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30/11/2018

 

Porto Alegre, 30 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.870

DOU: Instruções Normativas aprovam Regulamentos para Qualidade do Leite

Foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje, 30 de novembro, as seguintes Instruções Normativas sobre a qualidade do leite:

- IN 76/2018: aprova os Regulamentos Técnicos que fixam a identidade e as características de qualidade que devem apresentar o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite pasteurizado tipo A. Confira a publicação completa.

- IN 77/2018: estabelece os critérios e procedimentos para a produção, acondicionamento, conservação, transporte, seleção e recepção do leite cru em estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial. Confira a publicação completa. (MilkPoint)
 
 
Alemanha - O que se passa no setor leiteiro?

Custos/UE - Estudos realizados de 2013 a 2018 mostram os custos reais dos últimos cinco anos. Então é uma boa pergunta: o que se passa verdadeiramente dentro do setor lácteo? Comecemos com alguns números: 32,58 e 34,68 centavos/quilo. Esse é o valor médio dos preços do leite na Bélgica e na Alemanha nos últimos cinco anos.

O que pode ser deduzido da situação do setor lácteo? Pouca coisa. É preciso acrescentar os custos nesse mesmo período. Na Bélgica, eles chegam à média de 44,58 centavos/kg, e na Alemanha 43,15 centavos/kg de leite produzido. Conclusão: com um déficit médio de 12 centavos na Bélgica e de 8,50 centavos/kg de leite na Alemanha, não é de se admirar que a renda das pessoas que trabalham na produção de leite seja inferior à média da população. Devemos este panorama preciso da situação a uma série de estudos do BAL (Departamento de Sociologia Agrícola e Economia Rural da Alemanha) iniciados cinco anos atrás. Graças a esses cálculos realistas na Alemanha, desde 2013 tem sido possível determinar claramente a situação real das propriedades leiteiras alemãs. Dois outros países, a França e a Holanda também foram incluídos nos estudos no mesmo ano. Depois vieram Bélgica, Luxemburgo e Dinamarca, ficando os estudos do BAL disponíveis para seis países produtores de leite.

Porque os estudos são tão especiais?
Eles são:
Regulares e atuais: revisados e atualizados a cada ano, e às vezes a cada trimestre.
Precisão: o valor do tempo de trabalho destinado à produção de leite está incluído nos custos, levando em consideração a função e a qualificação dos trabalhadores. Isso parece óbvio, mas frequentemente esses dados são omitidos dos cálculos.

Representatividade: os estudos utilizam parâmetros reconhecidos pela Rede Contábil de Informações Agrícolas (RICA) da União Europeia (UE), e se baseiam em um banco de dados europeu muito abrangente.

 Comparáveis: Graças ao banco de dados comum da UE, é possível comparar os cálculos nos diferentes países.

O que significam esses estudos para os produtores de leite europeus?
Eles tornam possível confrontar os líderes políticos sobre a situação atual e mostrar que as condições do setor lácteo são de déficit estrutural. Representantes das marcas Leite a Preço Justo utilizam esses números nas negociações com os supermercados para determinar o preço do litro de leite. A vice-presidente da EMB - Entidade que representa o setor lácteo europeu - Sieta van Keimpema, avalia que esses cálculos podem desempenhar um papel importante nas discussões: "eles permitem conduzir debates públicos. Mas, também servem de alerta para nós, os produtores de leite. Nós vemos o verdadeiro valor do nosso trabalho e dos nossos animais. E, para sermos honestos, esses números mostram a dolorosa realidade e quão mal pagos somos. Isto tem consequências para o futuro da agricultura. Apenas 6% dos produtores da UE e 1,68% dos holandeses têm menos de 35 anos de idade. Na faixa etária de 35 a 44 anos, esse número é de apenas 15%".

Segundo a Drª Karin Jürgens, pesquisadora da BAL, o balanço dos custos de produção e do preço do leite em todos os países estudados mostra o dilema: "Durante anos, os produtores de leite tiveram que viver com os preços do leite que não atendiam os requisitos atuais de desenvolvimento e suas qualificações profissionais."  

Deve mudar. Essa situação deficitária poderia ser mitigada por meio de um instrumento que protegeria o setor de laticínios das crises. Os produtores de leite da EMB defendem a implementação do Programa de Responsabilidade do Mercado (MRP). Sieta van Keimpema acrescenta: "Queremos participar construtivamente na melhoria da situação do mercado de leite. É por isso que apresentamos esses estudos de custo para mostrar exatamente qual é a situação do setor. Adicionamos o MRP para indicar o que pode ser feito para eliminar crises". (EMB - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Neozelandeses criam centro de treinamento em produção de leite em Anápolis

Centro de treinamento - A Nova Zelândia é um dos líderes do agronegócio no mundo e tem o desafio crescente de produzir alimentos de qualidade para a população em rápida expansão. Na primeira semana de dezembro a embaixada neozelandesa inaugura um Centro de Treinamento em Produção de Leite, em Anápolis, na Kiwi Pecuária.

A propriedade é uma fazenda modelo, que segue a produção de leite a pasto igual ao da Nova Zelândia, só que adaptada as condições climáticas do cerrado.

