Pular para o conteúdo

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.408


Nota eletrônica será obrigatória para produtores rurais com receita bruta superior a R$ 360 mil a partir de julho

Parte dos contribuintes do Rio Grande do Sul deve deixar de usar cupom fiscal em papel
A emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) passou a ser obrigatória em operações internas para os produtores rurais que, nos anos de 2023 ou de 2024, obtiveram receita bruta com valor superior a R$ 360 mil com a atividade rural. A lista com os números de inscrição estadual dos cerca de 45 mil contribuintes que precisaram se adaptar pode ser conferida na Central de Conteúdo do Portal de Atendimento da Receita Estadual, na aba “produtor rural”.

O grupo de produtores rurais que passou a ser obrigado a emitir nota eletrônica em fevereiro de 2025 tem até 30 de junho para usar a documentação em papel, o chamado “talão do produtor”, modelo 4 da Nota Fiscal. A utilização desta alternativa estava permitida para aqueles talões que já haviam sido impressos. A partir de 1º de julho, o uso será vedado.

A exigência foi estabelecida após aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) em 27 de dezembro de 2024. A medida amplia as ações da Secretaria da Fazenda (Sefaz) em busca da conformidade fiscal.

Em 5 de janeiro de 2026, a obrigatoriedade da NF-e e da NFC-e em operações internas se estenderá para todos os produtores rurais do Estado, independentemente do faturamento. O grupo para o qual a exigência ainda não começou a valer pode seguir solicitando o “talão do produtor” nas prefeituras até o final de 2025. 

A transição é gradual para que os profissionais que atuam na atividade rural, especialmente os de menor porte, possam se adaptar ao uso das novas ferramentas com segurança. No caso de operações interestaduais, a nota eletrônica já é obrigatória para todos os produtores do Rio Grande do Sul.

Como fazer a emissão de nota eletrônica
A solução recomendada pela Sefaz para a emissão da NF-e e da NFC-e é o aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), que pode ser instalado de forma gratuita no celular e acessado por meio do acesso ao gov.br. É possível, inclusive, gerar um QR Code da nota fiscal off-line, no meio da lavoura, por exemplo. Nesse caso, a nota é autorizada após o restabelecimento da conexão, e há um limite para uso sem internet de 30 notas ou um somatório de R$ 300 mil no valor das notas; ou de 168 horas.

Existem ainda outras ferramentas, como aplicativos próprios ou desenvolvidos por associações e cooperativas. Há também o Nota Fiscal Avulsa (NFA-e), disponibilizado pela Sefaz, que só pode ser usado no computador.

A NF-e é também chamada de modelo 55 e é utilizada para registrar a venda de mercadorias e a prestação de serviços. Já a NFC-e, ou modelo 65, é específica para o varejo e contempla as vendas diretas ao consumidor final. (SEAPI)


Gilmar articula volta da homologação de rescisão trabalhista em sindicato

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, articula com parlamentares e com o setor financeiro um projeto de lei para a volta da homologação das rescisões de contratos de trabalho nos sindicatos. O objetivo é estimular a tentativa de conciliação prévia e diminuir o volume de litígios que chegam ao Judiciário. As ações trabalhistas tiveram queda logo após a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso em 2017, mas voltaram a subir e bateram recorde. Em 2023, foram 4,19 milhões de novos processos na Justiça do Trabalho, alta de 28,7% em relação ao ano anterior, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Uma das mudanças da reforma trabalhista foi excluir os sindicatos dos processos de homologação das rescisões. Para o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), isso aumentou a litigância nos tribunais. “Como não tem mais representante do trabalhador junto, ele assina e depois vai para a Justiça contestar”, diz.
Especialistas apontam como um dos fatores para a alta dos processos o afrouxamento das regras da reforma, após decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do STF sobre Justiça gratuita. Em 2021, o Supremo decidiu que o trabalhador que tem direito à gratuidade e perde o processo contra o ex-empregador não pode ter cobrança de custas processuais.

Gilmar Mendes se reuniu com parlamentares há duas semanas para defender a necessidade de uma agenda legislativa positiva para o Congresso, de modo a evitar pautas que ameacem a crise em um dos Poderes, como a ofensiva dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O principal projeto sugerido no jantar foi esse, segundo quatro fontes ouvidas pela reportagem.

O texto foi protocolado por Paulinho da Força na Câmara, após conversas com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo o autor, Motta gostou da iniciativa e pretende incluí-la num pacote de projetos estruturantes para o País. O projeto propõe que a convenção coletiva da categoria ou acordo coletivo possa prever que a homologação das rescisões de contratos de trabalho tenha, obrigatoriamente, a assistência dos sindicatos, federações ou confederações. Esse acompanhamento poderá ocorrer presencialmente ou de forma remota, por meio de plataformas digitais. (Jornal do Comércio)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1870 de 05 de junho de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

As chuvas intensas geraram excesso de barro nos acessos e exigiram maior cuidado durante a ordenha. A baixa suplementação e a limitação das áreas de campo nativo resultaram em queda acentuada na produção em algumas regiões, levando, até mesmo, à secagem total do rebanho em determinadas propriedades.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Hulha Negra, os produtores têm investido em cultivares de trigo voltadas à produção de silagem como alternativa para complementar o volumoso conservado, atualmente restrito ao milho. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade das vacas e demais categorias permanece adequada. O manejo de endo e ectoparasitas tem sido eficaz. Os produtores também relataram significativa redução na presença de moscas nas propriedades leiteiras. 

Na de Erechim, houve aumento da suplementação nutricional para animais que dependem principalmente das pastagens em razão do vazio forrageiro outonal. A condição corporal dos rebanhos está satisfatória nas propriedades melhor manejadas, conforme a fase produtiva dos animais. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite se reduziu devido à antecipação do vazio forrageiro. No entanto, as temperaturas amenas beneficiam o bem-estar animal, evitando queda mais acentuada na produção. Na de Ijuí, a produção de leite se manteve estável em relação à semana anterior. Porém, a alta umidade tem dificultado o manejo dos animais nas pastagens e comprometido a higiene na ordenha.

Na de Passo Fundo, apesar da mudança nas condições climáticas, ainda são registradas ocorrências de mosca-dos-chifres. Os animais vêm recuperando gradualmente a produção, impulsionados pelo aumento da oferta de volumoso a campo. 

Na de Pelotas, em São Lourenço do Sul, o clima mais favorável contribuiu para o desenvolvimento das pastagens de inverno, embora ainda não tenha refletido em aumento significativo da produção de leite. 

Na de Porto Alegre, a necessidade de suplementação alimentar se mantém devido ao atraso no estabelecimento das pastagens de inverno, que ainda não sustentam o pastejo pleno. 
Na de Santa Maria, a temperatura mais fria diminuiu os casos de moscas e carrapatos, que vinham prejudicando os rebanhos. Contudo, o acúmulo de barro começa a se intensificar nas áreas de espera e nas instalações em função das chuvas. 

Na de Santa Rosa, observa-se aumento na demanda por alimentos conservados, principalmente silagem, como estratégia para manter a produção diária. A qualidade do leite, especialmente no teor de matéria seca, permanece dentro da normalidade. (Emater/RS editado pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 23/2025 – SEAPI
Nos últimos sete dias, o Rio Grande do Sul registrou baixas temperaturas com chuvas de alto volume em sua totalidade. Na bovinocultura de leite, as chuvas têm causado formação de barro nas estruturas de manejo e ordenha dos animais. Houve queda de produção em algumas regiões devido à baixa suplementação e limitação de oferta de pastagens de campo nativo. A sanidade geral dos rebanhos está adequada, com redução de moscas e carrapatos devido ao frio. Os produtores têm utilizado suplementação alimentar para manter a produção, que apresenta qualidade dentro dos parâmetros. A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas fracas a moderadas, com possibilidade de tempestades isoladas no Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (06/06), o sistema perderá força e não provocará chuvas significativas em todo o estado. Já no sábado (07/06) e domingo (08/06), um sistema de baixa pressão no oceano adjacente favorecerá a ocorrência de precipitação fraca a moderada, ocasionalmente forte em pontos isolados, nas regiões do Litoral Norte, Serra, Norte, Alto Uruguai e Missões.Na segunda-feira (09/06), terça-feira (10/06) e quarta-feira (11/06), com o domínio da alta pós-frontal e atuação de uma massa de ar frio sobre o estado, é prevista uma queda acentuada nas temperaturas e não há previsão de chuvas significativas. São esperados os menores registros de temperatura nas regiões da Serra Gaúcha, Campanha e Sul, com valores que podem ficar próximos a 0°C. O prognóstico para os próximos sete dias indica a ocorrência de chuvas significativas nas porções Noroeste, Norte, Nordeste e Central do Rio Grande do Sul. Os acumulados previstos para essas regiões estarão principalmente associados à atuação de sistemas que irão afetar território gaúcho nos próximos dias. Nas regiões Norte, Nordeste, Noroeste e Central, os volumes esperados variam entre 10 mm e 100 mm, com alguns pontos isolados chegando a 150mm acumulados. Já a região Sudoeste apresenta acumulados entre 1 mm e 10 mm. A região Sul e Sudeste, não apresentam acumulados significativos de chuva. (Seapi editado pelo Sindilat/RS)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.406


