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07/06/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.919


Embrapa Gado de Leite em MG apresenta sistemas para produção e genética para leite A2A2

Iniciou na terça-feira (06/06) uma série de agendas em Minas Gerais que têm como objetivo capitalizar conhecimentos para fomentar a indústria leiteira do Rio Grande do Sul e incrementar o manancial curricular da Escola Técnica Laticinista gaúcha. As atividades se concentraram na visita à Embrapa Gado de Leite e foram acompanhadas por Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Carine Schwingel, secretária municipal de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade e por Tanara Schmidt, diretora do Departamento de Meio Ambiente, órgãos ligados à prefeitura de Estrela (RS) que capitaneiam a implantação do educandário.

Em desenvolvimento pela Embrapa Gado de Leite, o grupo pode conhecer, na cidade de Juiz de Fora (MG), o andamento das pesquisas de melhoramento genético para a produção de leite A2A2. O alimento se diferencia por conter apenas beta-caseína A2, mantendo as mesmas propriedades benéficas para o consumo, evitando reações para quem tem alergia à proteína e melhorando a digestão deste alimento. Entre as raças com maior frequência de presença destes alelos estão as zebuínas.

Já na parte da tarde, no Campo Experimental José Henrique Bruschi, na cidade de Coronel Pacheco, a comitiva acompanhou o sistema de produção Compost barn, pesquisado pela Embrapa, como uma alternativa para a produção em confinamento, tendo como característica a cama orgânica de materiais como serragem ou maravalha, em que a compostagem dos dejetos ocorre naturalmente. Entre os resultados aferidos estão a garantia do bem estar animal assim como a baixa incidência de mastite.

Conforme Carine Schwingel, a proposta é firmar parceria para incorporar o manancial de conhecimento da Embrapa à Escola Técnica Laticinista gaúcha. “Conseguimos identificar na prática a importância da pesquisa e das avaliações técnicas para o melhoramento da qualidade e da produtividade do leite. A Embrapa tem um espaço diferenciado com profissionais e setor acadêmico voltados ao desafio de se produzir mais com menos, desde a alimentação ao ambiente. Queremos levar essas tecnologias para os nossos produtores através da Escola”, aponta.

Darlan Palharini acrescenta que a incorporação de novas tecnologias, tanto no campo quanto na indústria, é uma realidade que vem se impondo a fim de garantir competitividade ao leite gaúcho. “Com conhecimento e investimento na formação técnica podemos levar nossa produção a patamares superiores. Confiamos que esta parceria do Sidilat, Embrapa e Escola Laticinista é um caminho viável para fazer isso acontecer”, reforça.



Fotos: William Fernandes Bernardo/Embrapa Gado de Leite

Assessoria de imprensa SINDILAT/RS com informações da Embrapa Gado de Leite


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1765 - BOVINOCULTURA DE LEITE

A entrada dos animais nas áreas de pastagens de aveia e azevém, devido às condições de tempo favoráveis ao bem-estar e ao consumo pelos animais, possibilita a recuperação da produtividade. Diversos produtores de leite já estão utilizando a silagem de milho feita durante o período de verão, melhorando a disponibilidade de alimentos volumosos para os rebanhos. 

A ocorrência de chuvas no final do período causou a formação de barro nos locais de acesso à ordenha, aumentando a necessidade de cuidados para não haver contaminação do leite nem aumento de casos de mastite nas matrizes em lactação. Nos rebanhos, seguem os problemas com as infestações de carrapatos, que tendem a reduzir conforme as temperaturas forem diminuindo. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Itacurubi, as matrizes em lactação apresentam gradativa melhoria de condição corporal e de produção de leite, à medida que aumenta a oferta e a qualidade das pastagens. preços melhores preços pagos pelo litro do leite para os produtores devem refletir em margem de lucro mais satisfatória, considerando que a maior oferta de pasto permite economizar na suplementação com concentrados.

Na de Caxias do Sul, diversos produtores iniciaram a implantação de cereais de inverno para ensilagem. Na de Frederico Westphalen, o preço dos alimentos concentrados teve uma pequena retração, reduzindo o custo de produção. A expectativa no preço do leite, segundo as empresas, é de estabilidade, porém houve melhora, se comparado ao mês anterior. 

Na de Ijuí, a produção segue em recuperação, aproximando-se dos patamares anteriores à estiagem. Na de Lajeado, em razão da redução da cotação dos grãos, os preços das rações comerciais também recuaram em média 15%. Já os preços dos adubos e da ureia continuam baixando. Na de Pelotas, o período é de preparo de silagens, e há poucas áreas ainda para colher.  O solo mais seco possibilitou melhor manejo dos animais nas pastagens em ponto de pastejo. 

