Pular para o conteúdo

22/01/2018

Porto Alegre, 22 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.660

 

 Leite/América do Sul 

As indústrias de laticínios da Argentina relatam que a captação de leite ficou estável nas últimas semanas. O tempo nas principais regiões produtores continua desafiando os produtores em relação ao conforto animal. As condições de transporte estão inalteradas. A captação atende a capacidade instalada das indústrias regionais. O leite desnatado vai para os secadores, e são transformados em estoques de leite em pó desnatado (SMP). O creme é divido entre a fabricação de manteiga e sobremesas congeladas. De acordo com a CLAL, entre janeiro e novembro de 2017, a captação de leite na Argentina diminuiu 8%, em relação ao mesmo período de 2016. No Uruguai, as temperaturas confortáveis ajudam na estabilidade da produção de leite. O processamento é intenso, fabricando SMP, queijo, e manteiga, e as indústrias possuem capacidade para absorver algum leite extra. O empacotamento de leite para consumo também está intenso. Consta que a captação de leite no acumulado do ano até novembro, subiu 6,52% em relação ao ano anterior. Em todos os meses de abril a novembro de 2017 a produção foi maior na comparação anual.

No Brasil a produção, de um modo geral, está constante. A quantidade de leite e creme disponível aumenta o tempo de processamento das fábricas. A produção de SMP consome boa parte do leite desnatado. O creme é transformado em manteiga. A produção de queijo está normal. Os pedidos de leite UHT e leites engarrafados são satisfatórios. As chuvas persistem no Brasil, beneficiando as plantações de grãos. A captação de leite aumentou 4,3%, entre janeiro de novembro, em relação ao mesmo período de 2016. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

Leite/Europa 

O setor lácteo europeu, de um modo geral, está satisfeito com as atuais condições do mercado, deixando a era de cotas para trás. Muitos produtores e processadores de leite estão prosperando, e as projeções para 2018 indicam que será um ano bom para o setor lácteo europeu.

Continuam sendo registrados aumentos sazonais da produção de leite. Relatório da Alemanha, feito pela Marktwoche Milch, aponta que houve crescimento de 1,7% na primeira semana de janeiro em relação à última semana de dezembro, e de 6% em relação à mesma semana de 2017. Na França, a primeira semana de janeiro de 2018 registrou aumento de 2,2% em relação à última semana de dezembro. A produção de queijo de janeiro a novembro de 2017 aumentou 1,7% em relação ao mesmo período de 2016.

Os preços da manteiga na Europa Ocidental firmaram, aumentando mais os valores mínimos do que os máximos. A produção de manteiga de janeiro a novembro de 2017 foi 1% menor que no mesmo período de 2016. Na mesma comparação, as maiores variações ocorreram na Alemanha (-4,52%); França (-5,79%); Irlanda (+11,57%); Holanda (-10,48%); Reino Unido (-1,45%); e Itália (+0,98%).

A demanda para o leite em pó desnatado (SMP) fabricado recentemente aumentou, e de janeiro a novembro de 2017 a produção cresceu 2,6% em relação ao mesmo período de 2016. Mas, os países com maior produção, tiveram desempenho negativo: Alemanha (-1,9%); França (-9,46%); Bélgica (-6,89%); e Irlanda (-0,28%).

Leste Europeu
Uma das maiores indústrias de laticínios da Bielorrússia está concluindo a expansão da capacidade instalada de empacotamento de leite em embalagens cartonadas que alteram o shelf life de 9 a 12 meses. O foco é a China. Esta iniciativa pretende direcionar o leite que anteriormente era utilizado para fabricação de caseína, produto que tem um mercado menos seguro do que o de exportação de leite fluido. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Nestlé antecipa novidades sobre o Programa Boas Práticas na Fazenda (BPF) a produtores de leite

Ao longo dos últimos dez anos, a Nestlé vem trabalhando para desenvolver diversas cadeias produtivas e o projeto  Boas Práticas na Fazenda (BPF)  é um destes exemplos. O programa, criado em 2005, tem o intuito de incentivar o  fornecedor a produzir um leite de melhor qualidade e com maior segurança e rentabilidade. Agora, a Nestlé apresenta um novo conceito ao BPF, denominado Nature, e que já contará com aplicação no campo a partir de março deste ano.

"Hoje, mais de 90% dos nossos parceiros estão certificados e adotam as práticas estabelecidas pelo programa, e por isso, entendemos que chegou a hora de evoluir", informou comunicado enviado pela empresa a seus fornecedores.

O BPF NATURE é um novo conceito dentro dos Boas Práticas na Fazenda, no qual, além do objetivo de oferecer maior segurança e qualidade na produção do leite, há o foco na produção de um leite mais próximo possível do natural. Além dos pontos que eram avaliados anteriormente, para fazer parte do BPF Nature o produtor precisa adequar sua propriedade em relação aos temas Agua, Bem-estar animal e Meio ambiente.

O comunicado esclarece que serão avaliados dentro de cada novo grupo fatores como água (medição com hidrômetros), bem-estar animal (mochação com uso de anestesia e analgesia; e suspensão da utilização de BST e ocitocina) e meio ambiente (correta destinação e tratamento dos dejetos). Além disso, as auditorias também serão reforçadas, além da anual agendada, o produtor participante pode receber uma auditoria surpresa.

Com relação à bonificação, no BPF Padrão, o produtor recebe R$ 0,03/L para adequar sua fazenda nos temas de saúde animal, drogas veterinárias, alimentação animal, ordenha e armazenagem do leite. Se aprovado também no BPF Nature, o produtor passa a receber R$ 0,10/L.

"A partir de março, todas as fazendas interessadas receberão o Manual de Boas Práticas na Fazenda Nature, no qual terão todas as informações necessárias para a implementação", informa o comunicado. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Nestlé)

 

 

Captação de leite da Fonterra em dezembro foi afetada pelo clima seco
A Fonterra disse na terça-feira que suas captações de leite da Nova Zelândia em dezembro caíram em 6%, afetadas pelo clima seco em todo o país. A empresa no final de dezembro reduziu a previsão de captação de leite da Nova Zelândia para a estação de 2017/2018 para 1,480 bilhão de quilos de sólidos de leite (kgMS), equivalente a 17,6 bilhões de quilos de leite, abaixo da previsão em novembro de 1,525 bilhão de kgMS (18,4 bilhões de quilos), citando o tempo seco."Embora as recentes condições úmidas tenham ajudado em algumas regiões, é improvável que isso seja suficiente para recuperar a produção aos níveis antecipados anteriormente", afirmou a empresa em comunicado. A Fonterra também reduziu a previsão de pagamento aos produtores para a estação de 2017-18 em NZ $ 0,35 (US$ 0,25) para NZ $ 6,40 (US$ 4,65) por quilo de sólidos de leite, o que equivale a NZ$ 0,53 (US$ 0,38) por quilo de leite no mês passado, apontando para a volatilidade nos mercados globais de lácteos. A captação de leite na Austrália em dezembro, no entanto, aumentou em 28%, apoiada por novos fornecedores e condições sazonais fortes. (As informações são da Reuters, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint)
Em 22/01/18 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,72689
1,37572  Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *