Porto Alegre, 10 de outubro de 2025 Ano 19 - N° 4.499
Mapa Econômico discute gestão na agricultura e vantagem logística em Cruz Alta
A cidade bicentenária de Cruz Alta, onde nasceu o escritor Erico Verissimo, recebeu, nesta quinta-feira (9), na sede da Associação Comercial e Industrial (ACI), a quarta edição do Mapa Econômico do RS em 2025. O painel, que contou com a presença do presidente da cooperativa CCGL, Caio Vianna, e do diretor da TentosCap (do grupo 3tentos), Luiz Pedro Dumoncel, abordou os desafios e oportunidades para as Regiões Norte, Noroeste Colonial, Fronteira Noroeste, Missões, Nordeste, Celeiro, Produção, Médio Alto Uruguai, Rio da Várzea, Alto da Serra do Botucaraí e Alto Jacuí.
As potencialidades foram comentadas tanto no palco quanto nos momentos de networking do público, que somou mais de 100 pessoas. A luminosidade dos campos (que beneficia a lavoura), um modal de transporte que soma ferrovia e rodovia foram citados como pontos fortes.
Em sua fala de abertura, o diretor-presidente do Jornal do Comércio, Giovanni Jarros Tumelero, ressaltou que Cruz Alta representa as regiões por sua pujança econômica e explicou o propósito do Mapa. "É um projeto que lançamos há três anos e estamos percorrendo o Rio Grande do Sul de ponta a ponta. Temos o dever de levantar as principais questões econômicas dos municípios para entregar como ferramenta aos empresários que nos acompanham", afirmou. Além de Cruz Alta, o projeto passou, em 2025, por Bagé, Lajeado e Garibaldi.
A prefeita Paula Librelotto citou a importância do agronegócio de Cruz Alta e seu papel como um todo no Estado. "Está pedindo passagem no Rio Grande para poder se desenvolver. É a cidade mãe de mais de 200 municípios", frisou. "Quando o poder público se une à iniciativa privada, e faz o que é certo, pode alavancar o desenvolvimento de uma região, e não atrapalhar", continuou.
Ao mediar o debate, Guilherme Kolling, editor-chefe do JC, explicou a divisão do RS em cinco regiões para o projeto do JC e deu exemplos de indicadores novos que são produzidos pela iniciativa. “A macroregião Norte já é a segunda no Rio Grande do Sul, passou a macroregião Serra”, comentou.
O presidente da cooperativa CCGL, Caio Vianna, acredita que Cruz Alta seja o melhor eixo logístico do Estado, mas o que realmente faz a diferença são as pessoas. Ele citou o endividamento dos produtores como um problema, assim como a necessidade de desenvolver uma nova agricultura.
“O Rio Grande do Sul tem 12 meses de temperatura, luz e umidade. Há agricultores que chegam a fazer três safras. O fluxo de carne bovina foi recorde mesmo com o tarifaço em setembro”, lembrou. “Temos ferramentas, temos pessoas. Só não podemos fazer agricultura em 10 centímetros de solo, pois assim a raiz aguenta apenas uma semana sem chuva”, ensinou, ao sugerir correções de solo e investimento em educação.
Luiz Pedro Dumoncel, diretor da TentosCap, crê que há razões para acreditar no Estado. “O agricultor gaúcho é um dos melhores produtores de grãos do mundo”, sublinhou. “Mas temos muito o que evoluir do ponto de vista de três aspectos: gestão integrada de riscos, principalmente os climáticos, enxergar o negócio como empresa e olhar para as oportunidades da proteína vegetal e animal. Temos um canhão, que é a questão do biodiesel”, listou.
Esta edição teve, ainda, a participação do estrategista-chefe do Bradesco Global Private Bank, Carlos Machado. Ele mostrou como o panorama internacional afeta o Brasil.