Em Pedras Altas, a produção segue levemente em ascensão, e houve aumento de vacas em  parição. Na de Porto Alegre, as temperaturas amenas e a chuva leve no final de semana  favoreceram o desenvolvimento das pastagens. Na de Santa Rosa, houve registro de aumento na produção leiteira em função da  melhoria na oferta forrageira, pois as pastagens anuais de inverno já estão proporcionando  pastejo. Os produtores têm focado o manejo sanitário no controle de endo e ectoparasitos.  Na de Soledade, é período de intenso uso das pastagens de aveia. Em Rio Pardo, há  expectativa de aumento da área plantada de trigo para silagem. (Emater/RS)

Uruguai – O país produz leite para 20 milhões de pessoas

Leite/UR – O valor do setor lácteo uruguaio é de tal magnitude que, como destacou o Instituto Nacional do Leite (Inale), a cada ano produz leite suficiente para alimentar 20 milhões de pessoas, ou seja, seis vez mais que a população do Uruguai, utilizando apenas 5% do território nacional.

A propósito dos dados divulgados pelo Inale, o setor lácteo do Uruguai é o que gera maior receita média por hectare, com exportações.

O Uruguai é, além disso, o 7º maior exportador mundial de leite.

Da produção de leite (2,2 bilhões de litros por ano), 70% é exportado para mais de 60 mercados e o restante vai para o consumo interno.

Cerca de 90% da produção é processada em complexos industriais no Uruguai, onde existe uma melhora constante dos processos com crescente incorporação de tecnologia e padrões de qualidade que atendem aos mercados mais exigentes.  

O Brasil com 26%, a Argélia 27% e a Rússia com 14%, são os atuais principais mercados para o Uruguai.

Com base em blocos regionais, 37,8% tem como destino a América do Sul, 30% segue para a África e 14% para o mercado russo e 11% para o mercado asiático.

Com relação ao consumo anual no Uruguai, ele fica em torno de 230 litros de leite por pessoa, mais do dobro do consumo mundial médio.

O leite fresco pasteurizado, disponível diariamente para os consumidores, é livre de hormônios de crescimento, de antibióticos, de metais pesados e de contaminação radioativa.

Existem no Uruguai cerca de 3.300 produtores de leite. 73% deles enviam sua produção para a indústria e 27% produzem queijo artesanal no estabelecimento.

Uma fazenda média possui 150 vacas em ordenha, tem 250 hectares e uma produção média de 18 litros por vaca/dia.

Aproximadamente 20.000 pessoas são vinculadas ao trabalho do setor lácteo, e nas fazendas há o predomínio do trabalho familiar e na indústria a maioria é composta por trabalhadores permanentes.

O Inale destaca que o gado é alimentado em pastagens a céu aberto, o rebanho é 100% rastreado, atestando sua qualidade genética.

O setor é integrado por diversas organizações, que incentivam o trabalho associativo. Esta fortaleza tem sido um pilar fundamental para impulsionar o dinamismo do setor.

Os estabelecimentos entregam para as indústrias leite de qualidade e recebem assistência técnica e financiamento. Este vínculo é a base histórica do Uruguai leiteiro, conclui a análise do Inale. (Fonte: El Observador)


Jogo Rápido

OCDE eleva previsão para crescimento do PIB do Brasil em 2023 e 2024, com impulso do agro
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023 e 2024, seguindo impulso forte da produção agrícola no primeiro trimestre deste ano. No entanto, a tendência é de moderação no ritmo de expansão do PIB, à medida que taxas de juros restritivas e fraco crescimento do crédito limitam a demanda doméstica. A análise faz parte do relatório interino de perspectivas econômicas da OCDE, divulgado nesta quarta-feira, 7. Nele, a organização informou que elevou a projeção de crescimento do PIB brasileiro de 1,0% para 1,7% em 2023, enquanto a previsão para o próximo ano passou de 1,1% para 1,2%. Os números ainda representam uma desaceleração em comparação a 2022, quando a atividade econômica do país cresceu 3,0%, segundo o relatório. A OCDE analisa que este movimento ocorre devido ao consumo privado e às exportações mais fracas neste ano. No caso do consumo doméstico, a atividade deve ser limitada pelo baixo crescimento de empregos, inflação alta e condições de crédito restritivo. Já as exportações serão afetadas por preços menores das commodities e demanda global reduzida, enquanto o investimento privado deve crescer em ritmo mais lento, avalia a OCDE. A organização projeta que a inflação deve permanecer acima da meta definida pelo Banco Central do Brasil, o intervalo de 1,75% a 3,75%, em 2023, levando os dirigentes a manter a taxa Selic em 13,75% até pelo menos o terceiro trimestre deste ano. Porém, essas condições devem reduzir de forma sustentada o núcleo da inflação, permitindo cortes nas taxas brasileiras ainda em 2023, conforme o relatório. Em relação a pares globais, a OCDE destaca que a recuperação da atividade econômica no Brasil acompanhou a de outras economias, como China, Índia e Japão. Sobre o fluxo de investimento privado, a organização nota que o investimento estrangeiro direto permaneceu amplo o suficiente para cobrir déficits em contas correntes do Brasil e de diversos outros países latinos, apesar de demonstrar queda de 35% nas economias emergentes do G20 em 2022. (Correio do Povo)


 
 
 

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