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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10  de outubro de 2025                                                     Ano 19 - N° 4.499


Mapa Econômico discute gestão na agricultura e vantagem logística em Cruz Alta

A cidade bicentenária de Cruz Alta, onde nasceu o escritor Erico Verissimo, recebeu, nesta quinta-feira (9), na sede da Associação Comercial e Industrial (ACI), a quarta edição do Mapa Econômico do RS em 2025. O painel, que contou com a presença do presidente da cooperativa CCGL, Caio Vianna, e do diretor da TentosCap (do grupo 3tentos), Luiz Pedro Dumoncel, abordou os desafios e oportunidades para as Regiões Norte, Noroeste Colonial, Fronteira Noroeste, Missões, Nordeste, Celeiro, Produção, Médio Alto Uruguai, Rio da Várzea, Alto da Serra do Botucaraí e Alto Jacuí.

As potencialidades foram comentadas tanto no palco quanto nos momentos de networking do público, que somou mais de 100 pessoas. A luminosidade dos campos (que beneficia a lavoura), um modal de transporte que soma ferrovia e rodovia foram citados como pontos fortes.  

Em sua fala de abertura, o diretor-presidente do Jornal do Comércio, Giovanni Jarros Tumelero, ressaltou que Cruz Alta representa as regiões por sua pujança econômica e explicou o propósito do Mapa. "É um projeto que lançamos há três anos e estamos percorrendo o Rio Grande do Sul de ponta a ponta. Temos o dever de levantar as principais questões econômicas dos municípios para entregar como ferramenta aos empresários que nos acompanham", afirmou. Além de Cruz Alta, o projeto passou, em 2025, por Bagé, Lajeado e Garibaldi. 

A prefeita Paula Librelotto citou a importância do agronegócio de Cruz Alta e seu papel como um todo no Estado. "Está pedindo passagem no Rio Grande para poder se desenvolver. É a cidade mãe de mais de 200 municípios", frisou. "Quando o poder público se une à iniciativa privada, e faz o que é certo, pode alavancar o desenvolvimento de uma região, e não atrapalhar", continuou. 

Ao mediar o debate, Guilherme Kolling, editor-chefe do JC, explicou a divisão do RS em cinco regiões para o projeto do JC e deu exemplos de indicadores novos que são produzidos pela iniciativa. “A macroregião Norte já é a segunda no Rio Grande do Sul, passou a macroregião Serra”, comentou. 

O presidente da cooperativa CCGL, Caio Vianna, acredita que Cruz Alta seja o melhor eixo logístico do Estado, mas o que realmente faz a diferença são as pessoas. Ele citou o endividamento dos produtores como um problema, assim como a necessidade de desenvolver uma nova agricultura. 

“O Rio Grande do Sul tem 12 meses de temperatura, luz e umidade. Há agricultores que chegam a fazer três safras. O fluxo de carne bovina foi recorde mesmo com o tarifaço em setembro”, lembrou. “Temos ferramentas, temos pessoas. Só não podemos fazer agricultura em 10 centímetros de solo, pois assim a raiz aguenta apenas uma semana sem chuva”, ensinou, ao sugerir correções de solo e investimento em educação.  

Luiz Pedro Dumoncel, diretor da TentosCap, crê que há razões para acreditar no Estado. “O agricultor gaúcho é um dos melhores produtores de grãos do mundo”, sublinhou. “Mas temos muito o que evoluir do ponto de vista de três aspectos: gestão integrada de riscos, principalmente os climáticos, enxergar o negócio como empresa e olhar para as oportunidades da proteína vegetal e animal. Temos um canhão, que é a questão do biodiesel”, listou.  

Esta edição teve, ainda, a participação do estrategista-chefe do Bradesco Global Private Bank, Carlos Machado. Ele mostrou como o panorama internacional afeta o Brasil. 

O caderno completo com os dados da fatia Norte do Estado será publicado no dia 27 de outubro e a edição que fecha a temporada deste ano do Mapa será em Porto Alegre em novembro.  (Jornal do Comércio)


Emater/RS: Informativo Conjuntural 1888 de 09 de outubro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção está em patamares satisfatórios, mas houve leve redução, em algumas regiões, em relação aos dois últimos meses. Essa queda já era esperada em razão da proximidade do final do ciclo das pastagens de aveia e de azevém, o que compromete gradualmente o volume e, sobretudo, a qualidade nutricional da dieta das matrizes. Os parâmetros de qualidade do leite, como gordura e proteína, estão adequados. Contudo, durante os períodos mais chuvosos, houve problemas pontuais de aumento na contagem de células somáticas (CCS) e bacteriana (CBT).

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Hulha Negra, os produtores substituíram a ração de 16% por 18% de proteína e adicionaram milho na dieta das vacas em pico de lactação ou com necessidade de melhoria do escore corporal. Em algumas propriedades, as reservas de silagem de milho estão se esgotando. 

Na de Caxias do Sul, o estado corporal dos animais está satisfatório, e o bem-estar do rebanho foi favorecido pelas temperaturas mais amenas. A sanidade se manteve dentro do esperado, e foi realizado controle de ectoparasitas e verminoses.

Na de Erechim, os rebanhos estão em estado sanitário e nutricional adequado. Em razão da qualidade proteica e da digestibilidade das pastagens, os produtores reduziram o uso de concentrados. Em propriedades com menor oferta de volumosos, houve casos pontuais de perda de escore corporal.

Na de Ijuí, o volume de produção atingiu o pico no período, mas há tendência de queda nas próximas semanas, nas propriedades em sistema de produção de leite a pasto, devido à redução da qualidade das forrageiras anuais de inverno, que estão em final de ciclo.

Na de Passo Fundo, os animais manejados predominantemente a pasto receberam suplementação de silagem e ração. O rebanho apresentou estado nutricional adequado e alto escore corporal. A produção foi considerada satisfatória.

Na de Pelotas, houve retomada gradual da produtividade como reflexo do manejo das lavouras e do estado sanitário e corporal apropriados.

Na de Santa Maria, alguns produtores utilizaram silagem de milho para complementar a alimentação do rebanho. A produtividade se manteve estável, e a condição sanitária dos animais está apropriada.

Na de Santa Rosa, o fornecimento de volumosos e de concentrados proteicos está elevado para compensar a baixa qualidade das pastagens. Houve redução na produção diária de leite, mas a boa disponibilidade de silagem deve ajudar a estabilizar a produção até que as pastagens de verão estejam plenamente disponíveis. Emater/RS

Próxima semana deve ser de tempo estável na maior parte do Estado

A previsão é de tempo estável na maior parte do Rio Grande do Sul na próxima semana. As informações constam no Boletim Integrado Agrometeorológico 41/2025, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Sexta-feira (10/10) e sábado (11/10): o tempo deve permanecer estável em grande parte do Rio Grande do Sul. Não há previsão de chuvas significativas em nenhuma das regiões.

Domingo (12/10): a atuação de um sistema de baixa pressão próximo ao estado deverá provocar instabilidade em todo o território gaúcho, com previsão de chuvas fracas a moderadas na metade mais ao sul, podendo ser localmente fortes em alguns pontos, e chuvas mais elevadas nas porções central e norte.

Segunda (13/10), terça (14/10) e quarta-feira (15/10): na segunda-feira (13/10), o sistema começará a se afastar, reduzindo sua influência sobre o estado. Assim, na segunda (13/10), terça (14/10) e quarta-feira (15/10), o tempo deve voltar a se manter estável, sem expectativa de chuva significativa na maioria das regiões.

Os acumulados de precipitação previstos variam entre 10 e 100 milímetros. Nas áreas centrais e do norte, os volumes podem superar os 100 mm em pontos isolados, enquanto no extremo sul os totais tendem a ser menores, não ultrapassando 50 mm.

O boletim agrometeorológico atualiza semanalmente a situação de diversas culturas e criações de animais no RS. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.


Jogo Rápido

MILK SUMMIT BRAZIL: Ingressos esgotados!
O Milk Summit Brazil 2025 já é um sucesso antes mesmo de começar! 💛
Mais de 750 inscritos confirmaram presença para viver dois dias de conhecimento, integração e inovação em Ijuí/RS.  Um evento histórico: pela primeira vez, o Sul do Brasil recebe um encontro dessa dimensão voltado inteiramente ao setor lácteo — reunindo produtores, indústrias, cooperativas, universidades, empresas, instituições e consumidores em um mesmo espaço de diálogo e desenvolvimento. Unidos, fortalecemos o setor lácteo, impulsionamos a inovação e valorizamos o trabalho de quem faz o leite acontecer todos os dias. Não conseguiu se inscrever? Você ainda pode acompanhar ao vivo pelo canal da Secretaria da Agricultura no YouTube. Mais informações e programação completa: www.milksummitbrazil.com

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1888 de 09 de outubro de 2025 | Próxima semana deve ser de tempo estável na maior parte do Estado | MILK SUMMIT BRAZIL: Ingressos esgotados!

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Porto Alegre, 09  de outubro de 2025                                                     Ano 19 - N° 4.498


Pecuária leiteira do Uruguai caminha para um recorde de produção

O setor lácteo uruguaio deve atingir novo recorde em 2025, com clima favorável, preços estáveis e margens melhores, impulsionando produção e exportações. Entenda!

O Uruguai atravessa um momento promissor para sua indústria leiteira: o setor está a caminho de alcançar um novo recorde anual de produção, somando-se ao impulso positivo que vivem a agricultura e a pecuária no país. Segundo análise do jornal El Observador, esse cenário reflete uma combinação favorável de clima, estabilidade de preços e melhora de margens, que permite ao setor se recuperar após anos difíceis.