O caderno completo com os dados da fatia Norte do Estado será publicado no dia 27 de outubro e a edição que fecha a temporada deste ano do Mapa será em Porto Alegre em novembro. (Jornal do Comércio)
Emater/RS: Informativo Conjuntural 1888 de 09 de outubro de 2025
BOVINOCULTURA DE LEITE
A produção está em patamares satisfatórios, mas houve leve redução, em algumas regiões, em relação aos dois últimos meses. Essa queda já era esperada em razão da proximidade do final do ciclo das pastagens de aveia e de azevém, o que compromete gradualmente o volume e, sobretudo, a qualidade nutricional da dieta das matrizes. Os parâmetros de qualidade do leite, como gordura e proteína, estão adequados. Contudo, durante os períodos mais chuvosos, houve problemas pontuais de aumento na contagem de células somáticas (CCS) e bacteriana (CBT).
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Hulha Negra, os produtores substituíram a ração de 16% por 18% de proteína e adicionaram milho na dieta das vacas em pico de lactação ou com necessidade de melhoria do escore corporal. Em algumas propriedades, as reservas de silagem de milho estão se esgotando.
Na de Caxias do Sul, o estado corporal dos animais está satisfatório, e o bem-estar do rebanho foi favorecido pelas temperaturas mais amenas. A sanidade se manteve dentro do esperado, e foi realizado controle de ectoparasitas e verminoses.
Na de Erechim, os rebanhos estão em estado sanitário e nutricional adequado. Em razão da qualidade proteica e da digestibilidade das pastagens, os produtores reduziram o uso de concentrados. Em propriedades com menor oferta de volumosos, houve casos pontuais de perda de escore corporal.
Na de Ijuí, o volume de produção atingiu o pico no período, mas há tendência de queda nas próximas semanas, nas propriedades em sistema de produção de leite a pasto, devido à redução da qualidade das forrageiras anuais de inverno, que estão em final de ciclo.
Na de Passo Fundo, os animais manejados predominantemente a pasto receberam suplementação de silagem e ração. O rebanho apresentou estado nutricional adequado e alto escore corporal. A produção foi considerada satisfatória.
Na de Pelotas, houve retomada gradual da produtividade como reflexo do manejo das lavouras e do estado sanitário e corporal apropriados.
Na de Santa Maria, alguns produtores utilizaram silagem de milho para complementar a alimentação do rebanho. A produtividade se manteve estável, e a condição sanitária dos animais está apropriada.
Na de Santa Rosa, o fornecimento de volumosos e de concentrados proteicos está elevado para compensar a baixa qualidade das pastagens. Houve redução na produção diária de leite, mas a boa disponibilidade de silagem deve ajudar a estabilizar a produção até que as pastagens de verão estejam plenamente disponíveis. Emater/RS
Próxima semana deve ser de tempo estável na maior parte do Estado
A previsão é de tempo estável na maior parte do Rio Grande do Sul na próxima semana. As informações constam no Boletim Integrado Agrometeorológico 41/2025, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
Sexta-feira (10/10) e sábado (11/10): o tempo deve permanecer estável em grande parte do Rio Grande do Sul. Não há previsão de chuvas significativas em nenhuma das regiões.
Domingo (12/10): a atuação de um sistema de baixa pressão próximo ao estado deverá provocar instabilidade em todo o território gaúcho, com previsão de chuvas fracas a moderadas na metade mais ao sul, podendo ser localmente fortes em alguns pontos, e chuvas mais elevadas nas porções central e norte.
Segunda (13/10), terça (14/10) e quarta-feira (15/10): na segunda-feira (13/10), o sistema começará a se afastar, reduzindo sua influência sobre o estado. Assim, na segunda (13/10), terça (14/10) e quarta-feira (15/10), o tempo deve voltar a se manter estável, sem expectativa de chuva significativa na maioria das regiões.
Os acumulados de precipitação previstos variam entre 10 e 100 milímetros. Nas áreas centrais e do norte, os volumes podem superar os 100 mm em pontos isolados, enquanto no extremo sul os totais tendem a ser menores, não ultrapassando 50 mm.
O boletim agrometeorológico atualiza semanalmente a situação de diversas culturas e criações de animais no RS. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.
Jogo Rápido
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