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15/02/2018

 
 

Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.675

 

Embalagem ecológica: Da reciclagem dos resíduos de laticínios, às garrafas de leite

Reciclagem/Itália - No passado, a prática de "não jogar nada fora" era simplesmente um modo de fazer economia. Hoje, em tempos de logística reversa de descarte o gesto adquire um outro significado, que vai muito além da simples gestão sustentável dos recursos. Um exemplo concreto do conceito é o oferecido pelo Biocosì, projeto que propõe reciclar os resíduos de laticínios na produção de embalagens biodegradáveis e compostagem. A iniciativa é conduzida pela ENEA (Empresa Nacional de Energia) com a colaboração da start-up da Puglia, EggPlant, que oferece instrumentos inovadores para fechar o círculo da indústria de laticínios: novo processo para transformar resíduos em materiais biodegradáveis para serem reutilizados na própria cadeia.

O projeto tem 18 meses para transformar as águas residuais das indústrias em insumos que darão vida a novas embalagens para alimentos que poderão ser introduzidas nas linhas de produção. O elemento principal, em torno do qual se desenvolve o trabalho, é a lactose (o açúcar do leite) contida nos resíduos dos laticínios. O Centro de Pesquisa do ENEA em Brindisi criou um novo processo que permite o fracionamento do soro do leite de forma a obter uma recuperação diferenciada de todos os componentes: proteína do soro/peptídeos, lactose, sais minerais, e água pura. Graças à EggPlant, o açúcar é então processado para obter Polihidroxibutirato, um polímero completamente biodegradável, e adequado a diferentes tipos de aplicações, incluindo a produção de embalagens ecológicas para alimentos.

O organismos italiano, responsável pelo processo de extração de lactose e dos peptídeos bioativos para serem integrados aos novos produtos, também dá suporte técnico-científico para o composto que irá produzir o plástico biodegradável, via fermentação e posterior responsabilidade pela classificação. O projeto, comentou Valerio Miceli da Divisão de Biotecnologia e Agroindústria do ENEA, "responde não somente aos requisitos de natureza ética e ambiental mas, também econômicas, levando em consideração os elevados custos para descarte dos resíduos lácteos, além de reduzir em 23% os custos de produção dos polímeros biodegradáveis. Esta proposta, continua Miceli, também pode representar uma fonte extra de ganhos em termos de rentabilidade para as próprias empresas leiteiras, para os elos da cadeia, e para as Pequenas Empresas que procuram aumentar a competitividade com a diversificação na oferta de produtos".

O projeto está sendo desenvolvido dentro do sistema de inovação regional Innonetwork da Região de Puglia, e com financiamento de € 1,4 milhões da Biocosì, e conta com a colaboração da Università di Bari e empresas como CSQA, RL Engineering, o Laticínio Colli Pugliesi, Compost Natura e a Rede de Laboratórios Públicos e de Pesquisa MICROTRONIC, com a coordenação do Insituto de Fotonica e Nanotecnologia do Conselho Nacional de Pesquisas (CNR). (Riciclo Rinnovabili.it - Tradução livre: Terra Viva)

Quebra do milho argentino beneficia exportadores no Brasil

Milho/AR - A Argentina é o terceiro maior exportador mundial de milho, com 25,5 milhões de toneladas (MT), atrás apenas dos EUA (52,07MT) e Brasil (35MT). "Por isso, qualquer vácuo na produção do país poderá beneficiar a demanda dos outros exportadores, especialmente o Brasil, cuja janela de embarques coincide com a do país 'hermano'. E os preços líquidos da exportação no Brasil estão se igualando aos do mercado interno", aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
"Por isso, é importante saber que a Argentina já reduziu a sua safra de milho da safra atual em 2,0 MT em relação à última estimativa, passando de 41MT para 39MT e 3 MT em relação à produção da safra anterior, quando produziu 43MT", explica o analista Luiz Fernando Pacheco.

De acordo com ele, a safra argentina de milho está sofrendo o mesmo drama climático que a soja (até mais, segundo um Crop Tour feito essa semana): "Grande parte dos lotes de milho semeados mais cedo continuam na fase de enchimento de grãos, sob reservas hídricas irregulares, que afetam seus potenciais de rendimento em regiões com um grande peso produtivo, como os Núcleos Norte e Sul. Com isto, a nova projeção de produção de milho de grão comercial para a safra 2017/18 é de 39 MTn, cerca de 5 % a menos que a estimada durante o ano passado, cuja primeira estimativa foi de 41 MT e contra a produção da safra 2016/17, de 43MT".

CLIMA
O modelo climático norte-americano de previsões (GFS) traz leituras bastante similares nos próximos 5 dias, para o Brasil e Argentina. Um padrão de chuvas abaixo da média continua sendo projetado para a Argentina, agora com temperaturas se elevando, no mesmo período. Alguns sucintos eventos pluviométricos são projetados para o começo da próxima semana na Argentina, no entanto os totais não ultrapassam os 13mm, com uma cobertura inferior aos 50% da área sojicultora.
"No atual momento, mais de 80% da safra argentina enfrenta um cenário de umidade do solo em níveis baixos ou muito baixos. No Brasil, o período de estiagens sobre o Centro-Leste ainda é projetado, com a volta das chuvas a partir do dia 18 de fevereiro. Os estados de Minas Gerais, oeste da Bahia, Goiás, sul do Tocantins e leste do Mato Grosso são os afetados por este evento climático", comenta a AgResource. (Agrolink)

Pesquisa mostra marcas preferidas na geladeira do brasileiro

A Mind Miners fez um estudo sobre os hábitos de compra de alimentos e bebidas no Brasil. A pesquisa "A geladeira do brasileiro" mostrou que entre as marcas preferidas lideram Nestlé (categorias de laticínios e chocolates e doces), Coca-Cola (refrigerantes), Bauducco (pães e torradas), Skol (cervejas), Smirnoff (bebidas alcoolicas) e Sadia (embutidos e congelados).