Nos últimos anos, a pecuária leiteira uruguaia enfrentou dois períodos complicados: em 2023, a seca atingiu o país com força, e em 2024, as chuvas excessivas do verão afetaram os custos e o rendimento das forragens. Agora, com condições mais favoráveis, os produtores projetam que 2025 poderá superar os 2,14 bilhões de litros entregues à indústria, ultrapassando os maiores volumes já registrados.

Um dos sinais mais recentes e contundentes é o crescimento de 4,5% em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior, ao ultrapassar 200 milhões de litros entregues às indústrias. Para setembro, estima-se que as remessas possam chegar a 228 milhões de litros, impulsionadas por um aumento de 12% registrado pela Conaprole em relação a setembro de 2024. Outubro também surge com altas expectativas, já que deve superar tanto os 216,2 milhões de litros do ano passado quanto o recorde anterior de 222 milhões de litros alcançado em outubro de 2020.

Esse dinamismo se apoia em três pilares fundamentais:
O clima e as forragens estão favoráveis. O estado dos solos e as chuvas têm favorecido o crescimento das pastagens e dos cultivos complementares, reduzindo a dependência de concentrados caros. As vacas têm desfrutado de maior conforto produtivo, o que se traduziu em um maior volume de sólidos (gordura + proteína).
 
A relação entre preços e custos também é positiva. O preço médio pago ao produtor está em torno de US$ 0,40 por litro, um nível que se manteve estável. Enquanto isso, o custo da alimentação — especialmente dos concentrados — diminuiu em comparação com períodos anteriores, melhorando a “relação leite–alimento” e gerando margens mais confortáveis do que as vistas na última década.
 
Melhora financeira que permitiu reinvestimentos. Com a recuperação da liquidez, os produtores conseguiram reduzir o endividamento. Um instrumento importante foi o fideicomisso financeiro firmado entre o Banco República e a Conaprole, que possibilitou a extensão de prazos de pagamento e aliviou a pressão imediata. Essa recuperação permitiu não apenas cobrir custos operacionais, mas também investir em infraestrutura, ampliar o rebanho ou adquirir novas tecnologias de produção.
Paralelamente, o setor lácteo uruguaio vem fortalecendo sua posição como exportador. Até setembro de 2025, os produtos lácteos se consolidaram como o quarto maior complexo exportador do país, com vendas de US$ 680 milhões — um crescimento de 14% em relação ao ano anterior — e 179 mil toneladas exportadas, um volume recorde para os primeiros nove meses do ano. Agosto e setembro registraram dois meses consecutivos com vendas superiores a US$ 90 milhões, algo que não ocorria há quatro anos.

Apesar do panorama favorável, há questões que preocupam as organizações do setor. A concentração da produção leiteira continua avançando: pequenos produtores familiares seguem desaparecendo — dois ou três por mês —, sendo absorvidos por fazendas de maior escala. Seis plantas industriais deixaram de operar recentemente (como Calcar, Coleme e Lactalis), o que fez com que o setor formal sofresse uma retração em sua base de fornecedores.

As restrições orçamentárias do Instituto Nacional do Leite (Inale), responsável por coordenar políticas de pesquisa, inovação e apoio ao setor, também são motivo de preocupação: atualmente, o órgão recebe os mesmos recursos, em pesos, de anos atrás e possui reservas que podem se esgotar em 2026 se não houver realocação de verbas.

Se esse recorde de produção se concretizar, para muitos ele representará mais do que um número: poderá marcar o início de uma nova etapa de crescimento sustentável e inclusivo para a pecuária leiteira uruguaia — desde que se consiga estabilizar a base de produtores e manter o equilíbrio entre expansão e viabilidade financeira.

As informações são do El Observador.


Custo de produção de leite registra queda de 1,2% em agosto

Após crescimento em julho, o ICPLeite/Embrapa registrou queda no custo de produção em agosto. A inflação de custos foi de -1,2%, acumulando 3,4% no ano e 7,2% nos últimos 12 meses. Apesar da redução no mês, o índice segue em patamar elevado, sobretudo quando observados os períodos acumulados.

Mão de obra e alimentação concentrada puxam a deflação mensal
A queda registrada em agosto foi resultado de variações negativas na maior parte dos grupos que compõem o índice. A maior redução ocorreu em Mão de obra, -1,7%, seguida por Concentrado, -1,5% e Volumosos, -1,0%, que juntos respondem por mais de 80% do peso total do índice, explicando a deflação no mês. Com recuos mais moderados, apareceram Qualidade do leite, -0,4% e Energia e combustível, -0,3%, reforçando o movimento de alívio nos custos. Em contrapartida, apenas dois grupos apresentaram crescimento: Minerais, 0,1%, de forma quase estável, e Sanidade e reprodução, 0,5%, este último com a maior alta do mês. Os dados constam do Gráfico 1.

FONTE:
Paulo do Carmo Martins
Manuela Sampaio Lana
Samuel José de Magalhães Oliveira
Alziro Vasconcelos Carneiro
Pesquisadores em economia da Embrapa Gado de Leite
Analistas em economia da Embrapa Gado de Leite

Oferta elevada derruba lácteos e Spot segue em queda

O mês de setembro apresentou quedas generalizadas nos preços dos produtos lácteos em função de uma maior oferta relativamente à demanda. Isso acabou elevando o nível de estoques, causando queda nas cotações. No mercado internacional o cenário também foi de queda, com elevada produção nos principais exportadores. Dessa forma, os preços do leite UHT, queijo muçarela e leite em pó recuaram. O leite no mercado Spot também seguiu com viés baixista, com queda acumulada de 22% desde março/25.

Conseleites apontam baixa no preço ao produtor

As sinalizações do Conseleites para o leite entregue em setembro foram de baixas em todos os estados. Minas Gerais apresenta o recuo mais moderado, enquanto Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentaram quedas de 3,0%. A maior oferta de leite tem influenciado na queda dos preços ao produtor.

Informativo mensal produzido pelo Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite.
Autores: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel José de M. Oliveira. 
Colaboração: Henrique Salles Terror e Caio Prado Villar de Azevedo (graduandos da UFJF).
Nota: as variações mostradas acima nos gráficos são do preço de fechamento do mês contra o período citado.


Jogo Rápido

Dia de Campo em Chapada destaca uso de forrageiras de inverno na produção leiteira
A Emater/RS-Ascar e a Sementes Scherer promoveram, nesta quarta-feira (08/10), o Dia de Campo sobre Forrageiras de Inverno, realizado na propriedade da Agrícola e Sementes Scherer, na localidade de Tesouras, interior de Chapada. O evento contou com o apoio da Embrapa Trigo, Longa Vida Nutrição Animal, Prefeitura de Chapada e Inspetoria Veterinária, reunindo produtores e instituições parceiras da cadeia leiteira regional para destacar alternativas de melhor custo-benefício na produção de leite. A programação foi estruturada em quatro estações técnicas, que abordaram temas como manejo e desempenho de cereais de inverno, planejamento forrageiro, qualidade nutricional das forrageiras e manejo sustentável de solos e pastagens. As atividades foram conduzidas por extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar, pesquisadores da Embrapa Trigo e profissionais da Sementes Scherer e Longa Vida Nutrição Animal. Os assistentes técnicos regionais da Emater/RS-Ascar Carlos Roberto Olczevski e Valdir Sangaletti, junto à equipe municipal da Instituição, destacaram práticas de manejo que aliam produtividade e sustentabilidade. Para a gerente adjunta regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Priscila Volpi, "o planejamento forrageiro é essencial para reduzir custos e garantir alimentação de qualidade ao longo do ano". O evento encerrou-se com uma confraternização entre produtores e parceiros, reforçando o compromisso conjunto com o fortalecimento da cadeia produtiva do leite e da agricultura familiar. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional Frederico Westphalen)

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Porto Alegre, 08 de outubro de 2025                                                      Ano 19 - N° 4.497


Balança comercial de lácteos: importações aumentam significativamente setembro

Balança comercial de lácteos recua em setembro com salto de 31,8 milhões de litros em importações. Exportações sobem, mas seguem abaixo de 2024. Confira!O saldo da balança comercial de lácteos voltou a apresentar retração, devido ao aumento expressivo das importações neste mês, que apresentaram um salto de aproximadamente 31,8 milhões de litros em equivalente-leite. Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.Em setembro, as exportações de lácteos totalizaram 5,8 milhões de litros em equivalente-leite, representando um aumento de 11,7% em relação ao mês anterior e de 17% frente a setembro do ano passado. No entanto, no acumulado de janeiro a setembro de 2025, as exportações ainda registram queda de 27,8% em comparação com o mesmo período de 2024.Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações se destacaram em setembro pela alta de 19,8%, totalizando 192,4 milhões de litros no período. Em comparação com setembro do ano passado, o avanço foi mais moderado, de 5,6%. Já no acumulado de janeiro a setembro de 2025, as importações registraram queda de 4,9% frente ao mesmo intervalo de 2024.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Em setembro, as exportações apresentaram movimentos distintos entre os produtos:
O leite UHT, que havia registrado forte retração no mês anterior, avançou 145%, retornando a patamares historicamente normais. 

O soro de leite manteve sua trajetória de crescimento expressivo, com aumento de 66% em relação a agosto. 

Embora o volume ainda seja pequeno, o leite em pó desnatado se destacou pelo salto de 3.194% nas exportações, alcançando 25 toneladas — apesar de pouco, é um dado incomum historicamente. 

Já o grupo das manteigas também registrou alta de 61% nas exportações, assim como o grupo de creme de leite, que apresentou alta de 9% nas exportações deste mês. 

Por fim, o grupo de leite condensado apresentou recuo de 4%, enquanto o segmento de queijos registrou queda de 1% e o de iogurtes teve redução mais acentuada, de 23% nas exportações de setembro.

Nas importações, o leite em pó integral registrou aumento de 34% em relação a agosto, enquanto o leite em pó desnatado avançou 16%, após as reduções observadas no mês anterior. 

O soro de leite seguiu a mesma tendência, com alta de 18%. 

Em contrapartida, as importações de queijos apresentaram leve retração de 2% no volume total.

O grupo de manteigas registrou alta de 96% nas importações, sendo essa elevação concentrada em um produto: o óleo butírico de manteiga, que foi responsável por 79% do volume importado.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de agosto e setembro de 2025.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em setembro de 2025

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em agosto de 2025
5
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT. 

O que podemos esperar para os próximos meses?
A competitividade de preços no Mercosul, próxima à dos produtos nacionais, aliada à estabilidade do GDT e à desvalorização do dólar frente ao real, contribuíram para o aumento das importações neste mês. No entanto, o volume total acumulado de importações no ano ainda é 4,9% menor do que no mesmo período do ano passado. Com a maior produção interna atual, a tendência é que o acumulado anual continue abaixo do registrado em 2024. (Milkpoint)


GDT 389: após estabilidade, leite em pó integral volta a apresentar recuos

Leilão GDT registra queda de 1,6% no índice, com retração no leite em pó integral e manteiga, enquanto cheddar segue em alta. Confira os impactos no mercado.

No 389º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado em 07 de outubro, o preço médio dos produtos negociados ficou em USD 3.921 por tonelada, voltando a registrar recuo após um período de certa estabilidade.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

O leite em pó integral (LPI), principal referência do mercado, apresentou recuo de -2,3%, cotado a USD 3.696 por tonelada, após a estabilidade vista no último leilão. Já o leite em pó desnatado (LPD) ainda permaneceu estável, com leve variação negativa de -0,5%, cotado a USD2.599 por tonelada, após a forte queda vista no primeiro leilão de setembro.

Gráfico 2. Preço médio LPI

O Cheddar apresentou a terceira alta consecutiva, desta vez de 0,8%, alcançando o preço de USD 4.858 por tonelada. A gordura anidra do leite também apresentou alta de 1,2%, atingindo o preço de USD 6.916 por tonelada. 

Os demais produtos apresentaram queda, sendo a mais intensa dentre elas a da muçarela, que soma 8 quedas consecutivas, acumulando -31,6% desde junho deste ano. O queijo atingiu o patamar de USD 3.393 por tonelada, o menor preço desde que este produto foi incluído no leilão, em dezembro de 2023. 

Gráfico 3. Preço da Muçarela no Leilão GDT 

Entre os demais produtos, a manteiga passou pela sétima retração consecutiva, dessa vez de -3%, atingindo o preço de USD 6.712 por tonelada. O leitelho, que não tinha sido negociado no último evento, voltou registrando recuos, de -2,3%, com o preço médio de USD 2.768 por tonelada.

Já a lactose continuou sem ser negociada neste leilão.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 07/10/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

 
Volume negociado mostra certo padrão
O volume negociado neste leilão somou aproximadamente 42  mil toneladas, um aumento de 7,5% em relação ao último evento. Em relação ao primeiro evento de outubro de 2024, o aumento é de 8,1%. 

Gráfico 4. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NZX registraram novos recuos nas projeções de preços em comparação com as projeções no último leilão. A tendência de queda para os preços ao longo dos meses até o final do ano deu espaço para estabilidade, mas a expectativa de altas graduais no preço a partir de janeiro permanece. 

Gráfico 5. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025. 

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
Assim como no mercado interno, o segmento de queijos tem sido o mais impactado na conjuntura atual. Com as novas retrações observadas nos preços do GDT, as cotações dos principais parceiros comerciais — Argentina e Uruguai — tendem a seguir as tendências do mercado da Oceania e apresentar trajetória de queda, o que pode exercer ainda mais pressão sobre os preços nacionais.

No caso dos leites em pó, o cenário é semelhante, embora a competitividade dos produtos importados seja ainda maior. Apesar disso, os preços desses produtos permanecem em níveis considerados aceitáveis, diferentemente da muçarela.

Juntamente com o câmbio próximo à R$5,30, o cenário internacional tem ampliado a competitividade dos produtos importados e intensificado a pressão nos preços no mercado interno, sendo essencial manter-se atento nestes fatores. (Milkpoint)

Seminário na FIERGS reúne especialistas para debater como a inovação e a pesquisa contribuem para fortalecimento da agroindústria

O Sistema FIERGS, por meio do Conselho da Agroindústria (Conagro), realizou a quinta edição do seminário Agroindústria do Futuro: tendências e estratégias para o agro do amanhã. Estiveram em debate, nesta terça-feira, as principais tendências e estratégias para o setor agroindustrial.

“O Sistema FIERGS, que representa mais de 50 mil indústrias, trabalha para o fortalecimento do nosso setor. O Conagro assume o protagonismo, pois o desenvolvimento da agroindústria é um pilar estratégico para a reconstrução econômica do Rio Grande do Sul. A quinta edição do Agroindústria do Futuro é fruto desse trabalho”, disse o vice-presidente do CIERGS e coordenador do Conagro, Alexandre Guerra.

Ele reforçou que abordar cenários e tendências no contexto da agroindústria, bem como seus desafios e oportunidades no setor, vão ao encontro dos objetivos do conselho e da entidade. “Discutir agroindústria é um compromisso com o nosso Estado e com a sua sociedade, e é uma forma de pensar a competitividade e a inovação como sinônimos de resiliência, em resposta aos desastres climáticos que nos afetam. Hoje, ampliamos a discussão sobre dois dos quatro pilares fundamentais do Sistema FIERGS, a competitividade e a inovação”, afirmou.

O engenheiro e professor associado da UFRGS Christian Bredemeier falou sobre tecnologia e inovação para a competitividade agroindustrial. Segundo ele, a demanda global por alimentos torna o Brasil um país privilegiado na produção agrícola. “Nunca houve tantas ferramentas para obtenção de dados sobre áreas e operações guiadas”, ressaltou. Bredemeier citou tendências como drones, sensores de solo, ferramentas analytics e uso de inteligência artificial, destacando que o desafio é integrar esses dados para melhorar a gestão.

A ministra-chefe da Divisão de Política Agrícola do Ministério das Relações Exteriores, Grace Tanno, abordou a inserção internacional da agroindústria e os desafios em mercados exigentes, como União Europeia e Estados Unidos. “Há muito desconhecimento sobre a agricultura brasileira. Nosso diferencial está no investimento contínuo em inovação, basta ver o papel da Embrapa”, salientou.

O economista-chefe da Unidade de Estudos Econômicos do Sistema FIERGS, Giovani Baggio, apresentou o Observatório da Agroindústria da entidade, lançado em setembro durante a Expointer. A plataforma reúne dados sobre produção, exportações e empregos na agroindústria gaúcha e apoia empresários e gestores na tomada de decisão.

O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, presidente da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), falou sobre exportações e abertura de mercados. “O Brasil é um país de recursos naturais, com disponibilidade de água e um modelo de produção integrada que faz toda a diferença”, disse. (Fiergs)


Jogo Rápido

Últimas vagas para o grande encontro do leite em Ijuí
A região gaúcha que mais entrega leite cru para a indústria, o Noroeste do Estado, sedia a primeira edição do Milk Summit Brazil 2025, dias 14 e 15 de outubro, em Ijuí. O evento promoverá o encontro de ideias entre produtores, cooperativas, indústrias, representantes governamentais e especialistas. A realização do evento é da Secretaria da Agricultura, Sindilat/RS, Prefeitura de Ijuí, Emater/RS-Ascar, Suport D Leite e Impulsa Ijuí. Mais informações, a programação e a última chance de se inscrever, você encontra no site do evento em www.milksummitbrazil.com.

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Porto Alegre, 07 de outubro de 2025                                                      Ano 19 - N° 4.496


Polo leiteiro do RS recebe o Milk Summit Brazil 2025

A região gaúcha que mais entrega leite cru para a indústria, o Noroeste do Estado, sediará na próxima semana a primeira edição do Milk Summit Brazil 2025. Com uma produção que alcança 741,9 milhões de litros por ano, se destaca abrigando um rebanho superior a 150 mil vacas, que geram R$ 2,03 bilhões anuais em Valor Bruto da Produção (VBP), conforme dados da Emater.Segundo o coordenador do evento e secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a escolha pela região para sediar o evento inspira conexões estratégicas para o desenvolvimento dos eixos temáticos do encontro, que acontece nos dias 14 e 15 de outubro em Ijuí. “O leite centraliza as discussões que envolvem os aspectos da competitividade, consumo, sustentabilidade e da inovação”, assinala Palharini.O evento promoverá o encontro de ideias entre produtores, cooperativas, indústrias, representantes governamentais e especialistas, ao longo de dois dias, no Parque de Exposições Wanderley Burmann, dentro da programação da Expofest. O calendário completo está disponível no site www.milksummitbrazil.com, onde os participantes também têm acesso a jogos interativos. No primeiro, o desafio é ajudar o produtor a desviar de obstáculos e coletar itens que aumentam a produção. Já o quiz apresenta 17 perguntas sobre nutrição, saúde e produção leiteira, baseadas em dados científicos.O prazo para inscrições no Milk Summit Brazil se encerra no dia 10 de outubro, pelo site Sympla. A entrada é solidária: cada participante deve doar 1 kg de alimento não perecível, e a organização acrescentará 2 litros de leite por inscrição. Todos os itens arrecadados serão destinados a entidades sociais.O que você precisa saber para aproveitar:

Existe estacionamento no local?
Sim. O Parque de Exposições Wanderley Burmann conta com estacionamento para participantes, pago à parte, no valor fixo de R$ 20,00.

Posso acessar a área VIP?
A área VIP será destinada a palestrantes, patrocinadores, comissão organizadora e autoridades, com acesso controlado mediante pulseira.

Onde posso me hospedar?
Ijuí e região contam com hotéis preparados para receber os participantes do Milk Summit Brazil. Nossa indicação é o Hotel Ijuí, onde é possível verificar a disponibilidade de reservas pelo telefone (55) 99123-3094.

Qual é o aeroporto mais próximo?
O aeroporto mais próximo é o Aeroporto de Santo Ângelo, localizado a cerca de 50 km de Ijuí. Outra opção é o Aeroporto de Passo Fundo, a cerca de 170 km, que oferece mais opções de voos. Para quem vem de fora do Estado, o Aeroporto de Porto Alegre fica a aproximadamente 400 km de distância.

O evento é gratuito?
Sim. O evento é gratuito para quem chegar no turno da manhã. Reforçamos também a Campanha Solidária: cada participante pode levar 1 kg de alimento não perecível, e a comissão organizadora fará a doação de 2 litros de leite para cada quilo arrecadado. Uma oportunidade de unir conhecimento e solidariedade!

Sobre o Milk Summit Brazil 2025
A realização do Milk Summit Brazil 2025 é conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS, Sindilat/RS, Prefeitura de Ijuí, Emater/RS-Ascar, Suport D Leite e Impulsa Ijuí.

O evento conta com o patrocínio de Laticínios Deale, Feuser Representações Comerciais / Rit - Resfriadores, Sistema Fiergs, Frizzo, Italac, Laboratório Base, Lactalis do Brasil, Launer, Grupo Piracanjuba, Coop Santa Clara, Senar, Sicredi, Sicoob, SulPasto e Tetra Pak.

A edição também reúne parceiros institucionais, como a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Fetag, Ciepel, UPF, Escola Técnica Celeste Gobbato, Hooks, Cincuenta, Sebrae, APAJU, FASA, APL Leite, Instituto Manager, Rede Leite, Embrapa, Unijuí, Unicruz, Intituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Farroupilha, CCR/UFSM, Ministério da Agricultura, Setrem, Amuplan, Abraleite, Viva Lácteos e Fundesa.


GDT - GLOBAL DAIRY TRADE

Fonte: GDT editado pelo Sindilat

 

Inclusão e diversão: Pirakids comemora o Dia das Crianças com identidade visual repaginada
 
Nova embalagem aproxima os personagens do público infantil, reforça a inclusão e inspira momentos de energia, sabor e diversão. 
 
Goiânia, 6 de outubro de 2025 – Para celebrar o Dia das Crianças, a linha Pirakids, da Piracanjuba, entra em um novo momento de marca e lança embalagens inéditas, com os personagens agora retratados em 3D. A reformulação dá mais vida, expressividade e proximidade às figuras que já fazem parte da rotina das crianças, reforçando o vínculo emocional com o público entre 5 e 10 anos. 
 
Mais do que um design moderno, as novas embalagens traduzem a essência da marca: energia, sabor, nutrição e diversão. O achocolatado Pirakids é fonte de vitaminas A e D, também disponível na versão zero lactose, e chega para compor a alimentação das crianças com ainda mais apelo visual e conexão com o universo lúdico. 
 
Outro destaque é o protagonismo da Turma do Piradinho. Com oito personagens que refletem diferentes perfis e interesses das crianças, a proposta é que a garotada se sinta representadas e parte desse universo. A diversidade dos personagens é o que diferencia a turminha, ampliando o senso de pertencimento. Agora em 3D, Piradinho, Olímpio, Flora, Tuca, Heitor, Coralina, Vitinho e Valentina ganham expressões mais realistas, transmitindo atitude, pluralidade e identificação. 
 
Cada embalagem traz um dos personagens e, no verso, informações como nome, idade, superpoder, matéria favorita, preferências e sonhos para o futuro. Um QR Code complementa a experiência, convidando as crianças a conhecerem ainda mais sobre o universo da turma e estimulando a descoberta do personagem favorito. 
 
“Ao dar mais destaque aos personagens nas embalagens, buscamos muito mais do que atrair no ponto de venda. Queremos reforçar a ideia de inclusão, respeito e pertencimento, traduzindo valores importantes para a sociedade e para a formação das crianças. O QR Code amplia essa experiência, permitindo que cada criança conheça melhor os personagens, se identifique e crie vínculos com a marca”, afirma a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos. 
 
A nova identidade visual também chega ao Pirakids Zero Lactose, que ganha embalagem repaginada para unificar toda a família de produtos e reforçar uma comunicação integrada, sempre voltada às necessidades das crianças. 
 
Brincar é coisa séria 
 
Neste Dia das Crianças, a Turma do Piradinho convida os pequenos a aproveitarem seus passatempos preferidos: as brincadeiras que atravessam gerações e nunca saem de moda. Pega-pega, esconde-esconde, pique-estátua e pique-bandeira aparecem como inspiração para que as crianças se movimentem, se divirtam e vivam a infância de forma intensa. 
 
Personagens que refletem o universo infantil 
 
• Piradinho: líder da turma, cheio de ideias criativas e maluquinhas. 
• Olímpio: apaixonado por esportes, sonha disputar as Olimpíadas. 
• Flora: ligada à natureza, sempre atenta aos cuidados com o planeta. 
• Tuca: conectado aos animais do campo, quer ser veterinário. 
• Heitor: dedicado aos estudos, adora compartilhar curiosidades. 
• Coralina: artista que ama desenhar e ilustrar aventuras. 
• Vitinho: enérgico e divertido, vive aprontando. 
• Valentina: destemida e corajosa, enfrenta desafios sem medo e acredita que nenhum obstáculo é grande demais para impedir seus sonhos. 
 
Com a renovação da identidade visual, Pirakids reforça o compromisso da Piracanjuba em oferecer não apenas nutrição e sabor, mas também experiências que inspiram, conectam e acompanham o crescimento das crianças. Afinal, cada detalhe, do sabor ao design, foi pensado para estimular vínculos, carinho e diversão no dia a dia dos pequenos. 
 
As informações são do Grupo Piracanjuba

Jogo Rápido

RS tem 65% de probabilidade de ter La Niña nos próximos três meses
As projeções do APEC Climate Center (APCC), sediado na Coreia do Sul, indicam 65% de probabilidade de transição da fase neutra para fase fria (La Niña) no trimestre de outubro a dezembro de 2025. É o que aponta o Boletim Trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O prognóstico climático indica chuvas variando de normal a ligeiramente abaixo da média na maioria das regiões do Rio Grande do Sul no último trimestre do ano. O mês com maiores desvios negativos de precipitação pluvial deverá ser dezembro, especialmente na metade sul e no oeste do estado. Nos meses de outubro e novembro, as precipitações devem ficar mais próximas da média, porém, com maior irregularidade espacial, havendo leve tendência de ficar abaixo da média, principalmente em novembro. As temperaturas do ar sobem gradativamente ao longo do trimestre, devendo ter anomalias mais positivas em dezembro. Os meses de outubro e novembro são bastante variáveis, pois ainda ocorrem incursões frias seguidas de períodos com aquecimento. Com isso, não se descarta, inclusive, a ocorrência de geadas tardias. A amplitude térmica aumenta consideravelmente no trimestre, ou seja, algumas madrugadas frias podem ser seguidas de tardes quentes, especialmente entre novembro e dezembro.  O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 13 entidades estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período. (Seapi)

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de outubro de 2025                                                      Ano 19 - N° 4.495


Do berço à maturidade: por que o leite continua essencial

Mais do que nutrição infantil, o leite protege ossos, previne doenças crônicas e contribui para o envelhecimento saudável, aponta especialista.O leite é um dos alimentos mais completos e acessíveis para o fortalecimento dos ossos e a prevenção de doenças crônicas — e não deve ser restrito apenas à infância. Segundo reportagem do portal VivaBem (UOL), publicada em 10 de setembro de 2025, o consumo regular de leite e derivados desempenha papel essencial ao longo de toda a vida, ajudando na manutenção da massa óssea e muscular e reduzindo riscos de condições ligadas ao envelhecimento.A relação entre leite e saúde óssea é amplamente reconhecida. O cálcio presente nesse alimento é fundamental para o crescimento e a estruturação do esqueleto humano, especialmente durante as fases de desenvolvimento, mas continua sendo indispensável na fase adulta e na maturidade.O papel do leite na prevenção da sarcopenia
De acordo com a reportagem assinada por Janaína Silva, um dos principais benefícios do leite é a prevenção da sarcopenia — a perda de massa e força muscular que ocorre com o passar dos anos, sobretudo entre idosos. Esse processo, que afeta mobilidade e qualidade de vida, pode ser retardado com uma dieta rica em proteínas de alta qualidade, como as encontradas nos laticínios.O leite contém aminoácidos essenciais que contribuem para a regeneração muscular, além de ser uma fonte natural de vitamina D, fósforo e magnésio, nutrientes que trabalham em sinergia para fortalecer ossos e músculos.Leite e saúde cardiovascular
Pesquisas recentes indicam que o consumo equilibrado de leite e seus derivados pode também estar associado à redução do risco de doenças cardiovasculares. Isso se deve à presença de peptídeos bioativos e ácidos graxos benéficos, que podem ajudar na regulação da pressão arterial e na saúde metabólica.

Apesar das controvérsias sobre o consumo de gordura saturada, evidências mostram que o leite integral pode ter efeitos neutros ou até positivos no metabolismo quando inserido em uma dieta balanceada.

