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24/11/2020

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de novembro de 2020                                                  Ano 14 - N° 3.353


Valor de referência do leite fica em R$ 1,48 em novembro

O valor de referência estimado para o leite no Rio Grande do Sul em novembro é de R$ 1,4834, 1,89% abaixo do consolidado em outubro (R$ 1,5119). A projeção foi divulgada durante reunião virtual do Conseleite realizada nesta terça-feira (24/11). Apesar da leve queda, os preços estão acima dos patamares de 2019. Considerando a variação da inflação (IPCA), o valor de referência do leite no ano (janeiro-novembro) é de R$ 1,3992, 19,45% acima do índice do mesmo período de 2019. Contudo, alerta o professor da UPF Eduardo Finamore, o custo operacional do leite subiu mais do que o índice inflacionário em 2020. “Isso mostra um forte aumento dos custos de produção do setor lácteo em função das commodities dolarizadas”, ressaltou.  

O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, indicou que o setor lácteo viu subir a régua de preços em função do aumento de custos e do consumo das famílias em 2020. A grande dúvida, agora, é sobre a tendência nos próximos meses uma vez que a captação no campo está em queda na casa de 10% . O professor da UPF Marco Antonio Montoya indicou que o mercado deve passar por ajustes nos próximos meses, mas não há indicação de voltar aos patamares de 2019. “O que vai acontecer com o leite é um cenário que vamos ter que avaliar nos próximos meses”, ponderou confiante em um repique de desenvolvimento do PIB mundial.

O vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, prevê um cenário de equilíbrio no final do ano, principalmente no leite UHT. E alertou: a certeza para 2021 é aumento de custos. “O milho e o farelo subiram, mas as embalagens também tiveram reajuste expressivo. Precisamos seguir produzindo e fazer as coisas girarem. Vamos viver cada mês de uma vez”, ponderou. 

O secretário do Conseleite, Tarcísio Minetto, completou que, além dos custos, a seca nos campos gaúchos sinaliza para um verão de gastos adicionais com a nutrição das vacas. “Do ponto de vista da produção, é preocupante. Esperamos que a situação de clima se reverta”.  Um alerta é para a baixa qualidade da silagem que está estocada nas propriedades, o que exige investimento adicional em grãos e vem, inclusive, causando o descarte de animais. (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)


Leite/América do Sul

A produção de leite está diminuindo na Argentina e Uruguai após atingir o pico sazonal no mês passado. As vacas começam a sentir o estresse térmico do início do verão devido às altas temperaturas e noites curtas. O fenômeno La Niña está trazendo mais chuvas para as principais bacias leiteiras, melhorando a qualidade do capim, mas formando muito barro. Apesar disso, os volumes de leite permanecem maiores e disponíveis para a indústria de processamento desses dois países.

Desta forma o preço do leite ao produtor também cai, ou no máximo ficam estáveis, conforme relatado por agentes do setor. As exportações de leite em pó, e queijo para o Brasil, Argélia e Rússia estão firmes. No Brasil a produção estagnou. A oferta de leite não é suficiente para atender às necessidades da indústria. Portanto, os preços do leite na fazenda continuam muito altos, em comparação com o resto do continente. A maior parte do leite foi transformado em UHT e queijo.

Devido à ameaça de manutenção da pandemia do Covid-19 e as festas de fim de ano, as vendas no varejo se recuperaram, depois de ficarem estagnadas no mês passado. No entanto, os serviços de alimentação continuam lutando com a situação do Covid-19. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

Livro "Probióticos e Prebióticos: Inovações e Desafios" será lançado em simpósio do Ital

É inegável o crescimento da aplicação de probióticos e prebióticos por seus benefícios à saúde. Mas, afinal, quais os benefícios à saúde humana e animal que os probióticos, pós-bióticos, paraprobióticos e prebióticos proporcionam e quais tecnologias existem para aplicação em alimentos e suplementos? 

Para esclarecer esses tópicos, será lançado em 1º de dezembro o livro “Probióticos e Prebióticos: Avanços e Desafios” durante simpósio on-line, que está com inscrições abertas – gratuitas para ouvintes.

