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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.466


Leite projetado a R$ 2,3712 para o mês de agosto no RS

O valor de referência projetado para o leite no mês de agosto no Rio Grande do Sul está em R$ 2,3712, 2,35% abaixo do estimado do mês de julho (R$ 2,4283). O dado foi divulgado na manhã desta terça-feira (26/8) durante reunião do Conseleite. 

O colegiado também divulgou o valor consolidado de julho, que fechou em 2,4592, 1,21% acima do valor final de junho (R$ 2,4299). Segundo o coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, os dados reproduzem o mercado dos primeiros 20 dias do mês de agosto e consideram informações fornecidas pelas indústrias. (Sindilat)


Precisamos de sistemas de produção de leite mais circulares

Sistemas circulares na produção de leite fecham ciclos de nutrientes e água, reduzindo impactos e fortalecendo a sustentabilidade. Saiba mais!Segundo o estudo “Perspectivas para Agropecuária 2025-2034” (OECD/FAO, 2025) a produção mundial de leite deverá crescer 1,8% ao ano na próxima década, mais rápido do que a maioria das outras commodities agrícolas. O crescimento da produtividade será alcançado por meio da otimização dos sistemas de produção, melhoria da saúde animal, maior eficiência alimentar e melhor genética. Há tendência crescente em direção a práticas sustentáveis, como as relacionadas ao uso da água e ao manejo de dejetos.A importância econômica, social e como fornecedora de proteína de qualidade da pecuária leiteira para a humanidade e para o Brasil é indiscutível, como demonstrado pelo índice de crescimento citado acima, mas os impactos ambientais negativos da atividade exigem repensar a relação desta com os sistemas naturais. 

Repensar esta relação por significar migrarmos de sistemas lineares para circulares.

Economia linear: e aquela na qual os recursos finitos são extraídos para produzir produtos que são usados, geralmente, não em seu potencial máximo, conceito do “extrair-produzir-descartar” (Hamam et al., 2021). Van der Wiel et al. (2019) sistemas de produção animal são altamente lineares o que lhes confere elevada ineficiência no uso de insumos e recursos naturais.
 
Sistema produtivo circular: segundo Jurgilevich et al. (2016) um sistema produtivo circular utiliza práticas e tecnologias que minimizem a entrada de recursos finitos, incentivando o uso de recursos regenerativos, prevenindo a perda de recursos naturais (por exemplo, nitrogênio, fósforo e água) e estimulando a reutilização e a reciclagem das perdas inevitáveis.
A base científica da Economia Circular (EC) ainda está no seu início, mas é importante estabelecer a definição e os objetivos antes que uma estratégia de EC possa ser avaliada. Velasco-Munoz et al. (2021) definem a EC em sistemas agropecuários como o conjunto de atividades destinadas não apenas a garantir a sustentabilidade da agricultura por meio de práticas que buscam o uso eficiente e eficaz dos recursos, mas também garantir a regeneração e a biodiversidade dos agroecossistemas e nos ecossistemas circundantes.

O Brasil tem urgência em estabelecer o seu conjunto de políticas em economia circular. O Decreto nº 12.082, de 27 de junho de 2024 institui a Estratégia Nacional de Economia Circular. Considera-se economia circular o sistema de produção que mantém o fluxo circular de recursos, baseando-se nos princípios da não geração de resíduos, da circulação de produtos e materiais e da regeneração.

Muscat et al. (2021) destaca que a aplicação dos princípios de circularidade nas unidades de produção pecuária é uma forma de reduzir os impactos ambientais negativos da atividade. Van Hal et al. (2019) enfatizam que a produção leiteira é uma das mais promissoras na transição para um sistema circular. Stanchev et al. (2020) apontam que a pecuária leiteira tem todo potencial de circularidade, pois pode promover o fechamento dos ciclos de nutrientes e água na propriedade, mas destacam que ainda existem muitos desafios para alcançar esta circularidade.

No mundo há pouco estudos sobre a circularidade dos sistemas leiteiros e no Brasil estes são inexistentes.

Ewert (2025) identificou as dificuldades e barreiras para produtores europeus adotarem as práticas e tecnologias da economia circular. Dos entrevistados, 65% responderam que adotavam pelo menos um método de agricultura circular. A barreira mais significativa para a adoção é o alto custo inicial de implementação, seguido por conhecimento limitado e obstáculos regulatórios. Compostagem e produção de biogás foram as práticas mais amplamente adotadas, enquanto agricultura de precisão e reuso de água foram menos adotados.

A pecuária circular enfatiza a redução dos resíduos, a eficiência de uso dos recursos e sistemas de circuito fechado. Os principais componentes incluem:

Eficiência do uso de insumos, recursos naturais e energia: otimizar o uso das águas de serviço e irrigação, do solo e dos nutrientes por meio de abordagens de precisão, utilizar sistemas de circuito fechado e ter uma matriz híbrida de energia (biomassa, solar e eólica);

Redução dos resíduos: minimização do desperdício de insumos, implementação de práticas de precisão na utilização de fertilizantes e no arraçoamento dos animais;

Reuso dos resíduos: uso dos subprodutos (lodos, efluentes, compostos, digestato, etc.) de processos de tratamento (lagoas, biodigestores, compostagem, etc.) como material fertilizante;

Conservação dos recursos naturais: utilização de práticas de conservação do solo e das fontes de água superficiais e aproveitamento de água da chuva.

Os desafios ambientais presentes e futuros à produção de leite exige que migremos de sistemas lineares para circulares. Muitas práticas de circularidade já estão acontecendo nas propriedades brasileiras como o uso dos resíduos orgânicos como fertilizante e a geração de energia a partir destes resíduos.

Mas foi-se o tempo só de fazer! 

Devemos planejar, documentar, monitorar e reavaliar todos os processos para primeiro: melhorar a gestão do sistema de produção sendo eficientes no uso de insumos e recursos naturais, reduzindo ao mínimo os passivos ambientais; segundo: mostrar para sociedade que prezamos por um sistema econômico aliado do meio ambiente, portanto, circular! (Milkpoint)

Leite de vaca continua essencial: ciência reforça benefícios à saúde

Consensos de especialistas mostram que o leite é seguro, nutritivo e deve fazer parte da alimentação em todas as fases da vida.

O leite sob os holofotes das redes sociais
Nos últimos anos, o leite de vaca tem sido alvo de debates intensos nas redes sociais. Influenciadores e modismos dietéticos frequentemente colocam os laticínios como vilões, sugerindo que seriam inflamatórios ou inadequados para adultos. Mas a ciência segue em outra direção. Um consenso publicado em 2024 pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e pela Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) concluiu, com base em evidências sólidas, que o leite é um alimento adequado, seguro e funcional ao longo de toda a vida.

Um alimento humano por excelência
Diferente de outros mamíferos, os humanos desenvolveram variantes genéticas que permitem manter a produção de lactase, enzima que digere a lactose, após o desmame. Além disso, a microbiota intestinal evoluiu para ajudar na fermentação desse açúcar. Esse processo adaptativo explica por que o consumo de leite se consolidou como prática cultural e biológica.

Do ponto de vista nutricional, o leite se destaca: um copo de 200 mL contém em média 244 mg de cálcio e 6,4 g de proteína, cobrindo de 11% a 35% das necessidades diárias, dependendo da idade.

Proteínas do leite: qualidade nutricional máxima
As proteínas do leite — caseínas e proteínas do soro (whey) — possuem altíssimo valor biológico. Elas oferecem todos os aminoácidos essenciais em proporções ideais, superando a maioria das fontes vegetais.

Avaliações por métodos internacionais como PDCAAS e DIAAS atribuem às proteínas do leite nota máxima, comparável apenas à albumina do ovo. Além disso, estudos mostram efeitos funcionais notáveis, graças a peptídeos bioativos que exercem ações:

Anti-hipertensiva,
Antioxidante,
Anti-inflamatória,
Antimicrobiana,
Reguladora do apetite.
Componentes como a lactoferrina e a membrana do glóbulo de gordura do leite (MFGM) ampliam ainda mais o impacto positivo na saúde.

Cálcio: insubstituível na dieta
Embora vegetais como espinafre e couve contenham cálcio, nenhum alimento natural oferece a mesma combinação de quantidade, absorção e praticidade que o leite. Sua biodisponibilidade acima de 30% o torna a principal fonte dietética desse mineral.

O consumo regular de leite contribui para:

Prevenção de osteopenia, osteoporose e raquitismo,
Desenvolvimento ósseo na infância e adolescência,
Proteção contra hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares na vida adulta,
Combate à sarcopenia em idosos.
Mito: leite provoca inflamações?
Um dos argumentos mais difundidos contra o leite é de que ele causaria processos inflamatórios. O consenso brasileiro desmente essa ideia. Pesquisas apontam que, em pessoas saudáveis, o consumo de leite está associado até mesmo à redução de marcadores inflamatórios, como proteína C reativa (PCR) e citocinas pró-inflamatórias.

A única exceção é a alergia à proteína do leite de vaca (APLV), uma condição clínica específica, distinta da intolerância à lactose. Nesses casos, a exclusão do leite é necessária.

Intolerância à lactose: soluções práticas
Outro mito é que o consumo frequente de leite aumentaria o risco de intolerância à lactose. Na verdade, ocorre o oposto: quanto mais leite se consome ao longo da vida, menor tende a ser a intolerância, devido à adaptação intestinal.

