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31/05/2019

Porto Alegre, 31 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.991

   Reunião que debate as mudanças nas INs 76 e 77 chega a Ijuí

A reunião sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 que entraram em vigor no último dia 30 de maio, alterando a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru, chega a região Noroeste do Estado, na cidade de Ijuí (RS). O evento será realizado no dia 12 de junho, às 13h, no Salão de Atos Argemiro Jacob Brum da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) - Rua do Comércio, 3000 – Bairro Universitário. As inscrições são gratuitas, limitadas a 558 vagas e podem ser realizadas pelo link https://bit.ly/2HXTntY.

A iniciativa tem o objetivo de esclarecer dúvidas de produtores, indústrias e de prefeituras do interior do Estado sobre a adequação às normas. De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, essas mudanças buscam um ajuste ainda maior  na qualidade do leite e favorece toda a cadeia produtiva, principalmente o consumidor. "As novas regras aumentam  os controles e as responsabilidades do processo produtivo para a indústria. Mas, para que isso se concretize na propriedade rural, a mesma terá de ter uma boa infraestrutura. Também é necessária uma boa estrutura viária e acesso à energia elétrica, o que requer a participação das prefeituras e Governo do Estado", afirma.

A programação inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite que se modificam a partir das INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro contará ainda com depoimentos de produtores e da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área, na qual o público poderá fazer perguntas ao vivo e via WhatsApp pelo número (51) 9 89091934. O evento terá transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs/).

O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, Unijuí e Prefeitura Municipal de Ijuí. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

                 
 

Leite: setor teme não conseguir se adaptar às novas regras de produção

As instruções normativas 76 e 77 que modicam regras importantes de produção, transporte e armazenamento de leite cru começaram a valer nesta quinta-feira, dia 30. Em nota, o Ministério da Agricultura informa as INs abrangem desde a organização da propriedade rural, suas instalações e equipamentos, até a formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas, o controle sistemático de mastites, da brucelose e da tuberculose. 

As normas mantêm o padrão de contagem bacteriana para o leite cru refrigerado na propriedade rural de 300 mil unidades por mililitro, vigente desde julho de 2014. Produtores que ultrapassarem, por três meses consecutivos, o nível aceitável deixarão de fornecer para laticínios. 

“Diante dos dados de qualidade obtidos pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL), a situação atual ainda não permite uma redução de padrão, sendo necessária a adoção de outras ações para avançar nos índices de qualidade”, disse na nota Ana Lúcia Viana, diretora de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária. 

Para as indústrias, o padrão de contagem bacteriana foi estabelecido em 900 mil unidades por ml, para que o leite, após o transporte, mantenha a qualidade obtida na origem. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, o Ministério da Agricultura levou em conta a regra europeia, o que não pode ser aplicado no estado. “Na Europa, o volume de leite produzido por agricultor é maior, mas, por aqui, não. Temos que coletar leite de muitos produtores para encher um caminhão, o que faz com que muitas vezes o produto demore para chegar à indústria”, pondera o dirigente. 

O setor industrial reconhece que a medida serve para trazer mais qualidade ao produto, porém, acredita que deveria ter mais tempo para se adaptar às mudanças. “Não vemos problema em cumprir o regramento, mas esperávamos um período de transição. Isso foi solicitado ao Ministério da Agricultura quando a lei foi redigida”, diz Guerra. 

Milene Cristine Cé, auditora scal federal agropecuária do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, lembra que o limite de contagem bacteriana total foi estabelecido em novembro do ano passado. “Os efeitos práticos serão vistos a partir de novembro de 2019, quando teremos uma média. Só então noticaremos ou multaremos as empresas em que a medição car fora dos padrões”, diz a auditora. “Para atender este padrão, é necessário que os estabelecimentos revisem a sua logística de coleta, as condições dos tanques dos caminhões transportadores, e os procedimentos de higiene deles. São procedimentos que visam amenizar a multiplicação bacteriana e fornecer produtos de maior qualidade ao consumidor”, disse Ana Lúcia.

Outra mudança importante diz respeito à temperatura do leite na chegada à indústria, que passou de 10ºC para 7ºC. Em casos excepcionais, em que o processo enfrente problemas nas estradas ou desastres naturais, o limite será estendido a 9ºC.

A Comissão Técnica Consultiva do Leite (CTC/Leite), a ser criada com a participação dos integrantes da Câmara Setorial do Leite e Derivados e das secretarias do ministério, vai acompanhar a aplicação das normas. (Canal Rural)

Produção/EUA

Em abril houve queda de 1.000 cabeças de vaca, depois de terem caído 17.000 cabeças em março, de acordo com o Serviço de Estatísticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (NASS). 

