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02/05/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.138


Chuva afeta cerca de 30% do recolhimento de leite no Vale do Taquari

Em Teutônia, unidade de processamento precisou paralisar a operação por cerca de oito horas por questão de segurança

A dificuldade de acesso a propriedades já traz impactos para o recolhimento de leite no Vale do Taquari. No final da noite desta quarta-feira (1º), o rio Taquari atingiu a maior cheia da sua história em Lajeado e Estrela, passando dos 30 metros.

Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindlat-RS), Guilherme Portella, a projeção é de cerca de 30% da captação na região tenha sido afetada, com atrasos ou impossibilidade de acesso às propriedades. A dificuldade é gerada principalmente pelos bloqueios e obstruções de vias e estradas.

— É um problema que estamos tentando resolver, neste momento mais concentrado na região do Vale do Taquari  — pontua o presidente do Sindilat-RS.

Houve ainda impacto temporário nas atividades de plantas. A unidade da Lactalis, em Teutônia, por exemplo, precisou paralisar a operação por cerca de oito horas, entre 8h e 16h, por questão de segurança. A subestação de energia foi atingida pelas águas, mas posteriormente, foi possível retomar as atividades. A planta tem capacidade para recebimento de até 1 milhão de litros de leite por dia. 

A água também começou a chegar na indústria de carnes. A unidade da JBS de Roca Sales, de alimentos preparados, é uma delas, conforme nota enviada pela empresa.

"A JBS confirma que a unidade de Roca Sales foi atingida pelas fortes chuvas que afetam o Rio Grande do Sul, mas ainda não é possível avaliar o impacto nas operações. Os esforços da empresa neste momento estão voltados à integridade de seus colaboradores e da comunidade na região." (Gaúcha ZH)


 

Após mudanças, veja o que está valendo no corte de incentivos fiscais no RS

No caso dos itens da cesta básica, por exemplo, tributação passa de 7% para 12%; medida foi adotada pelo governo estadual para aumentar a arrecadação, após fracasso na tentativa de elevar o ICMS

Começou a vigorar nesta quarta-feira (1º) o corte promovido pelo governo do Rio Grande do Sul nos incentivos fiscais de diferentes produtos e segmentos econômicos. A medida foi implementada pelo Palácio Piratini para aumentar a arrecadação, após a derrota na tentativa de aumentar a alíquota geral de ICMS.

Na prática, a revisão dos benefícios fiscais significa uma elevação no imposto cobrado dos produtos. No caso dos itens da cesta básica, por exemplo, o ICMS passa de 7% para 12%.

Em edição extra do Diário Oficial publicada na quarta-feira (30), o Palácio Piratini publicou uma série de decretos que oficializaram as providências anunciadas no início da tarde pelo chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

Com a revisão das desonerações, o governo Eduardo Leite estima arrecadar cerca de R$ 800 milhões até o final do ano. Desse montante, um quarto irá para as prefeituras.

O que muda agora

Alimentos
Produtos da cesta básica que hoje pagam 7% de ICMS passarão a pagar 12%. Os itens são: açúcar, café, farinhas de trigo, de arroz, de mandioca e de milho, leite longa vida, margarina, óleos vegetais, sal, banha suína, mistura para preparação de pães e conservas de frutas, avelãs, castanhas e nozes.

Itens que não estão incluídos na cesta básica pela legislação estadual, como carnes, arroz, feijão e massas, também terão o imposto elevado de 7% para 12%.

O pão francês e o leite de tipos A, B e C, que eram isentos de imposto (0%), passam a pagar 12%.

Agroquímicos
O governo exigirá a devolução de parte dos incentivos fiscais incidentes sobre os agrotóxicos. A contribuição começa em 10% agora e passará para 20% no final do ano.

A ideia inicial era de estender a cobrança a até 40% sobre os benefícios concedidos aos defensivos agrícolas, mas o percentual foi limitado a 20%.

O que ficou para janeiro

Ovos e hortifruti
Para frutas, legumes, hortaliças e ovos, o governo estadual resolveu estender a desoneração até o final de 2024. Assim, esses produtos começam a pagar ICMS em janeiro de 2025.

Fator de Ajuste de Fruição (FAF)
Esse mecanismo funciona como uma espécie de abatimento do imposto para incentivar compras no Estado. Pela regra as empresas recebem créditos presumidos de ICMS sobre 85% do valor de suas compras, sendo que os outros 15% dependem da aquisição de insumos no Rio Grande do Sul.

O plano do Piratini estipulava que 100% do crédito presumido ficasse condicionado às compras dentro do Estado. No entanto, essa exigência foi postergada para começar em 2025.

