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11/09/2020

Porto Alegre, 11 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.304

Anuário do leite

Publicação reúne 34 artigos em 104 páginas. São conteúdos exclusivos sobre os temas mais importantes relacionados à cadeia de produtos lácteos. 

A cadeia do leite no pós-Covid, a produção com foco em bem-estar animal e sustentabilidade, as novas exigências dos consumidores, a vaca que produz mais e consome menos, o novo ambiente nas fazendas para ter vacas e pessoas felizes. Estes são alguns dos 34 temas do Anuário Leite 2020, da Embrapa Gado de Leite, que já está disponível para download no site da empresa. 

O Anuário Leite 2020 é resultado de parceria da Embrapa Gado de Leite com o jornalista Nelson Rentero, que tem mais de 30 anos dedicado à cadeia do leite, e a Texto Comunicação, responsável pela produção editorial. “Esta é a terceira edição do anuário, que está cada vez melhor porque evolui conforme as novas diretrizes e necessidades do mercado”, destaca Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.

“A proposta do anuário é reunir em uma única publicação as reportagens, estatísticas e conteúdos mais importantes para que todos os agentes envolvidos na cadeia dos produtos lácteos estejam bem informados sobre a agenda temática do setor, que movimenta mais de R$ 80 bilhões por ano”, resume o editor Nelson Rentero.

Ter vacas e pessoas felizes é o propósito realizado pela Embrapa Gado de Leite. O compost barn instalado na fazenda de Coronel Pacheco (MG) é o mais recente investimento da empresa e representa com fidelidade o novo horizonte da atividade leiteira no Brasil. “Bem-estar animal e produção sustentável estão na ordem do dia do leite. É preciso criar vacas felizes e fazer as pessoas felizes. É a combinação perfeita para projetar ainda mais essa cadeia fantástica”, detalha Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.

O Anuário Leite 2020 teve a coordenação técnica da zootecnista Rosangela Zoccal. Os conteúdos são assinados pela equipe de pesquisadores da Embrapa Gado de Leite, pelos jornalistas Nelson Rentero e Altair Albuquerque, além de contribuições de especialistas em vários campos de atuação.

As reportagens especiais também destacam a importância da produção direcionada para o atendimento das demandas dos consumidores. Nesse campo, entram o leite orgânico, o queijo artesanal, as embalagens, os produtos funcionais. “Também incluímos conteúdos sobre normas de qualidade, uso racional de água, enfermidades importantes, artigos assinados e duas entrevistas exclusivas. O pesquisador Marcus Vinícius Barbosa da Silva, da Embrapa Gado de Leite, detalha as características da vaca do futuro, e Roberto Jank Jr., proprietário da Agrindus mostra como obtém lucro com o leite”, informa Nelson Rentero.

Além das reportagens especiais, o anuário reúne as mais importantes estatísticas do leite no Brasil e no mundo, incluindo dados de produção (maiores produtores, laticínios, estados, regiões), demanda, preços/custos, exportação/importação, mercado dos Estados Unidos, China e Índia. O Anuário Leite 2020 está disponível para download em arquivos.  (Embrapa)

                     

Produtor investe em leite A2 e vê demanda crescer 300% em dois anos

Como a produção depende do DNA da vaca, o criador tem que fazer cruzamentos para obter combinação genética específica

A fazenda Agrindus, em Descalvado (SP), produz leite desde a década de 1940. Nos últimos dois anos, o proprietário Roberto Jank decidiu investir em leite tipo A2. A demanda pelo produto aumentou 300% nesse período, mesmo sendo um leite, em média, 15% mais caro em relação ao tipo A. “Pela qualidade alta e baixa carga bacteriana que ele carrega, tem uma vida bastante razoável. Meu leite, por exemplo, dura 18 dias na geladeira”, conta.

A produção do leite A2 depende, basicamente, do genoma da vaca, que é a sequência completa de DNA. São três sequências de genes possíveis: A1 A1, A1 A2 e A2 A2. Às vezes, é preciso fazer o cruzamento genético para obter a combinação A2 A2. “O A1 foi uma mutação que ocorreu a 10 mil anos atrás E a mudança de apenas um pedacinho dessa proteína acaba causando essa reação em muitas pessoas”, conta a médica-veterinária Roberta Zuge.

O manejo das vacas é praticamente o mesmo, mas é preciso separar animais A2 A2 para identificá-los e obter o selo de certificação.

Outro fator importante é investir no bem-estar do rebanho. “O importante é que você ter, na sua propriedade, uma maior quantidade de sombra e evitar manejar animais em horário de extremo calor. Quando um animal precisa ser ordenhado, tem que estar no maior nível de conforto possível”, conta o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinicius da Silva. (Canal Rural)

Exportações/UR

O Brasil voltou a ser o principal comprador dos lácteos uruguaios em agosto, destronando a Argélia. 

As exportações totais de lácteos somaram 17.888 toneladas, 16% abaixo das 21,363 toneladas de julho e 14% menos que o volume exportado em agosto do ano passado, de acordo com dados da Alfândega.

A Argélia mostrou forte retrocesso em suas compras, que em agosto foram as mais baixas desde setembro do ano passado, com apenas 2.252 toneladas. Os envios a esse destino caíram 77% em relação às 9.658 toneladas exportadas em julho e 70% em comparação com o volume de agosto de 2019. Dessa forma passou do primeiro postos para o terceiro em volume de compras. A maior parte do volume de leite em pó integral ao preço médio de US$ 2.801 a tonelada.

Por outro lado, o Brasil mostrou seu quarto mês consecutivo de crescimento ao comprar 6.611 toneladas. Trata-se do maior volume mensal exportado para esse destino desde maio de 2019. O principal produto importado pelo Brasil foi o leite em pó integral, com 4.909 toneladas ao preço médio de US$ 3.096.

A China foi o segundo principal destino dos lácteos uruguaios em agosto, com 4.326 toneladas. Trata-se do maior volume registrado desde março de 2014. Do total, 3.875 toneladas foram de leite em pó integral ao valor médio de US$ 3.059.

Nos primeiros oito meses do ano o Uruguai exportou 132.939 toneladas pelo valor total de US$ 393,2 milhões. Isto fica 3,4% abaixo das 137.672 toneladas enviadas de janeiro a agosto de 2019, e 3,2% menos que os US$ 406,4 milhões faturados um ano atrás. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)               

 
Presidência Mundial da Federação Internacional do Leite (FIL/IDF) será indicada pelo Comitê Brasileiro FIL/IDF
O Comitê Brasileiro FIL/IDF indicou para a Diretoria da FIL/IDF (Board of Directors FIL/IDF), o Dr Piercristiano Brazzale, representante da Associada Brazzale, para candidato à Presidência Mundial da FIL/IDF, cuja votação se realizará na Assembleia Geral da organização no dia 2 de novembro de 2020. O mandato da Presidência é de 4 anos, sem reeleição. Sobre a FIL/IDF: Fundada em 1903, a FIL/IDF tem sede na Bélgica e representa 42 países, responsáveis por cerca de 80% da produção mundial de leite, sendo a única representação global do setor lácteo. (Terra Viva)
 

 

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