósforo, nutrientes que podem ser utilizados para a adubação de lavouras comerciais, explica a engenheira Graziela Barbosa, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater.

Foi pensando nessas duas características que a pesquisadora desenvolveu uma metodologia para estimar a quantidade de nitrogênio e fósforo dos dejetos líquidos de bovinos, visando o aproveitamento desse material como fertilizante orgânico, em vez do simples descarte no solo. “A ideia era criar uma técnica rápida e possível de ser feita no campo para o produtor usar o dejeto com critério agronômico”, ela conta.

O resultado é a publicação “Uso do dejeto líquido de bovino baseado nos teores de nitrogênio e fósforo”, que traz a metodologia passo a passo e foi apresentada neste mês em Cascavel, no Oeste, durante o Show Rural. Além de Graziela Barbosa, também figuram como autores da obra o pesquisador Mário Miyazawa, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater, e Danilo Bernardino Ruiz, doutorando em química na Universidade Estadual de Londrina (UEL). O material pode ser baixado aqui. 

Técnica
O cálculo do teor de nitrogênio e fósforo presente nos dejetos é feito com ajuda de um densímetro. Trata-se de um instrumento de laboratório parecido com aquele que se vê nas bombas dos postos de combustível, e que pode ser encontrado com facilidade no comércio, segundo a pesquisadora.

A partir da medida obtida no densímetro, o produtor consulta uma tabela para saber quanto há de nitrogênio e fósforo nos dejetos de sua propriedade. “Além de dar uma destinação adequada aos dejetos que gera na propriedade, o produtor diminui a quantidade desses nutrientes na adubação química e, com isso reduz o custo de produção da lavoura”, esclarece Graziela.

De acordo com ela, perto de 170 mil propriedades dedicadas à pecuária no Paraná podem aproveitar dejetos líquidos de bovinos na adubação de lavouras e, dessa forma, reduzir o risco de poluição do solo e dos rios.

Parceria
O desenvolvimento da tecnologia resulta de parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater, Itaipu Binacional e Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (Fapeagro), no âmbito do Projeto Ibitiba, um convênio de cooperação técnica entre as três entidades com o objetivo de promover e apoiar o desenvolvimento agrícola sustentável no Oeste do Paraná.  (Agronômico do Paraná)

Como estamos preparando o mercado para nossos sucessores?
Um dos temas mais debatidos no agronegócio é a sucessão rural.

 
Várias entidades estão preocupadas em encontrar maneiras do jovem permanecer no campo. Cursos, treinamentos e palestras são algumas iniciativas voltadas ao assunto. 
Todo este empenho tem tido um progresso significativo. 
Cada vez mais os pais vem preparando os filhos para dar continuidade ao negócio da família, bem como estão entendendo as necessidades dos jovens e o que é preciso fazer para que ele se mantenha no campo.  
O jovem também está procurando se capacitar para assumir a propriedade, está vendo vantagens em ficar na fazenda ao invés de ir para a cidade. 
Na pecuária de leite, a necessidade de sucessão preocupa todos os elos da cadeia. Todos querem que o jovem fique no campo para que tenhamos quem produza alimento no futuro. 
Até aqui muito bem.  
Mas quem vai comprar este alimento produzido? Quem vai consumir este leite e derivados?  
Precisamos, nós produtores e as entidades envolvidas com a cadeia do leite, preparar o mercado para nossos jovens. Precisamos conscientizar o consumidor e trazer para ele informações reais sobre nossos produtos. 
Um consumidor bem informado, consciente do que está consumindo, não vai acreditar em fake news e nem em falácias de artistas em redes sociais. 
Nosso trabalho tem que ser focado em trazer o consumidor para nosso lado. Não precisamos discutir, brigar e xingar, isso não muda a mentalidade de ninguém, muito pelo contrário, só pioram as coisas. 
Uma grande ferramenta, de alta velocidade, que temos em mãos são as redes sociais. Devemos usá-las para propagar as maravilhas do leite, as coisas boas do agro, o prazer, alegria e satisfação que sentimos em produzir alimentos. 
Não devemos implorar respeito e admiração, devemos mostrar motivos para que eles nos respeitem e nos admirem.  
Ninguém compra por pena, as pessoas compram aquilo que satisfaz suas necessidades. Tem que haver uma forma branda de mostrar que os alimentos produzidos por nós são seguros, de qualidade e que farão bem a saúde de quem consumir.
O dia em que conseguirmos um diálogo amigável com o consumidor, aproximando-o de nós, ganharemos a confiança dele e, assim, deixaremos um mercado promissor para nossos sucessores. (Milkpoint)

Estiagem/RS
Impactos da estiagem já são sentidos na indústria. A captação de leite também ficou abaixo do esperado.  Acesse ao vídeo (GloboPlay)
 

 

Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.170

Carlos Joel é empossado presidente da Fetag-RS para 2020/2024
Foto: Letícia Breda
 
O presidente reeleito da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, foi empossado nesta sexta-feira (21/02) para assumir a entidade na gestão 2020/2024. A cerimônia foi realizada na sede da federação, em Porto Alegre, e contou com a presença de autoridades políticas, como o governador Eduardo Leite, o secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Fernando Schwanke, o secretário da Agricultura do Estado, Covatti Filho, o senador Luis Carlos Heinze, o deputado federal Heitor Schuch, o deputado federal Jerônimo Goergen, o deputado estadual Elton Weber, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, entre outras. O Sindilat esteve representado pelo diretor tesoureiro, Jeferson Smaniotto e o pelo secretário-executivo, Darlan Palharini. Além disso, ainda estiveram presentes representantes das Cooperativa Piá e Languiru, agricultores gaúchos e jornalistas.
Durante seu discurso de posse, Silva destacou que os agricultores estão vivendo a década das Nações Unidas para a agricultura familiar, o que representa a importância e visibilidade que a categoria vem conquistando no mundo. “O Brasil e o mundo estão voltando sua atenção para o espaço dos agricultores familiares na sociedade”, afirmou. Para o presidente, o agricultor está produzindo cada vez mais, mas ainda existem problemas. “Precisamos de um olhar para o futuro”, reforçou. 
Para o Sindilat, a Fetag e o sindicato cultivam um importante relacionamento em prol da produção de leite, parceria que foi utilizada em diversos momentos da última gestão. “Acreditamos no trabalho do presidente reeleito Carlos Joel da Silva e estaremos ao lado da Fetag para seguir trilhando um caminho de crescimento em prol do agronegócio gaúcho”, destacou Smaniotto. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Conseleite/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Fevereiro de 2020 na cidade de Chapecó, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Janeiro e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 
VALORES DE REFERÊNCIA1 DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE)
1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.
Períodos de apuração
Mês de Dezembro/2019: De 02/12/2019 a 29/12/2019
Mês de Janeiro/2020: De 30/12/2019 a 02/02/2020
Decêndio de Fevereiro/2020: De 03/02 a 16/02/2020
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)
 