Mesmo indivíduos diagnosticados costumam tolerar até 12 g de lactose por dia, equivalente a um copo de leite. Para quem apresenta sintomas, existem alternativas seguras:

Leite sem lactose,
Uso de enzima lactase em cápsulas,
Consumo fracionado,
Combinação com fibras e gorduras.
O que deve ser evitado é a retirada indiscriminada de laticínios, que pode gerar deficiências nutricionais graves.

Leite UHT: seguro e nutritivo
Outra crítica comum é ao leite UHT (ultrapasteurizado). No entanto, estudos confirmam que o processo térmico não compromete proteínas, cálcio nem vitaminas. Pelo contrário, garante segurança microbiológica, elimina a necessidade de conservantes e amplia a acessibilidade ao alimento, mantendo preço competitivo e prazo de validade estendido.

Em todas as fases da vida
Segundo o consenso, o leite deve ser recomendado em todas as etapas: infância, adolescência, vida adulta, gestação e envelhecimento. Guias alimentares nacionais e internacionais indicam de duas a três porções de laticínios por dia, preferencialmente versões com baixo teor de gordura para adultos e integrais para crianças.

Além da densidade nutricional, o leite se destaca pelo custo-benefício, sendo uma das fontes mais acessíveis de proteína e cálcio em países onde a deficiência de minerais é um problema de saúde pública.

Conclusão: ciência contra os modismos
Apesar das polêmicas, a ciência brasileira e internacional é clara: o leite é seguro, nutritivo e essencial. Excluir o alimento da dieta sem orientação profissional representa risco nutricional e perda de benefícios importantes para a saúde.

A recomendação dos especialistas é simples: confie na ciência, não nos modismos. O leite continua sendo um dos pilares de uma alimentação equilibrada, acessível e funcional.

Adaptado para eDairyNews, com informações de Compre Rural e supervisão da Redação.


Jogo Rápido
Mapa publica regulamento para a premiação do Selo Agro Mais Integridade 25/26
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou o regulamento para a premiação do Selo Agro Mais Integridade, relativo ao biênio 2025/2026, por meio da Portaria nº 828. A iniciativa é destinada a empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvam boas práticas de integridade, ética, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental. A premiação é uma iniciativa promovida pelo Mapa, com o apoio de instituições parceiras, com o objetivo de estimular a implementação de programas de integridade e ética; conscientizar as empresas sobre seu relevante papel no enfrentamento de práticas concorrenciais desleais ou contrárias à integridade; reconhecer as práticas de integridade e ética implementadas pelas empresas do agronegócio no mercado nacional; e reduzir os riscos de ocorrência de fraudes e corrupção nas relações entre o setor público e o setor privado vinculado à prática do agronegócio. (Terra Viva)


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Porto Alegre, 25 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.465


Tecnologia e gestão: como foi reta final do Interleite Brasil 2025

Tecnologias, inteligência artificial e gestão eficiente impulsionam o crescimento de fazendas leiteiras familiares no Interleite Brasil 2025.

Na reta final do Interleite Brasil 2025 o período da tarde do nosso segundo dia iniciou com o Painel 6: Inserção tecnológica em fazendas leiteiras familiares, oferecido pela Rúmina, onde foram discutidas soluções e ferramentas que promovem a transformação digital no setor. 

O painel abordou temas como a digitalização do produtor de leite, experiências práticas de integração tecnológica em fazendas familiares e o uso da inteligência artificial na gestão da produção leiteira. 

Para dar início às apresentações, contamos com a presença de Renan Vitor Faccio, médico veterinário, especialista em nutrição animal da CCGL, ele apresentou o SmartCOP, plataforma que integra dados de gestão, produção e pecuária para aumentar a eficiência e tomada de decisão nas fazendas familiares. Segundo Renan; “A gente acredita muito nessa assistência técnica digital e hoje vocês devem estar vivendo isso.“  enaltecendo a necessidade de plataformas cada vez mais completas que facilitem a comunicação com o produtor 

A segunda palestra ficou por conta de Yago Silveira, gerente de Captação e Fomento na Alvoar Lácteos, que apresentou um pouco sobre a metodologia de operação da Alvoar no Nordeste destacando o uso de aplicativos integrados para produtores, transportadores e técnicos, que permitem gestão de produção, rastreabilidade, compliance ambiental e previsibilidade financeira. “Um fortalecimento da nossa base de dados, permite identificar os principais riscos e oportunidades para os produtores, além de otimizar a gestão e a eficiência dos consultores e da equipe de campo.” disse o gerente.

O fechamento do bloco foi feito por Laerte Cassoli, co-fundador e CEO da Rúmina, que apresentou como a Rumina integra inteligência artificial e WhatsApp. “Por que não unir a inteligência artificial que nós já temos, com o whatsapp? Juntamos as duas coisas para facilitar a vida do produtor”. Segundo ele, a plataforma permite facilitar a gestão de dados na pecuária de leite, desde registros zootécnicos até consultas e alertas automáticos. 

Gestão, um dos pilares da produção
O último painel do Interleite Brasil 2025 teve como foco uma das temáticas mais importantes para quem quer evoluir na pecuária leiteira o Painel 7: Gestão aplicada a fazendas familiares, contou com dois especialistas em gestão que contaram um pouco sobre como esse tópico muitas vezes deixado de lado tem o poder de transformar uma produção inteira

O primeiro a falar foi Dirceu Borges, superintendente do Senar/GO, que apresentou o programa de assistência técnica do Senar Goiás, destacando como gestão, capacitação e tecnologia aumentam a produtividade e a renda de pequenos e médios produtores rurais. Segundo ele sem gestão de nada adianta um aumento na produtividade "produtividade sem gestão é igual a crescimento sem lucro" afirmou o superintendente

Para fechar o evento Fernanda Ragazzi, consultora especialista em gestão de fazendas, que destacou princípios de gestão eficiente em fazendas leiteiras, enfatizando propósito, planejamento e padronização de processos. Ressaltou a importância da gestão financeira, da sustentabilidade e do trabalho em equipe familiar, “Quando todos na família sabem para onde a fazenda está indo, cada decisão deixa de ser um conflito” disse. Fernanda finalizou refletindo sobre o legado do gestor e a construção de uma história duradoura na atividade rural. (Milkpoint)


Evolução da produção mundial de leite no 1º semestre de 2025

As estimativas dos principais organismos especializados em mercado lácteo, preveem aumento entre 0,8% e 0,4% da produção mundial de leite. Dados publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), que levam em consideração os principais países importadores e produtores que representam 55% da produção mundial, mostram que a produção mundial, no primeiro semestre de 2025, subiu 1,05% em relação ao mesmo período de 2024. O OCLA observa que o volume total dos produtores habituais -União Europeia (UE), Estados Unidos da América (EUA), Nova Zelândia, Austrália, Argentina e Uruguai – subiu 0,6% nos primeiros seis meses do ano, mostrando que a oferta no comércio mundial esteve um pouco restrita, diante de um leve crescimento da demanda, sobretudo pela retomada das compras chinesas no decorrer de 2025 e um comércio mais dinâmico do Sudeste Asiático. Esta combinação fez com que os preços das principais commodities lácteas tenham permanecido elevados no mercado mundial. É importante lembrar que o comércio internacional, sem considerar os negócios dentro da UE, oscila entre 11% e 12% da produção mundial de leite, fazendo com que a variação da produção tenha um impacto significativo nos preços, o que caracteriza a alta volatilidade desse mercado. 

Nota: os dados da tabela não incluem Índia e Paquistão, países onde a produção de leite vem aumentando acima da média mundial.

Fonte: DiarioLechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Italac é a marca de lácteos mais comprada do Brasil pelo 9º ano consecutivo

A marca reafirma sua posição de destaque no setor, com presença consistente nos lares brasileiros, segundo pesquisa anual da Kantar Worldpanel

A Italac conquista, mais uma vez, uma das mais importantes validações de consumo do país: é a marca de lácteos mais comprada do Brasil pelo nono ano consecutivo, de acordo com a pesquisa Brand Footprint Brasil 2025, da divisão Worldpanel by Numerator, que monitora o consumo dentro do lar em todo o território nacional.

O levantamento utilizou o indicador CRP (Consumer Reach Points), métrica que avalia a frequência e a penetração das marcas nos lares brasileiros. O resultado reforça a posição da Italac no cotidiano dos consumidores e sua trajetória de confiança ao longo dos anos, consolidando-se como uma das principais marcas de bens de consumo massivo do país.

“Esse resultado não é apenas sobre liderança, mas reflete consistência e compromisso que nos move a fazer sempre o melhor. Ser, ano após ano, a marca de lácteos mais escolhida pelos brasileiros mostra que o consumidor reconhece e valoriza o nosso trabalho, feito com carinho e todo o cuidado que são essenciais para as famílias brasileiras”, destaca Alexandre Teixeira, Diretor de Marketing da Italac.

Com presença nacional e um portfólio diversificado, a Italac alia eficiência à sensibilidade em compreender o comportamento do consumidor. O reconhecimento da Kantar reflete uma entrega contínua de qualidade, segurança e confiança. “Essa conquista é coletiva. É de cada colaborador, produtor rural e parceiro comercial que acredita na nossa trajetória. E, principalmente, é do consumidor, que nos escolhe para estar à sua mesa todos os dias”, completa Alexandre.

