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29/10/2019

Porto Alegre, 29 de outubro de 2019                                              Ano 13 - N° 3.097

Acordo União Europeia/Mercosul pauta debate na Comissão de Agricultura da Câmara

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara realizou audiência pública ordinária na manhã desta terça-feira (29) sobre o tema 'O mercado chinês e o acordo comercial com a UE para o mercado lácteo'.  Diversos integrantes de entidades ligadas à cadeia produtiva láctea participaram do debate com mais de duas horas de duração sobre os impactos da abertura do mercado lácteo no Brasil. 


Foto: Vinícius Loures / Agência Câmara 

A abertura do mercado chinês para produtos lácteos brasileiros e o acordo comercial com a União Europeia estabeleceu cotas para entrada de produtos lácteos do bloco europeu no Brasil com isenção de tarifas de importação. O debate atendeu a pedido dos deputados Celso Maldaner (MDB-SC) e Jerônimo Goergen (PP-RS).

Maldaner explica que informações dão conta que os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos. "Essa abertura pode gerar impacto positivo para a cadeia produtiva do leite, que atualmente passa por um momento de enormes dificuldades, e envolve, aproximadamente, 1,2 milhão de pequenos produtores", avalia. No entanto, o parlamentar acrescenta que o acordo com a União Europeia vai facilitar a entrada de produtos lácteos europeus no País e "exigir da cadeia de produção brasileira um salto de qualidade e competitividade jamais visto, e poderá demandar um grande investimento em tecnologia e desenvolvimento de novas técnicas de produtivas", afirma.

Em sua apresentação, Alexandre Peña Ghisleni, diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores, lembrou que o acordo foi anunciado em junho deste ano e haverá, no mínimo, o prazo de um ano para a revisão jurídica desse texto. A partir do momento em que a revisão estiver concluída, vamos passar para a assinatura, o que deve ocorrer no segundo semestre de 2020. A ratificação do acordo, no entanto, deve levar em torno de dois anos. "Precisará ser ratificado por todos os 4 parlamentos dos países do Mercosul, pelo Parlamento Europeu e por todos membros da UE no que diz respeito à parte política", afirmou.  De acordo com o diretor, depois de ratificado vamos passar pelo processo de 10 anos de desgravação, com redução de tarifas e ampliação das cotas. "Na hipótese de nada dar errado, não haverá uma transformação radical no comércio entre os blocos no prazo de até 15 anos", informou. 

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, destacou que o Brasil apresenta características positivas em relação ao leite, especialmente no que toca ao consumo, e que ainda possui grande potencial de crescimento no mercado interno, enquanto na outra ponta, estão volatilidade de preços e custo de produção como entraves. Segundo ele, o tempo perdido no passado com ausência de políticas para proteger e dar competitividade ao setor precisa agora ser recuperado com essa perspectiva de abertura do mercado ao produto do Brasil, o terceiro maior produtor de leite do mundo. 

Fernando pinheiro, analista técnico da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), reforçou que a China constitui uma grande oportunidade ao leite brasileiro, por ser um mercado em constante expansão e demandando cada vez mais fontes de proteína. "Precisamos estudar esse mercado e neste processo, ganhar confiança do chinês é fundamental. Para isso, também será necessária uma adequação àquele mercado. Sem isso, não entraremos lá", disse. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS) 

Rússia e Quênia passam a fazer parte da Federação Internacional de Lácteos

A Federação Internacional de Lácteos (IDF), representante do setor global de laticínios e fonte de conhecimento científico nessa área, recebeu a Rússia e o Quênia como seus mais novos membros oficiais, elevando o número total de estados da federação para 43.Segundo a IDF, a associação agora representa mais de 75% da oferta mundial de leite, indicando a crescente conscientização dos países sobre a sua importância e valor.

Desde 1903, a IDF fornece um mecanismo para o setor de lácteos alcançar consenso global a respeito de políticas, práticas e regulamentos para garantir que os laticínios do mundo sejam seguros e sustentáveis.