Reajuste de 8% no salário mínimo regional no RS é aprovado na Assembleia Legislativa; veja como ficam os valores

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, na tarde desta terça-feira (3), o projeto de lei que reajusta em 8% o salário mínimo regional no Estado. Com a aprovação, o menor valor de remuneração formal no Rio Grande do Sul passa de R$ 1.656,51 para 1.789,04. Foram 46 votos favoráveis e quatro votos contrários ao projeto. 

Estabelecido em 8%, o índice de reajuste é superior à inflação de 4,83% registrada em 2024 no Rio Grande do Sul. O projeto havia sido apresentado em regime de urgência pelo governador do Estado, Eduardo Leite, e protocolado em 26 de maio.

Leite argumenta que o reajuste "prima pelo equilíbrio entre a valorização da mão de obra regional e a prevenção de distorções no mercado de trabalho, com a manutenção dos níveis de emprego das categorias abrangidas". O reajuste entra em vigor de imediato.

Votaram contra o projeto os deputados Guilherme Pasin (PP), Marcus Vinícius (PP), Felipe Camozzato (Novo) e Rodrigo Lorenzoni (PL).

— Nos últimos anos temos um crescimento de vagas formais de emprego abaixo dos demais Estados que não têm piso regional, e a gente segue acreditando que a política de piso regional é que está garantindo melhores salários. Não está, ela está expulsando trabalhadores do mercado formal e expulsando gaúchos do seu território para buscar oportunidades em outro lugar — argumentou Camozzato.

Como fica o piso no RS com o reajuste

O salário mínimo regional é composto por cinco faixas, divididas de acordo com as características do trabalho. Veja abaixo como ficará a remuneração de cada uma com o reajuste proposto:

● Faixa 1: de R$ 1.656,51 para R$ 1.789,04

Agricultura, pecuária e pesca; indústria extrativa; empregados domésticos; turismo; construção civil; motoboys, etc.

● Faixa 2: de R$ 1.694,66 para R$1.830,23

Indústria do vestuário, calçado, fiação e tecelagem; estabelecimentos de serviços de saúde; serviços de limpeza; hotéis; restaurantes e bares, etc.

● Faixa 3: de R$ 1.733,10 para R$ 1.871,75

Indústrias de alimentos, móveis, química e farmacêutica; comércio em geral; armazéns, etc.

● Faixa 4: de R$ 1.801,55 para R$ 1.945,67

Indústrias metalúrgicas, gráficas, de vidros e da borracha; condomínios residenciais; auxiliares em administração escolar; vigilantes, etc.

● Faixa 5: de R$ 2.099,27 para R$ 2.267,21

Técnicos de nível médio.

As informações são de Zero Hora.

GDT 381: preços passam por correções de baixa no mercado internacional

381º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), com queda nos preços de cinco dos oito produtos lácteos comercializados. Confira!

No 381º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 3 de junho, observou-se queda nos preços de cinco dos oito produtos lácteos comercializados. O preço médio dos produtos negociados ficou em US$4.332 por tonelada, refletindo uma queda de 1,6% no GDT Price Index — indicador que mede a variação média dos preços com base na representatividade e volume de cada item ofertado no evento.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O preço do leite em pó integral (WMP) apresentou recuo de 3,6% no leilão GDT, encerrando a sessão com média de US$4.173 por tonelada. Após alcançar picos significativos no início de maio, o valor do produto dá sinais de correção de baixa, aproximando-se gradualmente dos níveis registrados no mês de abril - ainda assim se mantendo em níveis elevados se comparado ao histórico recente.

Gráfico 2. Preço médio LPI

O queijo cheddar também teve nova correção negativa. Após sucessivas oscilações nos últimos eventos, seu preço retornou aos níveis observados no início do ano, sendo negociado a US$ 4.759 por tonelada.

A manteiga manteve estabilidade, sem variação em relação ao leilão anterior.

As únicas valorizações foram observadas na gordura anidra de leite (AMF), com alta de 1,4%, e na muçarela, que apresentou, pelo segundo evento consecutivo, avanço de 2,3%, alcançando US$ 4.897 por tonelada.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/06/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Volume negociado volta a crescer

O volume negociado no leilão apresenta recuperação, mesmo que ainda tímida. No total, foram comercializadas 16.307 toneladas, o que representa um aumento de 7,3% em relação ao evento anterior, que havia apresentado queda de pouco mais de 9%. Após meses de queda, esse foi o primeiro aumento de volume após 15 eventos.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Impacto nos contratos futuros

Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) apresentaram valores superiores aos observados em maio, com elevação nas cotações para os vencimentos de curto prazo. No entanto, permanece a tendência de queda ao longo do restante do ano.

O mercado projeta um aumento na oferta global nos próximos meses. Embora algumas regiões, como a União Europeia, ainda enfrentem dificuldades para expandir a produção, o cenário aponta para um crescimento da oferta por parte dos principais exportadores. Esse movimento reflete tanto fatores sazonais, como o avanço da produção na Oceania e América do Sul, quanto uma expectativa de volumes superiores aos registrados em 2024 nas principais regiões exportadoras.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

 E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Como é de conhecimento do setor, o Brasil importa lácteos majoritariamente da Argentina e do Uruguai, países cujas cotações costumam acompanhar os movimentos observados nos leilões da plataforma GDT.

Diante das correções de baixa registradas no mercado internacional, aliadas à expectativa de aumento da produção na Argentina e no Uruguai nos próximos meses, é provável que os preços de exportação desses países também sofram recuos.

No entanto, o mercado brasileiro também passa por um momento de pressão baixista nos preços internos. Além disso, a taxa de câmbio real/dólar permanece em patamar elevado, o que reduz a atratividade das importações, mesmo com uma eventual queda nos preços internacionais. Esse cenário limita a competitividade do produto importado frente ao nacional, dificultando aumentos expressivos no volume de lácteos adquiridos pelo Brasil no curto prazo.

As informações são do Milkpoint

Projeto piloto em Hulha Negra testa diferentes formas de rastreabilidade bovina

A rastreabilidade individual bovina é uma das principais frentes de modernização da defesa agropecuária no Estado do Rio Grande do Sul. Coordenada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a iniciativa busca garantir maior controle sanitário, transparência na cadeia produtiva e ampliação de mercados internacionais. A identificação eletrônica de cada animal permite o acompanhamento preciso de sua origem, movimentações e destino, fortalecendo a credibilidade do sistema produtivo gaúcho.

O projeto-piloto em andamento no Centro Estadual de Pesquisa e Diagnóstico em Sistema de Produção e Meteorologia Aplicada (CESIMET), localizado em Hulha Negra, tem papel fundamental nesse processo. A unidade serve como campo experimental para testes de identificação eletrônica, desde o uso de microchips até a identificação biométrica nasal, integração de dados em tempo real e validação dos fluxos de informação entre produtores e o sistema oficial.

O secretário adjunto da Seapi, Márcio Madalena, afirma que “como já estamos trabalhando com projeto piloto de identificação individual de bovinos no estado, já estamos trabalhando na modernização do nosso Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) e estamos em constante construção e conversa com o setor produtivo, nós podemos fazer com que o Rio Grande do Sul seja um dos estados pioneiros na implementação da rastreabilidade bovina no país”.“A presença de técnicos capacitados, somada à estrutura de pesquisa já existente no centro e equipe dedicada da Procergs, proporciona um ambiente ideal para a consolidação da rastreabilidade como política pública robusta, segura e funcional”, destaca o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes.

