Pular para o conteúdo

20/02/2020

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.169

Caminhoneiros mantêm paralisação 
Gaúchos não devem aderir ao movimento nacional que aguarda votação do frete no Supremo 
A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) vai manter o chamado de paralisação nacional. "A orientação é que a categoria pare em casa, faça manutenção do veículo, pare em postos de gasolina com faixas de defesa da pauta e não crie bloqueios em rodovias", diz o presidente da Abrava, Wallace Landim, o Chorão. A mobilização deve ocorrer das 6h às 18h. A ideia inicial era permitir o acompanhamento da votação hoje no Supremo Tribunal Federal (STF), que julgaria três ações que contestam a constitucionalidade da política de tabelamento de frete rodoviário. A votação, porém, foi adiada para 10 de março. Apesar do adiamento, Chorão diz que a mobilização nacional pretende mostrar que os caminhoneiros estão atentos e organizados para defesa da constitucionalidade do piso mínimo. "Vamos mostrar que não vamos voltar atrás. Não vamos aceitar retrocesso. O piso foi um direito que conquistamos e queremos o cumprimento.” O sindicalista, que foi um dos principais representantes dos caminhoneiros na greve de 11 dias que parou o país em maio de 2018, considera que o movimento marcado para esta semana não vai ser semelhante e tão expressivo quanto o do passado. “A ideia é mostrar que estamos mobilizados mas, se depois, em março, tirarem nosso direito (de piso mínimo para o frete), sem dúvidas teremos de tomar medidas mais drásticas para mostrar a importância do setor”. 
Os caminhoneiros do Rio Grande do Sul não devem aderir à paralisação. Segundo André Costa, presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (Fecam), “no momento, não haverá movimentos bruscos, extremados ou em paralelo com outras categorias”. Costa também criticou a manifestação. “Transporte é assunto sério. Se a cada tropeço se fizer uma greve, é melhor então mudar de profissão.” Conforme o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ijuí, Carlos Alberto Ditti Dahmer, por enquanto não há bloqueios em rodovias, e sim, em trechos próximos e em postos. A edição de uma tabela de frete foi uma das principais concessões do governo Michel Temer para encerrar e greve nacional que provocou grave crise de desabastecimento em 2018. (Correio do Povo) 
 
CCGL promove VIII Tarde de Campo em Cruz Alta
A Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) realiza nesta quinta-feira (20/02), em Cruz Alta, a VIII Tarde de Campo, tradicional evento que reúne produtores de leite do Estado. Voltado exclusivamente aos produtores e técnicos das cooperativas associadas do grupo, o encontro busca apresentar as novas tecnologias e informações referentes à produção de leite. A programação deste ano está organizada em cinco estações com temas relacionados ao setor lácteo: ordenha robótica, silagem impactada pela seca, projeto de sincronização de partos e safrinha de pastagens de verão, sendo resultado da alta  tecnologia  e parceria da patrocinadora Syngenta. 

Segundo a coordenadora de Difusão e Tecnologia da CCGL, Letícia Signor, a expectativa é receber produtores de leite das mais diversas regiões do Estado, além de técnicos e gestores das áreas de leite das cooperativas singulares. “A tarde de campo proporcionará aos presentes informações sobre novas tecnologias que facilitam o trabalho e reduzem a mão de obra, garantindo mais comodidade e satisfação aos seus produtores”, destaca. O evento conta com apoio da Biscayart Forrajeras, Genex, Kersia e Speedrite. (Assessoria de imprensa Sindilat com informações da CCGL)

Conseleite/MG: preço projetado do leite padrão entregue em junho aumenta para R$ 1,32
O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado de Minas Gerais (Conseleite MG) definiu um novo valor referência para o leite em Minas Gerais. O litro do leite padrão entregue em maio (a ser pago em junho) foi calculado em R$ 1,3088 e o valor projetado para o leite entregue em junho (a ser pago em julho) é de R$ 1,3203. 
 
A Conseleite diz ainda que oferece para o produtor, além do valor referência, sua plataforma digital que gera valores personalizados para cada agricultor, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e pelo volume de produção diário individual.Conforme a associação, o valor referência serve de parâmetro para as negociações de preços entre produtores e indústrias, sendo atualizado mensalmente. Porém, destaca que o preço real alcançado por produtor depende ainda de outros aspectos, como volume, qualidade da produção, sua fidelidade junto ao laticínio, além de outros adicionais. 

A associação lembra que os valores de referência referem-se ao “leite padrão”: 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas por ml, 100 mil ufc/ml e produção individual diária de até 160 litros/dia. (Conseleite/MG)

RS pedirá para deixar de vacinar, mas aval depende de melhorias
O Estado pedirá ao Ministério da Agricultura a retirada da vacina contra a febre aftosa. Mas a decisão será reavaliada em agosto, quando termina o prazo para que sejam feitos os ajustes apontados no relatório da auditoria realizada no Rio Grande do Sul. 
Ontem, técnicos da Secretaria da Agricultura e da superintendência regional do ministério apresentaram em detalhes as 18 condicionantes (veja na nota abaixo os principais pontos). E esclareceram dúvidas de representantes de sindicatos e de entidades do setor. 
Depois da avaliação técnica, Federação da Agricultura do RS (Farsul) e Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) realizaram assembleias para definir posição. Na hora da votação, no entanto, mudaram a pergunta. No lugar de é "contra ou a favor da retirada", o questionamento foi "apoia ou não o Estado para dar continuidade ao processo de evolução do status sanitário". Diante da nova abordagem, houve quem mudasse de posição. 
Em ambas entidades, a resposta foi favorável para que o governo siga adiante e tenha tempo de fazer as modificações necessárias. Na Farsul, foram 53 votos pelo apoio e 11 contra. Na Febrac, placar de 18 a 5. 
- Não significa uma aposta cega, existem condições. São alguns requisitos que deverão ser cumpridos até agosto. Aí teremos a batida final de martelo - pontua Gedeão Pereira, presidente da Farsul. 
Posição alinhada à da Febrac, que considera a sinalização um "voto de confiança". 
- Vai ajudar o governo a obter os meios necessários para atender às recomendações - acrescenta o presidente Leonardo Lamachia.
Ainda que a posição das entidades seja voltar a avaliar o tema mais adiante, o secretário Covatti Filho entende como positivo o apoio para seguir com o processo. 
- Toda obrigação agora fica com o Estado. A decisão foi tomada, mas será revista em agosto se não cumprirmos exigências - reconhece o titular. 
A antecipação da primeira etapa da vacinação para março teve papel fundamental. Fez o Estado ganhar tempo. A solicitação ao ministério para deixar de vacinar precisa ser feita em maio. O ônus de dar as garantias exigidas para o aval final é do Piratini. (Zero Hora)
No Radar
Nova Data deverá ser estipulada para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a ação sobre benefícios fiscais concedidos na venda de agrotóxicos no Brasil. Prevista na pauta de ontem, foi adiada em razão da posse de novos dirigentes do Tribunal Superior do Trabalho. (Zero Hora)
 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *