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12/11/2018

 

Porto Alegre, 12 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.857

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul - Relatório 45 de 08/11/2018

Leite/América do Sul - Nas duas últimas semanas, a produção de leite na fazenda atingiu o pico nas principais bacias leiteiras do Cone Sul da América do Sul, depois de atingirem o pico de primavera. No Brasil, no entanto, continua a melhora da produção de leite, e o maior volume de leite ocorre nas primeiras semanas do verão.

No nível continental, o leite recebido nas fábricas é intenso, e existe volume mais do que suficiente para atender as necessidades de processamento. De fato, em algumas áreas rurais não existe transporte suficiente para atender toda a demanda para o transporte de leite.

Enquanto isso, no nível industrial, a demanda por leite/creme dos fabricantes de queijo e biscoitos de manteiga é intensa, pois, precisam atender a demanda para as festas de final do ano. Da mesma forma, devido à proximidade das férias, a produção de doce de leite, sorvete e outras sobremesas favoritas estão ativas.

E, voltando à fazenda, as chuvas recentes melhoraram a qualidade das pastagens e as condições para a emergência do milho e da soja. Para alguns produtores de leite em todo o continente, isso poderia representar uma redução de custo de alimentação a curto prazo. No entanto, a maioria dos produtores continua lutando com baixas receitas que deixam o resultado no vermelho, devido os baixos preços na fazenda e despesas operacionais elevadas. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
 

ANTT define multas para quem não cumprir preço mínimo do frete

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) definiu os valores das multas que serão aplicadas a quem descumprir os preços mínimos da tabela dos fretes rodoviários. Os valores da punição vão variar para contratantes, transportadores e anunciantes, e podem chegar a R$ 10,5 mil. A resolução 5.833 foi publicada hoje no "Diário Oficial da União".

Para quem contratar o serviço de transporte rodoviário de cargas abaixo do piso mínimo estabelecido pela ANTT, a multa será de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido, limitada ao mínimo de R$ 550 e ao máximo de R$ 10,5 mil.

Para o transportador que realizar o serviço por um valor inferior ao piso mínimo, a multa será de R$ 550. Já os responsáveis por anúncios de ofertas para contratação do transporte rodoviário de carga por um valor inferior ao piso mínimo pagarão multa de R$ 4,97 mil.

Finalmente, os contratantes, transportadores, responsáveis por anúncios ou outros agentes do mercado que impedirem, obstruírem ou, de qualquer forma, dificultarem o acesso às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização pagarão multa de R$ 5 mil.

"A ANTT poderá utilizar-se do documento que caracteriza a operação de transporte, de documentos fiscais a ele relacionados e das informações utilizadas na geração do Código Identificador da Operação de Transporte para comprovação da infração prevista neste artigo", diz a resolução.

A agência já vinha realizando fiscalizações para verificar se a tabela estava sendo cumprida, mas apenas notificando os envolvidos que estavam fora da lei. Com a resolução, as multas podem ser aplicadas a partir de hoje.

Entidades do setor produtivo reunidas no movimento Frente sem Tabela, que garantem representar mais de 20% do PIB, empregar quase 20 milhões de pessoas e responder por mais de 40% das exportações, informaram que receberam com preocupação e surpresa a resolução da ANTT.

"Acreditamos que a publicação da Resolução 5.833/18 não condiz com o devido processo regulatório: os valores das multas são definidos sem metodologia clara e a multa é estabelecida sobre uma tabela inaplicável. Ademais, a referida resolução não respeita a proporcionalidade na aplicação das multas e as mesmas poderiam chegar a 200% do valor do produto transportado", informou o movimento, em nota.

"Temos confiança que o Brasil pode vencer as adversidades atuais, mas entendemos que o tabelamento de serviços privados jamais será o caminho correto para reverter a crise econômica e retomar o crescimento e desenvolvimento no país", continua a nota, que conclui: "O movimento Frete sem Tabela aguarda uma rápida manifestação do Supremo Tribunal Federal de forma a solucionar este impasse que prejudica, não apenas o setor produtivo, mas toda população brasileira". (As informações são do jornal Valor Econômico) 


Clima de El Niño no horizonte do estado
Ingrediente determinante para uma boa produção, o clima da próxima safra de verão deve ter a cara do El Niño. O fenômeno se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e costuma trazer consigo temporada de precipitações reduzidas no norte e ampliadas no sul do Brasil. Os prognósticos apontam, no entanto, para ocorrência fraca. No Rio Grande do Sul, a maior preocupação para os produtores costuma vir de anos com projeções de chuva escassa e não de anos com precipitações acima da média. O meteorologista João Luiz Martins Basso, da Somar Meteorologia, lembra, no entanto, que apesar da elevada umidade ser benéfica no enchimento de grão, em excesso, pode trazer prejuízos: - Dias nublados, sem luminosidade, podem afetar o desenvolvimento da cultura. Assim como quando ocorrem períodos mais chuvosos, a qualidade das lavouras pode ser afetada. A perspectiva de termos um El Niño para os meses de dezembro, janeiro e fevereiro surgiu com maior clareza nas últimas três semanas, explica o professor e climatologista Francisco Eliseu Aquino, diretor do Centro Polar e Climático da UFRGS: - No momento, agências internacionais de prognósticos estão em um certo consenso: entre 60% e 70% de chances do fenômeno se configurar no final do ano, início de verão. No Estado, deveremos ter, além da possibilidade de chuva intensa, temperaturas um pouco acima da média, da Região Central para o Norte. No Sul, a tendência é de registros dentro da média. Há a discussão, ainda, de que esse poderá ser um El Niño modoki, quando o aquecimento das águas do Oceano Pacífico não ocorre de maneira uniforme. Dentro desse cenário, por enquanto, as estimativas são de que não haja efeitos a ponto de influenciar negativamente os resultados da safra de verão, em que são cultivados carros-chefes da economia gaúcha, como soja, milho e arroz. - Houve problemas na arrancada (plantio) da safra. Mas estamos trabalhando com a perspectiva de normalidade - afirma Lino Moura, diretor técnico da Emater. (Zero Hora) 
 

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