Segundo Francisco, a ideia é colocar à prova o sistema de rastreabilidade que já existe e também testar os novos desenvolvimentos que estão sendo feitos, para se ter uma prévia de como o sistema está se comportando na prática. O piloto no CESIMET iniciou em outubro do ano passado e não tem prazo para terminar. “Na verdade, este piloto deve se expandir para mais propriedades do Estado, provavelmente a próxima será no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul. E devemos também realizar um piloto expandido com propriedades privadas ainda esse ano”, afirma o diretor adjunto.

O Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos foi lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em dezembro de 2024. O cronograma prevê que a partir de 2027 o rebanho deverá começar a ser identificado. O prazo final é 2032. 
As informações são da Seapi


Jogo Rápido
Petrobras anuncia redução de 5,6% da gasolina para as distribuidoras
A Petrobras anunciou hoje que reduzirá seus preços de venda de gasolina A para as distribuidoras em 5,6%. Dessa forma, o preço médio de venda da estatal para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro. Os novos valores passam a vigorar a partir desta terça-feira.Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,08 / litro, uma redução de R$ 0,12 a cada litro de gasolina C. Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22 / litro, uma redução de 7,3%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 0,60 / litro ou 17,5%. (Correio do Povo)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.405


Milk Summit Brazil 2025 vai discutir protagonismo do leite

Foi lançado oficialmente na manhã desta segunda-feira (02/06) o Milk Summit Brazil 2025. Previsto para os dias 14 e 15 de outubro, o evento promete ser um grande encontro do setor lácteo brasileiro e será realizado na cidade de Ijuí (RS). Conforme o coordenador do Summit, Darlan Palharini, o objetivo é reunir os elos da cadeia láctea, promovendo conhecimento, conexões e inovação. “O setor do leite tem papel fundamental no desenvolvimento econômico e social do nosso Estado. É uma atividade presente em mais de 90% dos municípios, com forte geração de empregos e impacto direto nas economias locais”, assinalou o secretário-executivo do Sindilat/RS.

A confirmação do evento aconteceu durante a apresentação da nova diretoria da Expofest 2025, do projeto Caminhos do Agro e do anúncio de que o Milk Summit Brazil integrará a agenda inicial da exposição com oficinas, debates, rodadas de negócios, atividades culturais e ações de valorização dos produtos lácteos. Estão previstas palestras com especialistas de instituições referência, como Embrapa, banco Rabobank, Emater, Milkpoint. O Milk Summit Brazil será realizado no Parque de Exposições Wanderley Burmann, em Ijuí.

Palharini destaca que a escolha da cidade no Noroeste gaúcho é estratégica. Segundo dados da Emater, ela se destaca como a maior fornecedora de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul, com 741,9 milhões de litros por ano, das mais de 157 mil vacas leiteiras que representam um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões ao ano, somente com leite.

As inscrições para o evento abrem no dia 14 de julho. Toda a programação poderá ser acessada apenas com a doação de 1 kg de alimento não perecível, que será acrescido de 2 litros de leite, doados pela organização, para serem entregues a entidades sociais. “O Milk Summit é um movimento de valorização do leite e está sendo formatado e construído para estar à altura da importância do setor”, pontua Palharini. A realização do Milk Summit Brazil 2025 está a cargo da Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, Sindialt/RS, Emater, Suport D Leite, Prefeitura de Ijuí e Expofest.

Acompanhe as atualizações e novidades sobre o evento pelo Instagram: @milksummitbrazil

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS


Global Dairy Trade 

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat RS

 

Lactalis faz 10 anos de Brasil e planeja expansão

Focada em constituir uma liderança Forte e Responsável na cadeia de leite do país, a Lactalis completa 10 anos de Brasil e continuará investindo na consolidação de seu posicionamento na produção nacional. Nos próximos anos, o grupo, que detém as marcas Président, Parmalat, Itambé, Batavo, Elegê, Poços de Caldas e Galbani, pretende desenvolver as comunidades onde atua por meio de projetos de estímulo à produção no campo e na qualificação e agregação de valor no setor industrial.

Além de projetos na área industrial, a empresa tem previsão de duplicar a dimensão da Lactalis Brasil, com a meta de alcançar o faturamento de R$ 35 bilhões até 2030 com projetos de melhoria da cadeia láctea. A posição foi destacada pelo presidente da Lactalis Américas, Patrick Sauvageot, durante a comemoração de aniversário no Brasil, realizada em São Paulo (SP) nesta segunda-feira (2/6). Ao longo de 10 anos, a Lactalis investiu mais de R$ 5 bilhões em aquisições e operações no Brasil e outros R$ 2,6 bilhões na ampliação e modernização do parque fabril, totalizando R$ 7,6 bilhões.

Para 2025, estão previstos aportes de R$ 313 milhões na ampliação das operações fabris no Paraná e outros R$ 291 milhões em Uberlândia (MG), ampliando a capacidade para o processamento de até 1 mil toneladas de queijo Prato. O volume equivale a aproximadamente, novos 10 milhões de litros de leite transformados a cada 30 dias.

A Lactalis é líder em captação de leite no Brasil, com 23 plantas fabris e 49 centros logísticos distribuídos em oito Estados, sendo mais de 13 mil colaboradores e mais de 2,7 bilhões de litros de leite captados. As fábricas no Brasil são responsáveis por diversas linhas de produtos que todos os dias levam qualidade à mesa de milhares de consumidores. (Jardine comunicação)


Jogo Rápido
LIVE/MAPA: Registro de Estabelecimentos no SIF: tudo o que você precisa saber!
No dia 4 de junho, às 9h30, será realizada uma live sobre o registro de estabelecimentos no SIF (Serviço de Inspeção Federal), transmitida pelo Canal da Enagro no YouTube. O evento, promovido pelo DIPOA/SDA/MAPA, apresentará as funcionalidades do sistema dentro da Plataforma SDA Digital e contará com uma sessão interativa de perguntas e respostas. A iniciativa é voltada a profissionais do setor agropecuário e demais interessados nos serviços oferecidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária. A live é uma oportunidade para esclarecer dúvidas e conhecer melhor os processos relacionados ao SIF. Não perca! Clique aqui e assista. (Sindilat com informações do MAPA).


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.404


Desistir não é opção: a história da pecuarista que superou desafios pessoais e crises no setor para se manter na pecuária leiteira no Rio Grande do Sul

A trajetória da pecuarista Rosane Sabiel, do interior do Rio Grande do Sul, representa a história da pecuária leiteira brasileira, que é marcada por persistência, superação e uma rotina onde o recomeço virou regra. Enquanto o setor enfrenta uma sequência de desafios — da concorrência com o leite importado do Mercosul, os altos custos de produção, efeitos da pandemia e, mais recentemente, as enchentes no Estado —, Rosane também precisou lutar com diversos obstáculos pessoais para seguir na atividade.

Na propriedade familiar Granja Santo Antônio, localizada no município de Carlos Barbosa, Rosane cresceu envolvida na produção de hortaliças, atividade que garante o sustento da família através da comercialização no CEASA da capital gaúcha. Paralelamente, a família possuía uma pequena criação de gado leiteiro, com o objetivo de atender às necessidades do consumo familiar.

A produtora relembra que foi na infância, observando a dedicação da avó ao rebanho de vacas holandesas, que a paixão pela pecuária de leite começou a florescer. Apesar da pouca idade, Rosane já possuía uma visão clara sobre a importância da qualificação e da adoção de novas tecnologias para impulsionar a produtividade e o crescimento do rebanho. 

“Quem sempre cuidou do rebanho foi minha avó paterna. Com ela, eu aprendi  a cuidar e amar dos animais. Quando eu tinha 12 anos,  a minha avó machucou o joelho e não conseguiu mais fazer os tratos e nem a ordenha. Então, eu comecei a trabalhar mais intensivamente. E naquela época, era tudo ordenha manual”, comentou ao Notícias Agrícolas. 

Aos 14 anos, Rosane começou a investir em sua formação na bovinocultura leiteira através de cursos práticos ministrados por técnicos da cooperativa do município. "Aprendi inseminação artificial, manejo do rebanho, nutrição e também como lidar com os animais quando adoeciam", explica.