 
Consumo de lácteos reduz a apneia do sono
Os alimentos lácteos desempenham um papel importante na melhoria do sono. E agora, um relatório recente, publicado no Journal of Advances in Dairy Research, aponta que o leite e seus derivados podem reduzir a quantidade de interrupções respiratórias de uma pessoa durante o repouso, distúrbio conhecido como apneia do sono.
 
Nos Estados Unidos, entre 3% e 7% da população sofrem com a apneia do sono, que é considerada um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes tipo 2. Identificar quais alimentos tornam a apneia do sono melhor ou pior poderia ter efeitos positivos no desenvolvimento dessas doenças crônicas.
A dieta e o sono de mais de 100 pessoas foram estudados. Os especialistas realizaram a medição do número de interrupções respiratórias por hora, assim como os alimentos ingeridos pelo grupo analisado. Além de identificar os alimentos que estão associados à maior frequência de apneia durante o sono, os autores relataram que os participantes do estudo que consumiram duas porções de laticínios por dia apresentaram apneias menos severas. (Blog Nutron)
 
 
Santa Clara lança Queijo Cheddar inspirado na receita original inglesa
Para ampliar sua linha de produtos e oferecer ainda mais opções aos consumidores, a Cooperativa Santa Clara lança o Queijo Tipo Cheddar, produzido com base na receita genuína do produto, de origem inglesa. A novidade chega às gôndolas na versão cunha, com aproximadamente 180g, e em forma de cerca de 5kg, ambas com maturação de 120 dias. Com estes lançamentos, a Santa Clara soma 43 tipos de queijos em 80 apresentações diferentes. 
Entre as principais características do Queijo Cheddar Santa Clara está sua coloração alaranjada e sabor suave e marcante, além de sua consistência semidura, que ainda mantém o derretimento ideal para diversos preparos.
A variedade atende as necessidades do consumidor final e para uso food service, com duas opções de gramatura, e pode ser utilizada em diferentes pratos, como em molhos, hambúrgueres, sanduíches quentes, gratinados, além de tábuas de frios. Harmoniza perfeitamente com as cervejas Ipa e Pale Ale e vinhos mais frutados como Cabernet Sauvignon ou Porto Tawny 10 anos.  (Santa Clara)
Novo presidente da Conab
Guilherme Soria Bastos Filho é o novo diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele assume a condução da estatal, no lugar de Newton Araújo Silva Júnior, que ficou no cargo durante um ano e foi exonerado a pedido. O comunicado foi publicado nesta quinta-feira (20), em resolução do Conselho de Administração da Conab (Consad). Desde fevereiro de 2019, Bastos havia ocupado o cargo de Diretor de Política Agrícola e Informações da empresa. Formado em agronomia pela Universidade Federal de Viçosa, Guilherme Bastos possui mestrado em agricultura com concentração em economia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)/USP e mestrado em Agricultural Economics pela University of Maryland/EUA. Atuou como consultor de gestão e mercados agrícolas em empresas privadas e como especialista de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas, do Instituto Brasileiro de Economia e do Centro de Estudos Agrícolas (IBRE/CEA). Quem assume a Diretoria de Política Agrícola e Informações da Companhia é Bruno Scalon Cordeiro, atualmente diretor de Operações e Abastecimento do órgão, que acumula interinamente a vaga. (Conab)

 

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.169

Caminhoneiros mantêm paralisação 
Gaúchos não devem aderir ao movimento nacional que aguarda votação do frete no Supremo 
A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) vai manter o chamado de paralisação nacional. "A orientação é que a categoria pare em casa, faça manutenção do veículo, pare em postos de gasolina com faixas de defesa da pauta e não crie bloqueios em rodovias", diz o presidente da Abrava, Wallace Landim, o Chorão. A mobilização deve ocorrer das 6h às 18h. A ideia inicial era permitir o acompanhamento da votação hoje no Supremo Tribunal Federal (STF), que julgaria três ações que contestam a constitucionalidade da política de tabelamento de frete rodoviário. A votação, porém, foi adiada para 10 de março. Apesar do adiamento, Chorão diz que a mobilização nacional pretende mostrar que os caminhoneiros estão atentos e organizados para defesa da constitucionalidade do piso mínimo. "Vamos mostrar que não vamos voltar atrás. Não vamos aceitar retrocesso. O piso foi um direito que conquistamos e queremos o cumprimento.” O sindicalista, que foi um dos principais representantes dos caminhoneiros na greve de 11 dias que parou o país em maio de 2018, considera que o movimento marcado para esta semana não vai ser semelhante e tão expressivo quanto o do passado. “A ideia é mostrar que estamos mobilizados mas, se depois, em março, tirarem nosso direito (de piso mínimo para o frete), sem dúvidas teremos de tomar medidas mais drásticas para mostrar a importância do setor”. 
Os caminhoneiros do Rio Grande do Sul não devem aderir à paralisação. Segundo André Costa, presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (Fecam), “no momento, não haverá movimentos bruscos, extremados ou em paralelo com outras categorias”. Costa também criticou a manifestação. “Transporte é assunto sério. Se a cada tropeço se fizer uma greve, é melhor então mudar de profissão.” Conforme o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ijuí, Carlos Alberto Ditti Dahmer, por enquanto não há bloqueios em rodovias, e sim, em trechos próximos e em postos. A edição de uma tabela de frete foi uma das principais concessões do governo Michel Temer para encerrar e greve nacional que provocou grave crise de desabastecimento em 2018. (Correio do Povo) 
 
