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05/05/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.894


Estado lança metas da agricultura de baixo carbono durante Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas
 
O Rio Grande do Sul lançou, nesta quinta-feira (4/5), as metas do Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+ RS), com as diretrizes para promover a adaptação à mudança do clima e o controle das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agropecuária gaúcha, visando ao aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos.  O lançamento aconteceu durante a 4ª edição do Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC), no auditório do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS).
 
Segundo o governador Eduardo Leite, que participou do evento, esse tipo de projeto tem como intenção fazer com que o Estado seja um exemplo em relação aos compromissos climáticos. “Precisamos ter a consciência de que a preocupação com o meio ambiente deve estar alinhada com os aspectos econômicos e sociais. E nosso governo tem a compreensão que é a partir deste posicionamento que poderemos ter um Estado verdadeiramente sustentável”.
 
O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, explicou que o Plano ABC+ RS tem como objetivo promover a adaptação à mudança do clima e o controle das emissões de GEE na agropecuária do RS. “Com a publicação do plano pretendemos expandir em 4,6 milhões de hectares até 2030, o que resultará na redução de cerca de 75 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente. E para atingir essas metas a Secretaria da Agricultura vai estimular políticas públicas que incentivem a adoção das tecnologias do Plano ABC+”, enfatizou.
 
O FGMC foi presidido pela secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann. “Nós temos certeza de que esse ambiente, promovido pelo Governo do Estado, vai trazer importantes avanços porque traz a sociedade e as práticas factíveis para a redução, mitigação e adaptação às mudanças climáticas”, reforçou a secretária durante a abertura.
 
O diretor substituto do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação (Depros), Gustavo dos Santos Goretti, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), afirmou que o "RS é o terceiro Estado a lançar seu plano. Incluímos novas linhas de tecnologia e uma delas é a irrigação que faz muita diferença ao Estado, para mitigar os efeitos da estiagem. Precisamos mostrar aos produtores as tecnologias que a gente conhece para que eles possam diminuir as perdas que possam ter na produção".
 
O ABC+ RS é considerado uma política pública que promove o engajamento ativo do setor produtivo e da sociedade, integrando produtividade, adaptação e mitigação efetiva, ao cenário da agropecuária brasileira.
 
Ao longo dos anos, mais de 50 milhões de hectares já adotaram tecnologias ABC como o Sistema Plantio Direto, Fixação Biológica de Nitrogênio, Florestas Plantadas e Sistemas de Integração, a Integração Lavoura-Pecuária, Integração Lavoura-Floresta, Integração Pecuária Floresta ou mesmo a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. O novo ciclo do ABC+ inclui novas tecnologias adaptadoras e mitigadoras, como o Sistema Plantio Direto com hortaliças, a Terminação Intensiva, e os Sistemas Irrigados, além de dar um destaque maior aos Sistemas Agroflorestais. Também prevê o fortalecimento das estratégias de adaptação à mudança do clima e incorpora o conceito de Abordagem Integrada da Paisagem (AIP) à gestão do uso do solo nas propriedades rurais, microrregiões e territórios.
 
Para o coordenador do Comitê Gestor do ABC+ RS e pesquisador da Seapi, Jackson Brilhante, a publicação das metas é um marco para o Estado do Rio Grande do Sul e sinaliza para os mercados o compromisso do Estado com a produção agropecuária sustentável. “O produtor gaúcho é referência no cenário nacional e mundial em termos de adoção das tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono, pois ele está cada vez mais convencido da necessidade de produzir mais, com menor custo e menor impacto ambiental. Esse plano foi construído a várias mãos em conjunto com representantes do setor agropecuário, de instituições de pesquisa, ensino e extensão”, afirmou. 
 
Fórum de Mudanças Climáticas
 
Além do Plano ABC+ RS, desenvolvido pela Secretaria de Agricultura Seapi, será feito pela Sema, com a condução da Assessoria do Clima, um inventário de emissões de GEE, assim como uma análise de riscos e vulnerabilidades climáticas.
 
“Tudo isso levará à criação do plano de mitigação, que vai zerar o balanço das emissões de GEE nas diversas cadeias produtivas do Estado. A Sema ainda conta com projetos como o EstimaGás, que faz a mensuração dos GEE em aterros sanitários; o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), instrumento econômico que recompensa e incentiva serviços ambientais; e o Agrigooders, programa de recompensa por boas práticas ambientais”, reforçou Marjorie.
 
Durante o evento, foi assinado o Protocolo de Intenções entre o Estado e federações, que objetiva a promoção do Plano de Descarbonização das Cadeias Produtivas do RS. Assinaram o documento o governador Eduardo Leite, a secretária Marjorie, o secretário Feltes, e o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, juntamente com os representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS), e da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
 
Também fizeram parte da mesa o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, a Delegada Nadine Anflor, vice-presidente da Assembleia Legislativa, o procurador-geral de Justiça do RS, Marcelo Dornelles, o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MP, Daniel Martini.
 
Fazem parte do fórum representantes do governo do Estado, sociedades civil e científica. As próximas reuniões estão previstas para acontecer nos dias 29 de agosto e 21 de dezembro.
 
