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09/02/2018

 
 

Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.673

 

Cooperativa Languiru inaugura Secador de Grãos junto à Fábrica de Rações em Estrela

"Este empreendimento simboliza o comprometimento da Cooperativa Languiru com o seu quadro social, na busca pela fidelização, ampliação da área de atuação e consequente fortalecimento da produção e escoamento de grãos." 

Essas palavras constam na placa descerrada por ocasião da inauguração do Secador de Grãos da Cooperativa Languiru, realizada na manhã do dia 07 de fevereiro. A nova estrutura está localizada junto à Fábrica de Rações da Languiru, no município de Estrela.

O Secador de Grãos possui capacidade instalada para secagem de 30 toneladas por hora, possibilitando captação da matéria-prima, na área de atuação da cooperativa, de cerca de 30 mil toneladas de milho por ano. Com investimento de aproximadamente R$ 3,5 milhões, o empreendimento possibilitará à Languiru ampliar a competitividade comercial da Fábrica de Rações, que atende todo o Rio Grande do Sul. Com a diversificação das atividades econômicas, a cooperativa gera renda e desenvolvimento ao seu quadro social e à região do Vale do Taquari como um todo.

Demanda e qualidade
O gerente de negócios da Fábrica de Rações, Joel Girardello, destaca que o Secador de Grãos atende demanda do quadro social e contribui para a qualidade dos produtos de nutrição animal da Languiru. "Procuramos atender bem e suprir as necessidades dos associados da Cooperativa Languiru, além de fornecer produtos de qualidade. Com esse empreendimento, conseguimos a fidelização e o incremento nos volumes de produção", disse durante a solenidade de inauguração.
A estrutura fará a secagem dos grãos, que saem da lavoura com umidade próxima a 20%, sendo que para armazenagem e produção de ração é necessário reduzir essa umidade a 14%, essencial para que se tenha um produto de nutrição animal de qualidade. "O secador tem a finalidade de reduzir a umidade do grão, num processo de secagem moderno, de última geração, finalizando com o processo de armazenagem", explicou.

As ações de planejamento para a construção iniciaram em março de 2017, seguindo com o encaminhamento das licenças ambientais e liberação do início das obras, em setembro, concluindo os trabalhos no final de janeiro de 2018. "Foram cinco meses intensos de construção, com entrega da obra antes do previsto. O novo Secador de Grãos está operando de forma muito satisfatória, a estrutura consegue secar o milho com qualidade muito boa", frisou Girardello, acrescentando que a Languiru estima o incremento da produção de milho na região. "Na última safra, a captação de grãos da Languiru foi de cerca de 22 mil toneladas, mas somente no último mês de janeiro já registramos 15 mil toneladas", afirmou.

Atualmente, o consumo de milho na Fábrica de Rações da Languiru está por volta de 18 mil toneladas ao mês. Ou seja, a captação atende aproximadamente um mês do consumo no ano. Com a nova estrutura, a cooperativa pretende ampliar o recebimento de grãos a nível regional, reduzindo a dependência do milho vindo de outros estados, com elevado custo, principalmente em função da logística. "Esse Secador de Grãos irá secar 30 toneladas/hora, enquanto que o nosso consumo na Fábrica é de aproximadamente 50 toneladas/hora. Mesmo com esse investimento, ainda vamos precisar do milho vindo de outras regiões, mas em menor percentual", elucidou o gerente.

A Fábrica de Rações da Languiru produz 33 mil toneladas de ração ao mês e atende mais de três mil clientes distribuídos em todo Rio Grande do Sul. Para isso, necessita de volume significativo de grãos de milho, soja e outros cereais. "Estávamos enfrentando dificuldades pare receber os grãos. Não conseguíamos receber na velocidade da colheita, apesar do bom serviço prestado e das boas parcerias que possuímos com empresas da região. Agora aumentamos a nossa capacidade de recebimento de grãos durante a safra, sem perda de matéria-prima no campo pelo atraso que ocorria no recebimento do milho", concluiu Girardello. (Assessoria de Imprensa Languiru)

 

 México: importações de leite atingem nível 'sem precedentes'

As importações de leite mexicanas, principalmente dos Estados Unidos, atingiram um nível sem precedentes e já representam 35% do consumo nacional do México. Dados da Câmara Nacional da Indústria do Leite (Canilec), que reúne 130 empresas que processam cerca de 86% de produção no país, indicam que as importações de 2015 e 2016 aumentaram 11% e, de acordo com as previsões, essa tendência continuará.

O consumo teve um avanço muito maior em relação à produção nacional, uma situação que torna o país um deficitário, uma condição que continuará a ser mantida e aumentará devido às limitações que o México tem em recursos naturais, principalmente água.

De acordo com alguns dados, a produção de um litro de leite requer 300 litros de água (bebedouros, instalações de lavagem, irrigação, forragem, etc), se tornando um desafio para a produção nacional devido às condições hidrológicas no país. Sob este cenário, ainda será necessário importar matérias-primas complementares para a produção nacional.