CCGL promove VIII Tarde de Campo em Cruz Alta
A Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) realiza nesta quinta-feira (20/02), em Cruz Alta, a VIII Tarde de Campo, tradicional evento que reúne produtores de leite do Estado. Voltado exclusivamente aos produtores e técnicos das cooperativas associadas do grupo, o encontro busca apresentar as novas tecnologias e informações referentes à produção de leite. A programação deste ano está organizada em cinco estações com temas relacionados ao setor lácteo: ordenha robótica, silagem impactada pela seca, projeto de sincronização de partos e safrinha de pastagens de verão, sendo resultado da alta  tecnologia  e parceria da patrocinadora Syngenta. 

Segundo a coordenadora de Difusão e Tecnologia da CCGL, Letícia Signor, a expectativa é receber produtores de leite das mais diversas regiões do Estado, além de técnicos e gestores das áreas de leite das cooperativas singulares. “A tarde de campo proporcionará aos presentes informações sobre novas tecnologias que facilitam o trabalho e reduzem a mão de obra, garantindo mais comodidade e satisfação aos seus produtores”, destaca. O evento conta com apoio da Biscayart Forrajeras, Genex, Kersia e Speedrite. (Assessoria de imprensa Sindilat com informações da CCGL)

Conseleite/MG: preço projetado do leite padrão entregue em junho aumenta para R$ 1,32
O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado de Minas Gerais (Conseleite MG) definiu um novo valor referência para o leite em Minas Gerais. O litro do leite padrão entregue em maio (a ser pago em junho) foi calculado em R$ 1,3088 e o valor projetado para o leite entregue em junho (a ser pago em julho) é de R$ 1,3203. 
 
A Conseleite diz ainda que oferece para o produtor, além do valor referência, sua plataforma digital que gera valores personalizados para cada agricultor, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e pelo volume de produção diário individual.Conforme a associação, o valor referência serve de parâmetro para as negociações de preços entre produtores e indústrias, sendo atualizado mensalmente. Porém, destaca que o preço real alcançado por produtor depende ainda de outros aspectos, como volume, qualidade da produção, sua fidelidade junto ao laticínio, além de outros adicionais. 

A associação lembra que os valores de referência referem-se ao “leite padrão”: 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas por ml, 100 mil ufc/ml e produção individual diária de até 160 litros/dia. (Conseleite/MG)

RS pedirá para deixar de vacinar, mas aval depende de melhorias
O Estado pedirá ao Ministério da Agricultura a retirada da vacina contra a febre aftosa. Mas a decisão será reavaliada em agosto, quando termina o prazo para que sejam feitos os ajustes apontados no relatório da auditoria realizada no Rio Grande do Sul. 
Ontem, técnicos da Secretaria da Agricultura e da superintendência regional do ministério apresentaram em detalhes as 18 condicionantes (veja na nota abaixo os principais pontos). E esclareceram dúvidas de representantes de sindicatos e de entidades do setor. 
Depois da avaliação técnica, Federação da Agricultura do RS (Farsul) e Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) realizaram assembleias para definir posição. Na hora da votação, no entanto, mudaram a pergunta. No lugar de é "contra ou a favor da retirada", o questionamento foi "apoia ou não o Estado para dar continuidade ao processo de evolução do status sanitário". Diante da nova abordagem, houve quem mudasse de posição. 
Em ambas entidades, a resposta foi favorável para que o governo siga adiante e tenha tempo de fazer as modificações necessárias. Na Farsul, foram 53 votos pelo apoio e 11 contra. Na Febrac, placar de 18 a 5. 
- Não significa uma aposta cega, existem condições. São alguns requisitos que deverão ser cumpridos até agosto. Aí teremos a batida final de martelo - pontua Gedeão Pereira, presidente da Farsul. 
Posição alinhada à da Febrac, que considera a sinalização um "voto de confiança". 
- Vai ajudar o governo a obter os meios necessários para atender às recomendações - acrescenta o presidente Leonardo Lamachia.
Ainda que a posição das entidades seja voltar a avaliar o tema mais adiante, o secretário Covatti Filho entende como positivo o apoio para seguir com o processo. 
- Toda obrigação agora fica com o Estado. A decisão foi tomada, mas será revista em agosto se não cumprirmos exigências - reconhece o titular. 
A antecipação da primeira etapa da vacinação para março teve papel fundamental. Fez o Estado ganhar tempo. A solicitação ao ministério para deixar de vacinar precisa ser feita em maio. O ônus de dar as garantias exigidas para o aval final é do Piratini. (Zero Hora)
No Radar
Nova Data deverá ser estipulada para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a ação sobre benefícios fiscais concedidos na venda de agrotóxicos no Brasil. Prevista na pauta de ontem, foi adiada em razão da posse de novos dirigentes do Tribunal Superior do Trabalho. (Zero Hora)
 

 

 

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.168

 GDT: com queda de 2,9%, leilão tem segunda desvalorização consecutiva

O leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) realizado nesta terça-feira, 18/02, apresentou sua segunda desvalorização consecutiva, com uma redução de 2,9% em relação ao evento anterior e um preço médio de US$3.176/ton. O volume negociado também foi menor neste evento: as 28,2 toneladas vendidas representam uma redução de 2,8% frente ao evento anterior. Este é o menor volume desde a segunda quinzena de julho de 2019, como mostra o Gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index.

Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.