Conforme a análise da Coordenadora de Leite e Derivados do Sebrae/RS, Aline Balbinoto, a atividade leiteira historicamente desempenhou um papel coadjuvante nas economias das propriedades, sendo os rendimentos destinados à quitação de obrigações financeiras básicas, como as despesas de supermercado. "Tradicionalmente, a pecuária leiteira era gerida pelas mulheres e seus lucros eram voltados para as necessidades alimentares da família", aponta.

A Coordenadora destaca as diversas mudanças pelas quais o setor tem passado nos últimos anos, marcadas pela transição de gerações, em que os filhos estão buscando investir em qualificação e tecnologia para impulsionar a rentabilidade na atividade.

“No Sebrae, notamos uma preferência dos proprietários das fazendas para que seus sucessores se qualifiquem por meio de cursos e apliquem o conhecimento adquirido na gestão da propriedade”, informou.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) observa que alguns fatores têm motivado a saída dos produtores da atividade, porém a melhora na rentabilidade nos últimos dois anos tem incentivado alguns produtores a continuarem. Segundo a entidade, esse cenário tem sido decisivo para atrair e manter jovens no campo, estimulando o processo de sucessão familiar.

“É a rentabilidade que motiva o produtor a permanecer na atividade, especialmente os mais jovens”, avalia Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat. Ele destaca que, diante de um ambiente mais favorável, tem crescido o número de filhos que optam por seguir ao lado dos pais na produção, dando continuidade ao negócio familiar.

Para o sindicato, esse movimento é essencial para evitar o abandono da pecuária leiteira e garantir o andamento do setor a longo prazo. “Quando há planejamento e participação ativa da nova geração, vemos a sucessão acontecer de forma mais estruturada, o que fortalece toda a cadeia produtiva”, conclui Palharini.

Para Rosane, os primeiros desafios na atividade começaram ainda criança, na qual sempre foi marcado por seus esforços em convencer a família sobre a importância de investir no setor. No entanto, o pai não dava a devida atenção para a produção de leite, o que sempre deixou Rosane chateada. 

“Ainda criança meu pai tentou vender o lote de bovinos de leite três vezes, só que a minha mãe interferiu a meu favor, pois eu sempre caia aos prantos toda vez que tentavam vendê-las”, relatou. 

Quando ela tinha 19 anos, o pai então comprou uma ordenhadeira “balde ao pé” e, naquela época, a produção estava em torno de 120 litros  a 130 litros/dia. A atividade permaneceu de forma secundária ainda por um bom tempo, já que Rosane cresceu, se casou e teve dois filhos e continuava ajudando a família na produção de hortaliças.

"Assim como eu sempre gostei do trabalho com a pecuária leiteira, meu pai sempre amou cuidar da horta para vender no CEASA e ele segue se dedicando na atividade com muita convicção e amor”, relatou.

Assim como na propriedade da família, a atividade leiteira teve que ficar em segundo plano na vida pessoal de Rosane, que passou por uma separação no relacionamento e foi diagnoticada com câncer e depressão, assim  precisou se afastar de todo o trabalho agrícola.

“Durante o período que eu estive doente, eu precisei vender meu veículo para custear o meu tratamento de saúde já que o plano se recusou a pagar meu tratamento. Naquele momento, a minha vida estava acima de tudo e quando estivesse recuperada tinha certeza que iria recomeçar novamente”, disse Saibel.

Assim que se recuperou do tratamento de saúde, Rosane decidiu buscar oportunidade de trabalho fora do campo já que não podia ficar exposta ao sol e ter contato com os produtos químicos. Foi então que começou a realizar fretes e ganhar dinheiro como caminhoneira. “Foi um período muito complicado, pois exigia que eu ficasse longe dos meus filhos e muito tempo na estrada, pricipalmente de madrugada”, comentou.

Rosane recordou o início de sua trajetória, quando auxiliava a avó no manejo do rebanho, então decidiu fazer uma proposta para o seu pai e disse que iria ter sucesso com a produção de leite. Depois de muitas conversas e negociações, o pai aceitou que ela continuasse investindo na pecuária leiteira, mas com a contrapartida de cobrança de uma porcentagem do uso da estrutura e maquinários da propriedade.

Assim, em janeiro de 2019, tomando como um grande desafio pessoal, Rosane passou a manejar sozinha do rebanho de vacas de leite mesmo com poucos recursos financeiros e tendo 17 animais no plantel (10 vacas em lactação e 7 terneiras). Com orientação do técnico da cooperativa, começou a reformulação das dietas e passou a trabalhar exclusivamente com a produção de leite.

“No início, a propriedade comprava os insumos para a alimentação animal e depois investimos na produção de feno de pré-secado, silagem de milho e feno de azevém”, disse.

Determinada em tornar a atividade mais eficiente e produtiva, a produtora começou a investir na atividade com recursos próprios e à medida que juntava o dinheiro com o trabalho. Dentre os investimentos realizados está a ampliação do confinamento, compra de animais, investiu em uma nova ordenhadeira, plataforma basculante, grade aradora, uma semeadora adubadora com acoplamento, pulverizador com comando hidráulico, segadeira para cortar pasto, ancinho, rolo compactador, espalhador de esterco com acionamento hidráulico de 4000L e dois tratores para as operações.

“Os investimentos são necessários para se manter na atividade, mas eu costumo falar que eu invisto conforme a perna aguenta. Eu não faço nada que vai me prejudicar e comprometer o meu trabalho”, comentou.

Rosane decidiu buscar financiamento bancário apenas uma vez para adquirir dois tratores, mas que precisavam ser da cor rosa, pois além de ser um sonho pessoal a cor era uma demonstração de toda a  força, empenho e dedicação das mulheres rurais, que apesar das diversidades não desistem da atividade. 

“Era o meu sonho e não iria desistir disso tão fácil, eu fiz um financiamento junto ao banco e já quitei há dois anos com todo o meu empenho no trabalho”, completou. Com os investimentos realizados nos últimos quatros anos, a produção leiteira passou de 120 a 130 litros/dia para uma produção diária de 500 a 600 litros/dia. (As informações são do Notícias Agrícolas, editadas pelo Sindilat)


CEPEA: preço do leite volta a recuar

Em abril, o preço do leite ao produtor caiu 3,3%, chegando a R$ 2,7415/litro, segundo o Cepea. Apesar da queda, o valor segue 5,7% acima do registrado há um ano, em termos reais.

Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em abril caiu 3,3%, chegando a R$ 2,7415/litro na “Média Brasil”. Ainda assim, o valor é 5,7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, em termos reais (deflacionado pelo IPCA de abril).

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de abril/2025)

Os preços do leite ao produtor caíram em um momento atípico, mas essa queda se explica pela redução da demanda por lácteos no mercado final. De acordo com analistas do MilkPoint Mercado, os preços ainda elevados nas gôndolas dos supermercados e o menor otimismo para o consumo geral da população têm refletido em um consumo mais retraído, impactando negativamente no volume consumido de lácteos.

Além disso, a oferta de leite no campo se manteve firme, mesmo com a chegada da entressafra. O Índice de Captação de Leite (ICAP-L) subiu quase 3% entre março e abril, um aumento maior do que o normal para essa época. Isso se deve ao clima favorável, à boa qualidade da silagem e às margens melhores da atividade.

Com a oferta mais estável, o consumo em baixa e a queda na rentabilidade das indústrias, o mercado espera que os preços ao produtor sigam caindo no terceiro trimestre. (Milkpoint)

Leite/América do Sul

Com a chegada do inverno a produção de leite sul-americana fica estável

A produção de leite na América do Sul encontra-se estável nos principais países produtores com a proximidade do inverno. O clima mais ameno do que o esperado contribuiu positivamente para a produção leite durante o outono. Outrossim, alguns observadores indicam que a produção de leite nas fazendas, em 2025, está inferior em comparação com a produção de 2024. Os relatórios indicam que os custos da alimentação animal estão acessíveis. A demanda dos compradores da região é forte. Os negociantes da América do Sul relatam compras intensas recentemente e os preços sobem continuamente, já que os compradores buscam assegurar mercadorias da Argentina e do Uruguai. A demanda brasileira continua forte. 

Fonte: Relatório USDA: 
https://www.ams.usda.gov/marketnews/individual-dairy-market-news-commodityreports#International
Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido
LIVE/MAPA: Registro de Estabelecimentos no SIF: tudo o que você precisa saber!
No dia 4 de junho, às 9h30, será realizada uma live sobre o registro de estabelecimentos no SIF (Serviço de Inspeção Federal), transmitida pelo Canal da Enagro no YouTube. O evento, promovido pelo DIPOA/SDA/MAPA, apresentará as funcionalidades do sistema dentro da Plataforma SDA Digital e contará com uma sessão interativa de perguntas e respostas. A iniciativa é voltada a profissionais do setor agropecuário e demais interessados nos serviços oferecidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária. A live é uma oportunidade para esclarecer dúvidas e conhecer melhor os processos relacionados ao SIF. Não perca! Clique aqui e assista. (Sindilat com informações do MAPA).


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 30 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.403


O leite do futuro

Não será à base de proteínas vegetais nem cultivado em laboratório. O leite do futuro já existe, e está sendo produzido dentro da pecuária, seja de bovinos, ovinos ou caprinos.

Quem diz é Luiz Gustavo Ribeiro, professor na Universidade de Copenhagem, na Dinamarca, que participou da 3ª Jornada Técnica da Rede Técnica de Cooperativas (RTC), em Gramado:

— O leite continuará sendo leite. Tem muito mais nutriente do que as bebidas que o imitam. É mais saudável, por ser natural, e não ultraprocessado.

As informações são de Zero Hora

Créditos das fotos: Carolina Jardine


Sindilat integra ações do Dia Mundial do Leite em Chiapetta 

Em comemoração ao Dia Mundial do Leite, celebrado em 1º de julho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) levou a Chiapetta (RS) ações voltadas à educação e à valorização do setor lácteo. A entidade selecionou produtos lácteos para compor o lanche dos alunos das escolas municipais Lorette Finck, São José e Haydee Chiapetta, além da escola estadual Anchieta, contemplando cerca de 450 estudantes que participaram das atividades comemorativas ao longo do dia.

A programação, que aconteceu no Auditório José Gabriel Chiappetta, contemplou estudantes do ensino médio no turno da manhã. Eles assistiram a uma palestra sobre o mercado de trabalho no setor lácteo, conhecendo as oportunidades de atuação e possibilidades de crescimento profissional que o setor oferece, ministrada pelo engenheiro agrônomo Diego Coimbra, do SENAR-RS, com o tema: "Será que a atividade leiteira dá lucro?".

Já no turno da tarde, os alunos participaram de uma conversa lúdica sobre a história e a importância do leite no desenvolvimento da humanidade, apresentada pelo médico veterinário Henrique Pereira da Silva. Depois, os estudantes se engajaram em uma edição pocket do projeto “Arte na Caixinha”, promovido pelo Sindilat/RS. A iniciativa propõe que as crianças desenvolvam obras artísticas utilizando caixas de leite UHT como suporte, representando, de forma criativa, o que aprenderam sobre o setor lácteo. A atividade estimula a reflexão sobre o consumo consciente, trata da importância do leite na alimentação e do papel dos produtores rurais.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou a relevância de iniciar o diálogo sobre o setor lácteo com o público infantojuvenil, dada a importância do leite na alimentação e no desenvolvimento econômico do Estado. “Levar informação de forma acessível e lúdica para a juventude é uma forma de valorizar a cadeia produtiva do leite. Eles estão entre os principais consumidores e, mais do que isso, são multiplicadores de conhecimento dentro de suas famílias e comunidades”, afirmou Palharini.

As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS

 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1869 de 29 de maio de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite está em recuperação, após a superação do vazio forrageiro, que afetou diversas propriedades nas últimas semanas. Já é possível reduzir parcialmente a suplementação com concentrados e volumosos, que mantinha os custos de produção elevados.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Santana do Livramento e Manoel Viana, observam-se os primeiros potreiros de forrageiras de inverno em condições de utilização. 

Na de Caxias do Sul, a condição corporal dos bovinos leiteiros permaneceu apropriada, pois não houve restrições alimentares no período. Os dias mais frios favoreceram o conforto térmico e o bem-estar dos animais tanto no campo quanto em confinamento. 

Na de Erechim, em propriedades com pouca oferta de silagem e menores áreas de pastagem, houve perda de peso em alguns animais, reflexo da transição outonal e da menor disponibilidade de forragem. 

Na de Ijuí, o aumento do estoque de forragem conservada, em virtude da satisfatória produtividade do milho para silagem de segunda safra, pode auxiliar na redução dos custos de produção.

Na de Passo Fundo, os animais vêm recuperando gradativamente a produção de leite em função do aumento da oferta de alimentos volumosos a campo. 

Na de Porto Alegre, a comercialização do leite ocorre sem maiores dificuldades, apesar da diminuição no número de linhas de coleta na maior parte da região. 

Na de Santa Maria, a temperatura mais amena tem favorecido o conforto térmico dos animais, que vinham enfrentando dificuldades alimentares devido à escassez de pastagens, fortemente impactada pelo baixo volume de precipitações ao longo do outono. 

Na de Soledade, no sistema de produção de leite a pasto, os produtores continuam complementando a alimentação dos animais com silagem de milho, cereais de inverno e outros ingredientes, além de ração e suplementos minerais. 

As informações são da Emater/RS editadas pelo Sindilat RS


Jogo Rápido
Instabilidade climática dá lugar ao frio intenso e tempo firme no Rio Grande do Sul
Nos últimos sete dias, o Rio Grande do Sul foi marcado por chuvas intensas e acumulados significativos em várias regiões do Estado. No entanto, na quinta-feira (22/05), o tempo apresentou uma trégua: uma massa de ar frio pós-frontal estabilizou o clima, inibindo a ocorrência de novas precipitações em praticamente todo o território gaúcho. A previsão meteorológica para o período entre os dias 29 de maio e 4 de junho de 2025 aponta mudanças expressivas no cenário climático. As chuvas devem cessar na maior parte do Estado, dando lugar a uma onda de frio mais intensa, com destaque para a Serra Gaúcha, onde as temperaturas podem se aproximar de 0 °C. A partir de sexta-feira (30/05), o tempo firme deve predominar, mantendo as baixas temperaturas em todas as regiões gaúchas. Entre sábado (31/05) e domingo (01/06), espera-se um leve aquecimento gradual, ainda sob céu aberto e clima seco. Entretanto, o início da próxima semana deverá trazer alguma instabilidade pontual. Um cavado — área alongada de baixa pressão atmosférica — se formará no Norte do Estado na segunda-feira (02/06), provocando chuvas localizadas entre a tarde desse dia e a manhã de terça-feira (03/06). Nas demais regiões, o tempo seguirá estável, com sol entre nuvens. Já na quarta-feira (04/06), a previsão indica novamente tempo firme em todo o Rio Grande do Sul. O prognóstico completo para os próximos sete dias prevê ocorrência de chuvas em áreas isoladas, principalmente do Noroeste ao Litoral Sul. As regiões do Litoral, Centro-Sul, Metropolitana e partes do Nordeste gaúcho ainda estarão sob influência de um sistema frontal persistente, que vem atuando desde a semana anterior. Nesses locais, os volumes acumulados de chuva podem variar entre 10 e 150 milímetros até o final de maio. Já no Centro e Norte do Estado, outro sistema de instabilidade deverá atuar ao longo da semana, provocando precipitações mais moderadas, com acumulados que variam de 1 mm a mais de 50 mm. Diante desse cenário, a recomendação é para que a população esteja atenta às atualizações meteorológicas, especialmente nas regiões que ainda podem registrar volumes elevados de chuva. Ao mesmo tempo, é importante se preparar para o frio rigoroso, que deve marcar o início de junho no Rio Grande do Sul.(Fonte: Simagro – Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos editado pelo Sindilat RS)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.402


Conseleite Minas Gerais

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 28 de Maio de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2025 a ser pago em Abril/2025.

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2025 a ser pago em Maio/2025.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2025 a ser pago em Junho/2025.


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (Conseleite MG)


Mudanças no IOF elevam custo do crédito e impactam operações internacionais

O Decreto nº 12.466/2025, recentemente publicado pelo Governo Federal, promove alterações significativas na sistemática de cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), afetando diretamente operações de crédito, câmbio e seguros.As novas regras fazem parte do pacote de ajuste fiscal voltado ao aumento da arrecadação e já causam preocupação entre diversos setores da economia.  As mudanças resultam em um aumento expressivo da carga tributária incidente sobre uma ampla gama de operações, elevando de forma significativa o custo do crédito no mercado nacional.