45 técnicos de campo do Senar Goiás, que atendem principalmente o pequeno e médio produtor, através do Programa Senar Mais, vão passar pelo treinamento feito por especialistas neozelandeses. O país da Oceania tem métodos de trabalho com pastagem, ordenha e saúde animal que são referências globais. O primeiro modulo de treinamento acontece entre o os dias 03 e 08 de dezembro. A parte prática de demonstração das técnicas será na quinta-feira, dia 06/12. Nesse dia o trabalho vai ser acompanhado também pelo embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Chris Langley.(Faeg)

LEITE/CEPEA: "Média Brasil" recua 8 centavos/litro

Preço Cepea - Seguindo o movimento de desvalorização iniciado em setembro, os preços do leite no campo registraram novas quedas em novembro. De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a "Média Brasil" líquida de novembro (referente à captação de outubro) chegou a R$ 1,3624/litro, diminuição de oito centavos ou de 5,4% em relação ao mês anterior. Esse foi o recuo mais intenso desde outubro do ano passado, quando a queda chegou a 7,7%, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de outubro/18).

A diminuição dos preços esteve atrelada à maior captação em outubro, favorecida pelo retorno das chuvas e pela consequente melhora das pastagens - principalmente no Sudeste e Centro-Oeste. A demanda retraída, no entanto, segue influenciando com força os valores no campo. Há alguns meses, observa-se um consumo enfraquecido de lácteos, associado à lenta recuperação econômica. Por conta da necessidade de realizar promoções para garantir liquidez, houve redução nos valores negociados para todos os derivados acompanhados na pesquisa quinzenal do Cepea.

O mercado de leite UHT é muito importante para a formação do preço ao produtor - nota-se que as cotações praticadas para o derivado num mês influenciam as negociações no campo no mês seguinte. Por isso, as variações dos preços ao produtor em novembro estão relacionadas ao desempenho das vendas do UHT em outubro. Vale lembrar que, de setembro para outubro, o preço médio do UHT recebido pela indústria no estado de São Paulo recuou 4,6% (quase 12 centavos), chegando a R$ 2,49/litro, segundo pesquisa diária do Cepea realizada com o apoio da OCB.

As perspectivas para os próximos meses são de continuidade no movimento de queda dos preços ao produtor, mas com maior intensidade. Além da progressiva elevação da captação (que sazonalmente atinge pico em dezembro), as negociações de UHT no correr de novembro foram pressionadas pelos canais de distribuição. A queda acumulada neste mês (até o dia 28) chegou a 12,7%, o que pode resultar em diminuição de mais de 35 centavos na média mensal do UHT (que, por enquanto, está em R$ 2,12/litro). Essa desvalorização deve intensificar o recuo do preço do leite ao produtor de dezembro (referente à captação de novembro).

Colaboradores consultados pelo Cepea informam que os estoques de UHT estão normalizados e que o consumo, na ponta final da cadeia, não está menor do que no mesmo período do ano passado. Essas observações abrem espaço para argumentar que a expressiva queda do UHT em novembro também ocorre por conta de especulação dos agentes. Para os atacados e varejos, promoções do UHT chamam a atenção e atraem os consumidores - vale lembrar que, neste ano, a greve dos caminhoneiros causou desabastecimento e elevou os preços do derivado em 20,2% entre junho e julho. O UHT é o lácteo mais consumido do Brasil e, por isso, é um item estratégico para os canais de distribuição. Nesse momento, fica evidente que não é apenas um possível enfraquecimento da demanda por lácteos que tem levado à queda nos preços do UHT, mas também a desaceleração do consumo em geral e a tentativa dos canais de distribuição de aquecer a demanda via redução de preços de itens importantes da cesta de alimentação do brasileiro. (Cepea)

 
 
 
 Santa Clara lança leite pasteurizado integral homogeneizado na versão garrafa
A Cooperativa Santa Clara apresenta mais uma novidade para os consumidores. Chega ao mercado a nova embalagem do Leite Pasteurizado Integral Homogeneizado - Leite C. Agora o produto pode ser encontrado em garrafa de 1 litro, mais prática para o dia a dia. O leite é integral, fresco e possui 3% de gordura, o que garante cremosidade para preparações e receitas. Também pode ser encontrado na versão saquinho, já tradicional no mercado. Além do Leite Pasteurizado Integral 3% (tipo C), a linha de leites frescos Santa Clara é composta por Leite Pasteurizado Integral Homogeneizado 3,3% de gordura (tipo B) e Leite Light Form (Pasteurizado Semidesnatado), todos disponíveis em garrafa ou saquinho com 1 litro. Os leites pasteurizados Santa Clara tem seu frescor em virtude da coleta diária em propriedades associadas próximas à Usina de Beneficiamento e o envase ainda cedo pela manhã, chegando no ponto de venda no mesmo dia. O processo rigoroso de qualidade resulta em uma validade de 8 dias para todas as versões. Os leites frescos Santa Clara estão disponíveis nos mercados do Rio Grande do Sul. (As informações são da Assessoria de Imprensa Santa Clara)
 

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