Muito além da infância
Durante anos, o leite foi visto como um alimento “para crianças”. No entanto, os especialistas destacam que seus benefícios se estendem por toda a vida. No Brasil, estudos populacionais mostram que o consumo de laticínios tende a diminuir na idade adulta, especialmente entre mulheres, o que pode aumentar o risco de osteopenia e osteoporose.

Para evitar deficiências, nutricionistas recomendam incluir duas a três porções diárias de laticínios, seja em forma de leite, iogurte natural ou queijos magros. Essa rotina contribui para manter níveis adequados de cálcio e proteínas, essenciais para a saúde óssea e muscular.

Orientações e moderação
Embora o leite seja um alimento valioso, é importante respeitar as necessidades individuais. Pessoas com intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite devem buscar orientação médica e nutricional para substituições adequadas, como produtos sem lactose ou bebidas fortificadas à base vegetal.

Além disso, o equilíbrio continua sendo a palavra-chave. O excesso de laticínios, principalmente com alto teor de gordura e açúcar (como sobremesas lácteas industrializadas), pode contrariar os benefícios desejados.

Um hábito para todas as idades
O leite, portanto, não é apenas um alimento infantil, mas um aliado estratégico para o envelhecimento saudável. Seu consumo regular, aliado a uma alimentação equilibrada e prática de atividades físicas, ajuda a manter a densidade óssea, prevenir a perda muscular e contribuir para uma vida mais ativa e duradoura.

Como resume a reportagem do VivaBem, “o leite é um investimento diário na saúde do corpo e da mente — do café da manhã da infância ao copo morno da maturidade”.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Viva Bem


Consumidor sênior brasileiro e a indústria de lácteos

O público +50 no Brasil cresce e busca lácteos funcionais: probióticos, proteínas, baixo açúcar e saúde óssea. Descubra oportunidades para inovação.

O público acima de 45 anos, a chamada “geração prateada”, é cada vez mais digital, representando uma fatia crescente do consumo e do poder aquisitivo brasileiros.

Segundo o portal CartaCapital, até 2040, 57% da força de trabalho no Brasil será composta por profissionais com mais de 45 anos, trazendo uma grande motivação para se conquistar este consumidor ainda hoje. Mas, se olharmos atentamente para consumidores seniores de agora, vemos que já existe uma oportunidade incrível de mercado:

Os consumidores + 50 anos já representam 24% do consumo das famílias brasileiras, movimentando R$1,8 trilhão por ano. A projeção é que esse grupo alcance 35% do consumo até 2044.

São pessoas que valorizam mais a experiência do que o status, buscam qualidade e praticidade, e têm participação crescente no consumo digital, movimentando R$15 bilhões ao ano em compras online.

Segundo dados do Kantar, o público maduro prioriza alimentos básicos como arroz, feijão, carnes magras, ovos, frutas e leite/derivados. Entre alimentos industrializados, há demanda crescente por produtos com benefícios funcionais, incluindo iogurtes probióticos, queijos magros, leites fortificados e bebidas funcionais.

O envelhecimento aumenta o interesse por laticínios funcionais, saudáveis e adequados à população madura. Após os 45 anos, cresce a busca por leite e derivados ricos em cálcio, proteínas e vitamina D, visando saúde óssea, massa muscular e prevenção de doenças crônicas.

Segundo artigo publicado em setembro/2025 no portal UOL, “A associação entre consumo de leite e derivados e saúde óssea é quase sempre imediata. Como fonte natural de cálcio, esses alimentos, de fato, desempenham papel fundamental no crescimento e fortalecimento do nosso esqueleto, especialmente durante a infância e adolescência — mas também durante a vida adulta e na maturidade”. Um dos principais benefícios é a prevenção da sarcopenia, que é a perda de massa muscular que afeta principalmente a população sênior. O artigo ainda lembra que “ o consumo regular também favorece a saúde muscular e cardiovascular. Entre os efeitos benéficos estão a redução da pressão arterial, a prevenção de doenças cardíacas, o controle da glicemia e o combate à diabetes tipo 2 e à síndrome metabólica”

Mas por que, então, a indústria láctea brasileira ainda não desenvolve produtos para este consumidor – cujo gasto com saúde aumenta significativamente após os 50 anos?

Vale lembrar que o público maduro busca cada vez mais lácteos funcionais: probióticos, iogurtes enriquecidos, queijos magros e alternativas com baixo teor de gordura ou açúcar, além de produtos zero lactose, devido à crescente prevalência de intolerância entre idosos. 

Além disso, o envelhecimento populacional no Brasil impulsiona oportunidades para a indústria inovar com soluções alinhadas às necessidades deste grupo, privilegiando saudabilidade, conveniência, opções sem lactose, rótulos limpos e informações claras sobre benefícios para a saúde de longo prazo. Sim, há queda no consumo de lácteos integrais - mas em prol de versões semidesnatadas, desnatadas e fermentadas, consideradas mais leves e digestivas.

O NCOA (National Council on Aging), em artigo recente, recomenda o consumo de iogurte grego como fonte de proteína, já que apenas uma xícara contém 17 gramas de proteína, além de 20% da ingestão diária recomendada de cálcio e probióticos, que nos ajudam a manter a saúde intestinal..

1. Desenvolvimento de Lácteos Funcionais e Adaptados - lácteos com benefícios como alta concentração de cálcio e proteína, versões sem lactose, reduzidas em açúcar e gordura, voltadas à saúde óssea, digestiva e muscular da terceira idade.

2. Embalagens Práticas e Acessíveis – uma das maiores dificuldades do público maduro refere-se às embalagens. Pense em design ergonômico, fáceis de abrir e manusear, porções individuais e materiais recicláveis, facilitando o uso para idosos com limitações motoras. Muito importante, também, desenvolver rótulos com informações ampliadas e, eventualmente, QR codes para se ter acesso a informações complementares.

3. Comunicação Direcionada e Experiências Sensorial – Engana-se quem pensa que este público não valoriza marketing sensorial. Ações de focadas em sabor, textura, cores e aromas atrativos, que estimulem memórias afetivas e experiências agradáveis são muito bem aceitas por consumidores +50 anos. (e por que não valorizar as histórias de vida e protagonismo na longevidade?)

4. Conteúdo Educativo e Institucional - Parcerias com profissionais de saúde para disseminar informações sobre a importância do consumo regular de lácteos, guias e campanhas educativas sobre o papel dos lácteos para longevidade ativa e saudável, usar as redes sociais e iniciativas presenciais em comunidades sêniores valem a pena!

As informações são do Milkpoint

Importações de laticínios da China aumentam 6% neste ano

A demanda da China continua forte, apoiando o comércio global de laticínios.

Entre janeiro e julho, a China aumentou suas compras de laticínios em volume e valor; o aumento foi de 16% em dólares, com as vendas de soro de leite se destacando em comparação ao declínio do leite em pó integral.

A China está acelerando suas importações de laticínios: de acordo com dados do CLAL divulgados pela OCLA e reportados pela Blasina y Asociados, o volume importado atingiu  1.772 toneladas entre janeiro e julho de 2025, representando um aumento de 6% em relação ao ano anterior  . Em julho, o volume mensal foi de 265.144 toneladas, representando um crescimento de quase 7% em relação ao mesmo mês de 2024.

Em termos monetários, o aumento é ainda mais pronunciado: em dólares, as importações cresceram  16% no acumulado do ano  em relação ao ano anterior.

As importações de  soro de leite  lideraram o crescimento: 410.804 toneladas até julho, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Em contraste,  o leite em pó integral (WMP) , um dos produtos mais exportados do Uruguai, registrou uma queda de 13%, passando de 43.116 para 37.584 toneladas.

Até o momento, neste ano, a China importou 291.575 toneladas de LPE, apenas 1% a menos que em 2024. No entanto, em moeda estrangeira, essas compras aumentaram 17%. Em julho, o dólar subiu 8% para este produto.

Fonte:  Blasina y Asociados — “As importações de lácteos chineses acumularam um aumento de 6% neste ano”  Blasina y Asociados


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm desconto no Dairy Vision 2025
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link disponível no site do Sindilat. (Sindilat)

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de outubro de 2025                                                      Ano 19 - N° 4.494


Uruguai avança na limitação do uso do termo "laticínios" a produtos de origem animal

A proposta orçamentária proíbe o termo "laticínios" para produtos de origem vegetal e redefine a representação da INALE. O Ministro Fratti defendeu a medida perante os legisladores.O projeto de lei orçamentária em análise no Parlamento uruguaio inclui uma disposição fundamental para a indústria de laticínios: a  proibição do uso da palavra "laticínios" em produtos que não sejam de origem animal . A medida visa fortalecer a transparência para os consumidores e proteger a identidade da produção tradicional.O Artigo  261  estabelece que nomes associados a produtos lácteos e seus derivados não podem ser utilizados em publicidade, rótulos ou apresentações comerciais de alimentos que não se enquadrem na definição estabelecida no Regulamento Nacional de Alimentos. Isso se aplica tanto a produtos de origem vegetal quanto àqueles cultivados artificialmente em laboratório.O Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca,  Alfredo Fratti , explicou à Comissão de Orçamento que o objetivo é "deixar claro que o leite é exclusivamente de origem animal". A iniciativa conta com o apoio do Instituto Nacional de Laticínios (INALE) e da Câmara das Indústrias de Laticínios.Apoio técnico e institucional
Ricardo de Izaguirre, presidente da INALE, enfatizou que esta regulamentação está em conformidade com as normas internacionais e as regulamentações da União Europeia. "O leite é uma secreção natural com propriedades nutricionais amplamente reconhecidas, desde proteínas até globulinas de alto valor", observou.

