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21/01/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de janeiro de 2020                                                  Ano 15 - N° 3.388


CNTA descarta greve dos caminhoneiros

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), entidade mais representativa dos caminhoneiros, descartou nesta terça-feira, 19, uma nova paralisação a partir do dia 1º de fevereiro. Para Marlos Maues, assessor executivo da CNTA, que reúne 7 federações e 140 sindicatos, algumas entidades que vêm defendendo a paralisação não são representativas e seus líderes saíram de outras entidades e fóruns de transporte por serem "polemizadores". "Agora estão tendo como única forma de palanque a ameaça de uma greve, de uma paralisação".

Na semana passada, o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Nestor Dias, convocou uma assembleia para discutir uma nova paralisação a partir de 1º de fevereiro. O tema não chegou a ser discutido, mas a convocação permaneceu. As últimas tentativas de greve da categoria não vingaram por rachas entre as diversas entidades representativas no País. O governo federal aposta justamente nessa divisão para tentar desmobilizar a greve.

Nova tabela

A ANTT publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira uma nova tabela com preços mínimos de frete rodoviário. De acordo com a agência reguladora, as alterações vão resultar em um aumento médio que varia de 2,34% a 2,51%, conforme o tipo de carga e operação. O reajuste considera o IPCA, inflação oficial do País, e a atualização do preço do diesel.

Para Maues, em virtude da demanda por frete em fevereiro por causa da entrada da safra de verão e da pandemia da Covid-19 este não seria o momento para uma paralisação. "Existe um contexto positivo no segmento de transporte rodoviário de cargas hoje, no sentido de estarmos no meio de uma safra, que é a safra de soja, com aumento da produção de 3,4%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, e temos uma lei que é o piso mínimo do frete", disse. "A categoria "do bem" está trabalhando e produzindo, ainda mais na pandemia. Não tem sentido nenhum fazer uma paralisação."

Questionado se o reajuste do piso mínimo ficou dentro do esperado pela categoria, o representante apontou que cada caminhoneiro tem expectativas distintas, mas que a metodologia cobre o custo. "O lucro vai depender do tipo de trabalho que o caminhoneiro vai fazer. Generalizar a categoria é muito perigoso", disse.

"Se você perguntar para o pessoal que trabalha grãos, eles vão adorar, porque estão numa boa situação de oferta e demanda do mercado em função da safra. Se você perguntar para aquele que tem um caminhão de 30 anos, que trabalha nos portos, de repente ele tinha uma expectativa de atualizar o veículo, de renovar, e (o reajuste) vai ficar muito aquém", disse. "Segmentos distintos dos transportadores autônomos recebem de formas distintas."

Segundo o representante da CNTA, a demanda do setor agora é pelo reforço na fiscalização do cumprimento do piso mínimo de frete pelos embarcadores e de outras conquistas garantidas em lei, como o recebimento, pelo caminhoneiro, de valor para cobrir estadia além da prevista no local de desembarque.

"O Supremo Tribunal Federal está para votar se (o piso mínimo) é constitucional, até lá vai se fazer valer o que é lei. Para isso, nós estamos apelando à ANTT, que vai iniciar um trabalho de fiscalização com a devida punição exemplar, para que esses que forem punidos sirvam de exemplo para muitos outros que, por ventura, queiram não praticar o que é um piso mínimo, o que seria uma referência mínima para que o caminhoneiro tenha o mínimo de dignidade no seu trabalho." (As informações são do Estadão)


Argentina – Notável melhora da qualidade

Qualidade/AR – Além da discussão sobre o preço pago ao produtor, o ano de 2020 foi positivo para o setor leiteiro com a produção aumentando 7% em relação a 2019, além de elevação no teor de sólidos (proteína e matéria gorda) que são os que dão maior valor ao produto.

Também foi excepcional em termos de qualidade higiênico-sanitária, algo esperado, dado que em 2020 não houve grandes alagamentos e inundações que complicassem o manejo das vacas de leite. Mas, houve destaque em relação aos valores apresentados nos últimos anos.

“O incremento na composição se deve à melhoria na alimentação fornecida para aumentar o volume da produção”, disse Jorge Giraudo, diretor executivo do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla). Até pelo menos setembro do ano passado, a maioria dos estabelecimentos conseguiram ter resultados econômicos positivos. Depois veio a forte elevação no preço dos grãos, complicando seriamente o equilíbrio financeiro das fazendas.

“Quanto à qualidade higiênico-sanitária, estimo que seja decorrente de melhores práticas de manejo, dado que o processo de concentração que vem sendo registrado na produção de leite em geral - saída de propriedades menores, com instalações precárias – proporciona melhoria no bem-estar animal, maior rigor na limpeza de ordenhas e equipamentos de refrigeração, além de melhor manejo sanitário”, comentou Giraudo ao Bichos de Campo.

Os últimos dados publicados pelo OCLA mostram que, efetivamente, enquanto até meados de 2018 as fazendas de menor produção (menos de 2000 litros diários), representavam 59,2% dos estabelecimentos totais da Argentina. Dois anos depois essa proporção caiu para 50,9%.