Fonte: Kantar divisão Worldpanel | Painel de Lares (consumo dentro do lar) | Brasil | Ano móvel Outubro/2024 | indicador: CRP


Jogo Rápido
Lactalis continua seu desenvolvimento na Oceania, Sudeste Asiático e Oriente Médio com aquisição das atividades de grande consumo da Fonterra
Laval (França), 22 de agosto de 2025 – A Lactalis anunciou a assinatura de um acordo para compra das operações de grande consumo, negócios integrados de Foodservice e Ingredientes da Fonterra na Oceania, Sudeste Asiático e Oriente Médio. O negócio representa mais de 5,6 bilhões de dólares neozelandeses em vendas líquidas (mais de R$ 17,5 bilhões), inclui 16 unidades de fabricação na Austrália, Nova Zelândia, Sri Lanka, Malásia, Indonésia e Arábia Saudita e a incorporação de 4.300 funcionários. Ficam excluídas as operações na Grande China. A aquisição abrange marcas conhecidas como Mainland, Anchor, Perfect Italiano, Western Star, Ratthi, Cheesdale, Fernleaf, Anlene e Anmum. A transação está sujeita às validações regulatórias necessárias, incluindo a aprovação dos acionistas agricultores. (Lactalis do Brasil)


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Porto Alegre, 22 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.464


Cases de sucesso e estratégias de associação: veja como começou o segundo dia de Interleite Brasil

O segundo dia do Interleite Brasil 2025 começou com o Painel 4: Quem já foi pequeno produtor mostra os caminhos para o crescimento. Patrocinado pela Kuhn, o painel destacou dois cases de sucesso, em que produtores compartilharam suas trajetórias e revelaram como superaram os desafios da produção.

O primeiro relato foi de Marius Bronkhorst, proprietário da Chácara Nova Esperança e integrante da seleta lista de produtores que compõem o Top 100 MilkPoint / ABRALEITE. Ele destacou os desafios enfrentados, como investimentos pesados, mudanças no manejo, aumento da produção e verticalização da atividade. “Como chegamos até aqui? Muita determinação, persistência e uma boa dose de resiliência”, afirmou o produtor durante sua palestra.

O segundo case de sucesso foi apresentado por Marlene Kaiut, conhecida como a Rainha do jersey a produtora relatou como foi a experiência de sair do mundo da moda para se tornar uma das mais bem sucedidas produtoras de gado jersey, contando sobre as dificuldades enfrentadas e as soluções encontradas para seguir com a produção. Marlene tembém enfatizou a importância de se arriscar para chegar aonde chegou, "Às vezes as pessoas não se arriscam por medo ou comodismo, e por consequência não saem do lugar" disse. 

A última palestra do painel foi apresentada por Nicolas Guillou, CEO da KUHN no Brasil. Ele detalhou a importância de misturadores e máquinas automáticas na alimentação animal, mostrando ganhos de eficiência, precisão e redução de mão de obra. Por fim, apresentou soluções de automação completas e comerciais, que operam de forma autônoma e aproveitam a infraestrutura existente das fazendas. “A escassez de mão de obra é um desafio cada vez mais frequente. Investir em automação representa ganho de tempo, economia de recursos e simplificação dos processos.”, completou o CEO, reforçando a importância da automação. 

Técnicas para produtores agregarem valor a sua produção
O segundo painel da parte da manhã foi o Painel 5: Estratégias associativas e de diferenciação, foi oferecido pela F5, nele palestrantes trouxeram como ações coletivas e modelos de negócio diferenciados podem gerar mais escala, agregar valor e fortalecer produtores

A palestra de abertura do painel ficou por conta de Antônio Carlos de Souza Lima Neto, Diretor-Superintendente do Sebrae/GO, ele abordou a agregação de valor e verticalização na produção de leite, destacando os desafios e os benefícios do processo. Apresentou exemplos de queijarias goianas que agregaram valor com produtos A2A2, selos de certificação e turismo. segundo o Diretor, "A verticalização possui sim desafios, porém gera valor agregado e este não é só preço, é percepção, qualidade e conexão com o consumidor."

A segunda palestra do painel foi apresentada por Victor Vidal, Supervisor comercial da F5 Fueling Sustainability, ele apresentou o DDG de alta proteína da F5 e afirmou: “O FS Essencial - DDG de Alta Proteína é uma alternativa inteligente para a dieta, que foca em eficiência proteica e mais kg de leite por vaca”

Para finalizar Luis Carlos Brandt, da Natercoop/ES apresentou os condomínios de produção como alternativa de escala para produtores familiares, no modelo, o cooperado investe em cotas de animais, enquanto a cooperativa fornece infraestrutura, insumos, mão de obra e gestão diária, entregando relatórios técnicos e econômicos. "Independente do modelo de produção, a eficiência é primordial, e os conceitos de economia compartilhada podem contribuir muito para a rentabilidade na atividade", destacou Luis. O sistema permite diluição de custos, ganho de escala e precificação otimizada, beneficiando produtores sem imobilizar capital. (Milkpoint)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1881 de 21 de agosto de 2025 

BOVINOCULTURA DE LEITEAs pastagens com maior disponibilidade de massa verde foram destinadas às vacas em lactação, em um primeiro lote, e às vacas secas e novilhas, em sequência. As condições climáticas recentes favoreceram o conforto térmico dos animais, beneficiando o bem-estar e a sanidade dos rebanhos. A produção de leite manteve-se estável ou apresentou leve aumento em propriedades com oferta de pastagens e suplementação alimentar adequadas, especialmente silagem e concentrados. A qualidade nutricional das forragens, que apresentam maior teor de proteínas, contribuiu para a manutenção do escore corporal e para o aumento da ingestão alimentar. O uso de suplementação foi necessário em áreas com oferta insuficiente de forragem para garantir condição corporal satisfatória. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, as propriedades com disponibilidade de silagem estão apresentando produtividades crescentes; nas que dependem exclusivamente de pastagens cultivadas, o volume de produção ficou abaixo do normal. 

Na Campanha, a produtividade aproximou-se de 28 litros/vaca/dia em algumas propriedades, com a participação das vacas em início de lactação. As reservas de silagem e de feno têm sido administradas para chegarem até o final do inverno. 

Na de Caxias do Sul, a produtividade ficou estável, mas houve auxílio da complementação alimentar com silagem de milho. As condições de bem-estar foram satisfatórias em razão das temperaturas amenas e da menor formação de barro. A condição nutricional dos animais confinados permaneceu adequada, e foi oferecida dieta à base de silagem de milho e de concentrados. A qualidade do leite está dentro dos padrões do Ministérios da Agricultura e Pecuária (MAPA), sem registros de exclusões de propriedades por laticínios ou cooperativas.

Na de Erechim, os rebanhos apresentaram bom estado sanitário e nutricional, beneficiados pelas temperaturas mais elevadas, que proporcionam melhor conforto térmico. A maioria das propriedades registrou aumento na produção de leite no período, sustentada pela melhora na qualidade nutricional dos pastos, especialmente pelo maior teor de proteínas. O escore corporal está adequado. 

Na de Frederico Westphalen, houve leve aumento na produção, associado à melhoria da qualidade das pastagens e ao maior tempo de pastejo, inclusive nas perenes de verão que foram sobre semeadas. Foi possível reduzir a quantidade de alimentos concentrados na dieta. 

Na de Ijuí, a produção seguiu aumentando lentamente, mas em volume inferior ao mesmo período do ano passado. Os animais apresentaram sanidade e escore corporal satisfatórios. Na de Passo Fundo, o escore corporal está adequado, e a produção de leite estável. Foi necessário o uso de alimentos conservados e concentrados.
Na de Pelotas, a boa oferta de forragem em alguns municípios e as condições climáticas, que permitiram o pastejo, contribuíram com a manutenção ou com o aumento da produção. No entanto, a suplementação alimentar foi necessária em determinados locais. 

Em Rio Grande, a maior incidência de radiação solar foi benéfica para o conforto dos animais. Na de Santa Rosa, o volume de produção manteve-se elevado devido às condições ambientais favoráveis, à qualidade e à quantidade adequadas dos volumosos, além da concentração de partos próximos ao inverno. O tempo seco evitou a formação de barro, melhorando a sanidade do rebanho e facilitando o manejo dos animais na sala de ordenha. De modo geral, as condições sanitárias dos rebanhos ficaram satisfatórias.

Na de Soledade, a oferta de forragem não foi suficiente para manter a condição corporal dos animais, e o uso de alimentação suplementar foi necessário, assim como na de Santa Maria, onde o escore corporal dos rebanhos ficou abaixo do ideal. (Emater editado pelo Sindilat/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 34/2025 – SEAPI

Nos últimos sete dias ocorreram chuvas expressivas no RS. Na quinta-feira (14), a propagação de uma frente fria no oceano manteve a nebulosidade e provocou garoas e chuviscos isolados, principalmente na Metade Leste.

O aumento das temperaturas e a menor ocorrência de precipitação contribuíram com o desenvolvimento e com a sanidade das pastagens, resultando em crescimento dentro do esperado e oferta satisfatória de forragem. As condições climáticas também beneficiaram o rebrote, especialmente das pastagens perenes de verão. Os produtores continuaram a semeadura de milho para silagem e os demais preparos das áreas de verão. As forrageiras de inverno, principalmente aveias, apresentam sinais de finalização do ciclo, e há grande parte das plantas em estádio reprodutivo, o que tende a reduzir a oferta de forragem no próximo mês. 

Na bovinocultura de corte e na de leite, as condições climáticas recentes favoreceram o bemestar e a sanidade dos rebanhos, beneficiando tanto o ganho de peso na bovinocultura de corte quanto a manutenção da produção de leite. Na maioria das regiões, a oferta adequada de pastagens e o uso de suplementação alimentar quando necessário contribuíram para a manutenção da condição corporal dos animais e para o desempenho produtivo em ambos os sistemas.