Com exceção dos queijos, que apresentaram uma variação positiva de 5,3% e preço médio de US$4.526/ton, todos os produtos negociados apresentaram desvalorização. A manteiga registrou um preço final de US$4.090/ton, 3,9% menor que o último evento. O preço da gordura anidra também fechou com desvalorização, 5,5% (preço médio de US$4.379/ton).

O destaque ficou por conta dos leites em pó integral e desnatado, que fecharam o evento com preço médio de US$2.966/ton e US$2.840/ton, respectivamente, ambos com 2,6% de desvalorização frente ao evento anterior. Os leites em pó representam 83% do volume total dos produtos negociados neste leilão.

Este foi o segundo evento GDT após a proliferação global do coronavírus, que tem afetado de maneira drástica a demanda global de commodities e alterado principalmente a dinâmica do mercado chinês, maior país importador de lácteos. Até a data deste evento, registram-se casos da doença em 27 países, além de 1.875 mortes confirmadas.

Apesar da temporária redução da demanda global causada pelo coronavírus, a seca que ocorre atualmente no norte da Nova Zelândia (gráfico 2), onde dois terços do leite do país é captado, afeta a oferta nacional e contribui para uma desaceleração da queda dos preços e redução dos volumes negociados.

Gráfico 2. Precipitação média na ilha norte da Nova Zelândia.

Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados Meteorological Service of New Zealand.

Ao analisar os contratos futuros do Leite em Pó Integral (LPI), é possível notar a tendência de relativa manutenção dos preços atuais para os próximos meses. Tanto o mercado futuro GDT quanto a bolsa da Nova Zelândia trabalham com patamares de preços parecidos, como mostra o Gráfico 3.

Gráfico 3. Evolução da quantidade negociada no leilão GDT.

Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.

Conseleite Paraná

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Fevereiro de 2020 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Janeiro de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2020 é de R$ 2,3864/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.

 
 
Conseleite Mato Grosso do Sul

 A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de janeiro de 2020 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de fevereiro de 2020. 

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. 

OBS: (1) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural.
(2) O valor de referência para o “Leite Padrão” corresponde ao valor da matéria-prima para um volume médio diário de até 100 litros por dia, com 3,00 a 3,5% de gordura, 2,90% a 3,30% de proteína, 200 a 400 mil c/ml de células somáticas e 150.001 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.
(3) Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme parâmetros de qualidade e volume, o Conseleite Mato Grosso do Sul disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função do volume e de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. 

O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: sistemafamasul.com.br/conseleitems/
 
 
Intenção de consumo apresenta melhor nível dos últimos 5 anos
O indicador da intenção de consumo das famílias, apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), subiu 1,2% entre janeiro e fevereiro deste ano, passando a somar 99,3 pontos. É o maior patamar desde abril de 2015, quando o índice registrava 102,9 pontos. Na avaliação da entidade, o resultado positivo reflete sinais de melhora no mercado de trabalho. Com isso, a CNC não descarta rever para cima a expectativa de crescimento nas vendas do varejo ampliado – incluindo comercialização de automóveis e materiais de construção. O crescimento previsto para 2020 é de 5,3%, índice bem superior ao de 3,9% observado no ano passado. (Milkpoint)
 

 

Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.167

 Governo sinaliza apoio a investimentos e divulga crédito
 
  
Crédito: João Machado
 

Reunido com lideranças do setor lácteo na tarde desta terça-feira (18/2), na sede do Sindilat, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray, informou que o governo do Estado está à disposição para negociar novos investimentos no Rio Grande do Sul. Disposto a atrair projetos no setor, ele garantiu que sua diretriz de valorizar os empresários locais e manter investimentos dentro do Estado, persistirá com seu sucessor, uma vez que deixa a pasta na sexta-feira para voltar à Assembleia Legislativa para atuar na articulação para as Eleições de 2020. “Nós temos que facilitar a vida de quem está empreendendo, de setores que geram emprego e valor agregado”, pontuou, ressaltando a proximidade da secretaria com as lideranças do setor lácteo e com o próprio Sindilat. O governo do Estado ainda não anunciou quem assumirá a Secretaria do Desenvolvimento do Econômico e Turismo.

Segundo Irigaray, é de suma importância manter a aproximação do governo com o setor produtivo. “As indústrias podem nos procurar porque podem contar comigo. Vou estar na linha de frente. Minha política quando assumi a secretaria sempre foi essa: valorizar quem está aqui. Temos DNA empreendedor, coisa que muito estado não tem. Vamos fechar a torneira e deixar de exportar empresa para outros estados”.  Ao lado do superintendente comercial do Badesul, Juliano Balestrin,  Irigaray apresentou novas linhas de crédito para oportunizar novos projetos e aquisição de máquinas importadas. 

Durante a reunião, que se estendeu pela tarde, os representantes do setor industrial ainda debateram a obrigatoriedade do CIOT, a pauta da reunião da Aliança Láctea a ser realizada no próximo dia 13 de março e detalhes sobre a consulta pública para RTIQ do soro do leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Com preços estáveis, setor lácteo espera retomada de consumo


Crédito: Carolina Jardine

O setor lácteo gaúcho espera que o reaquecimento de consumo e a reestabilização do mercado venham após o Carnaval e com a retomada do calendário escolar. A expectativa foi pontuada durante a manhã desta terça-feira (18/2) em reunião do Conseleite, realizada na sede da Fecoagro, em Porto Alegre, e coordenada pelo presidente Rodrigo Rizzo. O valor do leite projetado para o Rio Grande do Sul em fevereiro é de R$ 1,1464, 0,34% abaixo do consolidado de janeiro, que fechou em R$ 1,1503. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya a projeção para o ano é de dólar alto e isso deve favorecer a produção de leite em pó. “Esse produto deve agir como variável de estabilização de preços do mercado lácteo em 2020”, indicou.  Segundo o vice-presidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o Rio Grande do Sul está entrando no tradicional período de entressafra, quando a captação tem redução. “Como acontece normalmente nos meses de verão, o consumo também se retrai. Mas esperamos que, nas próximas semanas, tenhamos um reequilíbrio com a volta às aulas”.  Ele ainda indicou que 2020 também tem mudança com relação ao mercado externo, com a redução de 20,7% nas importações em janeiro em relação ao mesmo mês de 2019. 

