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04/08/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.959


2º dia de Interleite Brasil 2023. Confira o que aconteceu 

O terceiro painel do evento com o tema “Agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar”, teve a primeira apresentação com Eduardo Martins, diretor no Grupo Associado de Agricultura Sustentável/GAAS, que iniciou os trabalhos falando sobre o status atual, resultados e perspectivas para a agricultura regenerativa. 

“É interessante o quanto a interação agricultura e agricultor, devidamente orientada e fundamentada tanto na parte empírica, quanto científica, é capaz de acelerar e fazer com que novas práticas sejam adotadas”, disse Eduardo,  “entendemos que o conhecimento é uma fonte de abundância, onde compartilhar é melhor que competir”. Ao final, Eduardo reforça a oportunidade para o setor leiteiro. “A agricultura regenerativa vai crescer exponencialmente ( …) eu acredito que para o leite essa é uma oportunidade extraordinária.”

Na mesma pegada ambiental, o produtor de leite na Fazenda Santa Luzia em Passos/MG, Maurício Silveira Coelho, trouxe um pouco do que é aplicado e realizado em sua fazenda como estratégias ambientais. Ele conta que instalou uma estação de tratamento de água e que toda água consumida pelos animais e usada nas limpezas passam por essa estação.  Além disso, destacou que todos os dejetos são coletados e tratados. Em uma de suas falas, o produtor menciona “O nosso grande desafio é como nós vamos responder à crescente demanda mundial por mais alimentos, atento aos anseios do consumidor moderno e observando  as regras valorizadas pelo mercado.”  

Continuando a maratona de conhecimento, Verônica Lopes - Gerente de Sustentabilidade e soluções de negócios da DSM e Marcelo Machado - Gerente Técnico de Leite da DSM trouxeram a temática “A fazenda do futuro começa agora”. Marcelo relata os pilares da fazenda do futuro. “A fazenda do futuro vai possuir três grandes pilares. Ela vai precisar ser eficiente, rentável e tem que ser integrada”. O gerente ainda afirmou a necessidade de gestão. “As fazendas precisam de uma gestão melhor, precisa e mais rápida, além da produtividade”. Em continuação ao tema, Verônica aborda sobre sustentabilidade e dentro deste conceito ela traz a questão da redução dos gases de efeito estufa (GEE). A gerente aponta que a preocupação com os GEE é “um movimento global” e que a produção leiteira como as demais atividades econômicas tem a sua parcela. 

A próxima palestra pôde complementar de forma muito apropriada o terceiro painel do Interleite Brasil 2023. Bruna Jardim, Analista de Biometano na empresa Abiogás palestrou sobre “Geração e uso do biogás e do biometano na propriedade leiteira para pequenos e grandes produtores" e destacou o potencial “O biogás tem um potencial gigantesco e esse setor em desenvolvimento está crescendo como uma fonte renovável e aliada com a pegada negativa de carbono”, relatou Bruna.  Dando continuidade ao painel, Marcello Brito, Coordenador da Academia do Agro na FDC-Fundação Dom Cabra, falou sobre a estratégia ambiental na produção de alimentos: oportunidade e necessidade. 

Marcello inicia com o questionamento “quando foi que perdemos a urgência do presente e a prudência do futuro?” e responde no decorrer de sua palestra que o Brasil ainda vive no passado e que está ficando para trás no mercado de carbono. O coordenador falou também do cenário exportação do Brasil, um grande país exportador e tem acesso a vários países, mas com pouca diversificação de produtos exportados, como o carbono. Marcello esclarece que “aportar o potencial econômico que nós temos na nossa produção de alimentos é o que nos dará acesso privilegiado a mercados que hoje ainda não temos.”

E para finalizar a manhã do segundo dia de evento, Barbara Sollero, ESG Milk Sourcing Manager da Nestlé, trouxe o tema “Agricultura Regenerativa: transformando o sistema solo, planta e animal em rentabilidade” Barbara inicia argumentando a importância da produção sustentável. “Não dá para falar da produção de leite sustentável sem pensar em rentabilidade” e que produtores são agentes de transformação e precisam estar no centro do planejamento. “Quando falamos de agricultura regenerativa, falamos de constância e que os benefícios são colhidos ao longo dos anos, sendo notado logo no primeiro ano”, finalizou.

