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22/10/2018

 

Porto Alegre, 22 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.844

Conseleite/MS

Preço/MS - A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 19 de outubro de 2018, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de setembro de 2018 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de outubro de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.  (Famasul)

 
 

Estudo mostra diferença entre os custos de produção e os preços ao produtor na Europa

De acordo com o último estudo do Bureau for Rural Sociology and Agriculture (BAL) - Qual é o custo de produção de leite? - o custo médio de produção de leite durante cinco anos em seis países europeus foi entre 41 e 46 centavos de dólar por quilo de leite. Entretanto, os preços ao produtor durante o mesmo período situaram-se em média entre 32 e um máximo de 35 centavos por quilo de leite. A autora do estudo, Karin Jürgens, disse que os produtores europeus de leite estão todos os meses no vermelho. "Se esse dilema não for resolvido, será cada vez mais difícil para os produtores de leite continuarem produzindo leite na Europa".

Segundo o European Milk Board (EMB), em 2017, os custos de produção em todos os seis países, incluindo remuneração e investimentos líquidos médios, foram significativamente mais elevados do que os preços do leite e situaram-se entre 43,39 centavos/kg (Alemanha) e 48,89 centavos/kg (Luxemburgo). E mesmo sem levar em conta os investimentos líquidos necessários, o déficit de custo médio ao longo de cinco anos é significativo e entre 14% (Dinamarca) e 27% (Bélgica e França).

 


 
Erwin Schöpges, produtor de leite da cidade de Amel, situada no leste da Bélgica, e presidente da EMB, contou que os números confirmam a situação tensa nas fazendas. "Nós, produtores de leite, nem sequer recuperamos nossos custos de produção - esquecemos a remuneração pelo nosso trabalho. Só podemos manter nossas fazendas vivas graças à renda complementar de atividades fora da agricultura", explicou o produtor. Os produtores europeus de leite também esperam que os custos aumentem no próximo inverno devido à escassez de alimentos induzida pela seca.

O estudo dos custos de produção foi recentemente apresentado aos especialistas do Observatório do Mercado do Leite da Comissão Europeia (MMO). "Eles tomaram nota dos números vermelhos em nossos balanços de produção de leite, mas não houve reclamações sobre o desequilíbrio na cadeia de fornecimento de alimentos", disse Schöpges, acrescentando que ficou desapontado com a falta de reação dos participantes.

O estudo BAL baseia-se em dados comparáveis e representativos a nível da UE compilados pela Comissão Europeia (dados da Rede de Informação Contabilística Agrícola - RICA e índices de preços agrícolas). Os custos de mão de obra são calculados com base nos padrões acordados para o respectivo país. Eles também consideram o nível de treinamento e qualificação do trabalhador, bem como os acordos salariais específicos do país para gerentes de fazenda. Nos cálculos de custos, os subsídios são deduzidos dos custos totais e os investimentos líquidos (média de 10 anos) também são mostrados. 

 

De acordo com o EMB, os valores dos custos trimestrais para a Alemanha mostram que apenas 80% dos custos de produção foram cobertos em julho de 2018, enquanto em abril foi de 78% e 88% em janeiro. Os custos de produção em julho foram de 43,28 centavos; no entanto, os produtores receberam apenas 34,56 centavos pelo produto.

Johannes Pfaller, produtor de leite do sul da Alemanha e membro do comitê executivo da EMB, também não vê qualquer convergência entre os preços do leite na fazenda e os custos de produção no médio prazo. "Os preços do leite estão longe de cobrir nossos custos de produção. Além disso, os custos da alimentação animal aumentarão no próximo inverno devido a falhas nas safras induzidas pela seca", disse Pfaller, acrescentando que agora é ainda mais importante estabelecer as condições para um mercado de leite estável como parte da Reforma da Política Agrícola Comum. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 

Governo de Portugal intercederá na UE para destravar comércio com Brasil

O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, reuniu-se na sexta-feira (19) com o secretário da Agricultura e Alimentação de Portugal, Luís Viera, em Lisboa, e apresentou pleitos do Brasil junto à União Europeia para agilizar a exportação de produtos da agropecuária brasileira.

Os principais itens da negociação brasileira com a União Europeia são carne bovina, rastreabilidade bovina, regionalização da carne bovina termoprocessada, a ractopamina da carne suína, retomada de pré-listing a reabertura do mercado da União Europeia para o pescado brasileiro.

Na reunião, Vieira disse que Portugal intercederá junto à União Europeia na tentativa de destravar o comércio, oferecendo apoio ao Brasil nas negociações com o bloco europeu. Em contrapartida, o secretário português mostrou interesse em aumentar as exportações para o Brasil de limão, lácteos e pescados. E disse que Portugal também busca ampliar as vendas para o Brasil de queijos, vinhos, azeite, conservas e bacalhau, além de solicitar habilitação de plantas de pequenos produtores de suínos. Novacki reclamou da atual dinâmica do bloco europeu, onde o Brasil entrega seus pleitos diretamente aos países, mas que são encaminhados para análise pela União Europeia.

Neste sábado, 20, Novacki, assessores do Mapa e empresários brasileiros realizam visitas técnicas a estabelecimentos de produção de lácteos e a vinícolas na região do Dan, com a participação do ex-ministro português Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho, que já foi ministro da Administração Interna, ministro do Equipamento Social, da Previdência e primeiro ministro adjunto.

Brasil e Portugal possuem uma balança comercial equilibrada, com corrente de comércio bilateral entre as duas economias de 320 milhões de euros. De forma mais abrangente, a intenção do Brasil é consolidar e diversificar a pauta de exportação destinada à União Europeia.

No ano passado, as exportações do agronegócio brasileiro para a União Europeia somaram US$ 13,46 bilhões. Os principais produtos embarcados para os países europeus foram itens do complexo soja (34,35%), café (18,73%), carnes (12,15%), sucos (9,67%), fumo (5,95%), cereais (5,65%), frutas (4,82%) e outros (8,69%). Em 2017, o Brasil importou US$ 1,989 bilhão em itens do agronegócio europeu, sendo a maior parte formada por produtos industrializados. (As informações são do Mapa)

Uruguai - Medido em pesos ou em dólares, o produtor recebeu menos em setembro
Leite/Uruguai - Em setembro o preço médio pago aos produtores de leite chegaram em 9,83 pesos por litro, registrando queda de 1,4% em relação a agosto. Em dólares, o preço foi de US$ 0,30/litro caindo 6% em relação ao mês anterior. O teor de matéria de gorda de 3,74% e de proteína 3,39%, levou o valor dos sólidos totais a 137,9 pesos por quilo, nesse caso é um valor similar em agosto. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve aumento de 1,8%, em pesos, e 10,5% inferior, quando comparado em dólares. Os dados foram fornecidos a El Observador pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), que elaborou sua análise com base em declarações das indústrias. (El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

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