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18/04/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.129


Sindilat apoia decreto de proteção da cadeia láctea

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoia o decreto do Governo do Estado que limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados. “Qualquer medida que valorize o produtor e o leite do produtor gaúcho é bem-vinda para as indústrias de laticínio do Rio Grande do Sul”, indica o presidente do Sindilat, Guilherme Portella. O decreto deve ser publicado nesta sexta-feira (19/04) no Diário Oficial do Estado e passa a vigorar a partir de 2025. 

O presidente do Sindilat salienta que a medida não representa prejuízo para a indústria leiteira, uma vez que quase a totalidade do leite em pó e derivados lácteos que vêm do Uruguai e Argentina são adquiridos por indústrias transformadoras. “Mais de 80% do leite em pó e derivados lácteos que entram para reprocessamento no Brasil vêm via empresas que fazem produtos como chocolates, sorvetes e biscoitos, por exemplo. A indústria de laticínios não importa leite em pó de fora”, destaca. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Fotos: Rodrigo Ziebell / GVG


GDT: preços internacionais do queijo em forte queda

Durante o 354º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 16/04, os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram estabilidade. Com uma variação de apenas 0,1% em relação ao evento anterior, o preço médio das negociações ficou em US$ 3.590/tonelada, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Dentre as categorias negociadas no evento, somente o leite em pó integral apresentou uma sutil valorização, de 0,4%, sendo negociado na média de USD 3.269/tonelada, enquanto todos os demais produtos apresentaram quedas em seus preços médios.

Os queijos obtiveram destaque por apresentaram a maior variação negativa desde dezembro de 2023, com – 8,5%, sendo negociado na média de 3.974/tonelada, também sendo o menor patamar de preço no período.

A manteiga foi negociada em média por USD 6.546/tonelada, registrando uma queda de 1,4% em relação ao evento anterior. Enquanto o leite em pó desnatado apresentou estabilidade, tendo seu preço médio em USD 2.541/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 16/04/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

O volume negociado durante o evento seguiu registrando novos recuos. Com um total de 17.654 toneladas sendo negociadas, pôde ser observada uma queda de 5,8% em relação ao volume negociado no evento anterior, renovando o menor patamar registrado nos eventos desde junho de 2020, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No mercado futuro da Bolsa de Valores da Nova Zelândia para o leite em pó integral, é possível observar que houve uma valorização nos contratos negociados neste mês de abril em relação ao mês anterior, porém, ainda abaixo do que já foi observado para estes mesmos contratos, como ocorreu no mês de fevereiro deste ano, como pode ser observado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

Em um cenário de menor oferta global de lácteos neste primeiro semestre de 2024, no primeiro leilão GDT realizado neste mês foi possível observar uma maior participação da China, do Oriente Médio e da Europa nas compras realizadas durante o evento.

Ainda é cedo para a afirmar que essas regiões continuarão sendo compradoras nos próximos leilões realizados, no entanto, com a maior participação no evento anterior, as expectativas ficam mais positivas.

Em contrapartida, é necessário ressaltar que a China enfrenta um momento em que a economia interna se encontra ainda frágil, com uma produção interna de leite que deve apresentar algum crescimento neste ano de 2024, segundo o Rabobank. Portanto, estes fatores nos levam a acreditar que a China não terá um forte aumento em suas importações de lácteos ao longo de 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

Para os próximos meses, caso a demanda internacional mostre maior solidez, frente a uma oferta dos principais exportadores ainda baixa, os preços no mercado internacional podem ganhar ainda mais força – fazendo com que a Argentina e o Uruguai destinem maior volume de exportações para outros mercados, em detrimento dos envios ao Brasil.

Ao analisar preços internacionais e importações brasileiras, o principal destaque desta semana tem sido a forte subida do dólar, que fechou ontem (16/04/2023), em R$5,27. Se a taxa de câmbio se manter nesses patamares, as importações pelo Brasil tendem a ser ainda menos competitivas.

