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20/04/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.885


Laboratório da UPF destaca trabalho com análise de leite em reunião do Sindilat

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) deu sequência, na manhã desta quarta-feira (17/4), aos debates sobre análises oficiais de leite no estado. O Serviço de Análise em Rebanhos Leiteiros (Sarle), da Universidade de Passo Fundo (UPF), foi o segundo convidado da série que visa esclarecer os processos de análise aos associados. A iniciativa integra o Grupo de Trabalho de Qualidade, reunião mensal promovida pelo sindicato. 

Segundo o professor da UPF e coordenador do Laboratório Sarle, Carlos Bondan, o laboratório foi o primeiro credenciado pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL) e tem uma longa trajetória, o que lhe garante um conhecimento bastante aprofundando no processo. “E estando dentro da universidade, o laboratório tem contribuído para trazer muitas informações (por meio de pesquisas)”, reforça. A UPF e o Sindilat/RS estão trabalhando, inclusive, na realização de um seminário para tratar de temas voltados à produção.  

Assistente Técnica de Laboratório do Sarle Angela Zanin detalhou a logística de recebimento de amostras enviadas diariamente pelas indústrias através de transportadoras indicadas pelos clientes. Os resultados das análises de rotina referentes à IN 77/2018 são disponibilizados em até cinco dias úteis. Angela ainda destacou o processo realizado em amostras de qualificação, aquelas de novos clientes, e de requalificação, aquelas em que o produtor estava suspenso e volta a coletar. Nesses casos, segundo ela, o retorno para o resultado é de até 48 horas. A análise para antibiótico, realizada desde 2018, também foi abordada pela técnica.        
O próximo convidado será o Laboratório Universitário de Análises Clínicas da URI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


AR – Evolução da produção no mês de março de 2023

No mês de março de 2023 a produção de leite foi de 822 milhões de litros, 2,1% acima do mês anterior (-7,8% na média diária) e 3,2% menos em relação ao mesmo mês de 2022.Normalmente a produção em janeiro cai 9%, e este ano (-7,3%) caiu menos, uma vez que a base de comparação foi fraca devido ao forte estresse térmico que se abateu sobre o rebanho leiteiro no ano passado. Já em fevereiro a queda Inter mensal foi maior que a média histórica, assim como em março, pelos efeitos da seca e questões relacionadas à economia.

Evidentemente os efeitos da grave seca que afetou a maioria das bacias leiteiras e a incidência de altos custos de produção (concentrados, entre outros insumos vinculados à alimentação do rebanho) geraram efeitos negativos sobre a produção de leite. A força inercial que veio da produção de 2022, seguramente se desacelerá nos próximos meses e teremos valores negativos consideráveis no segundo e no terceiro trimestre deste ano.

A produção do primeiro trimestre do ano, 0,2% inferior a janeiro-março de 2022 coincide em grande medida com a revisão da estimativa que publicamos com base em dados fornecidos pelas principais indústrias.

A evolução dos denominados “sólidos úteis” (manteiga e proteína), que caíram 0,5% no primeiro trimestre de 2023, foi muito similar ao comportamento dos litros de leite (-0,2%).

Como é habitual, a produção desde o pico alcançado em outubro, cai a uma taxa mensal de 5% até março e abril (considerando a média diária de produção, para que a estatística não seja afetada pelo número de dias de cada mês), quando começa uma nova recuperação. (Fonte: Ocla – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Uruguai: seca deixa prejuízo gigantesco para setor leiteiro

A seca teve um impacto profundo no setor primário de lácteos do Uruguai. Menor faturamento e maiores custos de suplementação se traduziram em prejuízos de US$ 136 milhões, segundo relatório elaborado pelo Instituto Nacional do Leite (INALE).

Em sua metodologia para estimar o impacto, o INALE considerou, por um lado, o aumento dos custos devido à maior suplementação e, por outro, o menor faturamento devido às perdas de produção.

Impacto da seca no Uruguai

O impacto da seca com base em um modelo específico que tomou como referência o INALE, mostra que o custo por litro para maior suplementação chega a 5,4 centavos por litro. “Se extrapolarmos essa perda de 5,4 centavos de dólar/litro para os 2,089 bilhões de litros de leite em todo o país, daríamos uma perda total estimada de 113 milhões de dólares ao nível do setor primário da cadeia leiteira”, informa o relatório detalhado.

A isso se soma o menor faturamento devido às perdas de produção. Embora a produção de leite tenha resistido em janeiro, em fevereiro registrou queda de 9,3% no país. “Sem o período seco, esperava-se uma produção de 2,096 bilhões de litros e com o período seco, 2,034 bilhões de litros. Isso significa uma perda de 61 milhões de litros”, diz o relatório.
 
Estimativa de perda na produção de leite em 2023 devido à seca

“Com base no preço esperado, estima-se que haverá uma perda de faturamento de 23 milhões de dólares em consequência da seca (61 milhões de litros por 0,37 US$/l)”, detalha. Com perdas de US$ 113 milhões devido a custos mais altos e US$ 23 milhões devido à menor produção, as perdas totais seriam da ordem de US$ 136 milhões.

As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido 

Valor Bruto da Produção de 2023 é projetado em R$ 1,2 trilhão, com crescimento de 4,7%
Estimulado pelas lavouras, que deverão crescer 8,1% em valores reais neste ano, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023 está estimado em R$ 1,229 trilhão, 4,7% acima do obtido em 2022 (R$ 1,173 trilhão). A pecuária apresenta um recuo de 2,9% no rendimento.  As lavouras têm faturamento previsto de R$ 878,6 bilhões, e a pecuária, de R$ 350,7 bilhões. Milho e soja estão impulsionando o crescimento da agropecuária. O na pecuária o aumento do VBP  é Suínos (7,2%), . Leite (4%), e ovos (9%) obtiveram neste ano o maior valor da produção obtido na série de dados desde 2000.  No mercado internacional, as carnes têm sido favorecidas pelo aumento do volume exportado e pelos preços, em especial, carne suína e de frango. Do mesmo modo, merece destaque o milho cujas exportações quase dobraram, passando de 3,49 milhões de toneladas exportadas, em 2022, para 8,45 milhões, em 2023. Os cinco estados que ocupam a liderança no VBP são: Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que respondem por 60,8% do VBP do país. (As informações são do Mapa)

 
 

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