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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.417


Inverno será típico no Rio Grande do Sul, com frentes frias

Quando marcar 23h42 desta sexta-feira (20/6), começará oficialmente o inverno no Hemisfério Sul do planeta. Até as 15h19 do dia 22 de setembro, a estação promete ser típica no Rio Grande do Sul, com passagem regular de frentes frias, com massa de ar frio avançando e provocando queda nas temperaturas. É o que afirma o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flávio Varone, coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS).

Conforme Varone, a previsão para julho, agosto e setembro é que não ocorram fenômenos globais, como o El Niño e a La Niña.  “Então, a tendência é de um segundo semestre dentro da normalidade, um inverno típico do Rio Grande do Sul”, acredita. “A condição de frentes frias passando traz chuva regular durante dois, três dias, na maioria dos eventos. E o ingresso de ar frio traz a queda da temperatura, mas também provoca fenômenos bem típicos da estação, como geada, nevoeiros e, eventualmente, a ocorrência de queda de neve em alguns pontos do Estado”, alerta.

E como fica a previsão mensal? “O modelo do Simagro, que é regional, está indicando que nós deveremos ter, durante o mês de julho, chuva próxima da normalidade em todo o Estado. Isso favorece um pouco mais as culturas de inverno, como trigo, canola, aveia e cevada”, destaca Varone.

Para agosto, conforme o meteorologista, a tendência é de chuva um pouco acima da média em grande parte do Rio Grande do Sul. “Condição que vai favorecer os reservatórios, principalmente da Fronteira Oeste e da Campanha, que ficaram mais baixos devido à estiagem de verão. No inverno, eles devem recuperar seus níveis mais aceitáveis”, prevê Varone. “E, na faixa Norte, tem previsão de chuva um pouco abaixo da média, mas nada muito expressivo”, complementa.

Para setembro, o Simagro indica que a chuva deve diminuir em todo o Rio Grande do Sul. “A gente espera volumes abaixo da normalidade”, pontua Varone.

Temperaturas
A temperatura média para julho e agosto deve ficar mais baixa que o normal, especialmente na Fronteira Oeste e nas Missões. “Em parte da Campanha deve fazer mais frio. No Litoral gaúcho, tanto em julho quanto em agosto, a previsão aqui do nosso modelo indica valores mais próximos da normal, mas também algumas áreas acima da normalidade. Então, vai ser um pouquinho mais quente no Litoral gaúcho nesses dois meses”, esclarece Varone.

Para setembro, de acordo com o meteorologista, essa condição de valor inferior à média deve cobrir todo o Rio Grande Sul, principalmente metade Oeste e Campanha. “Deve trazer temperaturas com valores realmente um pouco abaixo da média, bem mais frios. Essa faixa mais leste (mais quente ao longo do ano), no decorrer do mês tende a ter valores ligeiramente abaixo da média, ou dentro da normalidade”, especificou Varone.

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 25/2025 – SEAPI

Nos últimos seis dias, o Rio Grande do Sul registrou chuvas de alto volume em praticamente todo o território. Na quinta-feira (12/06) e na sexta-feira (13/06), o anticiclone migratório localizado sobre o Oceano Atlântico, próximo ao estado, manteve o tempo estável. Por conseguinte, não houve registro de precipitação significativa, e as temperaturas apresentaram elevação gradual.

Na bovinocultura de leite, a condição corporal dos rebanhos segue satisfatória mesmo com os efeitos do vazio forrageiro outonal. As baixas temperaturas contribuíram para o bem-estar animal e o controle sanitário. Apesar de, em algumas regiões, o excesso de umidade dificultar o manejo e o acesso às pastagens, a entrada das forrageiras de inverno e os ajustes nas dietas possibilitaram o equilíbrio entre produtividade e custos. A qualidade do leite permaneceu dentro dos padrões exigidos pelas indústrias. 

A previsão para os próximos dias indica a atuação de sistemas meteorológicos, resultando em chuvas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Na terça-feira (18/06), um sistema frontal irá se formar no sul do Atlântico, dando origem a uma frente fria. Por conseguinte, há previsão de chuva fraca a moderada, ocasionalmente forte, no centro-sul do estado. Na quarta-feira (19/06), a continuidade da atuação desse sistema causará chuvas moderadas a fortes na região central e norte, e chuvas fracas a moderadas na porção sul. As temperaturas entrarão em declínio após a passagem desse sistema frontal. Na quinta-feira (20/06), uma perturbação causada por um sistema frontal no Pacífico Sul, ao passar pelos Andes, dará origem a um cavado em níveis médios que, somado ao suporte de umidade advectada da região norte, contribuirá para a formação de sistemas convectivos sobre o Rio Grande do Sul. Esperam-se pancadas de chuva isoladas na porção sudoeste e chuva fraca a moderada nas porções central e nordeste. Na sexta-feira (21/06), ainda sob influência do vórtice em níveis médios, ocorrerão chuvas isoladas na região litorânea do estado.  No sábado (22/06), haverá condição de estabilidade, sem previsão de chuvas e com temperaturas em declínio. No domingo (23/06), a formação de um sistema frontal no sul da Patagônia influenciará o tempo, causando acumulados de chuva de moderada a forte intensidade no centro-norte do Rio Grande do Sul e chuvas fracas na porção sul. Além disso, o sistema de alta pressão da retaguarda, localizado na Argentina, contribuirá, juntamente com esse sistema frontal, para a entrada de uma intensa massa de ar polar, com risco de geada nas porções sul e norte do estado. Na segunda-feira (24/06), a estabilidade se manterá, e as temperaturas continuarão baixas em todo o estado. Não há previsão de chuva significativa para este dia. Na terça-feira (25/06), a formação de um sistema frontal sobre o continente ocasionará chuvas fracas a moderadas na porção centro-norte do Rio Grande do Sul.

O prognóstico para os próximos oito dias indica a ocorrência de chuvas significativas em praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul. Os acumulados previstos para essas regiões estarão principalmente associados à atuação de sistemas que irão afetar o território gaúcho nos próximos dias. Nas porções norte, nordeste, central e em parte da região Sul, os volumes esperados podem ultrapassar os 100 mm, com alguns pontos isolados chegando a 200 mm acumulados. Já as demais regiões, apresentam acumulados que irão variar entre 5 e 100 milímetros.  (SEAPI)


Quais são as principais prioridades dos líderes do setor lácteo?

Pesquisa com executivos mostra que o setor de laticínios busca crescer com inovação em produtos e processos, mas com foco máximo em custo e eficiência.

A pesquisa anual da McKinsey & Company revela o que está no topo das preocupações dos executivos da indústria de laticínios em 2025.

Pelo sétimo ano consecutivo, a McKinsey & Company, em parceria com a International Dairy Foods Association (IDFA), entrevistou mais de 100 executivos do setor de laticínios para descobrir quais são suas principais prioridades de negócios. A pesquisa foi realizada no quarto trimestre de 2024, com participantes de empresas sediadas na América do Norte, Europa e Oceania.

Em 2024, propósito corporativo, talento e custo eram as três maiores prioridades dos executivos do setor. Neste ano, o propósito caiu para a quarta posição, enquanto o custo disparou para o topo da lista. O talento permaneceu em segundo lugar, seguido pelo crescimento de volume em terceiro.

No outro extremo, a sustentabilidade caiu da quinta para a sétima posição, sendo ultrapassada por dados digitais e análises, que ocupam agora a sexta colocação.

Margens pressionadas

Não é surpresa que, para 69% dos executivos, o custo seja a principal preocupação, em comparação com 48% e 50% nos dois anos anteriores.

Isso reflete preocupações contínuas com logística, inflação e volatilidade dos custos de insumos, que continuam pressionando as margens, segundo análise da McKinsey.

O talento, prioridade para 67% dos entrevistados, também está em alta na agenda, evidenciando os desafios persistentes para preencher a lacuna de habilidades na agricultura, processamento e manufatura.

Inovação em produtos e processamento

Mais executivos do setor esperam crescimento nos próximos três anos, com 80% (contra 76% em 2024) acreditando que o volume crescerá mais de 3% no curto prazo.

A demanda por laticínios também deve impulsionar as linhas de inovação, com 65% dos entrevistados afirmando que planejam aumentar os investimentos em inovação de produtos nos próximos 3 a 5 anos; enquanto 79% pretendem intensificar a inovação na área de manufatura nesse mesmo período.

Adoção da IA

Em uma mudança em relação ao ano passado, há um foco maior em digitalização e análise de dados, com mais de 5 em cada 10 executivos (54%) afirmando que utilizam inteligência artificial (IA) em precificação, otimização da manufatura, gestão da cadeia de suprimentos e outras áreas.

É importante destacar que quase todos os 29 executivos entrevistados em profundidade como parte da pesquisa afirmaram que planejam usar IA no futuro – embora alguns tenham demonstrado preocupações quanto à eficácia da tecnologia atual.

Relevância da sustentabilidade enfraquece

Embora a sustentabilidade continue sendo uma prioridade central para os executivos do setor de laticínios, ela não está entre as principais preocupações dos líderes. Apenas 12% dos respondentes a classificaram entre suas três prioridades principais, uma queda significativa em relação aos 44% do ano anterior.

Mas, segundo a McKinsey, os consumidores provavelmente manterão a sustentabilidade relevante para as empresas de laticínios no longo prazo – produtos comercializados como “sustentáveis” apresentaram crescimento de vendas de 3,5% em comparação com produtos convencionais, segundo pesquisa citada pela empresa.

As principais prioridades dos líderes do setor leiteiro em 2025, segundo a última pesquisa McKinsey & Company / IDFA:
● Custo
● Talento
● Crescimento de volume
● Propósito corporativo
● Resiliência da cadeia de suprimentos
● Digital e análises de dados

● Sustentabilidade

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 
Leite em pó integral: maior preço de exportação do Uruguai, em 32 meses

O preço da tonelada de leite em pó exportada no mês de maio, pelo Uruguai, foi o mais alto em 32 meses: US$ 4.126. 

Desde o pico em meados de 2022 não se registravam valores superiores a US$ 4.000 por tonelada. A média de maio foi a mais alta desde setembro de 2022, US$ 4.180. 

No último ano a recuperação do preço foi de 15%. Em maio de 2025 as exportações de leite em pó integral somaram US$ 49,5 milhões e no acumulado de janeiro a maio totalizaram US$ 238,4 milhões do principal produto lácteo de exportação, equivalente a dois terços das divisas do setor. 

