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24/05/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.909


Sindilat apoia evento Profissional do Futuro 2023 Unijuí
 
Com a expectativa de receber em torno de 600 alunos do ensino médio entre os dias 23, 24 e 25 de maio, o curso de Medicina Veterinária e Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) abrem as portas da sua escola fazenda, em Augusto Pestana (RS), para divulgar as profissões das ciências agrárias e a importância da formação profissional na produção de leite de qualidade. A professora que coordena a visita, Denize da Rosa Fraga, explica que os alunos participam de um circuito rural na propriedade, conhecem o trabalho do médico veterinário e do agrônomo e o mercado do leite no Rio Grande do Sul. “Nossa intenção é mostrar, através da prática, de dados e de relatos dos profissionais, como é a atuação nesta área. O quanto as instruções técnicas são importantes na manutenção das fazendas e no crescimento do mercado leiteiro”. O Sindicato das Indústrias de Laticínio do RS (Sindilat/RS) é apoiador do evento.
 
Os alunos também passam por atividades no viveiro florestal da Universidade, entram em contato com os equinos e conhecem um pouco mais sobre as forrageiras e produção de grãos. O secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, reforça a importância de apoiar projetos de introdução dos estudantes ao agronegócio. “A profissionalização e automatização da atuação no campo estão em alta. Por isso, incentivar os jovens a compreenderem logo no início o funcionamento das propriedades e a importância de mão de obra técnica são maneiras de construir nosso futuro mercado com ainda mais qualidade”. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)
 
 

Alta nas importações de lácteos assusta produtores gaúchos

O Rio Grande do Sul é o terceiro Estado que mais importou lácteos e derivados no país

O crescimento nas importações de lácteos no primeiro quadrimestre tem assustado os produtores do Rio Grande do Sul. Este ano, as compras brasileiras de leite, creme de leite e laticínios (exceto manteiga e queijo) da Argentina e Uruguai em relação ao mesmo período do ano passado saltaram em 286,4% em valor, chegando a US$ 263,2 milhões, e 230,6% em volume, atingindo 69,9 mil toneladas, conforme dados da plataforma Comex Stat, do governo federal. Em sentido contrário, as exportações do país caíram 37,2% em receita, chegando a US$ 25,4 milhões, e 30,7% em volume.

O Rio Grande do Sul é o terceiro Estado que mais importou, aplicando US$ 34,1 milhões, com variação de 230,7% sobre o período de janeiro a abril de 2022. Os dados deste ano ampliam as preocupações dos produtores. “Estamos com medo, porque há uma inundação de leite de fora do país e temos que ter alguma medida protetiva”, destacou o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang. 

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini,  diz que o preço da matéria-prima pago aos produtores do Estado é acima do valor de mercado do Mercosul e que Argentina e Uruguai têm políticas públicas de apoio ao segmento. Segundo o dirigente, o governo argentino aprovou subsídios aos produtores no final do ano passado e o Uruguai concedeu linhas de crédito com prazo de até 13 anos para produtores e indústria. “Nossa preocupação é não termos uma política de Estado para fazer frente a isso, pois derrubar o custo de produção não se consegue de imediato”, declarou. 

Conforme Palharini, as vantagens de Uruguai e Argentina são de escala e não se limitam aos incentivos que permitem baixar os custos de produção. “Argentina e Uruguai produzem em média de 1 milhão de litros/ano, enquanto no RS a média mais alta chega a pouco mais de 100 mil”, disse. 

Outro fator destacado por Palharini no atual cenário é o mercado mundial desaquecido, principalmente pela China, que é o grande comprador. “A única alternativa realmente seria o governo equiparar o benefício que a Argentina está concedendo, em torno de R$ 340 milhões, e estender as linhas de crédito para fazer frente a isso, já que colocar um sistema de cotas é mais difícil pela questão do Mercosul.”

A importação crescente de lácteos foi debatido na semana passada pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O coordenador da Câmara, Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) alertava para a competição desigual entre brasileiros e produtores uruguaios e argentinos. “O impacto na cadeia produtiva é muito ruim, vai sobrar leite no mercado interno e o preço certamente irá despencar”, avaliou Zanetti.

O segmento leiteiro enfrenta uma tendência de redução de produtores desde 2015, conforme relatório da Emater/RS-Ascar de 2021. Naquele período, mais de 44 mil agricultores abandonaram a atividade leiteira em razão da perda de competitividade, sem perspectivas de retorno, e houve redução do rebanho leiteiro no Estado. (Correio do Povo)

 

Uruguai – Incertezas na China dificultam a venda de lácteos

Mercados/UR – O vice-presidente da Conaprole, Alejandro Pérez Viazzi, fez parte da delegação oficial de empresários uruguaios que participaram da última feira SIAL Xangai, onde exploraram novas oportunidades comerciais.

Em entrevista ao programa Valor Agregado da rádio Carve, Pérez Viazzi disse que é complexo projetar o que pode ocorrer com a demanda e o posicionamento da China em relação aos produtos lácteos porque o consumo do gigante asiático está “muito estável”, depois das interrupções estabelecidas para conter os surtos de Covid-19. “Têm a expectativa de crescer entre 2% e 3% a demanda por leites fluidos; mas não produtos com maior valor agregado como iogurtes. De qualquer forma têm um potencial enorme para crescer. A economia chinesa está com dificuldade de crescimento em suas exportações. Seguramente, este ano e parte do ano que vem, será difícil a comercialização de produtos lácteos com esta região”, afirmou.

O vice-presidente sempre busca aproveitar instâncias como a SIAL para “ser criativo e buscar oportunidades” de negócios futuros. “Trouxemos algumas possibilidades para serem estudadas junto ao nosso departamento de exportações”, disse.

Lembrou, entretanto, que a partir de 1º de janeiro de 2024 a Nova Zelândia passa a ter tarifas alfandegárias 0% para a entrada de seus produtos na China. Aí o Uruguai passa a ter uma desvantagem de 10% com um concorrente direto. “É um diferencial muito alto e ainda mais com os preços de hoje da Fonterra. Aí será muito difícil fechar negócios”. A Conaprole confia que alguns de seus clientes históricos estejam dispostos a absorver parte da diferença que hoje está entre US$ 300-400 por tonelada.

“O Uruguai e a Conaprole procuram diversificar seus mercados. O Uruguai é um país amigo da China, há 35 anos, desde a abertura comercial e do início das relações diplomáticas e comerciais. Nós, da cooperativa, focamos muito em todos os temas relacionados à sustentabilidade e que, de alguma forma, é o que demandam os consumidores em todas as partes do mundo”, concluiu. (Fonte: Tardáguila Agromercados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


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