Um alerta realizado durante a reunião do Conseleite foi sobre a qualidade da silagem produzida nesse verão, uma vez que as lavouras de milho plantadas com esse fim foram atingidas pela estiagem. “Isso pode trazer impacto na produção mais lá na frente”, alertou Guerra. Um agravante citado por Guerra que impacta diretamente nesse mercado é o fato de o leite ser um produto utilizado como atrativo para o consumidor por meio de promoções.  

Durante a reunião, o presidente do Conseleite conclamou que os pequenos laticínios também participem do levantamento que embasa a produção das estatísticas do Conseleite. O pedido foi feito diretamente ao novo presidente da Apil, Delcio Roque Giacomini, que ficou de levar o pleito a seus associados. (Assessoria de imprensa Sindilat)

 
 
 
 
 
GDT – Global Dairy Trade
Em mais um sinal das turbulências causadas pelo Coronavírus, as cotações das commodities lácteas no globalDairyTrade nº 254, desta terça-feira, 18 de fevereiro de 2020, tiveram quedas significativas, e o Índice GDT fechou em US$ 3.176, caindo -2,9% em relação ao evento anterior. É o menor valor do índice desde janeiro de 2019.
 
 
Os dois produtos mais negociados na plataforma, o leite em pó integral (WMP) e o leite em pó desnatado (SMP) tiveram o mesmo índice de queda, -2,6. 
No entanto, o SMP encerrou o leilão ainda com valor acima dos registrados nos meses de fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, quando estavam com as cotações deprimidas, pressionadas pelos elevados estoques de intervenção na União Europeia (UE).
Já o WMP fechou com o menor valor desde janeiro de 2019, e com perdas de 8,6% e 1,85%, em relação a fevereiro de 2018 e 2019, respectivamente. 
A queda mais acentuada foi verificada nas cotações da manteiga anidra (AMF) que fechou o GDT de hoje valendo 22% menos que sua cotação de um ano atrás, e com o preço 32% abaixo do registrado em fevereiro de 2018. (Global Dairy Trade)
 
 
 
Produtores de proteína animal debatem potencial em Casca
Representantes dos setores lácteo, avícola e suinícola reuniram-se para debater estratégias de expansão do consumo de proteína animal durante Simpósio do Agronegócio, na 5º edição da ExpoCasca. A exposição, realizada neste final de semana, contou com a presença do presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, que discursou sobre o cenário do leite no Rio Grande do Sul. Segundo ele, a meta é transformar o Brasil em um exportador de laticínios ao invés de importador. “O Sul do Brasil tem a condição e está se focando pra este fim, mas temos que ter todas as nossas ações focadas para melhorar a competitividade, assim podemos aproveitar os mercados que se abrem. Até lá necessitamos das reformas tributárias para minimizar os efeitos da guerra fiscal entre estados no Brasil, já que ainda somos dependentes do consumo interno e o RS é um dos Estados que necessita vender a outros estados da federação, pois consome só 40% do que produz.” concluiu durante sua palestra no sábado (15/2). Estiveram presentes também representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação de Criadores de Suínos do RS (Acsurs), Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e a Emater. A ExpoCasca iniciou-se na sexta-feira (14/2) e seguiu até domingo (16/02) em solenidade no de Parque Municipal Arcido Perin. Entre as atrações do evento também tiveram destaque o 2º Fórum de Desenvolvimento Regional, rodada de negócios, shows e atrações infantis. Com o slogan “Unindo o Campo e a Cidade” o evento foi promovido pela Associação Comercial, Industrial, Serviços, Agropecuária e Cultural de Casca (ACIC) com apoio da Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores. (Assessoria de imprensa Sindilat)

 

 

Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.166

 RS: apesar da estiagem, preço do leite anima o produtor

Entra ano, sai ano e o preço do litro de leite segue em pauta. Em janeiro, o valor de referência do leite no Rio Grande do Sul subiu para R$ 1,1267, alta de 0,88% comparado com dezembro de 2019 (R$ 1,1169), conforme nota divulgada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS). 