 
 

Além disso, nesse período, a produção média das grandes fazendas (+10.001 litros diários) cresceu 16%, enquanto que o estrato seguinte, de 4.000 a 10.000 litros diários, apresentou aumento considerável.

Boa parte do crescimento das maiores produções, além de estar associado à implementação de sistemas voluntários de ordenha e fazendas robotizadas, proporciona notável melhor no conforto das vacas leiteiras.

O processo de concentração registrado no setor leiteiro argentino está longe de ser um fenômeno local, dado que o mesmo ocorre – com diferentes ritmos e matizes – em todas as nações exportadoras de lácteos. (Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: Terra Viva)

Conjuntura do mercado do leite - Janeiro 2021

Mercado do leite - O ano de 2020 foi bastante adverso por inúmeros fatores, abalado pela pandemia global da Covid-19. Mas os entraves foram aos poucos sendo superados, com bastante maturidade na cadeia produtiva do leite.

Em um olhar mais amplo da cadeia produtiva do leite, pode-se dizer que 2020 foi um ano diferenciado quando se trata de rentabilidade. Os produtores de leite tiveram aumento de margens, mesmo com a elevação dos custos de produção (Figura 1). O leite no mercado Spot registrou recorde histórico, com alta real de preços, deflacionado pelo IGP-DI, de 19% sobre 2019 favorecendo os que atuam na venda deste produto. A indústria de laticínios se beneficiou, tanto pelo aumento das vendas quanto pela melhoria das margens. Leite UHT e queijo muçarela tiveram ganhos reais de preços, de 14,6% e 14,7%, respectivamente. No caso do leite em pó, a situação foi menos favorável, com alta real de apenas 2,4% sobre 2019, em função de um segundo semestre com fortes importações, o que limitou repasses de preços.

As importações de leite tiveram incremento de 24,4% sobre 2019, totalizando quase 1,35 bilhão de litros equivalente. Ao longo do segundo semestre houve compras mensais de 180 milhões de litros, o que representou entre 8% e 9% do volume mensal produzido no País. As exportações também avançaram, fechando com alta de 55% sobre 2019 e um total de 100 milhões de litros. Apesar do déficit comercial de 1,25 bilhão de litros, os preços de leite e derivados seguiram em valorização durante quase todo o ano, sustentados por uma demanda robusta, em parte alicerçada pelos R$ 356 bilhões disponibilizados via Auxílio Emergencial (AE). Além disso, ficar em casa fez o brasileiro adquirir mais produtos lácteos para consumo nas residências e para elaboração de receitas, puxando as vendas.

Todavia, nos últimos dois meses aumentou o sentimento de preocupação no setor, com recuo nos preços dos lácteos no mercado atacadista, no Spot e anúncios de queda ao produtor. Esse sentimento é sustentado por três fatores: incerteza sobre o consumo de lácteos com o fim do AE; maior produção de leite impulsionada pela boa rentabilidade e pelo período de safra; e importações elevadas. A combinação destes fatores poderia criar um excesso de oferta no mercado, algo que o setor ainda não aprendeu a lidar. De fato, o comportamento da demanda sem o AE tende a ser prejudicado, sobretudo em um momento em que a economia ainda não decolou em seu pleno potencial.

Mas existem informações positivas, em contrapartida. O mercado de trabalho tem mostrado uma rápida recuperação. Desde julho/2020, o saldo de admissões menos demissões têm sido crescente, o que ajuda a gerar renda familiar. A taxa SELIC está em patamar historicamente baixo, com juros reais negativos, o que estimula investimentos no setor produtivo e não apenas no mercado financeiro. 

A inflação oficial, apesar de um repique em 2020, está controlada e baixa, com projeções de encerrar 2021 próximo de 3%. O crescimento da economia mundial em 2021 deve superar 5% segundo o FMI, com destaque para a China (8,2%) e Índia (8,8%), o que ajuda nas exportações brasileiras. A expectativa de crescimento do Brasil é de 3,4%. A vacinação já se iniciou em diversos países e deverá ocorrer também no Brasil, auxiliando na reabertura mais acelerada do setor de serviços. 

O último leilão GDT mostrou leite em pó integral a US$ 3,306/tonelada, um bom preço, visto o crescimento constante da oferta global nos últimos meses, sobretudo de União Europeia e Estados Unidos. 

Finalmente, a entressafra no Brasil está próxima e, apesar dos avanços recentes nos sistemas mais intensivos de produção, a sazonalidade ainda é acentuada na média nacional. Portanto, existem diversos fatores que tendem a colocar um piso nas cotações, mas algum ajuste nos preços ao produtor poderá ocorrer neste primeiro trimestre de 2021. O momento é de cautela. (Embrapa-CILeite)


Jogo Rápido

Manejo de açudes
A construção de açudes exige alguns cuidados que devem ser observados desde antes até meses após a sua construção. Seguir as recomendações é fundamental para garantir o bom funcionamento dessas estruturas. Clique aqui para assistir a matéria do Rio Grande Rural. Informações: Entre em contato com o Plantão Técnico pelo site www.emater.tche.br ou procure o Escritório da Emater/RS-Ascar de seu município. (Rio Grande Rural)


 

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