A próxima semana terá chuva forte e o retorno do frio intenso ao RS.  No decorrer da sexta-feira (22) e no sábado (23), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todo estado, com possibilidade de temporais isolados. No domingo (24), ainda ocorrerão pancadas de chuva nos setores Norte e Nordeste, com tempo firme e temperaturas baixas nas demais regiões. Entre a segunda (25) e quarta-feira (27), o ingresso de uma nova massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com acentuado declínio das temperaturas e formação de geadas em diversas regiões.

Os volumes previstos deverão variar entre 50 e 100 mm na maioria dos municípios do Estado e poderão alcançar 150 mm em algumas localidades da Metade Sul. Nas Missões, Planalto, Região Metropolitana e na Fronteira Oeste são esperados totais entre 30 e 50 mm. (Seapi editado pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
Dez anos de ordenha robotizada
A propriedade Tambo Nólio, no município de Paraí, completa em agosto 10 anos da instalação do primeiro robô de ordenha do Rio Grande do Sul. Associada à Cooperativa Santa Clara há quatro décadas, a família Nólio já está na terceira geração de sucessão e segue como referência em inovação na pecuária leiteira. O primeiro equipamento foi instalado em 2015, com capacidade de retirada de 2 mil litros de leite por dia. Com bons resultados, três anos depois foi adquirido o segundo robô. Atualmente, a produção diária chega a 5.500 litros. O sistema funciona 24 horas por dia, reconhecendo o animal por meio de sensores, higienizando e realizando a ordenha. Além de otimizar a rotina, também analisa a qualidade do leite. (Jornal do Comércio)


Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.463


Políticas públicas para o setor lácteo gaúcho serão debatidas no Milk Summit Brazil 2025

O Milk Summit Brazil 2025, que acontece nos dias 14 e 15 de outubro em Ijuí (RS), durante a Expofest, debaterá o futuro da cadeia leiteira no Rio Grande do Sul. Produtores, técnicos, lideranças do setor e representantes de entidades ligadas à atividade se reunirão para discutir políticas públicas, inovação e oportunidades de negócios.

Entre os destaques da programação está a participação do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, que abordará estratégias para fortalecer a competitividade e a sustentabilidade econômica, social e ambiental do setor lácteo gaúcho. O painel com o secretário ocorrerá na manhã do dia 14 de outubro e será um espaço de diálogo entre indústria, produtores e demais atores da cadeia.

“O Milk Summit Brazil será um palco de debates fundamentais para gerar emprego, renda e fortalecer o setor lácteo no RS”, afirma o secretário Edivilson Brum.

Além do painel com o secretário, o evento contará com palestras de especialistas nacionais, debates com instituições representativas do setor e degustação de produtos lácteos. O objetivo é consolidar o Milk Summit como ponto de encontro de produtores, cooperativas, indústrias, fornecedores e pesquisadores, ampliando o acesso a tendências e inovações.

O Milk Summit Brazil 2025 é uma realização da Seapi, Sindilat/RS, Prefeitura de Ijuí, Sebrae, Emater/RS-Ascar, Suport D Leite e Impulsa Ijuí. O evento conta com o patrocínio da Tetra Pak Brasil, Sicredi, Sicoob, Laboratório Base, Senar, Launer Química e RIT Resfriadores, e parceria com a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Ministério da Agricultura, Hooks, Universidade de Passo Fundo,  UFSM – Centro de Ciências Rurais e  Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site: www.milksummitbrazil.com.

As informações são do Milk Summit Brazil/Sindilat/Seapi. 


Sustentabilidade redefine estratégias no mercado de queijos

O mercado de queijos no Brasil avança com demanda por praticidade, inovação, queijos veganos e artesanais, enquanto a volatilidade pressiona margens.O mercado de queijos está passando por uma transformação significativa no Brasil, impulsionado pela busca dos consumidores por conveniência, inovação e novas alternativas alimentares, segundo relatório da Pristine.
O segmento combina tradição com modernização, abrindo espaço tanto para produtos premium quanto para opções à base de plantas.Entre as principais tendências, destaca-se o crescimento da demanda por queijos prontos para consumo, como os ralados e pré-fatiados.

Esses formatos oferecem praticidade no dia a dia e atendem ao ritmo acelerado das famílias urbanas, que buscam alimentos de preparo rápido e de fácil armazenamento.

Outra mudança relevante é a expansão das alternativas veganas e de origem vegetal, que conquistam participação de mercado em ritmo acelerado.

O público consumidor, cada vez mais atento às questões de saúde, bem-estar e sustentabilidade, pressiona a indústria a investir em formulações que entreguem sabor e textura semelhantes ao queijo tradicional.

A mussarela continua sendo a variedade mais demandada, especialmente devido à forte atuação de redes de pizzarias e estabelecimentos de food service.

Esse movimento mantém a pressão sobre a produção local e abre oportunidades para fabricantes que conseguem atender grandes volumes com regularidade e qualidade.

No segmento de valor agregado, cresce a procura por queijos artesanais e especiais premium, que chegam às gôndolas do varejo com preços mais elevados.

Esses produtos conquistam consumidores dispostos a pagar mais por diferenciação, identidade regional e características exclusivas de sabor e textura.

Outra tendência em ascensão é o uso do queijo em pó em alimentos industrializados, como salgadinhos, misturas de temperos e snacks.

A versatilidade desse ingrediente amplia a presença do queijo em diferentes categorias de produtos e fortalece a indústria de ingredientes lácteos.

Além disso, o mercado de marcas próprias vem ganhando espaço nas redes varejistas, pressionando os produtores tradicionais em suas margens de lucro.

A busca por competitividade leva indústrias a firmar contratos de fornecimento de longo prazo e, em muitos casos, a consolidar operações para reduzir riscos e garantir sustentabilidade financeira.

A sustentabilidade é outro fator central que molda estratégias. Rotulagem de carbono e compromissos ambientais estão se tornando diferenciais importantes, já que consumidores e parceiros comerciais priorizam cadeias produtivas que demonstram responsabilidade ambiental.

No campo da inovação, fabricantes têm investido em melhorias na durabilidade e conveniência do queijo ralado, ampliando a vida útil do produto e garantindo maior praticidade para diferentes ocasiões de consumo.

No entanto, o setor enfrenta desafios. A volatilidade dos preços do leite e das commodities lácteas comprime as margens dos fabricantes de queijo, principalmente em períodos de alta no preço pago ao produtor.

Nesse cenário, as indústrias precisam decidir entre absorver os custos ou repassá-los ao varejo, o que pode afetar diretamente a demanda. Para os pequenos e médios produtores, o risco é maior, o que leva à necessidade de adaptação e, em muitos casos, à consolidação do setor.

O relatório da Pristine reforça que o queijo mantém sua posição como alimento básico e de fácil digestão, mas agora inserido em um contexto em que o consumidor valoriza também os atributos de saúde e funcionalidade.

A crescente preferência por lanches ricos em proteínas e formatos práticos impulsiona inovações em SKUs voltados tanto para o varejo quanto para o food service.

Entre as iniciativas da indústria, destacam-se as reformulações de produtos, o lançamento de variantes fortificadas com maior teor de proteína e a expansão das embalagens em formatos portáteis, ideais para consumo fora de casa.

Dessa forma, o mercado de queijos no Brasil se consolida como um setor dinâmico, que combina tradição, inovação e adaptação às novas demandas de consumo. O futuro aponta para maior diversidade de opções, mais tecnologia aplicada à conveniência e crescente valorização da sustentabilidade como diferencial competitivo. (Edairy News)

Interleite Brasil 2025 começa com casa cheia

Com mais de 1.100 inscritos, o maior evento de conhecimento do setor lácteo brasileiro reuniu lideranças do agro, produtores, especialistas, técnicos e estudantes.

A cerimônia de abertura reuniu importantes lideranças do agro. Participaram da mesa: José Mário Schreiner, Presidente do Sistema Faeg/Senar e do Conselho Deliberativo do Sebrae; Antônio Carlos de Sousa Lima Neto, Superintendente do Sebrae Goiás; Dirceu Borges, Superintendente do Senar Goiás; Geraldo Borges, Presidente da Abraleite; José Ricardo Caixeta Ramos, Presidente da AGRODEFESA; Patrícia Honorato de Carvalho, Superintendente de Produção Rural da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Luis Alberto Pereira, Presidente do Sistema OCB/Sescoop; Jubrair Gomes Caiado Junior, Superintendente do Sistema OCB/GO; Jair José Antônio Borges, Presidente do Sindileite Goiás; e Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da MilkPoint Ventures. A condução ficou por conta da mestre de cerimônias Juliana Pertille.

Em sua fala, Marcelo Pereira de Carvalho destacou o propósito da MilkPoint Ventures e do evento em tornar o setor lácteo brasileiro mais bem-sucedido. “É para fazer do setor lácteo brasileiro o mais bem sucedido do mundo. Vocês vão falar que isso pode parecer uma insanidade, porque a gente é uma cadeia que é conhecida por ter dificuldades. E é verdade, ela tem dificuldades, mas ao mesmo tempo ela tem um potencial incrível. O potencial é enorme e eu não tenho dúvida que a gente vai chegar lá.”, pontuou.

Logo após a abertura, o evento deu início ao primeiro painel, “O contexto atual da produção de leite no Brasil e no mundo”, com oferecimento da Milhão Ingredients. O debate trouxe reflexões sobre os diferentes cenários que impactam a cadeia produtiva, tanto no Brasil quanto no exterior.

Abrindo as apresentações, Zander Navarro, da Embrapa, destacou os desafios estruturais do Brasil rural, apontando que o esvaziamento populacional do campo e as transformações sociais e ambientais exigem mudanças urgentes de postura. “O futuro do Brasil rural é marcado pelo esvaziamento demográfico, desafios sociais e ambientais, e pela necessidade urgente de mudança de comportamento e decisões baseadas em informação e tecnologia para sustentar a agropecuária.”