Se estima que até 2025, 14,2 bilhões de litros por ano de leite fresco precisam ser produzidos para abastecer um mercado de 18,2 bilhões de litros por ano em um México de 126 milhões de habitantes.

O crescimento das importações de produtos lácteos tem sido criticado por pequenas empresas agrupadas na Frente Nacional de Produtores e Consumidores de Leite, que acusam o deslocamento de seus produtos. Na última segunda-feira, eles fizeram uma manifestação em 20 estados da República para exigir a revisão da política de preços do leite que eles fornecem para cobrir programas sociais da empresa Liconsa.

Os demandantes pedem que sejam pagos 8 pesos (US$ 0,42) por litro e não os 6,05 pesos (US$ 0,32) que recebem, já que o custo de produção é de 7,30 pesos (US$ 0,38). De acordo com o porta-voz desse grupo, Álvaro González, o produto é comprado internacionalmente a oito pesos, mas é vendido ao consumidor final a 18 pesos (US$ 0,95). (As informações são do Portal Lechero, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

FALTA DE CHUVA AFETA O MILHO

Aos poucos, o quadro real das lavouras começa a aparecer nos levantamentos oficiais sobre a safra de grãos. As estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Estado, divulgadas ontem, indicam que a produção de milho é agora estimada em 4,74 milhões de toneladas. São cerca de 500 mil toneladas a menos do que o esperado há um mês, quando pelas regiões produtoras já eram nítidos os estragos causados pela falta de chuva entre o final de novembro e o início de janeiro. Foi a única cultura com revisão significativa das projeções de colheita.

A produtividade das lavouras de milho, que era projetada em 7,2 toneladas por hectare no início de janeiro, foi reduzida para 6,5 mil toneladas. Mas nada drástico. Afinal, o ciclo anterior, com chuva sempre na hora certa, é que foi fora da curva e fez o Estado alcançar o alto rendimento de 7,5 toneladas por hectare. O agrônomo Carlos Roberto Bestétti, assistente da superintendência da Conab no RS, admite que o próximo levantamento pode mostrar prejuízos ainda maiores.

- O número tende a ser menor - reconhece o agrônomo.
O presidente da Associação de Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS), Ricardo Meneghetti, aposta que os números serão revisados ainda mais para baixo no próximo mês.

- Creio em algo como 300 mil e 400 mil toneladas a menos - avalia Meneghetti.
Para o dirigente, nem será a perda de rendimento pelo clima que fará a colheita do Rio Grande do Sul ser menor. A diferença deve vir da constatação de que a área cultivada, estimada pela Conab em 728,4 mil hectares, é na realidade bem menor, de cerca de 650 mil hectares. O principal indicador é a venda de sementes para a safra atual, diz o dirigente.

A Conab reduziu ainda a projeção para a safra no país, de 92,3 milhões para 88 milhões de toneladas. A menor oferta deve ajudar a recuperação preços, diz Meneghetti. De acordo com a Emater, o preço médio no Estado é de R$ 27. A esperança é de que as cotações se firmem acima dos R$ 32 ainda em fevereiro. (Zero Hora)

 

A demanda chinesa de leite será triplicada até 2050
Leite/China - Se continuar a tendência atual de consumo de leite na China, em 2050 será preciso produzir três a quantidade de leite que foi produzida em 2010. Se a China não mudar sua atual estrutura e exploração e manejo, este aumento de produção resultará no aumento de 35% nas emissões mundiais de gases de efeito estufa das vacas, e aumentará 32% a superfície destinada ao rebanho leiteiro e haverá 48% mais contaminação por nitrogênio, de acordo com Zhaohai Bai, professor associado da Academia de Ciências da China e principal autor de um trabalho sobre o meio ambiente, publicado em Global Change, Biologia. As alternativas óbvias, não são muito atrativas: ao produzir todo leite extra na China, haverá uma grande dependência da importação de alimentos para o gado, ou então importar leite, transferindo o problema para as nações exportadoras. A solução, segundo os pesquisadores, é que a China conseguir o nível de eficiência da produção aos principais países produtores do mundo, com o que conseguiria mitigar o aumento das emissões de gases de efeito estufa e o uso da terra, reduzindo o impacto ambiental. Historicamente a China consome pouco leite (menos de 2 kg por pessoa por ano, em 1961). Com a prosperidade crescente, no entanto, elevou o consumo mais de 25 vezes nas últimas décadas, transformando o país no quarto maior produtor de leite do mundo. Em uma exploração ao norte da China, um rebanho médio tem 650 cabeças e o rendimento médio por vaca é de 30 kg de leite por dia. Os pesquisadores descobriram como as mudanças na nutrição e no manejo animal, assim como melhorias nas tecnologias de produção, podem satisfazer as crescentes demandas de leite em todo o mundo, de forma mais eficiente e sustentável. (Agrodigital - Tradução Livre: Terra Viva)

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