Empresas com atuação internacional, cooperativas e negócios que realizam remessas para o exterior ou contratam serviços fora do país estão entre os mais impactados pelas novas alíquotas e regras de tributação.

Em resposta ao novo cenário, foi elaborado um guia explicativo com os principais pontos da medida, com o objetivo de orientar empresas e organizações quanto aos aspectos mais sensíveis das novas exigências tributárias. Acesse clicando aqui. (As informações são do Andrade Maia editadas pelo Sindilat)

 

Evolução da produção mundial de leite

A tabela a seguir mostra um grupo selecionado de países importantes que representam pouco mais de 55% da produção global de leite de vaca, o que mostra uma queda de 1,45% na produção nos primeiros dois meses de 2025 em comparação com o mesmo período em 2024.

Do lado dos fornecedores habituais (UE+EUA+NZ+AU+ARG+UY), a produção foi 1,5% menor que no ano anterior nestes dois primeiros meses do ano, o que determina que a oferta no comércio mundial foi moderadamente restringida diante de um ligeiro crescimento da demanda, especialmente devido à recuperação das compras da China até agora em 2025 e ao comércio mais fluido em todo o Sudeste Asiático. Essa combinação resulta em excelentes preços para os principais produtos lácteos no mercado mundial.

Vale lembrar que o comércio global, excluindo o comércio intra-União Europeia, representa apenas 11 a 12% da produção global, portanto qualquer flutuação na produção global afeta significativamente os preços, daí a natureza altamente volátil desse mercado.

Estimativas de organizações líderes com maior expertise no mercado de laticínios preveem um aumento entre 0,8% e 0,4% na produção global de leite este ano.

Análise preparada pela OCLA com base em informações de www.clal.it e outras fontes)


Jogo Rápido
Indústrias lácteas | Whey do Brasil inaugura indústria no dia 13 de junho em Palmeira das Missões
Com um investimento de R$ 250 milhões e unindo forças de sete laticínios gaúchos, a Whey do Brasil inaugura sua planta em Palmeira das Missões, marcando um salto tecnológico e sustentável na agregação de valor ao soro de leite, com foco em whey protein e derivados de alto desempenho para o Brasil e o mundo. Está programada para o dia 13 de junho, a inauguração da Whey do Brasil Alimentos S.A. em Palmeira das Missões, indústria voltada à transformação de soro de leite. O evento deverá contar com a presença do governador Eduardo Leite e simboliza um novo momento para a cadeia leiteira do Rio Grande do Sul. Resultado da união de sete laticínios regionais — Mandaká Alimentos, Laticínios Friolack, Laticínios Frizzo, Laticínios Stefanello, Laticínios Kiformaggio, Laticínios São Luis e Doceoli Alimentos —, a empresa nasce com a proposta de agregar valor ao leite produzido no estado, por meio da fabricação de derivados de soro com alto valor agregado, como whey protein, compostos lácteos e soro em pó. Com investimento inicial de R$ 250 milhões, a unidade ocupa 25 mil metros quadrados e tem capacidade para processar 1,2 milhão de litros de soro fluido por dia. A produção estimada é de 100 toneladas diárias de produtos em pó. A operação já gera 150 empregos diretos e indiretos e projeta dobrar sua capacidade de processamento em médio prazo.Entre as práticas adotadas estão o reaproveitamento de água, uso racional de recursos hídricos, cogeração de energia e mitigação de impactos ambientais. A expectativa é atender diferentes setores da economia, como alimentício, cosmético, farmacêutico e de nutrição esportiva, tanto no mercado interno quanto externo. A nova indústria posiciona Palmeira das Missões como referência nacional na produção de derivados lácteos de alta performance. (O Alto Uruguai - via Edairy News)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.401


Conseleite Santa Catarina

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Maio de 2025 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Abril de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)


Irrigação é ferramenta para aumento da produtividade e competitividade na agroindústria gaúcha

Evento promovido pelo Sistema FIERGS, nesta terça-feira (27), debateu soluções sustentáveis para driblar prejuízos por eventos climáticos no RS  

O investimento em práticas de irrigação é apontado como uma importante ferramenta para aumentar a produtividade e a competitividade na agroindústria gaúcha, ajudando a mitigar os prejuízos bilionários causados por eventos climáticos extremos. Somente entre 2020 e 2024, o agronegócio do estado sofreu perdas de R$ 319 bilhões devido à estiagem, conforme estimativa da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). 

Essas considerações foram apresentadas por especialistas durante o evento Irrigação e Segurança Hídrica: Caminhos Para a Evolução Sustentável da Agroindústria na Reconstrução do Estado, promovido pelo Sistema FIERGS nesta terça-feira (27). Reunindo autoridades governamentais, representantes da indústria, produtores rurais e especialistas técnicos, a iniciativa reforçou a urgência do debate sobre soluções concretas para enfrentar as secas e inundações devastadoras que historicamente atingem o Rio Grande do Sul.

Na visão do presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, a irrigação é um dos suportes para a estabilidade econômica, social e ambiental do estado. Por isso, considera fundamental desenvolver medidas estratégicas urgentes para lidar com o problema e garantir a competitividade do setor. “A irrigação é o maior seguro que podemos dar, não só para a agricultura gaúcha, mas também para as nossas indústrias”, enfatizou.

O coordenador do Conselho da Agroindústria (Conagro) da FIERGS, Alexandre Guerra, reforçou a importância do tema para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e salientou que o órgão trabalha em um projeto de irrigação desde 2021, realizando levantamentos e reunindo dados para medir as consequências da falta de água e os benefícios da medida. “Cada milímetro de água guardado gera 2,5 empregos quando se fala no cultivo de milho. Isso mostra o diferencial que traz para nós do setor quando se trabalha a irrigação”, exemplificou.

Crédito da foto: Dudu Leal

POLÍTICAS ESTADUAIS
Entre os painelistas convidados para o evento, estava a secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, que destacou as políticas e estratégias desenvolvidas pelo governo do estado nos últimos anos para a consolidação da irrigação no RS. Além de ressaltar a relevância econômica do tema, a representante da pasta enfatizou a necessidade de alinhar o desenvolvimento e a proteção ambiental.

"Se soma a importância da irrigação como uma atividade da agricultura de baixo carbono, como uma atividade que potencializa a nossa capacidade de ter um solo coberto e de emitir menos gases de efeito estufa, contribuindo positivamente para a redução daqueles efeitos de mudanças climáticas locais”, pontuou.

O secretário estadual da Agricultura, Edivilson Brum, apresentou dados relacionados aos efeitos da estiagem no estado, chamando a atenção para as quebras de safras, com consequente alta volatilidade econômica, e quedas no Produto Interno Bruto (PIB). Também destacou que o Rio Grande do Sul perde competitividade em diferentes setores, devido à falta de irrigação: “Apenas 4% das áreas de sequeiro no Rio Grande do Sul são irrigadas. Isso é muito pouco diante dos desafios climáticos que temos vivenciado nos últimos anos. Então, o governo do estado está fazendo projetos para fomentar a questão da irrigação”.

Diante desse cenário, o advogado e consultor tributário Luiz Antônio Bins reforçou a importância do Fundopem da Irrigação, um programa de expansão da agricultura irrigada no Rio Grande do Sul, cuja criação é defendida há anos pelo presidente Claudio Bier. “As finalidades do Fundopem da Irrigação são reduzir os efeitos climáticos, a insuficiência hídrica na nossa atividade agropecuária, evitar perdas de produção em decorrência de estiagem e seca, aumentar a produtividade e qualificar o produto agrícola gaúcha”, detalhou Bins.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O segundo painel do evento contou com a participação do diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriel Simioni, e do chefe do Departamento Agrossilvipastoril da Fepam, Cristiano Prass. Durante a conversa, mediada pelo executivo do Conagro, Tiago Pereira, foram apresentadas informações sobre os avanços relacionados ao licenciamento ambiental de sistemas de irrigação no Rio Grande do Sul. 
Por fim, o encontro abordou os avanços, tecnologias e práticas inovadoras da irrigação no estado, a partir do depoimento do vice-presidente da Cotrisoja, Adriano Borghetti, do gerente na Cotripal Agropecuária Cooperativa, Tiago Kuntz, e do gerente corporativo PD&I da Fockink, Alejandro Meyer. (FIERGS)

Acordo prevê votação "a jato" para projeto de reajuste do salário mínimo gaúcho

Texto encaminhado pelo governador Eduardo Leite na segunda-feira estipula índice de 8%, acima da inflação do período, que fechou em 4,83%. O governo do Estado construiu, nesta terça-feira (27), um acordo com os líderes dos partidos na Assembleia Legislativa para que o projeto de reajuste do salário mínimo gaúcho — também chamado de piso regional — seja votado em 3 de junho. Caso isso se confirme, o texto poderá ser aprovado oito dias depois de ser protocolado. 

O projeto de lei, encaminhado em regime de urgência na segunda-feira (26) pelo governador Eduardo Leite, prevê reajuste de 8% no mínimo regional. O índice é superior à inflação de 4,83% do último ano.  Se aprovado sem mudanças, o menor salário pago formalmente no Estado passará de R$ 1.656,51 para R$ 1.789,04. Na justificativa do projeto de lei, o governo Leite aponta que a proposta "prima pelo equilíbrio entre a valorização da mão de obra regional e a prevenção de distorções no mercado de trabalho, com a manutenção dos níveis de emprego das categorias abrangidas". 

A antecipação na apreciação do projeto foi uma sugestão de centrais sindicais e deputados de oposição. — Concordamos que este assunto não pode ficar como no ano passado, que foi atípico pela tragédia, e foi se alongando o período de votação do piso. Este ano, em que temos condições normais, concordamos em fazer a votação em maio — disse Frederico Antunes (PP), líder do governo Leite na Assembleia. Deputados aliados e de oposição se manifestaram, nesta terça-feira, a respeito da proposta enviada pelo Piratini. 

Professor Bonatto (PSDB) avaliou positivamente o projeto, destacando que o salário mínimo mais alto tem potencial de atrair profissionais para o Estado em um momento em que há dificuldade de preencher vagas. — Precisamos olhar a dificuldade que se tem para conseguir trabalhadores. Hoje temos déficit em todas as áreas. Eu acredito que este seja o grande desafio do governo, da sociedade, do empreendedor: ter trabalhadores eficientes. 

Para isso, precisamos fazer a roda da economia girar — disse Bonatto. Luciana Genro (PSOL) lembrou que os trabalhadores reivindicam perdas acumuladas ao longo dos últimos anos, mas também valorizou o índice encaminhado por Leite. — A proposta do governo está sempre aquém do que os trabalhadores reivindicam, mas é positivo que o governo tenha mandado o projeto e que esteja um pouco acima da inflação — apontou a deputada Luciana Genro (PSOL).  Cláudio Tatsch (PL) se disse favorável, como regra, a reajustes para trabalhadores.  

— Vejo com bons olhos. Em primeiro lugar, fica acima da inflação. É uma média dos Estados de Santa Catarina e Paraná. O projeto vem para a gente dizer sim ou não. E quando vierem projetos de aumento salarial, tanto piso regional quanto qualquer tipo de aumento, vou sempre votar favorável ao trabalhador — ressaltou Tatsch. Na lista dos contrários, estão Felipe Camozzato (Novo) e Guilherme Pasin (PP). 

— Eu voto contra, não pelo reajuste em si, mas por não concordar com essa ferramenta. Acredito que é mais uma interferência do poder público perante à sociedade civil. Sei que é uma visão um pouco polêmica, algumas pessoas não compreendem isso, e acreditam que o Estado pode fomentar o aumento da remuneração. A minha posição é uma questão conceitual — disse Pasin. O piso regional é aplicado sobre os salários daquelas categorias que não têm acordos coletivos e para trabalhadores informais. Também serve de base para o salário de alguns funcionários públicos estaduais, como os servidores de escolas. No ano passado, o reajuste foi aprovado em dezembro com índice de 5,25%. (Zero Hora)


Jogo Rápido
Piracanjuba escolhe RELCO para projeto de ponta em proteínas do soro e lactose no Paraná
Empresa brasileira de laticínios investe mais de US$ 100 mi em nova planta no PR, com foco em queijos, WPC e lactose. Projeto inclui tecnologia da RELCO e amplia presença nacional. Genuinamente brasileira, uma das maiores empresas de laticínios do Brasil. Foi fundada em 1955, no estado de Goiás, com um único produto: manteiga. Hoje, algumas das principais marcas incluem Piracanjuba (marca principal), Emana, LeitBom e a licenciada Almond Breeze (leite de amêndoa - leite não lácteo), Ninho e Molico (leite UHT). Com mais de 4.000 funcionários, a empresa opera em sete fábricas próprias e produz alimentos que são vendidos em todo o Brasil, com cerca de 200 itens em seu portfólio, tornando-se uma das marcas mais populares nas casas de todo o país. Aumentando sua presença pelo Brasil, decidiu iniciar uma nova planta de queijos no estado do Paraná e, como parte da melhoria do portfólio, irão processar proteínas e lactose no mesmo local - São Jorge D’Oeste, Paraná, Brasil. O total do investimento deverá ser superior a US$ 100 milhões neste projeto, incluindo a planta de queijos. A parte da Relco será de aproximadamente US$ 22 milhões. A Relco está fornecendo uma planta completa e turnkey composta por: Planta de WPC, incluindo evaporador TVR, secador Bustle com filtro de mangas e Central CIP (Cleaning in Place), manuseio, estocagem e ensacamento de pó. Planta de lactose de grau IFM, incluindo evaporador TVR, cristalização, solução de secagem de lactose Relco Ltech, Central CIP, manuseio, estocagem e ensacamento de pó. Capacidade da planta de WPC: cerca de 5.000 toneladas por ano. Capacidade da planta de lactose: cerca de 20.000 toneladas por ano. (Fonte: Milkpoint)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de maio de 2025                                                           Ano 19 - N° 4.400


Laticínios tem momento de estabilidade e boa renda

Depois de atravessar algumas dificuldades no início de ano, ocasionadas pelo clima não ideal em algumas regiões, e mesmo lidando perdas acumuladas nos últimos anos nas lavouras, o atual momento da indústria de laticínios do Estado é de estabilidade e boa rentabilidade.

"O valor pago pelo leite vem remunerando muito bem a atividade. Há muitos anos, o produtor não tinha uma renda tão boa com o leite como se viu em 2024/2025. Foi possível organizar o caixa para manter investimentos mesmo com todas as dificuldades pontuais decorrentes das enchentes e das sucessivas estiagens", avalia Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Conforme o dirigente, no entanto, há muito a ser feito, no curto e médio prazos, além da demandas desafiantes, como negociações de ajustes tributários para o segmento — uma batalha que exigiu articulação para manter a competitividade do setor e os investimentos sustentados no Rio Grande do Sul. 

"Temos que ganhar competitividade, e essa é a principal missão que temos pela frente para a próxima década. Temos que conseguir atingir a escala de produção e custo operacional dos nossos vizinhos do Prata (Uruguai e Argentina). Só assim nos tornaremos competitivos para fazer frente aos lácteos de outros países na disputa pelo mercado internacional", afirma Palharini.

Investimentos em nutrição adequada, que permita produzir leite com qualidade e na quantidade que as indústrias precisam, assim como aplicar genética de ponta nos rebanhos e melhorar a capacidade técnica da produção, estão no topo dos objetivos. Também se nota uma mudança no perfil produtor: estão em menor número mas entregando mais leite. Ainda assim, os parques industriais operam com capacidade operacional ociosa, ou seja, tem espaço para processar mais leite e os produtores podem produzir mais. Essa expansão percisa levar em conta a redução nos custos e a manutenção de margens de rentabilidade estáveis e positivas.

"Quando há desejo de evoluir, a migração para um modelo de negócio mais empresarial é possível", atesta o dirigente, defendendo que o setor assuma uma postura mais assertiva e profissional."Precisamos fazer o dever de casa. Olhar para nossos custos, assumir uma postura mais empresarial. Por sua origem com mão de obra familiar, o leite geralmente é gerenciado da mesma forma. Precisamos entender o negócio como uma empresa, trabalhando com dados, estatísticas e metas." (Jornal do Comércio)


Proteína e gordura do leite: o caminho para um rebanho mais lucrativo - PARTE I

Análises de gordura e proteína são termômetros do rebanho e chave para renda maior. Veja como fazer e interpretar.

A análise dos teores de proteína e gordura do leite é uma ferramenta estratégica e indispensável para a gestão eficiente da pecuária leiteira, especialmente quando o objetivo é aumentar a rentabilidade da atividade.

Esses dois componentes fazem parte dos chamados sólidos totais do leite e exercem influência direta não apenas na qualidade final do produto, mas também na forma como o produtor é remunerado. Em diversos sistemas de pagamento adotados por laticínios, os teores de proteína e gordura são critérios centrais para a definição do preço do litro de leite, com bonificações aplicadas para composições superiores aos padrões mínimos exigidos (ARAÚJO et al., 2024).

A gordura do leite é um dos principais responsáveis pelo sabor, textura e valor energético do produto. Já a proteína, especialmente a caseína, está diretamente relacionada à capacidade de fabricação de derivados como queijos e iogurtes. Dessa forma, quanto maior a concentração desses sólidos, maior o rendimento industrial do leite, o que aumenta seu valor comercial para a indústria. Isso faz com que a composição do leite seja um dos principais diferenciais competitivos do produtor no mercado.

Esses componentes também refletem aspectos importantes da nutrição, manejo e saúde do rebanho (GAEHWILER & NASCIMENTO, 2025). A produção de gordura está altamente relacionada à presença de fibra efetiva na dieta e ao bom funcionamento do rúmen. Já a produção de proteína está mais relacionada ao balanço energético da vaca e ao fornecimento adequado de carboidratos fermentáveis. Quando os teores de gordura e proteína se mantêm dentro dos padrões ideais, isso indica que a dieta está equilibrada e o manejo nutricional está sendo bem executado.

Tabela 1. Valores de referência para composição e qualidade do leite cru de acordo com IN 76 e 77 de 2018 do MAPA

Fonte: Dos autores, 2025.

Por outro lado, quedas ou desequilíbrios, nesses índices podem sinalizar problemas importantes. Por exemplo, uma relação gordura/proteína inferior a 1 pode indicar casos de acidose ruminal subclínica, comum em dietas com excesso de concentrado e pouca fibra. Já um aumento desproporcional da gordura, com redução de proteína, pode sugerir mobilização de gordura corporal, característica da cetose subclínica em vacas no início da lactação. Ou seja, os teores de proteína e gordura não são apenas indicadores de qualidade do leite, mas também verdadeiros termômetros da saúde metabólica do rebanho.

Do ponto de vista econômico, o impacto dessas análises é significativo. Mesmo produtores com o mesmo volume de leite podem ter rendas distintas, dependendo da composição do leite entregue. Um leite com altos teores de gordura e proteína pode garantir bonificações que, ao final do mês, representam um valor expressivo na receita da propriedade, como exemplificado na Tabela 2. Além disso, esse tipo de análise permite ajustes nutricionais precisos, otimizando o uso de insumos, reduzindo desperdícios e melhorando o custo-benefício da alimentação – um dos principais componentes do custo de produção.

Tabela 2. Exemplo de um comparativo de faturamento com base na qualidade do leite

Fonte: Dos autores, 2025.

As informações são do Milkpoint

Observação: a parte II da matéria será publicada na newsletter de 26/05/2025.

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1868 de 22 de maio de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos recebem manejo adequado, e houve suplementação alimentar à base de silagens e rações, garantindo bom escore corporal e o início da recuperação da produção após o vazio forrageiro. A redução de carrapatos e moscas-dos-chifres contribuiu para o bem-estar animal. Apesar da melhora nas condições produtivas, os custos seguem elevados, impactando a rentabilidade da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas regulares e em volumes moderados, nas últimas duas semanas, beneficiaram os campos nativos e as forrageiras cultivadas, mantendo, de forma geral, condições de piso apropriadas para o acesso aos piquetes, para a sala de ordenha e para a área de alimentação. 

Na de Caxias do Sul, a sanidade das vacas leiteiras foi satisfatória, e houve necessidade de controle de ectoparasitas (berne, miíases e carrapatos). Diminuíram as infestações de moscas em razão dos períodos mais frios. 

Na de Erechim, as chuvas e o ambiente mais úmido aumentaram os desafios relacionados às mastites clínicas. Apesar dos dias mais curtos e das temperaturas mais amenas, algumas propriedades relatam alta incidência de carrapatos. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite se reduziu devido à antecipação do vazio forrageiro e à influência das altas temperaturas. Na de Ijuí, a qualidade do leite produzido continua muito boa. O clima mais seco tem contribuído para a melhor higienização dos animais e das instalações.

Na de Porto Alegre, segue a atenção sanitária voltada ao controle de carrapatos. Os agricultores estão realizando a declaração anual do rebanho. O pastejo ocorre em áreas de campo nativo e de pastagens perenes de verão, considerando o encerramento do ciclo das anuais. Continuam as práticas de implantação das pastagens de inverno.
 
Na de Santa Maria, o vazio forrageiro se prolongou devido à falta de chuvas, comprometendo o crescimento das pastagens implantadas. 

Na de Santa Rosa, as condições favoráveis de umidade do solo nos últimos dias proporcionaram o rápido desenvolvimento inicial das pastagens de inverno, principalmente de aveia, que já permite pastejo nas primeiras áreas implantadas. 

Na de Soledade, as condições climáticas reduziram o crescimento das pastagens perenes e limitaram o desenvolvimento das pastagens de inverno. Diante disso, os bovinocultores de leite recorrem a alimentos conservados, com destaque para silagem de milho, além de feno, pré-secado, ração e suplementos minerais, a fim de garantir a nutrição do rebanho. (Emater adaptado pelo Sindilat).


Jogo Rápido
PREVISÃO METEOROLÓGICA: Semana de chuva no Rio Grande do Sul
Nos últimos sete dias, chuvas de intensidade moderada atingiram partes do centro, norte e do oeste do Rio Grande do Sul, enquanto as áreas a leste registraram volumes acumulados mais baixos.  Os bovinos de leite receberam manejo adequado, e houve suplementação alimentar à base de silagens e rações, garantindo bom escore corporal e o início da recuperação da produção após o vazio forrageiro. A redução de carrapatos e moscas-dos-chifres contribuiu para o bem-estar animal. Apesar da melhora nas condições produtivas, os custos seguem elevados, impactando a rentabilidade da atividade. A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas de fraca a moderada intensidade, com possibilidade de tempestades isoladas no Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (23/05), o tempo estável persistirá em todas as regiões, com características típicas de amplitude térmica: madrugada com temperaturas mais baixas e elevação ao longo do dia. Entre a sexta-feira e o sábado (24/05), uma área de baixa pressão deverá se deslocar do Oceano Atlântico Sul em direção ao território gaúcho, provocando chuvas generalizadas em todo o estado. Há possibilidade de ocorrência de tempestades isoladas, inicialmente nas regiões das Missões e Fronteira Oeste, avançando posteriormente para áreas da Campanha, região Central e Sul do estado. Essa condição instável deverá se estender até o domingo (25/05), com possibilidade de novas tempestades isoladas, especialmente em pontos do leste gaúcho. A tendência para o período entre os dias 26 e 28 de maio indica a formação de novas áreas de instabilidade sobre o Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (26/05), uma nova área de baixa pressão deve se desenvolver no noroeste do estado, favorecendo a ocorrência de chuvas, com possibilidade de tempestades em todas as regiões. Esse sistema deverá se deslocar sobre o território gaúcho ao longo da segunda-feira, mantendo sua influência principalmente sobre o norte do estado na terça-feira (27/05). Ainda na terça, uma segunda área de baixa pressão, oriunda da Argentina, avançará sobre o RS, provocando novas chuvas generalizadas e potencial para ventos intensos, especialmente em áreas do litoral. A atuação desse sistema deverá se encerrar até o início da quarta-feira (28/05), restabelecendo gradualmente as condições de estabilidade no estado. O prognóstico para os próximos sete dias indica acumulados de chuva elevados no Rio Grande do Sul. As precipitações deverão ser generalizadas, com os maiores volumes concentrando-se em uma extensa área que abrange a Fronteira Oeste, Missões, regiões centrais, centro-norte do estado, Campanha e Região Metropolitana. Nessas áreas, os acumulados deverão ultrapassar os 50 mm, com possibilidade de volumes superiores a 100 mm, especialmente entre a Fronteira Oeste, Campanha e o centro do estado. Já para o Litoral, partes da Serra, Alto Uruguai, Costa Doce e extremo sul, são esperados acumulados menores, variando entre 10 mm e 50 mm.