Na sequência, Expedito Netto, gestor Educampo, trouxe uma perspectiva prática sobre a realidade de produtores de leite com baixo volume diário. Segundo ele, “crescer é uma necessidade estratégica para manter a relevância no mercado, potencializar a geração de margem e aumentar a rentabilidade.”, reforçando que a escalabilidade é chave para garantir a sobrevivência no setor.

O debate então avançou para o campo da nutrição animal. Jardel Neri, médico veterinário e mestre em nutrição de ruminantes, apresentou novas perspectivas para a utilização do gérmen de milho desengordurado, destacando seu papel como alternativa eficiente para otimizar a produtividade. 

“A nutrição animal é pilar fundamental para a otimização da produtividade. O germe de milho desengordurado é um ingrediente seguro e eficiente para a dieta do rebanho, além de fornecer um elevado teor de amido altamente digestível, contribuindo para melhor desempenho e resultados consistentes.”, destacou.

Encerrando as apresentações, Paulo do Carmo Martins, da Embrapa Gado de Leite, trouxe uma análise comparativa com o cenário internacional, mostrando que o movimento de redução no número de produtores é global, mas vem acompanhado de aumento de eficiência e concentração. “Os 25 países maiores produtores do mundo têm recuado no número de produtores, mas, apesar disso, há aumento de produtividade em sua grande maioria. Concentração, modernização e ganhos de escala marcam essa virada.”

Ao final do painel, todos os palestrantes participaram de um debate aberto com o público, aprofundando temas e respondendo perguntas sobre os desafios e oportunidades do setor. Durante a discussão, Paulo Martins reforçou que não é o tamanho do produtor que garante a permanência na atividade, mas sim a eficiência no uso dos recursos disponíveis na produção. (Milkpoint)


Jogo Rápido
Portella destaca relevância dos lácteos no Pampa Debates
O presidente do Sindilat/RS e Diretor da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella, participou do programa Pampa Debates, ao lado de lideranças do agronegócio. Ele ressaltou a importância da produção gaúcha de queijos, os 10 anos da Lactalis no Brasil e o papel dos lácteos para a saúde. Assista na íntegra no youtube do Pampa Debates. (Sindilat/RS)


O Milk Summit Brazil 2025, que acontece nos dias 14 e 15 de outubro em Ijuí (RS), durante a Expofest, debaterá o futuro da cadeia leiteira no Rio Grande do Sul. Produtores, técnicos, lideranças do setor e representantes de entidades ligadas à atividade se reunirão para discutir políticas públicas, inovação e oportunidades de negócios.

Entre os destaques da programação está a participação do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, que abordará estratégias para fortalecer a competitividade e a sustentabilidade econômica, social e ambiental do setor lácteo gaúcho. O painel com o secretário ocorrerá na manhã do dia 14 de outubro e será um espaço de diálogo entre indústria, produtores e demais atores da cadeia.

“O Milk Summit Brazil será um palco de debates fundamentais para gerar emprego, renda e fortalecer o setor lácteo no RS”, afirma o secretário Edivilson Brum.

Além do painel com o secretário, o evento contará com palestras de especialistas nacionais, debates com instituições representativas do setor e degustação de produtos lácteos. O objetivo é consolidar o Milk Summit como ponto de encontro de produtores, cooperativas, indústrias, fornecedores e pesquisadores, ampliando o acesso a tendências e inovações.

O Milk Summit Brazil 2025 é uma realização da Seapi, Sindilat/RS, Prefeitura de Ijuí, Sebrae, Emater/RS-Ascar, Suport D Leite e Impulsa Ijuí. O evento conta com o patrocínio da Tetra Pak Brasil, Sicredi, Sicoob, Laboratório Base, Senar, Launer Química e RIT Resfriadores, e parceria com a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Ministério da Agricultura, Hooks, Universidade de Passo Fundo, UFSM – Centro de Ciências Rurais e Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site: www.milksummitbrazil.com.

As informações são do Milk Summit Brazil, com dados do Sindilat e da Seapi.

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Porto Alegre, 20 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.462


GDT 386: estabilidade de preços e novo interesse do Mercosul

GDT registra preço médio de US$4.291/t com leve alta no LPI e queda no LPD. Entenda os efeitos no Brasil e no fluxo de importações do Mercosul.No 386º leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 19 de agosto, o preço médio dos produtos negociados foi de US$4.291 por tonelada, em um mercado que segue relativamente estável em preços e volumes.Gráfico 1. Preço médio leilão GDTO leite em pó integral (LPI), principal produto negociado e referência de preços no GDT, apresentou estabilidade neste evento, com leve variação + 0,3%, ficando preço médio de US$ 4.036 por tonelada. Já o leite em pó desnatado (LPD) seguiu em direção oposta, com queda de 1,8% e fechando a US$ 2.756 por tonelada.

Gráfico 2. Preço médio LPI

A gordura anidra do leite (AMF) acompanhou a tendência do LPI e ficou praticamente estável - ligeiro avanço de 0,1%. O cheddar também oscilou pouco, com recuo de 0,5%.

Por outro lado, tanto a muçarela quanto a manteiga registraram quedas mais expressivas, de 2,7% e 1,0%, respectivamente.

Já o leitelho em pó e a lactose não foram negociados neste leilão.

A Tabela 1 apresenta os preços médios dos derivados ao fim do evento, assim como suas respectivas variações em relação ao leilão anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 19/08/2025.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.

Volume negociado mostra certo padrão
O volume negociado neste leilão somou 36,5 mil toneladas, uma pequena redução de 1,3% em relação ao evento anterior. O volume segue dentro da normalidade para esta época do ano, quando historicamente se observa estabilidade. Se o padrão dos anos anteriores se repetir, a tendência é de redução mais significativa apenas a partir de novembro.

Gráfico 3. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2025.
 
Impacto nos contratos futuros
Os contratos futuros de leite em pó na NZX apresentaram retração nos preços para os próximos meses, estendendo-se até dezembro de 2025, invertendo o cenário visto nos leilões de certa valorização. Esse movimento reflete principalmente o aumento da oferta mundial de leite, que pressiona as expectativas de preço no mercado internacional.

Gráfico 4. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2025.
 
E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?
O cenário internacional mantém a tendência de estabilidade observada nos últimos três leilões do GDT. Nesse contexto, os preços de importação para o Brasil também devem permanecer estáveis, o que tende a diminuir a pressão sobre o mercado interno.

Além disso, na última semana, as atenções do Mercosul se voltaram ao leilão promovido pela ONIL (Escritório Nacional Interprofissional do Leite e dos Produtos Lácteos), organização argelina responsável pela gestão do mercado de laticínios do país. O órgão realizou leilões que chamaram a atenção pelo forte volume demandado: as especulações giraram em cerca de 35 mil toneladas de leites em pó negociadas somente do Mercosul, já que apresentam menos custos que a produção europeia, por exemplo. Esse movimento pode alterar a dinâmica das importações brasileiras de lácteos, redirecionando parte da oferta regional para atender à Argélia, diminuindo o volume exportado da Argentina e Uruguai ao Brasil. (Milkpoint)


Tecnologia e competitividade: CCGL abre planta em Hulha Negra

Nova planta da CCGL em Hulha Negra deve gerar até 100 empregos e processar 400 mil litros de leite por dia, impulsionando a Campanha gaúcha.A CCGL (Cooperativa Central Gaúcha Ltda.) inaugurou nesta terça-feira, 19 de agosto de 2025, sua nova unidade em Hulha Negra, Rio Grande do Sul, marcando um passo decisivo para o setor leiteiro da região da Campanha.
O investimento de R$ 35 milhões promete transformar a dinâmica produtiva e logística do leite, consolidando a cooperativa como referência em tecnologia e competitividade no Estado.De acordo com informações de Campo e Negócios, a nova planta tem capacidade para receber e processar até 400 mil litros de leite por dia.A estrutura é dedicada ao beneficiamento primário do leite, etapa em que o excesso de água é retirado para facilitar o transporte até a fábrica de Cruz Alta, onde ocorre o processamento final. Com a aplicação dessa tecnologia, o volume do produto é reduzido em três vezes, tornando o frete mais eficiente e competitivo no mercado.

Durante a inauguração, o presidente da CCGL, Caio Vianna, destacou a relevância estratégica da unidade para a cadeia produtiva do leite.

“Essa é a primeira planta do Rio Grande do Sul com esse tipo de processo, que integra regiões produtoras distantes e aproxima a produção rural da indústria”, afirmou. Segundo ele, a cooperativa aposta em tecnologia, assistência técnica e ferramentas digitais como base para garantir sustentabilidade e competitividade no setor.

Vianna ressaltou ainda a importância da atividade para o campo. “A pecuária leiteira é uma atividade resiliente, que garante renda durante os 12 meses do ano. Isso traz mais segurança ao produtor, especialmente em um momento em que a diversificação da propriedade é fundamental para enfrentar os desafios econômicos e climáticos”, completou.

O impacto esperado para a economia local é expressivo. A unidade deve gerar entre 80 e 100 empregos diretos, fortalecendo a cadeia de valor do leite e ampliando as oportunidades de trabalho na região. A expectativa é de que mais de 72 milhões de litros sejam processados já no primeiro ano de operação.

O prefeito de Hulha Negra, Fernando Campani, também participou da cerimônia e destacou o alcance social do projeto. Segundo ele, a chegada da CCGL não apenas impulsiona a economia, mas também abre espaço para a inclusão de jovens agricultores, incentivando a profissionalização da atividade leiteira na região da Campanha.

Além da inauguração, a CCGL anunciou a expansão do projeto Assis Brasil, iniciativa voltada ao fortalecimento da produção de leite no Rio Grande do Sul, com foco especial na região da Campanha. A proposta busca ampliar a escala produtiva, garantir renda ao produtor e expandir o alcance internacional do leite gaúcho.

“Nossa meta é viabilizar a atividade para os produtores e assegurar que o leite produzido aqui possa chegar em qualquer lugar do mundo, transformado em leite em pó com durabilidade de até um ano”, concluiu Vianna.

A nova planta em Hulha Negra representa, portanto, não apenas um marco de investimento e tecnologia, mas também um movimento estratégico para consolidar o leite como vetor de desenvolvimento regional.

Em meio a desafios como custos logísticos, instabilidade climática e pressão por maior competitividade, a iniciativa reforça a importância da cooperação e da inovação no setor lácteo gaúcho.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de O jornal que Bagé gosta de ler

Santa Clara leva 10 lançamentos para a ExpoAgas em Porto Alegre

A Cooperativa Santa Clara marcará presença na ExpoAgas 2025, em Porto Alegre, com a apresentação de dez novos produtos, ampliando sua linha de lácteos e fortalecendo sua atuação em diferentes segmentos do mercado. Entre os destaques estão três novos sabores da linha de bebidas proteicas Pro — Pistache, Café com Caramelo e Chocolate Branco — que se somam aos já consolidados sucessos da categoria.

O anúncio foi feito pela própria cooperativa e divulgado pela Estação FM em 18 de agosto, um dia antes da abertura oficial da feira, que acontece entre 19 e 21 de agosto, no Centro de Eventos da Fiergs, na capital gaúcha.

Diversificação do portfólio
Além das bebidas, a Santa Clara apresenta o Queijo de Coalho Zero Lactose, o Queijo Grana em duas versões, além de soluções versáteis para o dia a dia como Creme Chantilly, Creme Culinário, Burrata de Búfala em balde e o Requeijão Cremoso Light 400g.Essas novidades se somam a um portfólio já consolidado, que inclui queijos premiados e reconhecidos pelo público, produtos do frigorífico, derivados lácteos tradicionais e itens voltados ao segmento Food Service, reforçando a estratégia de atender tanto o consumidor final quanto profissionais da gastronomia e redes de alimentação.

Estratégia de mercado
De acordo com Tomás André Zilli, gerente nacional de vendas da Santa Clara, a presença na feira é estratégica para ampliar a visibilidade da marca e gerar novas oportunidades de negócio.

“Nossa expectativa é de ampliar negócios estratégicos, fortalecer a presença da marca no ponto de venda, firmar novas parcerias e reforçar a relação com clientes de longa data. A feira é uma vitrine que movimenta centenas de milhões em negócios, e queremos que os lançamentos da Santa Clara sejam um dos destaques para os visitantes”, afirmou.

O executivo destacou ainda que os lançamentos foram desenvolvidos para consumidores que buscam praticidade, sabor e nutrição, além de contemplar categorias estratégicas como o Food Service.

“Lançaremos durante a feira dez novos produtos, incluindo três sabores inéditos da linha Pro. Também teremos novidades em outras categorias, reforçando a diversidade e a capacidade de inovação da Santa Clara”, acrescentou.


Jogo Rápido
Recuperação muscular: leite com achocolatado ganha destaque
Pesquisa indica que leite com cacau ajuda a repor energia e proteínas no pós-treino, sendo opção econômica e eficaz em comparação a isotônicos tradicionais. Um estudo recente conduzido por pesquisadores da University of Texas reacende o debate sobre a melhor estratégia nutricional para recuperação muscular após o exercício. Segundo os autores, a combinação simples de leite, cacau e carboidratos — facilmente reproduzida com achocolatado e leite integral ou desnatado — apresenta um perfil nutricional que favorece a reposição de glicogênio, a síntese proteica e a reidratação, muitas vezes de forma mais completa que isotônicos comerciais “gourmet”. De acordo com os pesquisadores, o chamado “combo” leite + cacau + carboidrato entrega três elementos-chave para a recuperação pós-treino: reposição eficiente de glicogênio muscular graças à presença de carboidratos; fornecimento de aminoácidos essenciais (provenientes das proteínas do leite) necessários para a reparação e crescimento muscular; uma relação equilibrada entre carboidrato e proteína, apontada em diversos estudos como ideal para síntese proteica pós-exercício. Além disso, o leite contribui para a reidratação, oferecendo não só água, mas também eletrólitos e nutrientes que auxiliam na recuperação do organismo. Em contraste, os pesquisadores ressaltam que muitos isotônicos populares concentram-se em fornecer glicose e sódio — e, por vezes, corantes e açúcares adicionais — sem aportar os aminoácidos e a proporção proteica indicada para otimizar a síntese muscular. Os autores não afirmam que isotônicos sejam inúteis: em situações de esforço prolongado e alta perda de eletrólitos — como provas de longa duração em clima quente — bebidas isotônicas bem formuladas permanecem úteis. Entretanto, para sessões de treino típicas de resistência moderada ou de força, a alternativa econômica e saborosa do leite com achocolatado pode ser suficiente e até preferível para acelerar a recuperação e promover ganhos musculares. Especialistas em nutrição esportiva ouvidos pela reportagem reforçam que a escolha ideal depende de fatores individuais — intensidade e duração do exercício, objetivos, tolerâncias alimentares e composição corporal. Ainda assim, a recomendação prática é clara: priorizar alimentos e bebidas que ofereçam nutrientes funcionais (proteínas, carboidratos de qualidade e eletrólitos) em vez de focar apenas em marketing e embalagens atraentes. Conclusão: para quem busca uma solução simples, econômica e respaldada por evidências para recuperar-se após o treino, a mistura de leite com achocolatado aparece como opção válida — potencialmente mais eficaz que alguns isotônicos da moda — sem dispensar orientação profissional quando houver demandas específicas de desempenho ou saúde. Milkpoint


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Porto Alegre, 19 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.461


Comunicado Agrometeorológico destaca situação das culturas no RS no mês de julho

A situação das culturas no Rio Grande do Sul em função das precipitações pluviais e das temperaturas no mês de julho é o tema do Comunicado Agrometeorológico nº 89, publicado pelo Laboratório de Agrometeorologia e Climatologia Agrícola (LACA), do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).O mês de julho de 2025 foi caracterizado pelos totais mensais de precipitação pluvial abaixo da média, e as chuvas foram escassas, especialmente nos dois primeiros decêndios, o que diminuiu a disponibilidade de água para as culturas. Essa situação, no entanto, não foi considerada crítica ou impôs limite ao crescimento das plantas, haja vista a menor perda de água via evapotranspiração no inverno e à água armazenada no solo em função das precipitações pluviais do mês de junho. “Essa combinação de menor demanda evaporativa com os altos volumes de chuva registrados em junho permitiu que as culturas de inverno não fossem impactadas de forma significativa”, destaca a engenheira agrônoma e pesquisadora do DDPA, Amanda Junges.Da mesma maneira, as baixas temperaturas do ar e ocorrência de geadas, registradas, especialmente, no primeiro decêndio, de modo geral, não causaram danos aos cereais de estação fria como trigo, aveia e cevada, pois as plantas se encontravam, na maior parte das lavouras, em período de implantação e desenvolvimento inicial. Nessa etapa do ciclo, as temperaturas do ar, apesar de baixas, não foram limitantes ao crescimento das plantas. Entretanto, a ocorrência de geadas é considerada crítica quando coincidente com o período de floração e enchimento de grãos, pois, nesse caso, podem vir a reduzir significativamente a produtividade.Na bovinocultura de leite, a produção de leite se manteve estável na maioria das regiões em virtude da melhora nas pastagens, suplementação e manejo adequados, os quais reduziram perdas de peso e problemas sanitários. Em algumas áreas beneficiadas pela oferta de forragens de qualidade e pelas melhores condições meteorológicas, houve incremento. Nas criações a pasto, foi oferecida suplementação com concentrados energéticos, como silagem e feno. O estado corporal e sanitário dos rebanhos foi considerado satisfatório. As condições meteorológicas favoreceram o conforto térmico e o bem-estar dos animais, reduzindo problemas de casco e facilitando a ordenhaComunicado Agrometeorológico:  O Comunicado Agrometeorológico é uma publicação mensal do LACA. Para mais informações acesse www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologiaAs informações são da SEAPI

GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado pelo Sindilat 
 

SOJA/CEPEA: Estoques de passagem limitam altas de preços no BRExportações brasileiras de soja, o estoque de passagem da safra 2024/25 é estimado pela Conab em 3,9 milhões de toneladas, mais de quatro vezes acima do volume final da temporada anterior. 

Mesmo com o recorde previsto nas exportações brasileiras de soja, o estoque de passagem da safra 2024/25 é estimado pela Conab em 3,9 milhões de toneladas, mais de quatro vezes acima do volume final da temporada anterior. 

Esse cenário limitou o movimento de alta no preço nacional na última semana, apontam levantamentos do Cepea. 

Os embarques brasileiros (de outubro/24 a setembro/25) seguem previstos pelo USDA em 102,1 milhões de toneladas e o esmagamento, em 57 milhões de toneladas. 

A Conab, por sua vez, projeta as exportações nacionais em 106,3 milhões de toneladas e o esmagamento, em 57,09 milhões de toneladas, nesta safra (de janeiro a dezembro/25), ambos recordes. 