A alta no preço do litro de leite envolve vários fatores. “Com a diminuição da produção de leite do verão, por causa do calor e da estiagem, regionalmente as indústrias captaram menos leite, mas, além disso, houve uma diminuição de produtores e rebanho, isso ocasiona menor oferta de leite no mercado, com isso passou a ser mais valorizado”, explica o engenheiro agrícola Diego Barden dos Santos, da Emater/RS – Ascar. 
No ano de 2019 foi registrada uma diminuição de 6,24% na produção de leite do estado e também redução de 20,84% no número de vacas leiteiras em comparação a 2015, considerado o ano de maior produtividade no setor. Conforme o engenheiro, o Brasil e outros países produtores de leite também apresentaram uma diminuição na produção e número de produtores.
Em Venâncio Aires, Santos explica que a situação é contrária a do estado, pois a produção de leite aumentou em 2019. A Capital Nacional do Chimarrão tem 138 propriedades que produzem leite para a comercialização. Juntos eles produziram em torno de 9 milhões de litros de leite em 2019. Vale destacar que os índices são referentes ao leite cru, entregue para as indústrias e agroindústrias familiares. 
Produtor
Um dos produtores de leite do município é Elisandro da Costa da Silva, 31 anos, morador de Vila Estância Nova. Na propriedade, onde mora com a esposa e os pais, além do tabaco a família Silva registra uma produção média de 350 litros por dia.
Ele acentua que o valor do litro do leite pago está bom. “Tivemos um bom ano, 2019 foi melhor comparado com os últimos. Mas sentimos uma queda muito grande na produção”, comenta Silva. 
Um dos motivos elencados pelo produtor para a queda na produção é a estiagem. “O pasto, a pastagem, tudo afetou. A silagem está com uma qualidade muito baixa. Dos quatro hectares de milho plantados na safra, o que sobrou é palha. A expectativa é com o safrinha agora”, reforça. 
Apesar da estiagem, a expectativa é de um bom ano. “Se o clima colaborar, iremos recuperar o pasto e a produção ficará normalizada”, acrescenta Silva. Um dos diferencias elencados pelo produtor é o auxílio da Emater com a dieta das vacas. “Faz uns três anos que a Emater está fazendo a dieta das vacas aqui em casa. A gente percebeu uma grande diferença. O custo de produção continuou o mesmo e a produção aumentou”, conta Silva. 
Projeção
Para este ano a projeção conforme o engenheiro agrícola é boa. “O produtor que neste ano conseguir aliar a eficiência produtiva com a gestão de rebanho, vai ter bons resultados na atividade leiteira.” Entretanto, Santos frisa que podem haver dificuldades. “Uma das adversidades que iremos enfrentar é a possibilidade do preço dos insumos aumentar mais que o preço do produto. Esse seria um fator bem complicante”.
Schwendler: a voz dos produtores no Conseleite
Empossado no início deste ano, o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) definiu nova diretoria para os próximos dois anos. Venâncio Aires tem um produtor representando a categoria.
Lauri José Schwendler, 45 anos, é um dos conselheiros do Conseleite, como representante da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). “A gente sempre ouvia falar da Conseleite, pesquisava o valor de referência no site deles, mas nunca imaginava fazer parte.” 
O venâncio-airense enfatiza que o importante de participar do Conseleite é a oportunidade de representar a classe dos produtores. “Não se discute só a questão do preço do leite, se discute o setor como um todo, alguns impostos e exigências impostas aos produtores.” 
Agora, a ideia de Schwendler é, junto do Sindicato Rural e da Emater, reunir representantes e produtores de leite do município e elencar algumas demandas. “Não quero ir lá levar as minhas demandas, mas sim representar toda essa cadeia. Por isso, vamos nos reunir e levar demandas de Venâncio Aires e região para serem discutidas no Conseleite”, antecipa o produtor. 
“Acho muito interessante participar do Conselho. São discussões que valem a pena. Mudou muito a forma como o produtor está sendo recebido. Precisa sempre ter o lado técnico e o lado do produtor, uma união que promete grandes discussões.” 
Entre as metas do produtor e dos outros representantes do setor está o recálculo do preço de custo da produção do leite. “O custo de produção está defasado, queremos um novo levantamento que considere os nossos custos, para assim, termos um preço de referência justo.” O produtor comenta que o preço do leite, pago pela indústria não está ruim, comparado com a mesma época em outros anos. Segundo Schwendler, o custo de produção é que está subindo muito. 
Entenda
O Conseleite é uma associação civil, regida por estatuto e regulamentos próprios, que reúne representantes de produtores rurais de leite do estado e de industrias de laticínios que processam a matéria-prima.
O principal objetivo do Conselho é a busca de soluções conjuntas pelos produtores rurais e indústrias para problemas comuns do setor lácteo. Além disso, a associação divulga o valor de referência de leite por mês. O presidente do atual mandato é Rodrigo Rizzo. (Folha do Mate)
 
Projeto concede desconto na conta de luz dos produtores de leite
O Projeto de Lei 6388/19 concede desconto de 30% nas tarifas de energia elétrica relativas ao consumo para produção, armazenagem e beneficiamento de leite in natura por produtores rurais e cooperativas. 
 

O texto, do deputado Adriano do Baldy (PP-GO), tramita na Câmara dos Deputados.

Com a proposta, Baldy espera dar “sustentabilidade econômica a uma atividade que garante a fixação no campo de milhões de famílias e é responsável por uma extensa cadeia produtiva de vital importância para a economia nacional”.
 
O parlamentar observa que a produção, a armazenagem e o beneficiamento do leite exigem cuidados especiais para garantir ao consumidor a qualidade dos produtos, principalmente no que diz respeito ao resfriamento. “A cadeia produtiva já observa integralmente os requisitos necessários, mas a energia elétrica requerida para manutenção das condições ideais tem um peso significativo nas planilhas de custos dos produtores e de suas cooperativas, que já trabalham com margens extremamente apertadas”, justifica.
 
O texto acrescenta a medida à Lei do Setor Elétrico (Lei 10.438/02). Conforme a proposta, o desconto será compensado com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético.
 
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Câmara dos Deputados)

Leite/América do Sul
No final de 2019 e início de 2020, a região sudeste do Brasil sofreu um longo período de seca, o que reduziu o volume e a qualidade das forragens em muitas bacias leiteiras. Como resultado, a produção de leite de vaca caiu consideravelmente nesse período. 

Atualmente está havendo recuperação como consequência de chuvas esporádicas que estão beneficiando pastagens e as culturas emergentes de milho nas principais bacias leiteiras e regiões de plantios do sudeste brasileiro. Apesar dessa melhora de produção, o leite oferecido, até o momento, continua abaixo dos níveis verificados um ano antes. Recentemente foi intensificado o abate de vacas leiteiras diante do forte aumento no preço da carne, o que também é reportado como um fator de queda na produção de leite.

Diante desse desequilíbrio, está havendo intensa concorrência entre as indústrias, fazendo com que o preço do leite ao produtor fique em níveis elevados.