A medida também visa fortalecer a proteção ao consumidor, proibindo o uso de rótulos ou informações que possam induzir ao erro e dando prazo de 120 dias para que o Poder Executivo implemente sua regulamentação.

Mudanças na governança da Inale
O Orçamento também introduz mudanças na  forma como os membros do conselho da Inale são nomeados . Até agora, os regulamentos de 2007 exigiam eleições sindicais que nunca ocorreram, levando a nomeações temporárias por mais de 18 anos.

A nova proposta permite que associações de produtores, industriais e produtores de queijo nomeiem diretamente seus representantes, uma medida que De Izaguirre considerou essencial para "normalizar a situação e agilizar as operações do Instituto". Além disso, a posição do presidente como representante legal da organização é fortalecida.

Um passo estratégico para a indústria láctea uruguaia
A iniciativa é interpretada como um  avanço estratégico para a competitividade e diferenciação do setor lácteo uruguaio , em um contexto global onde a confusão entre alimentos de origem animal e alternativas vegetais gera tensões comerciais e de comunicação.

Fonte:  All The Field


Leite Spot: confira valores da segunda quinzena de setembro/2025

Mercado spot registra queda de R$ 0,09 no preço do leite, fechando média nacional em R$ 2,39, apesar do aumento do volume negociado.

Na segunda quinzena de setembro, o preço do leite spot recuou R$0,09, fechando a média nacional em R$2,39, segundo dados do MilkPoint Mercado.

Gráfico 1. Preços da média Brasil do leite spot (R$/litro).

Na segunda quinzena de setembro, o mercado spot de leite manteve a tendência de alta no volume negociado. No entanto, os preços recuaram, pressionados pela combinação de oferta crescente e demanda que permanece moderada, indicando equilíbrio delicado entre produção e consumo no período. (Milkpoint)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1887 de 02 de outubro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Devido ao período de transição das pastagens, houve necessidade de aporte nutricional com concentrados energéticos e proteicos, até que as forrageiras estivais estejam plenamente disponíveis. Contudo, em muitas propriedades, há oferta satisfatória de silagem, o que contribui para a estabilidade da produção e para evitar oscilações. O estado corporal e sanitário dos bovinos leiteiros está apropriado. As chuvas intercaladas com dias de sol dificultaram o manejo do rebanho, aumentando o barro próximo às instalações e demandando maior atenção à higiene e à saúde dos animais. Ainda assim, os parâmetros de qualidade do leite atenderam à legislação.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite melhorou em razão das condições climáticas adequadas ao longo do período, que reduziram problemas com barro e permitiram a utilização das pastagens, sem restrições significativas. 

No município de Bagé, a prática de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) está aumentando em rebanhos mais tecnificados devido à praticidade e à possibilidade de planejamento das parições para determinados períodos do ano. 

Na de Caxias do Sul, a produtividade ficou estável. A qualidade do leite produzido segue dentro dos parâmetros preconizados pela legislação, tanto em relação à contagem de células somáticas (CCS) quanto à contagem padrão em placas (CPP). 

Na de Ijuí, a produção apresentou leve incremento em relação ao período anterior. Os produtores aumentaram a oferta de silagem devido à redução da produção das forrageiras de inverno. 

Na de Pelotas, a produção se elevou, beneficiada pela qualidade da pastagem, nos municípios de Jaguarão, de Pedras Altas, de Pedro Osório e de São Lourenço do Sul. Nos demais, ficou estável. 

Em Arroio do Padre e em Arroio grande, houve registros de tuberculose em alguns rebanhos. 

Na de Santa Maria, a produtividade tem se elevado gradualmente em função da recuperação recente das pastagens. 

Na de Santa Rosa, para suprir a demanda nutricional das vacas, os produtores intensificaram o uso de volumosos, como silagem de milho e feno, além de concentrados proteicos.  Ainda assim, observou-se pequena redução da produção diária de leite. (Emater/RS)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA (02 A 08/10/2025)
Na última semana, o tempo oscilou entre condições estáveis e instáveis em grande parte do Rio Grande do Sul.Nos próximos dias, o tempo voltará a ficar instável em grande parte do Rio Grande do Sul. Em 02/10 (quinta-feira), o transporte de umidade para o Noroeste do Estado deixará o tempo instável na região, e podem ocorrer chuvas fracas a moderadas em alguns municípios. Nas demais áreas, não há expectativa de chuva significativa. Em 03 (sexta-feira) e 04/10 (sábado), efeitos de circulação ajudarão a manter o tempo instável, com possibilidade de chuva em grande parte das regiões do território gaúcho. A partir do dia 03/10, as temperaturas entram em elevação. Em 05 (domingo), 06 (segunda-feira) e 07/10 (terça feira), a passagem de uma frente fria reforça a instabilidade, provocando chuva em todas as regiões. Em 05/10, a precipitação será mais concentrada no Extremo Sul, e em 06 e 07/10 deverá atingir praticamente todas as regiões. Em 08/10 (quarta-feira), com o afastamento do sistema, o tempo voltará a se estabilizar principalmente nas regiões Central e Sul do Estado. Por conseguinte, há previsão de chuva apenas no Noroeste do Estado. Nas demais regiões, não há previsão de chuva significativa. Entre os dias 06/10 e 08/10, as temperaturas tendem a entrar em declínio em praticamente todas as regiões. De forma geral, os totais de precipitação previstos variam entre 30 e 100 mm. Em alguns pontos isolados da Fronteira Oeste, os acumulados podem ainda ultrapassar 100 mm. No Nordeste e Sudeste do Estado, os volumes devem ser menores e não devem ultrapassar os 50 mm. (Simagro – Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos)

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Porto Alegre, 02 de outubro de 2025                                                      Ano 19 - N° 4.493


Senado aprova texto-base de 2º projeto da regulamentação da reforma tributária e devolve à Câmara

O texto-base do projeto que cria o Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), medida que faz parte da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária promulgada em 2023, foi aprovado no Senado Federal na noite desta terça-feira (30).A versão, que também disciplina outros pontos do novo sistema de impostos, seguirá para mais uma análise da Câmara dos Deputados antes de ser enviado à sanção presidencial. Ainda falta a votação dos destaques, trechos analisados separadamente.O projeto tem disposições sobre impostos específicos, como ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) e ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e detalha o mecanismo que separa as receitas de tributos entre os entes federados.Pouco antes da votação, o relator do projeto, Eduardo Braga (MDB-AM), disse que ainda havia demandas para que o projeto fosse alterado, mas que as negociações já haviam sido exauridas. "Chegamos à exaustão sobre a matéria. Agora, o que não há entendimento, que se resolva pelo voto", disse ele.O projeto cria o Comitê Gestor do IBS, destinado a gerir a parte dos impostos unificados que cabe a Estados e municípios. O órgão será composto por representantes indicados por governadores e prefeitos e editará normas infralegais sobre o novo sistema de impostos, que entra em vigor em janeiro de 2026.Além disso, o projeto institui a Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo do IBS e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) - essa última é a parte do novo imposto unificado que caberá à União. A ideia é que o órgão uniformize as jurisprudências que disserem respeito aos dois tributos.O texto-base aprovado reduz as chances de autuação das empresas que não conseguirem cumprir as novas obrigações fiscais no ano-teste de 2026. Pelo texto, o contribuinte será intimado para resolver as pendências antes da imposição definitiva de multa. Se ele atender o pedido no prazo de 60 dias, a penalidade será extinta.

No próximo ano, não haverá recolhimento dos novos tributos, mas as empresas terão de emitir documentos fiscais com informações que permitam calcular a alíquota que será cobrada a partir de 2027.

Entre as alterações feitas de última hora por Braga para garantir apoio ao projeto está a redução de impostos sobre as SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol), por sugestão do senador Carlos Portinho (PL-RJ).

O relator também incluiu no texto, já durante a discussão em plenário, um trecho que preserva incentivos à produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Foi um pedido dos senadores Cid Gomes (PSB) e Augusta Brito (PT). Os dois são do Ceará, estado que tenta consolidar essa indústria.

Também, a pedido do governo, concedeu benefícios a fundações de apoio à ciência e tecnologia. O projeto inclui bebidas açucaradas, como refrigerantes, na cobrança escalonada do IS (Imposto Seletivo) entre 2029 e 2033, como será feito com bebidas alcoólicas e fumígenos. Foi fixado um teto de 2% para essa alíquota sobre refrigerantes.

O teto do IS entrou no projeto em uma etapa anterior de tramitação e foi um dos pontos que motivou a exposição de divergências no plenário.

"O IS é um instrumento regulatório para reduzir o consumo dos alimentos que causam doenças não transmissíveis crônicas. Se eu estabeleço um teto mínimo, de até 2% para além da alíquota de todos os impostos, estou deixando de cumprir esse papel", disse o senador Humberto Costa (PT-PE) sobre o teto para refrigerantes.

O IS é destinado a desestimular o consumo de produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente. É comum esse tipo de cobrança ser conhecida como "imposto do pecado". Ele deve começar a valer em 2027, mas o governo ainda precisa enviar ao Congresso um projeto com as alíquotas relativas a cada produto atingido.

O texto deixa claro que o ITCMD não incide sobre benefícios de previdência privada complementar herdados e também simplifica o cálculo do imposto em transmissões de ações ou cotas não negociadas em bolsa. (Jornal do Comércio)


O que o Sudeste Asiático me ensinou sobre leite

Diana Jank mostra como o comportamento de consumo em Singapura pode inspirar novas estratégias para o leite no Brasil, unindo propósito e leveza.

Recentemente estive em Singapura como parte da visita do Programa Nuffield, do qual sou uma bolsista do ano de 2025.