Além dos embarques, o Brasil segue liderando a produção de soja no mundo, com quase 170 milhões de toneladas colhidas nesta temporada (2024/25), sendo 169 milhões de toneladas estimadas pelo USDA e 169,66 milhões de toneladas projetadas pela Conab. (CEPEA)


Jogo Rápido
MILHO/CEPEA: Produção global recorde reforça pressão sobre cotações internas
Milho seguiram em queda na última semana, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, além da pressão externa, refletindo estimativas de produção global recorde, com destaques para os Estados Unidos e Brasil, a postura retraída de compradores também influenciou as baixas domésticas. Os preços do milho seguiram em queda na última semana, apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, além da pressão externa, refletindo estimativas de produção global recorde, com destaques para os Estados Unidos e Brasil, a postura retraída de compradores também influenciou as baixas domésticas. Esses demandantes apostam em desvalorizações mais expressivas, fundamentados no avanço da colheita, nas dificuldades de armazenamento da safra recorde e ainda na necessidade de venda para o pagamento das dívidas de agosto e setembro, conforme explicam pesquisadores. O USDA estima a safra norte-americana de milho 2025/26 em volume recorde, de 425,25 milhões de toneladas; para o Brasil, são previstas 131 milhões de toneladas. No agregado, a produção mundial será de 1,28 bilhão de toneladas, acima das 1,22 bilhão de toneladas da temporada 2024/25. Especificamente para o Brasil, a Conab apontou nessa quinta-feira, 14, que, em 2024/25, serão produzidas 137 milhões de toneladas, 18% superior à temporada 2023/24 e também um recorde. (Cepea)


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Porto Alegre, 18 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.460


Pesquisa: o papel da mulher nas fazendas leiteiras da América Latina

FEPALE promove pesquisa para dar visibilidade e fortalecer a atuação das mulheres na produção leiteira da América Latina. Participe e contribua!No contexto da declaração das Nações Unidas do “Ano Internacional da Mulher Agricultora”, que será celebrado em 2026, a FEPALE (Federação Pan-Americana de Leite), com o apoio do USDEC (United States Dairy Export Council), está desenvolvendo um trabalho voltado a dar visibilidade, compreender e valorizar o papel das mulheres que atuam nas fazendas leiteiras da América Latina.

Um componente central dessa iniciativa é uma breve pesquisa, totalmente anônima, destinada a mulheres proprietárias de fazendas, familiares de proprietários ou funcionárias.

O estudo é complementado por uma série de grupos focais, com a participação de mulheres líderes que atuam na cadeia leiteira regional. Ao final do trabalho, será elaborado um relatório regional, que também estará disponível para todos os participantes. O objetivo é avaliar o nível de participação, os desafios e as oportunidades das mulheres na pecuária leiteira da América Latina.

Desde já, agradecemos e contamos com vocês para unir esforços nessa ação coletiva, que busca reconhecer e fortalecer o papel das mulheres na produção leiteira de nossa região.

Participe da pesquisa clicando aqui.

As informações são do Milkpoint


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1880 de 14 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite manteve-se estável na maioria das regiões, e a condição corporal dos animais ficou, em geral, adequada. A qualidade do leite permaneceu dentro dos parâmetros exigidos, apesar de ocorrências de mastite, problemas de casco e sujidades nos úberes. O uso de suplementação alimentar, incluindo ração, silagem e outros alimentos conservados, foi frequente na maior parte das regiões. As condições climáticas impactaram o manejo e o conforto dos animais em função do excesso de umidade e de barro. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens contribuíram para o incremento de proteína na dieta das matrizes, e foi possível a redução desse nutriente nas rações fornecidas. As condições climáticas colaboraram para o conforto dos animais. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT) apresentaram valores adequados. Na de Caxias do Sul, a produção e os aspectos nutricionais ficaram estáveis e adequados. Contudo, houve problemas de casco e de sujidades nos úberes devido à umidade e ao barro. A qualidade do leite foi afetada, mas permaneceu dentro dos parâmetros exigidos.Na de Santa Maria, o escore corporal dos animais está abaixo do ideal, apesar da complementação alimentar com ração e silagem de milho. Na de Ijuí, houve um leve aumento da produção, mas o volume total ficou inferior ao mesmo período do ano passado. Apesar da ocorrência de doenças, como mastites em alguns animais, a qualidade do leite atendeu aos parâmetros de qualidade exigidos.Na de Passo Fundo, as áreas com maior oferta de pastagem, e de mais qualidade, foram destinadas às vacas em lactação e, posteriormente, às vacas secas e novilhas. O escore corporal está adequado, e a produção de leite estável, assim como na de Erechim. Já na de Porto Alegre, a umidade remanescente no solo prejudicou os manejos dos animais, elevando o risco de mastites e de impacto negativo na CCS. 

Na de Pelotas, o rebanho está em época de parição. Há registros de produtores que desejam ampliar ou de ingressar na atividade leiteira. Os animais apresentam estado corporal apropriado. Em Pelotas, em Pedro Osório e em São Lourenço do Sul, a produção aumentou. 

Em Herval, os produtores realizaram melhorias nas instalações e renovação de plantel. Alguns municípios registraram limitações no período, como falta de energia elétrica, em Morro Redondo; excesso de umidade e de barro, em Pedro Osório e em Rio Grande; adubação deficitária, em Piratini; e oferta superior à demanda, em Turuçu.

Na de Santa Rosa, onde o rebanho conta com mais de 140 mil animais, a produção 
manteve-se estável. Contudo, a atividade enfrenta desafios devido à falta de sucessão rural. (As informações são da Emater/RS, editadas pelo Sindilat/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 33/2025 – SEAPI

A última semana permaneceu com temperaturas baixas no RS. Na quinta (7) e sexta-feira (8), a presença de um cavado (região de baixa pressão alongada) e o deslocamento de uma frente no oceano mantiveram a nebulosidade em todo Estado com pancadas isoladas de chuva em diversas regiões. 

O desenvolvimento das pastagens de inverno variou entre as regiões, com bom avanço em áreas mais drenadas e atraso onde persistiram manejo inadequado de lotação, baixas temperaturas e precipitações recorrentes. Nessas condições, houve menor oferta de forragem e foi necessário manter pastejos controlados. Os campos nativos ainda enfrentam limitações, mas em algumas regiões, já iniciaram a rebrota. Seguiram os preparos das áreas para a semeadura de milho destinado à silagem e às forrageiras anuais de verão.

Na bovinocultura de leite, nas regiões com recorrência de precipitações, o excesso de umidade e de barro afetaram o manejo e o conforto dos animais, aumentando problemas de casco, mastites e sujidades nos úberes. A produção de leite manteve-se estável, com qualidade dentro dos padrões. A alimentação foi complementada com ração e silagem. O escore corporal dos animais foi, em geral, adequado, com exceções pontuais. 

Os próximos dias terão o retorno da chuva ao RS. Na sexta-feira (15), o tempo seco, com variação de nuvens e aumento da temperatura predominará em todas as regiões. No sábado (16) e domingo (17), o tempo firme com grande amplitude térmica vai predominar na maioria das regiões, e somente na Zona Sul a intensificação dos ventos em níveis baixos da atmosfera manterá a nebulosidade e a possibilidade de pancadas de chuva.

Na segunda-feira (18), o tempo seco seguirá predominando e as temperaturas elevadas, com valores das máximas superiores a 25°C em diversas regiões. Entre a terça (19) e quarta-feira (20), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados.Os totais esperados deverão variar entre 5 e 10 mm na maioria das regiões e somente na Zona Sul e Campanha os volumes deverão superar 20 mm e alcançar 30 mm na Fronteira Oeste. (As informações são da Seapi/RS, editadas pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
RAR Agro & Indústria é premiada no 53º Prêmio Exportação RS
Pelo sétimo ano consecutivo, a Rasip Agro, unidade de negócios da RAR Agro & Indústria, foi reconhecida como Destaque Setorial – Agro no 53º Prêmio Exportação RS, promovido pela ADVB/RS. A cerimônia, realizada na última quinta-feira (14), na Casa NTX, em Porto Alegre, reuniu empresas que representam a excelência da produção gaúcha no cenário internacional. Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), a RAR Agro & Indústria leva há mais de 46 anos a qualidade de seus produtos a mercados estratégicos no Brasil e no exterior, mantendo o compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o respeito à sua origem. O reconhecimento é fruto do trabalho de uma equipe comprometida e da confiança de parceiros e clientes. Para a organização do Prêmio, a conquista reflete a resiliência e a força das empresas gaúchas, que, mesmo após os desafios impostos pela enchente de 2024, movimentaram US$ 21,9 bilhões em exportações no último ano. A lista completa dos vencedores do 53º Prêmio Exportação RS está disponível no site da ADVB/RS: https://advbrs.com (As informações são de GZH e RAR, editadas pelo Sindilat/RS)


Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de agosto de 2025                                                        Ano 19 - N° 4.459


Ordenha robotizada em pastagem integrada eleva a produção leiteira

Projeto pioneiro da Embrapa em São Carlos (SP) une ordenha robotizada e sistema ILPF, reduzindo mão de obra e elevando qualidade e rentabilidade.

A ordenha robotizada aplicada em sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) está transformando a produção leiteira no Brasil.

Desde 2021, a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), conduz um projeto inédito no país que combina inovação tecnológica, bem-estar animal e ganhos econômicos no manejo a pasto com árvores.