Na Argentina e Uruguai, o clima ameno favoreceu o desenvolvimento das culturas de milho e soja, e ajudou a aumentar a qualidade e o volume de forragens nas fazendas leiteiras. A produção de leite estabilizou, mas, a expectativa é de que melhore antes do final do outono. Os componentes do leite – matéria gorda e proteína – permanecem em baixos níveis, contribuído para elevar as bonificações das indústrias. De um modo geral a oferta de leite na Argentina e no Uruguai estão baixas, mas, permanecem adequadas para atender à maioria dos pedidos de leite UHT, queijo e iogurte. No entanto, a oferta de creme é muito limitada, enquanto a demanda de processadores de manteiga, sorvete e sorvete continuam firmes. Também, com a volta às aulas, os pedidos de leites embalados para atender as escolas se intensificam. (USDA) 

 
Leite/Oceania
A Austrália caminha para o final da temporada de leite, em junho. Os volumes são relativamente baixos dentro deste contexto. O governo alertou a população a respeito de possíveis tempestades e inundações em New South, neste final de semana. Isso é importante para apagar focos de incêndios remanescentes, e afastar as condições terríveis que predominaram nos últimos meses na Austrália. O final da temporada do leite na Austrália deve ser antecipado. O impacto dos incêndios está sendo contabilizado agora, e os produtores reduziram seus rebanhos por falta de alimentação. O rescaldo dos incêndios pode matar animais e destruir culturas. Os efeitos negativos serão sentidos ainda nos próximos meses, e ainda por algum tempo. Na maior parte da Nova Zelândia predomina seca, especialmente na Ilha Norte. Analista do setor lácteo acreditam que haverá impacto na oferta de leite em fevereiro, e provavelmente em março. Na Ilha Sul e Costa Oeste o problema é o oposto. Inundações recentes atingiram a região em consequência de fortes chuvas, abrangendo grandes bacias leiteiras. A expectativa, no entanto, é que a seca na Ilha Norte tenha maior impacto na produção de leite do que a unidade da Ilha Sul. Ainda assim as chuvas causaram enchentes, e relatórios registram mais de 100 fazendas de leite severamente afetadas pelas extensas inundações. Muitas delas debaixo d’água ou isoladas, com estradas interrompidas, o acesso cortado e em muitas, até falta de energia. O resultado é que muito do leite produzido terá que ser descartado.  (USDA)
 

 

 

Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.165

 Brasil e Argentina firmam entendimento para cooperação no setor agropecuário 
Os dois países aprovaram modelos de certificados para a exportação de produtos 

Representantes do Brasil e da Argentina firmaram nesta semana um entendimento para a diversificação da pauta agropecuária entre os dois países. Na reunião bilateral, realizada em Brasília, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) reiteraram a disposição de trabalhar conjuntamente de forma estreita e coordenada, tanto no âmbito bilateral quanto nos foros regionais e multilaterais.

Entre os temas acordados está a aprovação pela Argentina do modelo de Certificado Sanitário Internacional (SCI) para exportação de carne de rã do Brasil para o país vizinho. Também foi aprovado o modelo de Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) para a exportação de sêmen suíno do Brasil para a Argentina.

Por outro lado, o Brasil aprovou o modelo de CZI proposto pelos argentinos para a importação de bovinos reprodutores da Argentina. “Brasil e Argentina comprometem-se, no espírito de sua relação amistosa e prioritária no campo agrícola, a envidarem todos os esforços para que eventuais pendências sejam resolvidas com a máxima celeridade”, diz a ata da reunião, que tem 29 pontos. 

Os dois países acordaram que será enviada uma missão do Brasil para a Argentina até o dia 10 de julho para realizar auditorias de manutenção para carne bovina, lácteos e pescado. No mesmo prazo, a Argentina deverá enviar uma missão para o Brasil para auditar produtos cárneos bovinos e fazer visita in loco sobre compartimentação na área de aves e sobre escaravelho das colmeias. 

A reunião foi copresidida pelos secretários de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Ribeiro, e da Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, pelo lado brasileiro; e pelo presidente do Senasa, Carlos Alberto Paz, pelo lado argentino. Em janeiro, a ministra Tereza Cristina e o ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Luis Eugenio Basterra, se encontraram em Berlim, quando acertaram os principais pontos do entendimento.

"Acordamos colocar na mesa vários temas que há anos estavam na nossa pauta, mas que não destravavam. As equipes técnicas fizeram reuniões e avançamos muito nos temas de interesse dos dois países, inclusive na diversificação da nossa pauta", disse a ministra. (MAPA)

Receita Estadual inicia apuração assistida para simplificar obrigações dos contribuintes
A Receita Estadual, em parceria com a Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs), está iniciando um importante avanço rumo à simplificação no cumprimento das obrigações acessórias dos contribuintes. Trata-se do lançamento da Apuração Assistida, que visa calcular o ICMS mensal devido a partir das informações prestadas nos documentos fiscais eletrônicos. Em um primeiro momento, já estão disponíveis consultas ao resumo sumarizado das operações de saída dos contribuintes da categoria Geral registradas em Notas Fiscais de Consumidor Eletrônicas (NFC-e). 
Com o objetivo de entregar ao contribuinte a chamada Obrigação Fiscal Única, a Apuração Assistida irá sucessivamente incorporar outros documentos eletrônicos. Assim, a ideia é restringir gradualmente as obrigações acessórias dos contribuintes a apenas emitir o documento fiscal da operação ou prestação, deixando todo o resto para o fisco. Entre os benefícios esperados estão a melhoria do ambiente de negócios e a redução da burocracia e do custo tanto para os contribuintes quanto para o estado, aumentando também a segurança jurídica da relação. A medida é uma das 30 iniciativas previstas no Receita 2030, uma agenda propositiva que busca a modernização da administração tributária gaúcha. 

Em breve, além da consulta já disponibilizada, a Receita Estadual irá definir critérios para a dispensa da escrituração das NFC-e na Escrituração Fiscal Digital ICMS/IPI (EFD ICMS/IPI), obtendo resultados práticos de simplificação para os contribuintes. Os efeitos deverão ser mais revelantes do que a simples substituição da Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA) pela EFD ICMS/IPI, pois irão permitir a simplificação de todo o processo, com mais segurança jurídica para as partes e garantindo a conformidade na apuração do ICMS, a partir da manutenção de uma única fonte de informação. Nesse sentido, a Receita Estadual do Rio Grande do Sul é pioneira no País, visto que propôs nacionalmente a alteração do Ajuste SINIEF 02/2009, que trata da EFD ICMS/IPI, prevendo a possibilidade de dispensa da escrituração.
 