Como membros da IDF, o Quênia e a Rússia se beneficiarão por fazer parte da rede de especialistas em lácteos colaborando com os demais países em questões e oportunidades importantes que a indústria global de laticínios enfrenta, promovendo parcerias e o diálogo sobre políticas.

O comitê nacional da IDF na Rússia será liderado por Belov Artyom, CEO da União Nacional de Processadores de Lácteos da Rússia, enquanto Margaret Kibogy, diretora-gerente do Conselho de Lácteos do Quênia, chefiará o comitê nacional no Quênia.
Kibogy disse: "A indústria de laticínios do Quênia é uma importante atividade socioeconômica que beneficia uma ampla gama de partes interessadas. Com essa associação, o país se beneficiará do engajamento e do compartilhamento de conhecimento por meio da plataforma global. Também desempenharemos um papel ativo na discussão na plataforma, juntamente com outros players do setor."

A presidente da IDF, Dra. Judith Bryans, disse: "Estamos muito felizes em receber a Rússia e o Quênia na associação. Esperamos trabalhar com eles nas principais questões que o setor de laticínios global enfrenta atualmente. Ter esses países é incrivelmente importante e acrescenta ainda mais força à nossa voz, conhecimento e experiência globais".

Bryans acrescentou: "Ao acolher esses dois novos membros em sua comunidade, a IDF está demonstrando ainda mais seu valioso e crescente alcance, ambição e influência no setor global de lácteos". (FoodBev.com tradução Equipe MilkPoint)

Espanha: Lactalis assina contrato de energia renovável com a Engie

O Grupo Lactalis assinou um acordo com a fornecedora de energia Engie Espanha, para que suas fábricas, armazéns e escritórios sejam supridos com energia renovável.  O acordo entrará em vigor em 1 de janeiro de 2020 e a Engie fornecerá cerca de 70 GWh de eletricidade por ano, cobrindo pelo menos 50% da demanda de eletricidade da Lactalis na Espanha. 

A Lactalis estima que isso reduzirá as emissões de carbono em suas fábricas em aproximadamente 10%, cerca de 26.950 toneladas de CO2 por ano, o equivalente a remover 11.000 veículos da estrada por um ano. Ignacio Elola, CEO do Grupo Lactalis, disse: "Este acordo representa mais um passo em nossa estratégia de reduzir o impacto de nossa atividade no meio ambiente e contribui com os esforços que já realizamos em termos de consumo de água, gestão de resíduos e sustentabilidade de nossas embalagens".  Loreto Ordóñez, CEO da Engie Espanha, acrescentou: "Nossos serviços têm grande valor agregado ao ajudar cada cliente a desenvolver sua própria estratégia de descarbonização, fazendo isso ser rentável e consistente com suas ambições sustentáveis. 

Portanto, esse desafio nos envolve nos mais diversos aspectos das empresas, de acordo com as necessidades de cada cliente, tanto no fornecimento de energia financeira, como operacional, tecnológica ou renovável". (FoodBev.com, tradução Equipe MilkPoint)

CNA discute avanços para a erradicação da febre aftosa

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (25), de uma reunião do Grupo Gestor do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A CNA é integrante do colegiado. O encontro tratou das ações definidas para o setor privado desenvolver dentro do PNEFA e discutiu a possibilidade de se adequar a análise dos serviços veterinários estaduais. 

"Vamos também fazer uma proposta de capacitação do produtor em relação à notificação de doença e diagnóstico de febre aftosa para apresentar na próxima reunião. Seria uma ação conjunta entre CNA e Senar", disse a coordenadora de Produção Animal da CNA, Lilian Figueiredo. Durante o encontro também foi debatida a criação de um plano de comunicação nacional que atenda produtores rurais, profissionais e transportadores. (CNA)

Queijo Gruyère Santa Clara ganha versão fatiada
Já está à disposição dos consumidores nos supermercados, a nova versão do Queijo Gruyère Santa Clara. O produto nobre ganha a versão fatiada, em embalagem prática, com 120 gramas. O Queijo Gruyère Santa Clara é vendido atualmente na versão forma, de aproximadamente 4,5kg, e fracionado em embalagem Skin Pack, com cerca de 180g. (Assessoria de Imprensa da Santa Clara)
 

 

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