O volume exportado aumentou somente 2%, para 60.401 nos primeiros cinco meses do ano, enquanto que o crescimento do faturamento foi de 17%. 

Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Jogo Rápido
Banrisul anuncia suspensão da negativação de produtores rurais por 90 dias
Em reunião extraordinária de diretoria realizada nesta quinta-feira (19/6), o Banrisul decidiu suspender a negativação de todos os produtores com crédito rural no banco. O prazo para essa interrupção é de 90 dias, válidos a partir da próxima terça-feira (24/6) em razão do tempo necessário para retirar os negativados dos registros de inadimplência. A informação foi confirmada pelo governador Eduardo Leite. "A decisão do banco do Estado é uma ótima notícia para os homens e mulheres do campo e reforça nosso compromisso de estar ao lado de quem produz. Esperamos que, neste prazo, novas medidas venham a ser anunciadas pela União em favor dos produtores rurais gaúchos, que tiveram perdas recorrentes nas sucessivas estiagens e enchentes dos últimos anos", afirmou Leite. "Nosso objetivo é auxiliar e preservar esse importante setor econômico do Rio Grande do Sul", destacou o presidente do Banrisul, Fernando Lemos. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 18 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.416


GDT 382: Mercado internacional de lácteos passa por novas baixas nos preços

O mercado lácteo global segue em correção. Leite em pó e muçarela recuam, cheddar e manteiga sobem. Queda no volume sinaliza cautela dos compradores. Confira!  

No 382º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 17 de junho, o mercado manteve a tendência observada na edição anterior, com a maioria dos produtos passando por correções de baixa. O preço médio dos produtos negociados ficou em US$4.389 por tonelada, refletindo uma queda de 1,0% no GDT Price Index. Apesar de parecer contraditório frente ao patamar médio de preços do leilão anterior, essa variação negativa é explicada pela redução de 6,7% no volume negociado, e pelos diferentes pesos de cada produto, que influencia diretamente o índice ponderado da plataforma.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O preço do leite em pó integral (WMP), principal referência entre os derivados lácteos negociados na plataforma GDT, registrou uma queda de 2,10%, sendo comercializado a US$4.084 por tonelada. Esse recuo reforça o movimento de ajuste nos preços, observado após os picos registrados nos leilões de maio — ainda que os valores atuais permaneçam em patamares historicamente elevados, quando comparados à média dos últimos anos. O preço do leite em pó desnatado também continua com correções negativas, caindo 1,3%, com média de US$2.775 por tonelada

Gráfico 2. Preço médio LPI

A muçarela, que vinha de duas rodadas consecutivas de valorização, apresentou queda de 1,9% neste leilão, sendo negociada a US$ 4.802 por tonelada. A retração indica um movimento de correção após as altas registradas nos eventos anteriores, mas o produto ainda se mantém com preços firmes no cenário internacional.

Por último,  a gordura anidra do leite recuou 1,3% após cinco eventos seguidos de alta. Enquanto isso, a lactose segue em correção negativa, registrando queda de 3,6% no preço após o forte aumento observado em maio.

As valorizações foram registradas na manteiga, que, mesmo após correções negativas recentes, voltou a apresentar alta de 1,4%, alcançando preço médio de US$ 7.890 por tonelada. O queijo cheddar também se valorizou, revertendo duas quedas consecutivas para subir 5,1%, com preço médio de US$ 4.992 por tonelada.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 17/06/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Volume negociado volta a apresentar queda

O volume negociado no leilão voltou a registrar quedas, depois da pequena recuperação vista no último leilão. No total, foram comercializadas 15.209 toneladas, o que representa uma retração de 6,7% em relação ao evento anterior, que havia apresentado aumento de pouco mais de 7%. Essa variação negativa pode ser explicada ainda por um mercado cauteloso frente às tensões no mercado internacional. 

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
Impacto nos contratos futuros

Os contratos futuros de leite em pó integral na Bolsa da Nova Zelândia (NZX Futures) ficaram abaixo dos valores vistos no último leilão GDT, e reforçou a tendência de quedas nas cotações até o fim do ano. 

A expectativa é de aumento na produção global nos próximos meses, enquanto a demanda segue incerta — reflexo das crescentes tensões comerciais, da baixa confiança do consumidor e da desaceleração econômica em mercados importantes, como a China. Esse cenário tem exercido pressão sobre os preços e reforça a possibilidade de uma correção gradual no mercado.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

O cenário global de lácteos, com previsão de aumento da oferta e queda nos preços internacionais, pode refletir nos preços no mercado brasileiro. A demanda externa mais contida e as tensões comerciais podem continuar reduzindo os preços no mercado internacional, inclusive do Mercosul (nossos principais fornecedores). Além disso, com a valorização recente do real frente ao dólar nas últimas semanas, a competitividade do produto importado tem sido favorecida.

Nesse contexto, o câmbio será um fator decisivo: o aumento da taxa de câmbio real vs dólar pode conter as importações, enquanto uma moeda americana mais fraca pode indicar um caminho inverso. (Milkpoint)


Quais são as principais prioridades dos líderes do setor lácteo?

Pesquisa com executivos mostra que o setor de laticínios busca crescer com inovação em produtos e processos, mas com foco máximo em custo e eficiência.

A pesquisa anual da McKinsey & Company revela o que está no topo das preocupações dos executivos da indústria de laticínios em 2025.

Pelo sétimo ano consecutivo, a McKinsey & Company, em parceria com a International Dairy Foods Association (IDFA), entrevistou mais de 100 executivos do setor de laticínios para descobrir quais são suas principais prioridades de negócios. A pesquisa foi realizada no quarto trimestre de 2024, com participantes de empresas sediadas na América do Norte, Europa e Oceania.

Em 2024, propósito corporativo, talento e custo eram as três maiores prioridades dos executivos do setor. Neste ano, o propósito caiu para a quarta posição, enquanto o custo disparou para o topo da lista. O talento permaneceu em segundo lugar, seguido pelo crescimento de volume em terceiro.

No outro extremo, a sustentabilidade caiu da quinta para a sétima posição, sendo ultrapassada por dados digitais e análises, que ocupam agora a sexta colocação.

Margens pressionadas

Não é surpresa que, para 69% dos executivos, o custo seja a principal preocupação, em comparação com 48% e 50% nos dois anos anteriores.

Isso reflete preocupações contínuas com logística, inflação e volatilidade dos custos de insumos, que continuam pressionando as margens, segundo análise da McKinsey.

O talento, prioridade para 67% dos entrevistados, também está em alta na agenda, evidenciando os desafios persistentes para preencher a lacuna de habilidades na agricultura, processamento e manufatura.

Inovação em produtos e processamento

Mais executivos do setor esperam crescimento nos próximos três anos, com 80% (contra 76% em 2024) acreditando que o volume crescerá mais de 3% no curto prazo.

A demanda por laticínios também deve impulsionar as linhas de inovação, com 65% dos entrevistados afirmando que planejam aumentar os investimentos em inovação de produtos nos próximos 3 a 5 anos; enquanto 79% pretendem intensificar a inovação na área de manufatura nesse mesmo período.

Adoção da IA

Em uma mudança em relação ao ano passado, há um foco maior em digitalização e análise de dados, com mais de 5 em cada 10 executivos (54%) afirmando que utilizam inteligência artificial (IA) em precificação, otimização da manufatura, gestão da cadeia de suprimentos e outras áreas.

É importante destacar que quase todos os 29 executivos entrevistados em profundidade como parte da pesquisa afirmaram que planejam usar IA no futuro – embora alguns tenham demonstrado preocupações quanto à eficácia da tecnologia atual.

Relevância da sustentabilidade enfraquece

Embora a sustentabilidade continue sendo uma prioridade central para os executivos do setor de laticínios, ela não está entre as principais preocupações dos líderes. Apenas 12% dos respondentes a classificaram entre suas três prioridades principais, uma queda significativa em relação aos 44% do ano anterior.

Mas, segundo a McKinsey, os consumidores provavelmente manterão a sustentabilidade relevante para as empresas de laticínios no longo prazo – produtos comercializados como “sustentáveis” apresentaram crescimento de vendas de 3,5% em comparação com produtos convencionais, segundo pesquisa citada pela empresa.

As principais prioridades dos líderes do setor leiteiro em 2025, segundo a última pesquisa McKinsey & Company / IDFA:
● Custo
● Talento
● Crescimento de volume
● Propósito corporativo
● Resiliência da cadeia de suprimentos
● Digital e análises de dados

● Sustentabilidade

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

 
Leite em pó integral: maior preço de exportação do Uruguai, em 32 meses

O preço da tonelada de leite em pó exportada no mês de maio, pelo Uruguai, foi o mais alto em 32 meses: US$ 4.126. 

Desde o pico em meados de 2022 não se registravam valores superiores a US$ 4.000 por tonelada. A média de maio foi a mais alta desde setembro de 2022, US$ 4.180. 

No último ano a recuperação do preço foi de 15%. Em maio de 2025 as exportações de leite em pó integral somaram US$ 49,5 milhões e no acumulado de janeiro a maio totalizaram US$ 238,4 milhões do principal produto lácteo de exportação, equivalente a dois terços das divisas do setor. 

O volume exportado aumentou somente 2%, para 60.401 nos primeiros cinco meses do ano, enquanto que o crescimento do faturamento foi de 17%. 

Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Jogo Rápido
PIB do Agronegócio cresce 6,49% no primeiro trimestre de 2025
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgaram o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio referente ao primeiro trimestre de 2025. A análise apontou um crescimento de 6,49% no período, dando continuidade à tendência de recuperação observada no último trimestre de 2024, quando o setor reverteu a queda registrada até o terceiro trimestre do ano passado. O setor agrícola registrou alta de 5,59% e a pecuária teve expansão de 8,50%. Todos os elos da cadeia produtiva registraram expansão do PIB no primeiro trimestre: insumos (4,45%), setor primário (10,0%), agroindústria (3,18%) e agrosserviços (6,27%). O principal destaque nos primeiros três meses de 2025, foi o setor primário, que teve crescimento tanto do segmento agrícola (10,78%) quanto do pecuário (8,58%). A expansão do segmento primário agrícola foi impulsionada pela combinação da valorização dos preços e pelo aumento da produção esperada de importantes commodities que compõem o segmento, como café, milho, soja e trigo. Já no segmento primário pecuário, a alta decorreu do maior valor da produção esperado para o ano. Esse crescimento do valor da produção se deve ao avanço dos preços e à produção esperada, com destaque para a bovinocultura de corte e de leite, além de ovos e suinocultura. Com base nesse desempenho parcial, o PIB do agronegócio brasileiro pode alcançar R$ 3,79 trilhões em 2025, sendo R$ 2,57 trilhões no ramo agrícola e R$ 1,22 trilhão no ramo pecuário. A estimativa, considerando o comportamento do PIB brasileiro, é que a participação do setor na economia fique próxima de 29,4% em 2025, acima dos 23,5% registrados em 2024. Veja a análise completa do PIB aqui. (CNA)


 
 
 

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Porto Alegre, 17 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.415


Programação oficial do Milk Summit Brazil 2025 será lançada no Dia Nacional do Produtor de Leite

No dia 12 de julho, em comemoração ao Dia Nacional do Produtor de Leite, será apresentada oficialmente a programação da primeira edição do Milk Summit Brazil, que promete ser o maior encontro do setor leiteiro do Sul do Brasil. O anúncio acontecerá durante evento com início às 8h, no Auditório do Sicredi, junto ao Centro Administrativo da Sicredi das Culturas RS/MG, em Ijuí (RS), reunindo indústrias, cooperativas, produtores, técnicos, autoridades e representantes de instituições ligadas à cadeia produtiva do leite.A data foi escolhida por seu simbolismo e força representativa. “Daremos a largada para o Milk Summit Brazil 2025 com a apresentação da programação que foi construída para oferecer conteúdos relevantes e, ao mesmo tempo, valorizar e conectar os protagonistas que atuam na produção leiteira”, destaca Darlan Palharini, coordenador do evento e Secretário Executivo do Sindilat/RS.Para participar da atividade basta realizar a inscrição através do link. Será uma manhã de atividades que servirá como uma amostra da experiência completa que o Milk Summit vai oferecer em outubro, com momentos de relacionamento, conhecimento técnico e reconhecimento. A programação inicia com o credenciamento e milk break, criando espaço para networking. Na sequência, Valter Galan, do Milkpoint, fala sobre os cenários do mercado e as principais tendências do setor leiteiro. O amplo diálogo entre os representantes do setor acontece na mesa-redonda que terá a participação de Emater, Senar, Sebrae, FecoAgro, Gadolando, Gado Jersey, Fazenda San Diego e Milkpoint, que debatem o papel das instituições no fortalecimento do setor.O diretor-executivo da Fecoagro/RS, Sérgio Feltraco, destacou a importância do engajamento das cooperativas na mesa-redonda. Segundo ele, elas são responsáveis por cerca de 45% da produção de leite no RS, atuando desde a captação até a industrialização. Feltraco reforçou que o setor está comprometido com o debate e a preparação para o Milk Summit Brazil. “Queremos garantir o engajamento necessário para que esta primeira edição tenha grande repercussão para o setor”, afirmou.

Encerrando as atividades, será realizada a premiação aos produtores de leite de Ijuí, promovida pela Prefeitura. “Segundo dados da Emater, Ijuí é a maior fornecedora de leite cru para industrialização no Rio Grande do Sul, com 741,9 milhões de litros por ano e mais de 157 mil vacas leiteiras. Isso representa um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 2,03 bilhões ao ano. Será uma honra para a cidade reunir e premiar o setor leiteiro neste momento especial”, afirma Emerson Pereira, secretário de Desenvolvimento Rural.

A realização do Milk Summit Brazil 2025 está a cargo da Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, FecoAgro/RS, Sindilat/RS, Emater, Suport D Leite, Impulsa Ijuí e Prefeitura de Ijuí. Acompanhe as atualizações e novidades sobre o evento pelo Instagram: @milksummitbrazil

Programação:

Data: 12 de julho de 2025 (sábado)
Local: Auditório do Sicredi – Avenida David José Martins, nº 30, junto ao Centro Administrativo da Sicredi das Culturas RS/MG, Ijuí (RS) 

  • 8h às 8h30min - Credenciamento 
  • 8h30min às 9h30min – Milk Break & Networking: café da manhã de recepção com espaço para conexões e trocas de experiências.
  • 9h30min às 10h05min – Palestra com Valter Galan (Milkpoint): Cenários de Mercado e Tendências para o mercado do leite
  • 10h05min às 11h – Mesa-redonda com Emater, Senar, Sebrae, FecoAgro, Gadolando, Gado Jersey, Fazenda San Diego e Milkpoint: diálogo sobre o papel das instituições no fortalecimento do setor. Mediação: Darlan Palharini
  • 11h às 11h10min - Lançamento da programação oficial do Milk Summit Brazil 2025 e abertura das inscrições.
  • 11h10min às 12h – Premiação a produtores de leite de Ijuí: reconhecimento promovido pela Prefeitura de Ijuí, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural.
*As informações são do Milk Summit Brazil 2025

GDT - GLOBAL DAIRY TRADE

FONTE: GDT adaptado pelo Sindilat

EMBRAPA CILEITE: Indicadores Leite e Derivados Junho/2025


Dados sobre os principais indicadores para a cadeia produtiva do leite como preços do leite no mercado brasileiro e internacional, relação de troca ao produtor, balança comercial brasileira de leite e derivados.

O preço do leite ao produtor, cotado a R$ 2,74 por litro em abril de 2025 na média nacional, apresentou queda de 2,9% no mês e aumento de 11,6% nos últimos 12 meses.
A relação de troca leite/mistura teve leve melhora em abril/25 na comparação com o mês anterior e ficou pior que a observada no ano de 2024. Foram necessários 34,0 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura.

No varejo, o preço médio da cesta de lácteos caiu 0,5% em maio/25, e no acumulado em 12 meses, registrou alta de 7,2%, superando a inflação brasileira de 5,3% no período, medida pelo IPCA. O leite condensado registrou a maior alta mensal, 0,9% e o queijo a maior queda, -1,0%.


As importações brasileiras de leite e derivados, alcançaram 172 milhões de litros equivalentes em maio/25, registrando alta de 8,4% no mês e alta de 17,4% em relação a maio/24. O principal produto importado foi o leite em pó.

As exportações subiram 58,5% em maio/25 na comparação com o mês anterior, fechando em 7,2 milhões de litros equivalentes e registraram alta de 62,4% em comparação com maio/24. 

No acumulado de 2025, o saldo da balança comercial de lácteos apresentou déficit de US$ 405 milhões, correspondente ao volume de 891 milhões de litros de leite equivalentes.

O preço internacional do leite em pó integral registrou queda de 4,1% na primeira quizena de junho/25 em relação a  maio/25, cotado a US$ 4.173/tonelada e o leite em pó desnatado, queda de 0,5%, cotado a US$ 2.807/tonelada.

Fonte:
Boletim Indicadores Leite e Derivados
Coordenação: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel J. de M. Oliveira
Colaboração: Henrique Salles Terror e Caio Prado Villar de Azevedo. (Graduandos da UFJF) - Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br / Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


Jogo Rápido
Resultado da Languiru deve chegar a R$ 40 milhões no quadrimestre
A Cooperativa Languiru encerrou o primeiro quadrimestre de 2025 com um desempenho que surpreendeu até os próprios gestores. A informação foi anunciada com exclusividade à Rádio Popular nessa terça-feira (10/6), pelo presidente liquidante Paulo Roberto Birck e pelo superintendente administrativo e financeiro, Gustavo Marques. Eles destacaram os resultados positivos alcançados pela cooperativa nos primeiros 4 meses do ano, que totalizaram R$ 40 milhões. O montante representa um salto expressivo em relação ao ano passado. “Em 2024, a Cooperativa Languiru conseguiu um resultado positivo de pouco mais de R$ 15 milhões. No primeiro quadrimestre de 2025, nós praticamente triplicamos”, afirmou Marques. O dado reforça a constatação de que a cooperativa, mesmo em processo de liquidação, tem viabilidade, desde que seja mantido o rigor na gestão financeira. “Nós só encontramos o equilíbrio da operação em outubro do ano passado. A partir daquele mês, passamos a operar no positivo”, assinalou. Segundo ele, hoje a Languiru já não depende de financiamentos para manter sua rotina e o fluxo de caixa passou a ser tratado como ferramenta central da tomada de decisões. Birck alega que, todos os dias, às 11h, lideranças de todos os segmentos da cooperativa se reúnem para organizar os pagamentos, alinhar prioridades e definir o rumo das operações.“Montamos o fluxo de caixa com todos os setores: frigorífico de frangos, laticínios, fábrica de rações, agrocenters. Todo mundo participa, todo mundo sabe a situação da cooperativa”, pontuou Marques. Apesar da estrutura atual representar apenas uma fração da antiga potência da Languiru, o saldo operacional demonstra que tamanho, sozinho, não garante sustentabilidade. “A Languiru chegou a ter um faturamento de R$ 240 milhões por mês, e hoje está com faturamento de R$ 45 milhões. Ou seja, ela está com cerca de 18% a 20% do tamanho que era”, apontou Birck. Ainda assim, alega que os números são mais promissores por não apresentarem prejuízo. O foco da gestão agora segue rumo à consolidação dessa nova fase, com um modelo de operação mais enxuto, controle apurado e decisões colegiadas. “O que estamos mostrando é que é possível dar resultado mesmo em meio a um processo de liquidação”, finalizou Marques. (Fonte Folha Popular via Edairy News)


 
 
 

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Porto Alegre, 16 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.414


Piracanjuba aposta em tecnologia, transparência e expansão no relacionamento com produtores

Em conversa no MilkPro Summit, Edney Murillo Secco detalha como a Piracanjuba investe em sinergia com o campo, capacitação e expansão

Durante o Milk Pro Summit, Edney Murillo Secco, diretor de Compra de Leite do Grupo Piracanjuba, participou do PodCast do MilkPoint. Em conversa com Valter Galan, diretor de Operações da MilkPoint Ventures e host do episódio, Murillo destacou as estratégias da empresa para estreitar relações com fornecedores, impulsionar a produção e consolidar a presença no Nordeste.

Com mais de 20 anos dedicados à pecuária leiteira, Murillo reforçou o compromisso do Grupo Piracanjuba com a valorização de todos os perfis de produtores, dos pequenos fornecedores de 20 litros por dia aos grandes, com produção de até 50 mil litros diários. “Essa proximidade sempre fez parte do DNA da empresa. Desde sua fundação, há 70 anos, a relação com o campo é tratada com respeito e transparência”, afirmou.

