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01/07/2021

Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  01 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.447


Sindilat/RS apresenta relatório sobre produção leiteira do Estado

Para marcar seus 52 anos comemorados nesta quinta-feira (1°/7), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) preparou um relatório com dados estatísticos do setor e de sua atuação. O documento será entregue nesta sexta-feira (2/7) a parlamentares que estarão no Estado durante agenda da Subcomissão do Leite da Câmara Federal na sede da CCGL, em Cruz Alta (RS).  De acordo com Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, os dados evidenciam o peso da atividade leiteira para a economia gaúcha e sua importância na geração de emprego, renda, tributos e, consequentemente, riquezas ao Rio Grande do Sul.  “Nossa proposta é fazer com que essas informações circulem em todas as esferas e sirvam de subsídio para tomadas de decisões estratégicas”, afirmou Palharini. A partir desta primeira edição, a ideia é que o material seja atualizado mensalmente e sirva de fonte de informação para diferentes agentes do setor produtivo.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com um volume que alcança 4,27 bilhões de litros/ano (12,26% da produção nacional). São 242 indústrias submetidas às inspeções de SIF, SISBI, CISPOA e SIM. A atividade é desenvolvida por 152.489 produtores em 457 dos 497 municípios gaúchos. Entre os produtores gaúchos, 50.664 realizam entrega de leite regularmente às indústrias estabelecidas no Estado. O plantel atual é de 1,18 milhão de vacas em ordenha.

No documento, o Sindilat compilou dados de produção, ações de fomento e projetos relevantes para a cadeia produtiva. Destaque também para a atuação do Conseleite, para o retorno do Fundoleite e para os encontros técnicos realizados pelo Rio Grande do Sul em 2019 por conta da entrada em vigor das Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura. Também mostra a presença permanente do Sindilat e de suas 25 indústrias associadas em fóruns que tratam do mercado exportador, ações tributárias, mercadológicas e de incentivo ao consumo de leite e seus derivados. O documento na íntegra está disponível no site do Sindilat, clicando aqui. 

Os dados compilados no documento têm como fonte Ministério da Agricultura (Mapa), Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado (SEAPDR), Emater-RS, G100, FIL/IDF, FEE, IBGE, Fundesa e Sefaz. (Assessoria de imprensa do Sindilat/RS)


Brasil, Austrália e África do Sul unificam dados sobre resistência bovina ao carrapato

Colaboração internacional focada em informações genômicas permite alcançar precisão inédita na seleção de animais de corte resistentes ao parasita

Pesquisadores de diversos países divulgaram a união de bancos de dados do Brasil, África do Sul e Austrália com informações de predição genômica para resistência de diversas raças de bovinos de corte ao carrapato.

Cerca de 80% do gado de corte e leiteiro do mundo são afetados pela zoonose que causa prejuízos bilionários à  produção em escala global, apontam os autores do estudo.
Os resultados desse trabalho inédito integram o artigo “Predição genômica de vários países e raças de resistência a carrapatos em bovinos de corte”, publicado na revista científica internacional Frontiers, informou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Conforme o pesquisador Fernando Flores Cardoso, chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul e primeiro autor do artigo, o grau de infestação por carrapatos é um fenótipo muito difícil de coletar nos rebanhos para a avaliação da resistência dos animais.

“Dessa forma, unir dados de diferentes países e raças bovinas representa um avanço importante para a seleção genômica voltada à resistência ao carrapato”, afirmou em nota da empresa pública.

Além de ser um parasita direto, o carrapato se comporta como vetor dos patógenos responsáveis pelas doenças que caracterizam o complexo da Tristeza Parasitária Bovina, que causam perda na produção de carne e de leite e a desvalorização do couro, fora os gastos com controle de pragas.

Os cientistas que desenvolveram a pesquisa integram o Consórcio Internacional do Carrapato, coordenado pelo Centro para Genética e Saúde da Pecuária Tropical (CTLGH), localizado na Universidade de Edimburgo no Reino Unido e que envolve países da África, Oceania, Europa e das Américas.

No artigo, os pesquisadores mostram que é possível combinar informações de diferentes populações de bovinos em uma única análise e, com isso, gerar previsões de resistência ao carrapato mais precisas.

De acordo com Cardoso, isso permite que a seleção possa avançar inclusive em populações que tenham uma população de referência menor em função da possibilidade de agregar outras populações para aumentar esse primeiro repositório de informações.