Metas do RS até 2030
 
Ao todo são oito metas previstas para estímulo à adoção de sistemas, práticas, produtos e processos de produção sustentável, com compromissos até 2030:
 
● Ampliar em 1,43 milhões de hectares as áreas com adoção de Práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD);
● Ampliar em 600 mil hectares a área com adoção de Sistema de Plantio Direto;
● Ampliar em 1,005 milhão de hectares a área com adoção de Sistemas de Integração, sendo 1 milhão de hectares referentes a Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e 5 mil hectares referentes a Sistemas Agroflorestais;
● Ampliar em 322 mil de hectares a área com adoção de florestas plantadas;
● Ampliar em 1 milhão de hectares a área com adoção de Bioinsumos;
● Ampliar em 216 mil hectares a área com adoção de Sistemas Irrigados;
● Ampliar em 11,8 milhões de metros cúbicos a adoção de manejo de resíduos da produção animal;
● Ampliar em 200 mil os bovinos em terminação intensiva.
 
As informações são do Governo do Estado do Rio Grande do Sul

Piracanjuba apresenta novidades na linha Whey

Whey - De acordo com a Recommended Dietary Allowance (RDA), o valor de referência para consumo de proteínas é de 75g, em uma dieta padrão de 2000 kcal diárias. Esses índices, no entanto, estão abaixo das necessidades diárias de alguns indivíduos, como é o caso daqueles que se exercitam, por exemplo.

Pensando em apoiar os consumidores na rotina da alimentação, com a ingestão apropriada de nutrientes, a Piracanjuba expandiu a linha de produtos Whey que, agora, passa a contar com 10 produtos. As novidades são os Piracanjuba Whey 15g, na versão 250ml, nas opções Chocolate, Morango e Coco, e, em embalagens de 1L, nos sabores Coco e Chocolate. A versão de 23g, já existente no portfólio da marca, continua disponível em 5 sabores: Cacau, Banana, Baunilha, Frutas Vermelhas e Pasta de Amendoim.

“Piracanjuba Whey é para quem treina de forma mais leve, ou para que se exercita em atividades de alto impacto. É uma opção leve e saborosa para lanches e para quem busca aumento diário da ingestão de proteínas. Ao desenvolver as versões com 15g de proteínas, queremos atender novos públicos, levando ainda mais opções para atender variadas necessidades”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Campos.

Além da quantidade de proteínas por porção, os novos Piracanjuba Whey 15g possuem embalagens exclusivas, com layout único, destacado pelas cores que remetem à força e à robustez. Os produtos são apresentados em embalagens assépticas Tetra Pak, assegurando a qualidade e a conservação dos nutrientes.

“Variamos sabores, para atender diferentes paladares, e pensamos ainda nos públicos que possuem intolerância à lactose ou com restrição ao consumo de açúcares. Além disso, para trazer maior dulçor, sem, contudo, aumentar as calorias, utilizamos stevia nas versões 23g, e sucralose, nas de 15g. Piracanjuba Whey é para quem quer manter o corpo em movimento, sem abrir mão do sabor e qualidade”, complementa Lisiane.

Dentro de alguns dias, os novos produtos estarão disponíveis nos principais pontos de vendas de todo o Brasil e nos canais de e-commerce. (Piracanjuba)

Indústria do queijo: como o foco em digitalização e sustentabilidade contribuem para o crescimento

Indústria do queijo tem taxa de crescimento global que deve alcançar 6,8% entre 2020 e 2025. Fernanda Rocha, da Tetra Pak Brasil, explica o potencial deste mercado global e no Brasil.

Com sua origem estipulada em mais de 10 mil anos, o queijo é um dos alimentos mais apreciados em todo o mundo. Seja o Cheddar, da Inglaterra, o Feta, da Grécia, ou até a famosa Mussarela, originada na Itália e adaptada para o que conhecemos hoje como pizza-cheese, o queijo faz parte da culinária de diversos países, incluindo o Brasil.

E com uma taxa de crescimento global que deve alcançar 6,8% entre 2020 e 2025, segundo dados levantados pela Mondor Intelligence, a indústria queijeira tem potencial para sua consolidação em âmbito global, e sem dúvida possibilidade de expansão e fortalecimento no mercado brasileiro.

Hoje, já temos uma indústria forte em território nacional, mas que ao mesmo tempo possui potencial para crescer, seja por meio de aumento de capacidade ou por otimização de sua base instalada. Por exemplo, ainda há muito a ser explorado quando falamos em padronização dos produtos, na digitalização do pátio fabril e na produção com foco na sustentabilidade.

Padronização e digitalização
Pensando um pouco sobre a questão da padronização, temos que entender as variações encontradas nos processos da indústria, o que consequentemente impactam na variabilidade do produto entregue ao consumidor.

Há muito o que se explorar dentro do universo fabril, por exemplo, quando olhamos para o volume de dados existentes em cada lote fabricado. Esta abordagem cabe em todos os cenários, sejam desde os menores até grandes volumes, e é importante entender o tamanho do impacto dessa variação do processo nas características finais do produto e como isso afeta a rentabilidade do negócio.