Transformações no perfil dos fornecedores
Murillo destacou uma transformação significativa no perfil dos produtores no Brasil. Muitos produtores estão investindo na atividade, principalmente em tecnologia e capacitação, buscando maior produtividade e eficiência. Em contrapartida, a evasão da atividade leiteira tem se intensificado, motivada por fatores diversos, entre eles, dificuldades técnicas e de manejo e, principalmente, ausência de sucessores nas propriedades. “Temos mais de 6.500 fornecedores atualmente, mas já tivemos mais. Enxergamos esse movimento com consciência e buscamos alternativas para apoiar os os produtores, tentando oferecer condições mais competitivas e sustentáveis”, explicou.

Programa ProCampo: comunicação técnica e humanizada
Um dos principais pilares dessa estratégia de aproximação é o programa ProCampo, relançado com força renovada nos últimos anos. Criado inicialmente como uma fazenda-escola, o programa evoluiu para se tornar a principal plataforma de relacionamento, comunicação e suporte técnico aos produtores. “O ProCampo é a nossa bandeira. A ideia é prover informações de qualidade, mesmo quando as notícias não são boas. Transparência é fundamental. Estamos falando de produtividade, mercado, qualidade do leite, teor de sólidos, sustentabilidade e bem-estar animal, tudo com uma linguagem mais leve e direta”, destacou Murillo.

A empresa também tem apostado em ações nas redes sociais, com campanhas como “Ser Pró é Ser ProCampo”, que dialogam com todo o setor, e aproximam mais ainda as novas gerações, reforçando o profissionalismo e os casos de sucesso de algumas fazendas. 

Expansão para o Nordeste e digitalização do relacionamento
Um dos grandes movimentos do Grupo Piracanjuba é a expansão para o Nordeste, com a aquisição de uma fábrica em Sergipe. “Essa é uma decisão estratégica. O Nordeste é uma das regiões que mais cresce em produção leiteira no Brasil e já conhece nossa marca. Agora, com uma unidade lá,  vamos ampliar nossa atuação e nos tornar também uma voz ativa e presente junto às comunidades locais”, afirmou. Anunciada em meados de maio, a transação ainda irá passar pelas aprovações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). 

Olhar para o futuro: sinergia e inteligência artificial
Murillo também destacou um movimento positivo de maior diálogo entre a indústria e os produtores de leite nos últimos anos. “Percebemos uma sinergia crescente. As empresas estão ouvindo mais o campo. E essa escuta ativa é essencial para evoluir junto.”

O executivo acredita que a digitalização e a inteligência artificial terão um papel decisivo na próxima fase do setor. “A nova geração quer conhecimento, gestão e a operação na palma da mão. Estamos nos preparando para isso.”

As informações são do Milkpoint e da Piracanjuba


Distribuidora já subirá preço do diesel após alta do petróleo com guerra entre Israel e Irã

Distribuidora de combustíveis, a Ipiranga já está avisando os postos que elevará o preço do diesel, sem dizer quanto ainda. No comunicado ao qual a coluna teve acesso, a empresa atribui a decisão à alta no preço do petróleo. 

A cotação saltou nessa sexta-feira (13) após os ataques de Israel e do Irã, país que é produtor de petróleo. Mas sim, é cedo para aumento de preços, ainda que o Brasil não produza todo o combustível que consome e precise importar.  

Já a Petrobras não deve fazer alterações por agora. Normalmente, a estatal evitar mexer em preço de diesel e gasolina nas suas refinarias quando há conflitos geopolíticos sem esperar um pouco para ver a duração do impacto em petróleo e dólar. A moeda norte-americana, por exemplo, teve uma alta muito pequena (+0,01%) apesar da tensão no Oriente Médio.  

Em tempo, o litro do diesel está custando, em média, R$ 6,04 no Rio Grande do Sul, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). É o principal combustível usado para abastecer caminhões, tornando-se o maior custo no cálculo do frete, o que impacta no preço do que é transportado, como alimentos.Já a gasolina comum está com o litro em média a R$ 6,08, variando de R$ 5,55 a R$ 6,79 pelo Estado, segundo o levantamento feito na última semana pela agência reguladora. Houve uma queda de R$ 0,08 após a Petrobras reduzir os preços nas refinarias, mas ainda não toda a prevista pela estatal, de R$ 0,12. (Zero Hora)

10º Sipoa tem novo coordenador

A coordenação regional da 10ª região do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal, vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, trocou essa semana de coordenador. A troca foi publicada no Diário Oficial do dia 11 de junho.

O médico veterinário Marcos Paulo Borges, graduado pela Universidade de Passo Fundo e Auditor Fiscal Federal Agropecuário desde 2019. Antes atuou como Fiscal Estadual Agropecuário na Secretaria da Agricultura do RS, atuando na Inspeção de Produtos de Origem Animal, tendo sido Supervisor Regional de Passo Fundo.

Marcos Paulo Borges substitui Marcio André Todero, médico veterinário e Auditor Fiscal Federal Agropecuário desde 2004. (As informações são do Fundesa editadas pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
Setor lácteo do sul busca melhorar a competitividade
A cadeia produtiva do leite enfrenta vários desafios competitivos no Brasil. Produtores da região Sul se reuniram, nesta semana, para debater formas de aprimorar a produção e a logística do setor. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini, os avanços sanitários são essenciais nesse processo. Assista a entrevista na íntegra clicando aqui. (AgroMais via youtube)


 
 
 

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Porto Alegre, 13 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.413


Associados do Sindilat/RS têm 10% de desconto no Fórum MilkPoint Mercado e no Interleite Brasil 2025

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para aquisição de ingressos nos dois principais eventos da cadeia leiteira brasileira: o Fórum MilkPoint Mercado e o Interleite Brasil 2025, que acontecem em Goiânia (GO) nos dias 19, 20 e 21 de agosto.

O Fórum MilkPoint Mercado, com o tema “Transformações e Novas Oportunidades no Leite Brasileiro”, será realizado no dia 19 de agosto, em formato híbrido (presencial e on-line). O evento reunirá os principais agentes do setor para debater as mudanças no ambiente de negócios e as perspectivas para o mercado lácteo nacional, diante de um cenário marcado pela acirrada concorrência entre indústrias e pressão sobre as margens de comercialização. Serão 17 palestrantes ao longo do dia, com certificado emitido pela MilkPoint e material disponível para download.

Já o Interleite Brasil 2025, que ocorre nos dias 20 e 21 de agosto, será exclusivamente presencial. Com o tema “Como fazer mais produtores participarem do futuro do leite no Brasil?”, o evento tem como objetivo discutir formas de integrar tecnologia, gestão eficiente e produtividade na atividade leiteira. A programação trará reflexões sobre como otimizar o uso do tempo, implementar ferramentas digitais e tornar a produção mais rentável.

Conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a participação contribui para a qualificação dos profissionais e para o fortalecimento da cadeia produtiva. “Esses eventos possibilitam a discussão de questões estratégicas para o desenvolvimento e a modernização da cadeia leiteira, aproximando os diversos segmentos do setor na busca por alternativas e caminhos em comum”, destacou.

Os ingressos estão disponíveis em lotes limitados e podem ser adquiridos com desconto exclusivo de 10% para associados do Sindilat/RS clicando aqui. 

As informações são do Sindilat/RS


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1871 de 12 de junho de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A alimentação dos animais tem sido ajustada com suplementação devido ao lento desenvolvimento das pastagens, o que tem permitido a manutenção e/ou recuperação do escore corporal dos rebanhos. Os dias chuvosos e a consequente formação de barro dificultaram o manejo dos bovinos nas instalações. A qualidade do leite em geral está dentro dos padrões. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores intensificaram a suplementação com ração, silagem e feno para os animais em função do atraso no desenvolvimento das pastagens. A produção apresenta excelente qualidade, pois os aspectos microbiológicos e de sólidos estão dentro dos parâmetros exigidos.

Na de Caxias do Sul, a sanidade do rebanho segue adequada, e a condição corporal manteve-se conforme o esperado.

Na de Erechim, observou-se aumento de produção, e o rebanho está em bom estado nutricional e sanitário.

Na de Frederico Westphalen, a produção teve leve queda pela dificuldade do manejo nos dias chuvosos e pela diminuição do conforto dos animais nos dias frios.

Na de Ijuí, observou-se um pequeno aumento de produtividade, principalmente nos sistemas a pasto, onde os animais começam a recuperar o escore corporal. 

Na de Passo Fundo, os rebanhos melhoraram o escore corporal em razão da redução de 
ectoparasitas.

Na de Pelotas, a produção de leite aumentou moderadamente devido ao uso intensivo de silagem e de alimentação suplementar. Alguns casos de tristeza parasitária ainda ocorrem, mas tendem a se reduzir em virtude do frio. Estão sendo realizadas vacinações  contra brucelose e demais práticas sanitárias.

Na de Santa Maria, a produção apresentou queda. Em rebanhos onde há suplementação com volumoso, o rebanho está mantendo o escore corporal.

Na de Santa Rosa, observa-se tendência de aumento de produção. A contagem bacteriana total está em conformidade com os parâmetros de qualidade, diferentemente da contagem de células  somáticas, que seguem em valores reduzidos.

As informações são da Emater/RS adaptadas pelo Sindilat/RS

Previsão do tempo indica retorno das chuvas ao Estado

Nos últimos sete dias, o Rio Grande do Sul registrou baixas temperaturas, com valores negativos em algumas regiões. Na bovinocultura de leite, as chuvas seguiram sendo desafio para os produtores, principalmente pela dificuldade de manejar os animais nos ambientes de ordenha e de alimentação. No entanto, a qualidade do leite esteve dentro dos parâmetros, de maneira geral. Produtores seguiram suplementando a alimentação com silagem, ração e feno, e foi observada um aumento de produção.

A meteorologia aponta o retorno das chuvas em todo o Rio Grande do Sul a partir do final da semana. Após um período de estabilidade, o tempo começa a mudar com a chegada de uma frente fria, seguida por novos sistemas de instabilidade que devem provocar volumes significativos de precipitação no Estado.

A tendência para os dias 17 e 18 de junho indica o avanço das chuvas para todas as regiões gaúchas, com risco de temporais em diversas localidades.

As informações são do  Boletim Integrado Agrometeorológico 24/2025, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Sexta-feira (13/6): Estabilidade atmosférica ainda predomina. Temperaturas em elevação.

Sábado (14/6): A partir da madrugada, avanço de uma frente fria. Chuvas de intensidade moderada em várias regiões, com possibilidade de descargas elétricas.

Domingo (15/6): Precipitações ainda pela manhã, mas com menor intensidade. À tarde, a frente fria se desloca para o oceano. Temperaturas apresentam leve declínio.