Fruto do trabalho de dezenas de pesquisadores de relevantes instituições no cenário científico brasileiro, o livro de 16 capítulos, a ser publicado pela Setembro Editora, tem dentre os editores as pesquisadoras Patrícia Blumer Zacarchenco, Adriana Torres Silva e Alves e Leila Maria Spadoti, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Também editam a publicação os professores Adriano G. Cruz e Márcia C. Silva, do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Michel R. Messora, da Universidade de São Paulo (USP), Elaine S. Prudencio, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Erick A. Esmerino, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e Tatiana C. Pimentel, do Instituto Federal do Paraná (IFPR), todos  doutores.

Além de Patrícia, Leila, Adriano, Michel e Elaine, serão palestrantes no simpósio os autores de capítulos do livro Silvani Verruck e Amanda Alves Prestes, da UFSC, Marcos da Gama, da Embrapa Gado de Leite, e Ana Paula Vieira Colombro, da USP. “O conteúdo abrange o estado da arte sobre probióticos, paraprobióticos e posbióticos, psicobióticos, probióticos e prebióticos no tratamento e prevenção de doenças periodontais, peri-implantares e cáries, no eixo boca-intestino e sistêmicas, além de produtos inovadores contendo esses microrganismos”, resume Patrícia, que coordena o simpósio com Adriana, Leila e Adriano Cruz.

A proposta do evento, segundo Patrícia, é “disseminar o conhecimento científico referente aos temas citados e possibilitar o intercâmbio de experiências entre os participantes que poderão interagir esclarecendo dúvidas e trazendo outras vivências.”

Este é oitavo livro com edição e autoria de capítulos da equipe do Centro de Tecnologia de Laticínios (Tecnolat) do Ital nos últimos quatro anos. “É uma grande satisfação para nós ter contribuído com a elaboração de um material tão rico em um contexto tão desafiador como o que vivemos”, ressalta Leila. “É importante destacar o trabalho ininterrupto dos pesquisadores que estão atentos a questões relevantes tanto para o produtor e a indústria de alimentos, bebidas e suplementos alimentares quanto para o consumidor”, completa.

Para Adriana, que é diretora do Tecnolat, o simpósio e o livro são parte importante de uma longa trajetória de pesquisa e atendimento ao setor envolvendo probióticos e prebióticos. “Há vários anos o Ital desenvolve projetos de pesquisa junto a agências de fomento envolvendo o tema assim como atende ao setor produtivo através de testes in vitro e diversos tipos de análises microbiológicas de quantificação de probióticos e bactérias láticas em geral”, lembra. Mais recentemente, através do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP), por exemplo, o Tecnolat está aprimorando o seu Laboratório de Biotecnologia, o que permite ampliar o leque de atuação na área. “Estamos recebendo bolsistas de pós-doutorado, alguns equipamentos estão em fase de instalação e a infraestrutura está sendo adequada”, detalha. (As informações são da SAA/SP)


Jogo Rápido

Declaração anual de rebanho deve ser entregue até 30 de dezembro
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) publicou a Instrução Normativa nº 23/2020 estipulando a data-limite de 30 de dezembro de 2020 para que os produtores rurais do Rio Grande do Sul entreguem a declaração anual obrigatória de rebanho. O formulário a ser preenchido e entregue está disponível neste link. A declaração anual de rebanho é obrigatória e exigida em dois momentos: no início do ano, de janeiro a maio, quando se relacionam todos os animais existentes na propriedade, divididos por idade e raça; e no mês de novembro, para registrar a evolução do rebanho, como nascimentos, mortes, consumo, roubo, entre outros. “A declaração de rebanho normalmente era feita durante as campanhas de vacinação contra a febre aftosa. Nesta nova realidade, em que a vacinação foi suspensa na busca por um novo status sanitário, estamos dando esse prazo até o fim do ano para que a declaração seja entregue”, explica o secretário Covatti Filho. Devido à pandemia do novo coronavírus, as inspetorias de defesa agropecuária vêm trabalhando para restringir o contato pessoal, com escalonamento de servidores e atendimento remoto por e-mail ou WhatsApp. A orientação é que os produtores deem preferência a entregar as declarações de rebanho às suas inspetorias locais por estes meios eletrônicos. Os e-mails das IDAs podem ser consultados aqui. O número de WhatsApp de cada inspetoria é o mesmo de seu telefone fixo. (SEAPDR)


 

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