E isso se conecta ao ponto da digitalização do pátio fabril. Ao permitir que a tecnologia adentre ao chão de fábrica, ela otimizará a produção, trazendo padronização do produto e, consequentemente, entregando melhores resultados ao produtor.

Desde a recepção do leite, passando por todo o processo de produção da coalhada até a salga e resfriamento final, é possível investir na indústria queijeira para que traga uma constante na produção do queijo, com equipamentos que mantenham a qualidade e características iniciais do queijo. E isso permitirá inclusive o desenvolvimento dos colaboradores, que poderão se especializar e focar nas etapas mais técnicas e estratégicas da produção, deixando o restante da operação dentro de uma realidade mais tecnológica e digitalizada.

Sabemos que uma mudança como essa acontece a longo prazo e precisa ser avaliada sob diversos pontos de vista, mas é importante iniciar essa discussão, mostrando o quanto esse novo mindset irá beneficiar o setor, tornando-o cada vez mais forte e consolidado no Brasil.

Sustentabilidade
Com isso, chegamos a um terceiro ponto necessário para a indústria queijeira quando pensamos em seu fortalecimento: a sustentabilidade. Hoje o tema já está presente em todos os setores, e devemos colocar em pauta quando pensamos não só em novos projetos, mas também em como adequar linhas existentes. Dentro do processamento de queijos, existem oportunidades para otimizar o uso dos recursos hídricos, e a indústria pode, e deve, pensar em alternativas para que toda a produção do alimento seja mais sustentável e com o menor impacto para nosso planeta.

Quando pensamos no processo da mussarela, por exemplo, é necessário promover o aquecimento da coalhada para realizar a etapa de filagem, promovendo a estrutura de fibras alongadas características a este queijo. O processo tradicional consiste em manter o equipamento inundado com água quente, consumindo um elevado volume de água e por consequência gerando efluente a ser tratado.

Hoje, máquinas que realizam a filagem a seco do queijo mussarela, por exemplo, são uma inovação no mercado e permitem que no momento de filar a massa, esse procedimento seja feito a seco, ou seja, sem a necessidade de adição de água no processo.

Outra aplicação consolidada e muito presente no mercado são de soluções de filtração por membranas, que podem ser utilizadas com a finalidade de concentrar desde o soro até promover a separação e concentração de proteína do soro e outros componentes.

Nesse processo, por exemplo, milhares de litros de água por dia são recuperados antes que sejam direcionados para a estação de tratamento de efluentes. Com isso, é possível, por exemplo, que a água seja usada na limpeza do pátio fabril e na lavagem dos caminhões, trazendo ainda mais economia para o local.

Como iniciar essas mudanças?
Agora que temos uma ideia de algumas ações que podem se tornar realidade no setor queijeiro, a dúvida que fica é: como fazer tudo isso?

Se queremos um pátio fabril digitalizado e com uma produção padronizada, gerando assim melhores resultados para a indústria, precisamos incorporar a realidade tecnológica nesse processo. Sejam máquinas para prensagem, salga ou drenagem, passando pela inserção de linhas completas de produção, e chegando até aos maquinários com foco na eficiência e sustentabilidade, a digitalização e tecnologia precisam estar presentes em todas as etapas do processo.

E todo esse investimento em inovação também depende de outros fatores, como a manutenção preventiva, fornecimento de peças e insumos, e até mesmo treinamentos de funcionários para adaptação à nova realidade. São iniciativas a médio e longo prazos que fazem a diferença e que tornam a fábrica em si, e a indústria como um todo, competitivas e sólidas o suficiente para se consolidarem diante dos desafios do futuro.

A indústria queijeira é parte fundamental da nossa economia, e aqui na Tetra Pak temos como meta apoiar e sermos uma parceira estratégica em seu desenvolvimento e na busca de oportunidades para os produtores desse alimento que é uma paixão de todos nós.

*Fernanda Rocha é Gerente de Vendas de Processamento em queijos da Tetra Pak Brasil. Técnica em Leite e Derivados pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes e Engenheira de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Fernanda Rocha acumula mais de 10 anos no setor de alimentos. Na Tetra Pak desde 2021, a gerente dedica-se a projetos voltados para o setor do queijo. (Food Conection - via Edairy News)


Jogo Rápido

Chuvas e temperaturas baixas marcam os próximos dias no RS
A próxima semana permanecerá com temperaturas mais baixas e com elevados volumes de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 18/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Entre sexta-feira (05/05) e domingo (07/05), a passagem de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados e altos volumes acumulados, principalmente na Metade Norte. Na segunda (08/05), o ingresso de uma massa de ar frio e seco afastará a nebulosidade e vai provocar o ligeiro declínio das temperaturas; somente nos setores Norte e Nordeste ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas. Na terça (09/05) e quarta-feira (10/05), a presença do ar frio e seco manterá o tempo firme, com temperaturas amenas em todo o Estado. Os volumes previstos deverão oscilar entre 25 e 60 mm na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. Nas demais regiões, os totais esperados serão mais elevados e deverão variar entre 70 e 90 mm, podendo superar 125 mm em municípios das Missões, Vale do Uruguai e do Planalto. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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