Segunda-feira (16/6): As condições de estabilidade do dia anterior devem persistir, com temperaturas frias, seguidas de aquecimento ao longo do dia em todo o Estado.

Terça-feira (17/6) e quarta-feira (18/6): As chuvas avançam para todas as regiões do estado. Risco de temporais em diversas localidades.

O prognóstico para os próximos seis dias indica chuvas significativas em grande parte do Rio Grande do Sul. Os volumes de precipitação deverão variar entre 50 mm e 100 mm nas regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Missões, áreas Centrais, Norte, Serra e região Metropolitana. Em algumas partes das Missões, Centro-norte, Serra e Litoral Norte, os acumulados podem ultrapassar os 100 mm. Já para o Leste da Campanha, as áreas da Serra do Sudeste e Costa Doce, os volumes esperados serão inferiores, variando entre 10 mm e 50 mm. No extremo Sul do estado, esses volumes podem superar os 50 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

As informações são da Seapi/RS, editadas pelo Sindilat/RS


Jogo Rápido
SOJA/CEPEA: Demanda externa sustenta preços domésticos
Cepea, 09/06/2025 – Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos da soja seguiram firmes na última semana, sustentados pela maior demanda, sobretudo externa. A liquidez no mercado spot nacional, porém, continua lenta. Segundo o Centro de Pesquisas, agentes nacionais estão atentos à possibilidade de um acordo comercial entre China e Estados Unidos. Em maio, o Brasil exportou 14,09 milhões de toneladas do grão, 4,9% a mais que o volume embarcado há um ano, mas 7,7% abaixo do escoado em abril, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea. Na parcial de 2025 (até maio), os embarques somam quantidade recorde, de 51,52 milhões de toneladas de soja, 2,7% acima do vendido em período equivalente de 2024. Para o segundo semestre, pesquisadores do Cepea explicam que produtores mostram interesse em negociar a oleaginosa, estimulados pelo maior prêmio de exportação em detrimento do mercado spot e, consequentemente, pela paridade de exportação mais atrativa. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.412


EMBRAPA: Anuário Leite 2025 aborda os impactos das mudanças climáticas na produção leiteira

Já está disponível o Anuário Leite 2025, publicação técnica que reúne 35 artigos distribuídos em 128 páginas, com foco especial nos desafios impostos pelas mudanças climáticas à cadeia produtiva do leite no Brasil e no mundo.

A aproximação da COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro em Belém (PA), influenciou diretamente a escolha dos temas desta edição. O anuário traz uma reflexão aprofundada sobre o papel da pecuária leiteira diante do cenário climático global, com base em pesquisas e dados científicos produzidos por centros de referência, como a Embrapa Gado de Leite.

A publicação destaca o esforço da comunidade científica brasileira na busca por soluções sustentáveis para mitigar os efeitos das mudanças no clima. Projetos coordenados pela Embrapa envolvem atualmente cerca de 2 mil propriedades rurais no país e avaliam estratégias como melhor manejo de pastagens, redução de desperdícios e otimização dos processos produtivos com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Um dos avanços apresentados está relacionado à melhoria genética do rebanho Girolando, que resultou em um aumento de 60% na produtividade e em uma redução de 39% nas emissões de metano por litro de leite produzido. Também ganham destaque os estudos sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), modelo que tem contribuído para a redução do estresse térmico dos animais e, por consequência, para a melhoria da fertilidade e da produtividade.

O anuário ainda mostra como o Brasil tem consolidado sua posição no debate internacional sobre sustentabilidade agropecuária. Programas como o Plano ABC/ABC+, que entre 1990 e 2022 reduziram em 11% as emissões de metano entérico por bovino, são citados como exemplos de políticas públicas e tecnologias que vêm transformando a produção de proteína animal no país.

Frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas — especialmente para países tropicais —, o conteúdo do Anuário Leite 2025 reforça a necessidade de integração entre ciência, política pública e setor produtivo para garantir a segurança alimentar e a resiliência dos sistemas agropecuários no longo prazo. ACESSE CLICANDO AQUI. (As informações são da Embrapa editadas pelo Sindilat RS)


LATÍCINIO DEALE - COMUNICADO AO MERCADO

Hoje damos início a um novo capítulo na história da Deale. Foi assinado um acordo para que o Grupo Scala, empresa familiar com mais de seis décadas de tradição no setor de laticínios, se torne a nova controladora da nossa empresa. A transação ainda será submetida à aprovação do ConselhoAdministrativo de Defesa Econômica (CADE), conforme determina a legislação.

Essa decisão foi tomada com muito cuidado, responsabilidade e, sobretudo, com profundo respeito pelo legado que construímos até aqui, que foi possível graças ao trabalho e parceria que sempre construímos com nossos colaboradores, fornecedores, clientes e comunidades locais.

Os empregos e parcerias existentes serão mantidos, assim como o estreito relacionamento com os fornecedores de leite. O Scala chega com admiração genuína pela nossa história e com o compromisso de preservar o nosso legado. Ao mesmo tempo, traz consigo a força de uma marca reconhecida nacionalmente pela qualidade e também pelo cuidado com as pessoas, comunidades onde está presente e pelo olhar de longo prazo.

Estamos confiantes de que este novo capítulo na história da Deale representa um caminho de crescimento, continuidade e novas possibilidades para todos. Seguimos com orgulho do que construímos, com entusiasmo e profunda gratidão pela parceria que construímos juntos ao longo dos últimos 14 anos de história.

Atenciosamente,
Alexandre dos Santos
Sócio-Diretor Laticínio Deale
www.deale.com.br

Sobre o Grupo Scala:
Com mais de 60 anos de história, o Grupo Scala tem atuação nacional no setor de alimentos por meio de duas divisões: Lácteos, com uma das mais tradicionais marcas de queijos do Brasil; e Nutrição Animal, oferecendo soluções de alta qualidade para o agronegócio, além de linhas de rações para pets. Com raízes familiares e foco na perpetuidade dos negócios, o grupo investe no desenvolvimento sustentável das regiões onde está presente e mantém o compromisso com a qualidade e a valorização da cadeia produtiva.

Sobre o Laticínio Deale:
A Deale é uma empresa brasileira do setor de laticínios, com sede em Almirante Tamandaré do Sul, no Rio Grande do Sul. Fundada há mais de 14 anos, a Deale destaca-se pela produção de queijos e derivados lácteos, combinando tradição familiar com tecnologia de ponta. A matriz da Deale está localizada em Almirante Tamandaré do Sul, com filiais nas cidades de Aratiba e Catuípe, no Rio Grande do Sul. A empresa possui 350 colaboradores diretos.

As informações são do Laticínio Deale

Produção de leite recua na China após 5 anos de alta

Com queda na produção e no consumo de leite, a indústria chinesa aposta em lácteos funcionais, inovação nutricional e foco no envelhecimento saudável para crescer. 

A produção de leite na China caiu no ano passado pela primeira vez em cinco anos, após um período de crescimento constante, à medida que as mudanças nas preferências dos consumidores superam a capacidade da indústria de se adaptar. Segundo especialistas do setor, a chave para reverter essa tendência está em reduzir a distância entre os produtos lácteos tradicionais e as exigências em constante evolução dos consumidores modernos.

Queda na produção e lucros sinaliza preferência por lácteos premium e funcionais
A produção de leite fluido na China recuou 2,8% no ano passado em relação ao ano anterior, totalizando 27,4 milhões de toneladas, de acordo com dados da Associação da Indústria de Laticínios da China. Antes disso, a produção vinha crescendo mais de 2% ao ano nos últimos cinco anos.

Produtores de laticínios de médio e grande porte em todo o país registraram uma queda de 1,9% na produção total de derivados lácteos em 2024, em comparação com o ano anterior, somando 29,6 milhões de toneladas, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas. Trata-se do primeiro crescimento negativo em anos recentes, em forte contraste com 2022 e 2023, quando a produção aumentou 2% e 3,1%, respectivamente.

Essa queda afetou as receitas. As três maiores empresas do setor — Yili Group, Mengniu Dairy e Bright Dairy — registraram queda nos lucros entre 8% e 10% no ano passado, em relação ao ano anterior. A Yili teve receita de CNY 115,8 bilhões (USD 16 bilhões), a Mengniu reportou CNY 88,7 bilhões (USD 12,3 bilhões) e a Bright Dairy registrou CNY 24,3 bilhões (USD 3,4 bilhões).

Segundo Liu Jiangyi, presidente da Associação da Indústria de Laticínios da China, há duas razões principais para essa queda, conforme destacou na reunião anual da associação realizada recentemente em Nanjing. Primeiro, o ambiente econômico complexo, tanto doméstico quanto internacional, levou a uma desaceleração no consumo. Segundo, o mercado reflete uma queda na demanda por leite comum e uma crescente dependência de produtos lácteos premium importados.

Por muito tempo, a indústria de laticínios da China foi dominada por diferentes tipos de leite fluido, mas o consumo agora está em declínio. No ano passado, o consumo médio per capita de laticínios na China foi de 41,5 quilos, uma queda de 5,6% em relação ao ano anterior.

Indústria chinesa aposta em inovação e saúde para impulsionar setor lácteo
As importações de leite fluido e leite fermentado também estão em queda. No entanto, as importações de itens de maior valor agregado, como creme de leite, leite condensado e proteína do soro do leite, estão aumentando. Por exemplo, as importações de creme cresceram 9% no ano passado, alcançando 290 mil toneladas.

O setor lácteo está passando por uma transformação completa, afirmou Wang Hua, gerente de marketing da empresa sueca de embalagens alimentícias Tetra Pak, durante o evento. O hábito de fazer lanches está em ascensão e impulsiona a demanda por queijos prontos para consumo. O boom do mercado fitness também está estimulando o interesse por suplementos proteicos e produtos voltados para o controle de peso.

Com a desaceleração nas vendas de leite, mais empresas de laticínios estão aumentando os investimentos no setor de saúde e nutrição. A Bright Dairy, bem como a Yili e a Mengniu (com sede em Hohhot), afirmaram em suas últimas teleconferências de resultados que pretendem focar mais em produtos funcionais e no processamento avançado de laticínios daqui para frente.

A inovação futura deve girar em torno de três objetivos principais, disse Liu Zhenmin, cientista-chefe da Bright Dairy, com sede em Xangai, ao portal Yicai: desenvolver probióticos voltados a necessidades específicas de saúde, aprofundar as pesquisas sobre nutrição láctea e criar produtos lácteos funcionais focados no envelhecimento saudável. Em sua visão, atender às necessidades nutricionais da população idosa da China pode abrir um novo e vasto mercado, demonstrando o grande potencial dos produtos voltados à promoção de um envelhecimento saudável.
As informações são do Yicai Global.