“Neste estágio inicial, estão animais com contagem de carrapatos e com os genótipos para milhares de marcadores por todo o genoma”, ele explica.

No estudo, foram unificadas as bases de dados de milhares de animais brasileiros fenotipados para resistência ao carrapato das raças Angus, Hereford, Brangus e Braford. Da Austrália, há representantes Tropical Composite e Brahman, além dos sul africanos Nguni, visando avaliar a possibilidade de melhorar a resistência do hospedeiro por meio da seleção genômica de múltiplas características.

Os dados consistiram em contagens ou escores de carrapatos, avaliando o número de carrapatos fêmeas de pelo menos 4,5 mm de comprimento. 

Conforme o pesquisador Appolinaire Djikeng, da Universidade de Edimburgo (Escócia), coautor do artigo, os resultados relatados em nossa publicação fornecem uma estrutura para a integração da seleção para resistência a carrapatos em programas de criação de gado.

“Um benefício significativo de longo prazo dessa abordagem é o uso reduzido e até (com sorte) a eliminação de acaricidas muito usados para tratar animais, mas que apresentam efeitos adversos importantes para a saúde pública e o meio ambiente”, avalia Djikeng.

A pesquisadora Heather Burrow, da Universidade da Nova Inglaterra (Austrália), coautora do artigo, destacou para a Embrapa que, nos últimos anos, o CTLGH buscou uma maneira prática e econômica de analisar os dados dos bovinos de corte, usando uma combinação de medições de animais e informações baseadas em DNA (genômicas) para fornecer valores genômicos que os agricultores poderiam usar para sua tomada de decisão de criação.

“A abordagem do consórcio identificou diversas vantagens importantes sobre os métodos de melhoramento genômico tradicionalmente aceitos para as abordagens de seleção genômica tradicionais, que tornarão muito mais simples e econômica para os criadores de gado melhorar geneticamente a resistência ao carrapato do gado”, conta Burrow.

A nova pesquisa, segundo a cientista, demonstra que, usando informações genômicas completas em conjunto com medições de animais, é preciso medir significativamente menos animais do que nas abordagens tradicionais e em rebanhos que não são geneticamente relacionados. (Globo Rural)





Produtor de leite de Forquetinha/RS investe no sistema ‘free stall’

Aumento da produtividade e conforto motivaram investimento. Auxílio do Executivo chega a 25% do custo total

Envolvido com a produção leiteira e agrícola desde muito jovem, Manoel Eckhardt, 27, de São Vitor, interior de Forquetinha, é mais um a investir na utilização do sistema de confinamento de vacas leiteiras chamado ‘free stall”, que em tradução livre significa baia livre. O novo modelo para alojar as 40 vacas garante aumento do bem-estar animal e, assim, incremento na produção.

Na propriedade da família Eckhardt, a nova estrutura começou a ser executada há dois meses. Os animais saem da pastagem, onde são colocadas duas vezes ao dia, para a ordenha e depois ficam no prédio onde tem sombra e água fresca à disposição, além de serragem onde podem descansar.

O valor gasto com o projeto de 288 metros quadrados chega a R$43 mil. Parte deste montante, cerca de 25%, foi custeado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente através de serviço de máquina e pagamento por metro quadrado construído. “Sem esse apoio, construir seria bem mais difícil e oneroso”, comentou.

Maior oferta: Uma das metas com os novos investimentos em estrutura, genética, alimentação e correção do solo é o aumento da produtividade. Por mês são vendidos em torno de 15 mil litros de leite ao laticínio. Até o fim do ano o objetivo é chegar a 20 mil litros.

Eckhardt também aposta em novas tecnologias e equipamentos para facilitar o trabalho diário na propriedade. “Traz conforto para a gente e ao rebanho. Tudo reflete em menos custos e mais lucros.”

Foco no produtor: Segundo o secretário Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Adair Pedro Groders, o ‘free stall’ é uma aposta para os produtores, principalmente por causa do conforto animal. “Ele se sente melhor e, com isso, tem menos perda de energia. Também facilita bastante o manejo e aumento de produtividade”, explica.

Groders destaca a diversidade de programas oferecidos para o produtor conseguir ampliar, modernizar e garantir a sucessão na propriedade. “Estes incentivos motivam novos investimentos e todos ganham. Nós dependemos muito da agricultura e por isso priorizamos este setor.”

O setor: O município possui em torno de 200 produtores de leite. Juntos produziram 7.049 milhões de litros em 2020. A movimentação financeira registrou R$10,9 milhões. (Edairy)

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