O SINDILAT/RS foi parceiro do evento e ofereceu descontos aos seus associados na inscrição. 

As informações são do Milkpoint, adaptadas pelo SINDILAT/RS


A próxima semana vai apresentar variações de chuva e temperatura no RS

É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico Nº 31/2023 – Seapi. 

Entre a sexta (04) e domingo (06), o tempo firme, com temperaturas elevadas vai predominar na maior parte do Estado, somente na Zona Sul poderão ocorrer chuviscos e garoas isoladas. 

Na segunda (07), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na terça (08) e quarta-feira (09), a nebulosidade seguirá predominando e deverão ocorrer pancadas de chuva na maioria das regiões, e o ingresso de ar frio provocará o declínio das temperaturas em todo Estado. 

Os volumes previstos deverão oscilar entre 20 e 35 mm na maioria das áreas do RS. Na Zona  Sul, Litoral Norte, Região Metropolitana e Serra do Nordeste os totais deverão variar entre 35 e 50 mm. 

O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, aveia branca, canola, cevada, apicultura, além das pastagens para bovinos de corte, rebanho leiteiro e rebanho ovino. Veja o boletim completo em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Seapi)

 

Informativo Conjuntural Emater/RS-Ascar - nº 1774 – 3 ago. 2023 - BOVINOCULTURA DE LEITE

As regiões apresentam boa oferta de forragens cultivadas, embora o acesso a estas possa estar limitado em áreas onde há excesso de umidade. A maioria dos produtores segue suplementando as matrizes em lactação. A produção de leite se mantém estável.

Na região administrativa de Emater/RS-Ascar de Bagé, as forragens cultivadas  apresentam excelente qualidade e volume suficiente, porém ainda há limitação de acesso nos  locais onde o solo está encharcado. Por isso, muitos produtores estão intensificando a alimentação no cocho com silagem, feno e ração. 

Em Bagé, os produtores redobraram os  cuidados de higiene da ordenha devido ao risco de contaminação do leite e de mastites. 

Na de Caxias do Sul, grande parte das propriedades dedicadas à produção de leite optou por utilizar a silagem de milho. Os dias de chuva demandaram cuidados adicionais em razão da formação de barro em corredores, piquetes e salas de ordenha. 

Na de Erechim, os rebanhos apresentam boas condições sanitárias e elevado nível de bem-estar. A redução das chuvas e a sequência de dias ensolarados facilitaram o manejo das matrizes e das pastagens. 

Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está aumentando em função da boa oferta de alimentos e das condições de bem-estar dos animais. 
Na de Ijuí, a produção se manteve estável. Os produtores estão reduzindo o fornecimento de concentrados para diminuir custos, aproveitando a boa oferta de forragem verde. 

Na de Passo Fundo, as condições sanitárias dos rebanhos são boas em relação ao ganho de peso e à recuperação do escore corporal, porém a alimentação das matrizes leiteiras ainda está sendo suplementada para manter os níveis de produção.

Na de Pelotas, houve aumento do número de vacas em lactação, resultando em maior produção de leite.
 
Na de Santa Rosa, as temperaturas amenas garantiram o conforto térmico dos animais. O aumento da qualidade das pastagens de inverno está impulsionando a produtividade de leite, além de aumentar os teores de gordura e proteína do produto. 

Na de Soledade, as condições do tempo estão favoráveis, o que tem impulsionado a média de produtividade leiteira. (As informações são da Emater/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Programa Rio Grande Record - entrevista Darlan Palharini
Produtores de leite gaúchos protestam contra a importação do produto de países que fazem parte do Mercosul. Liderados pela federação dos trabalhadores da agricultura eles bloquearam o acesso à aduana, por onde passam as cargas que vêm de outros países. Confira clicando aqui. (Record TV RS)


 
 

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