Jogo Rápido
MILHO/CEPEA: Preços seguem em queda no BR
Cepea, 09/06/2025 – Os preços do milho seguem em queda no Brasil, movimento que vem sendo verificado desde meados de abril, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a baixa continua atrelada à retração de compradores, que apostam em novas desvalorizações fundamentados no aumento da oferta, especialmente diante do início da colheita da segunda safra, e nas limitações na capacidade de armazenagem – a Conab estima produção de 99,8 milhões de toneladas, 11% acima da safra anterior. Além disso, pesquisadores do Cepea explicam que as recentes quedas do dólar e dos preços externos reduzem a paridade de exportação e reforçam a pressão sobre as cotações domésticas. Quanto aos embarques brasileiros do cereal, em maio, o volume enviado ao exterior limitou-se a 39,92 mil toneladas, bem abaixo das 413 mil toneladas registradas em maio/24, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)


 
 
 

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Porto Alegre, 11 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.411


IBGE: Estatística da Produção Pecuária - Aquisição de Leite

No 1º trimestre de 2025, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 6,49 bilhões de litros, equivalente a um acréscimo de 3,4% em relação ao 1° trimestre de 2024, e uma redução de 4,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No Gráfico I.11 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que o 1° trimestre regularmente apresenta queda da aquisição de leite em relação ao 4° trimestre do ano anterior. Janeiro foi o mês de maior captação, com 2,31 bilhões de litros (+4,0%), enquanto março apresentou a variação mais significativa em relação ao mesmo mês do ano anterior (+5,0%). Em relação ao preço médio do leite pago ao produtor, ocorreu aumento de 22,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e houve estabilidade em relação ao 4º trimestre de 2024.

A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 39,6% do total, seguida pelas Regiões Sudeste (36,3%), Centro-Oeste (10,9%), Nordeste (9,3%) e Norte (3,9%). No comparativo do 1º trimestre de 2025 com o mesmo período de 2024, o acréscimo de 210,55 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 19 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Paraná (+91,56 milhões de litros), Minas Gerais (+34,46 milhões de litros), Rio Grande do Sul (+27,31 milhões de litros), Sergipe (+21,98 milhões de litros), Goiás (+15,87 milhões de litros) e Bahia (+11,35 milhões de litros). As principais quedas ocorreram em: Rio de Janeiro (-9,88 milhões de litros), Mato Grosso (-7,35 milhões de litros) e Rondônia (-4,53 milhões de litros). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,1% da captação nacional, seguido por Paraná (15,4%), Santa Catarina (12,2%) e Rio Grande do Sul (12,0%) (Gráfico I.12).

O preço líquido médio do litro de leite pago ao produtor no 1º trimestre de 2025 foi de R$ 2,76, valor 22,1% superior ao praticado no trimestre equivalente do ano anterior. Em comparação ao preço médio do 4° trimestre de 2024, houve estabilidade (Gráfico I.13). O preço foi aumentando ao longo do trimestre, passando de R$ 2,69 em janeiro, para R$ 2,77 em fevereiro, e atingindo o maior valor, de R$ 2,84, no mês de março.

Segundo o IPCA, o item Leite e derivados teve alta de 1,97% no acumulado de janeiro a março de 2025, abaixo do Índice geral da inflação de 2,04%. As altas mais significativas foram verificadas para o Leite fermentado (4,68%) e para o Requeijão (4,11%). O Leite longa vida apresentou alta de 0,71%, e foi o item com o menor aumento no período, considerando que todos os itens pesquisados apresentaram aumento. A maior parte da captação de leite foi realizada por estabelecimentos que receberam mais de 150 mil litros por dia, responsáveis por 66,9% do volume captado no 1º trimestre de 2025 (Tabela I.13).

No 1º trimestre de 2025, participaram da Pesquisa Trimestral do Leite 1 920
estabelecimentos, 625 (32,6%) registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), 855 (44,5%) no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 440 (22,9%) no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 86,8%, 11,3% e 1,9% do total de leite captado. O Estado do Amapá foi a única Unidade da Federação a não participar da Pesquisa, por não apresentar estabelecimento elegível ao universo investigado. (As informações são do IBGE)


Menos gordura, mais proteína: o novo rumo dos laticínios

A onda do GLP-1 altera preferências: menos laticínios gordurosos e adoçados, mais foco em proteínas puras como leite desnatado e whey. 

Enquanto a obesidade domina as manchetes, uma onda mais sutil está redesenhando o cenário dos laticínios. Os medicamentos com GLP-1, originalmente desenvolvidos para o controle do diabetes, ganharam destaque como catalisadores da perda de peso. Com 40% da população mundial com sobrepeso ou obesidade — quase o dobro da população subnutrida —, os sistemas de saúde estão sob pressão. Esses medicamentos, que imitam o hormônio peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), reduzem o apetite ao aumentar a saciedade e desacelerar a digestão, com potencial para redefinir não apenas corpos, mas também os mercados alimentares — inclusive o de laticínios.

Uma pesquisa de 2023 indica que 15,5 milhões de adultos nos EUA utilizam essas injeções, com uma projeção de adoção de 9% até 2030. O mercado de GLP-1, atualmente avaliado em US$ 47 bilhões, pode crescer dez vezes até 2032 (Pharmaceutical Journal, 2024). Usuários reduzem a ingestão calórica diária em 20% (cerca de 800 kcal), preferindo proteínas magras em vez de alimentos gordurosos, salgados, açucarados ou processados. Para o setor lácteo, isso cria uma divisão clara: as proteínas puras ganham espaço, enquanto as guloseimas industrializadas perdem força.
A ascensão da proteína nos laticínios

Os usuários de GLP-1 não apenas comem menos — eles mudam suas preferências. Pesquisas de 2023 mostram uma queda no desejo por alimentos ricos, doces ou salgados, o que afeta laticínios processados como sorvetes, queijos intensos e iogurtes adoçados. Relatórios de varejo de outubro de 2023 apontam queda nas compras, com os produtos mais processados sendo os mais afetados (FoodNavigator, 2024). Um estudo canadense registrou uma redução de 30% na demanda por lanches lácteos doces, como leites saborizados e sobremesas. Já a proteína permanece em alta. Uma usuária dos medicamentos relatou ter trocado "besteiras" por iogurte natural e cottage.Essa mudança impulsiona um boom proteico nos laticínios. Leite, whey e caseína se encaixam nas dietas com GLP-1, evitando desconfortos digestivos como diarreia ou constipação, associados a alimentos gordurosos (The Economist, 2024).

Especialistas preveem aumento no consumo de laticínios com baixo teor de gordura e sem adição de açúcar, enquanto itens cremosos e processados — como molhos de queijo ou sobremesas congeladas — devem perder espaço. Um especialista em sistemas alimentares prevê uma tendência de “proteínas animais com menos gordura”, um território onde os laticínios podem dominar ao priorizar a pureza (EW Nutrition, 2024).

O declínio dos laticínios processados
Os medicamentos com GLP-1 representam uma ameaça para os bastiões processados dos laticínios. Projeções sugerem uma queda de 4% nos EUA no consumo de bebidas açucaradas, lanches salgados e alimentos gordurosos até 2035, impactando produtos lácteos como milkshakes e molhos cremosos. Dados mostram que os usuários evitam laticínios com alto teor de gordura, sal e açúcar, refinando seus paladares (FoodNavigator, 2024). Para uma indústria que há muito se apoia em produtos indulgentes, como cafés cremosos aromatizados, isso sinaliza uma mudança. Enquanto algumas empresas já se adaptam com opções mais “amigáveis ao GLP-1”, outras ainda resistem — arriscando-se a perder relevância à medida que os hábitos dos consumidores evoluem.

Os produtores também sentirão os efeitos. A demanda reduzida por leite rico em gordura pode direcionar a genética do rebanho para produções mais proteicas do que voltadas ao teor de gordura. Analistas sugerem que áreas hoje dedicadas ao cultivo de ingredientes para produtos adoçados (como açúcar para iogurtes) possam ser redirecionadas para culturas que melhorem o rendimento proteico do leite (The Economist, 2024). Ainda assim, a proteína animal — incluindo o leite — deverá sofrer disrupções mais brandas do que os setores de lanches e bebidas, com previsão de queda de apenas 0,5 a 1% na produção ao longo de uma década.

Dinâmica econômica e de mercado
O setor de laticínios está em um ponto de inflexão. A redução de 20% na ingestão calórica geral pode encolher as vendas de alimentos, mas a ascensão da proteína oferece estabilidade. Dados de varejo de 2023 relacionam o uso de GLP-1 à queda nas vendas de snacks, enquanto laticínios simples e suplementos proteicos seguem estáveis (CBC News, 2024). Se 9% dos americanos — frequentemente os primeiros a aderirem a novas tendências — adotarem GLP-1 até 2030, sua preferência por proteínas lácteas magras pode remodelar o mercado e as prateleiras. Líderes do setor defendem cortes de açúcar e revisão de porções, promovendo uma transição para produtos mais simples (Tilley Distribution, 2024).

O custo ainda é um obstáculo. Os preços elevados dos medicamentos GLP-1 limitam o acesso, favorecendo consumidores mais ricos. Pesquisas indicam que seria necessário um corte de 85% no preço para tornar o uso amplamente acessível — até lá, os laticínios proteicos de alta qualidade lideram o movimento (The Economist, 2024). A demanda crescente por perda de peso também pode empurrar o setor para valorizar mais o leite in natura e menos o processamento industrial.

O próximo capítulo dos laticínios
Os medicamentos com GLP-1 estão redesenhando o panorama dos laticínios. Proteínas puras como leite desnatado e whey têm enorme potencial, enquanto produtos gordurosos, processados ou adoçados enfrentam desafios.

Empresas que investirem em produtos centrados na proteína poderão liderar esse novo ciclo; quem ficar para trás, corre o risco de desaparecer. Os produtores devem focar em rendimentos mais magros. Essa mudança, segundo um especialista, “terá um impacto profundo” nos sistemas alimentares (The Economist, 2024). O setor de laticínios pode aproveitar o embalo das proteínas — ou ver seus lucros com produtos processados minguarem.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Escala produtiva no leite: Brasil segue os passos da Argentina?

Com a expansão das grandes fazendas e alta produtividade, o Brasil dá sinais claros de seguir os passos da Argentina na concentração da produção leiteira.