A produção de leite ficou praticamente inalterada (+0,1%) em relação a um ano atrás, depois de ter caído 0,6% em março. A produtividade por vaca subiu 1% na comparação anual. Este ano começou promissor, porque as vendas de leite fluido haviam caído 0,6% em janeiro. Mas, as vendas terminaram o inverno, com queda de 4,7% em março, quando comparado com o mesmo mês de 2018, e apresentou a maior queda na comparação anual desde setembro do ano passado. A venda média dos produtos lácteos líquidos caiu 2,5% em relação ao primeiro trimestre de 2018.

A produção de manteiga, leite em pó e queijo nesse primeiro trimestre acompanhou a produção de leite e mostrou pequenas alterações em relação ao ano anterior. A produção de manteiga e leite em pó caiu 1% de janeiro a março, e a produção de queijo ficou inalterada. O queijo típico Americano, teve queda de 1% em sua produção, enquanto outros tipos de queijos (principalmente os italianos) subiram 0,5%.

O preço do leite destinado ao mercado de queijo (leite Classe III) teve a média de US$ 14,30/cwt durante o primeiro trimestre, em comparação com os US$ 13,87/cwt um ano antes. O mercado de queijo foi o mais dinâmico nos últimos três meses, já que o preço do leite Classe III aumentou quase US$ 1/cwt tanto em março, quanto em abril. As cotações semanais do queijo cheddar ficaram estáveis nas últimas semanas, sugerindo que o preço do leite Classe III, em maio, pode não ter nova alta.

Os preços no atacado da manteiga ficaram parados nos primeiros quatro meses de 2019, variando entre US$ 2,25 e US$ 2,28/pound, [R$ 19,69/kg e R$ 19,96/kg]. Os preços em maio reagiram, e subiram perto de 10 centavos acima da média dos quatro meses anteriores. Os estoques de manteiga no final de abril caíram 5% em relação ao ano anterior, contra apenas 1% a menos no início do mês. O aumento dos preços em maio pode ser um indicativo de que os estoques continuam a cair.

O preço do leite em pó desengordurado (NDM) no varejo apresentou a mesma estabilidade da manteiga nos quatro primeiros meses do ano, ficando na faixa de 97 e 99 centavos por pound, [R$ 8,49/kg e R$ 8,66/kg]. Esses preços são 37% maiores do que os registrados um ano atrás, e 9% a mais em relação ao último trimestre de 2018. As exportações de leite em pó subiram 18% entre 2017 e 2018 e o aumento dos preços refletiu nas exportações. Em março, foram 9% menores do que as verificadas em março de 2018, e, no primeiro trimestre, caíram 10%.

O NASS-USDA estima que o preço do leite recebido pelos produtores em março (última data disponível) foi US$ 17,50/cwt, [R$ 1,58/litro]. Até o final de 2018, esse preço foi de US$ 16,60/cwt, [R$ 1,50/litro], e no ano anterior US$ 15,70/cwt, [R$ 1,42/litro]. A elevação do preço do leite Classe III durante abril, deve ajudar na média de todos os leites de abril, no final do mês. Além disso, o ligeiro aumento nos preços da manteiga e leite em pó agora em maio e a estabilidade nos preços do queijo sugerem que o preço ao produtor, em maio, será similar ao de abril.

As perspectivas para os meses de verão vão depender da demanda de queijo e o volume de vendas do leite fluido que podem variar entre 1% e 2% em relação a um ano atrás. Com a produção de leite neste trimestre de verão semelhante à do ano passado (menos vacas no rebanho sendo compensado por maior produtividade animal), e ganhos modestos no queijo, sugerem que o preço pode ficar na média em torno de US$ 18,00/cwt, [R$ 1,63/litro], acima dos US$ 16,00/cwt registrados em 2018. (Dairy Herd – Tradução livre: Terra Viva)

 
RS: aumento de focos de raiva resulta em alerta sanitário
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul emitiu alerta sanitário para a raiva dos herbívoros e está orientando os produtores rurais a vacinarem ou revacinarem os rebanhos para prevenir a doença. O alerta foi emitido com base em situações registradas no Estado, como a incidência de agressões do morcego-vampiro a bovinos. Em nota, a Seapdr informou que até o dia 22 de maio, a Divisão de Defesa de Sanidade Animal (DSA) registrou a incidência de 28 focos em 17 municípios, representando 82,3% de todos os 34 focos registrados em 24 municípios em 2018. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

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