Como realizar a consulta: A consulta está disponível aos contribuintes do ICMS da categoria Geral na área logada do e-CAC. No local, é apresentado o resumo mensal das operações, no formato do Anexo V da GIA do RS e também dos seus Anexos V.A, V.B e V.C.
 
Receita 2030: A agenda Receita 2030 consiste em 30 iniciativas propostas pela Receita Estadual para modernizar a administração tributária gaúcha. Os principais focos são promover a transformação digital do fisco, a simplificação extrema das obrigações dos contribuintes, a melhoria do ambiente de negócios, o desenvolvimento econômico e a otimização das receitas estaduais. Uma das medidas estabelecidas é a Obrigação Fiscal Única. (Ascom Fazenda)
  

Fux atende governo e adia mais uma vez julgamento da tabela do frete
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, relator de três ações que questionam a constitucionalidade da tabela do frete, adiou o julgamento no plenário, previsto para a semana que vem, e marcou uma audiência de conciliação entre empresas e caminhoneiros para o dia 10 de março.

Fux atendeu nesta quinta-feira (13) a um pedido do advogado-geral da União, André Mendonça, que foi protocolado no STF nesta quarta (12). O julgamento não tem nova data. 
"O advogado-geral da União requer a designação de audiência, como última tentativa de buscar-se a conciliação no âmbito desta Suprema Corte, seguindo na linha das providências que já vem adotando esse ministro relator no sentido de priorizar '(...) as vias amigáveis de diálogo para a solução das questões sociais subjacentes ao julgamento da causa'", escreveu Mendonça. 
"Defiro o requerimento formulado pelo advogado-geral da União para retirar este feito e os conexos da pauta de julgamentos, bem como para designar audiência com as partes interessadas para o dia 10 de março de 2020, às 12h, no gabinete deste relator", decidiu Fux. 
É a segunda vez que o ministro adia o julgamento das ações. Elas chegaram a entrar na pauta do plenário do STF em setembro do ano passado e, na ocasião, também tiveram sua análise suspensa para se tentar uma conciliação entre as partes. 
Já foram realizadas uma audiência de conciliação, sem sucesso, e uma audiência pública no Supremo para debater o tema.
A tabela do frete, que instituiu preços mínimos para o transporte rodoviário de cargas, foi criada em 2018, no governo Michel Temer (MDB), como resposta a um pleito dos caminhoneiros que estavam em greve. 
As ADIs (ações diretas de inconstitucionalidade) contrárias à tabela foram ajuizadas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), pela ATR Brasil (Associação do Transporte Rodoviário de Carga do Brasil) e pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). 
A CNI pleiteava que o julgamento da semana que vem fosse mantido. O advogado Marcus Vinicius Furtado Coêlho, que representa a entidade, disse que "o tabelamento é uma intervenção do Estado na economia, uma prática que não se coaduna com a livre iniciativa, ferindo um princípio constitucional". 
Para o advogado, "outras medidas poderiam ser tomadas com mais eficiência, como isenção fiscal e incentivos ao setor de transporte". 
Em fevereiro de 2019, um órgão do Ministério da Economia do governo Jair Bolsonaro (sem partido) pediu ao Supremo para ignorar o posicionamento anterior do governo Temer sobre o movimento dos caminhoneiros. 
Temer havia afirmado ao tribunal que o movimento conspirou contra o bem-estar social, abusou do direito de greve, coagiu o governo federal, feriu a livre concorrência e institucionalizou um cartel (combinação de preços). 
Quando ainda era pré-candidato à Presidência, na época em que as estradas foram bloqueadas, Bolsonaro deu apoio aos caminhoneiros e prometeu revogar eventuais multas se fosse eleito. Depois, passou a criticar os bloqueios quando o efeito do desabastecimento em centros urbanos recrudesceu. 
Em abril de 2019, Bolsonaro interferiu na política de preço do diesel. Na ocasião, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o presidente agiu ouvindo a voz das ruas.
"Uma greve [de caminhoneiros] traz problema de abastecimento, pode frear o Brasil todo, pode fazer o PIB cair mais 3%, 4%. Ele [Bolsonaro] demonstrou que está com o ouvido na pista, está ouvindo a turma, está ouvindo o barulho." (Zero Hora)
 
No Brasil, a receita da Nestlé cresceu 5,1% em 20
A receita da Nestlé no Brasil, seu quarto maior mercado no mundo, foi de R$ 14,5 bilhões no ano passado, segundo cálculos do Valor Data, que usou a taxa média de câmbio informada pela companhia em seu relatório financeiro divulgado hoje. Esse montante mostra um aumento de 5,1% em relação à receita registrada em 2018, quando a empresa faturou R$ 13,8 bilhões no mercado brasileiro. O resultado no país foi apoiado por fortes vendas de produtos lácteos, nutrição infantil e chocolate Kit Kat, informou a Nestlé. Em francos suíços, houve queda de 0,98% na receita do ano passado no Brasil, em relação a 2018. Globalmente, a Nestlé teve um crescimento de 1,2% em 2019, com faturamento de 92,5 bilhões de francos suíços. O lucro líquido aumentou 24,4%, para 12,6 bilhões de francos suíços. Este resultado teve o impacto positivo da venda da Nestlé Skin Health. O fluxo de caixa cresceu 10,9%, para 11,9 bilhões de francos suíços. A dívida líquida encolheu, de 30,3 bilhões de francos suíços em 2018 para 27,1 bilhões no ano passado. Sobre a epidemia provocada pelo Covid 19 no mercado da “Grande China”, o segundo maior da Nestlé, o CEO Mark Schneider disse que ainda é muito cedo para quantificar seu impacto financeiro. Afirmou que está reforçando as medidas de segurança para seus funcionários na China, epicentro da doença, e que trabalha para que seja mantido o abastecimento de produtos de nutrição e bebidas da Nestlé no país, em especial para os mais jovens e os mais idosos. (Valor Econômico)