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14/01/2019

Porto Alegre, 14 de janeiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.897

      China favorece as exportações de alimentos com a redução de tarifas

A Argentina, como sócio estratégico é um dos países favorecidos com a medida. Foram prorrogados os benefícios para pescados, soro de leite, queijos e alimentação animal. A Secretaria da Agroindústria informou que a China renovou a lista de produtos que contam com tarifas alfandegárias reduzidos a partir de 1º de janeiro de 2019.

“Este tipo de ação de um dos nossos principais sócios comerciais é um novo estímulo para a inserção de nossos produtos agroindustriais, e fortalece o vínculo com a China. É uma vantagem competitiva de um dos principais mercados do mundo para o desenvolvimento e crescimento de nossos produtores” destacou o Secretário, Luis Miguel Etchevehere. No dia 28 de dezembro, o Ministério de Finanças da República Popular da China publicou o comunicado nº 65/2018 com a lista de produtos com tarifas alfandegárias temporariamente reduzidos prorrogando:

- Pesca – redução de 5% para 2% para camarões congelados;
- Lácteos – redução de 6% para 2% para o soro de leite e queijos, exceto os frescos, que caem de 15% para 8%, o que melhora a competitividade dos exportadores argentinos;
- Alimentação animal – a redução é de 15% para 4%, medida que favorece a competitividade das quatro indústrias argentinas habilitadas, até o momento, a exportar para a China.

Cabe lembrar que esta política do país asiático tem como objetivo reduzir os preços e estimular o consumo de 706 produtos, entre os quais 95 são agroindustriais que a China não produz e é um importador líquido.
Desde o final de 2016 o Ministério de Finanças publica ao menos uma vez por ano comunicados estabelecendo redução temporária de tarifas sobre a importação de produtos que são aplicadas nas importações em geral, sem distinção de origem. (Agrositio – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 

Para evitar risco de desabastecimento, China deve triplicar compras de milho

A redução nos estoques de milho na China deverá aumentar a necessidade de importações do país nos próximos três anos. De acordo com análise do banco holandês Rabobank, o consumo no gigante asiático deve chegar próximo de 300 milhões de toneladas do cereal na temporada 2021/22. Para fazer frente a essa demanda, os chineses terão de triplicar suas importações, conforme o banco. Nesse cenário, grandes produtores do cereal, como é o caso do Brasil, poderão se beneficiar da demanda extra vinda de Pequim. "A demanda maior que a oferta no país duraria por múltiplos anos, a menos que o governo mude suas políticas de importações", apontou o Rabobank, em estudo assinado por Lief Chiang. Conforme as últimas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), de dezembro, os estoques de milho na China ao final da atual safra (2018/19) totalizarão 207,5 milhões, redução de 6,7% ante as 222,5 milhões de toneladas da temporada anterior. Segundo o Rabobank, esse volume cairá rapidamente a níveis críticos. 

Mesmo com um provável aumento de área destinada ao milho no país, apontou o estudo, será necessário ampliar as importações. Até o ciclo 2021/22, a produção na China deverá crescer cerca de 10% por safra e chegar aos mesmos níveis de 2015, quando a colheita alcançou o pico de 265 milhões de toneladas. "Ainda assim, a China necessitará importar 40 milhões de toneladas de grãos para ração, sendo 15 milhões de milho e 25 [milhões] de grãos alternativos", projetou o banco holandês. Para a atual temporada, o USDA estima que 5 milhões de toneladas de milho serão importadas pela China. Esse volume é 44% superior às importações da última safra (2017/18), estimadas em 3,4 milhões de toneladas. Além disso, as reservas estatais do país caíram bastante, de 236 milhões de toneladas em 2015/16 para 89 milhões de toneladas em 2017/18. "Isso é consequência de uma política de vendas e nenhuma aquisição", ressaltou o Rabobank. Em 2016, a China mudou a política de estocagem de milho. Naquele momento, o gigante asiático tinha estoques suficientes para mais de um ano de consumo. Pequim aplicava a política de comprar milho a preços até 50% superiores aos praticados no mercado. Agora, apontou o Rabobank, o país asiático terá de voltar a buscar milho em outros mercados. Segundo o Rabobank, nos próximos dois anos Pequim deverá repensar as políticas de aquisição de milho. "Sem aumentar a oferta de forma rápida e eficaz, a China correrá o risco de ter um esgotamento do estoque de milho", apontou o banco holandês. Essa avaliação já considera a desaceleração do ritmo de crescimento da demanda.

Segundo dados analisados pelo Rabobank, a taxa de crescimento anual composta (CAGR) da indústria de milho na China deve desacelerar para 5% até 2021/22. Nos últimos cinco anos, essa taxa foi de 8,5%. A taxa de crescimento de uso de milho para ração também deve desacelerar, para 3%. Nos últimos cinco anos, esse indicador foi de 6% ao ano. Mesmo com o ritmo mais fraco, o consumo doméstico na China pode chegar a 291 milhões de toneladas, enquanto a produção alcançaria 268 milhões de toneladas, projetou o banco. "Qualquer quebra de safra em decorrência de problemas climáticos causaria sérios problemas aos participantes do mercado", advertiu o analista do Rabobank. (Valor Econômico)

 
 
 
Cadeia do leite
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e produtores de leite se reúnem, na próxima quinta-feira (17), em Brasília, para avaliar a situação do setor, que enfrenta dificuldades com a queda de preço, acentuada no segundo semestre do ano passado. “Vamos nos reunir com os produtores para discutir a conjuntura da cadeia do leite e ver o que é possível fazer para apoiá-la”, disse ao AGROemDIA, nesta quinta-feira (10), o secretário de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio. No entanto, o secretário não adiantou quais medidas poderiam ser tomadas pelo governo para apoiar o setor leiteiro. Isso, assinalou, vai depender justamente da avaliação que será feita durante a reunião. O setor deve apresentar uma pauta com reivindicações ao ministério. O encontro agendado para a próxima quinta-feira é resultado da decisão da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, de instalar uma mesa de negociação com a cadeia produtiva do setor de leite. (Agro em Dia)

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