As informações são do Milkpoint

Uruguai – Menor produção de leite preocupa a Conaprole

Produção/UR – Começamos um ano totalmente diferente de 2023, disse o produtor de leite e associado da cooperativa, Justino Zavala, ao ser entrevistado pelo programa Diario Rural (CX 4 Rural). Porque depois da seca “começou a chover e não queria parar”.

“Está complicado porque ficam os silos para serem feitos, como no caso dos sorgos, as máquinas ficam atoladas e é complicado com os caminhões. O plantio do azevém atrasou e isso é muito importante para a produção de leite”.

Mas, as dificuldades não param por aí. Devemos acrescentar que “o leite não aparece, por isso (a cooperativa) Conaprole está preocupada”, comentou. Temos duas situações, disse Zavala.

Por um lado, “se olhados os números hoje, a fazenda está comprando dois quilos de milho com um litro de leite. Um dólar que favorece o produtor que recebe em peso. Hoje o negócio do leite não é ruim. O problema é que o produtor não recebe”.

Na Conaprole “existem mais de 300 matrículas no vermelho, e o dobro deve estar recebendo valores insuficientes”. Ao mesmo tempo, “estamos com uma pressão financeira muito forte”.

Portanto, “o negócio em si está pronto para melhorar e seguir bem. Mas hoje a situação está complicada para muitíssimos produtores e isto faz com que a produção não se traduza no que deveria”, explicou.

Zavala disse que “foi um golpe duríssimo” a queda do preço do leite em agosto (2023) adotada pela Conaprole, quando ficou em US$ 0,36; “mas hoje pela queda do dólar, estamos recebendo quase US$ 0,40. Sem aumentar o preço em peso, aumentou em dólares e como compramos muito em dólares, o resultado do negócio melhorou”.

“Como o leite não está nos níveis que deveria, a Conaprole fez uma análise e os que tiveram queda de produção não foram os pequenos, foram os grandes produtores. Os que têm vacas com maior produtividade, porque no ano passado tinham uma alimentação com concentrados, com suplementos e este ano passaram a comer pasto, gerando um problema que nos leva à situação em que estamos”, esclareceu.

Sobre o custo de produzir um litro de leite, disse que “deve estar acima de US$ 0,36 o litro, porque estamos em um ponto de equilíbrio entre o que custa produzir e o que recebemos por um litro, mas com a variação cambial pode melhorar um pouco”.

Entretanto, a situação, definitivamente, é que se está produzindo um leite mais barato, porque é a pasto, mas caem os litros produzidos.

“Não existe uma explicação porque as vacas estão em boas condições, pariram bem, os sólidos são impecáveis, mas o leite não aparece”, porque as pastagens são mais vulneráveis do que os grãos.

Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido

"Saberemos só na véspera", diz Artur Lemos sobre votos para aprovar o aumento de ICMS
Chefe da Casa Civil prevê conversas diferentes para tratar da posição dos deputados. A manifestação de deputados, especialmente os da base aliada, contra o aumento de ICMS, durante o Tá Na Mesa, repercutiu na Alemanha, onde integrantes do governo participam de missão. Além do governador Eduardo Leite, estão na viagem dois dos principais articuladores, o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e o líder do governo na ALRS, Frederico Antunes. Nesta quinta-feira, ao falar sobre o projeto, Artur Lemos ressaltou que o panorama de votos só se dará na véspera da análise em plenário, que está prevista para a sessão do dia 14 de maio. Segundo ele, sobre os deputados que participaram no Tá Na Mesa, já era de conhecimento a posição dos mesmos, mas que "alguns deles ainda estão abertos". Ele ressaltou ainda que as conversas serão diferentes, na comparação com as realizadas no final do ano passado, quando do o Executivo enviou um projeto prevendo aumento de 17% para 19,5% na alíquota de ICMS. Isso se dá porque a atual proposta, que eleva a modal para 19%, é acompanhada de outros pontos, como medidas de estímulo à economia. "É um projeto complexo e que precisa de compreensão, não só dos deputados da base, mas de todo o Parlamento. Porque o que se apresentou agora é diferente de novembro. Agora é um pacote que envolve também a competitividade", pontuou. (As informações são do Correio do Povo)


 

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