Antes de chegar ao supermercado para analisar a gôndola de leite - como sempre faço não importa aonde eu esteja no mundo (risos) - eu já estava esperando duas realidades. A primeira é que eu não encontraria nenhuma produção local, afinal, estamos falando de uma ilha menor do que a cidade de São Paulo, com limitadíssimo acesso a recursos naturais e à terra. Mais de 90% dos produtos consumidos pelos singapurianos são importados e o governo possui um plano ousado de produzir localmente 30% da demanda nutricional do país até 2030. A segunda é que o espaço dedicado ao leite seria pequeno. Os orientais tendem a ser mais intolerantes e apresentarem maiores dificuldades de digestão da proteína do leite, portanto, o consumo - de forma geral - é muito menor se comparado a Europa, por exemplo.

De fato, visitei alguns supermercados e não havia nenhuma marca de leite local. Por outro lado, fiquei surpresa ao encontrar inúmeras garrafas e caixinhas de leite 100% fresco produzidos na Austrália, China e Indonésia. Encontrei também uma grande variedade de leite A2, bastante alinhado à necessidade asiática sobre melhor digestibilidade. Qualquer produto oriundo da Austrália tem uma excelente reputação e é visto como premium, portanto o preço é sempre mais alto. A máxima vale para diferentes categorias além do leite como carnes, vinhos e frutas por exemplo.

As gôndolas refrigeradas destinadas a leites e derivados eram realmente pequenas. Especialmente quando comparamos com os Estados Unidos no momento atual que vive um aumento no consumo de leite associado a uma super valorização de alimentos frescos, básicos e minimamente processados.

Diferentemente de outras visitas a outros supermercados e em outros países, o que mais chamou minha atenção não foi uma tendência específica, um rótulo diferente ou um sabor inovador, e sim o que podemos aprender com o comportamento de consumo do singapuriano. A lição veio do mercado de carnes, mas se aplica perfeitamente ao leite porque acredito que produções de alimentos de origem animal acabam enfrentando dificuldades parecidas.

Durante meu tempo em Singapura, tive a oportunidade de visitar a sede da ANZ (Australia and New Zeland Banking Group) e de entender melhor sobre o setor de carnes, de grãos, de trade e dos principais números sobre os países que fazem parte do Sudeste Asiático. O que mais me marcou foi a verdadeira aula dada por Andrew Cox - Diretor da MLA (Meat&Livestock Australia - a organização da indústria de carne vermelha da Austrália que atua como uma ponte entre produtores, indústria e consumidores, garantindo que a carne bovina, ovina e caprina do país seja competitiva, sustentável e valorizada no mundo todo) sobre marketing e consumo.

A tomada de decisão - especialmente no mercado de nicho - no Ocidente está mais relacionada à integridade do que será consumido, enquanto na Ásia é sobre sabor, preço e segurança alimentar. Esqueça orgânico, grass-fed ou carbono zero, inclusive para público A/B. Andrew trouxe a importância de focar na mensagem e nos consumidores. Gastar milhões para se defender e convencer pessoas que não gostam do que você produz, não faz sentido. É muito mais importante falar sobre sabor, ensinar diferentes formas de consumo e criar memórias familiares ao redor da comida do que qualquer outro ponto. A fala dele veio carregada de leveza.

Pode soar bastante óbvio, mas me deixou bastante reflexiva. Preciso afirmar que, grande parte do meu tempo à frente de uma marca de leite de alto valor agregado no Brasil, é gasto pensando em posicionamento de marca. É impossível, para mim, pensar na conexão com o meu consumidor sem falar de sustentabilidade, bem-estar animal ou certificação. E, indiscutivelmente, essas pautas são essenciais. Além da parte prática e óbvia de ser fundamental pensarmos sobre isso para um futuro ambiental, social e economicamente saudável, já está comprovado que esse consumidor esclarecido está disposto a pagar mais pela garantia de estar consumindo um alimento `do bem` e ir muito além do valor nutricional, se conectando com os propósitos, valores e essência da marca em questão.

A verdade é que, por mais que seja muito importante evidenciar a missão de uma marca, jamais podemos nos esquecer de make it fun. 

O conteúdo divertido engaja, conecta, aproxima e é imprescindível para a construção de um bom storytelling. Em tempo, acredito que já vivemos anos mais turbulentos em relação à imagem do leite no Brasil e que, como setor, ainda é possível fazer muito mais - de forma organizada e potente - , mas talvez o comportamento de consumo mais descomplicado do Sudeste Asiático esteja aí para nos lembrar de que jamais devemos nos esquecer de quem realmente gosta e valoriza o leite. Não podemos nos perder no pessimismo, na insegurança e no discurso reativo, investindo tempo e dinheiro para defender obvialidades. Tem gente que não gosta de leite e está tudo bem. A icônica campanha da Got Milk? Sintetiza bastante essa linha de pensamento: se conecta com o público por meio de um conteúdo jovial, moderno, divertido e bonito. Vai muito além da pautas sobre saudabilidade e não perde tempo com discursos cansativos defendendo a importância do leite na vida do ser-humano.

Que não deixemos de seguir tendências dinamarquesas, mas que a gente não se esqueça do Sudeste Asiático. Me parece uma combinação de sucesso para um Brasil que respira diversidade. (Diana Jank para Milkpoint)

ARGENTINA: Preços ao produtor devem permanecer estáveis na primavera

Em dólares, os preços pagos aos produtores de leite podem estar próximos da média histórica. A produção de leite cresceu 11% entre janeiro e julho, mas o preço real caiu 7%.

Em dólares, os preços pagos aos produtores de leite parecem destinados a permanecer estáveis durante a primavera. Segundo o consultor  Marcos Snyder , os preços se ajustarão à média histórica, apesar das atuais tensões de mercado.

Produção e consumo em ascensão
Entre janeiro e julho de 2025, a produção de laticínios argentina cresceu 11% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionada por condições favoráveis e maior mobilização da cadeia de suprimentos. Ao mesmo tempo, o consumo interno apresentou recuperação, passando de 170 para 190 litros de equivalente per capita por ano.

No entanto, esse crescimento ocorreu à custa de preços constantes mais baixos. Na comparação anual, o  preço do litro equivalente de óleo industrial caiu 7% em termos reais , corroendo a renda dos produtores diante do aumento da inflação.

Preço e expectativas recentes
Em agosto, o preço médio pago às fazendas leiteiras foi de  US$ 473,7 por litro , um aumento nominal de 13,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, comparado à inflação no atacado de 23,1%, esse aumento está desatualizado em termos reais.

Snyder diz que, embora a indústria tenha cortado os preços do leite cru em moeda constante, ela o fez proporcionalmente ao declínio em seus próprios valores de vendas, tentando manter as margens operacionais sem perder o fornecimento.

Para a primavera, o analista estima que os preços ao produtor permanecerão estáveis, provavelmente em níveis próximos à média histórica em dólares. Essa estabilidade ajudaria a indústria a garantir o fornecimento de matéria-prima, evitando o aumento da competição por leite entre os processadores.

Fonte:  La Nación  — “Os preços pagos aos produtores de leite devem permanecer estáveis na primavera.”  LA NACION


Jogo Rápido

Inscreva-se no Milk Summit Brazil 
O futuro do setor lácteo passa por Ijuí! Nos dias 14 e 15 de outubro, o Milk Summit Brazil 2025 reunirá produtores, indústrias, cooperativas, pesquisadores e especialistas para debater os grandes temas que movimentam a cadeia produtiva do leite: competitividade, consumo, sustentabilidade e inovação. Serão dois dias de palestras, debates, networking e experiências únicas que fortalecem o setor e aproximam todos os seus elos. As inscrições são gratuitas e estão abertas em www.milksummitbrazil.com (Sindilat)

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Porto Alegre, 01º de outubro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.492


Senado aprova texto-base de 2º projeto da regulamentação da reforma tributária e devolve à Câmara

O texto-base do projeto que cria o Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), medida que faz parte da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária promulgada em 2023, foi aprovado no Senado Federal na noite desta terça-feira (30).A versão, que também disciplina outros pontos do novo sistema de impostos, seguirá para mais uma análise da Câmara dos Deputados antes de ser enviado à sanção presidencial. Ainda falta a votação dos destaques, trechos analisados separadamente.O projeto tem disposições sobre impostos específicos, como ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) e ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e detalha o mecanismo que separa as receitas de tributos entre os entes federados.Pouco antes da votação, o relator do projeto, Eduardo Braga (MDB-AM), disse que ainda havia demandas para que o projeto fosse alterado, mas que as negociações já haviam sido exauridas. "Chegamos à exaustão sobre a matéria. Agora, o que não há entendimento, que se resolva pelo voto", disse ele.O projeto cria o Comitê Gestor do IBS, destinado a gerir a parte dos impostos unificados que cabe a Estados e municípios. O órgão será composto por representantes indicados por governadores e prefeitos e editará normas infralegais sobre o novo sistema de impostos, que entra em vigor em janeiro de 2026.

Além disso, o projeto institui a Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo do IBS e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) - essa última é a parte do novo imposto unificado que caberá à União. A ideia é que o órgão uniformize as jurisprudências que disserem respeito aos dois tributos.

O texto-base aprovado reduz as chances de autuação das empresas que não conseguirem cumprir as novas obrigações fiscais no ano-teste de 2026. Pelo texto, o contribuinte será intimado para resolver as pendências antes da imposição definitiva de multa. Se ele atender o pedido no prazo de 60 dias, a penalidade será extinta.

No próximo ano, não haverá recolhimento dos novos tributos, mas as empresas terão de emitir documentos fiscais com informações que permitam calcular a alíquota que será cobrada a partir de 2027.

Entre as alterações feitas de última hora por Braga para garantir apoio ao projeto está a redução de impostos sobre as SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol), por sugestão do senador Carlos Portinho (PL-RJ).

