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30/08/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 30 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.977


RS prepara Selo Verde para cadeias de proteína animal

O Rio Grande do Sul caminha para instituir um selo verde para as cadeias de produção de proteína animal. A confirmação para a certificação aconteceu na manhã desta quarta-feira (30/08), ao final da primeira edição do Seminário RS Carbon Free. O compromisso com o equilíbrio ambiental deverá se iniciar pelo levantamento dos indicadores e das metas.  “Em diversas fases, muitas ações para o equilíbrio nas emissões já vêm sendo adotadas. O objetivo do selo é colocar tudo isso dentro da metodologia da Embrapa. Faremos isso em parceria com o Governo do Estado e as entidades representativas da pecuária de corte, grãos e leite”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS).

A iniciativa se alinha ao trabalho desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA), que já realiza uma tabulação de dados que permitirá determinar métricas para ações de descarbonização.  De acordo com a secretária da pasta, Marjorie Kauffmann, o Estado busca “definir essas métricas até o final deste ano, e que elas sejam exequíveis, para que se consiga quantificar o quanto que uma produção está emitindo”. Kauffmann também afirmou que o governo gaúcho irá investir R$15 milhões para pesquisas sobre mitigação de carbono da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande (Fapergs). 

Estabelecer os parâmetros é o primeiro passo para avançar rumo ao mercado de créditos de carbono. Mesmo carecendo de uma legislação específica no Brasil, o comércio da chamada “moeda verde” é mais reconhecido pelos benefícios ao meio-ambiente do que como forma de gerar divisas ao produtor. “O que remunera não são os créditos, é a terra preservada, o solo produtivo e as tecnologias de preservação efetivamente chegando no campo, onde o produtor pode se manter com dignidade e oferecer para o mercado produtos alinhados à sustentabilidade”, assinalou Caio Vianna, diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS, ao coordenar a mesa-redonda da manhã que teve a participação de Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo.

Em termos de comparação, o volume de emissão da agropecuária corresponde a 12% do total do que é produzido no mundo, enquanto o setor de energia, por exemplo, é responsável por 73%. Os dados atualizados foram apresentados pela SEMA. “Nenhum produtor ficará rico com o carbono, o objetivo também não é este. A pauta carbono é uma grande estratégia para se tratar da preservação, melhorar produção e eficiência, gerando economia de recursos, o que sim, do ponto de vista econômico, é lucro”, reforça Domingos Velho Lopes, vice-presidente da Farsul. 

Entre os palestrantes da última manhã do Seminário RS Carbon Free, também estiveram Alexandre Berndt, da Embrapa Pecuária Sudeste; Jackson Freitas Brilhante de São José, da Seapi; Cimélio Bayer, da UFRGS, e Walkyria Bueno Scivittaro, da Embrapa Clima Temperado.

O seminário se iniciou no dia 29 de agosto, na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), e reuniu produtores, pesquisadores, professores, estudantes e representantes de entidades públicas e privadas para a troca informações, estudos e experiências relativos à mitigação e ao balanço do carbono. Ao todo, o evento contou com 12 palestras e duas mesas-redondas.  A atividade é promovida pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e Sebrae/RS, com o apoio de Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, além da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi) e Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA). (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Dudu Leal)


Foco no mercado interno e exportação para a Ásia são estratégias para fortalecer a indústria láctea do Brasil, aponta consultoria 

Barrar importações de países do Mercosul, conquistar novos consumidores, focar em alta produtividade dos tambos e na indústria, e mirar para o mercado da Ásia estão entre alguns dos insights destacados por Thais Balbi e Giovana Araujo para que a indústria láctea brasileira encontre um caminho rumo ao seu fortalecimento e crescimento. As especialistas são sócias da KPMG Deal Advisory & Strategy, empresa de auditoria e consultoria. No painel “Os Desafios da Indústria de Laticínios no Brasil”, realizado em parceria com o Sindicato das Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) na manhã desta quarta-feira (30/08), na Expointer, elas detalharam as estratégias, que se iniciam com  o olhar para dentro do mercado nacional.

No Brasil, além de frear a entrada de produtos lácteos que chegam às prateleiras vindos da Argentina e do Uruguai, é preciso ampliar os sistemas voltados à produtividade e garantir redução nos custos de produção e insumos. Além disso, é preciso um reposicionamento frente à mudança no perfil de consumo de leite e derivados por setores que tiveram mais queda de capital, repensando portifólio e produtos. “É preciso reposicionar o leite em todas as classes, tanto entre as que vem perdendo renda e que coincidentemente são as que mais consomem, quanto as de maior poder aquisitivo, fazendo o processo educacional sobre os benefícios desta fonte nutriente, para que o costume de consumir lácteos seja percebido com valor, invertendo a trajetória na queda do consumo”, indica Giovana Araujo.

No cenário mundial, Thais Balbi aponta que a estimativa de crescimento, tanto por conta do aumento da renda quanto pela expansão populacional, é projetada globalmente na ordem de 33%. “A China importa anualmente 800 milhões de toneladas de leite e derivados, e deve continuar importando em volume cada vez mais crescente. O Brasil é um dos países com maior potencial de expandir sua indústria para atender este crescimento, seja no mercado interno ou no exterior e se posicionar como exportador de produtos de alto valor agregado, como os queijos e outros itens premium”, destaca. 

O evento realizado no dia 29/08 na Expointer em Esteio (RS), também contou com a presença de Daniel Cifu, Sócio da KPMG Corporate Finance, Especialista em avaliação de ativos e negócios e Líder da Regional Sul. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Dudu Leal)

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 29 de Agosto de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2023 é de R$ 4,4863/litro. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)


Jogo Rápido

Gaúcha Atualidade
Leandro Staudt, Giane Guerra e Rosane de Oliveira fazem entrevistas e trazem a análises sobre o que acontece no Estado, no país e no mundo. O programa desta quarta-feira (30), diretamente da Expointer, contou com a participação do secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), Marcos Tang, da fundadora da Insect Protein, Adriana Bender, e do CEO da Insect Protein, Mauro Ávila. CLIQUE AQUI e confira a entrevista. (Rádio Gaúcha)


 
 
 

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