De acordo com André Novo, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Marco Aurélio Bergamaschi, chefe Administrativo, e a pesquisadora Teresa Alves, a iniciativa busca reduzir a dependência de mão de obra, ampliar a escala produtiva e aumentar a eficiência, adaptando uma tecnologia tradicionalmente usada em sistemas confinados para o ambiente ILPF.

Desafios para adaptar o robô ao pasto
A instalação exigiu planejamento detalhado para garantir que vacas, robô e infraestrutura funcionassem de forma integrada.

Foi preciso definir o posicionamento do equipamento, criar corredores de acesso e áreas de sombra. “Essa adaptação foi inédita no Brasil, pois exigiu repensar toda a logística de circulação das vacas”, explica Novo.

O custo inicial elevado e a necessidade de uma infraestrutura específica também representaram desafios. Além disso, houve a adaptação comportamental dos animais e da equipe.

Na ordenha robotizada, as vacas se dirigem voluntariamente ao equipamento, atraídas por incentivos como ração e água. O treinamento começou com o robô desligado, até que, em cerca de um mês, todo o rebanho passou a se ordenhar de forma autônoma.

Para os funcionários, o novo método exigiu capacitação e mudança de mentalidade, migrando de um processo manual e rígido para um modelo automatizado e mais flexível.

Benefícios técnicos e operacionais
O sistema robotizado permite controle rigoroso da produção e da saúde do rebanho, registrando dados como volume produzido por quarto da glândula mamária, tempo de ordenha, frequência de visitas e qualidade do leite, incluindo a contagem de células somáticas — indicador-chave no combate à mastite.

Segundo Teresa Alves, essas informações possibilitam decisões precisas, como ajustes na dieta, avaliação de eficiência reprodutiva e identificação de animais de baixo desempenho. Isso facilita o descarte e a reposição por novilhas mais produtivas.

Outro diferencial é o respeito ao ritmo natural do animal. Cada vaca é ordenhada quando deseja, e cada quarto da glândula mamária recebe tratamento individualizado, evitando sobre ordenha e favorecendo a saúde do úbere.

O sistema também separa automaticamente o leite de animais em tratamento ou recém-paridos, elevando a segurança alimentar e a qualidade do produto final.

Impactos na mão de obra e bem-estar
Para Marco Bergamaschi, a automatização libera os funcionários para outras atividades e reduz o esforço físico exigido pela ordenha manual. “A mudança melhora o bem-estar dos trabalhadores e otimiza o uso do tempo na propriedade”, afirma.

A flexibilidade de horários também é um ganho, já que a ordenha robotizada elimina a necessidade de horários fixos, permitindo maior organização das rotinas da fazenda.

Viabilidade econômica e retorno
O alto custo inicial ainda é o principal entrave para a adoção em larga escala. Para auxiliar os produtores, a Embrapa desenvolveu uma planilha que calcula o retorno do investimento com base em dados específicos de cada propriedade.

Segundo André Novo, apesar do investimento significativo, os benefícios incluem redução de gastos com mão de obra, menor incidência de mastite, aumento do valor do leite no mercado e prolongamento da vida produtiva das vacas. “O retorno financeiro ocorre, em média, entre seis e dez anos, dependendo da escala e do manejo”, explica.

Um modelo para o futuro
O projeto da Embrapa Pecuária Sudeste demonstra que a tecnologia pode ser aliada do sistema de produção a pasto no Brasil, conciliando produtividade, sustentabilidade e bem-estar animal.

A ordenha robotizada em pastagem integrada pode se tornar um modelo de referência para produtores que buscam eficiência e qualidade, especialmente em regiões onde o custo de mão de obra e as demandas de mercado exigem soluções inovadoras.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de O Presente Rural e dados complementares da Embrapa.


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1880 de 14 de agosto de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite manteve-se estável na maioria das regiões, e a condição corporal dos animais ficou, em geral, adequada. A qualidade do leite permaneceu dentro dos parâmetros exigidos, apesar de ocorrências de mastite, problemas de casco e sujidades nos úberes. O uso de suplementação alimentar, incluindo ração, silagem e outros alimentos conservados, foi frequente na maior parte das regiões. As condições climáticas impactaram o manejo e o conforto dos animais em função do excesso de umidade e de barro. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens contribuíram para o incremento de proteína na dieta das matrizes, e foi possível a redução desse nutriente nas rações fornecidas. As condições climáticas colaboraram para o conforto dos animais. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT) apresentaram valores adequados. Na de Caxias do Sul, a produção e os aspectos nutricionais ficaram estáveis e adequados. Contudo, houve problemas de casco e de sujidades nos úberes devido à umidade e ao barro. A qualidade do leite foi afetada, mas permaneceu dentro dos parâmetros exigidos.Na de Santa Maria, o escore corporal dos animais está abaixo do ideal, apesar da complementação alimentar com ração e silagem de milho. 

Na de Ijuí, houve um leve aumento da produção, mas o volume total ficou inferior ao mesmo período do ano passado. Apesar da ocorrência de doenças, como mastites em alguns animais, a qualidade do leite atendeu aos parâmetros de qualidade exigidos.

Na de Passo Fundo, as áreas com maior oferta de pastagem, e de mais qualidade, foram destinadas às vacas em lactação e, posteriormente, às vacas secas e novilhas. O escore corporal está adequado, e a produção de leite estável, assim como na de Erechim. 

Já na de Porto Alegre, a umidade remanescente no solo prejudicou os manejos dos animais, elevando o risco de mastites e de impacto negativo na CCS. 

Na de Pelotas, o rebanho está em época de parição. Há registros de produtores que desejam ampliar ou de ingressar na atividade leiteira. Os animais apresentam estado corporal apropriado. Em Pelotas, em Pedro Osório e em São Lourenço do Sul, a produção aumentou. 

Em Herval, os produtores realizaram melhorias nas instalações e renovação de plantel. Alguns municípios registraram limitações no período, como falta de energia elétrica, em Morro Redondo; excesso de umidade e de barro, em Pedro Osório e em Rio Grande; adubação deficitária, em Piratini; e oferta superior à demanda, em Turuçu.

Na de Santa Rosa, onde o rebanho conta com mais de 140 mil animais, a produção 
manteve-se estável. Contudo, a atividade enfrenta desafios devido à falta de sucessão rural. (As informações são da Emater/RS, editadas pelo Sindilat/RS)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 33/2025 – SEAPI

A última semana permaneceu com temperaturas baixas no RS. Na quinta (7) e sexta-feira (8), a presença de um cavado (região de baixa pressão alongada) e o deslocamento de uma frente no oceano mantiveram a nebulosidade em todo Estado com pancadas isoladas de chuva em diversas regiões. 

O desenvolvimento das pastagens de inverno variou entre as regiões, com bom avanço em áreas mais drenadas e atraso onde persistiram manejo inadequado de lotação, baixas temperaturas e precipitações recorrentes. Nessas condições, houve menor oferta de forragem e foi necessário manter pastejos controlados. Os campos nativos ainda enfrentam limitações, mas em algumas regiões, já iniciaram a rebrota. Seguiram os preparos das áreas para a semeadura de milho destinado à silagem e às forrageiras anuais de verão.

Na bovinocultura de leite, nas regiões com recorrência de precipitações, o excesso de umidade e de barro afetaram o manejo e o conforto dos animais, aumentando problemas de casco, mastites e sujidades nos úberes. A produção de leite manteve-se estável, com qualidade dentro dos padrões. A alimentação foi complementada com ração e silagem. O escore corporal dos animais foi, em geral, adequado, com exceções pontuais. 

Os próximos dias terão o retorno da chuva ao RS. Na sexta-feira (15), o tempo seco, com variação de nuvens e aumento da temperatura predominará em todas as regiões. No sábado (16) e domingo (17), o tempo firme com grande amplitude térmica vai predominar na maioria das regiões, e somente na Zona Sul a intensificação dos ventos em níveis baixos da atmosfera manterá a nebulosidade e a possibilidade de pancadas de chuva.

Na segunda-feira (18), o tempo seco seguirá predominando e as temperaturas elevadas, com valores das máximas superiores a 25°C em diversas regiões. Entre a terça (19) e quarta-feira (20), o deslocamento de uma nova frente fria provocará chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados.Os totais esperados deverão variar entre 5 e 10 mm na maioria das regiões e somente na Zona Sul e Campanha os volumes deverão superar 20 mm e alcançar 30 mm na Fronteira Oeste. (As informações são da Seapi/RS, editadas pelo Sindilat/RS)


Jogo Rápido
RAR Agro & Indústria é premiada no 53º Prêmio Exportação RS
Pelo sétimo ano consecutivo, a Rasip Agro, unidade de negócios da RAR Agro & Indústria, foi reconhecida como Destaque Setorial – Agro no 53º Prêmio Exportação RS, promovido pela ADVB/RS. A cerimônia, realizada na última quinta-feira (14), na Casa NTX, em Porto Alegre, reuniu empresas que representam a excelência da produção gaúcha no cenário internacional. Associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), a RAR Agro & Indústria leva há mais de 46 anos a qualidade de seus produtos a mercados estratégicos no Brasil e no exterior, mantendo o compromisso com a inovação, a sustentabilidade e o respeito à sua origem. O reconhecimento é fruto do trabalho de uma equipe comprometida e da confiança de parceiros e clientes. Para a organização do Prêmio, a conquista reflete a resiliência e a força das empresas gaúchas, que, mesmo após os desafios impostos pela enchente de 2024, movimentaram US$ 21,9 bilhões em exportações no último ano. A lista completa dos vencedores do 53º Prêmio Exportação RS está disponível no site da ADVB/RS: https://advbrs.com (As informações são de GZH e RAR, editadas pelo Sindilat/RS)