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14/08/2019

Porto Alegre, 14 de agosto de 2019                                              Ano 13 - N° 3.044

  IBGE aponta alta de 7,1% na prévia da captação de leite para o 2º tri de 2019

De acordo com os dados prévios divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (14/08), os resultados parciais da Pesquisa Trimestral do Leite para o segundo trimestre de 2019 apontam uma alta de 7,1% em relação ao segundo trimestre de 2018, com uma captação de 5,86 bilhões de litros de leite. Confira a evolução das variações trimestrais anuais no gráfico 1.

Gráfico 1. Captação formal: variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE.

Um dos principais fatores para o aumento contínuo de produção é o fato de o indicador Receita Menos Custo da Ração (RMCR) se manter em patamares historicamente altos durante todo o ano de 2019, acima de R$ 20/vaca/dia até o momento. O acumulado janeiro-julho de 2019 está 26% acima do acumulado de janeiro-julho de 2018, como mostra o Gráfico 2.

Gráfico 2. Evolução do indicador Receita Menos Custo da Ração (RMCR). Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do DERAL/SEAB/PR e do Cepea.


 
Em relação ao aumento de captação durante o segundo trimestre de 2019, é válido destacar que essa variação foi ainda maior devido ao fato de que - durante o segundo trimestre de 2018 - ocorreu a greve dos caminhoneiros no Brasil, o que prejudicou a captação de leite principalmente para o mês de maio de 2018. (Milkpoint Mercado)

 

Produção/UR 

Entre janeiro e junho deste ano, 89 produtores de leite deixaram a atividade, de acordo com dados oficiais do Fundo de Financiamento e Desenvolvimento Sustentável da Atividade Leiteira (FfDSAL). A comissão administradora desse fundo é integrada por representantes do Ministério da Pecuária, outros dois delegados dos ministérios da Indústria e Economia, além de representantes dos produtores, da indústria de laticínios e do Inale.

Segundo informou o site Blasina y Asociados, confirmado por El Observador, em 31 dezembro de 2018 estavam registrados 2.448 produtores de leite. No dia 30 de junho eram 2.359, pecuaristas entregando leite para as indústrias. De acordo com as matrículas registradas no FfDSAL, em março de 2016 eram 2.634 produtores de leite, enquanto em 2019 já havia caído para 2.411, ou seja, 223 menos.

Estes dados oficiais implicam que a cada 48 horas um produtor de leite abandona a atividade, número que se alinha à análise realizada pela Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), que verificou que a cada 42 horas uma fazenda de leite fechava a atividade.

É até provável que os números apresentados pelo FfUDAL estejam subestimados, dado que muitos produtores que adquirem novas fazendas de leite podem manter a matrícula por uma questão financeira, esclarece o Blasina y Asociados, segundo as entidades.

No caso do trabalho realizado pela ANPL, são considerados os altos e baixos das matrículas da Conaprole, e dados procedentes do cumprimento das obrigações com o FfDSAL, que registra a média de 24 fazendas de leite a menos por mês, o que equivale a 288 estabelecimentos anuais.

Por outro lado, o fechamento de fazendas começa refletir no abate de vacas de leite. De acordo com dados do Instituto Nacional de Carnes (INAC), em julho foram abatidas 7.190 vacas de leite, o que representou 35% a mais em relação às 5.340 de junho. De janeiro a julho foram 50.354 vacas abatidas, o que representou aumento de 9% em relação aos abates no mesmo período de 2018.

Nos últimos 12 meses móveis, foram 84.484 vacas de leite abatidas, segundo divulgou Blasina y Asociados, marcando uma queda em relação ao máximo histórico alcançando em maio passado, quando 86.122 vacas de leite foram encaminhadas para corte. (El Observador – Tradução livre: Terra Viva)

Desvalorização cambial/AR 

Diante da forte desvalorização, depois da derrota do governo nas eleições primárias, “voaram os custos da produção de leite, e o preço do leite caiu de US$ 0,35 para US$ 0,26/litro” ao produtor, disse a entidade de classe Coprolecoba, que representa os produtores de leite. 

Quando o cenário comercial para o setor lácteo parecia haver encontrado um equilíbrio razoável em matéria de preços ao produtor, também para a indústria e preços favoráveis para o leite em relação a insumos “chave” para a produção, vieram resultados imprevisíveis. “A reação imediata dos mercados determinou uma forte queda no valor das empresas argentinas e os bônus emitidos pelo Estado, e uma disparada do risco país e do dólar, com o qual, outra vez, voaram os custos de produção”, destacou a entidade setorial.

Isso representou um banho de água fria no curto prazo: “Em situações assim, a experiência indica tratar de manter a calma, compartilhar informações e opiniões com os colegas e colaboradores, e não tomar decisões importantes precipitadamente”, alerta a Caprolecoba.

Diante de uma nova situação conjuntural na Argentina como consequência deste resultado das primárias, a Caprolecoba destacou a necessidade, diante da quase inevitável mudança de governo que se aproxima, de apoiar e continuar aquelas políticas leiteiras que surgiram como conquista da categoria, e que deverão ser consolidadas e desenvolvidas. “Sobre os grupos de discussão, Siglea e a Mesa de Competitividade Láctea – MCL – é importante que se possa assegurar a continuidade e a melhora de seus funcionamentos. A MCL reúne produtores e industriais com os setor público estadual e nacional, e já tem uma agenda de trabalho própria, elaborada pelos próprios participantes. Esta continuidade pouparia tempo a todos e pode ser de grande utilidade para o setor no próximo governo”, disse a entidade. (TodoAgro – Tradução livre: Terra Viva)

 
Lactalis
Pensando nas oportunidades dessa categoria, que vai além do consumo queijos tradicionais e frescos, a marca aposta em maior A Lactalis tem investido na marca Président para ampliar seu alcance nacional na categoria de queijos, cujo consumo cresceu 13% no Brasil em 2018, na comparação com 2017, segundo dados da Kantar. acessibilidade, por meio da oferta de frações menores, que ajudam a quebrar a ideia de que é preciso gastar muito para ter produtos como Brie e Emmental. Diversos itens da marca Président já estão sendo comercializados em frações que variam de 150 g a 350 g, com preço ao consumidor entre R$ 10 a R$ 15. A empresa também tem investido em divulgação, com ativações com a apresentadora Ana Maria Braga e o patrocínio do programa Top Chef. Para os pontos de venda, a marca desenvolveu as Geladeiras Président e mesas de queijo. (Giro News)

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