O Milkpoint divulga anualmente a lista das cem maiores propriedades produtoras de leite no país, no relatório dos Top 100. Cada edição desta pesquisa mostra o aumento paulatino da participação dessas maiores fazendas no total de leite produzido no Brasil. A última estatística, referente ao ano de 2024, mostra que 4,7% do leite inspecionado produzido no país veio destas propriedades. Esta métrica é interessante, pois permite avaliar até que ponto o Brasil evolui sua estrutura produtiva para se igualar aos países mais competitivos na produção de leite, onde é forte o aumento da escala de produção das propriedades.

A Argentina, por exemplo, produziu em 2024, 29 milhões de litros/ dia, pouco mais de 30% da produção diária brasileira. No país latino o total de propriedades produtoras de leite era de apenas 9.407 em 2024, com produção média de 3.076 litros/ dia por fazenda.
Se para o Brasil como um todo, o peso destas cem maiores fazendas ainda não é muito elevado, há fortes diferenças regionais a serem analisadas. Utilizando os dados do IBGE, disponíveis para cada município brasileiro para o ano de 2023, o Centro de Inteligência do Leite (CILeite) da Embrapa Gado de Leite definiu as 15 bacias leiteiras do país, onde há forte concentração da produção e da inovação tecnológica do leite. Confrontando os dados destas cem maiores fazendas, que produziram entre 13.771 e 96.688 litros/ dia em 2023, pode-se avaliar o impacto desta concentração e aumento de volume nas diferentes bacias leiteiras brasileiras (Figura 1).

Figura 1 - Bacias leiteiras brasileiras

                                   
Fonte: Cileite-Embrapa e IBGE (2025).

Em 2023, 74% destas 100 maiores propriedades brasileiras se localizavam em alguma das bacias leiteiras definidas, mostrando que é nestas menores áreas de maior dinamismo da atividade leiteira brasileira que estão surgindo fazendas de elevada escala de operação. Mais da metade destas 100 maiores unidades de produção do país se encontram em apenas duas bacias. 33% das propriedades se encontram na Bacia do Sudeste e 22% no Leste Paranaense. A Bacia do Sul engloba 9% das propriedades e Goiás, 4% (Figura 2).

Figura 2 - Distribuição dos 100 maiores produtores de leite do Brasil pelas diferentes bacias leiteiras brasileiras, 2023, valores expressos em porcentagem.

Fonte: CILeite-Embrapa e MilkPoint (2025).

O impacto das grandes fazendas nas principais bacias leiteiras do Brasil
Será que, em alguma destas 15 bacias, o volume produzido é expressivo, afetando já a cadeia de suprimento de leite regional? A resposta é sim. A Bacia do Leste Paranaense, que já produz 2,6 milhões de litros de leite/ dia possui mais de 0,6 milhão, ou 24,2% do leite ofertado por alguma das cem maiores fazendas de leite do país. É uma medida muito expressiva, considerando que neste grupo só há produtores com mais de 13 mil litros/ dia.

Na Argentina, por exemplo, em fevereiro de 2025, 26,8% da produção nacional veio de propriedades com produção acima de 10 mil litros/ dia. É possível que a porcentagem para 13 mil litros/ dia no nosso vizinho do Mercosul seja abaixo do observado nesta importante bacia leiteira do estado do Paraná. Outras bacias também apresentam números expressivos.

No Sudeste Paranaense, 13,4% da produção advém das cem maiores propriedades e no Triângulo Mineiro, 8,0%. É interessante observar que, na principal bacia brasileira, a do Sul, que produz mais de 22,2 milhões de litros/ dia, a contribuição das cem maiores fazendas neste total é de apenas 0,8%, indicando uma estrutura fundiária relativamente mais fragmentada. A Bacia do Sudeste, que produz 16,7 milhões de litros/ dia, possui 0,9 milhão de litros/ dia advindos das cem maiores, 5,4% da sua produção, mostrando que o processo de surgimento de grandes fazendas leiteiras também ocorre nas bacias de maior volume de produção, mas de maneira desuniforme (Figura 3).

Figura 3 - Participação dos 100 maiores produtores de leite do Brasil na produção total de diferentes bacias leiteiras brasileiras, 2023, valores expressos em porcentagem.

Fonte: Cileite -Embrapa e MilkPoint (2025).

A análise da distribuição das cem maiores fazendas produtoras de leite nas quinze bacias leiteiras identificadas pelo CILeite-Embrapa no Brasil mostra diferença significativas na distribuição espacial destas fazendas e dos seus impactos:

No Sul e no Nordeste, o impacto destas grandes fazendas ainda é limitado na oferta total.
No Sudeste, no Triângulo Mineiro e em Goiás, estas propriedades já impactam a oferta de leite.

Nas bacias do estado do Paraná, Leste Paranaense e Sudeste Paranaense esta contribuição é mais expressiva, mostrando um processo de expansão contínuo no tamanho médio das fazendas. Nesta primeira bacia, que engloba importantes municípios como Castro, Carambeí e Arapoti, já há uma concentração de grandes fazendas maior que a observada na Argentina. Esta bacia, que possui a mais elevada produtividade de leite por vaca do país, exibe este importante ganho de escala e competitividade.

As informações são do Milkpoint editadas pelo Sindilat


Jogo Rápido
As exportações de lácteos do Uruguai caíram 10%
As divisas geradas com as exportações de produtos lácteos foram de US$ 66 milhões, em maio. Representou queda de 10%, em dólares, na comparação interanual e redução de 20 para 17 mil toneladas. O principal produto exportado foi o leite em pó integral, que gerou US$ 54 milhões em divisas, e representou 82% do valor total de lácteos embarcados. De acordo com o boletim de maio do Uruguai XXI, houve recuo tanto em valor como em volume. Depois vieram os queijos, com faturamento de US$ 7 milhões, as manteigas com US$ 3 milhões e por último soro de leite e outros produtos lácteos. A Argélia encabeçou os destinos comprando US$ 25 milhões, seguida pelo Brasil com US$ 21 milhões. Também ocuparam posições de destaque Chile, Argentina, México e Panamá. Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.410


Setor do leite busca competitividade e abre oportunidades de exportação

Reunido na manhã desta terça-feira (10/6), o setor lácteo do Sul do Brasil debateu caminhos para a melhoria da competitividade da produção e para aproveitar novas oportunidades que se abrem para o setor, como a demanda crescente por gordura láctea em diferentes países, entre eles os Estados Unidos. “Há demanda por gordura láctea e isso proporcionou a exportação de manteiga com a abertura do mercado. É algo significativo que pode ser ampliado”, afirmou o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella. Ele reforçou que para acessar esses novos clientes é preciso garantir competitividade tanto no campo quanto na indústria. “Quando a gente tem preço, conseguimos proteger o mercado das importações e conseguimos exportar”, destacou o dirigente.

No encontro, a Aliança Láctea Sul Brasileira também efetivou integrantes dos produtores e indústrias do Mato Grosso do Sul no colegiado que reúne lideranças do setor do RS, SC e PR. Anfitrião do encontro, o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, representou as lideranças daquele estado ao lado do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do MS (Emadesc/MS), Jaime Elias Verruck, e do presidente do Silems/MS, Paulo Fernando Pereira Barbosa.

Segundo o coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira, Rodrigo Rizzo, representa um avanço significativo e justifica o fato de estar em Campo Grande ao lado de dirigentes sul-mato-grossenses na agenda desta terça-feira. Alinhado a essa nova realidade, Rizzo apresentou o novo logotipo da Aliança Láctea, que traz agora a silhueta dos quatro estados integrantes. “Nosso trabalho na Aliança Láctea marca a importância desse elo entre produtores e indústrias”. A próxima reunião ocorrerá em 03/09, na Expointer em Esteio (RS).

A Emater/RS também detalhou seu projeto de Relatório Socioeconômico, que está em fase de atualização. Engenheiro Agrônomo-Assistente Técnico Regional na Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti, explicou a metodologia do trabalho que conta com apoio dos escritórios regionais. Ele garantiu que os novos dados devem vir durante a Expointer 2025. A Aliança Láctea irá reunir em seu site os documentos atualizados dos diferentes estados para munir o setor de informação. “É um diagnóstico por estimativa. Entendemos a importância de conhecer os dados e usá-los para a produção de políticas públicas e também para entender onde estão os produtores. Os dados são produzidos nos municípios e devem retornar para se continuar esse debate”, disse Sangaletti. (Jardine Comunicação)


16º Encontro de Mulheres da Santa Clara celebra a força feminina no campo

As mulheres à frente das propriedades leiteiras, de diversas regiões, associadas à Cooperativa Santa Clara, estarão reunidas no próximo sábado, 14 de junho, para participar do tradicional Encontro de Mulheres com Atividade no Leite. A programação inicia às 10h, no Ginásio Saturno Caravaggio, em Farroupilha, e reconhece o protagonismo feminino na cadeia produtiva do leite.

Mais de 600 participantes, entre associadas, esposas e filhas estão inscritas para um dia repleto de atividades voltadas à valorização das mulheres no agronegócio. Logo na recepção, será servido um café da manhã especial, seguido pela palestra da psicóloga, palestrante, escritora e fundadora da Com Propósito, Helena Brochado, que abordará o tema “O poder da mulher no agro”. Complementando a programação da manhã, Carla Augusta, médica veterinária, mestre em Ciências e gestora, consultora e facilitadora na área de Gente e Gestão no Agronegócio pela Rehagro, trará reflexões sobre a “A presença da mulher no agronegócio: protagonismo e transformação no campo”.

“Quero poder transmitir a certeza de que elas podem fazer a diferença através da gestão de pessoas nos seus negócios, e que tenham ferramentas para isso! A liderança feminina no agronegócio é uma realidade e uma necessidade. Quero ajudá-las a melhorarem!”, destacou Carla Augusta.

“Estou honrada e feliz em estar com as produtoras associadas da Santa Clara no 16º Encontro de Mulheres. Nós geramos a vida, o alimento e as nossas famílias. Falaremos sobre tudo isso e muito mais,” comentou Helena Brochado.

Após o almoço, as atividades continuam com um bingo recheado de premiações, entrega de presentes e encerramento com uma missa na Igreja do Santuário de Caravaggio.

Promovido a cada dois anos pela Cooperativa Santa Clara, o Encontro de Mulheres já se consolidou como um espaço de integração, troca de experiências e reconhecimento à mulher no campo. Mais do que troca de conhecimento, a proposta é oferecer um momento de convivência, estímulo e valorização da contribuição feminina para o desenvolvimento do setor leiteiro.  

“A Cooperativa Santa Clara tem se dedicado a diversas iniciativas importantes, e uma das mais especiais é voltada à mulher. A mulher é mãe, companheira, amiga, e merece todo o nosso respeito em qualquer contexto. Desde os primeiros capítulos da história, a presença da mulher sempre foi marcante e essencial. Por isso, celebrar mais uma edição do Encontro de Mulheres é extremamente significativo para nós. É motivo de grande orgulho poder participar desse momento, que tem se consolidado como um evento cada vez mais relevante e inspirador,” declarou Gelsi Belmiro Thus, presidente da Cooperativa Santa Clara.

Programação – 14/06/2025  

  • 10h Abertura e boas-vindas
  • 10h15 Helana Brochado: O Poder da Mulher no Agro
  • 11h Carla Augusta: A presença da mulher no agronegócio: protagonismo e transformação no campo
  • 12h Almoço
  • 13h30 Bingo com premiações
  • 15h Missa
Sobre a Santa Clara:       
A Santa Clara faz história há 113 anos, o que a torna a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. A sua sede está localizada no município de Carlos Barbosa e está presente através de seus quase 5 mil associados, em 153 municípios gaúchos, atuando nos ramos de Laticínios, Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial e 31 unidades de varejo, entre supermercados, mercados agropecuários e farmácia, nos municípios onde possui associados. Atualmente possui um catálogo diverso anunciando 47 tipos de queijos em 103 apresentações. Ao todo, são 380 produtos entre Laticínios, Frigorífico, Doces, Food Service e a Nova Linha de Iogurtes. (As informações são da Santa Clara)
 
EMBRAPA/CILEITE: Leite e derivados com queda de preços na entressafraO mercado de leite seguiu com preços mais fracos no mês de maio, em plena entressafra. Do lado da oferta, a produção nacional vem crescendo na comparação com o ano passado e as importações seguem elevadas. A demanda, por outro lado, tem se mostrado mais fraca com relativa piora nas condições de crédito, ligeiro recuo no número de ocupados e inflação mais alta. Os lácteos ao consumidor fecharam abril com elevação próxima de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado. No mercado internacional, o cenário de preços é melhor, com oferta e demanda mais equilibradas.

Conseleites indicam queda no preço do leite ao produtor
As sinalizações dos Conseleites para o pagamento do leite entregue em maio indicaram queda em todos os estados acompanhados, em linha com os movimentos observado nos preços dos principais derivados lácteos. Os recuos variaram de 1,2% em Santa Catarina até 3,6% em Minas Gerais.

Milho e Soja têm nova queda nos preços
Os mercados de milho e soja seguiram com preços em desaceleração ao longo de maio, refletindo a boa safra brasileira e a rápida evolução do plantio nos Estados Unidos, com as lavouras em boas condições. A valorização do Real frente ao Dólar também ajudou a segurar as cotações no mercado nacional. No mercado de boi gordo, houve movimento de queda nos preços, com ligeira alta apenas no final do mês. Para a reposição, o bezerro registrou valorizou paulatinamente ao longo do mês de maio.


Fonte: Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite. Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira. Colaboração: Henrique Sales Terror e Caio Prado Villar de Azevedo (graduandos da UFJF). Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado.


Jogo Rápido
Premiação internacional
A Sooro Renner acaba de conquistar o prêmio Top Proteins Production in Latin America 2025, concedido pela revista internacional Food Business Review Latin America (ISSN 2836-1989).⠀ Mais do que um reconhecimento, este é um reflexo da confiança que construímos com nossos clientes, parceiros e especialistas da indústria ao longo dos últimos 24 anos.⠀ A escolha foi feita por um painel de executivos C-level, líderes técnicos do setor e o conselho editorial da publicação, com base em indicações espontâneas de seus assinantes.⠀ Cada conquista como essa reforça nosso compromisso com a qualidade, a inovação e o desenvolvimento de ingredientes funcionais que geram valor real para pessoas, marcas e mercados  📄 Leia a entrevista completa com Claudio Hausen de Souza na Food Business Review: www.foodbusinessreview.com/sooro-renner (As informações são da Sooro Renner)


 
 
 

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Porto Alegre, 09 de junho de 2025                                                          Ano 19 - N° 4.409


Importações passam por pequeno avanço em maio

Saldo da balança comercial de lácteos recua para -164,6 milhões de litros em maio. Confira!

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos em maio/2025 foi de -164,6 milhões de litros em equivalente-leite, um recuo em relação aos -154 milhões de litros registrados em abril. A movimentação do mês reflete um cenário de relativa estabilidade nas importações, que seguem abaixo dos volumes observados no final de 2024 e início de 2025 — principalmente devido à menor competitividade de preços dos produtos importados frente aos nacionais.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações brasileiras somaram cerca de 7,21 milhões de litros em equivalente-leite, representando um aumento de 58% em relação a abril e 62% maior em relação a maio/2024.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

O volume total importado em equivalente-leite no último mês foi de cerca de 171,8 milhões de litros de leite, representando um aumento de 8% em equivalente-leite em relação a abril e 17,4% maior em relação a mai/24.

Mesmo com o avanço no volume total, é importante observar que maio teve um dia útil a mais que abril, o que ajuda a explicar parte do crescimento. Quando considerada a média diária em toneladas, o volume foi 2% inferior ao mês anterior.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em maio, as exportações de lácteos apresentaram variações significativas em relação ao mês anterior. Destacaram-se os aumentos nas vendas de leite em pó integral (+167 toneladas | +976%), leite condensado (+112 toneladas | +22%) e manteiga (+92 toneladas | +54%).

Quanto às importações, os principais aumentos foram registrados no ,leite em pó desnatado (+795 toneladas | 23,4%), leite em pó integral (+474 toneladas | +5,1%), doce de leite (+116 tonelas | +114%) e manteiga (+62 toneladas | +30%). Já a principal queda ocorreu para o grupo de soro de leite (-900 toneladas | -46,8%).

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em maio de 2025

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em abril de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?
No mês de maio, registrou-se um aumento tanto nas importações quanto nas exportações. Apesar disso, o saldo da balança comercial foi ainda mais negativo em comparação ao mês anterior. A muçarela importada segue menos competitiva diante do produto nacional, ao passo que os leites em pó — integral e desnatado — , apesar de estarem mais caros, ainda apresentam certa atratividade, sustentando os volumes de importações.

Diante desse cenário, espera-se a continuidade do quadro atual, com importações em patamar estável, refletindo a menor competitividade de alguns produtos importados em relação aos nacionais. Além disso, o cenário permanece desafiador, já que, nos próximos meses, a captação de leite deve aumentar no Brasil, elevando a oferta de derivados no mercado nacional e acirrando a competitividade em relação aos importados.

Além disso, o dólar segue apresentando volatilidade frente ao cenário de incertezas na economia global, o que pode impactar as dinâmicas do comércio exterior (Milkpoint)


CONSELEITE MINAS GERAIS

A diretoria do Conseleite Minas Gerais no dia 06 de Junho de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência do leite base, maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2025 a ser pago em Junho/2025.

base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 

Agricultura de Baixo Carbono é tema de Seminário Internacional

Encontro em Brasília/DF contou com a participação da Seapi

“Políticas de Agricultura de Baixo Carbono (ABC+): um caminho para a resiliência sustentável no Brasil” foi o tema do Seminário Internacional realizado em Brasília, no Distrito Federal, nesta quarta (04/5) e quinta-feira (05/5).

O engenheiro florestal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e coordenador do Plano ABC+RS, Jackson Brilhante, participou do encontro, que contou com a presença de representantes de países da América Latina e das embaixadas do Reino Unido, França e Tailândia.

“O evento foi muito importante porque hoje, a nível mundial, o Brasil é referência na adoção de práticas de agricultura de baixa emissão de carbono. E foi a oportunidade de mostrar para os países participantes do encontro que as práticas brasileiras, além de garantir a segurança alimentar, promovem a redução da emissão de gás de efeito estufa”, afirmou Brilhante.  O coordenador destacou também que o encontro foi uma oportunidade de troca de experiências entre os estados, que possuem realidades diferentes.
“Nós, do Rio Grande do Sul, acreditamos que estamos no caminho certo e vamos buscar cada vez mais fortalecer esta importante política pública que é o Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono do Rio Grande do Sul”, declarou Brilhante. O Rio Grande do Sul, no Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é o terceiro estado com maior área, com 2,2 milhões de hectares com esta prática.
Programação

Durante o evento ocorreu uma visita técnica aos campos experimentais da Embrapa Cerrados, em Planaltina/DF, para apresentação de experimentos em ILPF, sistemas agroflorestais, manejo integrado de solos e métricas de carbono.

E nesta quarta-feira (04/5) foram apresentados quatro painéis sobre o Plano ABC e ABC+, a agricultura de baixo carbono, as políticas locais do plano ABC e o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (Caminho Verde Brasil).

Durante o evento, segundo Brilhante, foi possível discutir as evidências de aumento da produtividade e o retorno econômico alcançadas pelo Plano ABC+ e também os mecanismos de geração e transferência de tecnologia, assistência técnica e extensão rural para disseminar tecnologias ABC. 

O Seminário foi organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Department for Environment, Food & Rural Affairs (DEFRA-UK).

O que é o Plano ABC+
O Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) foi criado em 2010 com metas de difusão de tecnologias como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), plantio direto, fixação biológica de nitrogênio e recuperação de pastagens. Em 2021, o plano foi atualizado para ABC+ 2020-2030, que projeta reduzir em 1,1 bilhão t de CO₂- equivalente até 2030 por meio da adoção em larga escala de práticas sustentáveis nas fazendas brasileiras. (SEAPI)


Jogo Rápido
Produtor tem até o final do mês para entregar a Declaração Anual de Rebanho
O prazo para a Declaração Anual de Rebanho referente ao ano de 2025 vai até o dia 30 de junho. Todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais devem fazer a Declaração. A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros. "O produtor, além de estar cumprindo uma obrigação sanitária legal, está contribuindo para o aperfeiçoamento das bases de dados de Defesa Sanitária Animal, possibilitando ter uma melhor visão do cenário produtivo e sanitário do Estado", afirma o chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias (DCIS) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), médico veterinário Paulo André Santos Coelho de Souza. Segundo ele, a expectativa é de sejam entregues 361 mil declarações neste ano de 2025 em todo o Estado. A declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online, através de formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária.
Para mais informações: www.agricultura.rs.gov.br/declaracao