Corte linear
Para garantir a ampliação da receita, o governo informou que deve promover um corte linear  de 10% nos benefícios fiscais em 2025. (Gaúcha ZH)

Leite/Europa

A produção de leite europeia varia entre os países.  Mas, fontes da indústria relatam que ela está mais forte tanto sazonalmente como de semana para semana, dentro da Europa continental. Algumas publicações europeias divulgaram que na semana 15 de 2024 a captação de leite, tanto na Alemanha como na França subiu 0,1%, em relação à semana anterior.

Na Alemanha a captação foi 1,1% maior do que a registrada na semana 15 de 2023, e na França a coleta recuou 0,7% no mesmo período. De um modo geral as condições climáticas estão adequadas para o crescimento das pastagens e as forragens são abundantes em toda a Europa.

De acordo com o site CLAL, a produção de leite de vaca em fevereiro de 2024 na União Europeia (UE) está estimada em 11.515.000 toneladas, 3% acima de um ano atrás. Na comparação interanual, a captação de leite em janeiro e fevereiro de 2024 totalizou 23.282.000 toneladas, subindo 1,1% em relação à captação de janeiro e fevereiro de 2023. Entre os principais países produtores, a produção e a variação interanual nos dois primeiros meses do ano foram: Alemanha, 5.346.000 toneladas, +0,5%; França, 4.032.000 toneladas, +1,8%; e Países Baixos, 2.300.000 toneladas, -1,0%.

No Reino Unido as taxas de crescimento das forragens estão adequadas, mas a umidade prejudica a colocação das vacas no pasto, causando preocupações sobre o potencial impacto na qualidade do capim se as condições de umidade persistirem. Preliminarmente, relatórios indicam que a produção de leite em março pode não ter sido tão forte quanto a de fevereiro. De acordo com o site CLAL, em fevereiro de 2024, a produção de leite de vaca no Reino Unido foi de 1.223.700 toneladas, aumento de 2,9% em relação a fevereiro de 2023. No acumulado de janeiro a fevereiro, o volume contabilizado foi de 2.503.400 toneladas, o que representa crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2023.

Desde a saída da UE, em 2016, a Grã-Bretanha vem trabalhando para criar normas para a cadeia de suprimento e procedimentos alfandegários. Os exportadores de alimentos da UE precisam apresentar certificados de sanidade, assinados por veterinários, para a remessa de carne, queijo e outros produtos lácteos desde 31 de janeiro. A partir de 30 de abril, eles ainda precisarão fazer inspeções físicas em alimentos. Isso é bastante preocupante, porque o pequeno varejo e os atacadistas britânicos acreditam que as novas regras resultarão em menor disponibilidade de produtos e em custos mais elevados, o que forçará alguns exportadores a deixar de vender para a Grã-Bretanha.

Após a pandemia de Covid e o subsequente salto inflacionário nos preços dos alimentos, os consumidores migraram para as marcas da distribuição como uma alternativa a preços mais baixos. Agora, como a inflação cedeu e os custos de produção ficaram sob controle, várias empresas nacionais de alimentos procuram atrair os clientes para suas marcas. As grandes indústrias planejam amortecer o aumento de preços e desenvolver novos alimentos para tentar atrair os consumidores, trazendo-os de volta para suas marcas para recuperar suas cotas do mercado.   

Impulsionada pelo clima favorável e expansão do setor lácteo, a produção de leite continua crescendo em muitos países do Leste Europeu. De acordo com dados do site CLAL, a oferta de leite de vaca em fevereiro de 2024 na Bielorrússia foi de 682.000 toneladas, 11,1% a mais do que em fevereiro de 2023. No acumulado de janeiro a fevereiro, o volume de leite produzido na Bielorrússia foi de 1.392.000 toneladas, com aumento de 8,8% em relação aos mesmos meses de 2023.

Entre os maiores produtores de leite do Leste Europeu, o volume produzido nos dois primeiros meses do ano, e a variação percentual foram: Polônia, 2.182.000 toneladas, +3,7%; República Checa, 538.000 toneladas, +2,9% e Hungria, 282.000 toneladas, +2,6%.  

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva 

Jogo Rápido

Inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira – Cases de Sucesso – vão até 14 de junho
As inscrições para as categorias de “Cases de Sucesso” do 3º Prêmio Referência Leiteira encerram-se no dia 14 de junho. O regulamento e a Ficha de Inscrição estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS e também podem ser acessados pelo link. “Ao longo das edições temos, através dos destaques, alcançado tanto a divulgação das melhores práticas, quanto o reconhecimento de quem se dedica no campo, bem como a propagação dessas ações como inspiração para quem está na produção”, assinala o vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), entidade promotora da ação, juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Estão aptas para participarem, propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul e que comercializam leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. As melhores práticas da produção leiteira gaúcha serão destacadas entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Conforme o regulamento, cada propriedade pode se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas no regulamento, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br). As melhores em cada Cases de Sucesso, serão conhecidas durante a Expointer 2024, juntamente com as melhores nas categorias Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento.


 

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