O relator também incluiu no texto, já durante a discussão em plenário, um trecho que preserva incentivos à produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Foi um pedido dos senadores Cid Gomes (PSB) e Augusta Brito (PT). Os dois são do Ceará, estado que tenta consolidar essa indústria.

Também, a pedido do governo, concedeu benefícios a fundações de apoio à ciência e tecnologia. O projeto inclui bebidas açucaradas, como refrigerantes, na cobrança escalonada do IS (Imposto Seletivo) entre 2029 e 2033, como será feito com bebidas alcoólicas e fumígenos. Foi fixado um teto de 2% para essa alíquota sobre refrigerantes.

O teto do IS entrou no projeto em uma etapa anterior de tramitação e foi um dos pontos que motivou a exposição de divergências no plenário.

"O IS é um instrumento regulatório para reduzir o consumo dos alimentos que causam doenças não transmissíveis crônicas. Se eu estabeleço um teto mínimo, de até 2% para além da alíquota de todos os impostos, estou deixando de cumprir esse papel", disse o senador Humberto Costa (PT-PE) sobre o teto para refrigerantes.

O IS é destinado a desestimular o consumo de produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente. É comum esse tipo de cobrança ser conhecida como "imposto do pecado". Ele deve começar a valer em 2027, mas o governo ainda precisa enviar ao Congresso um projeto com as alíquotas relativas a cada produto atingido.

O texto deixa claro que o ITCMD não incide sobre benefícios de previdência privada complementar herdados e também simplifica o cálculo do imposto em transmissões de ações ou cotas não negociadas em bolsa. (Jornal do Comércio)


O que o Sudeste Asiático me ensinou sobre leite

Diana Jank mostra como o comportamento de consumo em Singapura pode inspirar novas estratégias para o leite no Brasil, unindo propósito e leveza.

Recentemente estive em Singapura como parte da visita do Programa Nuffield, do qual sou uma bolsista do ano de 2025.

Antes de chegar ao supermercado para analisar a gôndola de leite - como sempre faço não importa aonde eu esteja no mundo (risos) - eu já estava esperando duas realidades. A primeira é que eu não encontraria nenhuma produção local, afinal, estamos falando de uma ilha menor do que a cidade de São Paulo, com limitadíssimo acesso a recursos naturais e à terra. Mais de 90% dos produtos consumidos pelos singapurianos são importados e o governo possui um plano ousado de produzir localmente 30% da demanda nutricional do país até 2030. A segunda é que o espaço dedicado ao leite seria pequeno. Os orientais tendem a ser mais intolerantes e apresentarem maiores dificuldades de digestão da proteína do leite, portanto, o consumo - de forma geral - é muito menor se comparado a Europa, por exemplo.

De fato, visitei alguns supermercados e não havia nenhuma marca de leite local. Por outro lado, fiquei surpresa ao encontrar inúmeras garrafas e caixinhas de leite 100% fresco produzidos na Austrália, China e Indonésia. Encontrei também uma grande variedade de leite A2, bastante alinhado à necessidade asiática sobre melhor digestibilidade. Qualquer produto oriundo da Austrália tem uma excelente reputação e é visto como premium, portanto o preço é sempre mais alto. A máxima vale para diferentes categorias além do leite como carnes, vinhos e frutas por exemplo.

As gôndolas refrigeradas destinadas a leites e derivados eram realmente pequenas. Especialmente quando comparamos com os Estados Unidos no momento atual que vive um aumento no consumo de leite associado a uma super valorização de alimentos frescos, básicos e minimamente processados.

Diferentemente de outras visitas a outros supermercados e em outros países, o que mais chamou minha atenção não foi uma tendência específica, um rótulo diferente ou um sabor inovador, e sim o que podemos aprender com o comportamento de consumo do singapuriano. A lição veio do mercado de carnes, mas se aplica perfeitamente ao leite porque acredito que produções de alimentos de origem animal acabam enfrentando dificuldades parecidas.

Durante meu tempo em Singapura, tive a oportunidade de visitar a sede da ANZ (Australia and New Zeland Banking Group) e de entender melhor sobre o setor de carnes, de grãos, de trade e dos principais números sobre os países que fazem parte do Sudeste Asiático. O que mais me marcou foi a verdadeira aula dada por Andrew Cox - Diretor da MLA (Meat&Livestock Australia - a organização da indústria de carne vermelha da Austrália que atua como uma ponte entre produtores, indústria e consumidores, garantindo que a carne bovina, ovina e caprina do país seja competitiva, sustentável e valorizada no mundo todo) sobre marketing e consumo.

A tomada de decisão - especialmente no mercado de nicho - no Ocidente está mais relacionada à integridade do que será consumido, enquanto na Ásia é sobre sabor, preço e segurança alimentar. Esqueça orgânico, grass-fed ou carbono zero, inclusive para público A/B. Andrew trouxe a importância de focar na mensagem e nos consumidores. Gastar milhões para se defender e convencer pessoas que não gostam do que você produz, não faz sentido. É muito mais importante falar sobre sabor, ensinar diferentes formas de consumo e criar memórias familiares ao redor da comida do que qualquer outro ponto. A fala dele veio carregada de leveza.

Pode soar bastante óbvio, mas me deixou bastante reflexiva. Preciso afirmar que, grande parte do meu tempo à frente de uma marca de leite de alto valor agregado no Brasil, é gasto pensando em posicionamento de marca. É impossível, para mim, pensar na conexão com o meu consumidor sem falar de sustentabilidade, bem-estar animal ou certificação. E, indiscutivelmente, essas pautas são essenciais. Além da parte prática e óbvia de ser fundamental pensarmos sobre isso para um futuro ambiental, social e economicamente saudável, já está comprovado que esse consumidor esclarecido está disposto a pagar mais pela garantia de estar consumindo um alimento `do bem` e ir muito além do valor nutricional, se conectando com os propósitos, valores e essência da marca em questão.

A verdade é que, por mais que seja muito importante evidenciar a missão de uma marca, jamais podemos nos esquecer de make it fun. 

O conteúdo divertido engaja, conecta, aproxima e é imprescindível para a construção de um bom storytelling. Em tempo, acredito que já vivemos anos mais turbulentos em relação à imagem do leite no Brasil e que, como setor, ainda é possível fazer muito mais - de forma organizada e potente - , mas talvez o comportamento de consumo mais descomplicado do Sudeste Asiático esteja aí para nos lembrar de que jamais devemos nos esquecer de quem realmente gosta e valoriza o leite. Não podemos nos perder no pessimismo, na insegurança e no discurso reativo, investindo tempo e dinheiro para defender obvialidades. Tem gente que não gosta de leite e está tudo bem. A icônica campanha da Got Milk? Sintetiza bastante essa linha de pensamento: se conecta com o público por meio de um conteúdo jovial, moderno, divertido e bonito. Vai muito além da pautas sobre saudabilidade e não perde tempo com discursos cansativos defendendo a importância do leite na vida do ser-humano.

Que não deixemos de seguir tendências dinamarquesas, mas que a gente não se esqueça do Sudeste Asiático. Me parece uma combinação de sucesso para um Brasil que respira diversidade. (Diana Jank para Milkpoint)

ARGENTINA: Preços ao produtor devem permanecer estáveis na primavera

Em dólares, os preços pagos aos produtores de leite podem estar próximos da média histórica. A produção de leite cresceu 11% entre janeiro e julho, mas o preço real caiu 7%.

Em dólares, os preços pagos aos produtores de leite parecem destinados a permanecer estáveis durante a primavera. Segundo o consultor  Marcos Snyder , os preços se ajustarão à média histórica, apesar das atuais tensões de mercado.

Produção e consumo em ascensão
Entre janeiro e julho de 2025, a produção de laticínios argentina cresceu 11% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionada por condições favoráveis e maior mobilização da cadeia de suprimentos. Ao mesmo tempo, o consumo interno apresentou recuperação, passando de 170 para 190 litros de equivalente per capita por ano.

No entanto, esse crescimento ocorreu à custa de preços constantes mais baixos. Na comparação anual, o  preço do litro equivalente de óleo industrial caiu 7% em termos reais , corroendo a renda dos produtores diante do aumento da inflação.

Preço e expectativas recentes
Em agosto, o preço médio pago às fazendas leiteiras foi de  US$ 473,7 por litro , um aumento nominal de 13,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, comparado à inflação no atacado de 23,1%, esse aumento está desatualizado em termos reais.

Snyder diz que, embora a indústria tenha cortado os preços do leite cru em moeda constante, ela o fez proporcionalmente ao declínio em seus próprios valores de vendas, tentando manter as margens operacionais sem perder o fornecimento.

Para a primavera, o analista estima que os preços ao produtor permanecerão estáveis, provavelmente em níveis próximos à média histórica em dólares. Essa estabilidade ajudaria a indústria a garantir o fornecimento de matéria-prima, evitando o aumento da competição por leite entre os processadores.

Fonte:  La Nación  — “Os preços pagos aos produtores de leite devem permanecer estáveis na primavera.”  LA NACION


Jogo Rápido

Inscreva-se no Milk Summit Brazil 
O futuro do setor lácteo passa por Ijuí! Nos dias 14 e 15 de outubro, o Milk Summit Brazil 2025 reunirá produtores, indústrias, cooperativas, pesquisadores e especialistas para debater os grandes temas que movimentam a cadeia produtiva do leite: competitividade, consumo, sustentabilidade e inovação. Serão dois dias de palestras, debates, networking e experiências únicas que fortalecem o setor e aproximam todos os seus elos. As inscrições são gratuitas e estão abertas em www.milksummitbrazil.com (Sindilat)