Em "laticínios" as marcas preferidas são Nestlé, com 68%, Danone, com 51% e Itambé com 35%. Elas são seguidas por Vigor (30%), Italac (25%), Parmalat (23%), Batavo (18%), Polengui (10%), Aviação (7%), Tirolez (6%), Danúbio (4%) e Serra Negra (1%). Três por cento disseram não gostar de nenhuma das marcas apresentadas.

Em "chocolates e doces" a Nestlé lidera novamente com 74%. Em seguida está a Lacta (58%) e Garoto (51%). Depois estão Hershey's (23%), Ferrero (21%), M&Ms (14%), Oreo (11%), Kinder (8%), Lindt (6%), Arcor (5%), Milka (5%) e Mars (1%). 4% disseram não preferir nenhuma das marcas.

Já em "refrigerantes", a liderança é da Coca-Cola com 65% de preferência, seguida por Antarctica (42%) e Fanta (35%). As outras marcas são Pepsi (25%), Sprite (20%), Kuat (14%), Itubaína (12%), Soda e Shweppes (ambas com 11%), Sukita (8%) e Dolly (6%). Oito por cento dos entrevistados disse preferir outra marca não listada. Em "bebidas alcoólicas", a Smirnoff lidera com 30%. Depois estão Absolut (13%), Jack Daniels (12%), Martini (11%), José Cuervo (8%), 51 (6%), Havana Club (2%), Tanquerey, Seagers e Solinchaya, as três com 1%. 47% dos respondentes disseram prefere outra marca que não foi listada no estudo.
Em "cervejas", a Skol é a mais apreciada com 33%. Logo após estão Heineken (29%), Itaipava (24%), Brahma (22%) e Stella Artois (18%). Em seguida vem Bohemia (13%), Original (13%), Devassa, Amstel e Schin (as três com 6%),  Kaiser (5%), Serra Malte (4%) e Colorado (3%). 32% afirmaram preferir outra marca não apresentada. E entre os representantes da classe C, a Itaipava aparece em 2º lugar (26%) e a Heineken em 3º (24%). Em "pães e torradas", a Bauducco lidera com mais do dobro (63%) da preferência em relação ao 2º lugar, Club Social, com 30%. Em seguida, estão: Visconti (23%), Wickbold e Vitarella (ambas com 19%), Panco (18%), PlusVitta (17%), Nutrella (16%), Sevenboys (13%), Triunfo (11%), Adria (7%) e Vale do Sol (2%). 8% escolheriam outra marca não listada.

Por fim, em "embutidos e congelados", a Sadia lidera com 74%, seguida por Perdigão (66%) e Seara (56%). Completam a lista de opções Aurora (26%), Massa Leve (10%), Rezende (8%), Maggi e Cerrati (ambas com 6%), Wessel, Cardeal e Vital Frango (as três com 1%). 10% dos respondentes apontariam marcas não apresentadas. Em questões de hábitos de compra, o estudo aponta que, em frequência, 36% vai às compras uma vez por semana (22% mais de uma vez por semana), 24% duas vezes por mês, 20% apenas uma vez e 6% menos de uma vez por mês.  Já em plataforma escolhida para compra, 85% dos entrevistados nunca comprou alimentos e bebidas pela internet, por motivos como: "gosta da experiência de ir à loja ver os produtos" (51%), "tem receio de que os produtos cheguem amassados/estragados (38%), "gosta de ver/tocar nos produtos" (40%), "não confia na procedência de alimentos pela internet", "é resistente a pagar frete" (29%) e "não confia no serviço de entrega (15%). No entanto, mais de um terço que ainda não compra assim pretende passar a comprar.

O levantamento também mostra que 64% das pessoas pararam de comprar algum item por causa da crise, e os produtos mais mencionados foram carne, chocolate, refrigerante e bebidas. O estudo foi realizado de 1 e 12 de dezembro de 2017 e contou com 1.000 respondentes, na rede social de opinião MeSeems. A amostra tem: sexo (50% feminino, 50% masculino), faixa etária (39% de 31 a 40 anos, 38% mais de 41 anos, 12% de 25 a 30 e 11% de 18 a 24), classe social (44% C, 40% B, 15% A e 1% DE), região (47% Sudeste, 24% Nordeste, 14% Sul, 9% Centro- Oeste e 6% Norte), moradia (61% com outros familiares, 28% com pai e/ou mãe, 9% sozinho e 2% amigos/colegas). (As informações são do portal PropMark)

A Comissão Europeia estima preço de 36,94 €/100 kg para janeiro
Preços/UE - O preço médio do leite na União Europeia (UE) pago aos produtores de leite em dezembro passado foi de € 37,49/100 kg, ou seja, menos 0,9% em relação a novembro. É a primeira redução do preço médio do leite na UE desde junho de 2017, segundo os dados do Observatório Lácteo da UE. O preço na Espanha em dezembro foi de € 32,43/100 kg. Ainda que tenha sido 7% acima do valor de dezembro de 2016, ficou 5 centavos menor que o valor médio da UE. O preço espanhol, em dezembro, foi o quinto mais baixo de toda a UE, somente ficando à frente de Portugal, Bulgária, Lituânia e Romênia. O aumento da captação na UE no outono passado teve um efeito sobre o preço ao produtor. Para janeiro de 2018 a Comissão Europeia (CE) prevê forte queda, de 1,5%, podendo fechar a € 36,94/qoo kg. Para a Espanha a previsão é de que o preço de janeiro seja igual ao de dezembro. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

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